painel - edição 238 - jan.2015

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Nos períodos posteriores às s grandes s g gu ue er rras a h human nidade A volta por cima painel

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Veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).

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Page 1: Painel - edição 238 - jan.2015

Nos períodos posteriores às grandes guerras, a humanidade promoveu grandes revoluções, demonstrando que os períodos de crise podem ser produ� vos

Nos períodos posteriores àss grandess gguueerrras a hhumannidade

A volta por cima

painelAno XVIII nº 238 janeiro/ 2015

A E A A R P

CÁLCULOPragas são controladas por fórmula matemá� ca

ENGENHARIAA ousadia dos projetos de pontes pelo mundo

TECNOLOGIALaboratórios da USP se preparam para revolucionar o país

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Page 3: Painel - edição 238 - jan.2015

Este ano, ao que tudo indica, será a�pico

Após as turbulências do ano passado decorrentes da Copa do Mundo, das eleições ma-

joritárias e da enorme quan�dade de denúncias de corrupção em áreas do setor público,

fomos surpreendidos no início do ano com a determinação de aumentos significa�vos

nos preços dos combus�veis e da energia elétrica e com alterações significa�vas nas

polí�cas de caráter social do país.

Essas medidas, necessárias há muito tempo, foram proteladas e negadas pelo governo

ao longo da campanha eleitoral e ao serem implantadas causaram um mal estar gene-

ralizado na população.

As expecta�vas posi�vas de mudanças nos rumos do desenvolvimento do país nos

próximos anos foram de certa forma barradas pelo anuncio do novo ministério do governo

federal, mais polí�co e menos técnico como se desejava. Fato esse que certamente não

contribuiu e não contribuirá para diminuir as incertezas que assolam nossa economia e,

consequentemente, o nosso crescimento.

Fato inédito em nossa história, estamos diante da maior seca ocorrida nos úl�mos anos,

decorrente de uma enorme escassez de chuvas, que comprometeu o abastecimento de

água potável e a produção de energia hidroelétrica no país, e que, além disso, nos co-

locou diante da possibilidade efe�va de racionamento e de suspensão de fornecimento

de água em alguns pontos.

Estamos com o menor nível de reserva de água da história. Muito abaixo do limite de

segurança recomendado.

Nesse aspecto, ficou evidente que mais uma vez prevaleceu o polí�co em relação ao

técnico.

Há muito tempo, o Brasil, que detém uma das maiores reservas de água doce do

mundo, mas mal distribuída em relação às grandes concentrações populacionais do

país, deveria ter aumentado seus inves�mentos nas áreas de captação, reservatórios e

distribuição de água.

Da mesma forma, deveria ter inves�do muito mais na produção de energia, não só

na hidroelétrica – que nos úl�mos anos tem sido alvo constante de reações exageradas

à sua implantação pelas organizações autodenominadas defensoras do meio ambiente

–, mas também em outros �pos como a eólica, a solar, a fotovoltaica e as derivadas de

produtos renováveis, ambientalmente mais recomendáveis.

Nesse quesito, infelizmente, pela falta de opções e pela necessidade de rapidez na

implantação diante da escassez da energia hidroelétrica, tem-se optado pela energia

térmica, mais rápida para se implantar, porém mais cara e mais poluente por u�lizar

combus�veis fósseis.

Com isso, fica o alerta.

Ou os gestores de plantão tratam do assunto com a atenção necessária, iniciando pela

convocação efe�va de técnicos especializados no assunto para contribuírem para a so-

lução do problema, ou em um futuro próximo poderemos estar diante de uma situação

catastrófica da população.

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Eng.º Civil João PauloS. C. Figueiredo

Editorial

Page 4: Painel - edição 238 - jan.2015

Expediente

A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

ÍndiceESPECIAL 05Dificuldades podem gerar oportunidades

10 mandamentos de marketing para engenheiros e arquitetos

REGISTRO 14Horas muito felizes

NANOTECNOLOGIA 15A grande mudança

ENGENHARIA 16Pontes que desafiam a engenharia

AGROENERGIA 18Dá pra fazer etanol com cogumelos?

ENERGIA 20Maior usina solar flutuante do mundo

O canal da Nicarágua

INDICADOR VERDE 21

PESQUISA 22Matemática no controle de pragas

CREA-SP 24Para exercer a profissão em outra região, tire um visto

MEIO AMBIENTE 25Muito além da chuva

NOTAS E CURSOS 26

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Arq. e urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos1º Vice-presidente

Eng. civil Ivo Colichio Júnior2º Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Financeiro: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil Elpidio Faria JúniorDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. eletr. Tapyr Sandroni JorgeDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Edes JunqueiraDiretor de Comunicação e Cultura: eng. civil José Aníbal LagunaDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. José Antonio Lanchoti

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Gilberto Marques SoaresArquitetura, Urbanismo e afins: arq. e urb. Carlos Alberto Palladini FilhoEngenharia e afins: eng. civil José Roberto Hortencio Romero

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros TitularesEng. agr. Callil João FilhoEng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastreEng. civil Cecilio Fraguas JúniorEng. civil Edgard CuryEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet FrancoEng. agr. Geraldo Geraldi JúniorEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil Iskandar AudeEng. civil José Galdino Barbosa da Cunha JúniorArq. e urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. civil Nelson Martins da CostaEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiConselheiros SuplentesEng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziArq. Fernando de Souza FreireEng. civil Leonardo Curval MassaroEng. agr. Maria Lucia Pereira Lima

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves

REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio RobertoAzevedo Prado, eng. civil José Aníbal Laguna e eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]

Editores: Blanche Amancio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679

Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Foto da capa: Daniela AntunesTiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.

Page 5: Painel - edição 238 - jan.2015

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AEAARP

ESPECIAL

oportunidadesPeríodos de pós-guerra mostram que momentos dicceis são propícios para o

surgimento de novas tecnologias, soluções, conceitos e produtos

podem gerar

Momentos de crise não são privilégio

de qualquer setor da economia. Porém,

podem também se reverter em oportu-

nidades, em soluções que fortalecem os

negócios. Após a II Guerra Mundial, por

exemplo, foi disseminado o uso do con-

creto estrutural, diante da necessidade

de reconstrução rápida das cidades e a

custos baixos. Em Londres, foi adotado

um modelo de planejamento urbano

no pós-guerra, cujo obje�vo foi o de

controlar o uso e a ocupação do solo e

disciplinar a construção de habitações

sociais. Conceitos atuais, como o da pre-

servação do meio ambiente, também

surgiram em períodos de crise.

Com ou sem conflitos bélicos, porém,

os períodos de crise econômica são

oportunos para a revisão de processos

e equipes como método para detectar

gargalos na empresa. Além disso, os pro-

fissionais podem ampliar sua qualifica-

ção, estudar, desenvolver competências

que são necessárias na carreira e refle�r

sobre o futuro profissional.

OportunidadesPara empresas, as crises são períodos

de profunda análise crí�ca e execução

de um plano de ação que seja capaz

de fazê-la dar a volta por cima, com

monitoramento de resultados e pos-

sibilidades, revendo o gerenciamento

das carreiras das equipes e avaliando

os instrumentos de monitoramento de

resultados. Para os profissionais, são

momentos para criar caminhos para

colocar-se no mercado. Nos dois casos,

o obje�vo final é sair fortalecido, assim

como as grandes cidades do mundo fi-

zeram nos momentos mais turbulentos

de suas histórias. Danielle Moro, geren-

te de Desenvolvimento Organizacional

da Exame Auditores Independentes,

propõe alguns ques�onamentos bási-

cos para os empreendedores: “As car-

reiras estão claras? Conhecemos o po-

tencial de nossos profissionais? Temos

em mãos resultados corretos? Quais

são as soluções alterna�vas para nossos

custos? Conhecemos a fundo os custos

Dificuldades

fixos e os possíveis gargalos pelos quais

perdemos inves�mentos?”.

“Para os profissionais, se houver uma

reserva financeira, é este o momento

de inves�r em conhecimento e quali-

ficação. Caso não tenha, ou não possa

dispor da reserva, a internet oferece

excelentes oportunidades gratuitas.

É preciso revisar obje�vos, condutas,

aprender novas competências. Esse é

o foco para sair fortalecido”, ensina Da-

nielle. Na revista PAINEL (edição 231,

junho/2014), foi publicada uma matéria

sobre universidades estrangeiras que

oferecem cursos para as áreas de en-

genharia e arquitetura em plataformas

on-line e gratuitas. Veja a lista completa

também no site da AEAARP – www.aea-

arp.org.br.

Profissionais e empresas devem ob-

servar o que têm de melhor, fortalecer

esses potenciais e buscar reforços. A

grande armadilha, na avaliação da con-

sultora, é imaginar que a crise só pode

ser comba�da com a diversificação.

Page 6: Painel - edição 238 - jan.2015

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Revista Painel

ESPECIAL

“Por vezes o movimento de buscar no-

vas linhas de trabalho, novos produtos,

novos mercados, novas profissões pode

enfraquecer mais do que fortalecer”,

pondera.

A Revista Painel fez um levantamento

inspirador de tecnologias, conceitos e

produtos criados em momentos ditceis

da história mundial que revolucionaram

a vida de muitas civilizações.

Concreto estruturalNo período pós-Segunda Guerra Mun-

dial, houve aceleração no desenvolvi-

mento da tecnologia para o concreto e

na exploração de suas potencialidades,

inclusive como solução de acabamento

e esté{ca. Foi um marco da história do

concreto aparente. Entre as décadas de

1950 e 1980 surgiu o Brutalismo, movi-

mento arquitetônico internacional que

defendia a exposição das estruturas

nas construções. Além de proporcionar

eficiência, a demanda por construções

flexíveis e de grandes vãos livres au-

mentou, o que resultou na evolução da

tecnologia aplicada à construção civil

para a obtenção de materiais e soluções

de alto desempenho.

Com a criação do concreto estrutural,

também evoluíram os sistemas de cál-

culo e dimensionamento das estrutu-

ras pré-moldadas, ocorreram avanços

tecnológicos na indústria do cimento

e nas ciências dos materiais. Avança-

ram os estudos da microestrutura do

concreto – resultando em produtos

com maiores resistências e qualidade

–, desenvolvimento de equipamentos

e técnicas constru{vas, além dos siste-

mas pré-fabricados. As construções em

concreto estrutural eram superadas su-

cessivamente por outras em desempe-

nho, eficiência, altura, tamanho, vãos e

formas.

Planejamento urbanode Londres

Os instrumentos para planejamento

e reconstrução de Londres começaram

a ser desenvolvidos ainda durante a

Primeira Guerra Mundial. As propostas

foram concebidas como projetos urba-

nos localizados, onde seriam constru-

ídos empreendimentos habitacionais

públicos e privados. Com as leis Town

Planning Act, de 1925, e a Town and

Country Planning Act, de 1932, os di-

rigentes londrinos começaram a tomar

medidas para evitar a suburbanização

da cidade, que vinha acontecendo ao

longo das linhas do transporte ferrovi-

ário. Os empreendedores privados que

construíssem em desacordo com os

ar{gos dessas leis poderiam ter seus

editcios demolidos.

Em 1940 foi publicado o Relatório

Barlow, que era um estudo da distribui-

ção da população industrial no Reino

Unido. O levantamento recomendou a

criação de um órgão central para tra-

tar do planejamento urbano e rural, a

alteração da legislação de propriedade

da terra (indenizações e apropriação da

valorização decorrente da atuação pú-

blica), a dispersão do parque industrial

por todo o território e o esvaziamento

industrial e populacional das cidades

conges{onadas.

Em 1943, foi criado o Ministério de

Planejamento Urbano e Rural. Foi então

incorporado o ideal de buscar melho-

rias para os aspectos sociais. Este plano

teve importante papel, pois mostrou

para os líderes polí{cos uma visão do

que os urbanistas consideravam uma

ação abrangente para Londres, e teve

enorme influência sobre planejadores

de vários países.

Conjuntos habitacionaisde Berlim

Depois da I Guerra Mundial foram

criados vários conjuntos habitacionais

em Berlim (Alemanha) devido à neces-

sidade de uma reforma habitacional

para os operários. As moradias eram

escassas e o governo inves{a para con-

Conjunto habitacional Carl Legien, na Alemanha - Foto Doris Antony (Wikimedia Commons)

Page 7: Painel - edição 238 - jan.2015

7

AEAARP

ter revoltas ou disseminação dos ideais

comunistas. As habitações foram ergui-

das entre 1913 e 1934 e {nham como

obje{vo garan{r a concepção de direi-

to social e criar espaços arejados, com

boa iluminação e pra{cidade no uso. O

conceito ficou conhecido como Neues

Bauen (do alemão, nova construção),

que refle{a a intenção de oferecer mo-

radias com mais conforto aos trabalha-

dores alemães.

Dentre os vários conjuntos habitacio-

nais construídos nesse período, desta-

cam-se: Britz, Carl Legien, Schillerpark,

Gartenstadt (cidade-jardim) de Falken-

berg, Siemensstadt e Weiße Stadt (Ci-

dade Branca), construídos por profis-

sionais reconhecidos, como Bruno Taut

e Walter Gropius (fundador da escola

Bauhaus). Alguns conjuntos chegam a

ter mais de mil apartamentos, como o

Carl Liegen, que foi construído no final

da década de 1920. Outros chamam

a atenção pela ousadia de seu design,

como o Britz, que foi construído em for-

ma de uma ferradura.

Movimento ecológicoApós a II Guerra Mundial começaram

a surgir várias inicia{vas sociais no sen-

{do de combater e amenizar os pro-

blemas causados pela degradação am-

biental. Em um primeiro momento, essa

preocupação tomou conta de países de-

senvolvidos e aos poucos foi alcançan-

do o restante do mundo, tornando-se

um novo movimento social e histórico

conhecido como movimento ecológico,

também chamado de ambientalismo e

ecologismo.

Embora depois da segunda grande

guerra tenha sido um período marcado

pela notoriedade do movimento ecoló-

gico, antes já haviam ocorrido algumas

inicia{vas nesse sen{do como, por exem-

plo, a Carta de Atenas (1933), que aler-

tava sobre o caos das cidades que não

estavam preparadas para sa{sfazer as

necessidades básicas de seus habitantes.

No entanto, foi em 1945, com a cria-

ção da Organização das Nações Unidas

(ONU), que as questões relacionadas

aos problemas ambientais passaram

a ganhar destaque, o que resultou na

criação da União Internacional para a

Conservação da Natureza (UICN), que

{nha como obje{vo incen{var a cons-

cien{zação internacional acerca dos

problemas ambientais.

A década de 1950 ficou marcada pela

preocupação ecológica da comunidade

cienzfica e as décadas de 1960 e 1970

sinalizaram a preocupação ecológica

ques{onando, até mesmo, o modo

de vida das pessoas. Nesse período,

aumentaram as a{vidades de regula-

mentação e de controles ambientais. A

Agência de Proteção Ambiental dos Es-

tados Unidos (EPA) es{mulou a criação

de leis e regulamentos como, por exem-

plo, a Lei do Ar Puro, a Lei da Água Pura,

a Lei de Recuperação e Conservação de

Recursos, entre outras, passando a ser

exigida a realização de Estudos de Im-

pactos Ambientais (EIAs) como pré-re-

quisito à aprovação de empreendimen-

tos potencialmente poluidores.

Voos comerciaisFoi depois da II Guerra Mundial

que foram criadas as linhas aére-

as comerciais. Até então, os avi-

ões eram u{lizados apenas para

fins militares. Após esse período,

as viagens aéreas passaram a ser

realizadas por necessidade, ne-

gócios ou lazer, pela rapidez, con-

forto e segurança. A indústria do

transporte aéreo prosperou como

empreendimento comercial à me-

dida que os avanços tecnológicos

possibilitaram que as empresas

desenvolvessem serviços regula-

res aos passageiros.

Desde então, transporte aéreo

moderno emergiu como um ne-

gócio internacional, oferecendo

produtos e serviços para um gru-Conjunto Habitacional Britz, na Alemanha - Foto visualdata.dw.de

Page 8: Painel - edição 238 - jan.2015

8

Revista Painel

A execução de estruturas de madeira

com CDE apresenta caracterís�cas que

a viabilizam, se comparado ao sistema

tradicional: redução do peso da estru-

tura em até 40%, alívio das cargas con-

centradas nas treliças, devido ao menor

espaçamento entre si, e nas fundações,

com a diminuição do peso próprio da

estrutura com o menor consumo de

madeira que o sistema proporciona,

qualidade técnica dos projetos e indus-

trialização das estruturas.

po diversificado de usuários, incluindo

transporte para passageiros e serviço

de carga para empresas. A evolução

dos aviões a jato também determinou

a expansão do setor.

Trem-balaEm 1940, foi apresentada a proposta,

no Japão, de uma linha de trens para pas-

sageiros e mercadorias conhecida como

trem-bala (que lá se chama Shinkansen).

Durante a II Guerra Mundial, o projeto

foi engavetado e só foi retomado na

década de 1950. Em 1959, iniciou a

construção da linha Tokaido Shinkansen

entre Tóquio e Osaka. O primeiro trem-

-bala foi inaugurado em 1964, vésperas

do Jogos Olímpicos de Tóquio.

Desde 1964, a linha Tokaido Shinkan-

sen expandiu-se para ligar a maior parte

das cidades do arquipélago, com velo-

cidade de até 300 km/h, em um terri-

tório que sofria constantemente com

terremotos e tufões. Ao contrário das

linhas mais an�gas, o Shinkansen u�-

liza túneis e viadutos para atravessar

obstáculos em vez de contorna-los. Em

2015, o Shinkansen completa 51 anos. E

o Japão ficou marcado na história como

o primeiro país a desenvolver linhas de

trem para viagens de alta velocidade.

Coberturas de estruturasde madeira

O desenvolvimento da indústria de

estruturas de madeira ocorreu, princi-

palmente, na Europa do pós-guerra (a

segunda), devido à necessidade de re-

construção rápida e econômica das ci-

dades destruídas. Esse desenvolvimen-

to propiciou o surgimento de um novo

conector, que possibilitou a montagem

das estruturas em escala industrial, as

chapas com dentes estampados, cha-

madas de CDE. Shinkansen 1964 - Foto Isto é Japão

ESPECIAL

Fontes: Monografia Concreto aparente: uma

contribuição para a construção sustentável

(Universidade Federal de Minas Gerais),

arhgo ciengfico O Planejamento Urbano de

Londres 1943-1947 (Revista Risco do Inshtuto

de Arquitetura e Urbanismo da USP), portal

Representações da República Federal da

Alemanha no Brasil, monografia Os serviços

de saneamento básico como instrumento de

desenvolvimento sustentável (Universidade

de Santa Cruz do Sul), arhgo ciengfico O

ambientalismo como movimento vital, arhgo

ciengfico Transporte aéreo de passageiros: a

integração do passageiro em uma cultura de

segurança de voo (Revista Eletrônica Academia

de Talentos – volume 3), portal Isto é Japão,

portal Pini Web, Danielle Moro da Exame

Auditores Independentes

Page 9: Painel - edição 238 - jan.2015

9

AEAARP

Page 10: Painel - edição 238 - jan.2015

10

Revista Painel

ESPECIAL

Produtos e serviços derivados da guerra

Micro-ondasAs guerras também são responsáveis pelo desenvolvimento da indústria tecnoló-

gica, criando máquinas e serviços que acabam sendo incorporados pela população

civil. O aparelho micro-ondas é um dos exemplos. Durante o início da Guerra Fria,

em 1945, o engenheiro americano Percy Spencer trabalhava com tecnologia de ra-

dares, mais precisamente na construção de peças capazes de gerar ondas eletro-

magné{cas (magnetrons). Durante muitas horas de trabalho, Spencer percebeu que

uma barra de chocolates que estava em seu bolso {nha derre{do, isso fez com que

ele chegasse à conclusão que o doce foi aquecido pelas micro-ondas.

GPSJá o GPS foi baseado, parcialmente, em sistemas de navegação via rádio, como o LORAN

ou o Decca Navigator, que foi usado na Segunda Guerra Mundial. Como o sistema é de

criação do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e atende tanto a militares quanto

a civis, a prioridade no uso do GPS é sempre das forças armadas deste país. Por isso, outras

nações têm trabalhado no desenvolvimento de um projeto equivalente ao do GPS, com

mais precisão e facilidade no uso.

Máquina digitalDesde a década de 1950, governos têm enviado satélites espiões para a órbita terres-

tre. Sempre equipados com câmeras potentes e capazes de capturar imagens de ter-

ritórios inimigos, esses equipamentos observam não apenas a posição de suas tropas,

mas também o desenvolvimento industrial de determinada região. O problema é que

naquele período, a única forma de ter acesso a essas imagens era por meio do filme

fotográfico liberado pelo satélite periodicamente na atmosfera terrestre. O processo

de recuperação do filme era bastante trabalhoso e muitas vezes resultava na perda das

imagens. Em 1976, a NASA lançou o satélite KH-1 “Kennan”, equipado com uma câmera óp{co-elétrica capaz de transmi-

{r imagens em formatos digitais. Os fundamentos dessa tecnologia estão presentes até hoje nas câmeras digitais.

Controle de tráfego aéreoAn{gamente, os pilotos ficavam completamente isolados do ambiente terres-

tre assim que decolavam. A única forma de comunicação com pessoas no solo

era por meio de gestos com bandeiras ou luzes. Porém, isso mudou com a ajuda

do exército americano, que instalou o primeiro rádio de comunicação em duas

vias em um avião durante a Primeira Guerra Mundial. O desenvolvimento da

nova solução começou em 1915, em San Diego, e por volta de 1916, os técni-

cos conseguiram enviar uma mensagem via telégrafo sem fio para alguém que

es{vesse a 225 quilômetros de distância. Em 1917, outro marco: pela primeira

vez a voz humana foi transmi{da por um rádio instalado em um avião para um

operador no solo.

Page 11: Painel - edição 238 - jan.2015

11

AEAARP

ComputadorO primeiro computador eletrônico do mundo, conhecido como ENIAC, co-

meçou a ser desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial, nos Estados

Unidos, mas só ficou pronto em 1946, durante a Guerra Fria. U�lizado basica-

mente para cálculos balís�cos, esse “cérebro gigante” — como a imprensa da

época se referia a ele — foi peça fundamental no desenvolvimento da bomba

de hidrogênio, testada pelo país em 1952. O ENIAC pesava 30 toneladas, ocu-

pava um espaço de 167 m² e realizava cerca de 5 mil operações por segundo.

InternetAinda durante a Guerra Fria, os Estados Unidos buscavam um meio de comunicação

e de armazenamento de dados que con�nuasse funcionando mesmo que parte dele

�vesse sido bombardeada. Assim, a ARPA, agência militar especialmente desenvolvida

para a criação desse projeto, financiou estudos e pesquisas acadêmicas que pudesse

levar à criação da ARPANET, como era chamada a internet naquela época. No início, o

acesso a essa rede estava restrito para usos militares, sendo, mais tarde, liberado tam-

bém para o uso acadêmico. No Brasil, a internet já possui mais de 20 anos de existência,

sendo que a comercialização do serviço para o público em geral só aconteceu em 1994.

Fonte: Tecmundo

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Page 12: Painel - edição 238 - jan.2015

12

Revista Painel

10ESPECIAL

O livro “Os pecados do Marke�ng na En-

genharia e na Arquitetura”, escrito pelo

engenheiro Ênio Padilha, mostra alguns

erros que são come�dos por alguns

profissionais. Em um ar�go publicado

no portal Fórum da Construção, Ênio

elencou os 10 mandamentos do marke-

�ng para garan�r o sucesso dos negó-

cios de engenheiros e arquitetos.

1. Definir claramenteuma linha de produtos

Engenheiros e arquitetos, pela for-Engenheiros e arquitetos, pela for-10mação e pelo registro profissional, es-mação e pelo registro profi ssional, es-10tão habilitados para atuar em serviçtão habilitados para atuar em serviços 10muito diferentes. Um engenheiromuito diferentes. Um engenheiro civil, 10por exemplo, pode fazer desde projepor exemplo, pode fazer desde projetos 10de construção civil para residênciasde construção civil para residências de 10pequeno porte até consultoriapequeno porte até consultoria técni-10ca especializada para obrasca especializada para obras pesadas, 10como pontes e viadutos, porcomo pontes e viadutos, por exemplo. 10Muita gente, por falta deMuita gente, por falta de orientação, 10permanece por muitospermanece por muitos anos como um 10“faz tudo”. Nunc“faz tudo”. Nunca consegue fi xar uma 10imagem clara no mercado, reduzindo as 10chances de sucesso profissional.

10 mandamentosde marketing

Empreendedorismo: saiba avaliar o que é necessário melhorar no seu negócio

para engenheiros e arquitetos

2. Produzir serviços dequalidade compa�veis anecessidade, exigência,desejo e disponibilidadedos clientes

Sem um produto de boa qualidadeSem um produto de boa qualidade 10não existe marke�ng de bons resulta-não existe marke� ng de bons resulta-10dos. Fazer um trabalho “mais ou me-dos. Fazer um trabalho “mais ou me-10ninguém vai notar énos” e achar que ninguém vai notar é 10Os serviços devemmuita ingenuidade. Os serviços devem 10completos. É precisoser bem feitos e completos. É preciso 10mercado como umase apresentar ao mercado como uma 10ão completa e não ape-opção de solução completa e não ape-10e do problema. Tambémnas como parte do problema. Também 10observar que a qualidadeé importante observar que a qualidade 10não é ilimitada. O limite estádo produto não é ilimitada. O limite está 10rminado, entre outras coisas, peladeterminado, entre outras coisas, pela 10que o cliente tem para pagardisposição que o cliente tem para pagar 10está demandando.pelo que está demandando. 103. Atualizar-sepermanentemente

conhece um bom atleta que nãoVocê conhece um bom atleta que não 10do seu tempo em treina-invista muito do seu tempo em treina-10engenheirosmento? Para arquitetos e engenheiros 10treinamento significa atualizar-se per-

manentemente. Par�cipar de cursos,manentemente. Par� cipar de cursos, 10palestras, seminários, congressos, fei-palestras, seminários, congressos, fei-10ras, convenções. Ler livros técnicos eras, convenções. Ler livros técnicos e 10gerenciais. Assinar as revistas técnicasgerenciais. Assinar as revistas técnicas 10da sua área de atuação. Fazer pesquisasda sua área de atuação. Fazer pesquisas 10de mercado. E, se �ver talento e dispo-de mercado. E, se � ver talento e dispo-10sição, fazer experiências. Desenvolversição, fazer experiências. Desenvolver 10teses profissionais. Ousar, criar e fazerteses profi ssionais. Ousar, criar e fazer 10registro de resultados. Essas prá�cas deregistro de resultados. Essas prá� cas de 10“treinamento” vão deixar o profissional“treinamento” vão deixar o profi ssional 10de engenharia e arquitetura em “boade engenharia e arquitetura em “boa 10forma”, e sempre mais compe��vo.forma”, e sempre mais compe� � vo.104. Definir preçoscompa�veis com o mercadoe ter uma boa polí�ca denegociação de preços

Preço é um problema que precisa serPreço é um problema que precisa ser 10enfrentado com profissionalismo. Asenfrentado com profi ssionalismo. As 10dificuldades naturais da precificaçãodifi culdades naturais da precifi cação 10de serviços tornam essa tarefa aindade serviços tornam essa tarefa ainda 10mais complicada. É preciso ajustar omais complicada. É preciso ajustar o 10preço do produto (e, muitas vezes, issopreço do produto (e, muitas vezes, isso 10implica fazer ajustes no próprio pro-implica fazer ajustes no próprio pro-10duto) ao �po de mercado que se querduto) ao � po de mercado que se quer 10conquistar. Também é fundamenconquistar. Também é fundamental ter 10uma polí�ca de negociação de preços,uma polí� ca de negociação de preços, 10

Page 13: Painel - edição 238 - jan.2015

13

AEAARP

10nindo claramente a flexibilidadedefi nindo claramente a fl exibilidade 10el para descontos, isenções epossível para descontos, isenções e 10rmas de pagamento.formas de pagamento.105. Ser disponívelEngenharia e arquitetura são duas

profissões essencialmente móveis. Isso

significa que engenheiros e arquitetos

não exercem seu otcio em um ponto

fixo. Isso dá uma dimensão diferenciada

à noção de ponto comercial. Vai além

do endereço tsico do escritório. Inclui

todos os canais de comunicação que

permitem manter contato com os clien-

tes. Ser disponível e acessível significa

ter uma polí{ca inteligente de u{lização

para cada um dos meios de comunica-

ção (celular, internet, secretária eletrô-

nica, caixa postal etc.). Entender cada

um desses equipamentos como uma

porta aberta para o mercado dá a visão

correta dos obje{vos mercadológicos

(marke{ng) de cada um deles.

6. Escolher comcritérios profissionais oscolaboradores

As pessoas são elementos vitais.As pessoas são elementos vitais. Dar 10treinamento adequado às pessoastreinamento adequado às pessoas que 10fazem parte da empresa é fundamen-fazem parte da empresa é fundamen-10tal, pois caso o cliente nãotal, pois caso o cliente não seja bem 10atendido pela secretária, poratendido pela secretária, por exemplo, 10ele poderá transferir esseele poderá transferir esse demérito 10para o profissional. Enpara o profi ssional. Então, é preci-10so observar duas coisas:so observar duas coisas: não se pode 10construir uma organização de serviçosconstruir uma organização de serviços 10vencedora sem treinamento constantevencedora sem treinamento constante 10das pessoas e não adianta inves{r emdas pessoas e não adianta inves{ r em 10treinamento se as pessoas que fazemtreinamento se as pessoas que fazem 10parte da organização forem mal sele-parte da organização forem mal sele-10não apresentam qualidadescionadas e não apresentam qualidades 10mínimas necessárias.mínimas necessárias.107. Sistema{zar os

processos, organizara empresa, valorizar adisciplina

Engana-se quem imagina a arquitetu-Engana-se quem imagina a arquitetu-10ra ou a engenharia como a{vidades emra ou a engenharia como a{ vidades em 10que a cria{vidade é tudo. Cria{vidadeque a cria{ vidade é tudo. Cria{ vidade 10é apenas um dos recursos necessá-é apenas um dos recursos necessá-10rios para o exercício dessas profissões.rios para o exercício dessas profi ssões. 10Grandes ar{stas e cien{stas são muitoGrandes ar{ stas e cien{ stas são muito 10cria{vos. Mas são também muito orga-cria{ vos. Mas são também muito orga-10nizados e disciplinados. Um escritórionizados e disciplinados. Um escritório 10de engenharia ou de arquitetura pre-de engenharia ou de arquitetura pre-10cisa ser exato. As coisas precisam estarcisa ser exato. As coisas precisam estar 10sempre no lugar. As informações preci-sempre no lugar. As informações preci-10sam ser acessíveis quando necessárias.sam ser acessíveis quando necessárias. 10As tarefas precisam ser cumpridas noAs tarefas precisam ser cumpridas no 10tempo e os resultados não podem sertempo e os resultados não podem ser 10aleatórios. Portanto, inves{mentos emaleatórios. Portanto, inves{ mentos em 10são fundamen-organização e disciplina são fundamen-10uma empresa.tais para o marke{ ng de uma empresa.108. Fugir das parceriasinúteis. Fazer parceriasprodu{vas

a-me com quem andas eA frase “diga-me com quem andas e 10quem és” define bem a im-eu te direi quem és” defi ne bem a im-10polí{ca de parcerias paraportância da polí{ ca de parcerias para 10de uma empresa. Por tráso marke{ ng de uma empresa. Por trás 10boa polí{ca de parcerias estáde uma boa polí{ ca de parcerias está 10a possibilidade de unir forças,também a possibilidade de unir forças, 10mpensar deficiências, reduzir custoscompensar defi ciências, reduzir custos 10expandir horizontes de atuação co-e expandir horizontes de atuação co-10mercial.mercial. 109. Divulgar a sua empresa eseu produto

Serviços de engenharia e de arquite-

tura são produtos de consumo restrito.

Isso significa que as prá{cas e os recur-

sos de promoção (publicidade e propa-

ganda) válidos para a maioria dos pro-

dutos podem não ser eficientes quando

aplicados ao nosso ramo de negócios.

Determinar uma polí{ca inteligente de

promoção da empresa ou do produto

passa, necessariamente, por uma análi-

se muito criteriosa da relação custo/be-

netcio. Mídias alterna{vas precisam ser

exploradas, como a mala direta, os jor-

nais corpora{vos, as revistas especiali-

zadas, a par{cipação em eventos, feiras

e congressos, a atuação em en{dades

de classe e outros recursos. O processo

de venda dos serviços também precisa

ser desenvolvido e aprimorado con{-

nuamente. Serviços de engenharia e

arquitetura são importanzssimos e de

extrema u{lidade, agregando valor ao

produto final e produzindo lucros para

quem os compra. Mas costumam ser

produtos terrivelmente mal vendidos.

10. Usar o pós-venda paraprovocar a propagandaboca-a-boca

A tal da “propaganda boca-a-boca” é

a melhor e mais eficiente forma de di-

vulgação de produtos do setor. Mas é

preciso provocar o comentário posi{vo

e é preciso fazer com que o tal elogio

seja efe{vo. Em outras palavras: é preci-

so es{mular o cliente sa{sfeito para que

ele fale bem do seu produto e que ele

fale as coisas certas, que possam con-

vencer outras pessoas a procurar pelos

seus serviços. Isso não é uma tarefa fá-

cil. Porém, o profissional de engenharia

ou de arquitetura que desenvolver es-

sas habilidades, obterá resultados fan-

tás{cos.

Fonte: Fórum da Construção

Page 14: Painel - edição 238 - jan.2015

14

Revista Painel

REGISTRO

muito felizesEvento encerrou 2014 na AEAARP

Horas

Associados e seus familiares par{cipa-

ram de horas felizes em dezembro na As-

sociação, como diz a expressão em inglês

Happy Hour que deu nome ao evento. A

Banda do Marista foi a grande atração do

dia, que teve muito bate papo, bebida

gelada e comunhão entre os presentes.

Nesta página, a revista PAINEL deixa re-

gistrado o clima harmonioso da festa.

Page 15: Painel - edição 238 - jan.2015

15

AEAARP

mudançaA grande

Na USP, pesquisadores conquistam

espaço com nanopargculas

NONOTECNOLOGIA

Em quatro anos de existência, o Nú-

cleo de Apoio à Pesquisa em Nano-

tecnologia e Nanociências (NAP-NN)

da USP, que trabalha em pequenas

soluções para grandes problemas, já

tem mais de 25 ideias patenteadas.

Para o professor Henrique Eisi Toma,

do Ins{tuto de Química (IQ) da USP,

coordenador do Núcleo, os projetos

desenvolvidos nos 10 laboratórios de

pesquisas do NAP-NN têm o poder de

promover mudanças importantes no

des{no do país.

Os laboratórios do NAP-NN congre-

gam o Ins{tuto de Química (IQ), o Ins{-

tuto de Física (IF) e a Escola Politécnica

(Poli), além de mais de 60 pesquisado-

res, colaboradores de outras univer-

sidades, ins{tuições de pesquisa e do

setor público e privado.

Para o professor Henrique, os espe-

cialistas do núcleo não são apenas fun-

cionários trabalhando, mas cien{stas

que estão desbravando caminhos do

conhecimento. Eles são de áreas com-

plementares nos campos da Física, da

Química e da Engenharia, o que permite

uma abordagem complexa dos desafios

associados aos projetos acadêmicos e

de cunho tecnológico.

O NAP-NN integra o SisNANO, uma

inicia{va do governo federal que inter-

liga centros nano por todo o país. O Nú-

cleo, por meio do SisNANO-USP, é mem-

bro do sistema SisNANO do Ministério

da Ciência, Tecnologia e Inovação, ofe-

recendo especialistas e infraestrutura

para a prestação de serviços diversos de

análise e desenvolvimento, par{cular-

mente na preparação, funcionalização,

compa{bilização e caracterização de

nanomateriais. “O SisNANO é a porta de

ação para a comunidade, pois permite

que os centros realizem trabalhos para

ins{tuições que não teriam os recursos

sozinhos”, esclarece Henrique.

“Os laboratórios são caros, com equi-

pamentos de úl{ma geração e equipe

muito especializada. O governo conse-

gue poupar milhões u{lizando as parce-

rias em serviços de alzssima qualidade,

mas pouco conhecidos”. A inicia{va re-

presenta uma nova visão sobre colabo-

ração cienzfica e de pesquisa.

As patentes revolucionáriasEntre as patentes, o professor desta-

ca a Nanohidrometalurgia Magné{ca

– nanoparzculas superparamagné{cas

que podem ser u{lizadas para a captura

e transporte de metais de grande inte-

resse econômico e ambiental a par{r de

solução aquosa. O processo não u{liza

solventes orgânicos, uma alterna{va

mais limpa para o processo de hidrome-

talurgia convencional. O Brasil explora

apenas 30% de seus minérios, potencial

que poderia aumentar com o uso da Na-

nohidrometalurgia. “Hoje o Brasil vende

suas riquezas em formato de ‘pedras’,

em estado bruto. Se u{lizasse esse novo

processo, poderia refinar a exploração

dos mesmos minérios e ampliar drama-

{camente seu valor.”

A Nanohidrometalurgia Magnéhca

pode ter também aplicações no campo

de extração de petróleo. As nanoparz-

culas seriam inseridas na rocha da qual

o petróleo é extraído atualmente e po-

deriam ser magne{camente guiadas

por ímãs, facilitando o trabalho e am-

pliando o volume extraído.

Outra patente envolve as mesmas na-

noparzculas, mas em um campo com-

pletamente dis{nto, o da biotecnolo-

gia, com as enzimas magné{cas. Nesse

ramo especializado da biologia, enzimas

são constantemente u{lizadas para a

produção de uma infinidade de pro-

dutos farmacêu{cos. Entretanto, são

caras e em geral u{lizadas uma única

vez. Com o auxilio da nanotecnologia,

nanoparzculas se uniriam às estruturas

das enzimas, impedindo sua deforma-

ção pelo uso, aumentando a eficiência

e permi{ndo um fato inédito: a recicla-

gem de enzimas após sua u{lização.

Fonte: Agência USP

Page 16: Painel - edição 238 - jan.2015

16

Revista Painel

ENGENHARIA

a engenhariaConheça pontes da China, Inglaterra, Malásia e França

que apresentam soluções surpreendentes

Pontes que desafiam

CHINA | Danyang–Kunshan Grand BridgeTrata-se da ponte com maior extensão do mundo, com 164,8 km, projetada para

permi{r o acesso a uma região de pântanos, lagos e rizicultura. A Danyang–Kunshan

Grand Bridge segue pra{camente paralela ao rio Yangtze, unindo, de leste a oeste, os

centros mais populosos do norte da província de Jiangsu.

INGLATERRA | Gateshead Millennium BridgeEsta ponte inglesa chama a atenção por sua mobilidade não convencional. Erguida

sobre o rio Tyne, ela atrapalharia o fluxo de embarcações altas. Porém, a engenha-

ria encontrou solução mais adequada: ela não se abre ao meio, como a maioria das

pontes construídas nas mesmas condições, mas é impulsionada por alavancas hidráu-

licas que a fazem rotacionar 40 graus, permi{ndo a passagem de barcos, pedestres e

ciclistas, cada um a seu tempo. A ponte é bem conhecida. Sua imagem já estampou

moedas de uma libra. A construção tem até um apelido: “O Olho que Pisca”.

O engenheiro Catão Francisco Ribeiro,

em palestra na AEAARP, expôs os desafios

que a engenharia e a arquitetura devem

transpor para erguer uma ponte e fez

grande defesa desta obra em detrimento

de outras soluções viárias, como os tú-

neis. Para ele, e para muitos, as pontes

são funcionais, por unirem dois pontos de

ditcil acesso, e surpreendentes, por se-

rem capazes de suportar grandes cargas

e vencer longos vãos. A revista PAINEL

reproduz a seguir um levantamento da

Universidade Federal de Juiz de Fora

(UFJF) que revela as obras surpreenden-

tes das pontes Danyang–Kunshan Grand

Bridge (China), Gateshead Millennium

Bridge (Inglaterra), Langkawi Sky Bridge

(Malásia) e Millau Viaduct (França).

Page 17: Painel - edição 238 - jan.2015

17

AEAARP

MALÁSIA | Langkawi Sky BridgeO diferencial desta construção é a sua estrutura de sustentação. Numerosos cabos

e pilastras ao longo de seu comprimento foram subs�tuídos por apenas uma pilastra

com diversos cabos que partem do mesmo ponto. O visual da região é favorecido por

sua localização 700m acima do nível do mar com a floresta embaixo da passarela.

FRANÇA | Millau ViaductEsta ponte chama a atenção também por ser a mais alta do mundo, com 343 me-

tros no topo de seus pilares e 270m a distancia entre os carros e o chão, vencendo o

imenso e profundo vale do rio Tarn no sudoeste da França.

Fonte: Blog do Programa de Educação Tutorial da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Page 18: Painel - edição 238 - jan.2015

18

Revista Painel

com cogumelos?Dá pra fazer etanol

Fausto Carraro

Engenheiro civil da

Central de Desempenho

Segundo a Embrapa, sim, e aposta na produção de

cogumelos para agregar valor à cadeia do biodiesel

AGROENERGIA

Agora os cogumelos também pode-

rão servir para a geração de energia

renovável. Existem cerca de 4.500 es-

pécies de cogumelos comes�veis no

mundo e os mais conhecidos no Brasil

são shiitake (Lenhnula edodes), shimeji

(Lyophyllum shimeji), cogumelo do sol

(Agaricus blazei) e champignon de Pa-

ris (Agaricus bisphorus). Em razão da

importância econômica e da funcionali-

dade desse alimento, pesquisadores da

Embrapa Agroenergia, em parceria com

outras unidades da empresa e outras

ins�tuições, apostam na produção de

cogumelos para agregar valor à cadeia

do biodiesel aproveitando os resíduos

gerados nas usinas.

Os estudos se concentram na redução

ou eliminação dos compostos tóxicos

dos subprodutos da extração do óleo de

pinhão-manso e algodão, chamados de

tortas ou farelos. Os materiais gerados

correspondem a cerca de 70% do peso

do grão, a parte sólida, e o restante é o

óleo. Dar um des�no a esses resíduos é

fundamental para tornar a cadeia pro-

du�va dessas oleaginosas sustentáveis,

ampliando ainda mais as fontes de ren-

da para o agricultor familiar associado

às indústrias do biodiesel. Atualmente,

devido à toxicidade, as tortas de algo-

dão podem ser u�lizadas apenas em

pequena quan�dade na nutrição de

animais ruminantes, no caso da torta

de pinhão-manso, apenas como adubo.

“Com a destoxificação desses produtos

será possível ampliar o mercado das

tortas, permi�ndo que ela seja, inclusi-

ve, fornecida a animais monogástricos,

como suínos e aves”, explica a pesquisa-

dora da Embrapa Agroenergia Simone

Mendonça, líder do estudo.

O obje�vo das pesquisas é promo-

ver o crescimento dos cogumelos, u�-

lizando as tortas como meio de cul�vo

em subs�tuição à serragem, bagaço

de cana-de-açúcar, capim-elefante e

outros �pos de biomassa atualmente

u�lizados. Com isso, será possível cul-

�var os cogumelos e ao mesmo tem-

po destoxificar as tortas, uma vez que

alguns cogumelos, ao crescerem, pro-

duzem enzimas capazes de ina�var os

compostos tóxicos. As tortas, além de

destoxificadas, ficarão mais ricas nutri-

cionalmente, pois este cul�vo aumenta

a diges�bilidade das fibras da torta e

incrementa o teor de proteínas. Essas

ações fazem parte do projeto “Desto-

xificação de tortas/farelos da cadeia

do biodiesel através de compostagem

associada ao cul�vo de cogumelos”, li-

derado pela Embrapa Agroenergia, com

duração de três anos e com recursos do

Conselho Nacional de Desenvolvimento

Cien�fico e Tecnológico (CNPq).

Por meio dessa estratégia, os cien-

�stas esperam obter quatro produtos:

os cogumelos, a torta para mistura à

ração animal, o biofer�lizante e o resí-

duo para a produção de etanol de se-

gunda geração (2G). Tanto o resíduo

Page 19: Painel - edição 238 - jan.2015

19

AEAARP

do pinhão-manso quanto o do algodão

irão enriquecer os biofer�lizantes com

proteínas, nitrogênio, fósforo, potássio

e microrganismos.

A destoxificaçãoA Embrapa tem diversas estratégias

para re�rar ou ina�var os ésteres de

forbol encontrados na torta do pinhão-

-manso, que são os compostos quími-

cos que impedem que a cultura se tor-

ne viável no mercado do biodiesel. Um

dos caminhos é o tratamento biológico.

“Nossa proposta é que os resultados

agreguem valor à cadeia dos biocom-

bus�veis, da alimentação animal, e tam-

bém à nossa alimentação”, esclarece a

pesquisadora Simone, explicando que a

ideia é integrar as cadeias com a ajuda

das indústrias e da agricultura familiar.

“Vamos dar mais uma alterna�va de

matéria-prima ao produtor de cogume-

lo e isso beneficiará outras cadeias”, diz

Félix Siqueira, pesquisador da Embrapa

Agroenergia. Nos laboratórios, em Bra-

sília, fungos de podridão-branca têm

demonstrado bom crescimento em tor-

tas de pinhão-manso cuja cultura ainda

está em processo de domes�cação. Seu

grande potencial produ�vo, no entanto,

tem mo�vado diferentes esforços de

pesquisa com o obje�vo de domes�car

a oleaginosa.

O interesse comercial no cul�vo de

pinhão-manso no Brasil ganhou força

a par�r de 2006, coincidindo com iní-

cio do Programa Nacional de Produ-

ção e Uso de Biodiesel, implantado em

dezembro de 2004. A par�r de 2010,

a Embrapa iniciou um projeto vislum-

brando viabilizar a cultura, desde a do-

mes�cação até o uso do óleo e da torta,

o BRJatropha, com recursos da Agência

Brasileira de Inovação (Finep).

“Vale lembrar que o pinhão-manso é

uma aposta na produção de biodiesel

por ter potencial de produção de óleo

até três vezes maior que a soja”, diz

Bruno Laviola, pesquisador da Embrapa

Agroenergia e líder do BRJatropha. O

centro de pesquisa conta com um Banco

A�vo de Germoplasma (BAG), instalado

em parceria com a Embrapa Cerrados,

no campo experimental em Planal�na

(DF), com acessos do país e do exterior.

Além disso, há experimentos implanta-

dos em várias unidades da empresa nas

diversas regiões brasileiras.

Outra cultura a ser testada é a do

algodão, a terceira em importância na

produção de biodiesel. O algodão é

aproveitado especialmente para vestu-

ário e fibras. Do caroço é ob�do o óleo

e o farelo é u�lizado na mistura da ra-

ção animal. Esse subproduto ainda é um

dos gargalos da cultura.

Embora já u�lizado na alimentação

de animais ruminantes, como bovinos e

caprinos, o caroço do algodão também

possui um componente tóxico, o gossi-

pol, que limita o uso para esse fim. Si-

mone explica que esse elemento pode

causar efeitos nega�vos no crescimen-

to, reprodução e no desempenho dos

animais, e é mais tolerado por ruminan-

tes adultos do que por monogástricos,

os quais têm dificuldade de digerir die-

tas com alto teor de fibras. “O que que-

remos é dar oportunidade de aumentar

essa porcentagem. Se conseguirmos

�rar essa substância, os produtores de

suínos e aves irão agregar a torta de al-

godão à alimentação animal”, explica a

pesquisadora.

Outros produtosPara produzir o etanol de segunda

geração (2G) é necessário efetuar o pré-

-tratamento da biomassa, a etapa de

maior custo na produção do combus�-

vel. Nesse caso, a biomassa u�lizada na

produção do cogumelo poderá ser usa-

da na obtenção do etanol, pois já foi pré-

-tratada pelas enzimas produzidas pelos

cogumelos durante o seu crescimento.

A equipe vai u�lizar dois métodos de

pré-tratamento da torta a ser u�lizada

como substrato para o crescimento dos

cogumelos. Primeiramente, será u�li-

zado o sistema axênico, que promove a

eliminação prévia de todos os microrga-

nismos da torta. Nesse caso, apenas um

fungo é cul�vado de forma que se pos-

sa avaliar os de melhor desempenho e

verificar a presença dos elementos tó-

xicos no cogumelo e na torta vegetal.

Os cogumelos que conseguiram crescer

no meio de cultura contendo uma única

fonte nutri�va serão levados para com-

postagem.

As espécies que estão em testes

nesse período são provenientes das

coleções de cogumelos da Embrapa

Recursos Gené�cos e Biotecnologia,

Embrapa Florestas e Ins�tuto Nacional

de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Serão

testadas, ao longo do projeto, cerca de

200 espécies, aumentando a chance

de encontrar potenciais cogumelos e

selecionar os de melhor desempenho

na redução de substâncias tóxicas. Por

meio de uma parceria com uma empre-

sa de cogumelos comes�veis do Distrito

Federal, serão realizados testes para a

produção em escala.

Para testar a eficácia da destoxifica-

ção das tortas na alimentação animal,

a Embrapa conta com a parceria da

Universidade Federal de Lavras (Ufla).

As tortas destoxificadas serão usadas

como um dos ingredientes das mistu-

ras alimentares já fornecidas a suínos

e aves.

Fonte: Embrapa

Page 20: Painel - edição 238 - jan.2015

Contamos com suacolaboração!

Destine16% dovalorda ARTpara aAEAARP

(Associação deEngenharia, Arquitetura

e Agronomia deRibeirão Preto)

Agora você escreve o nome

da entidade e destina parte do

valor arrecadado pelo CREA-SP

diretamente para a sua entidade

ENERGIA

Será construída na cidade de Chiba,

no Japão, a maior usina solar flutuante

do mundo, com potência instalada de

13,4 MegaWa{s (MW) e capacidade

de geração de energia suficiente para

4.700 casas. O empreendimento será

desenvolvido pelas empresas Kyocera

Corpora�on e Century Tokyo Leasing

Corpora�on e quebrará o recorde da

usina flutuante construída em Kagoshi-

ma pelo mesmo grupo.

A usina será composta por 50 mil

placas fotovoltaicas instaladas em uma

ilha ar�ficial geométrica sobre o Lago

de Chiba. A previsão das empresas é de

que sejam gerados 15.635 MW de ener-

gia por ano.

O grupo liderado pela Kyocera firmou

acordo em 2012 para instalar centrais

solares ao redor do Japão, com o ob-

je�vo de minimizar a dependência do

país da energia elétrica gerada em cen-

trais nucleares. A construção de usinas

flutuantes tem o intuito de administrar

melhor os espaços disponíveis para em-

preendimentos japoneses.

Fonte: insfraestruturaurbana.pini

flutuanteNo Japão, central terá 50 mil placas

para geração de energia

Maior usina solar

do mundo

Page 21: Painel - edição 238 - jan.2015

21

AEAARP

87,8

Foi a produção da Itaipu no ano

de 2014, considerada acima das

expectativas para um cenário

a�pico, uma vez que foi registrada

no período da maior seca em

84 anos. A Itaipu é a maior

usina em geração acumulada

de energia, com 2,2 bilhões de

MWh. Em 2014, a hidrelétrica

brasileiro-paraguaia atingiu o

melhor índice de desempenho

dos 30 anos de geração, com

99,3% de eficiência operacional.

Pra�camente não houve perdas.

Toda água turbinável foi usada

na geração de energia. Na prá�ca,

significa que se Itaipu tivesse

mais matéria-prima para operar,

mais energia seria gerada pela

usina. A meta de Itaipu é chegar

aos 100 milhões anuais de MWh,

o que deve acontecer em um

ano de regime hidrológico bom,

a exemplo do que ocorreu em

2013, quando Itaipu bateu, pela

segunda vez consecu�va, a marca

mundial de geração, com 98,6

milhões de MWh.

Fonte: itaipu.gov.br

INDICADORVERDE

ENERGIA

Está em construção a obra do Grande

Canal da Nicarágua, que ligará os ocea-

nos Atlân�co e Pacífico em um percurso

de 278 km de extensão. O empreendi-

mento, orçado em 50 bilhões de dóla-

res, o equivalente a R$ 133 bilhões, será

três vezes maior que o Canal do Panamá

e é considerada a maior obra de enge-

nharia do mundo. Com prazo de execu-

ção das obras es�mado em dez anos, o

projeto será executado pelo Hong Kong

Nicaragua Canal Development (HKND),

consórcio internacional que tem à fren-

te a chinesa Beijing Xinwei Telecom Te-

chnology Co, que também irá operar o

canal por 50 anos.

O canal transoceânico terá largura

entre 230 e 520 metros e profundidade

de 30 metros. As obras serão iniciadas

com a abertura de estradas em direção

Canal da NicaráguaEmpreendimento orçado em 50 bilhões de dólares

é três vezes maior que o Canal do Panamá

à comunidade Rio Grande e a instalação

de frentes de trabalho que facilitem a

execução dos serviços. Além do canal,

serão construídos dois portos, um aero-

porto, um parque industrial e um centro

turís�co.

De acordo com a empresa britânica

de consultoria Environmental Resour-

ces Management (ERM), contratada

pelo consórcio, aproximadamente 29

mil pessoas serão desalojadas. Agricul-

tores, comunidades indígenas e en�-

dades ambientalistas estão se manifes-

tando contra o projeto, uma vez que o

canal cortará ao meio o Lago Nicarágua,

principal fonte de água doce da Améri-

ca Central. A previsão é de que as obras

empreguem 250 mil pessoas direta e

indiretamente.

Fonte: insfraestruturaurbana.pini

MWh

Page 22: Painel - edição 238 - jan.2015

22

Revista Painel

PESQUISA

MatemáticaPesquisadores simularam comportamento do inseto em modelo

matemáhco, que poderá ser desenvolvido também para outras pragas

no controle de pragas

Um modelo matemá{co desenvolvi-

do por pesquisadores do Ins{tuto de

Biociências (IBB) da Universidade Esta-

dual Paulista (Unesp) de Botucatu, com

base no comportamento da praga agrí-

cola Diabro{ca speciosa, popularmente

conhecida como vaquinha verde-ama-

rela, pode levar a estratégias para frear

a dispersão dos insetos e minimizar os

danos às plantações.

O modelo é resultado da pesquisa

“Modelos matemá{cos aplicados ao

controle de insetos”, realizada com o

apoio da FAPESP, que simulou padrões

de comportamento da praga em qua-

tro dos principais cul{vos u{lizados

como hospedeiros: feijão, soja, batata

e milho. Além das caracterís{cas nes-

sas plantações, os pesquisadores con-

sideraram variáveis como o tempo de

desenvolvimento das larvas, a mortali-

dade dos insetos adultos nas diferentes

paisagens e suas taxas de oviposição, a

quan{dade de ovos colocados.

O obje{vo era inves{gar, por meio

do modelo matemá{co desenvolvido,

meios de manipulação do habitat do

inseto para regular sua densidade po-

pulacional naturalmente. “Trata-se de

uma estratégia de manejo integrado de

pragas, que busca manipular o ambien-

te por meio das próprias plantas como

elementos de controle da dispersão dos

insetos, mantendo-os em níveis popula-

cionais que não afetem o crescimento e

o rendimento dos cul{vos”, explicou à

Agência FAPESP Cláudia Pio Ferreira, do

IBB, coordenadora da pesquisa.

Modelo matemático simula comportamentos de inseto para controlar praga agrícola (foto: Pablo Dikro)

De acordo com a pesquisadora, entre

os benetcios do manejo integrado está

a diminuição do impacto do uso osten-

sivo de produtos químicos no combate

às pragas. “Os maletcios dos agrotóxi-

cos à saúde humana e o aumento da

resistência dos insetos a pes{cidas são

evitados quando se adotam medidas de

controle que levem em consideração os

padrões de comportamento das pragas

nas paisagens modeladas”.

Entre as soluções de manejo apon-

tadas pelo modelo está o uso do milho

como barreira para a dispersão da pra-

ga. “A Diabro{ca speciosa se reproduz

menos quando o hospedeiro é o milho,

pois tem mais dificuldade em persis{r

e colonizar nesses cul{vos. O modelo

constatou, por meio das simulações

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AEAARP

matemá�cas, que a expansão da praga

é, de fato, freada quando a variável do

milho é inserida entre as dos cul�vos de

outras plantas”, disse Ferreira.

A interação das caracterís�cas fisioló-

gicas e comportamentais do inseto com

as diferentes configurações espaciais e

temporais das paisagens modeladas pe-

los pesquisadores mostrou, ainda, que

a colocação de plan�os de milho na pe-

riferia dos cul�vos diminui ainda mais

a probabilidade de invasão. “Essa é a

chave para o controle dessa população

de insetos e para proteger os cul�vos de

interesse”, afirmou.

InterdisciplinaridadeA modelagem teve colaboração de

pesquisadores da Escola Superior de

Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da

Universidade de São Paulo (USP), por

meio da pesquisa Modelagem ecológica

aplicada à dinâmica populacional e de

interações tróficas em insetos de impor-

tância econômica, também realizada

com o apoio da FAPESP.

“A Diabro�ca speciosa é uma praga

que afeta interesses econômicos, a�nge

dras�camente os pequenos produtores

e o método de controle mais usado ain-

da é o emprego de inse�cidas químicos.

Pesquisas de campo com o inseto são

dispendiosas por causa da dificuldade

prá�ca do controle do inseto, mas o

modelo matemá�co foi capaz de prever

esse comportamento virtualmente u�-

lizando os parâmetros fornecidos pela

Esalq”, explicou Ferreira.

Os pesquisadores do IBB u�lizaram a

metodologia matemá�ca de análise de

agrupamento, que envolve vários algo-

ritmos relacionados aos padrões de com-

portamento dos insetos e das plantas,

para determinar as probabilidades de in-

teração entre a praga e seus hospedeiros.

A par�r de dados de laboratório for-

necidos pela Esalq sobre o ciclo de vida

da praga, os pesquisadores do IBB pro-

duziram desenhos teóricos das paisa-

gens a fim de modelar essa interação

com as plantas nas fases de larva e adul-

ta do inseto.

Além da probabilidade de o milho fre-

ar a expansão da praga, o modelo de-

monstrou que a taxa de oviposição e o

tempo em que o inseto permanece na

fase imatura são as variáveis mais sen-

síveis a fatores externos, como a tem-

peratura. “O entendimento sobre essa

sensibilidade pode auxiliar na previsão

de surtos”, disse Ferreira.

Os pesquisadores do IBB trabalham

agora na modelagem matemá�ca de

padrões em paisagens dinâmicas, con-

siderando múl�plos fatores e outros

elementos de cul�vos diversos, como a

transgenia. “Essas paisagens são natural-

mente dinâmicas, sofrendo influências

de diversos fatores além do ciclo de vida

dos insetos e das caracterís�cas das plan-

tas. Por isso, os próximos modelos deve-

rão contemplar essa complexidade.”

Os modelos também poderão ser

adaptados ao comportamento de outras

pragas, avalia Ferreira. “Há outros inse-

tos de grande importância agrícola que

têm comportamento semelhante ao da

Diabro�ca speciosa. Estão sendo ob�dos

dados dessas pragas para ampliarmos as

possibilidades de aplicação do modelo.”

Fonte: Agência Fapesp

Um ar�go sobre o modelo ma-

temá�co sobre a praga vaqui-

nha verde-amarela em cul�vos

de feijão, soja, batata e milho foi

publicado na revista Landsca-

pe Ecology, disponível do atalho

spinger.com/article/10.1007%2

Fs10980-014-0073-4. revistapainel

ANUNCIENA

PAINEL

16 | [email protected]

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Revista Painel

CREA-SP

tire um vistoPara exercer a profissão em outra região,

O ar{go 69 da Lei nº 5.194/66, que

regulamenta as profissões nas áreas

da Engenharia, Agronomia, Geologia,

Geografia e Meteorologia, determina

que somente poderão participar de

licitações empresas e profissionais que

apresentem “visto do Conselho Regio-

nal da jurisdição onde a obra, o serviço

técnico ou projeto deva ser executado”.

Essa aplicação foi reforçada pela previsão

con{da no inciso I do ar{go 30 da Lei

nº 8.666/93, que autoriza o órgão ou

en{dade licitante a exigir, para fins de

qualificação técnica dos interessados,

“registro ou inscrição na en{dade pro-

fissional competente”.

Conforme Resolução 413/93 do CON-

FEA, a pessoa jurídica registrada em

qualquer Conselho Regional, quando for

exercer a{vidades em caráter temporá-

rio na jurisdição de outro Regional, fica

obrigada a auten{car nele o seu registro,

concedido para os seguintes efeitos e

prazos de validade:

- Execução de obras ou prestação de

serviços: não será superior a 180 dias e

poderá ser concedido para a{vidades

parciais do objeto social da pessoa ju-

rídica. Será válido para exercer as a{vi-

dades, com os respec{vos responsáveis

técnicos, na jurisdição do CREA onde

serão executadas as a{vidades técnicas.

O responsável técnico da pessoa jurídica

para cada a{vidade a ser exercida na

nova região, deve estar registrado ou

com o respec{vo registro visado no con-

selho regional onde for requerido o visto.

- Participação em licitações: será

concedido até a validade da cer{dão do

CREA de origem da empresa somente

para par{cipação em licitações na juris-

dição do CREA onde será realizado o cer-

tame. Esse {po de visto não tem validade

para a execução de obras ou prestação

de serviços, cumprindo à pessoa jurídica,

caso seja vencedora, solicitar seu visto

para execução de obras.

Unidades dos CREAsAcre www.creaac.org.br (68) 3214 7550

Alagoas www.crea-al.org.br (82) 2123 0852

Amapá www.creaap.org.br (96) 3223 0318

Amazonas www.crea-am.org.br (92) 2125 7111

Bahia www.creaba.org.br (71) 3453 8990

Ceará www.creace.org.br (85) 3453 5800

Distrito Federal www.creadf.org.br (61) 3961 2800

Espírito Santo www.creaes.org.br (27) 3334 9900

Goiás www.crea-go.org.br (62) 3221 6200

Maranhão www.creama.org.br (98) 2106 8300

Mato Grosso www.crea-mt.org.br 0800 647 3033

Mato Grosso do Sul www.creams.org.br (67) 3368 1000

Minas Gerais www.crea-mg.org.br 0800 031 2732

Pará www.creapa.com.br (91) 4006 5500

Paraíba www.creapb.org.br (83) 3533 2525

Paraná www.crea-pr.org.br 0800 41 0067

Pernambuco www.creape.org.br (81) 3423 4383

Piauí www.crea-pi.org.br (86) 2107 9292

Roraima www.crearr.org.br (95) 3224 1392

Rondônia www.crearo.org.br (69) 2181 1095

Rio de Janeiro www.crea-rj.org.br (21) 2179 2000 /

2179 2007

Rio Grande do Norte www.crea-rn.org.br (84) 4006 7200

Rio Grande do Sul www.crea-rs.org.br (51) 3320 2100

Santa Catarina www.crea-sc.org.br (48) 3331 2000

São Paulo www.creasp.org.br 0800 17 18 11

Sergipe www.crea-se.org.br (79) 3234 3000

Tocan{ns www.crea-to.org.br (69) 8413 3431

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AEAARP

MEIO AMBIENTE

Pesquisa da Escola Superior de Agri-

cultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP,

em Piracicaba-SP, avaliou, entre 2013 e

2014, a governança e o diálogo que en-

volvem o Sistema Cantareira, que cap-

ta e trata a água para o abastecimento

de cerca de 8,8 milhões de pessoas da

Grande São Paulo. O estudo de Miche-

li Kowalczuk Machado, que é mestre e

doutora em Ecologia Aplicada, permi�u

constatar que a atual situação do Sis-

tema é um problema de governança,

acentuado pelas questões climá�cas e

por sua realidade socioambiental. Falta

de ar�culação e diálogo também contri-

buíram com o colapso do Sistema.

Atualmente, a outorga do Sistema

Cantareira é da Companhia de Sanea-

mento Básico do Estado de São Paulo

(Sabesp). Apesar de vencer em agosto

de 2014, sua vigência foi prorrogada até

31 de outubro de 2015 (Resolução Con-

junta ANA-DAEE no. 910, de 07 de ju-

nho de 2014). “É claro que a Sabesp tem

enorme responsabilidade sobre esse

Sistema, mas temos de considerar tam-

bém a responsabilidade do governo,

dos Conselhos Gestores das Unidades

de Conservação, dos Comitês de Bacias

Hidrográficas e da sociedade civil em

geral. São todos atores que interferem

diretamente na realidade do Sistema”,

relata Micheli.

O Cantareira é um dos maiores sis-

temas de água do País e sua realidade

socioambiental está envolvida com te-

mas como gestão da água, conflitos de

uso, conservação ambiental e disponi-

bilidade hídrica. “Várias organizações

e ins�tuições que atuam no Cantareira,

apesar de terem obje�vos comuns, não

interagem entre si”, conta.

Segundo Micheli, as ações desenvolvi-

das geralmente estão relacionadas com

obras de infraestrutura e saneamento.

Fatores como a vontade polí�ca; a de-

manda crescente pelo uso da água; a

degradação ambiental dos mananciais;

a expansão urbana desordenada; o

desperdício no próprio Sistema e a fal-

ta de envolvimento e conhecimento da

população acerca da realidade da área

demonstram que não se trata somente

de um problema de falta de chuvas.

A pesquisadora avaliou como são e

como devem ser a governança e o diá-

logo que envolvem o Sistema. A espe-

cialista em educação ambiental adotou

como metodologia uma pesquisa quali-

ta�va realizada em três fases: explora-

tória, trabalho no campo e análise dos

resultados.

O resultado mostra que não existe ne-

nhum �po de mecanismo de interação

entre as ações das Unidades de Conser-

vação e dos Comitês de Bacias Hidro-

gráficas. “Ações ar�culadas entre essas

organizações são essenciais e cada vez

mais necessárias para procurar solu-

ções”, afirma. Segundo Micheli, a po-

pulação deve estar realmente envolvida

nas discussões, por isso há também a

da chuvaPesquisa da Esalq inveshga as razões da crise

hídrica e revela que falta mais diálogo do que chuva

Muito além

necessidade de elaborar estratégias

que ampliem a par�cipação e a mobili-

zação social e que trabalhem o diálogo.

O estudo revela, ainda, que existe

potencial para que a governança e o

diálogo aconteçam, tendo em vista a

existência de fóruns de debate e de ins-

trumentos que buscam garan�r a par-

�cipação de diversos atores sociais nas

discussões de temá�cas relacionadas

ao Sistema.

De acordo com a pesquisadora, “se

não forem realizadas mudanças na for-

ma como os recursos hídricos são geri-

dos, teremos apenas medidas palia�vas

que terão resultados por um curto perí-

odo de tempo, além de novos episódios

de escassez, talvez ainda piores e que

afetarão a economia, a qualidade de

vida e o meio ambiente”.

“Nascentes preservadas garantem

quan�dade e qualidade da água e sua

conservação é fundamental para a ma-

nutenção dos recursos hídricos”, decla-

ra Micheli. A pesquisadora ressalta que

se não houver tratamento de esgoto

nos municípios, esses recursos estarão

expostos à contaminação, o que preju-

dicaria o abastecimento. E ainda seria

necessário elaborar programas de cons-

cien�zação para os usuários (popula-

ção, indústrias e produtores rurais) que

es�mulassem a conservação e o uso

consciente.

Fonte: Agência USP

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Revista Painel

NOTAS E CURSOS

Será construída na cidade de Casablanca, no Marrocos, a maior torre do con�nente

africano, com 540 metros de altura. Ba�zado de Al Noor Tower, o edizcio projetado pelo

escritório Valode & Pistre Architectes abrigará um hotel sete estrelas, centro empresa-

rial, salão de eventos e conferências, espaços para lojas de varejo e restaurantes.A torre

mul�uso terá 114 andares, o mesmo número de capítulos do Alcorão, e irá ultrapassar

em 317 metros o Carlton Centre, em Johanesburgo, considerado atualmente o edizcio

mais alto da África.Com fachada metálica afunilada, a torre terá a base escalonada com

aberturas preenchidas por plantas e árvores e o topo terá o formato parecido com a

ponta de uma caneta-�nteiro. No entorno do Al Noor serão construídos dois edizcios

horizontais semicirculares que abrigarão áreas de lazer.Orçado em um bilhão de dólares,

o empreendimento deve ser construído entre 2015 e 2018.Fonte: au.pini

Torre mais alta da África será no Marrocos

Pesquisa do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que

a proporção de mulheres entre os engenheiros no estado de São Paulo subiu de 15% em 2005

para 19% em 2013. Desde 2003, foram gerados 10 mil postos de trabalho para as profissionais

de engenharia, enquanto os homens ocuparam 30 mil novas vagas.Segundo o levantamento,

as mulheres ganham 19% a menos do que os homens. O salário médio de um engenheiro no

estado passou de R$ 7.722,6 em 2003 para R$ 9.023,8 em 2013. Em 2003, o setor empregava

formalmente no estado 51.310 mil pessoas, enquanto no ano passado o número aumentou

para 85.453 mil. As empresas que mais contrataram foram as com mil funcionários ou mais,

que �veram aumento de 14.959 para 29.905 empregados entre 2003 e 2013. Engenheiros

civis representam 13% do total de profissionais da engenharia, enquanto o setor de serviços

contribui com 30% e a indústria de transformação com 40% dos ocupados.

Fonte: techne.pini

Aumenta o número de mulheres engenheiras

O Ins�tuto Tomie Ohtake, em parceria com a AkzoNobel, anunciou a segunda edição do

Prêmio de Arquitetura Ins�tuto Tomie Ohtake AkzoNobel, que tem como obje�vo reconhe-

cer projetos construídos nos úl�mos oito anos, desenvolvidos por arquitetos brasileiros ou

estrangeiros que vivam no Brasil há pelo menos dois anos. A comissão julgadora, composta

pelos arquitetos Abílio Guerra, Carlos Teixeira, Priscyla Gomes e Shundi Iwamizu, irá avaliar

a qualidade do projeto em relação às soluções formais e técnicas u�lizadas, assim como a

consistência e a originalidade dos processos cria�vos. Serão selecionados até dez projetos

para par�cipar da exposição na sede do Ins�tuto e os três melhores serão premiados com

viagens internacionais. Todas as propostas finalistas serão publicadas no catálogo do prêmio.

As inscrições serão de 2 de fevereiro a 10 de abril e os profissionais poderão par�cipar com

mais de um projeto.

Fonte: au.pini

Inscrições para prêmio de arquitetura

A Secretaria de Turismo e Projetos Espe-

ciais do Distrito Federal (Setur-DF) produziu

um guia sobre o roteiro arquitetônico para

explicar de maneira técnica a cidade. O

secretário de Turismo, Luis Otávio Neves,

explica que nos úl�mos anos, muitos uni-

versitários e profissionais de arquitetura tem

se interessado nas obras de Niemeyer, Lucio

Costa e equipe, daí surgiu a ideia de criar um

material de apoio que reúne todas as infor-

mações. O guia foi elaborado com a ajuda

da Unesco e apresenta os monumentos e

curiosidades de Brasília de forma detalhada

e voltada às peculiaridades das obras e dos

conceitos usados na concepção da cidade.

Fonte: df.gov.br

Guia de Brasília específicopara arquitetos

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