pernambuco recife ¦— domingo, 2 de fevereiro de 1890...

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mm. ¦•TV- £,- : \.t:y.,-.. Assignaturas RECIFE Anno.16$000 *res mezes.4$000 PAGAMENTOS ADIANTADOS "<-&_ V Ansignaiurus [INTERIOR An.uo 18$000 Seis mezes _§ooo PAGAMENTOS ADIANTADOS PERNAMBUCO Recife ¦— Domingo, 2 de Fevereiro de 1890 ANUO XIII N. 27 A PROVÍNCIA é a folha de maior circulação no norte do Brazil. > »•> < Expedi le u te Correspondente em Pariz para annuncios reclames, o Sr. A. Lorette 61, rua Cau- martin. DESPACHOS INTENDENCIA MUNICIPAL DO RECIFE DESPACHOS DO DIA 31 DE JANEIRO Amador de Barros Cavalcanti Lins. —Aguar- de o parecer do commissario de edificação que o dará brevemente. Antônio Asterio Silva Franco.—Sim, fa- zcndo hypotheca convencional. Minervino Avelino Fiusa Lima.—Deferido, devendo começar a matança as 10 horas da manhã e terminar até 2 horas da tarde. m ' Ferreira Rodrigues & C". —Aguarde delibe- ração posterior. Antônio Borges Galvão Uchoa.—Não pode ser attendido presentemente. Antônio Eliseu Antunes Ferreira.—Como requer. , Antônio Marinho Falcão.—Como requer. . Gerente da Companhia Recife Drainage Limited.—Sim, ate o fim de Fevereiro do cor- rente anno improrogavelmente. Abaixo assignados moradores no ultimo quarteirão de casas da rua da Aurora— Aguardem os supplicantes o proximo pare- cer da commissão nomeada para designação no município de lugares appropriados a este e outros misteres...<& dia 1 Pelo Intendente de edificações Jasoce Rigbq—Apresente ao respectivo lis- cal. Augusto Octaviano de Souza—Deferido. Francisco Braziliano de . Souza—Deferido cumprindo a exigência do engenheiro. Ernesto D. Costa Amorim—Deferido. Henrique Vogelay—Deferido nos termos da informação do Engenheiro. Lúcio Evangelista dos Santos —Deferido. Peto Intendente de Policia Francisco Salgado Braz.—Indeferido, por se oppor a lei a collocação de cocheiras no centro da cidade. Elvira Antonia d'Arruda Falcão.—Sim, nos termos da informação da Contadoria. O Porteiro, J. A. Leal Reis. GOVERNO DO ESTADO DIA 30 Abaixo assignados guardas de 2a classe da casa de detenção do Recife.—Informe o Ins- pector do Thesouro do Estado. Abaixo assignados moradores no povoado de São João dos Pombos.—Em vista do qua- dro approvado em 30 de Agosto de 1888, foi por acto de hoje supprimido a cadeira de que tratão os peticionarios. Bacharel Alfredo Cornelio da Silva Ramos. ' —Informe o Iuspector da Thesouraria de Fa- zenda. Augusto Xavier Carneiro da Cunha—Sim, com recibo Adolpho Coelho Pinheiro—Sim, na forma da lei. Antônio Francisco da Silva Guimarães. —Apresente-se em concurso de conformidade com o artigo 83 do regulamento de 18 de Janeiro de 1888. Balthasar de Albuquerque Martins Pereira. —Indeferido. Edeltrudes Januaria de Sousa Magalhães. —Encaminhe-se, pagando a peticionaria o porte na Repartição dos Correios. Elias Baptista da Silva Ramos—Informe a Câmara Municipal de Pão d'Alho. Fielden Brothers—Informe o Inspector da Thesouraria de Fazenda. Joanna Maria da Conceição—Requeira ao ministério da marinha. José Joaquim de Maria—Requeira ao minis- lerio da marinha provando o allegado. José Francisco de Oliveira—Informe o Ins- pector da Thesouraria de Fazenda. Dr. João Vieira de Araujo- Encaminhe-se. Lourenço Alves Quixaba—A' Intendencia Municipal do Recife para providenciar. Luiza Eudoxia Baptista—Remettido a junta medica do Estado a quem a peticionaria se apresentará para ser inspeccionada. Capitão Manoel Eioy Mendes—Encaminhe- se, devendo ser pago na Repartição dos Cor- reios o competente porte. Manoel Gonçalves Agra—Remettido ao Ins- pector do Thesouro do Estado para mandar pagar de accordo eom sua informação de 21 do corrente sob n* 69. Maria Eulalia do Rego Barros—Não pôde ler logar em vista da deficiência de recursos dos cofres do Thesouro do Estado, FOLHETIM 0 DERRADEIRO AMOR POR 'JOB.IOHIIT UI (ContinuaçãoJ Levantou-se o foi devagarinho á janella, como para vêr se o homem em quem ella pensava unicamente e que julgava naquella òccasião em casa da sua rival, não ia appare- cer-lhe voltando e provando-lhe assim a futi- Iidade dos seus receios. Vio o pateo vasio, com as suas lages brilhando ao sol. Deu um profundo suspiro e murmurou: —Não ! viver assim, não é viver ! A condessa approximou-se do marquez e lixando profundamente os olhos nelle r —Agradeçorlbe tudo quanto me disse de sensato ainda ha pouco. E certo que um pouco de scepticismo e muita paciência assegurariam o meu repouso. Mas quem m'os dará ? Sabe que tenho um espirito exclusivo e uma alma ardente, mal preparados para as concessões. Ou tudo ou nada, podia ser a minha divisa. Nao tente pois levar-me para arranjos que são incompatíveis com o meu caracter. Seja o amigo dedicado e esclarecido, a quem nunca me dirigi inutilmente, quando tenho difficul- dades que resolver. Ajude-me com a sua ex- periencia e com a sua sagacidade. Ponha á minha disposição os meios de penetrar o mys- lerio que quero esclarecer. O Sr. de Villenoisy agarrou-lhe na mão e apertou-a amigavelmente entre as suas. —Está com febre, Mina ? disse elle. Talvez que fosse melhor adiar para outra òccasião o Uni desta entrevista. " —Soffro urn tanto, mas estou corn todo o meu sangue-frio. Pôde falar.'.. —Pois bem, minha cara, se a comprehendi hem, pediu-meem termos vagos, mas emfiin, em todo caso pedio-me que lhe facilitasse a vigilância do seu marido... simplesmente e para chamar as cousas pelo seu nome, Mina quer que o mande espiar, seguir o obter um relatório sobre os seus gestos e acções... Manoel Antônio de Oliveira Brandão—De- ferido com officio de hoje ao Thesouro do Es- tado, Maria Pereira Paz—Não tem logar o que requer visto estar preenchida a cadeira. Maria Dornellas Pessoa Cata nho—Aguarde a concessão de accordo com o artigo 83 do regulamento de 8 de Janeiro de 1888. Padre Manoel Antônio. Martins de Jesus— Informe o inspector da Thesouraria de Fa- zenda. Maria Chrispiniana Cruz—Remettido ao Re- gedordo Gymnasio Pernambucano para man- dar inscrever o menor afim de ser admittido quando houver vaga. O advogado Olavo Correia Crespo—Infor- me ocommandante da Canhoneira Liberdade. Porcia de Vasconcellos—A cadeira está provida. Samuel de Montenegro -Indeferido em vista da informação. Tertuliano Ernesto de Moraes Carvalho— Sim, mediante recibo. Vicente Licinio da Costa Campello—Remet- tido ao director da extineta Assembléa Provin- ciai para entregar os documentos mediante recibo. ' dia 31 Abaixo assignados moradores no povoado Mimoso do termo da comarca de Bizerros— Informe o Iuspector Geral da Instrucção Pu- blica. Ascencio Minervino Meira.—Sim, comre- cibo. Capitão Antônio Carlos dos Santos Mergu- lhão—Concedo com vencimentos a que tem direito. Christino Thomaz d'Aquino Indeferido porque o supplicante não se habilitou de ac- cordo com as disposisões em vigor. Demetrio Carneiro Rodrigues Campello— Ao üirector da extineta assembléa provincial para entregar os documentos mediante recibo. F. P. Bolitreau—Informe o Inspector da Thesouraria de Fazenda. Fernandes & Irmão —Remettido ao Inspe- clor da Alfândega para attender. Padre Francisco Adelino de Britto Dantas —Ao Inspector da Thesouraria de Fazenda para informar com urgência. Henriques Rosa das Mercês Jansen—Infor- me o Inspector do Thesouro do Estado. João Joaquim Alves& Ç*.—Sim. José de Azevedo Maia eSilva Júnior— Infor- me o Inspector da Thesouraria de Fazenda. Padre João Rodrigues da Costa =Informe o Inspector da Thesouraria de Fazenda. Padre José Leitão da Costa Machado—In- forme o Inspector. da Thesouraria de Fazenda, Joaquim Pereira Peixoto—Nesta data diri- jo-me ao Ministério do Interior á respeito do que requer o peticionario. Capitão José Cordeiro dos Santos—Enca- minhe-se, devendo pagar o porte na repartição, dos Correios. José Luiz Salgado Accioly—Encaminhe-se, devendo pagar o porte na repartição dos Correios. João de Barros Lima-Indeferido em vista das informações. José da Malta Cardim—Indeferido em vista das informações do Inspector do Arsenal de Marinha n 13 de hontem datado. João de Barros Lima—Encaminhe-se, de- vendo ser pago na repartição dos Correios o competente porte, João Mendes dos Santos Ao Dr. Juiz de direito do 2.- districto criminal do Recife para informar com urgência. Luiz Barbalho Uchôa Cavalcante—Justifico. Marcelino Santiago Vasconcellos Leitão— Encaminhe-se,'devendo pagar na repartição dos Correios o competente porte. Miguel da Silva Pellico—Ao Dr. chefe de Policia para informar. Melchiades Freire Diniz—Passe portaria designando o Io corpode cavallaria da Guar- da Nacional da comarca do Recife para o sup- plicante ser aggregado. Maia e Silva & C.—Informe o Inspector da Thesouraria de Fazenda. Maia e Silva & C—Informe o Inspector da Thesouraiajla-JFazenda. Maia e Silva & O.—Informe o Inspector da Thesourario de Fazenda. Manuel Luiz dos Santos—Sim. Paulo Felippe de Salles Abreu-Informe o Regedor do Gymnazio Pernambucano. Pedro Pereira de Souza Lemos—Passe por- taria na forma requerida, ficando suprimida a cadeira leccionada pelo peticiónariò. Quintino Pereira Motta —São mixtas as ca- deiras cujo provimento se requer ese o uão fossem o provimento poderá ter logar por meio de concurso. Tilo dos Passos de Almeida Rosas Filho— Indeferido a vista da informaçáo 13 de hontem datado do Inspector do Arsenal de Marinha. O porteiro B~. Maciel da Silva. xandrina,PortoCarreiro—Informe a Ia Secção. Padre Francisco José Alves. Certifique-se. Francisco Campello Pires Ferreira, Joa- quina Delllna de Mello, Pedro de Albuquer- que & C\ e D. P. Wild.—A Ia. Secção para os fins devidos. INSPECTORIA GERAL DE INSTRUCÇAO PU- BLICa DO ESTADO DE PERNAMBUCO DIA 1 Major Domingos do Rego Barros de Sousa Leão.—Cumpra-se e regis tre-se. José Antônio da Silva.—Cumpra-se e re- gistra-se. FÓRUM Audiência do Dr*. juiz do eivei FEITOS PUBLICADOS DIA 1 DE FEVEREIRO Escrivão Cunha Addiamento d3 petição de D. Maria da Con- ceição Chaves. Feita a declaração, proce- da-se ao calculo. Comminatoria de Gratuliano dos Santos Vital. Cumpra-se o accordão. Addiamento da petição de Almeida Castro «Sc C. Vista ás partes. Escrivão Burgos Despejo de Joaquim Antônio Pereira. Foi decretado. Libello de Antônio José Cândido de Souza. Recebida a contrariedade. Embargo de Adriano Augusto de Almeida Jordão. Julgou-se não provados os embar- gos de terceiro. Summario de Amaral Primo «Sc C.—Julgou- se nullo todo o processado. Libello de Virginio Horacio de Freitas. ulgou-se improcedente. Escrivão Felicíssimo Libello de Virginio Horacio de Freitas. Em prova. Despejo de Luiz Leopoldo dos Guimarães Peixoto. Foi decretado. Inventario dos bens deixados por Antônio José Gonçalves de Azevedo. Vista ao inven- tariante. Execução de João Victor Alves Matheus. Em prova os embargos. Aresto de D. Maria Rosalina dos Passos Guimarães. Recebidos os artigos. Embargo de Manoel Ferreira da Cruz. Dispensou-se os embargos. RECEBEDORIA DO ESTADO DE PER- NAMBUCO DIA 1 Manoel Fernandes Velloso, Olympia Maria César de Mello, Viuva e Herdeira de Egydio Carneiro Rodrigues Campello e Josepha Ale- que Não me engano, é exactamente isto Mina deseja, nao é verdade ? A condessa teve uma contracção dc lábios, como se lhe repugnasse pronunciar a palavra decisiva. Uma expressão de repugnância passou-lhe pelo nobre rosto. Comtudo respon- aeu fiçm firmeza: —Sim isio que desejo, —Mina pensou qúe ha minha carreira diplor matica tenho tido òccasião dc einpregar ho- mens hábeis era taes indagações e quer que eu lhe escolha um digno de confiança, què não abuse do segredo qúe tem de se lhe eonliar. —Sim. Mas então é preciso dizer-lhe tudo ? perguntou a condessa som angústia. —Isso não, disse com tranquillidade o marquez. Elle o saberá advinhar e não terá grande mérito nisso. Para um especialista de- cifrar este enigma, será uma brincadeira de criança. Em vinte e quatro lioras Mina saberá tudo. —Será indispensável que eu fale a esse homem de confiança ? perguntou a condessa com inquietação. —Naturalmente. Não podia o senhor mesmo dar-lhe ins- trucçõessemque eu seja obrigada apparecer? —Ah! minha querida filha, não espere isso de mim ! exclamou o velho diplomata com repentina animação. Estimo-a muito, mas estimo tambem o seu maridoAcho que vou muito longe servindo-a tãoactivamente contra elle..... Quero guardar uma derradeira apparencia neutralidade.... Porei á sua disposição os meios de saber a verdade. Com- pete á eondessq servir-se delles. —Pois seja. Quando me manda o seu agente ? -Hoje mesmo. O tempo de ir á prefeitura, falar-lhe e [mandai-o á sua casa. —Eu não saio. —Então vou-me embora. Agarrou no chapéo, parou diante da con- dessa : —Então está decidida irrevogavelmente, sem considerações, nem arrependimentos ? Não perca de vista que o acto que vai com- metter é um daquelles que um homem do caracter de seu' marido perdoa com menos facilidade. I —Se elle estiver innocente, ignora-o. Se fôr culpado que importa ! —Então, alô á vista. O -marquez beijou-lhe a mão e sahio. Mina ficou pensativa e como que descansada com aquelja resolução tomada e com aquelle começo de acção empenhada. Pelasjres horas, quando tentava ler para distrahir o pensamento, um criado entrou e a meia voz: A nossa satisfação Não pretendemos renovar o incidente Ie- vantado pelo honrado collega do Jornal do Recife e em boa hora por nós ambos termi- nado sem arranhões na dignidade da im- prensa. Perinitlir-nos-ha, entretanto, o collega, que apezar das muitas deíerencias que en- tendemos dever guardar-lhe, voltemos ao assumpto, não para fazer commontarios que bem cabidos seriam á sua resposta, si qui- zessemos alimentar discussão, mas para uma rectüicação ao modo porque traduzio o nosso pensamento, certamente pela obscu- ridade em que envolvemos a sua manifes- tação, e taiqbein para oppor uma declaração que para nós se torna imperiosa- A rectüicação é a seguinte : Não dissemos nem precisávamos, aliás, dizer que os factos por nós articulados eram verdadeiros referindo-se a outros, e ineíactQf? se se referissem ao collega. Dissemos, sim, que não comprehendiamos como o collega, não contestando a veracidade dos factos, pre- tendia consideral-os inexactos si lhe po- dessem ser applicados, e exactos se se refe- rissem a outros, quando não havíamos de- çliuado nonios, nem era nosso habito faser censuras veladas. Sem embargo de assim nos manifestar- mos para mostrar que o collega p uxaca muito a braza para a sua sardinha', de tudo quanto dissemos çonclue-se, e estamos proinptos a repetir, que não pretendemos fa- zer-lhe allusões. Agora a declaração: « Lavar o testada, precizar a posição pro- pría, principalmente em tempos em que os juizòs podem perder a serenidade, ós hq- mens se confundem e os acontecimentos se precipitam, é mais do que um direito, é um dever, •> dlsse-o hontotn q collega para jqs- tilicar o azedume com que se nos dirigio pe- dindo explicações. Não deve exlranhar, portanto, que lhe opponhamos uma formal declaração a pro- posito do tópico, em que nos diz não andar irritados como suppuzemos, nem satisfeitos como nós. Si a satisfação a que se refere o nosso col- lega, é a proveniente da confiança que, uão nos furtamos de confessar, nos merece a actual governação do Estado, cujos actos estão em diametral opposição aos do seu infeliz antecessor; si a nossa satisfação con- siste em poder offerecer-lhe o nosso fraco e desinteressado apoio ; si a nossa satisfação consiste ainda em poder pôr ao serviço da republica a nossa dedicação e lealdade, con- tentando-nos com o modesto papel de sol- dados rasos da democracia e não aspirando senão a gloria de conduzir a nossa pequena pedra para o grande edilicio da reconstrucção da pátria, estamos plenamente satisfeitos, e jamais poderíamos consentir que nos consi- derassem irritados, desde que são sinceras, exponlaneas.desinteressadas e enthuseasticas mesmo as nossas manifestações. Mas, si a nossa satisfação pode ser traduzi- da como a partilha e goso dos proventos da actual situação, ou a aspiração de oecupar um lugar entre os beneficiados da hora pre- sente, podemos assegurar ao collega que en- ganou-se redondamente. Nada temos obtido, nada lemos pretendido, nada pretendemos da actual situação, á qual, entretanto, temos prestado e continuaremos a prestar todo o nosso apoio emquanto a jul- garmos merecedora do pequeno e modesto contingente que podemos offerecer-lhe. A nossa posição na imprensa e mesmo umas tantas respopsabilidades que nos res- tam de nossa participação na direcção de um dos antigos partidos da monarchia, nos de- terminam, por agora, esse posto de trabalho sem compensações, essa tarefa de abnegação, tal qual folgamos de reconhecer que a tem compre hendido o illustre collega, que bem compreheude a nobre missão da imprensa livre, «pie não deve mesmo ser suspeitada de pretender cousa alguma d'aquelles efue estão sujeitos á sua censura. No desempenho de tão louvável missão, es- tamos certos de qua o illustre Gollcga do Jornal do Recife não se dedignará de nos permitiu* batalhar ao seu lado, como nos outros tempos juntos trabalhamos quando faziamos tremular a larga bandeira em cujas dobras se aninhavam as aspirações e as es- peranças da nossa pátria. E, depois disso, a nossa satisfação não poderá ser completa, porque o illustre colle- ga de modo pouco generoso recusa-se a nos fornecer os preciosos subsídios de sua pers- picaz e attenta observação, pois a um es- criptor da altivez civica do illustrado director do importante órgão da imprensa pernambu- cana.não deve conter o receio do mestre ita- liano, a cujo juízo soeçorreu-se, antes para fazer jogo de espirito do que mesmo para justificar a sua evasiva. ele- vicio, fazendo desaparecer assim esse mento do crime e da immoralidade. Assim como o fim da medecina que admi- nistra uma dose enérgica de veneno á um doente, mais ou menos gangrenado, não é eliminar o individuo da sociedade e da vida porem sim cural-o da moléstia, que o con- duzíria a esse resultado, e restituil-o a ellas forte e são; o que a lei dc repressão da va_ diagem quer e tem em vista é, infundindo o terror pela ociosidade, obrigar o individuo inútil ou prejudicial, a se tornar um cidadão trabalhador e por conseguinte collaborador consciente do progresso e da civilisação do seu paiz. Mas rellexionemos de vagar e um pouco. Nada é mais justo; nada é mais nobre, nem revela mais os altos intuitos e a verdadeira orientação do governo. Onde, porém, en- contrarem esses homens o trabalho ? Assim como o medico não pode clinicar sem ter doentes; o bacharel não pode advogar sem ter causas; o negociante não pode commer- ciar sem ter mercadorias; e assim todas as classes: da mesma maneira o vadio, o vaga- bundo, agarrados e obrigados a trabalhar, não podem trabalhar sem ter trabalho. Onde buscal-o, onde achal-o então ? Aponlar-nos-hão, á nós e a elles, com o eterno rumo da lavoura, como remédio—pa- nacéa para todos os males, como unico re- curso para tudo. Mas a indicação é apenas irrisória ou capeiosa. Na lavoura trabalha quem tem forças para isto e o seu trabalho constitue uma ver- dadeira espécie de carreira, ou de officio, para o qual é preciso, é mesmo indispensa- vel uma aprendisagem, embora essa tenha por fim crear. o habito, robustecer o indivi- duo e affeiçoal-o aquelle gênero rude de Ira- balho. Se ainda d'entre esses vagabundos e va- dios, todos tiverem aquellas forças e energias para os trabalhos campeslres, o que não po- mos duvida em conceder e de lodo o coração desejamos, porque isto nos serve de argu- mento e de base para a justificação da idéa, em cujo desenvolvimento proseguimos, ainda assim perguntaremos: a lavoura que está nas mãos exclusivas dos grandes proprietários, possuidores das terras próprias para a cul- Uira, quererá esses trabalhadpros e lhes re- munerará os serviços ? Dir-nos«hão ainda que, se não poderem tra- balbar por conta alheia, o poderão fazer sobre si e para si. Mas então perguntaremos : onde as terras que elles devam lavrar ? onde as sementes que devam semear? onde as casas para se abrigarem? onde as ferramentas para manejarem? onde o dinheiro para vive- rem os primeiros mezes, os primeiros tem- pos, antes das colheitas e do apuramenlo de suas vendas? O governo, como aos colonos pôr a cada vadio a obrigação tle trabalhar. Os que assim se vêem coagidos tem o direito de perguntar e perguntam com razão.*—tra- balhar em que? E' preciso, pois, dar-lhes trabalho e para lhes dar trabalno c indispénsaveí remunerar o emprego das suas actividades. Está nisto um programma completo.de economia social, um programma completo de futuro. E', por- tanto, indispensável que, ao passo que o go- verno proclama e impõe a necessidade do trabalho, o organise em larga .escala e des- de já. Quando o vadio preso perguntar-lhe r—«em que é que eu hei de trabalhar?» é preciso que o governo esteja habilitado para respon der-lhe:—N'isto. A policia procede a capturas sem numero. No acto de praticar pèsqüizas em uma ca- sa da cidade de Moscow, onde julgava encon- trai* inimigos e documentos còmpromcttedo- res, foi atacada e repelida. Immensos magotes de povo a vaiarem. O chefe da policia secreta recebeu um tiro de revolver que o prestou sem vida. O aggressor, para fugir ao castitro, voltou o revolver contra si mesmo e suicidou-se. Madrid A restauração do governo republicano é ímmiuente. Espera-se o desenlacc da doença de Affon- so XIII. Toda a população permanece em anciosa espectativa pelos suecessos que se vão veri* ficar. A policia redobrou de cuidados para ga-» rantir a paz.¦ . y Se houver o levantamento que se prenun- cia a policia não terá força para resistir. O ex-presidente Canovas dei Castillo con» gregou conservadores e liberaes para resis- tir á onda republicana e conservar a monar- chia em Hespanha. A enfermidade de Affonso XIII conserva caracter gravíssimo. Os médicos não o desamparam um instante. Depois de varias consultas concordaram os .... __ .„„...„„„.,, no mesmos que a allecção de que se acha ata- polo aretico, em 7i3U,000 kiltfmetros quadra- cado ° J°ven rei caracterisa-se por meningi- dosou mais de 14 vezesasuperliciodaFran- te complicada coma tuberculose. PELO MUNDO No estado actual dos conhecimentos mais ou menos positivos acerca das regiões polares, conta o polo ártico 3,859,144 kilometros qua- drados de terras, e o polo antaretico 66l,OdO. As regiões desconhecidas sao avaliadas rnper ça, e uo polo antarelico,. em 21,780,000 ou cerca de 42 vezes a superücie da França c mais de duas vezes a superücie da Europa. Ao todo, as vastas extenções inexploradas rèpresentão j/16 de toda a superücie Uo globo. De recente relatono áo cônsul da Inglater- ra no Cabo da Boa Esperança constão os da- dos seguintes quanto á producção de diainan- tes, durante os últimos aunos, nesta região : QuilatesValor 1833 2.312.23 _ £ 2.359. 4G3 18S1 2.204.786 « 2.582.623 1885 2.287.261 « 2.-21.678 1886 3.047.639 « 3.261.574 1887 3.(546.8S9 « 4.033.582 1888 3.585.780 « 3.608.217 O «Neai-York» Herald acaba, de contratar para collaborador semanalseuuin arebiduque da Áustria, cujo rompimento como imperador deu recentemente tanto que falar á impren- / sa européa. E' o arcuiduque João, de gênio mordaz, «pie escreve com habilidade e sempre se dislingúio pela independência de seu ca- com in- é de estrangeiros, lhes faculta todos os meios de •*HH^=4í«s«!- MONÓLOGOS —A pessoa que a Srá. condessa espera parte do Sr. de Villenoisy está ahi. A Sra de Fontenav estremeceu. Ainda não havia duas horas que o marquez a tinha deixado e a sua promessa' estava cumprida. Foi accommettida por uma grande perturbação. Não pensou nem por instantes em despedir o homem. Mas hesitava em o re- eeber, por causa do que ella era obrigada a dizer-lhe.~ Entretanto deu ordem para que o mandas- sem entrai*. Ao cabo de um minuto, vio approximar-se nm rapaz de altura regular, um tanto gordo, cuidadosamente harbeacjQ, vestido oom Gores escuras, com o chapócoco preto na mãò e apresentando a apparencia de um Griado de boa casa, em procura de um lugar. Inclinou-se e esperou que a fidalga falasse. =Vem da parte do Sr. Villenoisy ? pergun- tou ella. —Sim, minha senhora, respondeu elle com uma voz neutra e como que gasta. —Sabe do que se trata? —Sim, minha senhora. O rubor subio ao rosto da condessa; com- tudo, proseguio : —O «jue precisa para o conseguir? O homem fez um sorriso imperceptível. —Unicamente ordem de começar, minha senhora, e antes de vlute e quatro horas es- tara tudo prompto. Então conhece a pessoa que deve seguir ? Quem não conhece em Pariz o Sr. Con- de de... A condessa cortou-lhe a palavra com um « está bom » muito secco, como para evitar ao nome que ella usava, a injuria de ser pronun- ciado diante delia por semelhante bocea. —Não tem mais nada, que me perguntar ? —Nada, minha senhora. Deu-me ordem qne começasse, vou por-me em movimento. Logo que obtenha informações para fornecer, terei a honra de me apresentar no palácio. Comprimentou e com passo ligeiro dirigio- se para a porta. Quando a condessa levantou os olhos, havia desapparecido. Approximou-se da janella e vio o homem que atravessava o pateo com passo tranquillo. Tinha ar inoffensivo e in- | diííerente. Metteu-se por debaixo da abobada j do portão e a condessa deixou de o ver. Com- ! tudo o tempo não lhe pareceu muito longo até o jantar. Tinha a convicção de que se traba- lhava para ella ea febre tinha-lhe abrandado. | Armando voltou ás 6 horas, entrou no | quarto delle e apresentou-se no da mulher, ' no momento do irem para a mesa. Esteve encantador durante a refeição, clieio de espirito odo alegria. I Prológuemos a nossa idéa afim de accen- tuar bem as suas bases e tornar bem paten- tes os princípios que lhe deram origem e aos quaes possa ou deva ella prestar qualquer serviço e isto para que se veja bem claro o movei que inspira e conduz q nosso espirito, alheio por demais a todas as preoceupações pessoaes e lido sempre no bem publico, no interesse geral, no desenvolvimento progres- sivo da communhão brazileira, qualquer que seja a bandeira que a proteja, qualquer que seja a forma do governo que a dirija. ' Assim ó; assini sempre o foi, e assim espe- ramos ein Deus, sempre o será. O fim verdadeiro do governo, perseguindo o vagabundo e o desordeiro, não é, compre- hende-se, eliminar o individuo do seio da spcledade, que elle esçandalisa aliás com a pratica de suas desordens ou çom a àuzencia do seu trabalho, não: é, sim, eliminar a própria vagabundagem, extinguir o próprio Se a condessa não tivesse tão fortes razões para desconfiar delle, não poderia acreditar que houvesse no seu espirito um pensamento cu|padó. Dépoís da sobremesa, conduzio a condessa á salraha e fez-lhè companhia até ás nove horas e meia. Como nâo parecesse disposto a sahir, Mina, que queria entregal-o á observação do seu e&piqo, fingio um grande cansaço, que a pa- lidez do seu rosto tornava verosiiuil trànstor- nado como estava pela insoinniá dolorosa noite antecedente. Então o pondp levaniqu-se aem se apressar, oomo se se afastasse cora pena e deolarou que ia passar duas horas no olub. Beijou ter- namente Mina e sahio. Por detrás delle, a condessa escutou-lhe os passos perderem-se-lhe no corredor e com sombria alegria, como se considerasse o re- Saltado da sua cilada seguro, metteu-sè no quarto. Aquella noite foi ainda ardente e agitada. Mina ouvio o marido entrar e verificou que era meia-noite. O dia nasceu lentamente e ella levantou-se ás sete horas e esperou cheia de anoiedade as noticias que não podião deixar de chegar. Ao meio dia ainda não tinha visto chegar nada e a sua impaciência exasperava-se. Mandou servir o almoço no tpiarlo a pre- texto de enxaqueca. Parecia-lhe que ficava louca. Apresentavão-se-lfie ao espirito as mais singulares supposições. O marido tinha percebido a vigilância de que era alvo e havia pago ao agente para o não trahir ? Não teria, pois, informações, ou as que lhe fornecessem serião falsas. Depois imaginou que o marquez sabia de antemão que Armando era innocente do que ella o aceusava e que tinha querido punil-a pelo seu ciúme, fazendo-lhe soffrer as angustias da duvida e do receio. E foi para ella uma delicada ventura pensar que o homem que ella amava, nada tinha que lhe pesasse na consciência e que era sempre fiel. Depois, subitamente, voltou á sua idéa pri- mitiva e persuadio-se que Armando tinha descoberto a cilada. Um terror louco invadio-lhc então o espi- rito sobreexcitado. Procurou as conseqüências da acção que tentara e não as achou senão horríveis. O marido não querendo alTrontar uma luta que devia ser despedaçadora, não se rexjg- naudo a abandonar a amante, não llie restava senaq partir, para nunca mais voltar. . (Continua.J \ um começo de vida e lhes garante assim o futuro de seus trabalhos ? Aos que, pelos hab.itos inveterados da vida cidadã, ou por outras circumstancias quaes- quer, seja por gosto oq por iudole, nãó pos- sam se entregar 4 vida rude dos campos e prefiram os trabalhos propriamente indus- triaes, quaes os meios ao seu alcance para eu- eetarem a profjssãQ ? Ha entre nós por ventura bastantes esta- belecimentos industriaes para accommodal-os e dar-lhes trabalhos? Não. li' doloroso, mais é forçoso confessar: a vida industrial cio. do nosso estado tão atrasada, mereceu sem- pre tão pouc.0 quer de governos.qner de par- ticulares, afigurou-se a todos cousa tão insi- gnlflcante e de futuro ou de lucros tão pro- blematicos, que, sem pena e sem previsão, se esperdiçam inutilmente forças e activida- des que poderiam ser vantajosamente apro- veitadas. E, em falta dc estabelecimentos indus- triaes existentes em numero a poder con- tel-os e destribuir-lhes trabalho,—para elles, por si mesmos, estabelecerem as industrias, fras pequenas industrias, as rneporres e mais insignificantes industrias—falta-lhes o capital necessário, quando mesmo lhes sobrasse o desejo ou a vocação. Ç) qua fazer poria nio V Não basta reprimir a vagabundagem e im- FOLHETIM PÂRAISQ PERDIDO JÚLIO MARY QUARTA PARTE CONFISSÃO IX MEU PAI ÀCCUS0-IUE racter A colaboração do arebiduque custa ura dinheirão ao célebre jornal americano, Q ar- chiduque João, que passa por um dos béatuo cspi-its de Viènnà quando discute, ataca cora- rudez os adversários, e oomo conhece muitas historias intimas, os artigos que publicar no New-York Herald hão de ser lidos co leresse. Ao que parece, o nome de João não bom agourò na familia realauslriaca. Outro arebiduque João, irmão do impera- dor Francisco II o tio do actual soberano, oa- sou do seguinte modo : No anno de ÍS^Q. q arebiduque chegou á estação do üraiidollen. O chefe da mala-posla uao linha á mão nenhum postilhão que <nú- asse o carro de Sua Alleza Imperial o vendo em risco-o seu emprego disfarçou do" pósli- lbao a filha, que era unia guapa moça. Dúraii leo caí».ii«ho,o arebiduque inteirou-se ç]o caso, olhou para o postilhão e viu que seu rosto não podia ser mais formoso. As cousas correrão de modo tal que no fira do algumas semanas Anna PJÒchol, assim se chamava a filha do cheio da estação da mala-posta, era esposa morganatica do príncipeebaroaeza de Brçindhoffen. Depois foi nomeada Condessa de Meran. Ain- da vive ; a familia imperial òonsi-èrá-a rnui- to, e a, sociedade respeita-a. A condessa de Meran mandou ooustruir um magnífico cas- tello em Braudhoffen, no mesmo sitio em que vivia quando se disfarçou de postilhão para, fazer a vontade ao pai. Celebrou-se, n-rigreja àe Santo Agostinho,o matrimônio de MUe. Elisa Monteiro de Barros, nossa pairicia, com o Barão Ernesto de La Tour, secretario da embaixada. Na igreja, sumptuosamente adornada, apinhavão-se ni\- merosos amigos das duas familias, açli^adorâò I presentes quasi todos os br?,zU&iros' rendeu-'' tes em Pariz ou de passagem nesta capital'' A joven noiva íói conduzida ao altar pelo Cou- de c!e Nióao. A mãi da reçom-casada, que é uma das senhoras mais ricas o mais caridosas da colônia brazileira ao Pariz, por sei* ami- ga da ex-imperaiiia do Brazil, não deu o sa- rao de estylo por òccasião da assignatura do contracto de casamento. Mas, depois da caremonia religiosa, houve profuso copo 4'ágqa no elegante domicilio de i»mc. ?.J,oqleiro de Barros, para o qual forão Tendo transpirado esta neticia o povo af- fluiu em massa ao palácio real e exige infor- inações seguras. Os republicanos activam as suas medidas para executarem um movimento enérgico e proclamarem a Republica. Todo o paiz reseute-se de profunda ancie- dade. Londres O duque de Hartiügtra adoeceu gravemen- te, correndo perigo de vida. A sua grande riqueza alíiada ao seu espi- rito caridoso graugoou-lhe a estima de toda a população,;que aguarda anciosa, noticias. _ , Valparaiso Foi nomeado ministro plenipotenciario de Hespanha junto a este governo o duque de Alraodovar.* v Por accordo apresentado pelo governo e sanccionadQ pelas câmaras, esta Republica pagara a Inglaterra a importante somma de oito md contos a titulo de compensação dos prejuízos causados durante a guerra passada a subditos enavios daquella nação. iVew-York Horrível cyclone devastou a cidade de Saint Louis. Soffreram enormes prejuízos casas, edifícios pubhcos eplantações próximas àqiioilá cidade. Buenos-Ayres No gozo de uma licença alim de restabele- cer-se em sua saúde partiu para a cidade de Cordoba o.presideute desta Republica, Sr. Jua- rez Celman- Consta que a conferência entre o presidente e o ministro brazileiro Quintino Bocayuva ce- lebrar-se -ha naquella mesma cidade dc Cor- doba NOTAS MILITARES >í*t::*yfiã,1**' convidados os famílias. parentes e amigos das duas NOTICIAS TJ-LEGSAPHICAS ir*ar*is Os aharchistas russos movem-se com çres- cida actividade. Parou no meio do quarto, continuando a meditar, faligado e pallido. Em frente delle, pregado á parede, acima aa chaminé, estava ura espelho muito alto, atras da pêndula e dos candelabros. Atrás delle e em Irente a esse espelho, fi- cava a alcova entreaberta, onde se achava Gertrudes e de onde não se havia mexido, durante toda a confissão. Maohinalmente os olhos do padre, erguen- do-se, íixaram-se no espelho. Este rcllectia a alcova. E o padre soltou um grilo de inexprimivel terror Na fresta da porta semi-cerrada tinha avis- tado o rosto branco e trágico de Gertrudes... De Gertrudes, que nem sequer pensava mais em occultar-se. De Gertrudes que tinha ouvido tudo. •—Gertrudes! Gertrudes! você estava ahi ?. . Ella não responde. Está certamente tão commovida quanto seu filho. —Gertrudes! vócè sorprendeu a confissão dessa mulher? —Sim, respondeu ella al-aixandoa cabeça pois não tinha forcas para falar.' —Ah! meu Dous! meu Deus ! exclamou o padre. E de repente cambalêa, estende os braços para segurar-se em algum movei, não encon- ira apoio e cahesoljro o assoalho, onde con- serva-so im movei. A fabré dos dias precedeu- tes a fadiga da confissão da Heugne, a térri- vel emoção que acaba de experimentar ao avistar Gertrudes, tudo isso abateu-o. E elle jaz inaulmado, livido verdadeiramente morto. PArecçuiqo 'Ge!-tr*,*ãe_ sahe da alcova, precipita-se para o padre, ajoelha-se junto d'elle e dirige-lhe as palavras mais ternas. —Sr. cura, peço-lhe perdão, fiz mal! Mas se o senhor soubesse ' Em primeiro logar, ».ão íoiculp.arainha... Eu uão queria... Depois, tive receio de appareoer... Eis co- mo ouvi tudo. Porém elle não a ouve.. EHa assusta-se. —tel-0-hi« ni-Orto?... meu Deus, dar-se- ha fc»a~ f.ue eu [gjjiia mori0 nieu lilho ? Elle tem estado tão doente nestes últimos dias, parecia tão fraco... Corre a buscar vinagre, frieciona-lhe as fontes, dá-lh'e a cheirar. E emquanto prodigalisa-lhe taes cuidados, murmura : —Perdòa-mo, Noel, oh ! meu filho, meu filho amado, não guardes rancor de lua mai... A doce e terna palavra—mãi—continua a queimar-lhe os lábios. O desfallecimento de Noel prolonga-se por muito tempo. E a inquietação de Gertrudes loca ao sue auge e converte-se em terror «juaudo, linal- mente o padre signal de vida... Abre os olhos... Procura levantar-se, apoiando-se nas mãos. Fão encontra forças para lazcl-o. Ao mesmo tempo é accoinrneltido de vio- lentos tremores. A febre tinha voltado. Os dentes cntrcchocam-sc-lhc. E apezar da suo coragem eda sna resigna- ção, dos seus lábios soltam-se gemidos. Não diz nada a Gertrudes. Julgar-se-hia que havia esquecido o que acabava de passar-se. A velha criada passa o braço cm torno do pescoço de seu filho. Levanta-o. Eil-o emlim de pé. Se, porém, ella não continuasse a ampa- ral-o, elle tornaria a cahir. Carrega-o quasi até a cama, no fundo da mesma alcova qual cila tinha ouvido a si- nistra confissão da Heugne. E cllc deixa-se cahir no leito, onde con- serv-n-se deitado, inteiramente vestido;... Como òòntinuassse a tremer, ella agaza- lhou-lhe os pés e correu a abrir .rs porsianàs das janellas, para quo o bom sol do niaguiü- co üiáüééstío penetrasse 110 quarto. sijnviço niAmo ' Estão designados para superior do dia da hoje os cidadãos capitão Pedro Velho e de ronda de vizila um subalterno de cavallaria, e amanhã o capitão Barreto e para a roa- da menor subalterno de cavallaria. OUARNIÇÃO DA CIDADE O batalhão dará a guarnição da cidade o ollicial commandante da guarda, dc palácio que será dada pela força do arlilUoria.* MUSICA NO JARIUM A musica do corpo de policia tocará das 5 horas da tarde as » da noite no Jardim do Campo das princezas, VOLUNTÁRIOS Alistaram-se como voluntários Vez índivih duos O meu crime A... Perdiia-me criança... eu sou ousado Por vir te declarar meu sentimento Sem disfarce, mentira ou fingimento Neste pobre soneto improvisado... E' grande o meu delicto, o meu peccado, Porém iuda maior é o meu tormento ... Criança me perdoa o atrevimento, —Eupeccopor te amar sem ser amado!... Ahi tens o meu crime, escolha a pena--, Me pune, me castiga e me condomna, Eunão tremo, eunãofujo, eu nãomeesquivo Tudo acceito, criança, eu tudo aceeito... Ah crava-me o punhal dentro do peito, Que morrendo por ti, não morro, vivo I... 10*1-90 Augusto Aristiiko-. .Vir parece adormecido. Entretanto repondes estremeci men los çorfein-llié o corpo franzino, agitando o ioníarneaio. fillá senta-se aos pés da cama e espera per- vio- Os raios do soi chegam até o fundo da ai- cova e aquecem um pouco o doente. Os tremores diminuem. Gertrudes dá-lhe chã quente, que elle ab- sorve a pequenos golos. E os seus olhos, larga;;aente circulados de amarello, fitam de n'_ando em quando a cri- ada, como mud-A repreheusão. E no ep'tan[0 ej|c naua lhe disse ainda. R-jÇpnslítúè no seu espirito a scena de pou- co antes. —Sr. cura, como está se sentindo agora ? perguntou Gertrudes. —Melhor, respondeu elle fracamente. —Sr. cura, peço-lhe perdão. Porém elle mènèiá a cabeça. Está grave e triste. —E' uma grande falta, uma grande falta a que você commetteu, Gertrudes. O segredo das con lissões í; sagrado. Você abusou da minha bondade para comsigo. Deixoi-a fazer aqui tudo quanto lhe approuvc. Você não fazia senão o que lhe diclava a vontade, c era senhora das suas acções. Eu não dizia nada, porque julgava poder contra com a sua dedicação. Não aíidíri bem. —Oli! Sr. cura! Sr. cura * —Já tinha reparado por diversas vezes na sua indiscripção. Quando meu irmão está uo presbyteriOj encontro as maiores difliculdades para aílurtal-a do meu quarto. Você aproveita todos os pretextos possiveis para entrar inopi- nadamente e sorprender a nossa conversação, Fiz-lho muitas vezes reparos a propósito, e uma òccasião ameacei-a até dc hiàndal-a em- bora, se não moderasse a sua curiosidade... —Oh! Sr. cura, pode dnvidar da minha de- dieaçao e da minha afieição ?... Julgava com effeito não poder duvidar... —E agora? —Agora, Gertnwles, cheguei á conclusão de que a sua curiosidado e indiscripção nãturri&s são muito mais fortes do que, por vencera, irispirei-lhe. —O padre calou-se, fatigado. F. Gertrudes,, cabisbaisa, com o coração confrangido, não. teve coragem dc romper a silencio. - Você illudiu a minha confiança, Gertrudes, ou não merecia, isso. Esqueceu oínodojior quo á acolhi; quandoapreséntõúrSÒ no presbiterio cnmn uma mendiga, sem poder dizer dc o;ll(jfi vinha, júlgà qúe não advinhei.guc ha Ml{ se_ grodQj lia sua vida? Não' qúiz|insis.»_r'.p_arâ lião oáüsar-lliê cruel embaraço. K cjs a maneira por que rriò testemunha rPj_óhhècimó'rito !... Gertrudes chorava, « Qúe vou [**__r agora ? continuou Noel. Yucê colOcá-mó cm situação extremamen- to delicada e talvez nenhum padre a. tenha- çoüliucido antes dc mim, (Continúa.J

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Page 1: PERNAMBUCO Recife ¦— Domingo, 2 de Fevereiro de 1890 …memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1890_00027.pdf · de maior circulação no norte do Brazil. > »•> < Expedi

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: \.t:y.,-..

AssignaturasRECIFE

Anno. 16$000*res mezes. 4$000

PAGAMENTOS ADIANTADOS

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Ansignaiurus[INTERIOR

An.uo 18$000Seis mezes _§oooPAGAMENTOS ADIANTADOS

PERNAMBUCO Recife ¦— Domingo, 2 de Fevereiro de 1890 ANUO XIII N. 27A PROVÍNCIA é a folha

de maior circulação nonorte do Brazil.

> »•> <

Expedi le u teCorrespondente em Pariz para annuncios

• reclames, o Sr. A. Lorette 61, rua Cau-martin.

DESPACHOSINTENDENCIA MUNICIPAL DO RECIFE

DESPACHOS DO DIA 31 DE JANEIROAmador de Barros Cavalcanti Lins. —Aguar-

de o parecer do commissario de edificaçãoque o dará brevemente.

Antônio Asterio Silva Franco.—Sim, fa-zcndo hypotheca convencional.

Minervino Avelino Fiusa Lima.—Deferido,devendo começar a matança as 10 horas damanhã e terminar até 2 horas da tarde.m ' Ferreira Rodrigues & C". —Aguarde delibe-ração posterior.

Antônio Borges Galvão Uchoa.—Não podeser attendido presentemente.Antônio Eliseu Antunes Ferreira.—Comorequer.

, Antônio Marinho Falcão.—Como requer.. Gerente da Companhia Recife DrainageLimited.—Sim, ate o fim de Fevereiro do cor-rente anno improrogavelmente.

Abaixo assignados moradores no ultimoquarteirão de casas da rua da Aurora—Aguardem os supplicantes o proximo pare-cer da commissão nomeada para designaçãono município de lugares appropriados a estee outros misteres. ..<&

dia 1Pelo Intendente de edificações

Jasoce Rigbq—Apresente ao respectivo lis-cal.

Augusto Octaviano de Souza—Deferido.Francisco Braziliano de . Souza—Deferido

cumprindo a exigência do engenheiro.Ernesto D. Costa Amorim—Deferido.Henrique Vogelay—Deferido nos termos da

informação do Engenheiro.Lúcio Evangelista dos Santos —Deferido.

Peto Intendente de PoliciaFrancisco Salgado Braz.—Indeferido, por

se oppor a lei a collocação de cocheiras nocentro da cidade.

Elvira Antonia d'Arruda Falcão.—Sim, nostermos da informação da Contadoria.

O Porteiro,J. A. Leal Reis.

GOVERNO DO ESTADODIA 30

Abaixo assignados guardas de 2a classe dacasa de detenção do Recife.—Informe o Ins-pector do Thesouro do Estado.

Abaixo assignados moradores no povoadode São João dos Pombos.—Em vista do qua-dro approvado em 30 de Agosto de 1888, foipor acto de hoje supprimido a cadeira de quetratão os peticionarios.

Bacharel Alfredo Cornelio da Silva Ramos.' —Informe o Iuspector da Thesouraria de Fa-

zenda.Augusto Xavier Carneiro da Cunha—Sim,

com reciboAdolpho Coelho Pinheiro—Sim, na forma da

lei.Antônio Francisco da Silva Guimarães.

—Apresente-se em concurso de conformidadecom o artigo 83 do regulamento de 18 deJaneiro de 1888.

Balthasar de Albuquerque Martins Pereira.—Indeferido.

Edeltrudes Januaria de Sousa Magalhães.—Encaminhe-se, pagando a peticionaria oporte na Repartição dos Correios.

Elias Baptista da Silva Ramos—Informe aCâmara Municipal de Pão d'Alho.

Fielden Brothers—Informe o Inspector daThesouraria de Fazenda.

Joanna Maria da Conceição—Requeira aoministério da marinha.

José Joaquim de Maria—Requeira ao minis-lerio da marinha provando o allegado.

José Francisco de Oliveira—Informe o Ins-pector da Thesouraria de Fazenda.

Dr. João Vieira de Araujo- Encaminhe-se.Lourenço Alves Quixaba—A' Intendencia

Municipal do Recife para providenciar.Luiza Eudoxia Baptista—Remettido a juntamedica do Estado a quem a peticionaria seapresentará para ser inspeccionada.

Capitão Manoel Eioy Mendes—Encaminhe-se, devendo ser pago na Repartição dos Cor-reios o competente porte.Manoel Gonçalves Agra—Remettido ao Ins-pector do Thesouro do Estado para mandarpagar de accordo eom sua informação de 21do corrente sob n* 69.

Maria Eulalia do Rego Barros—Não pôdeler logar em vista da deficiência de recursosdos cofres do Thesouro do Estado,

FOLHETIM

0 DERRADEIRO AMORPOR'JOB.IOHIIT

UI

(ContinuaçãoJLevantou-se o foi devagarinho á janella,como para vêr se o homem em quem ella

pensava unicamente e que julgava naquellaòccasião em casa da sua rival, não ia appare-cer-lhe voltando e provando-lhe assim a futi-Iidade dos seus receios. Vio o pateo vasio,com as suas lages brilhando ao sol. Deu umprofundo suspiro e murmurou:—Não ! viver assim, já não é viver !

A condessa approximou-se do marquez elixando profundamente os olhos nelle r—Agradeçorlbe tudo quanto me disse desensato ainda ha pouco. E certo que um poucode scepticismo e muita paciência assegurariamo meu repouso. Mas quem m'os dará ? Sabeque tenho um espirito exclusivo e uma almaardente, mal preparados para as concessões.Ou tudo ou nada, podia ser a minha divisa.Nao tente pois levar-me para arranjos que sãoincompatíveis com o meu caracter. Seja oamigo dedicado e esclarecido, a quem nuncame dirigi inutilmente, quando tenho difficul-dades que resolver. Ajude-me com a sua ex-periencia e com a sua sagacidade. Ponha áminha disposição os meios de penetrar o mys-lerio que quero esclarecer.

O Sr. de Villenoisy agarrou-lhe na mão eapertou-a amigavelmente entre as suas.—Está com febre, Mina ? disse elle. Talvezque fosse melhor adiar para outra òccasião oUni desta entrevista." —Soffro urn tanto, mas estou corn todo omeu sangue-frio. Pôde falar.'..—Pois bem, minha cara, se a comprehendihem, pediu-meem termos vagos, mas emfiin,em todo caso pedio-me que lhe facilitasse avigilância do seu marido... simplesmente epara chamar as cousas pelo seu nome, Minaquer que o mande espiar, seguir o obter umrelatório sobre os seus gestos e acções...

Manoel Antônio de Oliveira Brandão—De-ferido com officio de hoje ao Thesouro do Es-tado,

Maria Pereira Paz—Não tem logar o querequer visto estar preenchida a cadeira.Maria Dornellas Pessoa Cata nho—Aguarde

a concessão de accordo com o artigo 83 doregulamento de 8 de Janeiro de 1888.

Padre Manoel Antônio. Martins de Jesus—Informe o inspector da Thesouraria de Fa-zenda.

Maria Chrispiniana Cruz—Remettido ao Re-gedordo Gymnasio Pernambucano para man-dar inscrever o menor afim de ser admittidoquando houver vaga.

O advogado Olavo Correia Crespo—Infor-me ocommandante da Canhoneira Liberdade.

Porcia de Sá Vasconcellos—A cadeira estáprovida.

Samuel de Sá Montenegro -Indeferido emvista da informação.

Tertuliano Ernesto de Moraes Carvalho—Sim, mediante recibo.

Vicente Licinio da Costa Campello—Remet-tido ao director da extineta Assembléa Provin-ciai para entregar os documentos medianterecibo. ' dia 31

Abaixo assignados moradores no povoadoMimoso do termo da comarca de Bizerros—Informe o Iuspector Geral da Instrucção Pu-blica.

Ascencio Minervino Meira.—Sim, comre-cibo.

Capitão Antônio Carlos dos Santos Mergu-lhão—Concedo com vencimentos a que temdireito.

Christino Thomaz d'Aquino — Indeferidoporque o supplicante não se habilitou de ac-cordo com as disposisões em vigor.

Demetrio Carneiro Rodrigues Campello—Ao üirector da extineta assembléa provincialpara entregar os documentos mediante recibo.

F. P. Bolitreau—Informe o Inspector daThesouraria de Fazenda.

Fernandes & Irmão —Remettido ao Inspe-clor da Alfândega para attender.

Padre Francisco Adelino de Britto Dantas—Ao Inspector da Thesouraria de Fazendapara informar com urgência.

Henriques Rosa das Mercês Jansen—Infor-me o Inspector do Thesouro do Estado.

João Joaquim Alves& Ç*.—Sim.José de Azevedo Maia eSilva Júnior— Infor-

me o Inspector da Thesouraria de Fazenda.Padre João Rodrigues da Costa =Informe o

Inspector da Thesouraria de Fazenda.Padre José Leitão da Costa Machado—In-

forme o Inspector. da Thesouraria de Fazenda,Joaquim Pereira Peixoto—Nesta data diri-

jo-me ao Ministério do Interior á respeito doque requer o peticionario.

Capitão José Cordeiro dos Santos—Enca-minhe-se, devendo pagar o porte na repartição,dos Correios.

José Luiz Salgado Accioly—Encaminhe-se,devendo pagar o porte na repartição dosCorreios.

João de Barros Lima-Indeferido em vistadas informações.

José da Malta Cardim—Indeferido em vistadas informações do Inspector do Arsenal deMarinha n 13 de hontem datado.

João de Barros Lima—Encaminhe-se, de-vendo ser pago na repartição dos Correioso competente porte,João Mendes dos Santos Ao Dr. Juiz dedireito do 2.- districto criminal do Recife parainformar com urgência.

Luiz Barbalho Uchôa Cavalcante—Justifico.Marcelino Santiago Vasconcellos Leitão—

Encaminhe-se,'devendo pagar na repartiçãodos Correios o competente porte.

Miguel da Silva Pellico—Ao Dr. chefe dePolicia para informar.

Melchiades Freire Diniz—Passe portariadesignando o Io corpode cavallaria da Guar-da Nacional da comarca do Recife para o sup-plicante ser aggregado.

Maia e Silva & C.—Informe o Inspectorda Thesouraria de Fazenda.

Maia e Silva & C—Informe o Inspector daThesouraiajla-JFazenda.

Maia e Silva & O.—Informe o Inspector daThesourario de Fazenda.

Manuel Luiz dos Santos—Sim.Paulo Felippe de Salles Abreu-Informe o

Regedor do Gymnazio Pernambucano.Pedro Pereira de Souza Lemos—Passe por-taria na forma requerida, ficando suprimida

a cadeira leccionada pelo peticiónariò.Quintino Pereira Motta —São mixtas as ca-

deiras cujo provimento se requer ese o uãofossem o provimento só poderá ter logar pormeio de concurso.

Tilo dos Passos de Almeida Rosas Filho—Indeferido a vista da informaçáo R° 13 dehontem datado do Inspector do Arsenal deMarinha.

O porteiroB~. Maciel da Silva.

xandrina,PortoCarreiro—Informe a Ia Secção.Padre Francisco José Alves. — Certifique-se.Francisco Campello Pires Ferreira, Joa-

quina Delllna de Mello, Pedro de Albuquer-que & C\ e D. P. Wild.—A Ia. Secção paraos fins devidos.INSPECTORIA GERAL DE INSTRUCÇAO PU-

BLICa DO ESTADO DE PERNAMBUCODIA 1

Major Domingos do Rego Barros de SousaLeão.—Cumpra-se e regis tre-se.

José Antônio da Silva.—Cumpra-se e re-gistra-se.

FÓRUMAudiência do Dr*. juiz do eivei

FEITOS PUBLICADOS NÓ DIA 1 DE FEVEREIROEscrivão Cunha

Addiamento d3 petição de D. Maria da Con-ceição Chaves. — Feita a declaração, proce-da-se ao calculo.

Comminatoria de Gratuliano dos SantosVital. — Cumpra-se o accordão.

Addiamento da petição de Almeida Castro«Sc C. — Vista ás partes.Escrivão Burgos

Despejo de Joaquim Antônio Pereira. —Foi decretado.

Libello de Antônio José Cândido de Souza.— Recebida a contrariedade.Embargo de Adriano Augusto de Almeida

Jordão. — Julgou-se não provados os embar-gos de terceiro.

Summario de Amaral Primo «Sc C.—Julgou-se nullo todo o processado.

Libello de Virginio Horacio de Freitas. —ulgou-se improcedente.

Escrivão FelicíssimoLibello de Virginio Horacio de Freitas. —

Em prova.Despejo de Luiz Leopoldo dos Guimarães

Peixoto. — Foi decretado.Inventario dos bens deixados por Antônio

José Gonçalves de Azevedo. — Vista ao inven-tariante.

Execução de João Victor Alves Matheus.— Em prova os embargos.Aresto de D. Maria Rosalina dos Passos

Guimarães. — Recebidos os artigos.Embargo de Manoel Ferreira da Cruz. —

Dispensou-se os embargos.

RECEBEDORIA DO ESTADO DE PER-NAMBUCO

DIA 1Manoel Fernandes Velloso, Olympia Maria

César de Mello, Viuva e Herdeira de EgydioCarneiro Rodrigues Campello e Josepha Ale-

queNão me engano, é exactamente istoMina deseja, nao é verdade ?

A condessa teve uma contracção dc lábios,como se lhe repugnasse pronunciar a palavradecisiva. Uma expressão de repugnânciapassou-lhe pelo nobre rosto. Comtudo respon-aeu fiçm firmeza:—Sim ré isio que desejo,

—Mina pensou qúe ha minha carreira diplormatica tenho tido òccasião dc einpregar ho-mens hábeis era taes indagações e quer queeu lhe escolha um digno de confiança, quènão abuse do segredo qúe tem de se lheeonliar.

—Sim. Mas então é preciso dizer-lhe tudo ?perguntou a condessa som angústia.

—Isso não, disse com tranquillidade omarquez. Elle o saberá advinhar e não terágrande mérito nisso. Para um especialista de-cifrar este enigma, será uma brincadeira decriança. Em vinte e quatro lioras Mina saberátudo.

—Será indispensável que eu fale a essehomem de confiança ? perguntou a condessacom inquietação.

—Naturalmente.— Não podia o senhor mesmo dar-lhe ins-

trucçõessemque eu seja obrigada apparecer?—Ah! minha querida filha, não espere issode mim ! exclamou o velho diplomata comrepentina animação. Estimo-a muito, masestimo tambem o seu marido Acho quejá vou muito longe servindo-a tãoactivamentecontra elle..... Quero guardar uma derradeiraapparencia dè neutralidade.... Porei á suadisposição os meios de saber a verdade. Com-pete á eondessq servir-se delles.—Pois seja. Quando me manda o seu agente ?-Hoje mesmo. O tempo de ir á prefeitura,falar-lhe e [mandai-o á sua casa.—Eu não saio.—Então vou-me embora.

Agarrou no chapéo, parou diante da con-dessa :—Então está decidida irrevogavelmente,sem considerações, nem arrependimentos ?Não perca de vista que o acto que vai com-metter é um daquelles que um homem docaracter de seu' marido perdoa com menosfacilidade.

I —Se elle estiver innocente, ignora-o. Sefôr culpado que importa !—Então, alô á vista.

O -marquez beijou-lhe a mão e sahio.Mina ficou pensativa e como que descansada

com aquelja resolução tomada e com aquellecomeço de acção empenhada.

Pelasjres horas, quando tentava ler paradistrahir o pensamento, um criado entrou ea meia voz:

A nossa satisfaçãoNão pretendemos renovar o incidente Ie-

vantado pelo honrado collega do Jornal doRecife e em boa hora por nós ambos termi-nado sem arranhões na dignidade da im-prensa.

Perinitlir-nos-ha, entretanto, o collega,que apezar das muitas deíerencias que en-tendemos dever guardar-lhe, voltemos aoassumpto, não para fazer commontarios quebem cabidos seriam á sua resposta, si qui-zessemos alimentar discussão, mas parauma rectüicação ao modo porque traduzio onosso pensamento, certamente pela obscu-ridade em que envolvemos a sua manifes-tação, e taiqbein para oppor uma declaraçãoque para nós se torna imperiosa-

A rectüicação é a seguinte :Não dissemos nem precisávamos, aliás,

dizer que os factos por nós articulados eramverdadeiros referindo-se a outros, e ineíactQf?se se referissem ao collega. Dissemos, sim,que não comprehendiamos como o collega,não contestando a veracidade dos factos, pre-tendia consideral-os inexactos si lhe po-dessem ser applicados, e exactos se se refe-rissem a outros, quando não havíamos de-çliuado nonios, nem era nosso habito fasercensuras veladas.

Sem embargo de assim nos manifestar-mos para mostrar que o collega p uxacamuito a braza para a sua sardinha', detudo quanto dissemos çonclue-se, e estamosproinptos a repetir, que não pretendemos fa-zer-lhe allusões.

Agora a declaração:« Lavar o testada, precizar a posição pro-

pría, principalmente em tempos em que osjuizòs podem perder a serenidade, ós hq-mens se confundem e os acontecimentos seprecipitam, é mais do que um direito, é umdever, •> dlsse-o hontotn q collega para jqs-

tilicar o azedume com que se nos dirigio pe-dindo explicações.

Não deve exlranhar, portanto, que lheopponhamos uma formal declaração a pro-posito do tópico, em que nos diz não andarirritados como suppuzemos, nem satisfeitoscomo nós.

Si a satisfação a que se refere o nosso col-lega, é a proveniente da confiança que, uãonos furtamos de confessar, nos merece aactual governação do Estado, cujos actosestão em diametral opposição aos do seuinfeliz antecessor; si a nossa satisfação con-siste em poder offerecer-lhe o nosso fraco edesinteressado apoio ; si a nossa satisfaçãoconsiste ainda em poder pôr ao serviço darepublica a nossa dedicação e lealdade, con-tentando-nos com o modesto papel de sol-dados rasos da democracia e não aspirandosenão a gloria de conduzir a nossa pequenapedra para o grande edilicio da reconstrucçãoda pátria, estamos plenamente satisfeitos, ejamais poderíamos consentir que nos consi-derassem irritados, desde que são sinceras,exponlaneas.desinteressadas e enthuseasticasmesmo as nossas manifestações.

Mas, si a nossa satisfação pode ser traduzi-da como a partilha e goso dos proventos daactual situação, ou a aspiração de oecuparum lugar entre os beneficiados da hora pre-sente, podemos assegurar ao collega que en-ganou-se redondamente.

Nada temos obtido, nada lemos pretendido,nada pretendemos da actual situação, á qual,entretanto, temos prestado e continuaremosa prestar todo o nosso apoio emquanto a jul-garmos merecedora do pequeno e modestocontingente que podemos offerecer-lhe.

A nossa posição na imprensa e mesmoumas tantas respopsabilidades que nos res-tam de nossa participação na direcção de umdos antigos partidos da monarchia, nos de-terminam, por agora, esse posto de trabalhosem compensações, essa tarefa de abnegação,tal qual folgamos de reconhecer que a temcompre hendido o illustre collega, que bemcompreheude a nobre missão da imprensalivre, «pie não deve mesmo ser suspeitada depretender cousa alguma d'aquelles efue estãosujeitos á sua censura.

No desempenho de tão louvável missão, es-tamos certos de qua o illustre Gollcga doJornal do Recife não se dedignará de nospermitiu* batalhar ao seu lado, como nosoutros tempos juntos trabalhamos quandofaziamos tremular a larga bandeira em cujasdobras se aninhavam as aspirações e as es-peranças da nossa pátria.

E, depois disso, a nossa satisfação sò nãopoderá ser completa, porque o illustre colle-ga de modo pouco generoso recusa-se a nosfornecer os preciosos subsídios de sua pers-picaz e attenta observação, pois a um es-criptor da altivez civica do illustrado directordo importante órgão da imprensa pernambu-cana.não deve conter o receio do mestre ita-liano, a cujo juízo soeçorreu-se, antes parafazer jogo de espirito do que mesmo parajustificar a sua evasiva.

ele-vicio, fazendo desaparecer assim essemento do crime e da immoralidade.

Assim como o fim da medecina que admi-nistra uma dose enérgica de veneno á umdoente, mais ou menos gangrenado, não éeliminar o individuo da sociedade e da vidaporem sim cural-o da moléstia, que o con-duzíria a esse resultado, e restituil-o a ellasforte e são; o que a lei dc repressão da va_diagem quer e tem em vista é, infundindo oterror pela ociosidade, obrigar o individuoinútil ou prejudicial, a se tornar um cidadãotrabalhador e por conseguinte collaboradorconsciente do progresso e da civilisação doseu paiz.

Mas rellexionemos de vagar e um pouco.Nada é mais justo; nada é mais nobre, nemrevela mais os altos intuitos e a verdadeiraorientação do governo. Onde, porém, en-contrarem esses homens o trabalho ? Assimcomo o medico não pode clinicar sem terdoentes; o bacharel não pode advogar semter causas; o negociante não pode commer-ciar sem ter mercadorias; e assim todas asclasses: da mesma maneira o vadio, o vaga-bundo, agarrados e obrigados a trabalhar,não podem trabalhar sem ter trabalho. Ondebuscal-o, onde achal-o então ?

Aponlar-nos-hão, á nós e a elles, com oeterno rumo da lavoura, como remédio—pa-nacéa para todos os males, como unico re-curso para tudo. Mas a indicação é apenasirrisória ou capeiosa.

Na lavoura só trabalha quem tem forçaspara isto e o seu trabalho constitue uma ver-dadeira espécie de carreira, ou de officio,para o qual é preciso, é mesmo indispensa-vel uma aprendisagem, embora essa só tenhapor fim crear. o habito, robustecer o indivi-duo e affeiçoal-o aquelle gênero rude de Ira-balho.

Se ainda d'entre esses vagabundos e va-dios, todos tiverem aquellas forças e energiaspara os trabalhos campeslres, o que não po-mos duvida em conceder e de lodo o coraçãodesejamos, porque isto nos serve de argu-mento e de base para a justificação da idéa,em cujo desenvolvimento proseguimos, aindaassim perguntaremos: a lavoura que está nasmãos exclusivas dos grandes proprietários,possuidores das terras próprias para a cul-Uira, quererá esses trabalhadpros e lhes re-munerará os serviços ?

Dir-nos«hão ainda que, se não poderem tra-balbar por conta alheia, o poderão fazer sobresi e para si. Mas então perguntaremos : ondeas terras que elles devam lavrar ? onde assementes que devam semear? onde as casaspara se abrigarem? onde as ferramentaspara manejarem? onde o dinheiro para vive-rem os primeiros mezes, os primeiros tem-pos, antes das colheitas e do apuramenlo desuas vendas? O governo, como aos colonos

pôr a cada vadio a obrigação tle trabalhar.Os que assim se vêem coagidos tem o direitode perguntar e perguntam com razão.*—tra-balhar em que?

E' preciso, pois, dar-lhes trabalho e paralhes dar trabalno c indispénsaveí remuneraro emprego das suas actividades. Está nistoum programma completo.de economia social,um programma completo de futuro. E', por-tanto, indispensável que, ao passo que o go-verno proclama e impõe a necessidade dotrabalho, o organise em larga .escala e des-de já.

Quando o vadio preso perguntar-lhe r—«emque é que eu hei de trabalhar?» é precisoque o governo esteja habilitado para responder-lhe:—N'isto.

A policia procede a capturas sem numero.No acto de praticar pèsqüizas em uma ca-sa da cidade de Moscow, onde julgava encon-trai* inimigos e documentos còmpromcttedo-res, foi atacada e repelida.

Immensos magotes de povo a vaiarem.O chefe da policia secreta recebeu um tirode revolver que o prestou sem vida.O aggressor, para fugir ao castitro, voltouo revolver contra si mesmo e suicidou-se.

MadridA restauração do governo republicano éímmiuente.Espera-se o desenlacc da doença de Affon-so XIII.Toda a população permanece em anciosaespectativa pelos suecessos que se vão veri*ficar.A policia redobrou de cuidados para ga-»rantir a paz. ¦ . ySe houver o levantamento que se prenun-cia a policia não terá força para resistir.O ex-presidente Canovas dei Castillo con»

gregou conservadores e liberaes para resis-tir á onda republicana e conservar a monar-chia em Hespanha.A enfermidade de Affonso XIII conservacaracter gravíssimo.Os médicos não o desamparam um instante.Depois de varias consultas concordaram os.... __ „ .„„...„„„.,, no mesmos que a allecção de que se acha ata-

polo aretico, em 7i3U,000 kiltfmetros quadra- • cado ° J°ven rei caracterisa-se por meningi-dosou mais de 14 vezesasuperliciodaFran- te complicada coma tuberculose.

PELO MUNDONo estado actual dos conhecimentos maisou menos positivos acerca das regiões polares,conta o polo ártico 3,859,144 kilometros qua-drados de terras, e o polo antaretico 66l,OdO.

As regiões desconhecidas sao avaliadas

rnperça, e uo polo antarelico,. em 21,780,000 oucerca de 42 vezes a superücie da França cmais de duas vezes a superücie da Europa.Ao todo, as vastas extenções inexploradasrèpresentão j/16 de toda a superücie Uo globo.

De recente relatono áo cônsul da Inglater-ra no Cabo da Boa Esperança constão os da-dos seguintes quanto á producção de diainan-tes, durante os últimos aunos, nesta região :

Quilates Valor1833 2.312.23 _ £ 2.359. 4G318S1 2.204.786 « 2.582.6231885 2.287.261 « 2.-21.6781886 3.047.639 « 3.261.5741887 3.(546.8S9 « 4.033.5821888 3.585.780 « 3.608.217

O «Neai-York» Herald acaba, de contratarpara collaborador semanalseuuin arebiduqueda Áustria, cujo rompimento como imperadordeu recentemente tanto que falar á impren- /sa européa. E' o arcuiduque João, de gêniomordaz, «pie escreve com habilidade e semprese dislingúio pela independência de seu ca-

com in-

é de

estrangeiros, lhes faculta todos os meios de

•*HH^=4í«s«!-

MONÓLOGOS

—A pessoa que a Srá. condessa espera dàparte do Sr. de Villenoisy está ahi.

A Sra de Fontenav estremeceu.Ainda não havia duas horas que o marquez

a tinha deixado e já a sua promessa' estavacumprida. Foi accommettida por uma grandeperturbação. Não pensou nem por instantesem despedir o homem. Mas hesitava em o re-eeber, por causa do que ella era obrigada adizer-lhe. ~

Entretanto deu ordem para que o mandas-sem entrai*.Ao cabo de um minuto, vio approximar-se

nm rapaz de altura regular, um tanto gordo,cuidadosamente harbeacjQ, vestido oom Goresescuras, com o chapócoco preto na mãò eapresentando a apparencia de um Griado deboa casa, em procura de um lugar.

Inclinou-se e esperou que a fidalga falasse.=Vem da parte do Sr. Villenoisy ? pergun-tou ella.—Sim, minha senhora, respondeu elle comuma voz neutra e como que gasta.—Sabe do que se trata?—Sim, minha senhora.

O rubor subio ao rosto da condessa; com-tudo, proseguio :—O «jue precisa para o conseguir?O homem fez um sorriso imperceptível.—Unicamente ordem de começar, minhasenhora, e antes de vlute e quatro horas es-tara tudo prompto.Então conhece a pessoa que deve seguir ?— Quem não conhece em Pariz o Sr. Con-de de...A condessa cortou-lhe a palavra com um« está bom » muito secco, como para evitar aonome que ella usava, a injuria de ser pronun-ciado diante delia por semelhante bocea.—Não tem mais nada, que me perguntar ?—Nada, minha senhora. Deu-me ordem

qne começasse, vou por-me em movimento.Logo que obtenha informações para fornecer,terei a honra de me apresentar no palácio.Comprimentou e com passo ligeiro dirigio-se para a porta.

Quando a condessa levantou os olhos, haviadesapparecido. Approximou-se da janella evio o homem que atravessava o pateo compasso tranquillo. Tinha ar inoffensivo e in- |diííerente. Metteu-se por debaixo da abobada jdo portão e a condessa deixou de o ver. Com- !tudo o tempo não lhe pareceu muito longo atéo jantar. Tinha a convicção de que se traba-lhava para ella ea febre tinha-lhe abrandado. |Armando voltou ás 6 horas, entrou no |quarto delle e apresentou-se no da mulher, 'no momento do irem para a mesa. Esteveencantador durante a refeição, clieio de espiritoodo alegria. I

Prológuemos a nossa idéa afim de accen-tuar bem as suas bases e tornar bem paten-tes os princípios que lhe deram origem e aosquaes possa ou deva ella prestar qualquerserviço e isto para que se veja bem claro omovei que inspira e conduz q nosso espirito,alheio por demais a todas as preoceupaçõespessoaes e lido sempre no bem publico, nointeresse geral, no desenvolvimento progres-sivo da communhão brazileira, qualquer queseja a bandeira que a proteja, qualquer queseja a forma do governo que a dirija. '

Assim ó; assini sempre o foi, e assim espe-ramos ein Deus, sempre o será.

O fim verdadeiro do governo, perseguindoo vagabundo e o desordeiro, não é, compre-hende-se, eliminar o individuo do seio daspcledade, que elle esçandalisa aliás com apratica de suas desordens ou çom a àuzenciado seu trabalho, não: — é, sim, eliminar aprópria vagabundagem, extinguir o próprio

Se a condessa não tivesse tão fortes razõespara desconfiar delle, não poderia acreditarque houvesse no seu espirito um pensamentocu|padó.

Dépoís da sobremesa, conduzio a condessaá salraha e fez-lhè companhia até ás novehoras e meia.

Como nâo parecesse disposto a sahir, Mina,que queria entregal-o á observação do seue&piqo, fingio um grande cansaço, que a pa-lidez do seu rosto tornava verosiiuil trànstor-nado como estava pela insoinniá dolorosa dânoite antecedente.

Então o pondp levaniqu-se aem se apressar,oomo se se afastasse cora pena e deolarouque ia passar duas horas no olub. Beijou ter-namente Mina e sahio.

Por detrás delle, a condessa escutou-lhe ospassos perderem-se-lhe no corredor e comsombria alegria, como se considerasse o re-Saltado da sua cilada seguro, metteu-sè noquarto.

Aquella noite foi ainda ardente e agitada.Mina ouvio o marido entrar e verificou queera meia-noite.O dia nasceu lentamente e ella levantou-se

ás sete horas e esperou cheia de anoiedadeas noticias que não podião deixar de chegar.

Ao meio dia ainda não tinha visto chegarnada e a sua impaciência exasperava-se.

Mandou servir o almoço no tpiarlo a pre-texto de enxaqueca.Parecia-lhe que ficava louca.Apresentavão-se-lfie ao espirito as mais

singulares supposições.O marido tinha percebido a vigilância de

que era alvo e havia pago ao agente para onão trahir ?

Não teria, pois, informações, ou as que lhefornecessem serião falsas.

Depois imaginou que o marquez sabia deantemão que Armando era innocente do queella o aceusava e que tinha querido punil-apelo seu ciúme, fazendo-lhe soffrer as angustiasda duvida e do receio.

E foi para ella uma delicada ventura pensarque o homem que ella amava, nada tinha quelhe pesasse na consciência e que era sempre fiel.

Depois, subitamente, voltou á sua idéa pri-mitiva e persuadio-se que Armando tinhadescoberto a cilada.

Um terror louco invadio-lhc então o espi-rito sobreexcitado. Procurou as conseqüênciasda acção que tentara e não as achou senãohorríveis.

O marido não querendo alTrontar uma lutaque devia ser despedaçadora, não se rexjg-naudo a abandonar a amante, não llie restavasenaq partir, para nunca mais voltar.

. (Continua.J \

um começo de vida e lhes garante assim ofuturo de seus trabalhos ?

Aos que, pelos hab.itos inveterados da vidacidadã, ou por outras circumstancias quaes-quer, seja por gosto oq por iudole, nãó pos-sam se entregar 4 vida rude dos campos eprefiram os trabalhos propriamente indus-triaes, quaes os meios ao seu alcance para eu-eetarem a profjssãQ ?

Ha entre nós por ventura bastantes esta-belecimentos industriaes para accommodal-ose dar-lhes trabalhos? Não. li' doloroso,mais é forçoso confessar: a vida industrial cio.do nosso estado tão atrasada, mereceu sem-pre tão pouc.0 quer de governos.qner de par-ticulares, afigurou-se a todos cousa tão insi-gnlflcante e de futuro ou de lucros tão pro-blematicos, que, sem pena e sem previsão,se esperdiçam inutilmente forças e activida-des que poderiam ser vantajosamente apro-veitadas.

E, — em falta dc estabelecimentos indus-triaes já existentes em numero a poder con-tel-os e destribuir-lhes trabalho,—para elles,por si mesmos, estabelecerem as industrias,fras pequenas industrias, as rneporres e maisinsignificantes industrias—falta-lhes o capitalnecessário, quando mesmo lhes sobrasse odesejo ou a vocação.

Ç) qua fazer poria nio VNão basta reprimir a vagabundagem e im-

FOLHETIM

PÂRAISQ PERDIDO

JÚLIO MARY

QUARTA PARTECONFISSÃO

IX

MEU PAI ÀCCUS0-IUE

racterA colaboração do arebiduque custa uradinheirão ao célebre jornal americano, Q ar-chiduque João, que passa por um dos béatuocspi-its de Viènnà quando discute, ataca cora-rudez os adversários, e oomo conhece muitashistorias intimas, os artigos que publicar noNew-York Herald hão de ser lidos co

leresse.Ao que parece, o nome de João nãobom agourò na familia realauslriaca.Outro arebiduque João, irmão do impera-dor Francisco II o tio do actual soberano, oa-sou do seguinte modo :No anno de ÍS^Q. q arebiduque chegou áestação do üraiidollen. O chefe da mala-poslauao linha á mão nenhum postilhão que <nú-

asse o carro de Sua Alleza Imperial o vendoem risco-o seu emprego disfarçou do" pósli-lbao a filha, que era unia guapa moça.Dúraii leo caí».ii«ho,o arebiduque inteirou-seç]o caso, olhou para o postilhão e viu que seurosto não podia ser mais formoso. As cousascorrerão de modo tal que no fira do algumassemanas Anna PJÒchol, assim se chamava afilha do cheio da estação da mala-posta, eraesposa morganatica do príncipeebaroaeza deBrçindhoffen.

Depois foi nomeada Condessa de Meran. Ain-da vive ; a familia imperial òonsi-èrá-a rnui-to, e a, sociedade respeita-a. A condessa deMeran mandou ooustruir um magnífico cas-tello em Braudhoffen, no mesmo sitio em quevivia quando se disfarçou de postilhão para,fazer a vontade ao pai.

Celebrou-se, n-rigreja àe Santo Agostinho,omatrimônio de MUe. Elisa Monteiro de Barros,nossa pairicia, com o Barão Ernesto de LaTour, secretario da embaixada. Na igreja,sumptuosamente adornada, apinhavão-se ni\-merosos amigos das duas familias, açli^adorâò Ipresentes quasi todos os br?,zU&iros' rendeu-''tes em Pariz ou de passagem nesta capital''A joven noiva íói conduzida ao altar pelo Cou-de c!e Nióao. A mãi da reçom-casada, que éuma das senhoras mais ricas o mais caridosasda colônia brazileira ao Pariz, por sei* ami-ga da ex-imperaiiia do Brazil, não deu o sa-rao de estylo por òccasião da assignatura docontracto de casamento.

Mas, depois da caremonia religiosa, houveprofuso copo 4'ágqa no elegante domicilio dei»mc. ?.J,oqleiro de Barros, para o qual forão

Tendo transpirado esta neticia o povo af-fluiu em massa ao palácio real e exige infor-inações seguras.Os republicanos activam as suas medidas

para executarem um movimento enérgico eproclamarem a Republica.

Todo o paiz reseute-se de profunda ancie-dade.Londres

O duque de Hartiügtra adoeceu gravemen-te, correndo perigo de vida.A sua grande riqueza alíiada ao seu espi-rito caridoso graugoou-lhe a estima de todaa população,;que aguarda anciosa, noticias._ , ValparaisoFoi nomeado ministro plenipotenciario deHespanha junto a este governo o duque deAlraodovar. * vPor accordo apresentado pelo governo esanccionadQ pelas câmaras, esta Republica

pagara a Inglaterra a importante somma deoito md contos a titulo de compensação dosprejuízos causados durante a guerra passada asubditos enavios daquella nação.

iVew-YorkHorrível cyclone devastou a cidade de SaintLouis.Soffreram enormes prejuízos casas, edifíciospubhcos eplantações próximas àqiioilá cidade.

Buenos-AyresNo gozo de uma licença alim de restabele-cer-se em sua saúde partiu para a cidade deCordoba o.presideute desta Republica, Sr. Jua-rez Celman-Consta que a conferência entre o presidentee o ministro brazileiro Quintino Bocayuva ce-lebrar-se -ha naquella mesma cidade dc Cor-doba

NOTAS MILITARES >í*t::*yfiã,1**'

convidados osfamílias. parentes e amigos das duas

NOTICIAS TJ-LEGSAPHICASir*ar*is

Os aharchistas russos movem-se com çres-cida actividade.

Parou no meio do quarto, continuando ameditar, faligado e pallido.Em frente delle, pregado á parede, acimaaa chaminé, estava ura espelho muito alto,atras da pêndula e dos candelabros.Atrás delle e em Irente a esse espelho, fi-cava a alcova entreaberta, onde se achavaGertrudes e de onde não se havia mexido,durante toda a confissão.Maohinalmente os olhos do padre, erguen-do-se, íixaram-se no espelho.Este rcllectia a alcova.E o padre soltou um grilo de inexprimivelterrorNa fresta da porta semi-cerrada tinha avis-tado o rosto branco e trágico de Gertrudes...De Gertrudes, que nem sequer pensavamais em occultar-se.De Gertrudes que tinha ouvido tudo.•—Gertrudes! Gertrudes! você estava ahi ?. .Ella não responde. Está certamente tãocommovida quanto seu filho.—Gertrudes! vócè sorprendeu a confissãodessa mulher?—Sim, respondeu ella al-aixandoa cabeça

pois não tinha forcas para falar. '—Ah! meu Dous! meu Deus ! exclamou opadre.E de repente cambalêa, estende os braçospara segurar-se em algum movei, não encon-ira apoio e cahesoljro o assoalho, onde con-serva-so im movei. A fabré dos dias precedeu-tes a fadiga da confissão da Heugne, a térri-vel emoção que acaba de experimentar aoavistar Gertrudes, tudo isso abateu-o.E elle jaz inaulmado, lividoverdadeiramente morto. PArecçuiqo

'Ge!-tr*,*ãe_ sahe da alcova, precipita-se parao padre, ajoelha-se junto d'elle e dirige-lheas palavras mais ternas.—Sr. cura, peço-lhe perdão, fiz mal!

Mas se o senhor soubesse ' Em primeirologar, ».ão íoiculp.arainha... Eu uão queria...Depois, tive receio de appareoer... Eis co-mo ouvi tudo.Porém elle não a ouve..EHa assusta-se.—tel-0-hi« ni-Orto?... meu Deus, dar-se-ha fc»a~ f.ue eu [gjjiia mori0 nieu lilho ?Elle tem estado tão doente nestes últimos

dias, parecia tão fraco...Corre a buscar vinagre, frieciona-lhe as

fontes, dá-lh'e a cheirar.E emquanto prodigalisa-lhe taes cuidados,

murmura :—Perdòa-mo, Noel, oh ! meu filho, meu

filho amado, não guardes rancor de luamai...

A doce e terna palavra—mãi—continua aqueimar-lhe os lábios.

O desfallecimento de Noel prolonga-se pormuito tempo.E a inquietação de Gertrudes loca ao sue

auge e converte-se em terror «juaudo, linal-mente o padre dá signal de vida...

Abre os olhos...Procura levantar-se, apoiando-se nas mãos.Fão encontra forças para lazcl-o.Ao mesmo tempo é accoinrneltido de vio-

lentos tremores.A febre tinha voltado.Os dentes cntrcchocam-sc-lhc.E apezar da suo coragem eda sna resigna-

ção, dos seus lábios soltam-se gemidos.Não diz nada a Gertrudes.Julgar-se-hia que havia esquecido o queacabava de passar-se.A velha criada passa o braço cm torno do

pescoço de seu filho.Levanta-o.Eil-o emlim de pé.Se, porém, ella não continuasse a ampa-

ral-o, elle tornaria a cahir.Carrega-o quasi até a cama, no fundo da

mesma alcova dà qual cila tinha ouvido a si-nistra confissão da Heugne.

E cllc deixa-se cahir no leito, onde con-serv-n-se deitado, inteiramente vestido;...

Como òòntinuassse a tremer, ella agaza-lhou-lhe os pés e correu a abrir .rs porsianàsdas janellas, para quo o bom sol do niaguiü-co üiáüééstío penetrasse 110 quarto.

sijnviço niAmo' Estão designados para superior do dia dahoje os cidadãos capitão Pedro Velho e deronda de vizila um subalterno de cavallaria,e amanhã o capitão Sá Barreto e para a roa-da menor subalterno de cavallaria.

OUARNIÇÃO DA CIDADEO 2° batalhão dará a guarnição da cidade oollicial commandante da guarda, dc palácioque será dada pela força do arlilUoria. *

MUSICA NO JARIUMA musica do corpo de policia tocará das 5horas da tarde as » da noite no Jardim do

Campo das princezas,VOLUNTÁRIOS

Alistaram-se como voluntários Vez índivihduos

O meu crime

A...

Perdiia-me criança... eu sou ousadoPor vir te declarar meu sentimentoSem disfarce, mentira ou fingimentoNeste pobre soneto improvisado...

E' grande o meu delicto, o meu peccado,Porém iuda maior é o meu tormento ...Criança me perdoa o atrevimento,—Eupeccopor te amar sem ser amado!...Ahi tens o meu crime, escolha a pena--,Me pune, me castiga e me condomna,Eunão tremo, eunãofujo, eu nãomeesquivo

Tudo acceito, criança, eu tudo aceeito...Ah crava-me o punhal dentro do peito,Que morrendo por ti, não morro, vivo I...

10*1-90Augusto Aristiiko-.

.Vir parece adormecido.Entretanto repondes estremeci men los

çorfein-llié o corpo franzino, agitando oioníarneaio.fillá senta-se aos pés da cama e espera

per-vio-

Os raios do soi chegam até o fundo da ai-cova e aquecem um pouco o doente.

Os tremores diminuem.Gertrudes dá-lhe chã quente, que elle ab-

sorve a pequenos golos.E os seus olhos, larga;;aente circulados de

amarello, fitam de n'_ando em quando a cri-ada, como mud-A repreheusão.

E no ep'tan[0 ej|c naua lhe disse ainda.R-jÇpnslítúè no seu espirito a scena de pou-co antes.—Sr. cura, como está se sentindo agora ?

perguntou Gertrudes.—Melhor, respondeu elle fracamente.—Sr. cura, peço-lhe perdão.Porém elle mènèiá a cabeça. Está grave e

triste.—E' uma grande falta, uma grande falta a

que você commetteu, Gertrudes. O segredodas con lissões í; sagrado. Você abusou da minhabondade para comsigo. Deixoi-a fazer aquitudo quanto lhe approuvc. Você não fazia senãoo que lhe diclava a vontade, c era senhora dassuas acções. Eu não dizia nada, porque julgavapoder contra com a sua dedicação. Não aíidíribem.—Oli! Sr. cura! Sr. cura *

—Já tinha reparado por diversas vezes nasua indiscripção. Quando meu irmão está uopresbyteriOj encontro as maiores difliculdadespara aílurtal-a do meu quarto. Você aproveitatodos os pretextos possiveis para entrar inopi-nadamente e sorprender a nossa conversação,

Fiz-lho muitas vezes reparos a propósito,e uma òccasião ameacei-a até dc hiàndal-a em-bora, se não moderasse a sua curiosidade...

—Oh! Sr. cura, pode dnvidar da minha de-dieaçao e da minha afieição ?...

— Julgava com effeito não poder duvidar...—E agora?—Agora, Gertnwles, cheguei á conclusão de

que a sua curiosidado e indiscripção nãturri&ssão muito mais fortes do que, por vencera,irispirei-lhe.—O padre calou-se, fatigado. F. Gertrudes,,cabisbaisa, com o coração confrangido, não.teve coragem dc romper a silencio.

- — Você illudiu a minha confiança, Gertrudes,ou não merecia, isso. Esqueceu oínodojior quoá acolhi; quandoapreséntõúrSÒ no presbiteriocnmn uma mendiga, sem poder dizer dc o;ll(jfivinha, júlgà qúe não advinhei.guc ha Ml{ se_grodQj lia sua vida? Não' qúiz|insis.»_r'.p_arâ liãooáüsar-lliê cruel embaraço. K cjs a maneirapor que rriò testemunha rPj_óhhècimó'rito !...

Gertrudes chorava,« Qúe vou [**__r agora ? continuou Noel.Yucê colOcá-mó cm situação extremamen-

to delicada e talvez nenhum padre a. tenha-çoüliucido antes dc mim, (Continúa.J

Page 2: PERNAMBUCO Recife ¦— Domingo, 2 de Fevereiro de 1890 …memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1890_00027.pdf · de maior circulação no norte do Brazil. > »•> < Expedi

A?t" ¦"

-: 8 A Província — o, 2 de Fevereiro de 1890 N. 27Nunes _lac*_ado

Quem cae na luta com gloriaTomba nos braços da historiaNo coração do Brasil.

C. Alces.

Eu curvo-me ante os vultos dos stoicosMartyres, dos titães da liberdadeE ao relembrar os feitos seus, heróicos.Em prol da pátria, em prol da humanidade.

O coração precipitadamentePulsa, o sangue ferve-me nas veias...Pois nasci nVsta terra que, sementeE' dos heróes das grandes epopéias.

Ante o túmulo teu, oh patriota !Que preferiste a morte á vida ilóta]E fôste um sonho máo á realeza...

Uma lagrima verte dolorida,£st'alma, que recorda-te sentida,Cheia de lucto, cheia de tristeza.

Recife, 2 de Fevereiro de 189Ò.Gerarão de Bastos.

Honrosa manifestação

O nosso amigo Sr. Joaquim Alonso Mo-feira d* Almeida, que acaba de ser removidode inspector da Thesouraria de Alagoas paraá de S. Paulo, foi alvo de merecida e honro-sa manifestação no dia 22 do mez passado,por oceasião de deixar o exercicio do cargoque oecupava em Maceió e despedir-se deseus companheiros de trabalho.

O Sr. Alonso d'Al meida,que aqui neste Es-tado deixou vestígios ainda não apagados deseu grande merecimento, zelo, enfatigavelamor ao trabalho, intelligencia e escrupulosaprobidade, é certamente muito digno dasmanifestações que lhe foram feitas e ás quaesdo coração nos associamos.

De funecionarios como o Sr. Alonso d'Al-meida tem tudo a esperar o serviço publicodo qual elle faz mais do que uma. profissão—faz uma religião.

De longe, saudando aquelle nosso amigo edesejando que conduza-se sempre no desem-penho dos cargos que lhe forem confiados demodo a continuar a merecer a confiança doGoverno e a estima de seus subordinados,temos a maior satisfação em trasladar paraas nossas columnás a seguinte :

Descripção que o nosso collega—Esladode Alagoas faz da manifestação a que nosreferimos :

« Hoje foi alvo de uma modesta felicitaçãoa pessoa do distineto funecionario publico,cidadão Joaquim Alonso Moreira de Almei-da, que, deixando o exercicio do cargo deinspector da Thesouraria de Fazenda geralneste Estado, recebeu dos respectivos em-pregados uma prova de sincera amisade econsideração.

« Perante aquelle honrado e illustre cava-Iheiro foi lida a didicatoria abaixo transcrip-ta, passando o secretario da junta ás mãosdo mesmo inspector um chronometro de ou-ro—obra prima—que os companheiros derepartição offereceram como um. signal daaffeição e estima que votam a tão eminentecidadão que neste Estado, deixa sobejos ares-tos de sua illustração e zelo.

« Na caixa que guarda o chronometro lê-fie o seguinte :OS EMPREGADOS OA THESOURARIA DE FAZENDA

DAS ALAGO\SAo distineto cidadão Joaquim Alonso

Moreira de Almeida em signal deestima e consideração

Maceió, 22 de Janeiro de 1890.

Cidadão Joaquim Alonso Moreira de Al-meida.—A vossa remoção para o Estado deS. Paulo, onde ides exercer as mesmas func-ções publicas que. ha mais de um anno, comesclarecida intelligencia, invejável zelo e de-dicação não vulgar, tendes oficialmente des-empenhado 'neste Estado de Alagoas, comoinspector da thesouraria de fazenda, si deum lado foi objecto de satisfação para vos-sos companheiros de trabalho e em geralpara vossos amigos e admiradores, que vi-ram galardoados o mérito e os serviços re-levantes que tendes prestado á causa publica,de outro lado foi objecto de pezar pela for-cosa separação de um illustre contempora-neo e collaborador incançavel em prol dobem nacional.

E' mister na vida social activa ter-se o co-ração mais affeito ás mutações dos aconte-cimentos do que ao goso permanente do bemestar.

O Governo Federal vos chama a prestar-des vossos serviços em uma repartição deordem superior : — a obediência é uma vir-tude; e, como a ausência não importa umarenunciados sentimentos da amisade, nemrompe os doces laços da affeição e estima,por isso os empregados da thesouraria defazenda geral neste Estado de Alagoas, con-fiam em que sempre manterão no mesmo

Sráo esses mesmos sentimentos de amisade e

edicação de que nos destes o mais edifican-te exemplo, e pedem-vos licença para onere-cer-vos neste momento a paquena lembrançaque acompanha a presente manifestação. Ac-ceitae, pois, cidadão amigo, uma exígua pro-

i va da amisade sincera de vossos compa-bueiros.

Não ha medida exacta para os sentimentosdo coração ; por isso, cada um apreciandoo valor pela gradação dos desejos que nãoconhecem limites, dirá : — tudo é grandediante da espansividade de nossa alma.

Moceiò, 21 de Janeiro de 1890.O contador servindo de inspector, Augusto

Pereira Ramalho Júnior -O 1. escripturarioservindo dejeontador, Estanislau Wanderley.—O procurador fiscal, Antonio Antero AlvesMonteiro.—O 1." escripturario, Antônio Tei-xeira Alves Pinheiro.—Idem, idem, Júlio L.Ramalho.—O thesoureiro, Claudino Affonsode Carvalho.—O 2.* escripturario, Justinianollonorato de Almeida.—Idem, idem, AffonsoM. N. V. Gonçalves.—Idem, idem, ArgemiroCândido Pereira da Costa.—Idem, idem, JoséAntonio de Azevedo Mello. — Idem, Idem,José Firmino de Araújo.—Idem, idem, JoãoVirgílio de Carvalho.—O praticante, ErnestoE. da C Palmeira.—Idem,|Sebastião Antoniodas Neves.—O cartonario, Clodoaldo Soares.—O continuo, Joaquim Gonçalves da Resur-reição.—Olympio da Fonseca e Silva.»

Licenças

Foram concedidas por aclo de ante-hon-tem com os vencimentos a que tiver direito,para tratar de sua saúde, ao capitão do Corpode Policia Antonio Carlos dos Santos Mer-gulhão ede igual tempo e nas mesmas con-dições ao guarda da casa de Detenção Adol_pho Coelho Pinheiro

Repartição da Instrucção Publica

Ao Dr. Inspector Geral da Instrucção Pu-Idica mandou communicar o cidadão Gover-nador do Estado, em oíficio de 31 do mezpróximo passado, que, á vista das informa-ções dadas pelo referido Inspector, designoua 2/ cadeira do sexo masculino, de S. Josédesta cidade, para nella ter exercicio o pro-fessor Francisco Marques da Trindade, naqualidade de professor adjunto.

Em officio da mesma data mandou com-municar a cidadão Governador ao mesmoInspector, que removeu o professor Pedro Pe-reira de Souza Lemos da cadeira de Goyanna,que ficará supprlmida, de accordo com oartigo 42 do Regulamento de 18 de Janeirode 1888, para a de Bom Successo, em Olin-da, vaga pelo fallecimonto do professor Ma-noel Figueira de Menezes.

Supplentes de Juizes Municipaes

Foram nomeados por acto de ante-hontempara os lugares de 2* e 3* supplentes do jui-ao Municipal e de Orphãos de Alagoa deBaixo o tenente-coronel Manoel Ignacio daSilva.Azevedo o e capitão Manoel Ignacio dos

' Santos, que prestarão uo prazo de doig me-zes o juramento do estylo.

CORPO DE POLICIA

Foi exonerado por acto de hontem ManoelCabino da Silva do posto de alferes da 2*companhia do Corpo de Policia e nomeadopara substituil-o o ex-1* cadete do exercito" > Villela Pereira do Lago.

CapturasFoi capturado no dia 12 do mez ultimo, e

no termo de Floresta, o réo de nome Seve-riano Francisco dos Santos, pronunciado noart. 192 do Cod. Crim.

O delegado do termo de Água Preta captu-rou no dia 29 de Janeiro ultimo, o indivíduode nome Manoel Antonio Mendes, por ter fe-rido gravemente a Francisco Fernandes Ban-deira.

Saráo carnavalesco

No domingo de entrado, 16 do corrente, ánoite, realisa-se nos salões fdo Club CarlosGomes, graciosamente cedidos, um saráocarnavalesco promovido pelos seguintes ca-valheiros que assignam os convites : GabrielI. N. Cardoso, Miguel José Alves, AlbertoDias Fernandes, Antonio Leonardo Rodri-gues, Joaquim José de Amorim e Arthur deSouza Carvalho.

Imaginamos quanto não será attrahente eesplendido este saráo para cujo brilhantismomuito se esforçam os seus promotores e con-correrão os convidados e suas famílias comsuas respeitáveis presenças.

Somos gratos á fineza do convite e dese-jamos que os esforços dos dignos cavalhei-ros sejam coroados do melhor êxito.

FerimentoNo termo de Boa Vista, no dia 17 do mez

findo, foi ferida em sua propia casa, a mulherde nome Carolina dos Santos Araújo, por JoãoPedro da Silva que foi preso e recolhido ú ca-deia. _

Intendencias Municipaes

Foram por aefos de hontem dissolvidas asCâmaras Municipaes abaixo indicadas, sendoconstituídos os Conselhos de IntendenciasMunicipaes com os cidadãos nomeados :

JABOATÃO

Francisco Antonio de Souza Leão, servin-do de Presidente, Dr. José Solano Carneiroda Cunha e coronel Joaquim Maximino Pe-reira Vianna.

GAMELLEIRA

Fructuoso Dias Alves da Silva, servindo dePresidente, Francisco Antonio Bandeira deMello e Monoel Gomes de Barros e Silva.

GOYANNA

Dr. Antonio Gomes. d'Albuquerque, ser-vindo de Presidente, João de Andrade Limae José Barbosa Leite de Miranda.

ITAMBÉ

Tenente-coronel Fraucisco d'Araújo Lima,servindo de Presidente, capitão BellarminoGonçalves de Noronha Faria e Luiz da VeigaPessoa César Sobrinho.

Festividade religiosa

No domingo 9 do corrente, terá lugar nacapela de Nossa Senhora dos Aflictos a festada mesma Senhora, constando de missa so-lemne pelas 10 horas da manhã, e Te-Deumá noute, tocando em todos os actos umamusica militar.

Colônia Portugueza

Tem lugar hoje ao meio dia, na sede doGabinete Portuguez de Leitura a reunião dacolônia portugueza convocada pela digna di-rectoria daquelle]importante estabelecimento.

O patriotismo dos portuguezes residentesneste Estado e por tantas vezes exhuberante-mente demonstrado tem agora opportunoensejo para expandir-se em toda a sua inten-sidade, em toda a sua grandeza.

A colônia portugueza de Pernam buco vaesignificar nesta reunião quanto vale aos olhosda nação a que pertence, de quanto é capazo seu amor á pátria.

Desejamos-Ihe uma manifestação digna dosen merecimento e do patriotismo portuguez*

Guarda livros

O Sr. Francisco da Rocha Salgado veio aonosso êscriptorio visitar-nos e por esta oo-casião declarou-nos que havia deixado o lu-gar de guarda livros do importante estabele-cimento de jóias dos Srs. Joseph Krause & C.

Agradecemos a sua visita.

PRISÕESForam ante-hontem recolhidos a Casa de

Detenção os seguintes indivíduos :João Leonardo de Barros, vindo de Olinda

como criminoso; Antonio Pedro Francisco,alienado, com destino ao azylo; Manoel Sea-bra de Andrade, vindo de Iguarassú, comocriminoso; JoaquimCezario dos Santos, vin-do de Bèberibe, como criminoso ; JuvenalHenrique Mafra, como desordeiro; Manoel An-tonio do Carmo e Ricardo Raul, por embriaguezedistúrbios; Manoel Rodrigues.Bezerra, por of-fensas a moral publica ; Bellarmino LeoncioAnastácio, Lourenço Gonçalo da Silva, Anto-nio José de Oliveira e Nilo Luiz da Costa, porembriaguez e distúrbios; Zacarias de Souza,por crime de furto; Alfredo Cardoso do Car-mo, como desordeiro; Manoel Ignacio Mar-quês, conhecido por Manoei Bague, por crimede roubo; Francisco Felisardo da Costa e JoséBernardinodos Santos, como vagabundosJoão Leonciodos Santos, por embriaguez e dis-*urbios.

SANTO DO DIA

2 de Fevereiro, domingo; 33" dia doanno:

4' depois da Epiphania sd. Da Septua-gesima. sd. S. Flosculo B.; SS. Fortuna-to, Feliciano e Firmo Mm.

Comarca especialPublicamos abaixo o decreto inserto no

Diário Official de 10 do mez de Janeiro pro-ximo findo que declara especial a comarcade S. Lourenço da Matta, installada no dia13 do mesmo mez como comarca geral quan-do já existia aqueila declaração.

DECRETO N. 132 DE 9 DE JANEIRO DE 1890.

DECLARA ESPECIAL A COMARCA DE S. LOU-RENÇO DA M.VTTA, NO ESTADO DE PERNAM-BUCO.O chefe do Governo Provisório da Republi-

ca dos Estados Unidos do Brazil, de conlormi-dade com a lei n. 2033 de 20 de Setembrode 1871,

DECRETAArtigo único. E' declarada especial nas

condiçfies do art. 1° da referida lei, a comarcade S. Lourenço da Matta, no estado de Per-nambuco, onde haverá um juiz de direito eum substituto.

0 Ministro e Secretario do Estado dos Ne-gocios da Justiça, assim o faça executar.

Salas das sessões do Governo Provisório,9 de Janeiro de 1890, 2- da Republica. Mano-ei Deodoro da Fonseca.—M. Ferraz de Cam-pos Salles. _ _

Remessa de inquérito

Foi remettido ao juizo competente o inque-rito policial procedido contra José Paulo deCarvalho e Manoel Ignacio Marques, conheci-do por Manoel Bague como incurso nas pe-nas do art. 269 do Cod. Crim.

\

Américo

Repartição da Instrucção Publica

Foi homem régiâírado nessa repartição otiíulo de delegado litterafiO de Camossim,cargo para o qual foi nomeado, **flr portariade 30 do mez próximo findo, ç çiâattão JoséAntônio da Silva.

PHASHS DA LUA

Hoje é o 12° dia do mez lunar e está a luano apogeo.

(g) A lua é cheia á 4 do corrnte, mai6ou menos ás 10 horas e 53 minutos da tarde.

Morte e ferimentoNo dia 25 do mez findo, ás 10 horas d'ama-

nhã no engenho Sitio do Meio, do termo deÁgua Preta, o indivíduo de nome JoaquimGonçalves dos Santos, ferio gravemente aomenor denome João, á João Tiburcio do RegoBarros, administrador do mesmo engenho,e levemente a mais dois trabalhadores.

O menor falleceu 6 horas depois, em con-sequencia^dos ferimentos que recebeu.

O delinqüente foi preso, jAutoridades policiaes

Entraram em exercicio Walfrido Moreirada Costa, delegado de Limoeiro, na qualidadedei* supplente; HerminoLaurentino de An-drade, subdelegado do 2- districto de Ipojuca.

DATAS

Na data de hontem, em 1885, inaugurou-sena capital do Estado do Rio Grande do Sul,a estatua do general conde de Porto Alegre,Manoel Marques de Souza.

O almirante reformado Diogo Ignacio Ta-vares falleceo na mesma data.

Os praieiros deliberaram atacar esta cida-dê no dia de hoje, em 1849, e levando a ef-feito este propósito revelaram muita energia,valor e patriotismo esses democratas libera-es, que com o maior desprendimento se sa-criticaram pelas liberdades populares e eramchamados rebeldes pelo partido da compres-são e da coroa—o partido conservador,que lhesoffereceo toda a sorte de hostilidades e lhes fezas mais atrozes iniquidades,levados pelos mes.mos sentimentos determinantes da aversãoactualmente votada ao regimem decahido,pela quasi totalidade de seus adeptos.

Foram os patriotas rebeldes derrotados,sendo traiçoeira e infatnemente assassinadoo benemérito pernambucano democrata de-sembargador Joaquim Nunes Machado, aoLargo da Soledade pela gente do governoentão nas mãos dos conservadores e no do-minio do gabinete de 29 de Setembro de1848—0 ministério da reação infrene, dasdemissões em massa, cuja organisação eprocedimento foram as causas immediatasda revolução de Pernambuco.

O sangue do grande martyr da liberdade,como o de tantos outros democratas sacri-ficados á fúria realista dos conservadores eos esforços de quantos correligionários 'e£-

istiram e existem no Brazil, produziram pelasua esclusiva inlluencia todas as conquistasdignas de um povo livre e como uma conse-quencia lógica—o regimen actual.

Suppondo destruir o espirito democratacom o assassinato de Nunes Machado e demuitos outros beneméritos da pátria, deram-lhes tal incremento que mais cedo do queera esperado veio o advento da Republi-ca, diante da qual si ajoelham os inimigosrancorosos da democracia protestando a maisfirme lealdade.

Derrotaram os rebeldes praieiros, enfraque-ceram o seu generoso partido, que era opartido do povo, conseguiram restabelecer aordem a custa de terror e de sangue ; mas foiexatamente isto mesmo o factor da victoriada democracia, da qual se fazem falsos pro-phetas.

Na data de hoje, em 1888, falleceo nestacapital o honrado e illustrado Dr. Manoel Eu-phrasio Correia, então administrador de Per-nambuco, tendo lugar ás 5 1/2 horas da tar-de do mesmo dia o seu enterramento, a to-dos os respeitos digno do seu merecimentoe posição.

Igualmente nesta data, em 1(505, falleceoClemente VIII em conseqüência de envene-namenlo attribuido aos jesuítas, cuja ordemelie tinha resolvido exterminar.

Ainda neste dia, em 1852, as forças allia-das,fazendo parte d'ellas 4.000 homens com-mandados pelo brigadeiro Manoel Marques deSouza marcharam sobre Buenos-Ayres, des-troçando as forças de Rosas nas batalhas deMonte Cazeros, sendo a victoria jdevida á in-victa devisão brazileira.

Por força do decreto de 1 de Outubro dede 1821, installa-se na data d'amanhã, em1822 a segunda junta do governo provisórioda Parahyba constituinda por 5 cidadãos.

Falleceu na detençãoFalleceu hontem, ás 10 horas da noite, na

Casa de Detenção, victima de lymphatite adetenta Luiza Maria da Conceição.

Sociedade dos Artistas Mechanicos e Liberaes

Esta sociedade em assembléa geral de 30do passado elegeu sua directoria para oanno social de 1890 á 1891, que ficou assimcomposta:

Director—J. J. Telles Júnior (reeleito).1* adjunto— Joaquim Francisco Collares

(reeleito).2* adjunto—José Autonio Vieira da Cunha.Orador—Francisco Augusto Pereira da

Costa (reeleito).1* secretario — Joaquim Lopes Teixeira

(reeleito).2*—secretario — Luiz José dos Prazeres

(reeleito).Procuradores,—Rodrigo Lauriano da Costa

e Manoel Francisco de Souza.Conselheiros—João Baptista da Silva Pra-

xedes, Augusto Roth (reeleito), João José deJesus Américo, João Nepomuceno da Costa(reeleito), Thomaz de Aquino Leal e Fran-cisco Bazilio Carneiro da Cunha.

Commissão de conta—Manoel GonçalvesAgra (reeleito), Guilherme Spieller (reeleito)e Manoel dos Santos Villaça.

Demonstração de regosijo

As dignas oflicialidades do 2. e 14. Batalhõesde infantaria foram hontem incorporadas eacompanhadas das respectivas musicas feli-citar o honrado General Simeão pela sua me-recida promoção ao elevado posto de Maré-cbal de Campo do Exercito Brasileiro.

Tomou parte nesta louvável manifestaçãoo digno Director do Arsenal de Guerra e arespectiva ollicialidade e musica.

O General Governador agradeceu penho-rado á honrosa prova de apreço de seus ca-maradas tão affectuosa e sincera.

As bandas de musica tocaram suecessiva-mente durante todo o tempo em que perma-neceram no palácio do governo aquellesbriosos militares congraçados nos mesmossentimentos de respeito e justiça.

Centro Litterario e Recreativo Nazareno

No dia 27 do mez próximo passado com-memorou esta sociedade o seu 9" anniver-sano.

A's 8 horas da noute em um dos salões dopaço da Câmara Municipal, reunido grandenumero de convidados e famílias, foi pelovice-presidente, Francisco Maranhão, em-possada a nova directoria, e não se achandopresente o presidente eleito, Bellarmino Car-Beiro, tomou a cadeira o vice-presidente

eleito, Jordão Chaves, que dirigio algumaspalavras ao audictorio declarando aberta asessão.

Em seguida oecupou a tribuna o orador,Victor Vieira, que em suceinto discurso de-monstrou o estado social, agradecendo oconcurso dos senhores convidados.

Em seguida oecuparam a tribuna o Rvmo.Vigário Anizio Bandeira, orador da socieda-de Beneficente de Nazareth, e os Srs. AbilioBezerra, como representante do Recreio Ju-venil Nazareno, Antonio Leão e Rvmo.Graciano Villar B. Coutinho.

Durante esta festa de instrucção abrilhan-taram-n'a as bandas de musicas Club 22 deNocembro c Corpo Musical do Recreio Ju-cenil, que espontaneamente se prestaram aabrilhantar o acto.

Nãoh avendo mais oradores inscriptos oSr. presidente, depois de uma breve allocu-ção, encerrou a sessão ás 10 horas da noute.

Foi uma festa simples, mas significativa ado 9- anniversario do Centro Litterario eRecreativo Nazareno.

Honroso

Lê-se no Libertador do Ceará :Ao illustre governador do Estado dirigiu o

cidadão João Cordeiro a seguinte carta :« Cattete, i de Janeiro de 1890.

Cidadão :

«Respondo a vossa communicação dandoparte de minha nomeação para o cargo desuperintendente dos negócios de soccorrospúblicos neste Estado.

Acceito a nomeação, para o cargo cujasfuncções já exerço, por convite vosso, desde17 de Movembro, juntamente com o cidadãoJoão Lopes. O que eu não posso acceitar é agratificação de 600*000 mensaes, porque ten-do desde a proclamação da Republica consi-derado puramente patrióticos todos os servi-ços prestados a vossa administração, dou-mepor muito bem pago recebendo, como atéhoje tenho recebido, as maiores provas deconfiança, tanto vossa como do governo fede-ral.

Ordem e Progresso.Ao cidadão governador do Estado.

J.. Cordeiro. »A carta que acabamos de transcrever cor-

responde perfeitamente ao honroso acto quevae publicado na secção competente, nome-ando João Cordeiro para o cargo de superin-tendente.

Ao governador federal deu conhecimento ocoronel Ferraz do procedimento patriótico donosso preclaro amigo, a quem respondeu nosseguintes termos:

« Concidadão João Cordeiro

Desvaneço-m3 em responder a vossa cartade hoje, pela qual me daes parte de, acceitan-do a nomeação para o pesadíssimo encargopara que, em feliz momento fostes escolhido,recusar o honorário que se vos marcou.

Antes de vos dizer o quer que seja, apre-seuto-vos o mais fervoroso voto pelo prose-guimento das melhoras em vossa alteradasaúde, que é hoje para a pátria um verdadei-ro dom.

Não tinheis o direito de recusar o ordenadoque se vos determinou, que, aliás, está longede corresponder ao vosso esforço e trabalho,si não fora o dever que nos cumpre, de res-peitar o vosso protesto de «considerar pura-mente patrióticos os serviços prestados á mi-nha administração », que não é mais do quea vossa, a de todos os cidadãos, a do povopelo povo.

Sem expressões humanas, que possamagradecer, ou ao menos classificar a alturauobilissima, o cunho de peculiar patriotismodo vosso procedimento e dos vossos serviços,subscrevo-me

correligionário, amigo e admirador.Luiz Antonio Ferraz.

Fortaleza, 4 de Janeiro de 1890.»A REPUBLICADO BRAZIL

NA EUROPA

Não foi só a imprensa diária e noticiosa quese oecupou extensamente com os aconteci-mentos políticos de que foi ultima'mentethea-tro o Brazil, os periódicos illustrados e litte-rarios também trataram do assumpto.

O Paris Illustre, publicando um magníficoretrato de D. Pedro de Alcântara, escreve arespeito o seguinte artigo:

«Foi grande admiração para a Europaquando, no mezpassado,um telegramma mui-to suceinto annunciou a explosão de uma re-volução no Brazil, a deposição do Imperadore a proclamação da Republica. Estávamosacostumados a considerar o Brazil como nmpaiz pacifico, contente com a sua sorte, tra-tando tranquillamente dos seus negócios, sobuma administração patriarchal e não se sus-peitava do levedo revolucionário que fermen-tava.

A palavra Brazileiro só despertava aquiidéas alegres e « a opereta estava á cata » dosindígenas desse vasto império para fazel-osexhibir, nas nossas scenas de theatros peque-nos, com a tez de pão de munição, barbasazues e correntes de relógio enormes. Essecômico tornou-se de repente trágico. Uma re-volução militar, preparada ha muito e execu-tada com uma presteza que merece a admi-ração dos amadores, derrubou em poucas ho-ras uma dynastia e uma administração, queha mais de sessenta annos presidiam aosdestinos do paiz e o tinham levado a um altográo de riqueza, de civilisação e de poder. »

Entra agora o articulista na exposição dosdados biographicos de D. Pedro de Alcântarae conclue:

« Ha 12 ou 15 annos, o Imperador D. PedroII multiplicava suas viagens na Europa e esseabsenteismo intermittente foi, sem duvida, umargumento nas mãos dos descontentes.

Quando se é soberano, é preciso—êxitoempregar irreverentemente uma expressãotheatral—é preciso « crer que chegou. » Devese resignar a estar sempre na scena, ficar napelle do personagem ; infelizmente para elle,D. Pedro sahia freqüentemente ; fatigadodesse longo reinado, animado pelas preroga-tivas do poder, gostava de vir descançar aqui,de transformar-se em grão senhor, em ama-dor de bellas artes, em curioso de sciencias.

«Imperador philosopho e humanitário,despresava o exercito e foi delle, sobretudo,que veio a revolta.

« Hoje uma revolução que seus povos pa-recém acceitar sem muita repugnância vaecrear-lhe folga. Desde sua chegada á Europa,para a qual o enviou o governo provisório nodia seguinte ao da revolução, D. Pedro evitoucuidadosamente pronunciar-se acerca de suasintenções futuras e não se sabe se elle se re-signa a acceitar os acontecimentos, se contaprotestar ou tentar uma restauração. Seé pos-sivel uma restauração imperial, ella será pro-vavelmente obra, não de D. Pedro, mas deseu genro. ».

Festa do Poço

A tradicional festa d9 N. S. da Saúde rea-lisa-se, hoje, com grande realce e pompa.

Em todos os annos os fieis procuram reu-nir ao sentimento arraigado da religião, qnetributa a Rainha dos Céos a mais sincera eprofunda veneração ungida pelo amor extre-mecido de todos os catholicos—os mais ex-tremados esforços para que esta festividadeseja o mais possivel solemne.

Teem no presente anno conseguido dar-lhetodo o brilhantismo, desde as novenas queforam todas muito concorridas e algumasesplendidas.

A festa vae fechar de um modo digno e ex-cessivamente pomposo este período de res-peitosa veneração á Santa Virgem da Saúde.

Desde pela manhã, ao romper d'alva, atéalta noite vão ter lugar no templo e no adroda Igreja as mais vivas e bellas demonstra-ções em honra da Senhora da Saúde.

Missa cantada solemne, Te-Deum Lauda-mus, salvas reaes, gyrandolas de foguetes,fogos de vista e, por sobre tudo a musica har-moniosa e expansiva da orchestra e das ban-das marciaes, farão sobresahü a importante

festa offerecida este anno áquella invocação,dando-lhe senão a primasia, egual realce adas mais enthusiasticas de annos anteriores.

Apôs o Te-Deum haverá o descimento dabandeira com procissão.

O frontespicio da Igreja e todos os prédiosdo pateo ostentarão deslumbrante illumina-ção.

Bandeiras e muitos outros enfeites e deco-rações darão um aspecto fascinante, bello aotemplo e suas immediações.

Não faltará para tornar immensamenleapreciável esta festa, que tanto disperta assympathias e sentimento religioso do povo»enorme concurrencia com que a nossa popu-lação tem em todos os tempos salientado asua veneração e amor á misericordiosa Se"nhora da Saúde.

FELICITAÇÕES_k__«

Fazem hoje annos o nosso estimavel amigo,Capitão Ricardo José Correia Lima e seu filhoFlosculo do Rego Barros Lima.

E' hoje o dia do anniversario natalicio donosso apreciável amigo José Joaquim Dias doRego Júnior.

Também faz annos hoje o nosso compa-nheiro de trabalhos, zelozo e intelligentepaginador desta folha, o Sr. Manoel Bernardi-no de Salles Menezes.

Promoções

Sobre a promoção de officiaes do exercitohontem conhecida por despacho telegraphicopublicado na imprensa enviaram-nos a se-guinte carta.

Ainda uma vez fazemos votos para que ogoverno provisório repare quanto antes in-justas preterições a distinetos militares.

E' um dever imprescendivel consideraros respeitáveis direitos desattendidos nas ul-timas promoções.

« Ao lermos hoje o telegramma do Diáriode Pernambuco que participa a promoçãohavida ultimamente no exercito, não nos po-demos conter ante um acto da mais clamo-rosa injusiiça, maximé quando estamos noregimen da republica que deve ser antes detudo o regimen da verdadeira justiça.

Está no conhecimento de todos aquellesque lêem e se interessam pelas cousas pátrias,a |maneira altamente digna porque por-tou-se na Bahia, por oceasião da pro-clamação da Republica, em 15 de Novem-bro, o distineto militar Coronel Frede-rico Buys, então commandante do 16" ba-talhão dê infantaria alli estacionado. Todossabem que este brioso official recebera atéordem de prisão do commandante das ar-mas ( Marechal de Campo Hermes Ernestoda Fonseca ) por ler proclamado a Bepublicadentro do quartel do seu batalhão, quandoaquelle commandante das armas se achavaainda ao lado da monarchia, e declarava pu-blicamente não adherir ao movimento, tele-graphando até neste sentido para as entãoprovíncias do norte : no entretanto o gover-no da Republica que já fez diversas promo-ções no exercito, deixou ficar estacionario nomesmo posto o Sr. Coronel Buys, ao passoque promoveu a Tenente-general eífectivo oSr. Marechal Hermes Ernesto da Fonseca,que a não ser irmão do Chefe do GovernoProvisório, estaria a esta hora reformado, emvista do seu notório procedimento acima in-dicado.

Actos como este revoltão, e não podem ficarem silencio. Assim vos pedimos o obséquiode dar publicidade em vossa conceituada fo-lha a estas linhas que nos veio a mente es-crever em desabafo a nossa cosciencia indig-nada.

Como esta muitas outras injustas preteri-ções poderíamos indicar e são bem conhe-cidas.»

Retratos notáveisA Vhotographia Moderna de D. Hermina

Coste, á rua 1. de Março.n» 7, acaba de re-tractar em lindas photographias os seguin-tes homens celebres : D. Pedro H, EmilioCastellar, José de Alencar, Rio Branco, Deo-doro da Fonseca, Quintino Bocayuva e Sil-veira Martins.

Os retratos são fieis e constituem um tra-balho photographico corretíssimo, que muitorealça os lindos cartões de diversas coresladeados de frisos doirados e com todas asinscripções também doiradas.

Agradecemos as interessantes photogra-phias daquelles homens notáveis, e felicita-mos a Photographia Moderna pala perfeiçãodos notáveis retratos.

Azylo de MendicidadeDurante o mez de Janeiro findo o movi-

mento deste estabelecimento de caridadefoi o seguinte:Existiam.... 111 homens e 136 mulheres.Entraram... 20 » e 7 »

131 e 143 »Sahiram.... e »Existem.... 125 e 138 »

Nas Enfermarias:Existiam 29 homens e 29 mulheres.Entraram... e »

38 e 34 »Tiveram alta. e »Falleceram.. e »Existem nasenfermarias. 32 e 28 »

Idem nosdormitórios. 93 e 110 »

125 e 138 »Total 263.

CASA DE DETENÇÃOMovimento dos presos da Casa de Detenção

do Recife, Estado de Pernambuco, em 31 deJaneiro de 1890.

Existiam 542, entraram 18, sahiram 19,existem 541.

A saber : nacionaes 506, mulheres 30, es-trangeiros 6, Total 542.

Arraçoados 442, bons 408, doentes 25, lou-co 1, loucas2, Total442.

Movimento da Enfermaria—Tiveram alta :Severino José de Andrade, Francisco SoaresQueiroz..

Tiveram baixa :Aprigio Francisco Elias, Izidoro Antonio

Teixeira, Joaquim Martiniano da Silva Cabralfalleceu na enfermaria d'esta casa, hoje as

10 horas da noite, a detenta de nome LuizaMaria da Conceição.

-^.•rjSZ-l.**-

RECEITA DIÁRIAEvitar as perturbações de estômago e in-

testinos ó medida que na estação actual con-vem observar rigorosamente. Aquelles quesoffrerem qualquer desarranjo nas funcçõesdigestivas e que por isso se acham predispôs-tos a contrahir febres de máo caracter, é debom aviso que façam uso, durante algunsdias, de uma alimentação composta exclusi-vãmente de carnes brancas (vitela ou galli-nha) e evitem os condimentos excitantes ebem assim as bebidas alcoólicas.

VARIASO correio expede mala hoje para : Vicen-

cia, Cruangy, S.Vicente, Gloria do Goitá, BomJardim, Vertentes, Taquaretinga, Santa Cruz,Brejo, Jatobá do Brejo, S.Antonio do Tara,Floresta, Cabrobó, Boa-Vista ePetrolina.

Amanhã está aberta a matricula para os di-versos annos da Escola Normal.

A abertura dos cursos do Gymnasio Per"oambucauo se eOectuarã amanhã.

Para o consumo de hoje foram abatidas nomatadouro publico 87 rezes pertencentes á di-versos marchantes.

Foi publicado mais um numero do Binóculoque entrou :no X anno de existência, tendopassado a direcção a hábeis penas.

Está variado e interessante.Agradecemos.a matricula do curso de preparatórios, an-

nexo á Faculdade de Direito, começou nodia 27 de Janeiro e terminará no dia 8 docorrente.

Amanhã fará o agente Gusmão leilão, noarmazém n. 48 da rua do Marquez de Olinda,de 5 caixas de canella avariada, 20 canastrasde alhos, água florida, moveis, louças, fazen-dase miudezas.

Até 4 do corrente, ás 11 horas da manhã,recebem-se na secretaria do Arsenal de Ma-rinha propostas em cartas fechadas para asobras de que carece o edifício onde funecionaa fundição do mesmo Arsenal.

Os interessados encontrarão na referidasecretaria a discripção das mesmas obras.

O agente Gusmão, depois de amanhã, á1 1/2 da tarde, fará leilão, em Dois Irmãos,da armação, gêneros e utencilios ia tavernae refinação de café, alli situada, havendo pas-sagem grátis no trem de meio dia.

O agente Silveira fará leilão, nò dia 5 docorrente, ás 11 horas, na rua Estreitado Ro-sario n. 8, de 3 casas de taipa, sitas no Ar-rayal.

Amanhã o agente Gusmão fará, á rua Mar-quez de Olinda n* 48, leilão dos prédios n* 8 árua Mariz e Barros e 39 á ruadaRoda.

O agente Modesto Baptista, na rua Estreitado Rosário n* 8, fará leilão amanhã, ás 11horas.de uma parte do sobrado n* 66, na ruade Pedro Affonso.

Amanhã resar-se-ha missa por alma deJoão Leoncio das Mercês, na matriz de SantoAntonio, ás 7 horas da manhã.

Na igreja do convento de Santo Antonioresar-se-ha amanhã, ás 7 horas, missa poralma de Arthur Borges Leal.

Hoje, ás 10 horas do dia, devem reunir-se no respectivo consistorio, os membros dairmandade de N. S. do Terço, afim de proce-der-se a eleição da nova mesa regedora.

NECROLOGIANa cidade de Palmares falleceu no dia 30

de Janeiro ultimo, o Sr. Theotonio PereiraBastos, alli estabelecido.

O finado era casado, natural no Estado daParahyba e irmão dos cidadãos Job Bastose Theotonio Pereira Bastos.

Contava 39 annos de edade e era muito co-nhecido neste Estado em que tinha sincerosamigos.

Homem de idéias liberaes militou sempreao lado dos democratas.

Deixa esposa e filhos menores, suamãe e irmães solteiras.

Associamo-nos a justa dor de sua desola-da família.

Fallecerão na Itália :Em Veneza, na edade de 29 annos apenas,

Raphael Cattaneo, architecto e escriptor, au-tor de uma Historia da Arte. Foi autor doprojecto do monumento a Pio IX, erguido naigreja de S. .Lourenço, em Roma.

Em Ravenna, a princeza Luiza Murat, filha deJoaquim Murat, ex-rei de Nápoles, e de Caro-lina Bonaparte, irmã de Napoleão I. Na-ceuem Pariz a 22 de Março de 1805 ; casou como CondeJ ulio Rasponi a 23 de Outubro de 1825;enviuvou em Setembro de 1877.

Foram sepultados no dia 1 do corrente nocemitério de Santo Amaro :

Carolina Maria da Conceição, Pernambuco,Santo Antonio, nascida morta.

Herculano José de Oliveira, congestão ce-rebral.

Slanoel Leite Rodovalho, Pernambuco, 27annos, solteiro, Poço; derramamento.

José, Pernambuco, 7 mezes, Poço, convul-soes.

Uma creança, Pernambuco, Boa-Vista, nas-cida morta.

Eduardo, Pernambuco, 3 mezes, S. José,convulsões.

Maria Thereza do Sacramento, Pernambu-co, 48 annos, viuva, Boa-Vista, tuberculospulmonares.Firmino do Porciunculo, Bahia, 66 annos,solteiro, Boa-Vista, cachexia senil.

Um feto, Pernambuco,Recife, inviabilidade.João Francisco de Oliveira, Parahyba, 79

annos, solteiro, Boa-Vista, nephrite.Dionizio, Pernambuco, 18 mezes, Boa-Vista,

diarrhéa.»¦ I _ I H

SPORTNOTAS DA RAIA

Realisa-se hoje a corrida do Hyppodromodo Campo Grande e sendo muito regular -inscripção destacamos para o jogo os seguinates animaes.

!.• PareôDéspota, Tyranno é Barbatão.

2.* PareôColosso, Plutão e Urano 2.:

3.- PareôCauby, Maranguape e Boa-Vista.

4:* PareôArumary, Piramon e Templar.

5.* PareôTupy, Good-Morning e Boa-Vista.

6.- PareôGallilêo.

Não corre o cavallo Vingador por não seachar matriculado.

PUBLICAÇÕES DIVERSASAo irmão da Confraria de São

ChrispimAlguns Irmãos desta confra-

iia vem saber do irmão prove-dor e thezoureiro se tambémse esta fazendo tribofe cornosirmãos que estão morrendo enão comparecerem com os seuscompromissos e entendem co-mer tudo quanto ha sobreo mesmo assumpto.

Logo voltaremos.1 de Fevereiro de 1890.

Alguns irmãos.

AMÉLIA BANDEIRA MARANHÃOCordialmente felicita a sua prima

MARIA DÁ PURIFICAÇÃO BANDEIRA DA CUNHAPelo dia de seu anniversario na-

talicio, desejando-lhe umfuturo lisongeiro.N_^

Golonia PortuguezaA directoria do Gabinete

Portuguez de Leitura, identi-íicando-se com o sentimentopredominante no espirito de

todos os seus compatriotasd'esta capital, pelos recentesacontecimentos da questão« anglo-portugueza, » con-voca uma reunião da Colônia,em sua sede, para domingo _de Fevereiro próximo futuro,ás 12 horas do dia.

Pernambuco aos 29 de Ja-neiro de 1890.

João V. C. Alfarra.1* Secretario

JOÃO RAMOSMudou o seu estabelecimento á Praça da

Independência do n. 14 para os ns. 24 e 26.

Auxílios & lavouraPereira Carneiro _ C* continuam

autorisados pelo Banco do Brasil âconceder empréstimos à lavora dasprovíncias de Alagoas, Parahyba eRio Grande do Norte, mediante ascondições de que os interessados se-rão informados no êscriptorio à ruado Commercio n. 6, das 11 horas damanha' as 2 datarde.

Aos doentes de asthmaSão grandes os vossos padecimentos ; não

ha moléstia mais dolorosa do que a asthma;o tempo que dura o accesso é uma agoniacruciante 1 Quantas vezes, em plena athmos-phera, quereis ar e parece á vós que o es-paço é vasio ! Nessa angustia, com a phy-sionomia transtornada, congesta, lançaismão de tudo que está ao vosso alcance eentão os pós anti-asthmalicos, os cigarrosse apresentam como o braço salvador. Am-parais-vos n'elle e alliviais a afflicção quevos tortura. Foi tudo uma illuzão, um doceengano. Illudistes-vos completamente. Fa-tigastes as vossas vias respiratórias com ofumo de substancias tóxicas e conseguisteaapenas um allivio momentâneo. Se em vezdestes palliativos, usasseis de uma medica-§ão

anti-asthoutica, enérgica como o xaropee urucu', prevenieis futuros males e com

certeza vossa asthma teria desapparecido nofim de um certo espaço de tempo de um tra-lamento regular. Lede os attestados medi-caes do xarope de urucü e ficareis conven-cidos de que elle não é uma panacéa.

Único deposito na drogaria de FranciscoManoel da Silva & C.» -Rua Marquez deOünda n. 33.

RECIFE

Secção de ModasNOVIDADES PARA A FESTA

PAPOULA & BASTOSReceberam hontem explendido sortimento

de VISITES, MANTELETES E CAPAS DE SEDAE LÃ.

ESPARTILHOS DE MADAME VERTUSNs. 44, 46, 48, 50, 52,54, 56, 58, 60, 62 e 68

"GUARDA-PÓ DE SEDA PARA SENHORAS

LEQUES E LUVAS

CORTES DE VESTIDOS DE LÍ, SEDA E ALGODÃO

VOILES DE LA E ALGODÃOHleias de fio de Escossia

TECIDOS DE GASE E SEDa

CORTES DE SURAK E FAILLE

Rua do Cabugá n. 2 A e 2 B

EDITAES

Intendeneia Itâunicijtal

Pela secretaria da Intendencia Municipaldo Recife se faz publico a quem possn inte-ressar que o Conselho da Intendencia sereunirá em sessão na sexta-feira próxima,31 do corrente, á 1 hora da tarde e não naquinta-feira.Secretaria da Intendencia Municipal doRecife em 28 de Janeiro de 1890.

O secretario,Joaquim José Ferreira da Rocha.

Pela secretaria do Conselho da IntendenciaMunicipal se faz publico que o livro de decla-rações de recusa de nacionalisação, de ac-côrdo com o decreto n. 85—A—de 15 de De-zembro de 1889, acha-se á disposição dosinteressados, todos os dias úteis das 9 V2 damanhã ás 2 V2 da tarde na Secretaria da In-tendência Municipal.

Secretaria da Intendencia Municipal em 21de Janeiro de 1890.

O secretario,Joaquim'José Ferreira da Rocha.

O Conselho da Intendencia Municipal do Re-cife faz publico ao dono dos trilhos que ser-viram á Companhia Locomotora e se achamabandonados em diversas ruas desta cidade,que os deve retirar das ruas dentro do pra-zo de 8 dias, a contar desta data, sob penadesta Intendencia os fazer conduzir para oMercado da Bôa Vista, onde, passadas 48 ho-ras, não sendo reclamados pelo proprieta-rio, serão arrematados em praça publicapara pagamento das respectivas despezas.

Paço da Intendencia Municipal do Recifoem 31 de Janeiro de 1890.

Antonio de Souza Pinto—presidente. Dr.João Augusto do Rego Barros, João de OU-veira, José Vicente Meira de Vasconcellos,Francisco do Rego Barros de Lacerda,Francisco Faustinò de Brito e João Wal-fredo de Medeiros.

O secretarioJoaquim José Ferreirada Rocha,.

De ordem do Conselho da Intendencia Mu-nicipal do Recife, se faz publico aos interes-sados que, durante o mez de Fevereiro cor-rente, recebe-se sem multa o imposto de afe-rição de pesos, balanças e medidas dos esta-belecimentos commerciaes da freguezia deS. Fr. Pedro Gonçalves no Paço Municipalem todos os djas úteis deste mez, das nove omeia da manhã ás trez horas da tarde.

Paço da Intendencia Municipal do Recife.1." de Fevereiro de 1890.

Antônio de Souza Pinlo.Presidente

Drs. João Augusto do R. Barros, João ãeOliveira, José Vicente Meira de Vasconcel-los, Francisco do Rego Barros de Lacerda,Francisco Faustinò de Britto e João Wal-fredo de Medeiros.

O SecretarioJoaquim José Ferreira da Rocha.

O conselho da Intendencia Municipal fazpublico aos proprietários, cujas casas não li-verem passeios,que os devem mandar fazerno praso improrogavel de 2 mezes a contarda presente data, sob pena de multa.

Paço da Intendencia municipal em 2 de Ja-neiro de 1890.Antonio de Souza Pinto.

PresidenteDr. João Augusto do Rego Barros, José

Vicente Meira de Vasconcellos, João de OU-veira, Francisco do Rego Barros ãe Lacer-da, Francisco Faustinò de Britto, JoãoWalfredo de Medeiros.

O SecretarioSoaauim José Ferreira da Rocha,,

Page 3: PERNAMBUCO Recife ¦— Domingo, 2 de Fevereiro de 1890 …memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1890_00027.pdf · de maior circulação no norte do Brazil. > »•> < Expedi

. H. 37 A Provincia — Domingo» 2 de Fevereiro de 1890O Conselho da Intendencia Municipal do

Recife de conformidade com o % 7.", artigo 3das attribuições constantes da portaria doGovernador do Estado de Pernambuco de 27de Dezembro de 1889 resolveu, em sessão de23 do corrente, o seguinte:

Ficam isentos da obrigação de pagamentodo imposto respectivo e de tirar licença osproprietários que dentro do praso do editaldesta Intendencia de 2 deste mez de Janeiroconstruírem os passeios de seus prédios.

Paço da Intendencia Municipal do Recife,em 25 de Janeiro de 1890.

Antônio de Souza Pinto, Presidente—Dr. João Augusto do Rego Barros, José Vi-cente Meira de Vasconcellos, João de Olivei-ra, Francisco do Rego Barros de Lacerda,Francisco Faustino de Bri. to e iodo Wal-fredode Medeiros. O Secretario - JoaquimJosé Ferreira da Rocha.

O Conselho da Intendencia Municipal doRecife faz publico a todos os proprietáriosdesta cidade que dentro do prazo de seis me-zes devem numerar suas casas com placas es-maltadas de azul com algarismo branco,conforme o modelo existente na secretaria.

Paço da Intendencia Municipal do Recife,em 23 de Janeiro de 1890.

Antônio de Souza Pinto.Presidente.

Dr. João Augusto do Rego Barros.José Vicente Meira de Vasconcellos.3oão de Oliveira.Francisco do Rego Barros de Lacerda.Francisco Fausteno de Britto.João Walfredo de Medeiuos.

O Secretario.Joaquim iosè Ferreira da Rocha.

DECLARAÇÕES

vCom o fim de melhor regulari-

*_ar o serviço interno, . e de ac-còrdo com a pratica" admittida.e seguida em todas as praçascommerdaefe. tendo sido ouvi-do o digno Presidente d'Asso-ciaçâo Commercial Beneficente,resolveram Os Bancos estabele-ciclos n'esta _Praça, abaixo men-cionados, fecliar o expedientedos « Recebimentos e pagamen-tor, » ás 3 lioras da tarde, a co-meçar do dia 3 de Fevereiropróximo futuro, do que scientifi-cam ao illustre corpo do com-mercio, e á todas ás pesssôasque manteem relações c©mm er-ciaes com os mesmos Bancos.

Recife, » 8 Janeiro 1890.(Assignado) Pelo London &

Braziliam Bank.W.m H. Bilton, gerente.

Pelo English Bank of Rio deJaneiro IJiniited.

A. J* P. Clarkson, gerente.Pelo Banco de Pernambuco,

W.™ ___. Webster, gerente.Pelo Banco Sul-Americano.

J-. A. Pacheco, gerente.

Confraria da Vcneravel SantaRita de Cássia

COLLEGIO nKPRESEXTATIVO(3." convocação)

De ordem do irmão confrade e RegcdorJosé Elias de Oliveira, devidamente aulori-sado pelo Collegio Administrativodesla confraria, convida pela terceira e ulti-ma vez a todos os nossos irmãos confradespara a reunião do Colleg-io Represen-tativo que terá lugar no consistorio denossa igreja, ás 6 horas da tarde, do dia 4do corrente, para tratar-se de graves assum-ptos entre os quaes o de prestação de contas,e caso não se realise essa reunião ;o referidoConselho Administrativo reque-rerá ao juizo competente o que se fizer pre-ciso, uma vez que, como não era de espe-rar, os nossos irmãos confrades se recusama formar numero legal para poder fupecio-nar o mesmo Collegio Representa-tivo.

Secretaria da Vcneravel Confraria de San-ta Rita de Cássia, em 1 de Fevereiro de1890.

0 Secretario,José de A. Costa Fontes.

COMWIERCIO. de Fevereiro dk 1890

BÀNGOS DE EMISSÃOO capital fixado no ultime decreto >xpedi-

do pelo Sr. Ministro da Fazenda foi reduzidoa 200.000:000*000 para as tres regiões nelleexpecilicados—norte, sul e centro.

A faculdade de emissão para cada regiãoera muito superior e, parece, que muito cri-teriosament. entendeu aquelle ministro res-tringil-a para evitar a nociva superabundan-cia da moeda fiduciaria.

Comquanto tenhamos sobre aquelle fact0noticia telegraphica a que prestamos con-fiança pela honrabilidade do nosso digno in--Wmante, suppomos que naturalmente ascondições anormaes dos nossos mercados pos-teriores a publicação do decreto, determina-ram a mencionada providencia.

REVISTA DO DIA

Pouco movimento oITereceu hoje a nossapraça que esteve restricta á pequenos nego-Cios cambiaes.

A posição circunstanciada dos principaesmercados foi a seguinte: -

Cambio

Este mercado esteve nas mesmas condiçõesdo dia de hontem.

Os bancos encetaram suas operações a23 •'</, d.

Ao meio dia o London Bank saccou a 24 d,baixando depois para a taxa primitiva.

Ao fechar a taxa bancaria movia-sé de 233/, a 23 7/, d.

0 papel particular foi colado a 24 d, no-minai.

Não houve tabcllas ailixadas.

No Rio a taxa bancaria foi de 23 *•/. deado papel particular_de 23 ~'/s d.

Assucar

As entradas geraes até hoje a tarde, subi-ram a 203312 saccos, assim determinados:Barcaças 75.403Vapores 526Animaes 11.609Via-ferrea Caruaru 11.024Via-ferrea S. Francisco 87.086Via-ferrea Limoeiro 16.764

203.312Mesma data 1889 274Í552

Na Associação Commercial, os preços paraos agricultores, regularam na base destatabeliã.

Usinas: •1.» jacto 48000 ;'¦ 4*5002.» jacto 3*400 á 48100Brancos 3*700 á 4*300Somenos 2*600 á 2*800Mas. avado 1*700 á 1*800Prutos seccos a sol 1*440 á i*ti0Q

Thesouraria de fazenda

De ordem do cidadão Inspector faço pu-blico que esta thesouraria acha-se habili-tada com o necessário credito para paga-mento dos seguintes credores de dividas deexercícios findos.Padre Christovão do Rego Barros . 49_ 166Padre Nuno Theodoro dá Costa . 340$000Tenente Flavio José dos Santos eSilva 62$656

O mesmo 41§118Antônio José de Senna (praça re-

formada) ....... 24..400Lourenço Pereira da Costa, (praçareformada) 11.160Thesouraria de Fazenda do Estado de Per-

nambuco, 30 de Janeiro de 1890.O secretario,

Dr. Antônio José de SanfAnna.

R. de Drusina & C. avi-zam ao corpo commerciale ao publico em geralque o Sr. Joaquim Auto-nio Ribeiro deixou de serseu empregado desde odia 16 de Janeiro ultimo,dia em que ausentou-seallegandò doença.

Estrada de ferro do Recife áCaxangà

Aviso ao PublicoFESTA DO POÇO

No dia 2 de Fevereiro próximo os trens damanhã serão os da tabeliã ordinária para diassantificados, e tarde serão expedidos pela ta-bella seguinte:

IDA

Do Recife ao Monteiro pela linha principal12.30, I, 1.30, 2, 2.30, 3, 3.30, 4, 4.30, õ,6, e 10.50 até Dous Irmãos.

Do Recife ao Monteiro pela linha do Arraial6.30,7.40,* 7.50, 8.25, 8.55*, 9.25*. 9.55.

Do Recife a Várzea 12.40. 2, 3.30, 5, 6.308.25, 9.55. 6

Do Recife ao Dous Irmãos pelo Arraial12.50.

Do Caldereiro a Dous Irmãos 2.25, 3.25,4.25, 5.25, 6.25, 830, 9.30 e 10.30.

VOLTA

Do Monteiro ao Recife pela linha do Arraial1.30, 2.5% 2.30, 3.5*, 3.30, 4.5*, 1.30, 5.5* eõ.30.

Do Monteiro ao Recife pela linha principal6.45, 6.48, 7.10, 7.45, 8.45, 8.45, 9.15,9 45,-lO.lOe 10.55.

Do Dous Irmãos ao Caldereiro 2.5, 3.5;4.5, 5.5,6.5,8.10, 9.10, 10.10, e 1, atéMonteiro.

Da Várzea ao Recife 1.45, 3.15, 4.45, 6.157.40e9.40.

Este signal (*) indica ser o trem expressodo Monteiro ao Entroncamento ou vice versapela linha do Arraial.

Os Srs. Passageiros do ramal da Várzeabaldejãono Entroncamento quer na idae querna volta,menos os do trem de 12.40 do Recife.

Sendo os intervallos de um trem a outroe pouca demora roga-se ao publico parque estando completa a lotação de um tremqueira esperar pelo seguinte, evitando as-sim encommodos na viagem.

Neste dia serão emittidos bilhetes espe-ciaes de ida e volta vendidos na estaçflo pelopreço de 600 réis na 1.' classe e 300 réis na2.° classe. Tanibem haverá bilhetes de ida evolta de Dous Irmãos ao Caldereiro pelopreço de 320 réis de 1." classe e 16o réis na2. classe.

Recife, 30 da Janeiro de 1890.H. Fletchor,—gerente.

O Dr. Cysneiro de Albuquerque avisa aseus clientes e amigos que mudou sua re-sidencia para a rua do Barão de S. Borian. 68, e que ahi se acha á disposição deuns e outros.

Bfuio regula |'C-Retame. •.—.

. ,„,. I_.2(j0 á 1*400 1.000 á 1*200

Algodão

As entradas geraes até hoje a tarde attin-giram a 18910 saccas, assim destribuidas:Barcaças 1.739Vapores............. . ....... 4?QAnimaes .. •. 4*908Via-ferrea Caruar tíi Í|.?P9Via ferrèa-S. Francisco 1.971Via-ferrea Limoeiro 8.613

18.910Mesma data 1889 27.904

O mercado manteve sustentado os preçosde 75*200 por sertão e 7.100pelas outras pro-cedencias sem se realisar entretanto, vendaspelo retrahimento dos vendedoras.

Couros salgados

Cotado a 380 réis.

Aguardente

Cotado a 105.000 firme, pipa de 480 litros.

Álcool

Colado a 2001000 firme, pipa de 480 litros.

Couros verdes

Cotamos a 225 réis.

Mel

Sustentado ao preço de 55.000.

Farinha de mandioca

Cotada a 7*000, por sacca de 42 litros._. »

BOLSA

Cotações Officiaes da Junta dos Corredores

Recife 1 de Fevereiro de 1890 .

Cambio sobre o Rio de Janeiro, 60 d/v comJ/o % d*3 desconto~Cambio sobre Londres, a 90 d/v com 24 d,por l-üOOO do banco, homtem e hoje.

O presidente, A. Leonardo Rodrigues.O secretario, Eduardo Dubeux.

«¦ _ _

MANIFESTOS

üo vapor inglez Marincr entrado de Li-verpool e Lisboa em 1 do corrente e consig-nado a Blackburn Needliam & C.

CARGA DE LIVEIU'00L,

Agua mineral 15 caixas a Fernandes &Irmãos.

Alpiste 10 saccos a Araújo Castro & C, 10 aJoaquim Duarte Simões & C, 10 a Fernandes& Irmãos, 20 a Ferreira Rodrigues & C, 20 aDomingos Cruz & C.

Aço y volumes a Ferreira Guimarães & C,19 a Albino Silva & C.

Armações para selins 3 caixas a Guarinode Sòhzo peixe.

Aveia 5 saccos á ordem., Arcos de ferro 424 i.i\es a A. Pinto da

S. R. ílSOCIEDADE RECREATIVA JUVENTUDE

Saráo carnavalesco cm 15 de FevereiroOs convites para este saráo nesta secreta

ria ; os sócios que quizerem tomar parte po-derão procurar a lista em mão do Tliesou-reiro.

Secretaria da Sociedade Recreativa Juven-tude, 31 de Janeiro de 1890.

01." Secretario,M. J. Baptista.

LEILÕESLEILÃO

De 5 caixas com marca FC contra marca F Lcom canella avariada d'agua do mar abordo do navio "Familion", vindo de liam-burgo, entrado neste porto em 25 de No-vembro.

Segasda-felra, 3 de FevereiroAs 11 horas

No armazém da rua doMarquez de Oliuda n. 480 agente Gusmão, fará leilão por conta e

risco de quem pertencer de 5 caixas comcanella acima mencionadas.

Em seguida20 Canastras com alhos, 40 caixas com

agua florida, moveis, louças, vidros, fazen-das e miudezas.

LEILÃODo sobrado de 3 andares sito a rua de Mariz

e Barros n 8, rendendo 69§C00 mensaes,estando todo alugado.Do sobrado de 1 andar (em obras) com

tres faces e janellas nos oitões, sito á rua daRoda n. 39.Segunda feira, 3 de Fevereiro

As 11 horasNo armazém da rua do

Marquez de Olinda n. 48.0 agente Gusmão, competentemente auto-

risado fará leilão dos prédios acima mencio-nedos, os quaes podem serem examinadospelos' os compradores.

AGENTE SILVEIRAHiIEIIXjA-O

De um sitio com 3 casas detai-pa coberta de telhas reedifl-cada de novo, no Arrayaldos Coqueiros junto as ofíi-cinas da linha férrea de Li-moeiroeda Cesa Amarella.

QUARTA-FEIRA 5 DE FEVEREIROAS 11 HORAS

No armazém da Rua Es-tre-ta do Roz rio n . 8

O agente Silveira, devidamente autorizadopelo Sr. Joaquim José de Sant'Anna Costa,levará a leilão o sitio acima referido, terrenopróprio, com diversas frueteiras, excellcnlecacimba com agua potável, medindo 132 pai-mos de frente e 315 de fundo. Os Srs. pre-tendentes podem examinar.

JLeiiaoDa parte do sobrado n. 66 da rua de Pe-

dro AlTonso.Segunda-feira, 3 de Fevereiro

As 11 horasNa rua Estreita do Rosário n. 8

Por mandado do cidadão Dr. juiz de Di-reito da Provedoria de Capellas e Resíduos e

Silva & C, 100 p. Ferreira Guimarães & C. 274a Albino Silva _ C, 1550 a j. H. Roxwel,

Arroz 200 saccos a Paiva Valente & C, 100a Domingos Ferreira da Silva & C, 25 a SilvaMarques & C, 100 a João Fernandes de Al-m.ida, 200 a Júlio & Irmão.

Barras de ferro 155 a Albino Silva & C, 140e 20 feixes o W. Halliday S? Ç.

'Boipíes 1 caixa a Antônio dos Santos OÍj -

veíra-' Batatas 50 caixas a Fraga Rocha & C, 50. aJo5Ò Fernandes de Almeida, 50 a Miguel Joa-qiiiiu C. Cardoso, 50 a Figueiredo Costa e C,50 aos consignatarios, 50 a Gonçalves Rosa &Fernandes.

Biscoutos 2 caixões a Dias Fernandes & C,18 a J. de Macedo.

Barro prova de fogo 500 volumes á Em-preza do Gaz.

Barrilha 65 tambores á ordem, 3ô a Seixas&C- ¦:<-¦

Candieiros 3 volumes a J. H. Perman.Canela 10 caixas a Fernandes & Irmãos.Cominhos 5 saccos a Ferreira Rodrigues

& C, 5 a Araújo Castro Castro e C.Cofre dp ferro 1 caixão a Ferreira Guima-

rães&C.Cbapeiis 1 caixão a Adolpho & Ferrão, 1 a

Medeiros Irmãos & C, 2 a Samarcos & C.Corrente de ferro 1 barrica á ordem.Cidra 25 caixas a Perreira de Faria e C, 50

a Esnaty Rodrigues & C, 100 a João Fernan-jàes de Almeida, 100 a P^iva Valente & C. 100a Souza Basto Amorim & C, 2o a Silva Mar-qües & C, 50 á ordem.

Cabos 50 rolos a Caetano C,. da G. Mo-.efra,

Cravo da índia 3 saccos a Fernandes &Irmãos.

Cerveja 20 caixas a Fraga Rocha & C, 10 aPereira de Faria & C, 20 a Medeiros Irmãos& C, 10 a Figueiredo Costa & C, 20 barricasa Domingos Cruz & C.

Calçados 2 caixões a Costa Campos e C, 2 aJ. Antônio Pilrão & Irmão, 1 a Thomaz deCarvalho & C, 1 a Manoel de Barros Cavai-cante.

Chá 3 grades á ordem, 3 t. Fernandes &Iru$03.

Cobre 9 volumes a \V. Halliday & C, 30 aFerreira Guimarães & C.

Conservas 12 caixas a Gonçalvãs Rosa &Fernandes, 25 a Domingos Ferreira da Silva& C, 35 a Fernandes & Irmãos.

Canos de ferro 20 e 25 feixes a W. Halli-day & C, 37 feixes a Ferreira Guimarães& C.

Drogas 1 caixa a Faria Sobrinho & C, 12 aFrancisco Manoel da Silva & C.

Elostjco 1 caixa a Parente Vianna e C. láordem.

Enxadas 10 baricas a W. Halliday & C.Eslanho 17 volumes á ordem, tí ã Antônio

Pinto da Filva e C, 7 a Antônio Duarte Car-neiro Vianna.

Estopa.8 fardos a Júlio & Irmão, 4 á ordom,a Olintô Jardim & C.Fio 3 fardos a Vianna Castro & C, 9 a G.

de Mattos Irmãos.Folhas de ferro 30 a Albino Silva & C.Ditas de llandres 50 caixas, a Ferreira

Guimarãs & C.Ferragens 2 volumes a Cardoso & Irmão,

13 a Comes de Mattos Irmãos, 54 aos herdei-ros de Bowmann, 1 a Vianna Castro & C, 1 aJ. II. Perman, 7 a Antônio Duarte CarneiroVianna, 1 a Manoel V. Neves, 3 a ParenteVianna & C, 2 a Manoel Collaçò & Ç, 2 a An-tonio Pinto da Silva & C, 5 a J. de Azevedo

C, 10 a Miranda & Souza, G a Albino Silva& C, 25 a W. Halliday & C, 3 a Antônio dosSantos Oliveira, 1 a Nunes Fonseca & C, 1 aMãra e Silva &' C, 45 á ordem, 128 o FerreiraGuimarães & Ç." A S-A] A

a requerimento do invenlariante do acervoinventariado da finada D. Maria d'Assump-ção Costa Rego, o agente Modesto Baptistafará leilão da parle do sobrado acima decla-.tado.

United Êtates, and Brazilil. 8. _ G

LeilãoDa armação, gêneros o utencilos da taverna

e refinação ds café sita no sobradinho emDoi* Irmãos, antiga estrada do Caxangá.

A's 11 112 horasTerça-feira, 4 de Feveriro

O agente Gusmão autorisado fará leilão daarmação, gêneros e utencilios da taverna erefinação de café, acima mencionada a qualserá vendida em um ou mais lotes a vonta-de dos compradores.

Os concurrentes terão passagem grátis notren de meio dia.

<_?S!l*ãgg_s_-'

FÚNEBRES

x •F-ITT ¦ A __Da armação, gêneros e uten-

cilios da taverna sita a ruaAugusta n, 180.

Quarta-feira 5 do correnteA's 11 horas

O agente Gusmão autorisado fará leilão daarmação, gêneros e utencilios da tavernaacima mencionada. Em um ou mais lotesa vontade dos Srs, compradores

Garante-se a chave.

ANNUNCIOSMARÍTIMOS

Hamburg--Suedamerika-nische Dampfschiíffa-hrts-Gesellsehaft.

O VAPOR

TIJUCÁE' esperado dos portos do sul até o dia 2

de Fevereirc e seguirá depois da demora ne-cessaria para Lisboa e Hamburgo.

Este vapor entra no porto,Para passagens, carga, frete e etc, trata-se

com os-consignatarios :Borstelmann & C.

3—Rua do Commercio n. —31.* ANDAR

Royal Mail í? team PacketCompany

O VAPOR

AlliaiiçaE' esperado dos portos do norte até o dia

3 de Fevereiro, o qual depois da demora ne-cessaria seguirá para a Bahia, Rio de Janeiroe Santos.

Para carga, passagens, encommendas edinheiro a frete trata-se com os agentes.

HENRY FORSTER & C.8—Rua do Commercio— 8

1* andar

Companhia pernambuca-na de navegação costei-ra por vapor

PORTOS »o SULMACEIÓ', PENEDO, ARACAJU' E BAHIA

O VAPOR

COMMANOANTE JOAQUIM nA SlLVA PERIRA

Segue no dia 7 de Fevereiro, ás 5 horas datarde.

Recebe carga até o dia 6, encommendas,passagens e dinheiros á frete, até ás 3 horasda tarde do dia da partida.

PORTOS DO NORTEPaRAHYBA, NATAL, MACAU, MOSSORCe

ARACATY e CEARA'

O VAPOR

ELBE

O VAPOR

PirapamaCommandante Carvalho

Segue no dia 5 de Fevereiro., ás 5 horas datarde.

Recebe carga até o dia 4, encommendas,passagens e dinheiros á frete, até as 3 horasda tarde do dia da partida.

PARA FERNANDO DE NORONHA

Fustenberg, 11 a

Espera-se do sul até o dia 4 de Fevereiro,seguindo depois da demora indispensávelpara Lisboa, Vigo e Southamp.Qfl.

Camarotes reservados para os passageirosde Pernambuco.

Para passagens, fretes, e encommendastrata-se com os agentes.

Amorim Irmãos & C.3 — Rua do Bom Jesug -?. 3——_—-¦» . ¦._. »»u«»«Mt_______<___________¦— :.-'"_ _t ¦ T* *¦'•"- ^-'- •*¦ '

Fógareiros 198 a Antônio Duarlo CarneiroVianna, 529 a Ferreira Guimarães & C.

Forma para assucar 14 gigos a Miranda &Souza.

Farinha de milho 336 ceixas a Fernandes& Irmãos.

Gigerale 3 orixás aos melmos.Genebra 30 caixas a Sulzer lvau_m,aun &

Ç; 50 á órden^.Louça 8 barricas a 8^1.11 .ramo, Bsuarte

Campos & C, 3â gigos á ordem, 10- a Do-inirigos Cruz & C.

Linha 10 caixas a N. Fonseca & C, 10 aMaia e Silva & C, 30 a Gomes de Mattos Ir-mãos, 18 a Netto Campos &-C, 15 a RamosGeppert & C, 30 a Manoel Collaço & C.

Leite condençado 10 caixas a Dias Cer-nandes & C.

Eona 4 fardos a N. 3. Ledsione,Licores 10 caixas á ordem.Moveis 53 caixões a Antônio Duarte Car-

neiro Vianna.Mármore 1 caixa á ordem.Mercadojias diversas 1 caixa a J. A. Dias, .

2 a E. Gonçalves. Çasc^o, 5 a Oliveira Basto& C, 3 a Parente Vianna & C, 2 a C. Wãchs-mann, 9 a W. Halliday & C, ia N. Fonseca& C, 5 a Great Wester of Brazil, 1 a AntônioDuarte Carneiro Vianna, 1 a Miguel Izabella&C.

Machinas 4 caixas a JCardozo & Irmãçs.

Materiaes para encanamento dágua 16 vo-lumes á Companhia do Boberibe,

Ditos para estrada de ferro 8 volumes aoprolongamento, 169 á Estrada de Ferro doRecife a Caxangá.

Oieo de linhaça 10 barris a Ferreira Gui-marães & C, 10 a Francisco Manoel da Silva& C, 1 tambor a Cardoso & Irmão.

Objectos para escriptorio 1 caixa á ordem.Ditos para gaz 36 valumes á empreza.Presunios 5 caixas a João Feanandes de

Almeida, 10 â ordem, 2 a Dias Feanandes&C.

Pimenta 20 saccos a Pai>;a Valente & C, 15a Fernandes & Irmãos, 10 a Soares do Ama-ral Irmãos.

Papel 2 caixas a Ferrcire Guimarães & C, 5á ordem.

Pregos 60 caixas a Antônio PJnto da Silva&C.

Tintas 10 barricas a Ferreira Guimarães&C.

Tijolos para limpaa íaoas 25 caixas a SilvaMarques e C*

Toucinho 1 caixa á ordem.Taxas de ferro 18 aos herdei-os de Bow-

mann, 72 a Cardoso & Irmão.Tecidos diversos 5 volumes a Monhard

Huber & C, 8 a A. Vieira & C, 2 a Pereira deMagalhães & C, 1 a Caiis Sihden, 1 a Francis-co Petrocelli & Irmãos, 6 a Alves de Britto& C, 38 á ordem, 2 aos herdeiros de A. C. deVasconcellos, 8 a Olinto Jardim & C, 31 aGonçalves Cunha & C, 46 a 3Iachado & Pe-reira, 1 a J. A. Dias, 8 a Loureiro Maia & C1 a A. Maia & C, 2 a José L. Teixeira, 2 a K*'Maia & C, 19 a N. Maia & C, 15 aAIbmo Amo-rim & C, 2 a A. Silveira & C, 42 a RodriguesLima & C, 6 a Guerra & Fernandes, 3 a R. deDruzina & C, 2 a Francisco Lauria & C, 3 aA. Moreira & C.

Tinta 1 barrica a Maia e Silva & C.Vinho 20 caixas a Paulo José Alves & G.Verniz 1 caixa á Estrada de Ferro de Ca-

Xf,ngá.¦ Veüas 2 caixas á ordem,Vidros 6 barricase 3 caixas a Sulzer Kau-

ÍTmann & C.Whischey 15 cah_as a II. Flecher.

CAUGA UE LISI30A

* Azeite 45 caixas a Ramos Geppert & C.

OTATOR

JAGUHYPECommandante Esteves

JúniorSegue no dia 12 de Fevereiro, ás 12 ho_as

da manhã.Recebe carga até o dia 11 c passagens

alé ás 10 horas do dia da partida.Escript-or^o ao Cães da Compa-

nhia Pernambucana n. 12Bagas 1 barrica a Manoel L_pes de Sá.Cebolas 20 caixas a Manoel Lopes de Sá,

100 a Ferreira Rodrigues & C, 100 a SilvaMarques & C, 25 a Paiva Valente & C, 10 aFigueiredo Costa & C, 20 a Gonçalves Rosa &;Fernandes.

Ca' 5,0 #u'yioas a Manoel Lopes de Sá & C.l_._çado_ 1 caixa a Joaquim Salgueiral & C.Carvão onimal 10 barricas a Joaquim Sal-

Salgueiral & C.Ceminhos 15 saccos a Silva Marques & C,

10 a Souza Basto, Amorim & C.Ervadoce 6 saccos a Souza Basto, Arnorioí.

& C. 'Livros 1 cairão a F. B, Boliêrean.Vinho 28 pipas e 95 barris o Souza Basto,

Amorim & C, 50 e 220 a Domingos Cruz e C,19 e 60 a Francisco Ribeiro Pinto Guimarães& C, 26 e 50 a Antônio Maria da Silva, 4 e 75a Fernandes Rodrigues & C, 100 § RicardoMatheus Ferreira. 1 a Francis. a da't. Alva-renga Júnior, 5 a Antônio Casadmont, 25 aEduardo M. de Barros, 10 a Antônio Ribeiroda C. Oliveira, 10 a Joaquim Salgueiral & C,8 a Artliur Cruz & C, 8 a Rapha.í Dias & G,

a' Oliueira Carvalho & C, 5 a A. Lopes deMedeiros.

Vinho branco 35 barris a Pa^ya Valenteç.Carga do torto

Feijão 200 saccos a Fraga Rocha & C, 100Guimarães & Valente.

Rolhas 3 saccos a Antônio A. de Lemos& C.

Vinho 35 barris a Marques Sobrinho & C,11 e 13 caixas a Joaquim A. da S. Santos.

DESPACHOS DE EXPORTAÇÃO

PARA O EXTERIOR

Em 31 dc JaneiroNo vapor francez Équateur, para Lisboa,Fernandes Costa & C, 302 fardos com .

22681 kilos de algodão.Para Pariz, carregou:J. J. da Costa Maia, 1 barrica com 50 kilos

de assucar branco.

PARA o IXTEMOK

Em 31 dc JaneiroNo vapor allemão Qlincla, para Santos,

carregaram;Francisco M. Duarte de Azevedo, 500 sac-eos com 30000 kilos de assucar mascavado.Pereira Carneiro & C, 400 saccos com....

54000 kilos de assucar branco.Luiz Ricardo da Costa, 1 caixa com 15 ki-os de dece.P. ra o Rio de Janeiro, carreirou:Antônio Correia dé Resende, 124000 cocos,frneta e 38 caixas com 13000 mangas, frueta.H. Burle & C, 300 saccas com 22066 kilosde algodão.Pereira Carneiro & C. ^Sí>. saeoos eom18800 kilos de assacar branco.A. Lopes & C, 100 saccas com 6802 kilosde algodão.

No vapor nacional Maranhão, paia o Rio'ie Jan iro, correg-iram:H. Bjúvie & C, 1Ô.0 saccos com 60000 kilos

de assucar branco.

No lugar inglez Volador, para o aio Gran-de do Sul, carregou:

Manoel P. .Marques, 400 barricas com 38106kilos de assucar branco.

tJoão I_eoiifio das IHercès

1* axxiver.arío

Maria Senhorinha das Mercês, seus filhose filha,Marliniano Cruz,convidam aos seus pa-rentes e amigos para assistirem a missa quepelo descanso eterno de seu sempre lembra-do filho, irmão e cunhado, João Leoncio dasMercês, fallecido na Capital Federal, em 3 deFevereiro do anno passado, mandam ceie-brar na 3Iatriz de Santo Antônio, no dia 3de Fevereiro do corrente anno,ás 7 horas damanhã, confessando-se eternamente gratos.

3 "?^fc

mmwxmmmi

m8jf A's mais de familia HgCARDORNUS DO DR. SABINO?~i Fiicilita a dentição e evita.ri ..as convulsões. •^FARINHA DAS MERCÊS Láctea

DO

tArtliur Itox*g-cs .Leal

Felismina A. Borges Leal, seus filhos, en-leada, genros e nora, ainda sob o peso deimpressão dolorosa, agradecem cordialmen-te a todos os parentes e amigos que se di-gnaram acompanhar ao Cemitério Publico osrestos mortaes de seu sempre lembrado li-lho, irmão e cunhado, Arthur Borges Leal enovamente os convidam a assistir a missaque pelo eterno repouso de sua alma, man-dam celebrar no dia 3 de Fevereiro, às 7 ho-ras da manhã, na igreja do convento de San-to Antônio do Recite, 7o dia do seu passa-mento.

DIVERSOS¦ _ m

CONTAS EFAGTÜRASMEMORANDUNS E CARTAZES

TYPOGRAPHIA D'A PROVÍNCIA

DR. SABINOIJniea que se deve dar ús(

ereanças. !'MAMADE1RAS DE HARTMANN||ü|! iVIarea a temperatura emM^«¦I11''* s« deve dar o leite e o^Jí^5I. anlio ás ereanças. £&

DEPOSITO CENTRALíarmacia homoepathica!

DO

s DR. SABINOSflps — Rua do Barão da Victoria — 43>.

CARTÕES PARA VISITASTYPOGRAPHIA D'A PROVÍNCIA

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As chaves, trata-se com o Sr. Ramos nana rua do Capitão Lima n. 32.

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Ceroulas de braraante a 1.030 e 1--.0- uma.Cortes de cachemira fina a _$_00 e 3/500 umGuarnições de côllarinhos e punhos celhiVioide a l__00-p _».___ umCortes de velludo a 1*500 e 2*000 «àni

Bnns de cores para meninos a 240 e 320 reis o covado.Ditos de hnho de cor a 800 e líOOO o metroDitos pardos a 240 e 320 réis o covado.CheViot. azues americanos a 2*000 e 26500 o covadoCamisas de meias a 800 e 16000 uma.Lenços brancos e de côr a 1*00. e 1*200 a dúziaCôllarinhos modernos a 4$5QO a dúzia..E muitos outros artigos que se vendem eom omesmo abatimento. ,—;—

Artigos para senhorasTambém se liquidâo com o mesmo abatimento, os. tmaes se annunciarão depoisdestes liquidados. v

Loja das estrellas56-58 RÜA DUQUE DE CAXIAS 56—58

TSLEPHOHEN. 210 ^ -;í

.No brigue portuguez Boa-Sorte, para Ma-naus, carregou:

H. Oliveira, 75 pipas com 35294 litros deaguardente.

Na barca nacional Marianinha, para PortoAlegre, carregaram:

Amorim Irmãos & C, 360 saccos com 27O0Okilos de assucar branco e 140 saccos com...10500 kilos de assucar mascavado.

Na barca portugueza JVot. o Silencio, para oRio. de Janeiro, carregou:

José Lopes Azevedo, 2000 cascos de cô-eos.

No hyate nacional Pinto I, para PortoAlegre, carregaram:

José Lopes ide Azavedo, 1000 cascas decôco,s.

No lugar naoional Marinho II, para Pelo-tas, carregaram:

Pereira Carneiro & C, 1450 barricas com14935 kilos de assucar branco e 250 barricascom 26250 kilos de assucar mascavado.

Na barca Carlos III, para M?£ãu, correga-ram:

Martins Yiégas & C, 5 barricas com 270kilo. de assucar branco.

ARRECADAÇÕES

Alfândega

Renda geral:Desde o dia 36.126*952

Mesma data 1889 Í{«.QT0»116

Renda do Estado:

Desde o dia 11.0001683

Mesma data 1889 4.998120?,

Recebedoria Geral

Desde o dia 1.77GOS.25

Mesiaa data 1889 1.923*845

Recebedoria do Estado

Desde o dia -951565

Mesma dala 188», 561592

Recife Draynage

Desde o dia 136*293

Mesma data iôè. 335*493

Norte.... Alagoas •. 13Sul Pará 18Norte Espirilo-Santo 24Sul. ..... Mandos 27

Vapores a sahir

B.-Ayres e esc. Tamar 2Bordeauxeesc. Équateur... 2Hambu rgeesc. Típica 3South, e esc.. Elbe 4Santos e escala Alliànça 4R. de Jan. e esc. Maranhão ';.-,. 4Montev. e esc. Entre-Rios 5Coará e escala Pirapama. 5Manáos e esc. Pernambuco 7Bahia e escala S. Francisco 7Montev. e esc. Nerth 8R.deJan.eesc. Alagoas 13Manáos e esc. Pará 18R.deJan.eesc. Espirilo-Santo 24Manáos c esc. Manáos 21

NAVIOS ESPERAIS

BristolBrilhanteJohanPosàidohPio IXBlancheUlslerCaròline

GravesseadlRio Grande do Sul.Rio Grande do Sul.BristolHavreLiverpoolLiverpoolHamburgo,

Stats minis ter Slang Card*^Schwann TAamburg.Batder New-PortCor.es HamburgoEleanor New-Port

NOTAS JJARITíMAS

Vapores a chegar

Europa .. TamarSul TijucaSul Emia.tci.ir....,Norte.. • . AuianeaSu,. Elbe. Norte.... MaranhãoEuropa .. E11tre-Rios... ... .....Sui'. Pcritfimbucò.^uropa . Aer./........ „ . ..

PORTO DO RECIFE

Movimento do dia 1 de Fevereiro de 1890Entraram

Rio Grande do Norte—3 dias, hyate brãziíe.-ro Correio do Natal, de 56 tonelada:-.mestre João Guedes dc Moura, eauipagnm5. carga sal, a Fraga Rocha & _._*£

Rosário de Santa Fé—52 dias, ba__a aineti-cana Fred W. Carlon, de 505 toneladas;capitãa W. M. Keed, equipagem 12- eargaferro, á ordem.

Rio Grande do Sul — 23 dias. lugar iDglez.Greyjiound, de 167 tonelada.» capitão W_.Willians, equipagem 6. em lastro, á or-dem.

Rio Grande do Sul—22 dias, lugar brazileiroLoyo, de 242 toneladas, capitão Bernardinoda Silva Thome, equipagem 9, em lastro.a Loyo & Filho. *

-F-cmcteou. n® Lamarão

Algoa Bay—25 dias, pataeho americano lia-xelah, de 506 toneladas, capitão W. Re-chardson, equipagem 9, em lastro, á or-dem.

Sa.__irva.___.

Santos e escala—vapor allemão Olinda, com.mandante .. Bekrmann, carira vários acneros.

Rio de Janeiro—barca portugueza Novo Si,lençÍQ, oa pilão .1. A. Ferreira, carga váriosgêneros.

Filia .\<_Va (Bahia)—pataeho brazileiro Indus-Irial, capitão N. A. Andrade, carga carc^í;0S cie algodão.

Barbados—ibarca allemã Rlica, capitão C. OJlieyu, em lastro. .„..._...^_a

Page 4: PERNAMBUCO Recife ¦— Domingo, 2 de Fevereiro de 1890 …memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1890_00027.pdf · de maior circulação no norte do Brazil. > »•> < Expedi

•¦¦' • •-- .'¦-- ¦" ..--.:..-¦•> :<-.-1- -.' ¦

Jp '.-

«¦«• A Provinoia--- Domingo, 2 de Fevereiro de 1890 N. 27 , * •¦'''

Attenção

*mPARÁ OS DOENTES, OS DE SAÚDE

PRINCIPALMENTE AS CREANÇAS•:(;.

.. fD. Jeronyma Cousseiro participa aos seus

numerosos freguezes, e ao publico em geral,que já se acha expôs txá venda as suas bemconhecidas feculas de araruta e mataràna porcila preparadas,- da nova safra dp anno pro-ximo passado.

., Acha-se á venda ."nos estabelecimentos dosCidadãos:

Vasconcellos & Sobrinho, rua d'Aurora n.81; Moreira Ribeiro & C.\ rua da Impera-triz n. 2: Paulo José Alves & C.\ rua Barãoda Victoria n. 60; Zeferino Valente <k C, Cãesde _2 de Novembro n. 44; A. M.. Veras & C,rua Duque de Caxias n. 57 (Pharmacia Ame-ricana); Pereira da S. Lisboa, rua do Impe.rador n. 14; Manoel José Vieira & C, ruaLarga do Rosário n. 14: Botelho Rezende &Filho, rua da Hora (Espinheiro). s

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Typographia d'c_. Provincia»Este bem montado estabelecimento, que occupa os prédios

ns, 49 e 51 da rua do Imperador e 42 do Cães 22 de Novembro,tem uma secção especialmente destinada á impressão de obrasavulsas, podendo encarregar-se de todo e qualquer trabalhopara o que tem pessoal habilitado e material novo e o maisaperfeiçoado.

Encarrega-se de impressões de livros, facturas, contas,tabellas, cartas de convite e participações, cartões de visita,cartazes, etc. ,

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Alem disso é o PEITORAL DE CAMBARA' de uma apparencia agra-davel e delicioso sabor, qualidades que o tornam um remédio preferido para ascrianças, senhoras e todas as pessoas de paladar delicado.

Está appròvado pela Exma. Junta Central de Hygiene Publica, autori-sada por decreto imperial, premiado com duas medalhas de ouro de Ia classe,rodeado dos melhores attestados médicos e de innumeros certificados de curasimportantes realisadas em toda a parte.„__fi Piorai de Cambará e' remédio garantido

Por isso, çrecisa haver todo o cuidado com as falsificações e imitações : ovavdadeiro, que é fabricado no grande estabelecimento agrino-industrial PAR-QUE PELOTENSE, expressamente creado para esse effeito em Pelotas, provin-cia do Rio Grande do Sul, traz, além da marca da fabrica, a firma de seu autor emanipulado-.—J. ALVARES DE SOUZA SOARES.

Vende-se em todas as boas pharmacias e drogarias8Â0 AGENTES E DEPOSITÁRIOS GERAES

FRANCISCO M- DA SILVA & GNACIONAL DROGARIA

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2'. andar\ GRÁTIS AOS POBRES

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^ageas precisas para a agricultura desta provincia.ENCAKREGAM-SE de qualquer concerto e mandam buscar por encommenda,rn™eA^nAttrajI*Uste preV10. °Vma modica coinmissão, qualquer machina.CONTRACTAM fornecimento de apparelhos para Usinas, garantindo a boa

qualidade ebom trabalho dos mesmos, o que podem provar com o bom«_n_l__k__-,_s__ __s__ss:montadas •«—** - ¦*«;

Gongtantina Maria da Silva, assig-tente examinada, mudou suaresiden-sia da rua da Ponte Velha para amesma rua n. 74, onde pode ser pro-curada i qualquer hora do dia ou danoite para os misteres de sua profls-sao.

Appròvado pela Exma. Junta de Hygiene e preparado porJOÃO DA SILVA SILVEIRA

Chimico e PharmaceuticoPELOTAS, RIO GRANDE DO SUL — BRAZIL

Este elixir, composto de vegetaes de reconhecido merit o, é empregadocom vantagens nas moléstias seguintes :

Escrophulas, rheumatismo, goncrrhéas, rachitismo, impingens, ulceras,tumores, sarna^, bobas, manchas da pelle, carbúnculos, flores brancas, boboes,^còírirn^ ínflammaçoes dos olhos*espinhas, e affecções syphiliticas '.'¦

A sua efflcacia é attestada por illustres médicos que o reputam superior aos medica-mentos análogos. Leiam com attenção os attestados médicos que em seguida publicamos eterão a prova de que o único depurativo infallivel do sangue é o—Elixir de Nogueira, Salsa.Caroba e Guayaco. ' e^ 'ATTESTADOS DO ILLUSTRADO CORPO MEDICO DA PROVÍNCIA

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Vendem a prazo ou a dinheiro com desconto

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abaixo-assignado. doutorem medicinai Pelotas, 5 de Maio de 1886. Dr. Anto-pela faculdade do Kio de Janeiro, conde Inio A. Assnmpçao. Está reconhecido nacorado pelo governo portuguez, medico!fôrma da lei pelo Ubellião Luiz Felliunedo hospital da Beneficência Portugueza I d'Almeida-d eta cidade, etc.

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treau—rEconomica—e do Povo.A' rua do Barão da Victoria—Columna

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Desde mais de sessenta annos este reme-«lio maravilhoso acha-se em uso, e durante to-Ao este tempo nao deixou de effectuar umacura. De facto, nunca deixa de carar. Tem-ae muito empregado como um purgatlva }nno-cente, expulsando do systema muitos verme*,quando nao se suspeitava a causa da doença.

Tem-se recibido milhares de testemumosde médicos e outros, certificando sua effícacix«íarvilhosa. Grenada, Miss.

Illmos, Snrs :—Durante vinte e cinco an-tios tenho exercido a profissão de medicina enunca encontrei um remédio para vermes tioefficaz que o Vermifugode B. A. Fahnestock.tio caso de adultos faço uso delle ás vezespara remover calomelano, tomado a noite pre-via, e muitas vezes resultam disto evacuaçõesbiliosas e vermes. Nao uso de outro vermi-fuço no exercício de minha profissão.

\V, M, Hawkins, M.D.Examine-se cuidadosamente e veja-se que•seja de "£, A-." para evitar se comprarem

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ROYAL HOTEL

Rio de Janeiro1 Gaes Pharoux, RuaFre_caS

Os proprietários deste' estabelecimentoparticipãoao respeitável publico, que serantigo e acreditado hotel se acha montadodebaixo da melhor ordem e com todas asaccommodaçOes necessárias aos Exmos.Srs. hospedes e suas Exmas. famílias.

Bas íanellas do hotel se gosa stanma vimagnífica psra • lado do mar, e oeserecebar puro de fora da barra.

Além do estabelecimento estar muito per-o da câmara des Srs. Deputados, está tam-bem muito próximo ae desembarque dosSrs. Passageiros do norte, e Barcas Ferrvdonde sahem bonda para todos os pontos dacidade.Para commodidade dos Exmos. Srs. hos-

pedes os proprietários mandarão collocarno estabelecimento um apparelhe telepho-nico, e portanto pedem a protecção do res-peitavel publico.

PAZQ * CAMP08

Tricoferoje Barry.Infallivel para renovar, fortalecer, e aformosear

o cnbello. para curar a raspa, a tinha e todas as af-fecçCes do casco da cabeça, bem como as erupçõescutâneas, e aa moléstias das glândulas, dos museu-los e Ictegumentos, aa mordeduras de insectos,golpes, contusões, torcedoras, etc. A afinidadeentre as membranas que constituem a pelle, e ocabello que deriva a subsistência desse triplo en-velope 6 multo Íntima. Todas as moléstias docabello teem a sua origem na pelle da cabeça. Seos poros se acham obstruídos, ou se o sangue e osoutros fluidos não circulam livremente através dosminutos vasos que alimentam as raizes, e com-1mnnicam vida aos cabelíos, o resultado 6 a tinha, acaspa, a perda do cabello, as cans prematuras, gec-cura e aspereza das fibras, e inteira calvicie, segun-do for o caio Estimule-se a pelle á sua acção nat-ural, com o Tricoforo de Barry-, e recuper-ando a perdida actividâde os vasos entorpeci-dos aniquilarão a moléstia üm todas as aCecçSesda pelle, é da camada subeutanea de músculos eintegnmentos, os processos e o effeito são. idênticos,E' sobre a pelle, os tecidos musculares e asgland-ulas, qne o Xrlcofero de Barry exerce a suaacçSo especifica, e em todos os desarranjps e áffec-ções desses orgams, é remédio soberano. ¦

<Pa mais Illustre Prima Donna, Madame, Adplina Patti-Nicoliui.

. ¦ '•' SlONTBymEO, 30 de Julho, 1888.Sm. Bi.iun.KT & Ca., New íoac,Estimados <sr*w.—Tenho o prazer de annnnciar-lhesque a Aou_ Florida se Barbt é nm dós'poucosárticos que se encontram no meu toucador. Naminha concepção, é uma das acuas de íoilette maissuperiores e para O banho é nao somente deliciosa,mas rsfreKMora • tônica, Becommendo-a semreserva.

Usair O oleo Silva (rubas brasiliensesj que fica-reis com bonitos cabeüos ; pois tem este oleoa propriedade de evitar a sua queda, pro-mover o seu crescimento e destruir as caspasno mais curto espaço de tempo.- O seu fabricante não tem poupado esfor-ços para reunir o útil ae agradável aperfei-çoando-o na confecção do perfume e qualida-de do mesmo oleo; assim como garante a suaefflcacia.

DEPÓSITOSFabrica Cámacan—B. Larga do Rosário n. 59O Novo Mundo—Rua Barão Victoria n. 24.A Bella Jardineira—Rua B. da Victoria n. 20A Florida—Rua do Duque Caxias n. 103,Livraria Parisiense—Rua \- de Março n. 7 A

PREÇO 1:000

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Attesto que nas moléstias de fundo sy-phiiitico, em suas diversas e variadas for-mas, a applicação do preparado denomina-dO ELiXIR DE NOGUEIRA, SALSA CAROBA Xguaiaco. do 111.-• Sr. João da Silva Silvei-ra, tem sido de maravilhosos resultados. Oreferido é verdade sob a fé de meu grau.Pelotas, 30 de Abril de 1886.—Drf Barãodos Santos Abreu.*—Está reconhecido nafôrma da lei pelo tabellião Luiz Felipped'Almeida.

Eu abaixo assignado, Dr. em medicina pelafaculdade do Rio de Janeiro, condecoradopelos governos d*Allemaoha, Portugal eItália, medico do hospital de Misericórdiad-esta cidade, etc, etc.Attesto que tenho empregado muitas ve-zes o Elixir db Nogueira. Salsa, Caroba

eGuayaco, preparado pelo Sr. João da SilvaSilveira, como um poderoso agente em casosde infecção syphilitica e diathese escropbu-losa. parecehdo-me superior aos análogosque nos vêm do estrangeiro. Por me serpedido passo este cuja verdade afSrmo emfé de meu grão.Pelotas, 6 de Maio de 1886.—BarSo deItapitocay—Está reconhecido na fôrma dalei peio tabellião Luiz Felippe d'Almeida.

Gervasio Alves Pereira, doutor em mediei-na pela faculdade do Rio dt Janeiro, ca-valleiro da imperial ordem da Rosa etc,,etc.Attesto que. tenho empregado contra a es-crophula o elixir de Nocuriba, Salsa, Ca-

boba e Guayaco, preparado pelo pharma-cauticooSr. João da Silva Silveira, combom resultado e por isso o reputo um ex-

Eu

etc.o Elixir dr No-

Declaro-lhe que tenho empregado o seuprecioso Elixir de Nogueira, Salsa, Caro-

. ba e Guaiaco com muito bom êxito, e tenhoj aconselhado aos meus clientes que ousem

.a, . „«,„{„_ _— _ a '.a', wm toda a confiança e esperança, pois a

-,?J_.i™-as8jenado* doutorem mediei- sua preparação preenche perfeitamente ona pela faculdade do Rio de Janeiro etc, nosso desideratum. Vou empregar as pilu-Ias ferruginosas do meu grande collega, emtodos os casos em que se fizer sentir-se ne-cessidade do emprego dos ferruginosos.Continue V. S. a trilhar o mesmo cami-toda a dedicação, para um dechegar á meta dos seus desejos e receber ocompetente prêmio do seu insano e esni-nhoso trabalho.Rio Grande, 8 de Abril de 1886.— Dr. Ni-coláo A. Pitombo—Está reconhecido nafôrma da lei pelo tabellião Luiz Felippe

Attesto que empregueigdkira, Salsa, Caroba r Guaiaco, preparado pelo distineto pharmaceutico João da _„„„„,Silva Silveira, em um caso de ulcera syphili- j nho comtica, dando este medicamento resultado omais favorável.

Pelotas, 5 de Maio de 1886.—Dr. Joa-quim Rasgado. —Está reconhecido na fór-ma da lei pelo tabellião Luiz Felippe I d'Al-meida.

Eu abaixo-assignado, doutor em mediei-na jpela faculdade da Bahia, membro dtsociedade franceza de ophtalmologia e dasociedade zoológica de Franca etc, etc.Declaro que o Elixir de Nogueira, Sal-

sa, Caroba e Guaiaco, do pharmaceuticoJoão da Silva Silveira, prestou-me reaesserviços nos casos de syphilis-terciaria e emtodas as affecçSes de fundo escrophuíoso.

Porto Alegre, 5 de Maio de 1886.—Dr.Victor de Brito.—Está reconhecido na fórma da lei pelo tabellião Luiz Filüppe d'Al-meida.

Eu abaixo assignado, doutor em medeei-na pela faculdade do Rio de Janeiro, etc,etc.Attesto que tenho empregado, sempre

com magnífico resultado, o Elixir dr No-gueira, Salsa, Caroba _ Guaiaco, preparadodo illustrado chimico pharmaceutico Joãoda Silva Silveira, nos casos de escrophulae moléstias de origem syphilitica, o queaffirmo em fé de medico.

Pelotas, 1 de Maio de 1886.—Dr. Ray-mundo V. da Silva—Está reconhecido na

d'Almeida.Attesto que tenho empregado na minhaclinica o Elixir dr NogueirI, Salsa. Caro-ba e Guaiaco, preparado pelo Sr. pharma-ecutico João da Silva Silveira, obtendo sem-pre os mais brilhantes resultados, princi-palmente nas moléstias de origem syphili-

O referido 6 verdade, e por me ser pedidopasso o presente que affirmo in lide mediei.Jaguarao, 27 de Abril de 1886. -Dr! Es-tevâo de Souza Lima.—Está reconhecido nad^Atoefdaíf1 ** tabelüâ0 Luiz Fe,**PPQ

cellente remédio para combater" as moles-1 fôrma da lei pelo tabellião Luiz Felippetias de fundo escrophuíoso. O referido ó I d'Almeidaverdade e por me ser pedido passo o pre ¦

CARNAVAL0 BAZAR DO RECIFE

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Recebeu da Europa um grande sortimenlrPílllPlC!í»A Uí /ÍQ Si 3 tra fo f» ÍP de masfa,ras de todas as qualidades; ven-i'ld-l_t>_OL>U lu.ll<t DllVd % li » de em grandes e pequenas quantidades, a

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por preços ra_oayeis,na afamadaloia de miu-dezas Bazar do Recife.Pe Domingos Al. Martins

sente sob a fé de meu gráo.Pelotas, 29 de Abril de 1886.—Dr. Ger-vasio Alves Pereira. Está reconhecido nafôrma da lei pelo tabellião Luiz Felipped Almeida.

Eu abaixo-assignado, doutor em medicinapela faculdade do Rio de Janeiro, medicodo hospital de Misericórdia d'esta cidade,etc, etc.Attesto que tenho empregado o Elixir drNopoEiRA, Salsa, Caroba e Guaiaco, prepa-rado üo distineto pharmaceutico João daSilva Silveira, não só. na clinica civil, comona dp hospital, com o mais esplendido re-sultado, o que afirmo ser vgrdadp.

Amigo e Sr.

pela faculda-cirurgião do

O abaixo -assigaado, doutorde do Rio de Janeiro, |.«corpo de saúde do exercito.Attesta que tem empregado com excp?.lentes resultados o Elixir de NogueiraSalsa, Caroba r Gauiaco, preparado neiòpharmaceutico João da Silva Silveira, neloque o considera um excellente preparadosuperior aos que importamos do estran-

gciro*O referido é verdade pelo que passa opresente que firma in lide medieiJaguarSo, 5 de Maio de 1886.—Dr. Dio_oFernandes Alvares Fortuna Está reconhpUSSU:£35--M »* tabe"la° «*111.»° Sr. João da Silva Silveira.—Phar-maceutico e chimico em Pelotas.—E* como mais subido prazer que venho aceusar orecebimento do seu prezado rfavor de 5 do Eu abaixo-assignado, doutor em mprf,corrente acompanhando um f asquinho com na pela faculdade do Rio de Janeira50 pílulas formuladas nelo c .nsummado e Attesto que tenho empregado em minhadistineto pratico o illustrado loommendador clinica, e sempre com mimiaDr. Miguel Rodrigues Barcel s,, e prepa- ! " "radas com toda perfeição e "itidez por V.S. Na verdade não posso deixar de elogial-opelo relevante serviço que V. S. tem pres-tado e ba de prestar á seiencia medica En-tendo qee o meu nobre amigo é digno de flerval, 7 dé Junho de 1886 r»ntodas as attenc0es e merece ser auxiliado Adolpho Rodrigues Ferrpira wiví" .

- . pxellente resultadosprincipalmenie nas affecções de origem sv-philitica, o El,xir__e Salsa, CarTa YrGuaiaco, preparado do Sr. pharmaceutico

Iferval, 7 dé Josó

Ariête HydraulicoVende-se uma bomba americana, n. 6,systema motu continuo; com todos os seuspertences, em bom estado, própria para en-genho ou qualquer sitio que tenha quedadágua. A tratar n*esta typographia.

CimentoA'5#800 a barrica.

Vendem Fonseca Irmãos.

v,. - pharmaceutico João da Silva Silvstra. — Em contostaçlo a sua peraranta. relativa »n« „,,„it.j„. . .fhVoV-ffii1^0 d° ?m*** NoSueíra,S.l«a, Cai*^«»»i.-n«_lalBm se*I,ran,ente «-neo annos que emprego na minha clinica o seu já tão reputado Elixir em moitas »fffl(.pí„ ^_ - td_£á£r.ffec?ôe^ m.i.»otoriM í. virt/de, f^TU^S^^^^ffSSSmí

.. wao fi-e?»t*/°l em racommendal-o com confiança nos estados pathologioos suppra-menoionadou Bnnrín «-m„ _do medico contribuir para o allivio e bem estar ua hnmaaid.de qa« soffre. ™ B,Bncionados» 8e-d«> «orno é a nobre missXo

TVT a ^rniSm?r-__- q^fiç^.?Jl80 ^ue lhe co-««r desta minha declaração n disponha do amigo obrigado—Dr _z«_o x> •-NAO TEM DIETA. PODE USAR-SE RANHOS FRIOS OIJ MO&NÒSUoicos depositários em PernambucoFrancisco Manoel da Silvai G

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