opinião pública - walter lippmann

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Segundo capítulo do livro Opinião Pública.

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  • 5/10/2018 Opini o P blica - Walter Lippmann

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    . . . , . . ~c- Censura js prlvaetdads

    1A ima~m de urn gcm::rJ.I p.res:iuindo uma .w.knv3 dt irnprensa na

    h or a m a is t er rJ ve ! de um a das grandes h am lh a s d a h ls t6 r 1r u p ., lw t :~ma is ~f:!"u m a c e n a do . " f i i l : r r u : : roJ .dadode d~vc,()\tatelI o ~l.JKt IlUIap a g i l l ! 8 J d ~ v :! d .a . N ocntanru, ficam.olS -~:dJr~t.lJJd~}rimeiramcnte pd("j, ofitial q Hp edirou us. cdr'TII:!"nicades i n l ! O i ( " C : ~ s ,que rstas : c o . l : t o " t i v l l i s f n r a m parte regular du n t g 0 . c l 9 dagu.crra; que; :no..'l~pio:["E;>ementos dc VOl 'G l u n, { _ )G(;jJ.(_' :[a~.Jofhcc sell. g~bi-netecnccnzraram-se t di~(;liJd'r~m ~t)br" .!>Llll,~ta:rrtiv(]~ .adjedvus ~ ~,t::rho:;q ue d!~, , ,e l-.U[)mer impn :: :s , sI : JS ,no s [o rnai s da m;]nnii ~e::guinte.o ..:;(imtmlcado da neite do ~lla 13 (feverciw de 191 .6 ) . . dil- M., dePierrefeu":

    F o i @ C i i ta ,j jo [jIUm a ,mnMf'~ra dJram!i( i.ca. M . . 1 E l " l 1h d o - t. . dasArJe do p : rH ' i1, aum-min i st rn , . l in n a In~o tB:19'fnni1l;do~ob as 01'-dens do !Tiir~btro I P e < d i n ~ J Q a . r ) G elf l ' r< l l P e l : i e cari'ega r nas t i : ! l -tasde relat.6rio e rei:lli~ar a5 1pr ,o pm. ;; oe~ . .dQ a tA :i q uL e inil'nugo,E r rl 'l n~C leS -$ i lr iQ p , nz~pa l nn0 pU lbi k :: o pe r a 00 p iQ r Re:!i,u~tado nocase de ,o f .atQ tr

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    p r e c : i S ! J I i a flear surprese 1 " ' 0 1 , 3 \ FlQ$~,j retirade, Gua,ndo, m" , , ; i anora apOs, deseicorn meu m:!l l1uS(l.r i tQ,enccntrei reunldla..sjuntos. na sala do Coronel Claudia, 9stan{lQ ele ausente, 0 ma-jal"'9Al'iu~'F c iv is t er ia m t om s do l: .H'li1reves :~nHlI d es as tr e, 0 Alto. C om a l: ld o p od er la e st ar dfi~'_JNmt.lL>dp.,m as a in ela m;SB: [ ] ] fLJ]];QUmlrlldO;lIsp e s s oas e l l) casa of no esrrangeiro, cheias de incertezas, e (Pin nen hunt 0:0-jetivoprofissionel em com um , poderiam c om b ase na cs[t'mia completa rerperdido ;1 visaQ'da ~\!err:_~na esearamuca entre urna f~i~ao e conu~f.a~.losohre a competencia dns u fi .d li s. P o rUUHO HO inves de deixar o p J , : i h l . i ~ : { )agircnm base em tudes os fates qile '?-~'gener. : i s . S:.lbua1H~ all auroridades.~lut:M:l!l:taram somente a lg un s f arO 'S . e e s te s .tiO~lC'l i l tL . ' : d{.:maneira qu e muleep m v a v c l r n e n t e O~ ~ . e ' V S l S & ; ! la:cilt:lnla'lr < 1 : . < ; pes~o~~.

    Neste CO ! so os hemens que tinbam mentadn o pseudo'-~mhiente sa-b iam q ual era . a rea lidadc . .M as alguns dias dt=pu.i~'UUl in cide ute ~ Qb n: oqual (Icomando flCall:d~-snio sabia J verdade aconreceu. Os 1relnje~. a : m L I l '! . : ia t J , l l1 l ' q u e aa r a r d e anterior' eles riuham romado -0 Forte Douau-rnonr de assa lro. No quar rel-genera l f[am: ils. em Chantil ly ningnem po-.d~aentender estas notlcias, Poi~ r1an~,anha do d ia 2 1, a po s 0 erlg:ljamen-tn do .Ba ta l b iJ o XX,5e dilzia. que a. hatalha tin ha se nicdificado para me-lhor, Os relates do f l ' O _ n t na.o comentavam n

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    4.8. . _ - .. _ i '. _ I

    migo, apQ$ i !' )i Jm e, 'o sa sSf J lt o s m a / suC -GJ r/ idO ' 8.que. the custs-ritmfM!~~;lI'Jasperc/as. f o l a lcal 'l l t; : !I dO H!Dv 'am" lln t-a e lu l1 i raD~ssa l 'do por nossastropes que 0~nimig~ RflO cO!1Jl>eguil~6,fastar3,.

    o q u e d e f ar o t in ll 3. : ac o nt .. e c tt 1o ~1 t" et ia : ta n to d o : rd a ro fI't'lIlC~S ,o'tuodo alcm.1io. AQ trocar as t ropas na linha 'de frente, a PQsj,~o nub.ade. al-gumi:1! (unIl jE R i fl 5FEU. Op . (;[.1.. p. 13

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    Elm pO l lcas ,semafl< ] i$ , : as,- .e :xaur 'id ,8S i fC ii~as, al18mas ~o.~ esree5fo~C'o.r e . t 8 l o ~U9~rifrl!.l!lt,n fOci;;}!] , a s f Q r ~ I 3 S d : ; ; i {H)~ l ri i. o ( '1 0[ h f l h o e l ! ] : e ! ) T 1 t r ~ 1 s e e m milho!!lS)""_

    a)~ ~()rdo ,Goil): M~~ , ! P i e n : : e r e 1 i , o coniwlndo,b;i:fiC~S, , f l l l S l ; k ! ~U , ~ @IT~d t -nil' :~,issn.'"P:Brurna cxt;ra~lrd~tJaria"tl!berra~() ,tr:1I~:t"1J.somenre Q'll~tho J tJ]llimi.gb f~)i I,I:i!lh),; pateee q.1l~)io~or\-a5I'l1au eiitiili'~rmnsllie]~ a()3miit,o.o G c : n, cr a 1 N i y cl lr a'r ~ il h ou , c le .s .t a~ t cl 6 i. "i S , V i :m ( > .. ~ ()res"uita9n e l m , l sn ]" -A r r e~ l~e mDS ' a , . ; ;11 (1:h~,des.l1'am 0 plihl:L.UJ, ~l ,; ~~ tumaJo ~ .ideia tit qu e a gm:rra(iuIJ.SiJ.>~e"de ~l 'am .de,s miy, i l1l lnto&! t :~ ; tt t l te :~ '01> . a:taques; llO.i>'f 1H: i, (~ !: i, bl oquei es e :~l:r;.'Hll~,tl~n:rndi!fk~: f i l . t ;[ 1 L l J J : gtl:l!dII~~J!jntt tfsqu~(t:t a q l , . H : 1 < 1 . ,lmage;11). c ; n ' i ~ : v o r daf ( ! ; e , ' i , jt~tl":r1itel d e ' t[Lle~ jb~ibet1dovjd1Jj~,IT gntt:ta p(ltkria ser y e t t t ( _ ~ i i ( J a ~ ~ :tr~'itt:s de s eX l co.fl~fn)k,s()brc tmla,~1IiS]]oti-~i1!8 do ( r e l t 1 : t , j ( I E s w . d dM a i ( ! l c I lt J . i O i , :diii,cava,~ V1S;lJO {:In", b;i:.0Jl';qnfl "9m rona';.'" esta e!;u:11)egicOl.

    o .E s r a clo ' J !\O l.d Q r ( j , e . urn ex,f,rdto _ n o ('-'Imp6de hal"alha ~_,a,~'StilllPQs1dOfi~ld,od e f or :r .n .a que' d~ll~nl ,diekl.l"gos 1 :, r l ~ : l t e ~ ] 'Jade O( l Il1 :f .m l~< li ro_tjue 'G

    'Qpt\i~" p(!ljjICB , , , , " " , , - - , , , , _" , , , " " " ", _ , " . , __ , , ':;1

    pU :b l :i co i, d p er c eb e r . . E le controla a ~~ie~~:Q.du..~'eo:rreSPUlldent~,sfl!tlBao-ao f t - p 1 . I t " '~i!ltroJ;a seus . i inPVll}1>enw:;. . r~m tm lt a G JL :Ia s~~~tSClg:e:nsI:: ~~penl .a t e l ~ . a f f i ; 3 . _ At!f,a".~s.do ~om d~~eu ~ ~ , e r r : v i o scercto, ,N1a~no ' lYJS@ d , e E l , I T ; l e 'X e: rc rw () ~(H'l;tr..oJeesti h : ) f I : g . e de 'set p e r f e i t o . Hi ~Ip,r,re ~ c{"jl1:'nl:nic~dqs d ' l ' ) l'lli~ig~~, qqen~$t~ 'S d:i,il!~d ( ; , ; ; : o I 1 1 u ; n i c a . g l u t ' !1lcli(if6I1!i~ ' l: I : l . a@ CO.f iS t :gucm_~er iT I lp~~di ;d :o"s ;l~~rn.tg11t' ao s u e ,lm ;os . Ac hn f r. d e rud0'hi () Tela'todfJ~,svtd-ados , que ,d:J@-gan'~,de volh1d:esJt 0 f ro tH ~ '~ 'se '~'$pVllhmlqpan(lo c s m Q d e - _f 'Qlg~7. Uill~xCtd: to 6 f1h;a itlgb"Clll~:vd. E po r isso qlll~a: censura d'ipl{)'Il}{i:ri(i'( (! l1ir""a 1 ifq1uase '8emp'[{;_~cmhpletrl .1Jo~c~s, , l - tt '~~~~ss~!Jem () .que e s ~ a :~1i:OI.lcLe;.c . : m - d o , e$~U:SatD~'~ao,mai\ f ~ 'l c u rm e m - e s l1 [ 1 ') L ' T I 'j ~ io H a , d o :s ,

    , S ern algum .a {C rIm i. d e Ge~)8Ut : i . ,pmraganJa .qfl,g~utidf:,l ' e ! \ i : r . i w d a p a "k rMi l ,f imp~jiS~tyeL Pina ceuduz ir a 'Pmp~g:l'll'l~a (l~w~ h::rve~4~g:urrt1!llbru:~r~fri:IJf.~~trcD p , i i t J l ico e DIlY!2tnQ. AecssQ t l.o aI llb icnDf ' re~l ~pr t'C i sa s : e l; 1illl:i-tado, : il jj ) tc~q l ;l e a1 ;gu lm ( :r ie u rn p~t:.LJdo ! ; u o d9'qJ1~oon8rt:.ilui ( j~a .~8uJr (Oi : i ' iPr~YcJdos :d :u ln

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    5:2'. , , , ,

    do i:18Hlntp pfiYatlu, e cuidadosa pmi;:,i1;~Q.nj,]d defmp()$[.(} de rendn eFeit' ; '!P'i1X1il m.a[ltt::"la tao prJvada quantu possive], l\, venda de umpedacode terra !laof.rrj".~d'\imas o prego poJc ser, S~l.h~rios,aC ) ge'l ' ,almeJllii'!miJar', n o e nt an tn , d a , - d l : > r r i i . T l , ~ i a . qu e geralmcn-litsepcra sm,l nphllJ,O puhl.lca . e f' aev e lT t n que e l i 1 ! c o l tratam , E a ] ' \ e :col :d~~~~oeemsi nk:S.mll uma p.tQn::~a~,},

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    3 Contain e nportunidade

    1Enquento a ccnsura e a. p r iv a c id a d e i n te r ce p ram muifa informacao

    na .foll te , urn curpo muito maier dk btos nunca che;g-~'i,l) pubJicoem g;c-ral, ULI cntao n faz muito lcntamente.Pois hil imues UlUlW ni!tid(.Ispa,aa;circulacao das ideia.e'Ul,r .xlgda;, 'L . '~I ,lun~ ~ .,~ , las llJ.ltlS .a.lblp os,. encontrem-se 4.10.111POllta3 ~e" . l'f .' Ji ' .'." . '. ;;~O

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    56......... Cole~ao Class icos da Comun ica~ao Soc ia l

    te, da maxima influencia na circulacao de ideias, Cada urn deles aferao suprimento e a qualidade da informacao e opiniao numa f~lrIna dasmais inrrincadas, Cada urn deles e afetado pelas condicoes tecnicas, eeo-nornicas e polfricas.

    Carla vez que 0 governo facilira a liberacao do passaporte ou a ins-pecao da aduana, roda vez que uma nova via ferroviaria ou urn novoporto e aberto, uma nova linha naval e estabelecida, toda vez que os pre-cos sobern au descem, as correios viajarn ruais rapido au rnais.lentamen-;e, os te legramas sao Iivres de censura e tornados mais bararos, r :}d~via~sa~"}conStrufrlas, ou alargadas, ou melhoradas, a circulacao das ideias einfluenciada. Os horarios das tarifas e subsfdios afetarn a direcao do em-pree~dimento comercial, e, portanto, a natureza dos contratos hurna-nos. E pode muito acontecer, como foi 0 caso de SaIe~, Massa~hu~set ts!' , que a modificacao na arte da constru~ao naval redu.Zlra ~ma cida-de inteira de urn cent ro para onde as influencias internacionais conver-gem numa cortes cidade provinciana. Todos os efei~os.i~~dia .tos de urnt ransito mais rapido nao sao necessariamente bons. E diflci l afirrnar, porexernplo, que 0 sis tema ferroviario frances, tao cent ralizado em Paris,tenha sido uma indiscutivel ben~ao ao povo frances.

    : E certamente verdadeiro que os problemas que emergem dos meiEtSde corrumicacao sao da maier importancia, e urn dos rnais const rutivosaspectos do progra rna da Liga das N a0;6estern sido 0 esrudo feito sobr:~0tdhTsito das ferrovias e 0 acessoao mar. 0monop61io da cabodifusao=,dos portos, dos postos de gasol ina , das passagens montanho.sas , canais,est rei tos le itos dos rios , terminais , mercados signi ficam mui to mars do;que 0 enriquecimento de urn grupo de negociantes, ou do prestigio deurn governo. Significa lima barreira a troca de noncias e ~pill ia_o. M~monop6lio nao e a unica barreira, Preco e abastecrrnenro dlSpo!1wel.s:l0ainda rnaiores, pois 0 custo de viajar ou negociar e proibitivo, e se axle-

    . .. . . foi as ado A locali-1 A c id ade de Sal em t er n cer es de40 m il h ab lt an ts s. Seu . a nt ig o por to 01 assore . .d a~e t or nou- sa c cnhe cl da pel o j ul gament o con tr a br uxas em 169: .! . 0 p ort o da c ld adee ra u rndos el os do pais com a China. a cornarc io naval decaiu depots da guerra. de 1812.12. Aperfsicoa a capac idade de conslde ra r a tagarel ice ser ia rnen te .

    Oplniao publica . . . . . . . . . . . . + ..... 57

    manda por instalacoes exceder a oferra, as barreiras existinlO mesrnosem 0monop6lio.

    2o tarnanho da renda de uma pessoa tern consideravel efeito sobre

    sel l acesso ao mundo que esta distanre de sua vizinhanca, Com dinhei rode podesuperar quase todo obstaculo tangfve] decornunicacao, podevia jar, comprar Iivros e periodicos, e pode trazer para a area de .suaaten-0;010quase rodo faro conhecido do mun.do. A renda de um tndividuo e arenda dacomunidade determinarn a quantidade de cornunicacao que epossfvel. Mas as ideias dos hornens dererrninam como aquela rends deveser gasta, 0 que por sua vez afeta no longo prazo a quantidade de rendaque des terao, Mas ha tambem Iirnitacoes, igualmente verdadeiras, ji ique eias frequentemenre sao auto-impostas e auto-indulgenrss,

    Ha porcoes de urn povo soberano que gasta a maior parte do tempolivre e. do dinheiro disponivel em rnotores e comparando rnotores decarros, em ufste13 e em assirir a debates sabre esporres e polftica, em fil-mes e rrabalho artistico, conversando sernpre com as mesrnas pessoascom var iacoes minimas sabre os mesrnos velhos ternas. Nao se pode di-zer que estao sofrendo censura, ou de sigiJo, au alto custo de vida ou dedificliidade de comunicacao, Sofrem de anemia, de falta de apetite e de.cu-riosidade pela cena humana. Nao e deles 0 problema de acesso ao rnun-do exterior. Mundos de coisas interessantes os esperam para serem ex-plorados" e eles nao entram,

    Eles se movimentam, Como seestivessem numa correia, nurn rnesmocirculo de conhecidosde acordo com a lei e oevangelho de seu marcosocia l. Entre as hornens, os cfrcuios de conversacao no rrabalho , no c1u-be e vagoes de turnantes sao mais amp los que 0marco social ao qual elespertencem. Entre as mulheres, 0marco social eo cfrculo de conversacaosao freqi.ientemente iguais, :E 110 marco social que as ideias derivadas dasleituras e palestrase do circulo de conversacro convergern e sao apresell-

    13.0 l Ir S le ~ l im j og o de csrtas de origem ing lesa , jogado por d llas duplas, sendo corrslderado 0anceStral do bridge IN.T.). .

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    s~... , -radas, a(;j;!i!M, rejci. tad.as, .~Ul lg. - 'l Jas . sanc ionad:a: ! 'i . L1 c firul,l .me:nt~ deeidi-do ern ead a fase da dqs cuS \ la n qL H : aum cidades e que reeursos d:t=in forma-~[~A) s . lQ ndrnissfveis, e quais J1iiio.

    Nosso marCO social LOl1S1stedaqueles 'qut f iguram como pessoas uairilse "as pt:S::ioilS estlio dizen.d{i~';s5.()as pe~to~s euja. .a:pWf;l~a() nos im-pnna 'intiniamenre. Nas grandes cidades,..entre ()~h~mew;'~mulheres deamplos interesses e com os meios para se nm1{irnen~ar, (I'I1)aTCQ socialnao c tau r ,i ~~d4men t e < . { ef in i .J o .. Ma.8mesmo nas grsndes cidades, M .quarteiroes e nsnhos d e : vilarejos contendo marcos ~dais .u~lQSi.1~fici-cl:it~,Em comunidades meneres pede existir uma ci'rcuh{ao mais li-v re " u ma a miz ad e mais genu i nO l .d Q ,~,p6:s0 cafe J~mal'.lit:i c ate j:fitif::S d . o ,[antar ..Mas poucas !!;Joas pes scas-que nj,1!sabem, no enta]:lto~a que tipodemarcosoci ...,~ pcr t cnce , e a 1 .1 1J Iru s!taQ perrencem, Usu , almB l .l t (: : ~ .mail'c~distintiva de mn marco social e ' 0' plleSSUpOljtO d e { I !u eas qj~lI;I~a:SJevemcasar-se entre l~.i;Casarfora do grupo ellvo~~"e!,ao nlen.o~, urn mementode d u y . i d i a antes que u t:ngajamenro seja aprovado, (;;lid.. marco SQci;tite rn u ma im ag em b asta nte c 1a '!:'ad e S~ll~pos i' r; a p reb . uta na hicrrutquia.{tog;m ar co s . sb c t ;I is " Entre os mareos no mesmo I 1 . l \ I d . , a associa$8 io E HcU.,Oit>i nd ii vI d ua lS , s 5 .u fac i lmenre .a~eitos, a h{)S ] J it a li dade ,e normal e seme~t"r1~~o:s ,M~J' ino conrato entre osmareos q u e e .~ ta o "arima" rm "'ahJb::o~~sempre uma h,csita~o recfproca, ceeto mal-csrare aCQmcienc: ia J:l. a.i~r e n c a , Cercarnentcnuma s o c i e d a d e CQ ' ! !HO a. d i m E ; S .t ;1 d o :sUnidos," 'fdtws movem-sc de lonna rehn~i"att.ll.~:ilt'.eHvre de urn marco a Utlb;U".'li"~peclalmenre {maC nii.p exlsre b a rr el ra . .r ac ia l e nnJe apusl~iio(j e.1orlu:t1;ri~rnuda taO rap; damente.

    PoS"i' ioo ,ecnn6 'nrica , no eotRl1ti? J~(l, f, rn ed ida pela ClIlii:anltta.~".~renda. Puis ua primeira ,gcitlt~5,o!.pdo menos, arenda ri[iO!!. oquem in a op ad ra c :'jo ci;.d ~m as o c ara te r tin tr:a ba :lh o ~t lUI! h.om.~J1:~~-'eIevar uma g~ra:~aQou dum antes que eledesapareca cia ttad!i\;itl,~~'tJ~Iia . . A ssim osistem a fiu

    - ~ '. I.. , I iI I " I ~ ;. _ _ . . . . . - - - S9

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    60. . . . . . . . . . .. ......... Colecac Classicos de ComuRiCas

    16.ROSS. Social Psycholog.,...-~cap . IX , X, Xi .

    QpjnliiO publica . . , , . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . 61

    inf luentes do mundo, contendo 0 corpo diplornatico, as alras f inancas,os al tos ci rculos do exercito e da rnarinha , alguns princ ipes da Igreja, a l-guns grandesp:ropriet.irios de jornais, suas esposas e rnaes e filhas quedetem 0 cerro da apresentacao. Foi cert a vez urn grande circulo de con-versa~ao e realrnente urn marco social . Mas sua irnportdncia vern do farode que aqui ao menos a di st incao ent re os assuntos publ icos e privadospraticarnente desapareceu. Os assuntos privados deste marco sao temaspubl icos, e os te rnas publicos lhe sao privados, geralmente assuntos fa -miliares , Tanto os canfinamentos de Margot.Asquith '? como os confina-me,ntoS da realeza sao, como dizem as filosofos, muito aproximadamen-re 0 mesmo universo de discurso que trata tanto da tarifa de uma contacomo de urn debate parlamentar,

    Ha varias areas de govern os nas qua is este marco social nao esta in-teressado, e na America , pelo men as, t ern exercit ado somente urn con-' troJef luruante do governo national. Mas seu poder nos assuntos esrran-geiros e sempre mnito grande, e em tempo de guerra seu prestfgio eenorrnemente estirnulado. Isso e natural porque estes cosmopolitas ternurn contato com 0 mundo exterior que a maior parte das pessoas nolopossui. Eles tern jantado juntos nas capita is, e seus senses de honra na-cional nao sao rneras abstracoes; e uma exper iencia concreta ser despre-zado ou aprovado por seus amigos. Ao Dr. Kennicort de Gopher Prai rieiateressa bern pouco 0que Winston pensa e mui to 0que Ezra Stowbodypensa, mas a Senhora Mingorr, cuja filha estacasada com Earl de Swithin,iilteressa muito quando ela visita sua filha, ou enrretern e1a propria aWins ton. 0 Dr. Kennicott e a Senhora Mingott sao ambos socialmentesenslveis, mas a Senhora Mingott e sensfvel a urn marco social que gover-na 0mundo, enquanto 0marco social do Dr. Kennicott governa somen-teGoh Prairi ~ p er rame. Mas em questoes que afetam as amplas relacoes dagrande sociedade", 0Dr. Kennicott sera vis to defender 0 que pensa sersornente sua . ' .~ . b. opimao, rnurto em ora, na realidade, 0 que realmente estadefendendo' . . .- d 1 'e a oprruao a a ta sociedade, que foi se infiltrando ate che-

    n. Emma Alice Marga t'M " ,07/19451 . re argot Asquith, Condessa de Oxford & Asquith 102/02/1864-28/, 8utora anglo-esc Ei .-aristocrMico d. . ,oeese, . a e sua "rna tcrnararn-sn duas rnulheres centrais num grupoe rntelec tlJa lS conhecloo como "The Sou ls " (N,T) .

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    62 . . . . . Coleeao Classioos da Comunica~;;o Social

    gar a Gopher Prairie. .exper imentando mult iplas transformacoes em suapassagem pelos circulos provincianos.

    4Nao faz parte de nossa investigacao uma analise do recido social.

    Precisamos somente fixar na mente quaogrande 6 a parte representadapelo marco social em nosso contato espiritua l com 0 mundo, como eletende a fixar a que e admissfvel , e determinar como deve ser julgado.Cada marco deterrnina para sip roprio os assuntos dentro de sua compe-tencia imediata. Acima de tudo ele determina a administracao detalhadados juizos. Mas 0 proprio julgamento e estabe lecido par padroes" quepodem ser herdados do passado, transmitido au imi tado de outros mar-cos sociais . 0 mais alto marco social cons is te daqueles que corporificama Iideranca da grande sociedade . E ao cont ra rio de quase todos os outrosmarcos sociais onde 0montante de opini6es e de prirneira mao somentesobre assuntos locais, nesta alta sociedade as grandes decisoes sobre apaz e a guerra, de estrategia social e a distribuicao definitiva do poderpolit ico sao experiencias fnt imasdentro de urn circulo que, potencial -mente ao men os, sao de relacoes pessoa is.

    Uma vez que posi~ao e conta to tern urn pape l tao importante em de-terminar 0que pode ser vista, ouvido, l ido e exper imentado, ass irn comoo que e permiss ivel se ver, ouvir, ler e conhecer, nao surpreende que 0 jul-gamento moral seja muito mais comum que 0 pensamento construtivo,Ainda assim no verdadeiro pensamento efetivo a primeira necess idade eelirninar julgarnentos, recuperar 11 m olbar inocente, desernbaracar os sen-timentos, ser curioso e de coracao aberto, A histori a do hornem sendo 0que e , a opiniao publica na escala da grande sociedade demanda urn volu-me de abnegacao equanime raramente atingivel por alguern em qualquerperiodo de tempo. Estamos preocupados com os assuntos publicos, masimersos nos nossos privados. 0 tempo e a atencao sao limitados para se-rem gastos no trabalho de nao se considerar as opinioes como urn fatodado, sendo ainda submetidos a cons tante interrupcao.

    18. cr. Parte III .

    4 Tempo e atencao

    1Naturalmente e possfveJ fazer sornente uma estirnativa grosseira da

    quanti dade de atencao que as pessoas dao cada dia para se informar so-bre os assuntos publicos. Ainda assirn e interessante que tres estimativasque examinei concordarn razoavelmente bern entre si , muito embora te-nham sido realizadas em periodos dist intos, em diferentes lugares , e pormetodos variados":

    U rn quesrionario foi enviado por Hotchki ss e Franken a 1.76] uni-versi tarios hom ens e mulheres de Nova York, e algumas respostas foramcoletadas. Scott aplicou um quesrionario em 4.000 proeminentes ho-mens de neg6cios e profissionais de Chicago e recebeu respostas de2.300. Entre 70 e 75% de todos os que responderam a qualquer dosquestionarios disseram que gastavam diariamente um quarto de horalendo jornais. Somente 4% do grupo de Chicago sugeriram menos queisso e 250/0 sugeriram mais, Entre nova-iorquinos, tun pouco acima de8% calcula ram sua le itura de jorual em menos de quinze minutos,

    Pouquissimas pessoas tern uma ideia muito exata do que sejarn quin-ze minutes, de forma que nao podem set considerados ao pe da letra,Alem disso, os homens de neg6cio, profissionais, e estudanres univers i-tar ios estao propensos a l im curioso vies de nao aparecer gastando muitotempo com jornais, e talvez tarnbern a lima debil suspe ita de desejar se-

    19. Julho. 1 9 00 .W I L COX , O . F. T h e American Newspaper: A S tu d v in Social Psychology. Annals Jfthe American Academy ofPoli tical and Social Science, vol. XVI, p. 56 (As tabelas estat isticas eJt iioreproduzidas em ROGERS . J . E . The American Newspaper l . 1 9 16 I ?) : SCO T T , W . O . The Psycho-logy of Advertising, p. 226-248 . Ver tarnbern ADAMS, H.F . Adver ti sing end i ts Men ta l Laws, cap.IV., 1920.Newspaper Reading Hilbi ts o f Col lege Students, de aut ori a d o prof. George BurtonHotchkiss e Richard B.F ranken, pub lieado pela Assoc ia tion o f Nat iona l Adver ti se rs , Nova York.