os doze profetas menores - lições bíblicas cpad 4t2012

100
Trimestre de 2012 ,{( Os Doze Profetas Menores ; Advertências e Consolações para Sfy a Santificação da Igreja de Cristo

Upload: antonio-de-padua

Post on 04-Sep-2015

254 views

Category:

Documents


39 download

DESCRIPTION

A coleção dos Profetas Menores compõe-se dos seguintes livros: Oseias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Essa estrutura vem da Bíblia Hebraica e, posteriormente, da Vulgata Latina. A Septuaginta (antiga versão grega do Antigo Testamento) apresenta nos seis primeiros livros uma disposição diferente da Hebraica, dispondo os livros assim: Oseias, Amos, Miqueias, Joel, Obadias e Jonas.

TRANSCRIPT

  • 4 Trimestre de 2012

    ,{( Os DozeProfetas Menores

    ; Advertncias e Consolaes paraSfy a Santificao da Igreja de Cristo

  • 11ZJ P:Para compreender o real significadc

    de uma palavra,deve-se ir sua essncia

    EXICODO NOVO TESTAMENTO

    LXICO GREGO DO NOVO TESTAMENTOPara se estudar uma lngua de maneira crtica e filolgica deve-se seguir a rajetria de uma

    palavra at sua origem, observando as vrias formas e sentidos que ela adquiriu nas diferentepocas e dialeos, O Novo Testamento, por exemplo, foi escrito em grego por judeus quetentavam expressar naquela lngua estrangeira, pensamentos, concepes e sentimentos

    hebraicos acerca do Messias e sua mensagem redentora. Este o objetvo deste verdadeiroclssico: revelar no apenas o significado literal das palavras gregas do Novo Testamento, mas

    significado dado a elas pelas mentes judaicas que a escreveram, para que possamoscompreender a essncia da mensagem bblica.

    Formato: 15,5x22,7cm / capa dura .-**

    Em pnmeiro lugar| QQQQ 021 7373

    317TJS723 C00www.cpad.com

  • BBLICASMESTRE

    Comentrio: ESEQUIAS SOARESLies do 4 Trimestre de 2012

    Lio 1A Atualidade dos Profetas MenoresLio 2Oseias - A Fidelidade no Relacionamento com DeusLio 3

    Joel - O Derramamento do Esprito SantoLio 4Amos - A Justia Social como Parte da AdoraoLio 5Obadias - O Princpio da RetribuioLio 6

    Jonas - A Misericrdia DivinaLio 7Miqueias - A Importncia da ObedinciaLio 8Naum - O Limite da Tolerncia DivinaLio 9Habacuque - A Soberania Divina sobre as NaesLio 10Sofonias - O Juzo VindouroLio 11Ageu - O Compromisso do Povo da AlianaLio 12Zacarias - O Reinado MessinicoLio 1 3Malaquias - A Sacralidade da Famlia

    1 1

    18

    25

    32

    39

    46

    54

    61

    68

    75

    82

    90

  • Publicao Trimestralda Casa Publicadoradas Assembleias de DeusPresidente da Conveno Geraldas Assembleias de Deus no BrasilJos Wellington Bezerra da CostaPresidente do ConselhoAdministrativoJos Wellington Costa JniorDiretor ExecutivoRonaldo Rodrigues de Souza_Gerente de PublicaesClaudionor de AndradeConsultor Doutrinrio e TeolgicoAntnio GilbertoGerente FinanceiroJosaf Franklin Santos BomfimGerente de ProduoJarbas Ramires SilvaGerente ComercialCcero da SilvaGerente da Rede de LojasJoo Batista Guilherme da SilvaGerente de ComunicaoRodrigo Sobral FernandesChefe do Setor de Educao CristCsar Moiss CarvalhoRedatoresMarcelo de Oliveira e Oliveira e TelmaBuenoDesigner GrficoMarlon SoaresCapaFlamir AmbrsioAv. Brasil, 34.401 BanguCEP21852-OO2Rio de Janeiro - RJTel.: (21)2406 7373Fax: (2T) 2406-7326

    LIVRARIAS CPADAMAZONAS: Rua Barroso, 36 - Centro - 69010-050 - Manaus- AM - Telefax: (921 3622-1678 - E-mail: [email protected]: Ricardo dos Santos SilvaBAHIA: Av. Antnio Carlos Magalhes, -1009 - Loja A - 40280-000- Pituba - Salvador - BA - Telcfax: (71)2104-5300E-mail: salvadoriicpad.corn.br - ' " Mauro Gomes da SilvaBRASLIA: Sctor Comercial Sul - Qd-5, BI.-C, Loja 54 - Galeria NovaOuvidor- 70305-91 8 -Brasl ia- DF - Telefax: (61) 2107-4750E-mail: brasilia(5>cpad.com.br -Gerente. Marco Aurlio cia SilvaPARAN: Rua Senador Xavier da Silva, 450 - Centro Cvico - 80530-060-Curitiba- PR - TcL: (41) 2117-7950 - E-mail: curitiba^cpad.com.br' _ ; - i ('/K'. Maria Madalena Pimentel da SilvaPERNAMBUCO: Av. Dantas Barreto, 1021 - So Jos - 50020-000 -Recife-PE-Telefax: (81) B424-6600/2 l 28-4750E-mail: recifcPcpad.com.br Edgard Pereira dos Santos JniorMARANHO: RUa da Paz, 428, Centro, So Luis do Maranho,MA-65020-450-Tel.: (98) 3231-6030/2108-8400E-mail: [email protected] - i '"'JiH' Eliel Albuquerque deAguiar JniorRIO DE JANEIRO:Vicente de Carvalho Av. Vicente de Carvalho, 1083 - Vicente de Carva-lho-21210-000 - Rio de Janeiro - RJ -Tel.: (21)2481-2101 /2481-2350- Fax: (21) 2481-5913 - E-mail: [email protected](jCronti Sevcrino Joaquim da Silva FilhoNiteri Rua Aurelino Leal, 47 - lojas A e B - Centro - 24020-1 10 -Niteri - RJ -Tel.: (21) 2620-431 8 / Fax: (21)2621-4038E-mail: niteroiSicpad.com.brNova (gu. Av. Governador Amaral Peixoto, 427 - loja 101 e 103 -Galeria Veplan - Centro - 26210-060 - Nova Iguau - RJ -Tel.: (21) 2667-4061Telefax: (21) 2667-8163 - E-mail: [email protected]

    Francisco Alexandre FerreiraCentro: Rua Primeiro de Maro, 8 - Centro-Rio de Janeiro-RJ - Tel:2509-3258/2507-5948- Silvio TorneShopping Jardim Guadalupe: Av. Brasil,22.155, Espao Comercial11 5-01 - Guadalupe - Rio de Janeiro-RJ

    Rua Felipe Schmidt, 752 - Loja l , 2 e 3 - EdifcioBougainvillea - Centro - 88010-002 - Florianpolis - SC Telefax: (48)3225-3923 / 3225-11 28 - E-mail: [email protected]

    Andr Soares PortoSO PAi< L RUa Conselheiro Cotegipe, 210 - Belenzinho - 03058-000 - SP - Telefax: (11) 2198-2702 - E-mail: [email protected]

    Jefferson de FreitasRua So Paulo, 1371 -Loja l - Centro - 301 70-1 31

    - Belo Horizonte - MG - Tel.: (31) 3224-5900 - E-mail: [email protected] - Williams Roberto FerreiraFLORIDA 3939 North Federal Highway - Pompano Beacli, FL 33064- USA - Tel.: (954) 941 -9588 - Fax: (954) 941 -4034E-mail: [email protected] - Sitc: http://www.editpatmos.comGerente- Jonas MarianoDistribuidorCEARA Rua Senador Pompeu, 834 loja 27 - Centra - 60025-000 -Fortaleza-CE-Tel.: (85) 3231-3004 -E-mail: [email protected]

    Jos Maria Nogueira LiraE.L.COUVEIA - Av. Gov. Jos Malcher 1579 - Centro -

    66060-230-Belm-PA-Tel.:(9l)3222-7965-E-mail: gouveia@pastor-firmino .com.br

    Benedito de Moraes Jr.JAPO Gunrna-ken Ota-shi Shimohamada-cho 304-4 T 373-0821 -Tel.: 276-45-4048 Fax (81) 276-48-81 31 Celular (81) 90 8942-3669E-mail: [email protected] - Joclma Watabe BarbosaLISBOA CAPU Av. Almirante Gago Coutinho 1 5 8 - 1 700-030 -Lisboa- Portugal -Tel.: 351-21-842-9190Fax: 351-21-840-9361 - E-mails: [email protected] e silvioPcapu.pt - Site: www.capu.pt

    Livraria Assembleia de Deus - Av. Rubens de Men-dona, 3.500 - Grande Templo - 78040-400 - Centro - Cuiab - MT- Telefax: (65) 644-21 36 - E-mail: [email protected]

    Hlio Jos da SilvaMINAS GERAIS NovaSio - Ruajarbas L D. Santos, 1651 -Ij.l02-Shop-ping Santa Cruz - 36013-1 S -Juiz de Fora - MC - Tel.: (32) 3212-7248

    Daniel Rarnos de OliveiraSO PAULO SOCEP - Rua Floriano Peixoto, 103 - Centro - Sta.Brbara ITOesie - SP- i 3450-970 - Tel.: (19) 3459-2000E-mail: vendas03socep.com.br - Antnio Ribeiro Soares

    TELEMARKETINC(de 2' B" das 8h s l Sh e aos sbados das 9h s l 5h)

    Rio de Janeiro: (21 3171 2723Ceniral de Atendimento: 08OO-021 7373 (ligao gratuita)

    Igrejas / Cotas e Assinaturas - ramal 2Colportores e Logistas - ramal 3

    Pastores e demais clientes - rarnal 4SAC (Servio de Atendimento ao Consumidor) - ramal 5

    LIVRARIA VIRTUAL: MWM.cpad.com.brOuvidoria: [email protected]

  • Lio l7 de Outubro de 2012

    A ATUALIDADE DOSPROFETAS MENORES

    "Mas que se manifestou agora e senotificou petas Escrituras dos profetas,

    segundo o mandamento do Deus eterno,a todas as naes para obedincia

    daf"(Rm 16.26).VERDADE PRTICA

    Por ser revelao de Deus, a mensa-gem dos profetas perfeitamentevlida para os nossos dias.

    IDOS 458, 465, 562

    LEITURA DIRIASegunda - Mt 7.12A regra urea cumpre a lei e osprofetasTera - Mt 22.40A lei e os profetas dependem do amorQuarta- Mt 26.56Cumprimento das Escrituras dosprofetasQuinta-At 15.15-17Os profetas anunciaram a salvao dosgentiosSexta-At 26.22,23A mensagem da Igreja a mesma dosprofetasSbado - Rm 1.2Os profetas falaram sobre a vinda doMessias

    3

  • LEITURA BBLICAEM CLASSE2 Pedro 1.16-21

    16 - Porque no vos fizemossaber a virtude e a vinda denosso Senhor Jesus Cristo, se-guindo fbulas artificialmentecompostas, mas ns mesmosvimos a sua majestade,1 7 -porquanto ele recebeu deDeus Pai honra e glria, quan-do da magnfica glria lhe foidirigida a seguinte voz: Este o meu Filho amado, em quemme tenho comprazido.18 - E ouvimos esta voz diri-gida do cu, estando ns comele no monte santo.19 - E temos, mui firme, apalavra dos profetas, qualbem fazeis em estar atentos,como a uma luz que alumiaem lugar escuro, at que o diaesclarea, e a estrela da alvaaparea em vosso corao,20 - sabendo primeiramenteisto: que nenhuma profeciada Escritura de particularinterpretao;21 - porque a profecia nuncafoi produzida por vontade de jhomem algum, mas os homens 'lsantos de Deus falaram inspi- \ pelo Esprito Santo.

    INTERAOPrezado professor, o comentaristade Lies Bblicas desse trimestre opastor Esequias Soares. Um dos maisrenomados biblistas do pentecostalis-mo brasileiro, lder da Assembleia deDeus em Jundia (SP) e da Comissode Apologtica da CCADB. Mestre emCincias das Religies, graduado emlnguas orientais e autor de vriasobras publicadas pela CPAD.O tema que estudaremos uma dasreas em que o autor especialista,pois trata-se de algum que conheceprofundamente o hebraico. Veremosque a mensagem milenar dessesprofetas muito tem a dizer-nos hoje.Ouamos, pois, o Senhor atravs dosseus santos profetas!

    OBJETIVOSAps esta aula, o aluno dever estarapto a:Descrever o panorama geral dosprofetas menores.Analisar a procedncia da mensa-gem dos profetas menores.Compreender que os escritos dosprofetas menores so divinamenteinspirados.

    ORIENTAO PEDAGGICAProfessor, para introduzir a primeiralio utilize o esquema da pgina se-

    guinte. Reproduza-o conforme as suaspossibilidades. O objetivo mostrar aoaluno um panorama gerai dos ProfetasMenores. Sabemos que o surgimentodo profetismo em Israel ejud se deuno perodo monrquico (veja o AuxlioBibliogrfico I). Enfatize que as finali-dades do movimento eram: restauraro monotesmo hebreu, combater a ido-latria, denunciar as injustias sociais,

    proclamar o Dia do Senhor e reacendera esperana messinica.

    4

  • .INTRODUONeste trimestre, estudaremos

    os chamados Profetas Menores.Apesar de antigussimos, elestratam de questes re-levantes para os nos-sos dias e servem deedificao espiritual atodo o povo de Deus.Entre os temas trata-dos, temos: a famlia,a sociedade, a polticae a espiritualidade. Na

    atual conjuntura, os profetas soum verdadeiro esteio da sabedoriadivina para a Igreja de Cristo, poisencorajam-nos a militarmos pelacausa de Cristo.

    I. SOBRE OSPROFETAS MENORES

    PALAVRA-CHAVEAtualidade:Qualidade ou

    estado do que atual; momento ou

    poca presente.

    1. Autoridade.A coleo dos ProfetasMenores compe-se dosseguintes livros: Oseias,Joel, Amos, Obadias, Jo-nas, Miqueias, Naum,Habacuque, Sofonias,Ageu, Zacarias e Ma-

    PROFETAOseias

    Joe

    Amos

    Obadias

    Jonas

    Miqueias

    Naum

    Habacuque

    Sofonias

    Ageu

    Zacarias

    Malaquias

    PROFETAS MENORESANO E REINADO PROPSITO

    793 - 753 a.C; reis deJud: Uzias, Joto, Acaz,Ezequias; rei do norte: Je-roboo.835 - 830 a.C. (?); Os reis noso mencionados no livro.760-755 a.C.; rei de Jud:Uzias; rei do norte: jero-boo II.Cerca de 585 a.C.; No mencionado rei algum.760 a.C.; rei do norte: Jero-boo II.735 -71 O a.C.; reisdejud:Joto, Acaz e Ezequias

    Cerca de 630 -620 a.C.; osreis de Jud e do norte noso mencionados.Cerca de 606 a.C.; rei deJud: Jeoaquim.

    Cerca de 630 a.C.; rei deJud: Josias.520 a.C.; primeiras dcadasdo ps-exlio.520 -470 a.C.; perodo dops-exlio.Cerca de 430 - 420 a.C.;perodo ps-exlio.

    Levar Israel ao arrependimento de suasprprias iniquidades.

    Exortar o povo a arrepender-se, voltan-do humildemente ao Senhor.Disseminar a iminncia do juzo divinosobre Israel e as naes em derredor.

    Revelar a ira de Deus contra Edom.

    Demonstrar a misericrdia divina pelapregao atravs do arrependimento.Adverter a nao sobre a queda dejerusa-lm e Samaria comojuzo de Deus.

    Anunciar a iminente destruio da m-pia cidade de Nnive.

    Ajudar o remanescente fiel a compreen-der os caminhos de Deus no tocante sua nao pecaminosa e a iminncia dojuzo divino.Advertir Jud e Jerusalm do iminentejuzo de Deus.Exortar o povo judeu na reedificao doTemplo.Fortalecer os judeus quanto vinda doMessias.Confrontar os sacerdotes e o povo paraarrependerem-se dos seus pecados.

  • laquias. Essa estrutura vem daBblia Hebraica e, posteriormente,da Vulgata Latina. A Septuaginta(antiga verso grega do AntigoTestamento) apresenta nos seisprimeiros livros uma disposiodiferente da Hebraica, dispondoos livros assim: Oseias, Amos,Miqueias, Joel, Obadias ejonas.

    importante ressaltar que ovalor e a autoridade dos escritosdos Profetas Menores em nadadiferem dos Profetas Maiores. Talclassificao puramente pedag-gica, visando to somente facilitar acompreenso da presena de umaestrutura literria nos livros profti-cos do Antigo Testamento. No obs-tante, ambas as coleces so uma sEscritura e tm a mesma autoridadeGr 26.18 cf. Mq 3.12; Rm 9.25-27 cf.Os 1.10; 2.23; Is 10.22,23).

    2. Origem do termo. Aexpresso "Profetas Menores"advm da Igreja Latina por causado volume do texto ser menor emcomparao aos de Isaas, Jeremiase Ezequiel. Assim explica Agostinhode Hipona (345-430 d.C.) em suaobra A cidade de Deus. O termo de origem crist, pois, na literaturajudaica, essa coleo classificadacomo Os Doze ou Os Doze Profe-tas. Essa informao confirmadadesde o ano 132 a.C., quandoda produo do livro apcrifo deEclesistico (49.10). tambmcorroborada pelo Talmude (antigaliteratura religiosa dos judeus) eratificada pela obra Contra Apiondo historiador judeu Flvio Josefo(37-100d.C).

    3. Cnon e cenrio dosDoze. O cnon judaico classifica

    os profetas do Antigo Testamentoem anteriores e posteriores, sen-do: a) Anteriores: Josu, juizes, 1e 2 Samuel, l e 2 Reis; e b) Poste-riores: Isaas, Jeremias, Ezequiele os Doze. A classificao e oarranjo do cnon hebraico diferemsistematicamente do nosso.

    Um dado importante quetodos os profetas, de Isaas a Mala-quias, viveram entre os sculos 8 a5 a.C, tendo alguns deles sido con-temporneos. O perodo abrangeu odomnio de trs potncias mundiais:Assria, Babilnia e Prsia. Oseias,Isaas, Amos, Jonas e Miqueias, porexemplo, viveram antes do exliobabilnico (Os 1.1; Is l .1; Am 1.1;2 Rs 14.23-25 cf. Mq 1.1), e outros,como Ageu e Zacarias, no ps-exlio(Ag 1.1; Zc 1.1).

    SINOPSE DO TPICO (l)Os escritos dos Profetas Me-

    nores tm a mesma autoridadeque os outros livros do CnonSagrr; ;

    RESPONDA/. De onde vem o termo "ProfetasMenores"?

    II, A MENSAGEM DOS PRO-FETAS MENORES

    l. Procedncia (w. 16-18).O apstolo Pedro afirma que arevelao ministrada Igreja erauma mensagem real e abalizadapelo testemunho ocular do col-gio apostlico. semelhana dosapstolos, os profetas, inspiradospelo Esprito Santo, refletiram fiel-mente a vontade e a soberania di-

  • vina acerca da redeno de Israel,em particular, e da humanidade,em geral.

    A mensagem dos profetas de procedncia divina e tem,como cenrio, as ocorrncias dodia a dia. O casamento de Oseias(Os 1.2-5 ; 3 .1 -5 ) e a visita deAmos aSamaria (Am 7.1 0-1 7) soapenas alguns dos exemplos quederam ocasio aos orculos divi-nos. Semelhantemente aconteceuaos apstolos na transfiguraode Jesus no Monte das Oliveiras(Mt l 7.5,6; Mc 9.7; Lc 9.34-36).

    2. "A palavra dos profe-tas" (v. 19a). Convm ressaltarque a expresso "os profetas",nessa passagem, no se restringeaos literrios e nem mesmo aosDoze. Porque Deus levantou pro-fetas desde o princpio do mundo(Lc 1.70; l 1.50,51). O ministrioe os escritos profticos eram toimportantes que, algumas vezes,o termo usado para se referir aoAntigo Testamento (At 26.27). En-tre os seus escritos, encontramosmensagens da vinda do Messias,orientaes para a vida humana,para a nao de Israel e at parao mundo. H tambm mensagensque se aplicam Igreja de Cristo(l Tm 3.16).

    3. "Como a uma luz que alu-mia em lugar escuro" (v.l 9b).Os profetas pregaram tudo o quediz respeito vida e piedade. Ostemas eram diversos: Deus, o serhumano e a criao. Estaramos deriva no mundo sem as palavrasdos profetas, pois elas nos levam luz de Cristo (SI l l 9. l 05). A Leie os Profetas anunciaram a vinda

    de Jesus de Nazar GO 1.45; Lc24.27). A mensagem dos profetasfoi entregue s geraes futuras,preparando-as para o tempo doEvangelho (l P 1.12). Por isso,no devemos abdicar de seusensinamentos, pois a autoridadedesses escritos perfeitamentevlida para hoje.

    SINOPSE DO TPICO (2)A mensagem dos Profetas

    de procedncia divina. Jamais porinspirao humana.

    RESPONDA2. Qual Q procedncia da "palavrados profetas"?3. Desde quando os profetas deDeus existem?4. Como estaramos sem a palavrados profetas?

    III. A INSPIRAO DIVINADOS PROFETAS

    1. A iniciativa divina. Oapstolo Pedro retoma o queafirmou nos versculos 16 a 18.A mensagem dos profetas no seresume a uma retrica baseadaem imaginao humana, nem algo artificialmente construdo.Nenhuma parte dessa revelao" de particular interpretao"(v.20). As experincias dos profe-tas, como as do prprio Pedro nomonte da transfigurao, provama iniciativa divina em comunicarseus orculos humanidade.

    2. A inspirao dos pro-fetas. Est escrito que "toda aEscritura inspirada por Deus" (2Tm 3.16 - ARA). O termo grego

  • theopneustos para as expresses"inspirada por Deus" e "divinamen-te inspirada" vem das palavrasTheos, "Deus", e pneo, "respirar,soprar". Isso significa que os pro-fetas foram "movidos pelo EspritoSanto" (2 P 1.21 -ARA).

    O carter especial e nico da"palavra dos profetas" a torna suigeneris. Ela pode fazer qualquerpessoa sbia para a salvao emCristo Jesus e proveitosa paraensinar, repreender, corrigir,redarguir e instruir em justia(2 Tm 3.15,16). Nenhuma litera-tura no mundo tem essa mesmaprerrogativa.

    3. A autoridade dos Pro-fetas Menores. A Igreja sub-mete-se inquestionavelmente autoridade dos apstolos, e essa a vontade de Deus. Pois, osEvangelhos de Mateus e Lucas,ou pelo menos um deles, socolocados no mesmo nvel doAntigo Testamento (l Tm 5.18;Dt 25.4; Mt 10.10; Lc 10.7). Omesmo acontece com as epsto-las paulinas (2 P 3.1 5,16). Essa uma forma de se reconhecerdefinitivamente o Novo Testa-mento como Escritura inspiradapor Deus. Depreende-se, ento,que todos os livros da Bblia tm

    mesmo grau de inspirao e

    autoridade. Logo, devemos dara mesma ateno e credibilidadeaos escritos dos Profetas Menores(2 P 1.19).

    SINOPSE DO TPICO (3)Os livros dos Profetas Me-

    nores tm autoridade divina eso genuinamente inspi radospor Deus.

    RESPONDA5. Por que devemos dar aos Pro-fetas Menores mesma atenodispensada aos demais livros daBblia?

    CONCLUSODiante do exposto, os Profe-

    tas Menores, como parte integran-te das Escrituras inspiradas, nodevem ficar em segundo plano.Por isso, recomendamos que, jno incio do trimestre, seja feitauma leitura dos Doze Profetas.Esta facilitar a compreenso damensagem desses despenseirosde Deus. Convm ressaltar queo enfoque de cada lio, aqui,raramente coincide com o assuntopredominante de cada livro, poisa escolha desses temas baseou-se nas necessidades do mundode hoje.

    "

  • VOCABULRIOApcrifo: Livro que, embora rei-vindique autoridade divina, nofoi reconhecido como inspiradopor Deus.Corroborar: Ratificar e confir-mar algo.Orculo: A Palavra de Deus e deseus profetas.Retrica: Arte do bem dizer, dofalar com eloquncia.

    BIBLIOGRAFIA SUGERIDASOARES, Esequias. O Minist-rio Proftico na Bblia: A vozde Deus na Terra, l .ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2010.SOARES, Esequias. Viso Pano-rmica do Antigo Testamen-to. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

    Antigo Testamento, l .ed. Riode Janeiro: CPAD, 2009.

    SAIBA MAISRevista Ensinador Cristo

    CPAD, n52, p.36.

    RESPOSTAS DOS EXERCCIOS1, A expresso "Profetas Menores"

    advm da Igreja Latina.2. A mensagem dos profetas de

    procedncia divina.3. Desde o princpio do mundo.

    4. Estaramos deriva no mundo.5. Porque todos os livros da Bbliatm o mesmo grau de inspirao

    e autoridade.

    AUXLIO BIBLIOGRFICO lSubsdio Lexogrftco"ProfetismoMovimento que, surgido no

    sculo VIII a.C, em Israel, tinha porobjetivo restaurar o monotesmo he-breu, combatera idolatria, denunciaras injustias sociais, proclamar o Diado Senhor e reacender a esperanamessinica num povo que j nopodia esperar contra a esperana.

    Tendo sido iniciado por Amos,foi encerrado por Malaquias. JooBatista visto como o ltimo re-presentante deste movimento"(ANDRADE, Claudionor Corra. Di-cionrio Teolgico. 8 ed. Rio deJaneiro: CPAD, 1999, p.244).

    O Ofcio ProfticoO termo hebraico naby define

    em si o profeta como porta-vozde Deus. Enquanto pregava paraa prpria gerao, o profeta tam-bm predizia eventos no futuro.O aspecto duplo do ministrio doprofeta inclua declarar a mensa-gem de Deus e predizer as aesde Deus. Assim, o profeta tambmera chamado de Vidente' (hb.: meh),porque podia ver eventos antes deestes acontecerem.

    A Bblia relata o profeta comoalgum que era aceito nas cmarasdo conselho divino, onde Deus'revela o seu segredo'" (Am 3.7)(LAHAYE, Tim. Enciclopdia Popu-lar de Profecia Bblica, l ed. Riode Janeiro: CPAD, 2008, p.383).

  • AUXLIO BIBLIOGRFICO IISubsdio Teolgico

    Os Profetas Menores"Os livros dos Profetas Menores so chamados assim por causa

    da brevidade relativa em comparao a (saas, Jeremias e Ezequiel,e no porque sejam menos teologicamente importantes. Os dozelivros que compem os Profetas Menores variam em data entre ossculos VIII e V. a.C:

    Sculo VIII a.COseiasAmosMiqueias

    Sculo VII a.CNaumHabacuqueSofonias

    i

    Sculo VI-V a.CJoelObadiasAgeuZacariasMalaquias

    Data IncertaJonas

    Embora os acontecimentos registrados em Jonas tenham ocor-rido no sculo VIM, a data da autoria do livro incerta.

    [...] Diversos temas teolgicos se sobrepem a maioria destesprofetas, especialmente nos mesmos perodos cronolgicos acimaesboados.

    Os profetas no falaram sobre Deus em termos abstratos defilosofia ou teologia. Falaram dEle como algum ativamente envol-vido no mundo que Ele criou e intimamente interessado no povo doconcerto (ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento, l .ed.Rio de Janeiro: CPAD. 2009, pp.429-30).

    10

  • 14 de Outubro de 2012

    OSEIAS A FIDELIDADE NORELACIONAMENTO COM DEUS

    "Porque estou zeloso de vs com zelode Deus; porque vos tenho preparado

    para vos apresentar como uma virgempura a um marido, a saber,

    a Cristo" (2 Co 11.2).VERDADE PRTICA

    O casamento de Oseias ilustra a infide-lidade de Israel e mostra a sublimidadedo amor de Deus.

    HINOS SUGERIDOS J 00, 254, 295

    LEITURA DEARIASegunda - Is 54.5Deus se apresenta a Israel como ummaridoTera-Jr 2.2A unio de marido e mulher uma figurado relacionamento entre Deus e IsraelQuarta - Mt 25.1O Senhor Jesus compara o cortejonupcial a sua vindaQuinta-SI 45.9-11O resplendor do casamento real ilustraa beleza e a pureza da IgrejaSexta - Hb l 3.4O casamento deve ser honrado portodosSbado -Ap 19.7O encontro de Cristo com a Igreja comparado a um casamento

  • LEITURA BBLICAEM CLASSEOseias 1.1,2; 2.14-17, 19,2apto a:

    ORIENTAO PEDAGGICAPara introduzir a lio, reproduza de acor-do com suas possibilidades, o quadro dapgina seguinte. importante que os alu-nos tenham uma viso geral da estrutura

    do livro. Explique que a estrutura utilizadapelo profeta Miqueias bem simples deentender, pois a sua diviso est basea-da numa dupla sequncia de ameaas e

    promessas. Ao lermos Miqueias deparamo-nos com o juzo de Deus; a mensagem de

    esperana; juzos e misericrdia do Eterno.

    Explicar a estrutura da mensagemde Miqueias.Definir a obedincia bblica.Conscientizar-se de que o ritual reli-gioso no proporciona relacionamentontimo com Deus e nem salvao.

    r C-/--T -v?.

    LIES BBLICAS 47

  • INTRODUOO problema do povo a quem

    Miqueias dirigiu a sua mensagemno era falta de liturgia, mas deuma correta motivao para seadorar ao Senhor. Embora come-tesse toda a sorte deinjustias sociais, a ge-rao contemporneado profeta Miqueiasoferecia sacr i f c ios aDeus, praticando todosos rituais levticos, masno sabia o verdadeiro significadodo amor a Deus e ao prximo.

    I. O LIVRO DE MIQUEIAS1. Contexto histrico. Mi-

    queias era de Moresete-Gate (1.1,14;Jr 26.18), cidade localizada a 32

    , quilmetros a sudeste dejerusalm.

    PALAVRA CHAVE

    Obedincia:O ato ou efeito

    de obedecer

    Miqueias, assim como os demaisprofetas dejud, no cita reis do Rei-no do Norte na introduo de seusorculos. Seu ministrio, porm,aconteceu no perodo dos reinados"de Joto, Acaz e Ezequias, reis deJud" (1.1). Essas datas esto entre750 e 686 a.C., mas a soma dessesanos deve ser reduzida significati-

    vamente por causa dascorregncias.

    O profeta Jeremiasafirma que a mensa-gem de Miqueias foientregue no reinadode Ezequias (26.1 8).

    Considerando os ltimos anos deAcaz e os primeiros de Ezequias,Miqueias deve ter profetizadoentre 735 a.C. e 710 a.C.

    2. Estrutura e mensagem.Trata-se de uma coleo de brevesorculos agrupados em sete captu-los divididos em trs partes princi-

    ESBOO DO LIVRO DE MIQUEIAS

    Captulos l 3Uma srie de juzo contra Israel e Jud:Introduo (1.1).Destruio de Samaria (l .2-7).Destruio dejud (1.8-16).Pecados especficos do povo (2.1-11): cobia e orgulho (2.1-5); falsos profetas (2.6-11).Vislumbre de um livramento (2.1 2,1 3).Pecados dos lderes da nao (3.1-1 2).Captulos 4 5Mensagem de esperana:Promessa do reino vindouro (4.1-5).A derrota dos inimigos de Israel (4.6-1 3).O Rei vir de Belm (5.1-8).O novo reino (5.9-1 5).Captulos 6 7Juzo de Deus contra Israel e sua misericrdia final:Deus contra o seu povo (6.1-8).Culpa de Israel e o castigo divino (6.9-1 6).O lamento do profeta (7.1-6).A esperana do profeta (7.7).Israel ser restabelecido (7.8-13).Bnos finais de Deus para seu povo (7.14-20).

    T?MO adaptado da 'Bblia de Esrdo Penttfotal', cttititdn pela CPAD.

    48

  • pais (] ,2; 35; 6,7). Cada uma daspartes marca o imperativo: "Ouvi"(J.2; 3.1; 6.1), que fraseologiasimilar a de Isaas (4.1-5; Is 2.2-4).

    O assunto do livro a iradivina em relao aos pecados deSamaria e de Jerusalm. Miqueiasdirigiu seu discurso contra a ido-latria, censurou com veemncia aopresso aos pobres e denunciouo colapso da just ia nacional(1.5; 2.1,2; 3.9-1 1). Alm disso,anunciou, de antemo, o local donascimento do Messias, em Belm(5.2 cp. Mt 2.1,4-6). O profetachegou a ser citado pelo SenhorJesus (7.6 cp. Mt 10.35,36).

    SINOPSE DO TPICO (1)O livro de Miqueias tem

    como assunto principal a ra di-vina sobre os pecados de Samariae Jud.

    RESPONDA/. Qual o assunto do livro de

    Miqueias?

    II. A OBEDINCIA A DEUSl. O conceito bblico de obe-

    dincia. O verbo hebraico shem:"ouvir, escutar, prestar ateno, obe-decer", no significa apenas receberuma comunicao ou informao. Oseu real sentido mais forte e impe-rioso: obedecer acatar ordens deautoridade religiosa, civil ou familiar.O referido verbo empregado noAntigo Testamento para "obedecer"em l Samuel l 5.22 ejeremias 42.6. usado, tambm, em seis das novevezes em que shem aparece emMiqueias (l .2; 3.1,9:6.1,2,9).

    A mesma ideia vista nos en-sinos de Jesus (Mt 1 1 . 1 5 ; 13.43).Por conseguinte, a obedinciadeve ser precedida pela compre-enso e pelo amoroso acatamentoda mensagem divina (Mt 7.24,26).Nesse sentido, ela pode ser defi-nida como a prova suprema da fe do nosso amor a Deus.

    2. A desobedincia das'naes. O Senhor no umadivindade tribal, que habita emquatro paredes. Ele o Deus detoda a terra e o Soberano de todoo Universo. Justamente por isso,Ele apresenta-se como juiz e tes-temunha no apenas contra seupovo, Israel e Jud (1.2,5), mastambm contra todas as naesda terra (1.2).*- 3. A ira de Deus sobreo pecado (1.3-5), O profetadescreve de forma pi torescaa reao divina contra o seupovo. Numa linguagem antropo-mrfica, o Senhor desce de seusanto templo, o cu, para julgarSamaria, capital de Israel e, damesma forma, Jerusalm, capitalde Jud, cujo pecado influenciatodo o pas. O quadro da suamajestosa e terrvel presenalembra a ao dos terremotos edos vulces Qz 5.4; SI 18.7-10;Is 64.1-3; He 3.6,7). lSINOPSE DO TPICO (2)

    A obedincia deve ser prece-dida de compreenso e amorosoacatamento da mensagem divina. '

    RESPONDA2. Qual a definio de obedincia?

    49

  • III. O RITUAL RELIGIOSO1. O rito levtico. Basica-

    mente, o rito um conjunto decerimnias e prticas litrgicasque cumpre a funo de simbo-lizar o fenmeno da f. O termovem do latim rtus, que significa"cerimnia religiosa, uso, cos-tume, hbito, forma, processo,modo". O Antigo Testamento usaa palavra para os sacrifcios (Lv9.16; Ed 6.9) e para as festivida-des religiosas (Ne 8.1 8), tais comoa Pscoa (Nm 9.1 4; 2 Cr 35.1 3) ea Festa dos Tabernculos (Ed 3.4).A prpria circunciso tambmum ritual (At l 5.1). Contudo, emse tratando do Cristianismo, a li-turgia simples, contendo apenasdois rituais: o batismo e a ceiado Senhor (Mt 3.15; 26.26-30).Esses cerimonialismos, contudo,no substituem o relacionamentosincero com Deus, nem propor-cionam salvao (l Sm 15.22; SI40.6-8; 51.16,17; l Co 1.14-17;11.28,29).

    2. O dilogo de Deus como povo (6.6). O Senhor, atravsdo profeta, convida o seu povopara uma controvrsia. O queDeus fez de mal para Israel rejeit-lo? (6.1-3). Em seguida, o Eternotraz memria da nao os seusbenefcios desde o princpio,quando remiu a Israel do Egitoe protegeu seu povo no desertocontra os inimigos (6.4,5). Emuma pergunta retrica, o prprioDeus antecipa a resposta da na-

    ; co. A lei estabelecia sacrifcios

    tJe animais como proviso peloecado (Lv 9.3) e o azeite para:ertas ofertas de libao (Lv l .3,4;

    2 .1 ,15 ; 7. l 2). O problema deJudno era a falta de rituais e sacri-fcios, mas de uma verdadeiraconverso a Deus.

    3. Sacrifcio humano (6.7).Oferecer o primognito pela trans-gresso e o fruto do ventre pelopecado era sinal de completodesatino do povo. A lei de Moisscondena tal prtica sob pena demorte (Lv 18.21; 20.2-5) e emtodo o Israel era repulsa nacional(2 Rs 3.27). Esse tipo de sacrifcios foi praticado por aqueles que,em todo Israel ejud, apostataram-se da f (2 Rs 16.3; 21.6;Jr 19.5;32.35). Todos estavam dispostosa oferecer at mesmo o que Deusnunca exigiu deles, menos o es-sencial: sincero arrependimento emudana de vida.

    SINOPSE DO TPICO (3)O ritual religioso no substi-

    tui o relacionamento intenso comDeus e, muito menos, proporcio-na salvao.

    RESPONDA3. Qual o significado da palavra"rito" e quais so os dois rituais docristianismo?

    IV. O GRANDEMANDAMENTO

    1. A vontade de Deus. Oestilo de vida que agrada a Deusfoi comunicado ao povo desdeMoiss. Portanto, toda a naotinha o dever de conhec-lo (Dt10.12,13). Da o porqu da in-dagao do profeta (6.8). Masningum estava interessado nis-

  • s. O povo preferia tirar proveitoda prtica das injustias sociais,esperando que o mero ritual dosacrifcio fosse suficiente paraautojusticar-se diante de Deus. Es-tavam enganados, pois Deus nose deleita em sacrifcios nem emrituais exteriores (SI 51 .1 7, l 8).

    2. O sumrio de toda a lei(G.Sb). Os trs preceitos prati-car a justia, amar a beneficnciae andar humildemente com Deus so considerados pela tradiojudaica, desde o sculo 1 a.C., oresumo dos 61 3 preceitos depre-endidos da lei de Moiss. Essa vista por muitos como a maiordeclarao do Antigo Testamento.Os dois primeiros preceitos falamdo compromisso horizontal como nosso prximo; e o terceiro, decompromisso vertical com Deus.Isso vale para todos os seres hu-manos e paralelo ao ensino deJesus: amar a Deus acima de todasas coisas e ao prximo como a nsmesmos (Mt 22.37-40).

    SINOPSE DO TPICO (4)O grande mandamento

    este: amar a Deus acima de todasas coisas e ao prximo como asi mesmo.

    RESPONDA4. Desde quando o estilo de vidaque agrada a Deus foi comunicadoao povo?5. Qual a maior declarao doAntigo Testamento?

    CONCLUSOA lio para todos ns esta:

    O que importa para Deus no o que fazemos na Igreja, mas anossa vivncia com a famlia, oque fazemos no trabalho e comorelacionamo-nos com a sociedade.Sem o verdadeiro arrependimentoe um profundo compromisso comDeus, todas as prticas religiosasno passam de rituais vazios ecompletamente desprovidos devalor espiritual.

    REFLEXO"Deus odeia a maldade, a idolatria,

    a injustia e os rituais vazios e essedio permanece at hoje."

    Bblia de EstudoAplicao Pessoal

  • AUXLIO BIBLIOGRFICO lSubsidio Teolgico

    "Os profetas Isaas, Miqueias,Amos e Oseias foram contempo-rneos, o ministrio de cada umdeles comeou entre 760 e 735a.C. Eles viveram no perodo doesplendor proftico dos hebreus.Isaas era profeta da corte e con-selheiro da casa real, ao passo queMiqueias era profeta do campo.Ambos eram do Reino do Sul,capital Jerusalm. Oseias e Amosexerceram seu ministrio no reimdo Norte, em Samaria.

    O ttulo de cada livro profticonem sempre quer dizer ser ele oseu redator ou mesmo o orador quepronunciou tais orculos. A profeciaescatolgica sobre Sio, em Isaas2.3, reaparece em Miqueias. Ambosforam contemporneos e profeti-zaram em Jud, sendo que Isaasera profeta da corte, na capital, eseu companheiro do campo, mas difcil saber a fonte literria original"(SOARES, Esequias. O MinistrioProftico na Bblia: A voz de Deusna Terra, l .ed. Rio de Janeiro: CPAD,2010, p. 116).

    VOCABULRIOPitoresca: Divertido, recrea-tivo.Antropomrfica: Conceito quevisualiza Deus como possuindoforma humana.Controvrsia: Disputa, po-lmica.Retrica: Pergunta que noexige resposta.Libao: Lquido ou misturade lquidos derramados sobre aoferta como parte do sacrifcio.

    BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

    ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia doAntigo Testamento, l.ed. Riode Janeiro: CPAD. 2009.SOARES, Esequias. O Minist-rio Proftico na Bblia: A vozde Deus na Terra, l .ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2010.

    SAIBA MAISRevista Ensinador Cristo

    CPAD, n 52, p.39.

    RESPOSTAS DOS EXERCCIOS1. O assunto do livro a ira divinaem relao aos pecados de Samaria

    e de Jerusalm.2. acatar ordens de autoridade

    religiosa, civil ou familiar.Cerimnia religiosa, uso, costume,

    hbito, forma, processo, modo. E osdois rituais do cristianismo so o

    batismo e a ceia do Senhor.4. Desde Moiss.

    5. Os trs preceitos praticar ajustia, amar a beneficncia e andar

    humildemente com Deus.

  • AUXLIO BIBLIOGRFICO IISubsidio Teolgico

    "[...] Miqueias previu uma segunda vinda de Davi {cf. Jr 30.9; Ez34.23,24; 37.24,25). Ao que parece, este o significado da famosaprofecia registrada em Miqueias 5.2: 'E tu, Belm Efrata, posto quepequena entre milhares dejuda, de ti me sair o que ser Senhor emIsrael, e cujas origens so desde os tempos antigos, desde os diasda eternidade'. A associao do futuro rei com Belm e a referncias suas origens estarem nos tempos antigos do a entender que areapario do prprio Davi est em vista. Claro que esta uma pre-dio messinica. Outros profetas (por exemplo, Isaas em Is 9.6,7;J l .1,10) e a revelao bblica subsequente deixam claro que estasreferncias a Davi se cumpriram no Messias que, como o Filho deDavi, reinar no esprito e poder do seu ilustre antepassado.

    Em Miqueias 5.2, a ateno dada insignificncia relativa deBelm entre os cls dejuda. Ironicamente, o rei escolhido do Senhorsurgiria desta pequena cidade. Este padro de Deus elevar o pequenoe insignificante ocorre em outros textos do Antigo Testamento (Gn25.23; 48.14;Jz 6.15; l Sm 9.21).

    Este rei, que surge de tais origens humildes, proteger o povocomo um pastor (o mesmo foi dito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; SI78.71,72). Reinando pelo poder do Senhor, a sua fama alcanarpropores universais (Mq 5.4). Ele e o vice-regente evitaro que omais poderoso dos inimigos de Israel (simbolizado aqui pela Assria,o inimigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq 5.5,6).

    Junto com a restaurao do rei davdico, Miqueias tambmprofetizou uma reverso na sorte de Jerusalm. Miqueias advertiuque esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templodo Senhor, seria sujeita ao stio (Mq 5.1) e reduzida a entulhos (Mq3.12). Ele personificou a cidade em sua humilhao como umamulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exlio, Jerusalm personificadareconhece a justia do castigo de Deus e prev o dia da justificaoe restaurao (Mq 7.8-1 2). Utilizando a imagem de Miqueias 4.9,1 O,0 profeta comparou a volta do povo exilado em Sio a dar luz (Mq5.3). No futuro, o Senhor livraria Jerusalm dos que a atacavam (Mq4.1 1-13)" (ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento.1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.444).

  • Lio 825 de Novembro de 2012

    NAUM O LIMITE DATOLERNCIA DIVINA

    TEXTO UREO"Disse mais: Ora, no se ire o Senhor que

    ainda s mais esta vez falo: se, porventura,se acharem ali dez? E disse: No a destrui-

    rei, por amor dos dez"(Gn 18.32).VERDADE PRATICA

    No tempo estabelecido por Deus,cada nao, e cada indivduo emparticular, passar peio crivo dajustia divina.

    HINOS SUGERIDOS 204, 372, 458

    LEITURA DIRIA^Segunda - Gn 18.20O pecado de Sodoma e Gomorra

    Tera-SI 18.25,26Deus faz justia aos justos e mpiosQuarta - Is 1.9O exemplo do juzo divinoQuinta -Ez 14.13O juzo divino nao pecadora

    \a -Mt 11.23,24A runa de uma cidade orgulhosa

    Sbado- R m 11.22A bondade e a severidade de Deus

    54 LIES BBLICAS

  • LEITURA BBLICAEM CLASSENaum 1.1-3,9-14

    1 - Peso de Nnive. Livro daviso de Naum, o elcosita.2 - O SENHOR um Deuszeloso e que toma vingana;o SENHOR toma vingana e cheio de furor; o SENHOR tomavingana contra os seus adver-srios e guarda a ira contra osseus inimigos.3 - O SENHOR tardio em irar-se, mas grande em fora e aoculpado no tem por inocente; oSENHOR tem o seu caminho natormenta e na tempestade, e asnuvens so o p dos seus ps.9 - Que pensais vs contra oSENHOR? Ele mesmo vos consu-mir de todo; no se levantarpor duas vezes a angstia.10- Porque, ainda que eles seentrelacem como os espinhose se saturem de vinho comobbados, sero inteiramenteconsumidos como palha seca.Ill - De ti saiu um que pensa

    mal contra o SENHOR, um con-selheiro de Belial.

    H 2 - Assim diz o SENHOR: Pormais seguros que estejam e pormais numerosos que sejam,ainda assim sero extermina-dos, e ele passar; eu te afligi,mas no te afligirei mais,

    l 3 - Mas, agora, quebrarei oseu jugo de cima de ti e rom-perei os teus laos.

    i 14 - Contra ti, porm, o Senhordeu ordem, que mais ningumdo teu nome seja semeado; dacasa do teu deus exterminareias imagens de escultura e defundio; ali farei o teu sepul-cro, porque s vil.

    INTERAONnive havia provado da graa e damisericrdia do Senhor. No tempo deJonas, o povo ninivita arrependeu-se dos seus pecados e prostou-seperante o Eterno, confessando a suaignomnia. Assim, o povo recebeude Deus o perdo dos seus pecados.Aquela nao foi salva do juzo divi-no! Mas o tempo passou e depois deaproximadamente um sculo e meio,a nova gerao de Nnive esqueceu-se do passado de quebrantamentoao Senhor. Ela voltou pecar contraDeus com requintes de crueldade,perversidade e malignidade. Por issoo profeta Naum vocifera: "Ai da cidadeensanguentada! Ela est toda cheia dementiras e de rapina! No se apartadela o roubo". Agora o juzo divinosobre Nnive seria irreversvel.

    _OBJ ETI VOSAps a aula, o aluno dever estarapto a:Explicar o contexto histrico dolivro de Naum.Apontar os limites entre tolernciae vindicao.Conscientizar-se da existncia dojuzo divino.

    ORIENTAO PEDAGGICAProfessor, reproduza o quadro da pgi-na seguinte. Utilize-o na introduo dalio. Explique que o livro de Naum

    constitudo por trs captulos. O primei-ro descreve a natureza de Deus. O se-

    gundo proclama o juzo iminente sobrea cidade de Nnive. E o terceiro alista ospecados de Nnive, terminando com umquadro de julgamento divino j executa-do. Conclua enfatizando que no tempode Deus, cada nao, e cada indivduo,

    passar pelo crivo da justia divina.

    LIES BBLICAS 55

  • INTRODUOQuando Naurn anunciou o

    seu orculo contra Nnive, j faziaum sculo e meio que Deus haviadispensado a sua misericrdia grande, poderosa e perversa cida-de. No tempo de jonas, o Senhorcompadecera-se dos ninivitas,poupando-os de iminente des-truio. Infelizmente,o tempo passou e elesvieram a se esquecer doperdo divino, voltandoa pecar contra Deus. Porisso, o profeta Naumproclama a runa inevi-tvel de Nnive. Agora,o juzo divino irreversvel!

    I. O LIVRO DE NAUM1. Contexto histrico,

    Naum, semelhana de outrosprofetas menores, no possui

    p biografia. Ele apresenta-se apenas:'- como o "elcosita". O reinado no-* qual profetizou no mencionado? (v.lb). As escassas informaes

    PALAVRA-CHAVE

    Tolerncia:Ato ou efeito de

    tolerar; indulgncia,condescendncia.

    de que dispomos ainda no soconclusivas. As opinies dos eru-ditos so divergentes. Elas variamentre o assdio de Jerusalm, em701 a.C., por Senaqueribe, rei daAssria (2 Rs 18.13) at as refor-mas religiosas protagonizadaspor Josias, rei de Jud, em 621a.C. (cf. 2 Rs 22.123.37; 2 Cr34.135.27).

    a) Origem do profeta. Al-guns estudiosos acreditam que

    "elcosita" (v. l c) refere-se a uma cidade daAssr ia, situada a 38quilmetros de Nnive,em Al-kush, ao nortedoatual Mossul, Iraque.Tal informao a me-nos provvel, visto que,

    desde a antiguidade, a cidade deCafarnaum na Galileia, casa deJesus (Mt 9.1; Mc 2.1), cujo nomesignifica "aldeia de Naum" apontada como local de nascimen-to do profeta.

    b) Perodo aceitvel. Em 61 2a.C. a cidade de Nnive foi destru-da. A profecia menciona tambmo desmoronamento de N-Amon

    ESBOO DO LIVRO DE NAUM

    TTULO (1.1) PESO DE NNIVE

    I. A Natureza de Deus e do Seu Juzo (1.2-1 5).Caractersticas da Administrao da justia de Deus (l .2-7).A Runa Iminente de Nnive (l .8 - 1 1 . 1 4).Consolo parajud (l .1 2,1 3,1 5}U. Vaticnio a Respeito da Queda de Nnive (2.1-13)Introduo (2.1,2).O Combate Armado (2.3-5).A Cidade Invadida e Devastada (2.6-1 2).A Voz do Senhor {2.l 3).III. Razes da Queda de Nnive (3.1-19)Os Pecados da Crueldade de Nnive (3. l -4).Ajusta Recompensa da Parte de Deus (3.5-19).

  • como fato comprovado histori-camente (3.8-10). O rei assrio,Assurbanipal, destruiu a cidadeegpcia de N em 663 a.C. Deacordo com essas informaes,podemos considerar 663 a 612a.C. como um perodo histricosignif icativo para situarmos oministrio proftico de Naum.

    c) Nnive (v.l). Nnive era aantiga capital do imprio assrio.Suas runas esto localizadas aonorte do Iraque. uma das cida-des ps-diluvianas fundada porNinrode, descendente de Cuxe(Gn 10.8-1 1), por volta de 4500a.C. tornando-se proeminenteantes de 2000 a.C. O rei assrio,Senaqueribe (705 - 681 a.C.),fortificou a cidade, garantindoassim o apogeu da capital assria.0 Senhor refere-se a ela como a"grande cidade" (Jn 1.2; 3.2). Acrueldade do povo ninivita eraindescritvel e essa foi a famaque os acompanhou durante todaa histria.

    2, Estrutura. O "Livro daviso de Naum" (v. l b) consiste emtrs breves captulos. O captulo1 divide-se em duas partes prin-cipais: o primeira um salmo delouvor a Jeov (w. 2-8); a segun-da, num estilo potico, anunciao castigo dos seus inimigos (vv.9-14), sendo que o versculo 15 parte do captulo 2 na BbliaHebraica. O segundo captuloanuncia o assdio e a destruiode Nnive. E o terceiro o "boletimde ocorrncia" dos motivos desua queda.

    3. Mensagem. O tema dolivro a "queda de Nnive". Aexpresso "peso de Nnive" (v.l a)

    proclama o incio de sua runa.O substant ivo hebraico para"peso" massa que significa"carga, fardo, sofrimento" (x23.5; Nm 1 1 . 1 1,17) bem como"sentena pesada, orculo, pro-nunciamento, profecia" (He 1.1;Zc 9.1; 12.1). Ela aponta para aproclamao de um desastre (Is14.28; 23.1; 30.6).

    O tema do livro de Naum a"queda de Nnive". Ee descreve ojuzo de uma cidade que delibera-damente rebeou-se contra Deus.

    RESPONDA1. Qual cidade apontada comolocal do nascimento de Naum?2. Qual o assunto do livro deNaum?

    II. TOLERNCIAE VINDICAO

    1. Vingana (v.2). A men-sagem de Naum o juzo divino ,sobre Nnive. Aqui, sobressaem ,os atr ibutos divinos pertinen-tes ao tema. O verbo hebraico naqam, "vingar-se, tomar vin-gana", aparece trs vezes sneste versculo e precisa s e r rdevidamente compreendido, lVingana o cast igo impostopor dano ou ofensa; diz respei-to a infratores contumazes dalei divina. Visto que a vinganapertence a Deus (SI 94.1), contraeles est o justo "Juiz de toda a ;terra" (Cn 18.25) .

    2. Longanimidade. Deus compassivo e "tardio em irar-se" (v.3a), pois a longanimidade.:.

    - . - . - - ,'.

  • divina espera o arrependimentodo pecador (Rm 2.4-6). Todavia,isso no sinnimo de impuni-dade, pois a justia do Eternono permite tomar o culpado porinocente. Uma vez que Nnivepersist iu em sua maldade e aAssria construiu o seu impriopela violncia e desrespeito aosdireitos humanos, massacrandomuitos povos, dentre eles o deJud e o de Israel, agora essasmesmas naes se alegrarocom a queda e a humilhao dacidade malfica (3.5-7).

    3. O poder de Deus. Asdescries poticas dos atributosdivinos esto ligadas ao poder ea majestade de Deus (1.3-8). Oprofeta declara que o Senhor "temo seu caminho na tormenta e natempestade" (v.3). Em linguagemmetafrica, o poder, a grandeza e amajestade do Senhor so descritosatravs da fora da natureza. Essasdescries mostram que a espera

    ' do Eterno em punir os ninivitas nose deu por falta de poder, mas porcausa de sua longanimidade.l

    SINOPSE DO TPICO (2)Deus tolerante, compas-

    sivo, pois espera o arrependi-mento do pecado. Todavia, asua justia no permite tomar oculpado por inocente.

    RESPONDA3. O que vingana e qual a ne-cessidade de sua aplicao?4. O que mostra a descriopotica dos atributos divinos

    i ligados ao seu poder e sua -, -,majestade?

    III. O CASTIGODOS INIMIGOS

    1. Quem so os "inimi-gos"? Os assrios eram os "inimi-gos" e a expresso "peso de Nnive"(v.l) referindo-se capital daAssria o confirma. A ausnciada indicao desse povo (w. 9-14)tambm ensina as naes, ao longoda histria, que sentenas similaress da Assria so aplicveis a qual-quer povo que se levantar contraDeus. Por essa razo a queda dosassrios foi definitiva (v.9).

    2. O estilo de Naum. Olivro do profeta Naum rico emmetforas. O exrcito assrio comparado a um emaranhado deespinhos e aos bbados embriaga-dos com vinho (v. 10), significandoque Deus enfraqueceu o poderde Nnive e que os ninivitas souma "presa fcil". Por esse mesmomotivo, Nabopolassar, rei de Babi-lnia e pai do rei Nabucodonosor,entrou na cidade em 61 2 a.C. semresistncia alguma dos assrios.

    3. Reminiscncias histri-cas? Alguns expositores bblicospensam que o "conselheiro deBelial"(w, 11,12) uma refernciaa Senaqueribe (2 Rs l 8.1 3). ve-rossmil que o versculo 14 pareaaplicar-se a ele (2 Rs 18.36,37),pois a reminiscncia histrica comum em muitas mensagensprofticas. Entretanto, no o queparece aqui, pois provavelmentea expresso "mais ningum doteu nome seja semeado" (v. 14),aluda falta de herdeiro no trono,denotando o fim do imprio. Talsentena indica o carter definiti-vo do castigo divino.

  • 4. A consolao de Jud.Assim como a profecia de Obadiasera contra Edom, mas a mensagemera para Jud, semelhantementeocorre aqui, conforme a declaraoproftica: "sero exterminados, eele passar; eu te afligi, mas no teafligirei mais" (v.12). Essa abruptamudana da terceira para a segun-da pessoa indica a mensagem deesperana para Jud. O castigo deJud corretivo. O povo ainda acha-r o favor divino (v. l 3). Mas o juzodos assrios final, por haveremeles rejeitado a misericrdia que oDeus de Israel, gratuitamente, lheshavia oferecido atravs dejonas.SINOPSE DO TPICO (3).

    O castigo divino contra os ini-migos de Jud trouxe-lhe consolaoe o favor divino de misericrdia.

    RESPONDA5. Quem so osNa u m?

    inimigos em

    CONCLUSOAssim como o juzo divino

    puniu a capital da perversa As-sria, assim tambm acontecerno dia da ira de Deus, quandoEle punir a todos, indivduos enaes, que, rejeitando a sua mi-sericordiosa graa, perseveraramna prtica do mal.

    Nesse dia, todos prestarocontas de seus atos diante dEle. o que adverte o prprio Senhoratravs de seus profetas. Contu-do, a porta da graa est aberta,oferecendo gratuitamente, a todaas naes, ampla oportunidade dearrependimento e salvao atra-vs de Jesus Cristo (2 P 3.9).

    REFLEXO"Qualquer pessoa que permaneaarrogante e resista autoridade

    de Deus enfrentar sua ira."Bblia de Estudo

    Aplicao Pessoal

    LIES BBLICAS 59

  • AUXLIO BIBLIOGRFICOSubsdio bibliolgico"Analisando as Palavras de

    Juzo dos ProfetasSe desejarmos ouvir as pala-

    vras dos profetas de uma maneiraque seja fiel ao seu contexto originale, ao mesmo tempo, de utilidadecontempornea para ns, devemosantes de mais nada determinar otema ou propsito bsico de cadalivro proftico que desejamos pre-gar. Tambm ser til mostrar seo propsito do livro se encaixa notema global e unificador do AntigoTestamento e no tema ou planocentral de toda a Bblia.

    Depois de definirmos o prop-sito do livro, devemos, ento, assi-nalar as principais sees literriasque constituem a estrutura do ivro.Normalmente, existem mecanismosde retrica que assinalam onde temincio uma nova seo no livro. Noentanto, quando tais mecanismosno esto presentes precisoobservar outros marcadores. Umamudana de assunto, uma mudanade pronomes, ou uma mudana emaspectos de aco verbal, tudo issopode ser um sinal revelador de queteve incio uma nova seo" (KAISERJR., Walter C. Pregando e Ensinan-do a partir do Antigo Testamen-to: Um guia para a Igreja, l .ed. Riode Janeiro: CPAD, 2010, p.121).

    VOCABULRIOBiografia: Histria da vida deuma pessoa.Erudito: Aquele que sabemuito.Protagonizar: Ocupar o primei-ro lugar em um acontecimento.Metfora: Uso figurado de uma

    cia da palavra para outro mbitosemntico; fundamenta-se numarelao de semelhana entre osentido prprio e o figurado.

    BIBLIOGRAFIA SUGERIDAKAISER JR., Walter C. Pregandoe Ensinando a partir do Anti-go Testamento: Um guia paraa Igreja, l.ed. Rio de Janeiro:CPAD, 2010.EDWARDSJonathan. Pecadoresnas Mos de um Deus Irado:e outros Sermes, l.ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2005.Dicionrio Bblico Wycliffe.l .ed. Rio de janeiro: CPAD, 2009.

    SAIBA MAISRevista Ensinador Cristo

    CPAD, n 52, p.40.

    RESPOSTAS DOS EXERCCIOSl. A cidade de Cafarnaum.

    2. A queda de Nnive.1 , Vingana o castigo imposto por

    dano ou ofensa; diz respeito a infra-tores contumazes da lei divina.

    4. Que a espera do Eterno em puniros ninivitas no se deu por faltade poder, mas por causa de sua

    longanimidade.5. Os assrios.

  • 2 de Dezembro de 2012

    HABACUQUE A SOBERA-NIA DIVINA SOBRE AS NAES

    TEXTO UREO"Tu s to puro de olhos, que no podesver o mal e a vexao no podes con-templar, por que, pois, olhas para os

    que procedem aleivosamente e te calasquando o mpio devora aquele que mais

    justo do que ele?" (He 1.13).VERDADE PRATICA

    A fim de cumprir os seus planosDeus age soberanamente na vida detodas as naes da terra.

    f'HINOS SUGERIDOS 288, 330, 364

    LEITURA DIRIASegunda - 2 Rs 17.23Deus usou a Assria contra Israel

    Tera - Sf 2.13O castigo contra a Assria

    Quarta - Jr 25.9Deus usou a Babilnia contrajudQuinta - Jr 25.12O castigo contra a Babilnia

    Sexta-Jr 27.5-7As naes sob a autoridade divina

    Sbado - He 2.20Perante o Senhor a Terra se cala

    61

  • LEITURA BBLICAEM CLASSEHabacuque T . 1-6; 2.1-4

    Habacuque l'"! - O peso que viu o profetaHabacuque.2 - At quando, SENHOR, cla-marei eu, e tu no me escuta-rs? Gritarei: Violncia! E nosalvars?3 - Por que razo me fazes vera iniquidade e ver a vexao?Porque a destruio e a vio-lncia esto diante de m/m; htambm quem suscite a conten-da e o litgio.-'- - Por esta causa, a lei seafrouxa, e a sentena nunca sai;porque o mpio cerca o justo, esai o juzo pervertido. 5 - Vede entre as naes, e olhai,e maravilhai-vos, e admirai-vos;porque realizo, em vossos dias,uma obra, que vs no crereis,quando vos for contada.6 - Porque eis que suscito os cal-deus, nao amarga e apressa-da, que marcha sobre a largurada terra, para possuir moradasno suas.Habacuque 21 - Sobre a minha guardaestarei, e sobre a fortaleza meapresentarei, e vigiarei, paraver o que fala comigo e o queeu responderei, quando eu forarguido.2 - Ento, o SENHOR me res-pondeu e disse: Escreve a visoe torna-a bem legvel sobretbuas, para que a possa ler oque correndo passa.3 - Porque a viso ainda para otempo determinado, e at ao fimfalar, e no mentir; se tardar,espera-o, porque certamentevir, no tardar.4 - Eis que a sua alma se incha,no reta nele; mas o justo, pelasua f, viver.

    INTERAO"O justo viver pela f". Esta sentenatornou-se uma das mais importantes te-mticas do Novo Testamento. Foi um doslemas da Reforma Protestante. O apstoloPniilr um fins nuo fi0

  • INTRODUONo dilogo entre Habacuque

    e o Senhor, presenciamos uma sin-gular beleza teolgica e literria.Ao longo do livro de Habacuque,deparamo-nos com umadas mais notveis de-claraes doutrinrias:"O justo, pela sua f, vi-ver" (2.4). Este orculofez-se to notrio, quese tornou uma das maisimportantes temticasem o Novo Testamento(Rm l .1 7 cf. Cl 3.8). Sculos maistarde, inspirou Martinho Lutero adeflagrar a Reforma Protestante.

    I. O LIVRO DEHABACUQUE

    l. Contexto histrico. Ha-bacuque exerceu o seu ministrioquando os caldeus marchavamvitoriosamente pelo Oriente Mdio(1.6). Tal marcha iniciou-se em627 a.C. e foi concluda com avitria sobre Fara Neco, do Egito,na Batalha de Carqumis, em 605a.C. (Jf 46.2). Tempo em que, de

    PALAVRA-CHAVE

    Soberania:Qualidade ou

    condio de umsoberano; autoridade;

    domnio; poder.

    fato, os caldeus tornaram-se umimprio pujante. Isso mostra queo profeta era contemporneo deJeremias e Sofonias (|r l. l; Sf J . l).Ele menciona ainda a opresso dosmpios sobre os pobres e o colapsodajustia nacional {l .2-4) e descre-ve tambm o cenrio do reinado

    tirnico dejeoaquim, reidejud, entre605e598a.C. Gr 22.3,13-18).

    2. Vida pessoal.No h informaes,dentro ou fora do livro,sobre a vida pessoalde Habacuque. Apenastemos a declarao de

    que ele profeta (1.1), detalheeste tambm encontrado em Ageue Zacarias (Ag l .1; Zc l .1). A partirdessas poucas informaes e pelafinalizao de seu livro (3.19),muitos estudiosos entendem queHabacuque era um profeta bemaceito pela sociedade e hquem afirme oriundo de famliasacerdotal. A literatura rabnicaapoia essa ideia.

    3. Estrutura e mensagem.No estudo passado, aprendemosque o termo "peso" indica uma"sentena pesada e profecia". A

    ESBOO DO LIVRO

    O Interrogatrio de Habacuque a Deus (1.2 2.20)Questo: Como Deus permite que a mpia Jud fique sem castigo (l .2-4).Resposta: Mas Deus usar a Babilnia para castigar Jud (J .5-1 ))Questo: Como Deus pode usar uma nao mais mpia que Jud como instrumento

    de juzo (1.12 2.1).Resposta: Deus tambm julgar Babilnia (2.2-20).O Cntico de Habacuque (3.1 -19)Orao de Habacuque por misericrdia divina (3.1,2).O poder do Senhor (3.1,2).Os atos salvficos do Senhor (3.3-7).A f inabalvel de Habacuque (3.16-19).

    LIES BBLICA.S 63

  • REFLEXO"Deus quer que venhamos

    sua presena com nossaslutas e dvidas. Porm, suas

    respostas podem noser o que esperamos."

    Bblia de EstudoAplicao Pessoal

    exemplo do livro de Naum, esseorculo foi revelado Habacuquena forma de viso (l .1). A profe-cia divide-se em trs captulos.O primeiro denuncia a corrupogeneralizada da nao e a conse-quente resposta divina (l .2-1 7); osegundo, outra resposta do Eterno(2.1-20); e a terceira, a orao deHabacuque (3.1-19). O orculodivino, que possui a mesma es-trutura dos Salmos, tem comoprincipal nfase a f.

    SINOPSE DO TPICO (1)O livro de Habacuque denuncia

    a corrupo generalizada da nao,descreve as respostas divinas eapresenta a orao de Habacuque.

    RESPONDA/ . Qual a principal nfase do livrode Habacuque?

    II. HABACUQUE EA SITUAO DO PAS1. O clamor de Habacuque.

    O que ocorria em Jud ia de encon-:tro ao conhecimento que Habacu-que possua a respeito do Deus deIsrael. Mas como possvel Aquele

    que justo e santo tolerar tamanhamaldade? O profeta expressa suaperplexidade na forma de lamen-tos: "At quando, SENHOR[...]?"(1.2; SI 13.1,2); "Por que[...]?"(!.3;51 22.1). Essas perguntas indicamque, h tempos, Habacuque oravaa Deus em busca de soluo.

    2. A descrio do pecado.Assim, o profeta resume o quadrodesolador do seu povo: iniquidadee vexao; destruio e violncia;contenda e litgio (l .3). A Bblia ARA(Almeida Revista e Atualizada) em-prega o termo "opresso". A BbliaTB (Traduo Brasileira) usa "per-versidade" no lugar de "vexao".A estrutura potica nessa descriorevela a falncia da justia e o abu-so opressor das autoridades emrelao aos pobres.

    3. O colapso da justianacional. A frouxido da lei eraconsequncia da corrupo ge-neralizada. Na esfera judiciria,a sentena no era pronunciada,ou quando dado o veredicto, estesempre beneficiava os poderosos(1.4). A sociedade sequer lem-brava-se da lei. Esta era o podercoercitivo para manter a ordempblica, garantir a segurana eos direitos do cidado (Dt 4.8;17.18,19; 33.4; Js 1.8). Mas a in-fluncia das autoridades piedosasno foi suficiente para mudar oestado das coisas. Somente o Se-nhor onipotente de Israel quempode fazer plena justia.

    SINOPSE DO TPICO (2)O caos estabelecido em Jud

    era decorrente da corrupo gene-

    64

  • ralizada e denunciada pelo profetaHabacuque.

    RESPONDA2. O que revela a estrutura po-tica da descrio dos pecados emHabacuque 1.3?

    III. A RESPOSTA DIVINA-- 1. O juzo divino anun

    'ciado. Antes de Habacuque perce-ber a gravidade da situao, Deus,que est no controle de todas ascoisas, apenas aguardava o tempooportuno para agir e mostrar arazo de sua interveno. Tudoestava nos planos do Senhor. Oprofeta e todo o povo dejud pre-cisavam prestar mais ateno aosacontecimentos mundiais, pois oEterno realizaria, naqueles dias,uma obra que eles no creriam,quando lhes fosse contada (1.5).Essa obra era um novo imprioque Deus estava levantando nomundo. No obstante, esse or-culo tambm diz respeito vindado Messias (At 13.40,41).

    2. Os caldeus e a ques-to tica (1.6). O imprio doscaldeus crescia e agigantava-sesob a liderana do rei Nabucodo-nosor. Ele estava a caminho deJerusalm para invadir a provnciadejud. No entanto, Habacuqueficou desapontado com essa res-posta. Como um povo idlatra,sem tica e respeito aos direitoshumanos, poderia castigar o povode Deus? Ele pergunta: "por que,pois, olhas para os que procedemaleivosamente e te calas quandoo mpio devora aquele que maisjusto do que ele?" (l. l 3). Trataria

    REFLEXO"Nossa esperanavem do Senhor."Bblia de Estudo

    Aplicao Pessoal

    o Senhor os filhos dejud comoos animais? (1.14). Permitiria Babilnia fazer o que desejassecom o povo? (1.1 5-1 7).

    SINOPSE DO TPICO (3)A primeira resposta divina

    era o agigantamento dos caldeusa caminho de Jerusalm para in-vadir a provncia dejud.

    RESPONDA3. Que obra, prometida por Deus,ningum acreditar quando forcontada (J .5)?

    IV. DEUS RESPONDEPELA SEGUNDA VEZ1. A espera de Habacuque g

    (2.1). Sabedor de que Deus lhe lresponder, o profeta prepara-se ipara ser arguido por Deus. Ele seposiciona como uma sentinela figura comumente empregadapara descrever os profetas bbli-cos. Sua funo era ficar alertapara escutar a palavra de Deuse transmiti-la ao povo (Is 21.8; Jr6.17; Ez 3.17).

    2. A viso. A resposta divinaveio ao profeta atravs de umaviso transmitida com agilidade |e nitidez, dispensando a neces- lsidade de que algum lesse e a linterpretasse (2.2), pois se tratava

  • de uma mensagem que, apesar defuturstica, era clarssima: A Babi-lnia desaparecer da terra parasempre! No entanto, Jud, apesardo castigo, sobreviver (Jr 30.11).O desafio era crer na mensagem!Ainda que seu cumprimento tar-dasse, Deus fiel para cumprir asua palavra (2.3; Jr 1.12). Assimcomo naquele tempo, o mundopermanece no pecado por causada incredulidade e por isso nocr na pregao do Evangelho (Jo9.41; 15.22; 16.9; 2 Co 4.4).

    3. O justo viver da f.A expresso "alma que se incha"(2.4) refere-se ao orgulho doscaldeus (1.10; Is 13.19). O justo aquele que cr no julgamentode Deus sobre a Babilnia (2.8).Ele sobreviver devastao deJud pelo exrcito de Nabuco-donosor: "o justo, pela sua f,viver" (2.4b). Mas ao mesmotempo urna mensagem de pro-fundo significado para a f crist(Rm 1.17; Cl 3.8; Hb 10.38). Emo Novo Testamento, o "justo" quem, proveniente de todas asnaes, acolhe a mensagem do

    Evangelho e justificado pela fem Jesus.

    SINOPSE DO TPICO (4)A segunda reposta de Deus

    era que a Babilnia desapareceriapara sempre. Mas Jud, apesar depassar por um castigo doloroso,sobreviveria.

    RESPONDA4. Quem so, respectivamente, "aalma que se incha" e o "justo" emHabacuque 2.4?5. O justo deve viver pelo qu?

    CONCLUSOA Palavra de Deus suficiente

    para corrigir o caminho tortuosode qualquer pessoa. Apesar de aresposta divina nem sempre sero que esperamos, ela sempre amelhor. Quem no se lembra dofato ocorrido na vida de Naam? (2Rs 5.10-14). Isso acontece porqueos caminhos e os pensamentos deDeus so infinitamente mais ele-vados que os nossos (Is 55.8,9).Vivamos, pois, pela f!

    REFLEXO"Nenhuma adversidade, por mais intensae intransigente que seja, eficiente para

    desestruturar a vida daquele que vive pela f.Se a vida do crente tem por fundamento qualquer

    coisa que no seja a verdadeira f,ela desmorona j na primeira intemprie."

    Silas Daniel

  • VOCABULRIOPujante: Que tem grande fora.Oriundo: Descendente de.Litgio: Pleito, demanda.Coercitivo: Que reprime, fora.Arguido: Que foi repreendido,censurado.

    BIBLIOGRAFIA SUGERIDADANIEL, Silas. Habacuque: Avitria da f em meio ao caos.l.ed. Rio de Janeiro: CPAD,2005.ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia doAntigo Testamento, l .ed. Riode Janeiro: CPAD. 2009.

    SAIBA MAISRevista Ensinador Cristo

    CPAD, n52, p.40.

    RESPOSTAS DOS EXERCCIOS]. A f.

    2, Revela a falncia da justia e oabuso opressor das autoridades em

    relao aos pobres.3, Essa obra era um novo imprio queDeus estava levantando no mundo.

    4, Os caldeus e aquele que cr no jul-gamento de Deus sobre a Babilnia.

    5, Pela f em Jesus Cristo.

    AUXLIO BIBLIOGRFICOSubsidio Teolgico"O significado da f em

    HabacuqueAlm de estar dizendo cla-

    ramente que os justos de Jud,apesar do sofrimento pelo qualpassaro no ataque caldeu, seropoupados (como aconteceu comjeremias, Daniel e tanto outros), oSenhor mostra ao profeta que suacompreenso concernente vidaespiritual ainda era superficial.Ainda faltava a Habacuque consi-derar alguns aspectos essenciaisda vida com Deus. Sua Teologiaainda ignorava nuanas vitais, e

    j que agora so sintetizadas parao profeta em uma nica frase: 'Ojusto viver pela sua f'.

    O justo no vive pelo que v,; sente, percebe, imagina ou pensa, mas pela f. 'Porque andamos por

    f e no por vista' (2 Co 5.7). Noque essas coisas no sirvam, vezpor outra, para alimentar a nossaf, mas no podem ser considera-dos fundamentos para ela. Nossaf est fundamentada no prprioDeus, em sua Palavra. O justo estbaseado nela" (DANIEL, Silas. Ha-bacuque: A vitria da f em meioao caos. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD,2005, p.90).

  • 9 de Dezembro de 2012Dia da Bblia

    SOFONIAS O JUZOTEXTO UREO

    "Porque surgiro falsos cristos e falsosprofetas e faro to grandes sinaise prodgios, que, se possvel fora,

    enganariam at os escolhidos"(Mt 24.24).

    LEITURA DIRIASegunda - Jr 30.7Um tempo de angstia parajacTera- Dn 12.1Daniel profetizou o tempo de angstia

    Quarta - Lc 21.25,26Uma convulso gera! na sociedade

    Quinta - 2 P 3.10Os cus passaro com grande estrondo

    Sexta - l Ts 5.2,3Um tempo de destruio

    Sbado- Mt 25.31,46O juzo finai

  • LEITURA BBLICAEM CLASSESofonias . l-l O

    1 - Palavra do SENHOR vinda aSofonias, filho de Cusi, filho deGedalias, filho de Amarias, filho deEzequias, nos dias de Josias, filhode Amom, rei de Jud.2 - Inteiramente consumirei tudosobre a face da terra, diz o SE-NHOR.3 - Arrebatarei os homens e osanimais, consumirei as aves docu, e os peixes do mar, e os trope-os com os mpios; e exterminareios homens de cima da terra, disseo SENHOR.4 - estenderei a minha mocontra Jud e contra todos oshabitantes de Jerusalm e exter-minarei deste lugar o resto de Baale o nome dos quemarins com ossacerdotes;5 - e os que sobre os telhados securvam ao exrcito do cu; e os quese inclinam jurando ao SENHOR ejuram por Malc;6 - e os que deixam de andar emseguimento do SENHOR, e os queno buscam ao SENHOR, nem per-guntam por ele.7 - Cala-te diante do Senhor JEO-V, porque o dia do SENHOR estperto, porque o SENHOR preparou0 sacrifcio e santificou os seusconvidados.8 - E acontecer que, no dia dosacrifcio do SENHOR, hei de cas-tigar os prncipes, e os filhos dorei, e todos os que se vestem devestidura estranha.

    l 9 - Castigarei tambm, naquelej dia, todos aqueles que saltam

    sobre o umbral, que enchem deviolncia e engano a casa dos seussenhores.1 O - E, naquele dia, diz o SENHOR,far-se- ouvir uma voz de clamor

    Ldesde a Porta do Peixe, e um uivodesde a segunda parte, e grandequebranto desde os outeiros.

    INTERAOSe Deus bom, por que Ele castigaralgumas pessoas eternamente? Esta a indagao de muitos. Nas Escrituras,Deus descrito como o justo juiz. NoAntigo Testamento Ele pronunciou juzoscontra Israel e outras naes. Em o NovoTestamento o Altssimo julgou Ananiase Safira (At 5. / - / / ). E no fim dessa erao Eterno, atravs de seu Filho, julgartodos os homens da terra, de acordocom as obras de cada um. Esses fatosdemonstram um Deus que ama o beme odeia o mal. Isso mesmo! A justia deDeus uma resposta retumbante contrao mal criado pelo Diabo e praticado pe-los homens. O Dia do Senhor vem!

    OBJETIVOS

    Explicar a estrutura e a mensagemdo livro de Sofonias.

    Compreender a linguagem predo-minante no livro de Sofonias.

    Saber quejuzo de Deus uma dou-trina bblica irrevogvel.

    ORIENTAO PEDAGGICAProfessor, para a aula de hoje

    sugerimos que voc reproduza, deacordo com as suas possibilidades, oesquema da pgina seguinte. Utilize-ologo na introduo para explicar que olivro de Sofonias predominantementepotico. Ele pode ser dividido em trspartes: a primeira, o juzo contra asnaes, incluindo Jud; a segunda, adescrio dos povos vtimas do juzodivino e a terceira o juzo dejerusalme a restaurao do remanescente fiel.Explique que o tema "Dia do Senhor" oassunto central do profeta Sofonias.

    Aps esta aula, o aluno dever estarapto a:

    LIES BBLICAS 69

  • INTRODUONesta lio, estudaremos o

    orculo de Sofonias. Ele se destaca

    pela intrepidez do juzo divino con-tra Jud e os gentios. Oprofeta anuncia o julga-mento universal descritocomo a reao de Deusaos pecados cometidospelos moradores de todaaterra. Sofonias, porm,aborda o julgamento di-vino numa perspectiva escatolgicade restaurao.

    I. O LIVRO DE SOFONIAS1. Contexto histrico. Sofo-

    nias exerceu o seu ministrio "nosdias de Josias, filho de Amom, rei| de Jud" (v. 1). Josias reinou entrel 640 e 609 a.C. A reforma religiosa

    Ido rei de Jud aconteceu em 621a.C., "no ano dcimo oitavo" do seureinado (2 Rs 22.3). Quando ocorreua reforma, Jeremias exercia o ofcio

    PALAVRAS-CHAVE

    Juzo:Ato, processo ouefeito de julgar;

    julgamento.

    chamado deu-se "no dcimo terceiroano do [...] reinado" dejosias Gr l .2).Esse perodo corresponde a 627 a.C. possvel que, na reforma, o reifora encorajado por esses profetas.Evidncias internas apontam paraum tempo de pr-reforma em Jud,

    denunciando os desman-dos dos reis Manasss eAmom(2 Rs 21.16-24).

    2. Genealogia. comum a meno donome paterno nos livrosdos profetas. Isaas, Jere-mias, Ezequiel, Oseias,

    Joel e Jonas, trazem essa informa-o. Sofonias, porm, descreve asua genealogia: "Sofonias, filhode Cusi, filho de Gedalias, filho deAmarias, filho de Ezequias" (v.l). Acitao do nome do pai estabeleciao direito tanto herana quanto posio social ou aquisio depoder. A ausncia de paternidadedemonstra que tal profeta noadveio de famlia tradicional. So-fonias era trineto de Ezequias, quetambm fora rei de Jud. Isso lheg*e profeta h cinco anos. O seu

    _,

    ESBOO DO LIVRO DE SOFONIAS

    Introduo (l -OSilncio! O Temvel Dia do Senhor (l .2 2.3)O julgamento do Senhor , (l .2,3)O julgamento contra Jud (l .4-1 8)A Chamada para o Arrependimento (2.1-3)Profecias contra as Naes (2.4-1 5)Os filisteus (vv.4-7)Os amonitas e moabitas (w.8-11)Os etopes {v. l 2)Os assrios (w. 13,1 5)julgamento de Jerusalm (3.1-8)Os pecados de Jerusalm (w. l-4)A justia divina contra Jerusalm (w. 5-7)Julgamento de toda terra (v.8)Salvao e o Dia do Senhor (3.9-20)O remanescente restaurado e Jerusalm purificada (vv.9-1 3)A alegria do povo corn Deus (w.14-1 7)

    ^Promessas a respeito da restaurao final (w. l 8-2 Q

  • garantia livre acesso no governoreal, bem como noutros segmentosda sociedade.

    3. Estrutura e mensagem.Os meios de comunicao dosorculos divinos aos profetaseram a palavra e a viso. Os porta-vozes do Eterno deixam isso clarono prlogo de seus livros (v. l a). Oestilo potico predomina em todoo livro de Sofonias. O orculo estorganizado em trs partes princi-pais: a primeira anuncia o juzocontra as naes da terra, incluin-do Jud (1.12.3). A segundaespecifica os povos nesse julga-mento global Filstia, Moabe,Amom, Etipia e Assria (2.4-1 5).E a terceira parte trata do castigode Jerusalm e da restauraodos remanescentes fiis (3.1-20).O tema do "Dia do Senhor" ocupatodo o orculo divino.

    SINOPSE DO TPICO (1)O livro de Sofonias apresenta

    juzo divino contra as naes eJud; o julgamento global; o cas-tigo de Jerusalm e a restauraodo remanescente fiel.

    RESPONDA

    7. Qual o tema do livro de So-fonias?

    II. O JUZO VINDOURO1. Toda a face da terra

    ser consumida (v.2). Aps odilvio, Deus prometeu no maisdestruir a terra com gua (Gn9.11-16). Desde ento, a palavraproftica anunciou o juzo vin-douro pela destruio atravs dofogo (1.18; 3.8; Jl 2.3; 2 P 3.7; Ap

    REFLEXO"Quando as pessoas estoindiferentes em relao a

    Deus, tendem a pensar que Eleest indiferente em relao

    a elas e seus pecados."Bblia de Estudo

    Aplicao Pessoal

    16.8). A declarao "inteiramenteconsumirei tudo sobre a face daterra" (v.2) refere-se tragdiaglobal referida em 3.6-8. Noteque a expresso "face da terra" igualmente usada no anncio datragdia do dilvio (Gn 6.7; 7.4).

    2. A linguagem de Sofo-nias. A hiprbole uma figurade linguagem que consiste emdar sua significao uma nfaseexagerada. Ela, porm, aparecena Bblia e, por isso, alguns ex-positores veterotestamentriosdefendem o uso de uma lingua-gem hiperblica para o livro deSofonias. Eles consideram fortedemais a descrio do aniquila-mento natural de aves, peixes,animais, seres humanos, naese cidades (1.3; 3.6).

    3. Descrio detalhada. verdade que na Bblia h o em-prego de hiprbole (Mt 11.23;Jo 12.19 etc.). Mas no o caso,aqui, em Sofonias! A descrio"os homens e os animais, con-sumirei as aves do cu, e ospeixes do mar" (v.3) representao reverso da criao registradaem Gnesis (1.20-26). Ela cor-responde destruio universale literal da criao (Ap l 6,1-21).O dilvio, por exemplo, foi literal

    LIES BBLICAS 7]

  • e global, mas a famlia de No foisalva (1 P 3.20), assim como osfilhos de Israel foram poupadosdas pragas do Egito (x 9.4;10.23; Nm 3.13).

    SINOPSE DO TPICO (2)A proclamao do juzo vin-

    douro o anncio da tragdia glo-bal descrita em Sofonias 3.6-8.

    RESPONDA2, De que trata a declarao: "In-teiramente consumirei tudo sobrea face da terra" (v. 2)?3. O que hiprbole?

    III. OBJETIVO DO LIVRO1. Sincretismo dos sacer-

    dotes. A expresso "quemarinscom os sacerdotes" (v.4) apontapara o sincretismo da religio deIsrael com o paganismo. "Quema-rins" o plural do hebraico komerusado para "sacerdote pago"e aparece apenas trs vezes noAntigo Testamento (2 Rs 23.5 ; Os10.5). Apesar da origem levtica,os sacerdotes estavam envolvidosno sincretismo religioso pago.

    2. Sincretismo do povo.Sabesmo a prtica pag dossabeus; o povo da rainha deSab. Seu culto resumia-se naprtica de adivinhao e na as-trologia. Jud envolveu-se nessetipo de paganismo (2 Rs 23.5;Jr 8.2; l 9.1 3). Malc ou Milcom(ARA e TB), ou ainda Moloque(NVI), era o deus nacional dosamonitas (1 Rs 1 l .5-7). Sofoniasdenunciou o povo por adorar aJeov numa cerimnia comumcom essa asquerosa divindade

    (v.5). Isso exemplifica a realidadedo ritual sincrtico no meio dopovo escolhido.

    3. O modismo do povo ea violncia dos prncipes. Nohavia nada de errado em algumvestir a roupa do estrangeiro. Oproblema da "vestidura estranha"(v.8) era o compromisso religiosode tal indumentria com o paga-nismo (2 Rs 10.22). Os prncipesde Jud, provavelmente filhos deManasss ou Amom (pois Josiasera bem novo para ter filhos nessaidade), sero duramente castiga-dos por causa da violncia e doengano (v.9). O objetivo do castigodivino exterminar o baalismo, osincretismo, as prticas divinat-rias e as injustias sociais.

    SINOPSE DO TPICO (3)O objetivo do livro de Sofo-

    nias anunciar o juzo de Deussobre as naes e as mazelassociais e religiosas praticadas pelahumanidade.

    RESPONDA4. Qual o objetivo do castigodivino?

    IV. "O DIA DO SENHOR"1. Significado bblico. O

    termo hebraico para "dia" yom,que pode ser "dia" no sentidoliteral (J 3.3) ou perodo detempo (Gn 2.4). Assim, "o dia doSENHOR" (v.7) ou as fraseologiassimilares "dia da ira do SENHOR"(2.2,3) e "naquele dia" (1.10),indicam o perodo reservado porDeus para o acerto de contascom todos os moradores da terra

  • (Is 13.6,9; Ez 13.5; Jl 1.15; 2.1).Esse perodo tambm chamadode Grande Tribulao (Ap 7.14). Ojulgamento dejud e das naesvizinhas o prenncio do juzovindouro.

    2. O sacrifcio e seus con-vidados. A profecia afirma queJeov "preparou o sacrifcio e san-tificou os seus convidados" (v.7).Aqui, essa sentena chamada de"sacrifcio", uma metfora usadapelos profetas para indicar o juzo(Is 34.6;Jr46.10; Ez 39.1 7-20). Overbo hebraico para "santificar" qadash, cuja ideia bsica con-siste ern "separar, retirar do usocomum" (Lv 10.10). Ass im, osbabilnios foram separados porDeus para a execuo da ira divinasobre o povo dejud (v. l 0).

    SINOPSE DO TPICO

  • AUXLIO BIBLIOGRFICOSubsdio Teolgico"[O Juzo Final]No h ningum na Escritura

    que possa dizer mais sobre issodo que o Senhor Jesus. Ele advertiurepetidamente a respeito do imi-nente julgamento dos que no searrependem (Lc 13.3,5). Ele faloumuito mais sobre o inferno do quesobre o cu, usando sempre os ter-mos mais ntidos e perturbadores. Amaior parte do que sabemos sobreo destino eterno dos pecadores veiodos lbios do Salvador. E nenhumadas descries bblicas do juzo mais severa ou mais intensa do queaquelas feitas por Jesus.

    No entanto, Ele sempre falousobre essas coisas usando os tonsmais ternos e compassivos. Elesempre insiste para que os pecado-res abandonem os seus pecados,reconciliem-se com Deus, e se refu-giem nEle para que no entrem emjulgamento. Melhor do que qualqueroutro, Cristo conhecia o elevadopreo do pecado e a severidadeda clera divina contra o pecador,pois iria suportar toda a fora dessaclera em benefcio daqueles queredimiu. Portanto, ao falar sobre es-sas coisas, Ele sempre usou a maiorempatia e a menor hostilidade"(MACARTHURJR., John. A SegundaVinda, l .ed. Rio de Janeiro: CPAD,2008, p. 180).

    BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

    Dicionrio Bblico Wycliffe.l.ed. Rio de Janeiro: CPAD,2009.MACARTHUR JR., John. A Se-gunda Vinda. l.ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2008.SOARES, Esequias. O Minist-rio Proftico na Bblia: A vozde Deus na Terra, l .ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2010.

    SAIBA MAISRevista Ensinador Cristo

    CPAD, n52, p.41.

    RESPOSTAS DOS EXERCCIOSl. O tema o "Dia do Senhor".

    2. Da tragdia global referidaem 3.6-8.

    3. uma figura de linguagem queconsiste em dar sua significao

    uma nfase exagerada.4. exterminar o baalismo, o sin-cretismo, as prticas divinatrias e

    as injustias sociais.5. O juzo.

  • Lio l l/ 6 de Dezembro de 2012

    O COMPROMISSODO Povo DA ALIANA

    "Mas buscai primeiro o Reino de Deus,e a suo justia, e todas essas coisas vos

    sero acrescentadas"(Ml 6.33).

    LEITURA DIRIA

    Segunda - 2 Cr 36.23rei da Prsia e o Templo

    uV Tera - Ed 3.10

    Lanam-se os alicerces do Templo

    MU f? Quarta-Ed 4.3\^\ edificao do Templo

    Quinta- Ed 4.23,24

  • LEITURA BBLICAEM CLASSEAgeu 1.1-91 - No ano segundo do rei Dario,no sexto ms, no primeiro dia doms, veio a palavra do SENHOIpelo ministrio do profeta Ageta Zorobabel, filho de Sealtieiprncipe dejud, e a Josu, filh(de Jozadaque, o sumo sacerdcte, dizendo:2 - Assim fala o SENHOR diExrcitos, dizendo: Este povo diiNo veio ainda o tempo, o tempcem que a Casa do SENHOR devtser edificada.3 - Veio, pois, a palavra do StNHOR, pelo ministrio do profetcAgeu, dizendo:4 -para vs tempo de habitar-des nas vossas casas estucadas,e esta casa h de ficar deserta?5 - Ora, pois, assim diz o SE-NHOR dos Exrcitos: Aplicaio vosso corao aos vossoscaminhos.6 - Semeais muito e recolheispouco; comeis, mas no vos far-tais; bebeis, mas no vos saciais;vestis-vos, mas ningum se aque-ce; e o que recebe salrio recebesalrio num saquitel furado.7 - Assim diz o SENHOR dosExrcitos:Aplicai o vosso coraoaos vossos caminhos.8 -Subi o monte, e trazei madei-ra, e edificai a casa; e dela meagradarei e eu serei glorificado,diz o SENHOR.9 - Olhastes para muito, mas

    _ e/s que alcanastes pouco; e essepouco, quando o trouxestes paracasa, eu lhe assoprei. Por qu? disse o SENHOR dos Exrcitos.Por causa da minha casa, queest deserta, e cada um de vscorre sua prpria casa.

    INTERAOO Templo era o smbolo visvel da alianade Deus com o seu povo. Nesse contexto que aparece Ageu, o primeiro profeta aexercer o ministrio no perodo ps-exlio.Sua mensagem central no poderia seroutra: "Israel, reconstrua o Templo parao Senhor!" Os judeus estavam indiferentesem relao obra de Deus, porm atravsdo ministrio de Ageu e Zacarias, o Templofoi reconstrudo, e conforme a palavra doSenhor, "a glria da segunda Casa sermaior que a da primeira". Como servosdo Altssimo precisamos estar atentos,pois como os israelitas, tambm podemosnegligenciar a obra de Deus e o cuidadocom a Casa do Senhor. Que sejamos servoscompromissados com o Reino, trabalhan-do para o seu crescimento aqui na Terra.Coloque suas prioridades em ordem corre-ta, segundo as Escrituras Sagradas.

    OBJETIVOSAps esta aula, o aluno dever estarapto a:Conhecer o contexto histrico davida de Ageu.Elencar os principais problemasencontrado pelos judeus para re-construir o Templo.Saber que temos responsabilidadediante de Deus e dos homens.

    ORIENTAO PEDAGGICAReproduza o esboo da pgina seguin-

    te conforme as suas possibilidades.Utilize-o para introduzir a lio. Expli-que que o livro do profeta Ageu pode

    ser divido em duas partes principais: aprimeira, "a reconstruo do Templo"; asegunda, "o esplendor futuro do Tem-plo". D nfase palavra-chave, pois aprofecia de Ageu gira em torno deste

    tema. Conclua dizendo que devemos en-carar a nossa responsabilidade na obra

    de Deus no como um fardo pesado,mas como um grande privilgio.

  • INTRODUODejoel at Ageu passaram-se

    mais de 300 anos. A hegemoniapoltica e militar, nessa fase dahistria mundial, estava com ospersas, pois os assrios e babi-lnios no existiam mais comoimprios. Quanto aopecado de Jud, esteno era a idolatria, poiso cativeiro erradicarade vez essa prtica. Oproblema agora, igual-mente grave, era a indi-ferena, a mornido e ocomodismo espiritual dos judeusem relao obra de Deus.

    I. O LIVRO DE AGEU1. Contexto histrico. No

    livro de Esdras, encontra-se orelato das primeiras dcadas doperodo ps-exlio. Por isso, fundamental ler os seis primeiroscaptulos do referido livro, paracompreendermos o profeta Ageu.O rei Ciro, da Prsia, baixou odecreto que ps fim ao cativeirodejud em 539 a.C. Pouco tempodepois, a primeira leva dos he-breus partiu da Babilnia de voltaparajud.

    a) Cambises. Ciro reinou at530 a.C., ano em que faleceu.

    PALAVRA-CHAVE

    Templo:Espao ou edifciodestinado a culto

    religioso.

    Cambises, identificado na Bbliacomo Artaxerxes (Ed 4.7-23),reinou em seu lugar at 522 a.C.Este, por dar ouvidos a uma de-nncia dos vizinhos invejosos ehostis ajuda, decidiu embargar aconstruo da Casa de Deus emJerusalm (Ed 4.23).

    b) Dano Histaspes. Aps amorte de Cambises, Dario Histas-

    pes assumiu o tronoda Prsia (reinando at486 a.C.), e autorizoua continuao da obrado Templo. Ele citadonas Escrituras Sagradass implesmente como"Dario" (Ed 6.1,12,13).

    2. Vida pessoal. No h,alm do profeta, outro Ageu noAntigo Testamento. O seu nomeaparece nove vezes na profecia eduas no livro de Esdras (Ed 5.1;6. l 4). Ageu foi o primeiro profetaa atuar no ps-exlio. Seu chama-do ocorreu cerca de dois mesesantes de Zacarias receber o pri-meiro orculo: "no ano segundodo rei Dario" em 520 a.C. (l .1; Zc1.1). O fato de Ageu apresentar-se como "profeta" (vv.1,3,12;2.1,10) demonstra que os con-temporneos reconheciam-lhe oofcio sagrado. Alm dele, apenasHabacuque e Zacarias mencio-nam o ofcio proftico em suasapresentaes (He l. l; Zc l. l).

    ESBOO DO LIVRO DE ACEU

    Parte l - Reconstruo do Templo (1.1-1 5)(1.1) Introduo,(l .2-11) Primeiro orculo: exortao para a reconstruo do Templo.(l .1 2-1 5) Segundo orculo: resposta e compromisso.Parte II - Esplendor Futuro do Templo (2.1-23)(2.1-9) Terceiro orculo: compromisso e promessas.(2.1 0-23) Quarto orculo: decises e bnos futuras.

  • 3. Zorobabel. A profecia deAgeu foi dirigida "a Zorobabel,filho de Sealtiel, prncipe de Jud,e a Josu, filho de Jozadaque, osumo sacerdote" (v. 1). Sob a sualiderana e a do sacerdote Josu,ou Jesua, filho de Jozadaque, osremanescentes judeus retornaramda Babilnia para Jerusalm (Ed2.2; Ne 7.6, 7; l 2.1). A promessadivina dirigida a Zorobabe mes-sinica (2.21-2 3), sendo que a pr-pria linhagem messinica passapor ele (Mt 1.12; Lc 3.27). Dessaforma, Jesus o "Filho de Davi",mas tambm de Zorobabe.

    4. Estrutura e mensagem.O livro consiste de quatro curtosorculos. O primeiro foi entregue"no sexto ms, no primeiro dia doms" (v. 1) [ms hebraico de elul,29 de agosto]; o segundo, "nostimo ms, ao vigsimo primeirodo ms" (2.1) [ms de tisrei, 17de outubro]; o terceiro e o quartoorculos vieram no mesmo dia, o"vigsimo quarto dia do ms nono"(2.10,20) [ms de quisleu, 18 dedezembro]. A revelao foi dada di-retamente por Deus (vv.l ,3). Ape-nas Ageu apresenta com tamanhapreciso as datas do recebimentodos orculos. O tema do livro a reconstruo do Templo. Dos38 versculos divididos em doiscaptulos, dez falam da Casa deDeus, emjerusalm (w.2,4,8,9,14;2.3,7,9,15,18). Em o Novo Testa-mento, Ageu citado uma nicavez (2.6; Hb 12.26,27).

    SINOPSE DO TPICO (1)O tema do livro de Ageu a

    l reconstruo do Templo. Dos trin-

    ta e oito versculos, dez faiam daCasa de Deus em Jerusalm.

    RESPONDA/. Quem embargou a construodo Templo de Jerusalm, e quemdepois vetou esse embargo?2. Quem liderou os remanescentesde Jud no retorno de Babilniapara Jerusalm?3. Qual o tema do livro de Ageu?

    II. RESPONSABILIDADEE OBRIGAES

    1. A desculpa do povo.Ageu inicia a mensagem com afrmula proftica que aponta paraa autoridade divina (v.2). O povo,em dbito que estava com o Eter-no (v.2b), em vez de reivindicaro decreto de Ciro para continuara construo do Templo, usou adesculpa de que no era tempode construir. Por isso, o Senhorevita chamar Jud de "meu povo",referindo-se a eles como "estepovo". Em outras palavras, Deusno gostou da desculpa da naoGr 14.10,1 1).

    2. Inverso de priorida-des (vv.3,4). O orculo volta adizer que a Palavra de Deus veio aAgeu (v.3). nfase que demonstraser o discurso do profeta umamensagem advinda diretamentedo Senhor que, inclusive, trouxe-ra Jud de volta a Jerusalm paraconstruir a sua Casa. Mas o povopreocupou-se mais em morar nascasas forradas, enquanto queo Templo, cujo embargo haviaocorrido h l 5 anos, continuavaem total abandono (v.4). Era umaopo insensata. Os judeus negli-

  • genciaram uma responsabilidadeque, atravs do rei Ciro, o Alts-simo lhes atribura (Ed 1.8-11;5.14-16). O desprezo pela Casado Altssimo representa o gestode ingratido do povo judeu (vejao reverso em Davi: 2 Sm 7.2).

    3. Um convite reflexo.No versculo cinco, vemos umapelo conscincia e ao bomsenso, pois o prprio Deusquem fala. Tal exemplo mostraque devemos parar e refletir,avaliando a situao nossavolta, percebendo, inclusive, oagir do Senhor.

    SINOPSE DO TPICO (2)A responsab i l idade e as

    obrigaes devem ser precedidaspor uma reflexo cujo bom sen-so e a conscincia permite-nosconhecer o agir do Senhor emnossa volta.

    4. O que representa o gesto dedesprezo pela Casa de Deus?III. A EXORTAO DIVINA

    fc 1. Crise econmica. Oprofeta fala sobre o trabalhar, ocomer, o beber e o vestir comonecessidades bsicas, pois ga-rantem a dignidade do ser huma-no. Mas temos aqui um quadrodeplorvel da economia do pas.A abundante semeadura produ-zia muito pouco. A quantidadede vveres no era suficientepara saciar a fome de todos. Abebida era escassa, a roupa debaixa qualidade e o salrio no

    tinha a bno de Deus (v. 6).Tudo isso "por causa da minhacasa, que est deserta, e cadaum de vs corre sua prpria

    0casa" (v. 9). Era o castigo pelaj desobedincia (Dt 28.38-40).; Era o resultado da ingratido do! povo. Por isso, o profeta convida

    a todos a refletir (v.7).r^ 2. A soluo. Nem tudo

    (estava perdido! Deus enviouAgeu para apresentar uma sadaao povo. O Profeta deveria levaradiante o compromisso assumi-do com Deus: subir ao monte,cortar madeira e construir a Casade Deus. Fazendo isso, o Senhorse agradaria de Israel e o nomedo Eterno seria glorificado (v.8).No era comum o povo e as au-toridades acatarem a mensagemdos profetas naqueles tempos.Oseias e Jeremias so exemplosclssicos disso, mas aqui foi di-ferente. O Esprito Santo atuoude maneira to maravilhosa, queocorreu um verdadeiro aviva-mento e a construo do Temploprosseguiu sob a liderana deZorobabel e do sumo sacerdote

    Josu (v.l 4).3. O Segundo Templo.

    Enquanto isso, na Prsia, o novorei Dario Histaspes ps fim aoembargo. Ele colheu ofertas paraa construo e deu ordens parano faltar nada durante o anda-mento da obra. Ele ainda pediuorao ao povo de Deus em seufavor (Ed 6.7-10). Finalmente, oTemplo foi inaugurado em 516a.C., "no sexto ano de Dario" (Ed6.1 5). Esse o segundo e o ltimoTemplo de Jerusalm na histria

    Licr-.s BBLICAS 79

  • i judeus. E assim, a presenade Deus no Templo fez da glria

    J; da segunda Casa maior que a da1 primeira (2.9).-*

    SINOPSE DO TPICO (3)A presena de Deus no Tem-

    k> pio fez a glria da segunda Casamaior que a da primeira.

    RESPONDA5. O que fez a glria da segunda Casaser maior do que a da primeira?

    \l

    CONCLUSOA lio de Ageu tem muito a

    ensinar-nos. No devemos encarara nossa responsabilidade e compro-misso como fardos pesados, masreceb-los como algo sublime. honra e privilgio fazer parte do pro-jeto e do plano divinos, mesmo emsituao adversa (At 5.41). Assim,somos encorajados porjesus a atuarna seara do Mestre a fim de que anossa luz brilhe diante dos homense Deus seja glorificado (Mt 5.16).

    VJ

    80 LIES BBLICAS

  • VOCABULRIOHegemonia: Supremacia, su-perioridade.Embargo: impedimento, obs-tculo.Sobrepujar: Exceder, ultra-passar.Inspito: Lugar em que no sepode viver.

    BIBLIOGRAFIA SUGERIDAHARRISON, R. K. Tempos doAntigo Testamento: Um Con-texto Social, Poltico e Cultural.l.ed. Rio de Janeiro: CPAD,20)0.MERRIL, Eugene H. Histriade Israel no Antigo Testa-mento: O reino de sacerdotesque Deus colocou entre asnaes. G.ed. Rio de Janeiro:CPAD, 2007.

    SAIBA MAISRevista Ensinador Cristo

    CPAD, n52, p.41.

    RESPOSTAS DOS EXERCCIOSl.Cambises, identificado na Bblia

    como Artaxerxes (Ed 4.7-23).2. Zorobabe e Josu, filho de Jo-

    zadaque.3.A reconstruo do Templo.

    4.Representa o gesto de ingratidodo povo judeu.

    5.A presena de Deus.

    AUXLIO BIBLIOGRFICOSubsdio Teolgico

    "Ageu [...]Ageu censurou os judeus por

    sua indiferena, e os repreendeupor construrem as suas prpriascasas enquanto a casa de Deus eranegligenciada. Ele assegurou aoshabitantes de Jerusalm que asadversidades que vinham sofren-do eram castigos por sua apatia.Zorobabe foi estimulado a dar asuperviso apropriada obra quetinham em mos, e quando pareciaque as revoltas na Babilnia podiamainda ser bem sucedidas, ele pareceter sido considerado como o homemdivinamente ungido, que deveriaconduzir Jud independncia.

    [...] O livro de Esdras passa emsilncio pelo perodo de cinquenta esete anos que se seguiram conclu-so do segundo Templo. No impriopersa, a morte de Dario l, em 486a.C., foi seguida pela ascenso deseu filho Xerxes (486 - 465 a.C).

    [...] Durante este perodo, acomunidade judaica lutou, com co-ragem, para sobrepujar a pobrezacom que a terra fora assaltada, eesforou-se duramente para arran-car alguma prosperidade do soloinspito. Em outro tempo, porm,a orgulhosa capital ainda carregavaos sinais de sua humilhao, e em-bora o Templo estivesse concludo,a cidade ainda permanecia semmuros" (HARRISON, R. K. Temposdo Antigo Testamento: Um Con-texto Social, Poltico e Cultural.l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010,pp.285-86).

    '-, Mi