ode lusitana # 5 - abril 2015

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1 Editorial O panorama de espectáculos ao vivo dedicados ao metal no nosso país tem mostrado uma grande pujança, resultante do trabalho de bandas, promotores, salas de espectáculos e até de fãs que se dedicam a esta nobre causa. Quando olhamos para as datas da nossa Agenda é usual observarmos a realização de 3 ou 4 concertos no mesmo dia, espalhados pelo país. Podemos questionarnos se é salutar esta situação, em que exista uma dispersão de público, assim como nos podemos questionar da grande realização de concertos que se realiza em Lisboa e Porto, em constraste com o restante cenário nacional. Mas a resposta é simples, porque são nestas duas cidades que se encontram o grande número de fãs, de locais de espectáculos, de lojas e de bandas. Os eventos são mais usuais, o apoio é diferente. O que se tem vindo a verificar é que o resto do país está cada vez a crescer mais a este nível, especialmente o apoio que se tem feito ao metal nacional. Os grandes eventos são fora dos grandes centros urbanos como acontece com o Steel Warriors Rebellion (Barroselas) e o Vagos Open Air (Aveiro). Mas pululam vários festivais como por exemplo Mangualde Hard Metal Fest, Butchery At Christmas, Évora Metal Fest, Colhões de Ferro, Moita Metal Fest, Hellvas Metalfest, Pax Julia Metal Fest, Inaccessible Art, Monasterium Fest, Sublime Torture Fest e muitos mais! O trabalho e o esforço estão lá, as pessoas tem respondido assistindo aos concertos e quando é possível lá se compra uma tshirt e um cd. O convívio existe, as amizades são criadas, as bandas já tem um circuito para realizar espectáculos. Se a oferta é de mais? Nunca é de mais! Cada vez mais de norte a sul as coisas estão a mudar. E é isso que queremos! A música é o nosso escape e paixão que nos guia numa sociedade por vezes descaracterizada. Aqui estão mais 8 páginas de edição gratuita com saída mensal. Imprimam esta zine (livreto A5) e divulgem o nosso metal! Marco Santos Para qualquer informação contactemnos através do nosso perfil Ode Lusitana no facebook ou através de [email protected] ou também através da seguinte morada: Marco André dos Santos Ferreira Rua da Carvalha, nº 53 3770401 Troviscal OBR (Errata: no último número da Ode Lusitana situamos os Cruz de Ferro, como sendo lisboetas, quando na realidade são de Torres Novas! As nossas desculpas!) Breves O mês de Abril/Maio é altura de um dos maiores eventos nacionais! O Steel Warrios Rebellion a decorrer em Barroselas de 30 de abril a 2 de maio e vai já na sua 18ª edição. A armada portuguesa que participará no SWR deste ano é constituída por Vizir, Without Face, Phil Goes Down, Killimanjaro, Equaleft, Redemptus, Wells Valey, Shitmouth, Bleeding Display, Örök, Analepsy, Mother Abyss, Raw Decimating Brutality, Midnight Priest, Jibóia e Cangarra. Ao todo temos 46 bandas em concerto, distribuídas por 3 palcos! A não perder! Inaccessible Art vai na 3ª edição e realizase a 9 de maio em São Bartolomeu da Serra (Santiago do Cacém). O cartaz é composto por Downthroat, Besta, Cruz de Ferro, Analepsy, Since Today, Speedemon, Animalesco, o Método e Liber Mortis. Irá contar com exposições de Sandra Curto (Tearte Pintada), Tiago Jesus (Undead Guitar Works) e de Tiago ‘Tokinha’ (Growing Arts). A parte social não será esquecida, através da recolha de bens alimentares e não alimentares para Instituições de Apoios Sociais locais. Motivos mais que suficientes para fazer uma viagem a esta localidade alentejana. Ode Lusitana Número 5 – Abril 2015

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Fanzine de divulgação do metal português com entrevistas a Rui Marujo (Speedemon), Mário Rodrigues (Projekt NÖIR) e Dico. Notícias sobre Steeol Warriors Rebellion, Inaccessible Art, Aernus, MonteCore Fest, Headbang Solidário, Sardinha de Ferro, Hell in Sintra, Antropomorphic Soul e Kor Divine.

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Editorial          O  panorama  de  espectáculos  ao  vivo  dedicados  ao  metal  no  nosso  país  tem  mostrado  uma  grande  pujança,  resultante  do  trabalho  de  bandas,  promotores,  salas  de  espectáculos  e  até  de  fãs  que  se  dedicam  a  esta  nobre  causa.  Quando  olhamos  para  as  datas  da  nossa  Agenda  é  usual  observarmos  a  realização  de  3  ou  4  concertos  no  mesmo  dia,  espalhados  pelo  país.  Podemos  questionar-­‐nos  se  é  salutar  esta  situação,  em  que  exista  uma  dispersão  de  público,  assim  como  nos  podemos  questionar  da  grande  realização  de  concertos  que  se  realiza  em  Lisboa  e  Porto,  em  constraste  com  o  restante  cenário  nacional.  Mas  a  resposta  é  simples,  porque  são  nestas  duas  cidades  que  se  encontram  o  grande  número  de  fãs,  de  locais  de  espectáculos,  de  lojas  e  de  bandas.  Os  eventos  são  mais  usuais,  o  apoio  é  diferente.        O  que  se  tem  vindo  a  verificar  é  que  o  resto  do  país  está  cada  vez  a  crescer  mais  a  este  nível,  especialmente  o  apoio  que  se  tem  feito  ao  metal  nacional.  Os  grandes  eventos  são  fora  dos  grandes  centros  urbanos  como  acontece  com  o  Steel  Warriors  Rebellion  (Barroselas)  e  o  Vagos  Open  Air  (Aveiro).  Mas  pululam  vários  festivais  como  por  exemplo  Mangualde  Hard  Metal  Fest,  Butchery  At  Christmas,  Évora  Metal  Fest,  Colhões  de  Ferro,  Moita  Metal  Fest,  Hellvas  Metalfest,  Pax  Julia  Metal  Fest,  Inaccessible  Art,  Monasterium  Fest,  Sublime  Torture  Fest  e  muitos  mais!  O  trabalho  e  o  esforço  estão  lá,  as  pessoas  tem  respondido  assistindo  aos  concertos  e  quando  é  possível  lá  se  compra  uma  t-­‐shirt  e  um  cd.  O  convívio  existe,  as  amizades  são  criadas,  as  bandas  já  tem  um  circuito  para  realizar  espectáculos.  Se  a  oferta  é  de  mais?  Nunca  é  de  mais!  Cada  vez  mais  de  norte  a  sul  as  coisas  estão  a  mudar.  E  é  isso  que  queremos!          A  música  é  o  nosso  escape  e  paixão  que  nos  guia  numa  sociedade  por  vezes  descaracterizada.                Aqui  estão  mais  8  páginas  de  edição  gratuita  com  saída  mensal.  Imprimam  esta  zine  (livreto  A5)  e  divulgem  o  nosso  metal!    Marco  Santos          Para  qualquer  informação  contactem-­‐nos  através  do  nosso  perfil  Ode  Lusitana  no  facebook  ou  através  de  [email protected]  ou  também  através  da  seguinte  morada:    Marco  André  dos  Santos  Ferreira  Rua  da  Carvalha,  nº  53  3770-­‐401  Troviscal  OBR    (Errata:  no  último  número  da  Ode  Lusitana  situamos  os  Cruz  de  Ferro,  como  sendo  lisboetas,  quando  na  realidade  são  de  Torres  Novas!  As  nossas  desculpas!)    

 Breves    -­‐  O  mês  de  Abril/Maio  é  altura  de  um  dos  maiores  eventos  nacionais!  O  Steel  Warrios  Rebellion  a  decorrer  em  Barroselas  de  30  de  abril  a  2  de  maio  e  vai  já  na  sua  18ª  edição.    

       A  armada  portuguesa  que  participará  no  SWR  deste  ano  é  constituída  por  Vizir,  Without  Face,  Phil  Goes  Down,  Killimanjaro,  Equaleft,  Redemptus,  Wells  Valey,  Shitmouth,  Bleeding  Display,  Örök,  Analepsy,  Mother  Abyss,  Raw  Decimating  Brutality,  Midnight  Priest,  Jibóia  e  Cangarra.  Ao  todo  temos  46  bandas  em  concerto,  distribuídas  por  3  palcos!  A  não  perder!    -­‐  Inaccessible  Art  vai  na  3ª  edição  e  realiza-­‐se  a  9  de  maio  em  São  Bartolomeu  da  Serra  (Santiago  do  Cacém).  O  cartaz  é  composto  por  Downthroat,  Besta,  Cruz  de  Ferro,  Analepsy,  Since  Today,  Speedemon,  Animalesco,  o  Método  e  Liber  Mortis.  Irá  contar  com  exposições  de  Sandra  Curto  (Tearte  Pintada),  Tiago  Jesus  (Undead  Guitar  Works)  e  de  Tiago  ‘Tokinha’  (Growing  Arts).  A  parte  social  não  será  esquecida,  através  da  recolha  de  bens  alimentares  e  não  alimentares  para  Instituições  de  Apoios  Sociais  locais.  Motivos  mais  que  suficientes  para  fazer  uma  viagem  a  esta  localidade  alentejana.  

 

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       Speedemon,  banda  de  Castanheira  do  Ribatejo  (Vila  Franca  de  Xira),  formada  em  meados  de  2011,  pratica  uma  mistura  de  thrash,  speed  e  heavy  metal.  Em  fevereiro  deste  ano  editam  o  EP  “First  Blood”  com  4  temas  portentosos,  onde  demonstram  essa  mesma  mistura  e  que  influencia  cada  elemento.  Banda  composta  por  Bruno  Brutus  (voz/guitarra),  Jorge  Bicho  (guitarra),  Rui  Marujo  (baixo)  e  Hugo  Pote  (bateria).        Foi  com  o  Rui  Marujo  que  estivemos  à  conversa.    -­‐  Viva  Rui!  Como  homem  dos  sete  ofícios  a  música  tem  um  peso  bastante  significativo  no  teu  dia-­‐a-­‐dia.  Ainda  te  lembras  como  começou  essa  paixão  e  quais  os  álbuns  que  despertaram  essa  paixão?  Fazias  tape-­‐trading  nessa  altura?  O  que  andas  a  ouvir  actualmente  e  que  sons  procuras?          Yo  Marco!  Eu  diria  que  é  bastante  mais  que  significativa,  é  fundamental!  Adulterando  um  pouco  uma  frase  atribuída  a  Nietszche,  é  o  que  vai  oferecendo  sentido,  propósito  e  prazer  à  minha  vida.  Ajuda  a  temperar  todos  os  dias  e  pode  torná-­‐los  mais  curtos  ou  mais  longos.  Para  mim,  é  essencial!  A  paixão  pela  música  devo  atribuí-­‐la  aos  meus  pais.  Não  tanto  por  uma  influência  directa,  de  me  enviarem  nesta  ou  naquela  orientação  musical,  mas  pelo  facto  de  me  proporcionarem  o  contacto  com  diversos  géneros  diferentes,  fosse  através  dos  discos  e  cassetes  do  meu  pai  ou  dos  programas  de  rádio  que  a  minha  mãe  ainda  ouve  hoje  em  dia.  Graças  a  esta  diversidade  de  sonoridades  que  sempre  foram  co-­‐habitando  lá  por  casa  tive  a  oportunidade  de  conhecer  e  aprender  a  gostar  de  coisas  que  vão  de  Black  Sabbath  a  ABBA!  Não  creio  que  tenham  existido  albuns  específicos,  tudo  se  deveu  ao  ambiente  caseiro.        O  tape-­‐trading  surgiu  mais  tarde,  quando  estava  a  dar  os  primeiros  passos  no  mundo  underground.  Ainda  me  recordo  de  algumas  das  primeiras  cassetes  que  recebi,  gentilmente  enviadas  pelo  Rui  Maia  (na  altura  membro  da  banda  punk  Inkisição)  e  pelo  Xico  (actualmente  vocalista  de  Dawnrider).  Estou-­‐lhes  muito  por  essas  cassetes  até  hoje.  Em  relação  ao  que  se  ouve  por  aqui,  as  coisas  estão  constantemente  a  mudar.  Como  tenho  sempre  muita  coisa  para  ouvir/escrever,  as  bandas  e  os  discos  vão  mudando  com  muita  frequência,  mas  nas  últimas  semanas  quando  entro  no  carro  tenho  quase  sempre  um  par  de  coisas  de  Wolfbrigade  ou  Trap  Them  a  rodar.  Para  te  oferecer  uma  ideia  de  como  a  banda  sonora  que  me  acompanha  pode  ir  variando,  ontem  à  noite  ouvi  muito  The  Smiths,  hoje  já  estive  a  passear  por  Tribulation  e,  enquanto  estou  a  escrever  isto,  estou  a  ouvir  Exhumed.  E  nada  disto  invalida  que  daqui  por  uns  minutos  possa  colocar  um  pouco  de  Django  Reinhardt  (NR:  um  dos  maiores  guitarristas  franceses,  criador  do  estilo  gypsy  jazz)  para  o  resto  do  dia...    -­‐  De  onde  surge  a  oportunidade  de  tocares  baixo?  É  uma  sequência  normal  do  teu  interesse  pela  música  fazer  essa  transição  para  um  instrumento?  Tens  alguns  baixistas  preferidos?      

     Comecei  a  tocar  baixo,  sem  grandes  planos  ou  perspectivas,  quase  por  acaso.  Inicialmente  por  piada,  numa  banda  grind/death  em  que  berrava  e  onde  fazíamos  uma  cover  de  uma  banda  de  uns  amigos  que  tocavam  grunge/alternativo.  Nessa  brincadeira  trocávamos  de  posições  e  eu  acabava  sempre  no  baixo.  Algum  tempo  depois  essa  banda  de  rock  ficou  sem  baixista  e  eles  convidaram-­‐me  a  ir  lá  experimentar.  Nem  tinha  baixo  próprio  naquela  altura.  Os  meus  primeiros  ensaios  com  eles  foram  a  fazer  linhas  de  baixo  numa  guitarra  velhinha,  numa  garagem  com  arcas  frigoríficas  cheias  de  marisco.  Bons  tempos.  Eheh.  Daí  em  diante,  todas  as  bandas  por  onde  tenho  passado  foram  como  baixista.  Ah  as  preferências...  Sabes  que  é  sempre  difícil  escolher  uns  acima  de  outros,  mas  é  claro  que  existem  baixistas  que,  por  um  motivo  ou  outro,  têm  lugar  cativo  no  nosso  imaginário,  seja  pela  técnica,  criatividade  ou  pelo  carisma.  No  meu  relicário  estão  músicos  como  o  Lemmy,  Matt  Freeman  (Rancid,  Operation  Ivy),  Cliff  Burton,  Les  Claypool  (Primus)  ou  Klaus  Flouride.  Existem  também  três  baixistas  nacionais  que  são,  para  mim,  um  regalo  para  a  vista  ver  tocar,  o  Alexandre  Ribeiro  (Grog,  Neoplasmah),  o  António  Gião  (Disaffected)  e  o  Paulo  Silva  (Concealment).  

 -­‐  Em  2012  entras  para  os  Speedemon.  Como  surge  este  contacto?  Já  conhecias  anteriormente  o  Bruno  Brutus  e  o  Jorge  Bicho?        Nós  já  nos  conhecíamos  todos  de  há  uns  anos  atrás.  Eu  e  o  Jorge,  quando  ainda  andávamos  atarefados  com  os  projectos  da  altura,  talvez  próximo  do  final  dos  anos  90,  eu  a  berrar  numa  banda  chamada  Sword  of  Damocles  e  ele  a  tocar  guitarra  com  Encacrate.  Conheci  o  Bruno  depois,  através  de  um  primo  que  andou  a  estudar  comigo  e,  passado  algum  tempo,  ele  estava  a  tocar  numa  outra  banda  por  onde  também  passei,  chamada  One  Step  Down.        Uns  meses  antes  de  me  convidarem  para  entrar  para  Speedemon,  passei  por  uma  banda  de  covers  que  não  deu  em  nada,  mas  que  lhes  serviu  para  motivar  o  convite  quando  o  Peter  teve  que  sair  e  eles  ficaram  sem  baixista.  Inicialmente  não  estava  muito  seguro  da  ideia,  mas  depois  pensei,  porque  não?  Já  me  tinha  esquivado  a  alguns  convites  de  amigos  no  passado,  por  sempre  achar  que  eu  não  seria  suficientemente  bom  para  o  que  eles  pretendiam  fazer,  mas  desta  vez  achei  que  o  melhor  era  tentar  primeiro  e  decidir  depois.  Posto  isto,  cá  estamos.    -­‐  A  uns  meses  editam  o  vosso  EP  de  estreia  “First  Blood”.  Uma  injecção  de  thrash,  speed  e  heavy  metal.  Como  funcionam  os  vossos  ensaios  e  a  criação  dos  temas?  Quem  é  o  elemento  mais  responsável  pela  criação  dos  temas?        A  composição  dos  temas  passa  normalmente  pela  criatividade  do  Bruno  e  do  Jorge.  São  eles  que  surgem  nos  ensaios  com  as  ideias  de  riffs  e,  às  vezes,  temas  já  estruturados.  Vamos  passando  tudo  em  revista  e  em  

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conjunto  começamos  a  limar  as  arestas,  trabalhando  nos  arranjos,  transições,  tempos.  Por  vezes  faz-­‐se  um  trabalho  de  corte  e  costura  e  as  ideias  inciais  acabam  por  se  transformar  em  coisas  diferentes,  mas  que  continuam  a  manter  o  tipo  de  genes  que  pretendemos.  Essa  mistura  dos  três  elementos  thrash,  speed  e  heavy  metal.  As  letras  podem  surgir  de  qualquer  um  de  nós,  com  base  na  linha  vocal  que  o  Bruno  decida  fazer  ou  por  sugestão  de  quem  avança  com  a  escrita  de  determinado  tema.  No  fundo,  é  uma  forma  de  trabalhar  bastante  democrática,  onde  as  ideias  aproveitadas  são  aquelas  que  reunem  maior  consenso,  tendo  em  conta  a  visão  global  daquilo  que  a  banda  deve  soar.    

-­‐  Como  tem  decorrido  as  reacções  a  este  “First  Blood”?  Tem  mais  concertos  em  agenda  nos  próximos  meses?  Vamos  ter  que  aguardar  bastante  tempo  entre  uma  nova  gravação  e  edição  do  vosso  material?  Foi  

fácil  a  adaptação  do  Hugo  Pote  na  bateria  aos  Speedemon?        Até  ao  momento,  as  respostas  que  nos  têm  chegado  têm  sido  positivas.  Temos  noção  que  o  EP  não  é  o  que  poderia  ter  sido,  devido  a  todos  os  problemas  que  tivemos,  mas  ficámos  contentes  com  o  resultado  final  e  as  pessoas  parece  estarem  a  gostar  também.  Queríamos  lançar  algo  que  servisse  como  um  ponto  de  presença  e  que  fosse  ao  encontro  do  pessoal  que,  como  nós,  continua  a  gostar  daqueles  géneros.  Pelo  retorno  que  temos  tido,  acho  que  não  falhamos  muito.  Em  termos  de  concertos  agendados,  para  já,  temos  algumas  coisas  a  acontecer  no  início  de  maio:  dia  2  no  Side  B  (Benavente)  com  Claustrofobia,  Imminent  Attack  (ambas  do  Brasil)  e  os  13  After;  dia  08  no  RCA  Club  (Lisboa)  a  abrir  o  arranque  da  tour  de  Midnight  Priest,  juntamente  com  os  italianos  Angel  Martyr;  dia  09  no  Inaccessible  Art  Fest  (S.  Bartolomeu  da  Serra  /  Santiago  do  Cacém),  com  uma  série  de  outras  bandas  porreiras!        Ainda  não  temos  nada  definido,  no  que  concerne  a  uma  nova  gravação.  Presentemente  estamos  concentrados  em  preparar  estes  próximos  concertos  e  em  entrosar  cada  vez  mais  o  Hugo,  na  bateria.  Mas  posso  adiantar  que  já  andamos  a  brincar  com  alguns  riffs  novos  que  poderão  vir  a  ser  utilizados  em  futuros  temas.  Mas  quando  chegar  o  tempo  de  gravar  novamente,  queremos  que  as  coisas  corram  de  uma  forma  menos  atribulada.        O  Hugo  está  a  adapatar-­‐se  perfeitamente  aos  Speedemon  e  nós  a  ele.  Como  já  nos  conhecíamos  antes,  a  parte  pessoal  foi  totalmente  sem  espinhas  e  no  que  toca  à  música  em  si,  as  coisas  estão  a  correr  muito  bem.  O  Hugo  é  um  óptimo  baterista  e  não  só  contribui  com  uma  sólida  base  rítmica  como  também  tem  uma  palavra  a  dizer  nos  arranjos  e  dinâmica  da  banda.    -­‐  Nos  últimos  anos  temos  visto  o  aparecimento  de  uma  enorme  quantidade  de  bandas  a  nível  nacional.  O  que  achas  actualmente  do  meio  relativamente  a  sítios  para  tocar,  estúdios  e  gravação  de  álbuns?  

     Recorrendo  a  um  frequente  lugar  comum,  as  coisas  no  panorama  nacional  estão  bem  vivas  e  a  quantidade  de  bandas  que  vão  surgindo  um  pouco  por  todo  o  lado  é  um  sinal  disso  mesmo.  Poderá  haver  quem  tenha  opiniões  contrárias  a  esta  e  que  aponte  a  saturação  de  bandas  como  um  aspecto  negativo  da  cena  mas,  do  meu  ponto  de  vista,  isso  não  é  um  problema.  Actualmente  vivemos  um  período  rico  em  oportunidades  para  quem  tenha  ideias  e  música  a  apresentar,  inúmeros  e  bons  concertos  a  acontecer  com  grande  regularidade,  em  que  muitas  vezes  a  dificuldade  reside  em  escolher  onde  vamos  nesta  ou  naquela  noite.        O  aspecto  problemático  disto  pode  residir  na  disperção  de  público  e  dar  lugar  a  concertos  com  poucas  pessoas,  algo  que  é  repetidamente  referido  por  muitos  promotores.  Mas  temos  que  conseguir  chegar  a  um  meio  termo.  No  passado  a  grande  dificuldade  era  não  existirem  concertos  suficientes  e  era  muito  difícil  encontrar  locais  onde  bandas  de  metal  pudessem  tocar.  Existem  cada  vez  mais  locais  onde  concertos  de  música  pesada/alternativa  acontecem.  Isso  só  pode  ser  bom.  Pode  ser  que  consigamos  assim  chegar  aquele  patamar  desejado  por  muitos,  de  um  verdadeiro  circuito  regular  onde  bandas  mais  ou  menos  conhecidas  possam  ter  uma  oportunidade  de  apresentar  o  que  fazem  a  pessoas  interessadas.  Mas  para  isso  acontecer,  as  pessoas  interessadas  também  têm  que  sair  de  casa.    -­‐  Obrigado  pelas  respostas  e  estas  últimas  linhas  são  tuas  para  deixares  um  desabafo  ou  uma  mensagem        Em  meu  nome  e  dos  Speedemon,  deixo  um  grande  obrigado  à  Ode  Lusitana  e  ao  trabalho  que  tens  estado  a  desenvolver!  Grato  também  pela  oportunidade  oferecida  para  falar  um  pouco  acerca  de  nós  e  do  que  andamos  a  fazer!  A  todos  quantos  leiam  a  Ode  Lusitana,  continuem  a  fazê-­‐lo,  não  só  esta  publicação  mas  todas  as  outras  que  se  vão  lançando  por  cá.        Se  tiverem  oportunidade,  passem  por  um  dos  nossos  concertos  e  digam-­‐nos  se  valemos  alguma  coisa  ou  não.  Levem  uns  trocos  para  nos  comprarem  um  EP  e,  quem  sabe,  uma  cerveja  ou  duas.  Entretanto,  vão  passando  pela  nossa  página,  que  às  vezes  aparecem  lá  coisas:  www.facebook.com/speedemon.band  __________________________________________________

-­‐  Aernus,  banda  da  Moita  fundada  no  final  de  2008  são  praticantes  de  um  death  metal  melódico  /  progressivo.  O  seu  primeiro  trabalho  datado  de  2011  é  o  EP  “Spiritual  Quest”  e  em  abril  deste  apresentam  o  seu  primeiro  longa-­‐

duração  “Homorretrocessus”.  O  álbum  foi  gravado  entre  julho  de  2014  e  fevereiro  de  2015  no  Estúdio  Caronte  com  o  Diogo  Jones.  As  misturas  ficaram  a  cargo  do  André  Eusébio  e  o  lançamento  foi  feito  em  parceria  com  a  Lemon  Drops.  

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       Projekt  NÖIR  é  um  projecto  pessoal  nascido  em  2014  pelo  cunho  do  Mário  Rodrigues,  em  que  viajamos  pelas  sonoridades  e  ambiências  inspiradas  pela  natureza,  em  que  somos  surpreendidos  pelos  temas  cantados  em  islandês.          Ficamos  à  conversa  para  conhecer  este  mundo.   -­‐  Viva  Mário!  Como  surge  a  tua  paixão  pelo  metal?  Ainda  te  lembras  do  que  ouvias  no  início  e  quem  é  que  te  ‘mostrou’  esta  sonoridade  mais  pesada?  Como  era  feita  a  descoberta  de  novas  bandas?  Os  concertos/festivais  serviam  de  ponto  de  encontro?        Antes  de  mais  obrigado  à  Ode  Lusitana  por  este  convite,  é  um  prazer  enorme  poder  estar  aqui  a  falar  convosco  e  para  o  publico  em  geral.  A  minha  paixão  pelo  metal  começou  na  escola,  no  inicio  da  década  de  80  com  algum  pessoal  mais  velho  onde  estão  incluídos  os  músicos  dos  V12  que  estudavam  em  Sintra.  Comecei  a  conhecer  algumas  bandas  nomeadamente  os  Motörhead  que  foi  a  minha  banda  de  eleição  mas  faltava  qualquer  coisa  e  tive  a  sorte  de  apanhar  o  “Lança  Chamas”  do  grande  António  Sérgio,  que  me  deu  a  conhecer  muito  do  que  se  fazia  lá  fora  e  a  partir  dai  foi  um  descobrir  de  bandas  novas  e  cada  vez  mais  pesadas  e  extremas.  Tive  o  privilégio  de  acompanhar  o  nascimento  do  black  metal  e  do  death  metal.  Os  concertos/festivais  eram  poucos  mas  com  muita  afluência  de  publico  e  lembro-­‐me  das  tardes  de  Metal  no  saudoso  Rock  Rendez  Vouz  em  Lisboa  que  era  a  nossa  meca  do  metal  com  as  ruas  circundantes  e  tascas  cheias  de  headbangers  e  os  festivais  que  aos  poucos  começaram  a  surgir  pelo  pais  todo.  

 -­‐  Como  aparece  o  teu  interesse  de  adquirires  um  instrumento  e  decidires  começar  a  tocar?  Quais  as  bandas  por  onde  passaste  e  que  lembranças  te  trazem  essas  participações?        Desde  que  comecei  a  ouvir  

metal  decidi  logo  tocar  guitarra  e  montar  uma  banda  muito  por  influencia  do  Rui  Fingers  que  eu  passava  horas  em  casa  dele  a  vê-­‐lo  tocar  e  a  ensaiar  V12.  A  compra  da  guitarra  foi  algo  de  muito  difícil  naquela  altura  pois  as  lojas  eram  poucas  e  os  instrumentos  caros;  tive  que  começar  a  trabalhar  com  15  anos  para  poder  comprar  a  guitarra  e  um  amplificador  e  dai  até  hoje  nunca  mais  parei  nem  de  trabalhar  nem  de  ter  bandas  :).  A  minha  primeira  banda  foi  com  o  José    Goncalves  (que  gravou  a  bateria  na  musica  “Ský”  no  EP  de  Projekt  NÖIR)  e  chamava  se  EXTORTION  (1985  ou  86)  ninguém  sabia  tocar  e  todos  éramos  autodidatas,  aos  poucos  fazíamos  um  género  de  Black  Metal  com  influência  Punk.  Depois  mais  tarde  formei  os  Unsilent,  banda  já  com  algum  nível  técnico  em  que  tocávamos  um  Speed  Metal  com  várias  influências  de  death  técnico.  Mais  tarde  toquei  em  várias  bandas  de  Rock/Metal  

(Zealots/Karma/VS777/ENTropia),  em  2007  formei  os  Karbonsoul  e  com  estes  estou  desde  então,  dedicando-­‐me  quase  em  exclusivo  aos  Karbonsoul,  mas  em  2014  decidi  começar  um  projeto  novo.      -­‐  No  meio  do  ano  passado  nasce  Projekt  NÖIR.  Conta-­‐nos  de  onde  surgiu  a  ideia  deste  teu  projeto  pessoal  e  o  interesse  por  este  tipo  de  som.    Como  surge  a  parceria  com  o  Jóhann  Örn  da  banda  islandesa  Dynfari  e  o  José  Gonçalves  dos  Empire?        Os  Projekt  NÖIR  nascem  do  nada  como  um  borrão  de  tinta-­‐da-­‐china  que  faz  a  capa  do  disco,  já  há  algum  tempo  que  tinha  na  cabeça  fazer  um  projeto  na  onda  do  post  black  metal  que  é  do  meu  gosto  pessoal,  onde  pudesse  meter  as  minhas  guitarras  e  teclados  mais  experimentais,  negros  e  frios  com  ambientes  gélidos  e  nórdicos.  Foram  gravados  ao  primeiro  take  quatro  temas  em  quatro  dias  e  depois  disso  meti  um  anúncio  de  procura  de  vocalista  para  cantar  os  ditos  temas  em  Islandês  e  uma  das  pessoas  que  respondeu  foi  o  Jóhann,  sendo  a  escolha  natural  devido  ao  facto  de  eu  já  conhecer  o  trabalho  dele  em  Dynfari.  Quanto  ao  José  Goncalves  foi  um  acaso  ter  ido  ao  meu  estúdio  e  eu  aproveitei  a  visita  dele  e  de  uma  garrafa  de  Jack  Daniels  e  gravamos  o  tema  em  plena  descontração.    -­‐  Referes  que  através  dos  Projekt  NÖIR  tentas  “explorar  sons  negros  de  paisagens  desoladoras,  num  ambiente  ártico  gélido”.  Onde  vais  buscar  os  vários  elementos  para  transmitir  estas  sensações  através  da  música?    A  literatura  também  é  uma  fonte  de  inspiração?  -­‐  Neste  caso  não  tive  influência  de  literatura  diretamente  mas  tive  ao  ver  séries  como  o  “Game  of  Thrones”  entre  outras  que  servem  de  forte  inspiração  assim  como  parte  da  minha  herança  que  vem  da  Serra  da  Estrela.  Eu  sempre  me  senti  bem  em  ambientes  gelados.    -­‐  “Ský”  tem  obtido  muito  boas  reações,  o  que  demonstra  que  é  um  projeto  sólido  e  interessante.  O  que  pensas  disto?  Qual  o  próximo  passo  que  irás  realizar?  Vamos  ter  mais  lançamentos?        Pois  isso  foi  a  grande  surpresa!  Temos  tido  essa  boa  aceitação  num  mercado  tao  difícil  o  que  me  leva  a  assumir  a  responsabilidade  de  ir  mais  além.  De  momento  estou  a  gravar  um  tema  que  está  quase  pronto  e  vai  servir  de  single  brevemente,  de  novo  com  a  preciosa  colaboração  do  Jöhann  na  voz  e  com  outra  voz  portuguesa  (que  ainda  não  vou  revelar!)  mas  penso  que  vai  ser  uma  música  épica  e  estou  também  a  gravar  um  longa  duração  para  sair  ainda  este  ano.      -­‐  Antes  de  terminar  queria  agradecer  pelas  tuas  respostas!  E  agora  sim,  a  última  questão,  que  é  saber  quais  as  novidades  que  tens  dos  Karbonsoul  e  da  Fatsound.productions,  além  de  umas  últimas  palavras  aos  nossos  leitores…        Em  relação  aos  Karbonsoul  estamos  de  momento  a  gravar  um  single  que  vai  servir  de  aperitivo  para  o  álbum  quem  vem  ai  a  caminho  e    talvez  ainda  para  2015.        A  Fatsound.productions  está  com  algum  trabalho  em  mãos  e  em  breve  talvez  haja  novidades  numa  possível  expansão  da  Fatsound.productions  a  uma  Label  nacional  mas  ainda  está  em  fase  embrionária.  Obrigado  a  todos  por  me  escutarem  e  acompanharem  ao  longo  de  estes  anos,  o  que  tem  sido  muito  gratificante.      Até  sempre  \m/  \m/  metal  lives  forever  www.facebook.com/Projektnoir  

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DICO        Jornalista  e  músico,  Dico  tem  deixado  a  sua  marca  na  história  do  underground  nacional.  Dos  vários  trabalhos  realizados,  até  projectos  que  ainda  estão  em  gestação  ficamos  

a  conhecer  o  excelente  empenho  demonstrado.  

-­‐  Viva  Dico!  Desde  já  queria  agradecer  por  teres  aceitado  responderes  a  estas  perguntas  e  queria  começar  por  que  nos  contasses  como  foi  a  tua  introdução  ao  “Som  Eterno”?  Ouvias  os  álbuns  sozinho  em  casa  ou  existia  a  partilha  com  os  amigos?          Olá,  Marco.  Eu  é  que  agradeço  o  convite.  O  primeiro  tema  pesado  que  me  recordo  de  ter  ouvido  foi  o  “Bohemian  Rahpsody”,  dos  Queen,  aos  7  anos.  Na  época,  por  influência  dos  meus  irmãos,  também  ouvia  a  Suzi  Quatro  e,  mais  tarde,  o  hit  single  dos  Survivor,  “Eye  of  the  Tiger”.  Estes  foram  os  primeiros  artistas  de  Hard  Rock  que  ouvi.  Tinha  eu  11  anos,  em  1982,  quando  o  meu  irmão  me  deu  a  ouvir  o  “The  Number  of  the  Beast”,  dos  Iron  Maiden,  e  a  partir  daí  fiquei  definitivamente  enfeitiçado  pela  música  pesada.  Comecei  a  ouvir  Van  Halen,  UFO,  AC/DC,  Saxon,  Deep  Purple,  Huriah  Heep,  Motörhead,  bandas  que  o  meu  irmão  e  os  amigos  dele  me  mostravam.  Cedo  comecei,  também  eu,  a  levar  lá  a  casa  os  meus  amigos  para  os  endoutrinar  no  Heavy  Metal  (LOL).      -­‐  Tinhas  lojas  em  que  procuravas  as  novidades  que  iam  surgindo?        Sim.  Passei  inúmeras  tardes  com  amigos  a  descobrir  novos  discos  nas  míticas  discotecas  Motor  (mais  tarde  Bimotor)  e  One-­‐off,  bem  como  numa  loja  de  música  que  havia  no  Centro  Comercial  do  Lumiar.      -­‐  Como  começou  o  teu  fascínio  pela  bateria?  Ainda  te  lembras  da  tua  primeira  aquisição?          Lembro-­‐me  de  ficar  absolutamente  fascinado  com  a  forma  de  tocar  do  Nicko  McBrain,  dos  Iron  Maiden.  Por  isso,  aos  12/13  anos  comecei  a  “tocar  bateria”  em  caixotes  de  papelão  com  as  agulhas  de  tricot  da  minha  mãe  (LOL).  Depois,  passei  a  “tocar”  com  colheres  de  pau  viradas  ao  contrário  em  caixas  tupperware  fechadas  com  ar  dentro,  para  dar  mais  estrondo  (LOL).  Só  aos  18  anos  comprei  a  minha  primeira  bateria,  uma  Superstar  (LOL)  que  custou  80  contos  (400€)  e  me  foi  oferecida  por  uma  tia.  Na  época,  não  sabia  nada  do  hardware  do  instrumento.  Lembro-­‐me  que  a  dada  altura  o  lojista  que  me  vendeu  o  kit  disse:  “Vou  buscar  a  chave  da  bateria”  e  eu  perguntei-­‐lhe:  “As  baterias  também  têm  chave?”  (LOL)  Na  época,  era  este  o  meu  grau  de  desconhecimento.      -­‐  Ao  longo  do  teu  percurso  musical  passas  por  várias  bandas  (Paranóia,  Powersource,  etc),  mas  fala-­‐nos  da  tua  passagem  pelos  Dinosaur,  desde  a  gravação  da  

demo  auto-­‐intitulada,  ao  aparecimento  do  tema  “Accident”  na  compilação  “The  Birth  of  a  Tragedy”,  assim  como  da  tua  passagem  pelos  Sacred  Sin  e  do  lançamento  do  “Darkside”.        A  minha  passagem  pelos  Dinosaur  não  foi  isenta  de  problemas  e  conflitos,  mas  prefiro  recordar  os  bons  momentos,  que  foram  muitos.  Adorava  os  Dinosaur.  Evoluímos  e  crescemos  em  conjunto.  Nos  dois  anos  que  estive  no  grupo  tivemos  vários  pontos  altos:  a  participação  no  1º  Concurso  de  Música  Moderna  da  Câmara  Municipal  de  Lisboa,  o  concerto  no  Cais  do  Sodré  na  final  do  concurso,  a  1º  parte  dos  Censurados  na  Bobadela,  a  gravação  da  demo-­‐tape  e  dos  telediscos,  a  participação  na  compilação  “The  Birth  of  a  Tragedy”  com  o  tema  “Accident”…Tenho  orgulho  daquilo  que  alcançámos.  Fazíamos  música  genuína,  com  paixão,  de  forma  inocente.  Sabíamos  que  tínhamos  bons  temas,  mas  só  percebemos  que  estávamos  a  fazer  algo  relevante  quando  chegámos  à  final  do  referido  concurso  e  fomos  objecto  de  uma  exposição  mediática  pouco  habitual  na  época  para  um  grupo  de  Metal  underground.  Vivi  nos  Dinosaur  momentos  mágicos.  Também  foi  um  enorme  privilégio  tocar  com  os  Sacred  Sin  e  tive  a  sorte  de  gravar  com  eles  o  “Darkside”.  Estive  com  a  banda  menos  de  um  ano,  mas  esse  período  temporal,  apesar  de  breve,  foi  também  extremamente  profícuo.  O  ambiente  interno  era  impecável,  mas  na  época  estava  a  atravessar  uma  fase  complicada  a  nível  pessoal,  o  que  me  impediu  de  aproveitar  melhor  a  minha  estadia  na  banda.  Além  disso,  tecnicamente  não  estava  preparado  para  tocar  num  grupo  como  os  Sacred  Sin.  

 -­‐  Um  dos  motivos  porque  és  reconhecido  no  meio  é  pela  tua  escrita.  Desde  a  participação  em  várias  revistas  a  blogues,  ao  longo  dos  anos  tens  demonstrado  esse  interesse.  Como  surge  essa  paixão?  O  que  te  tem  motivado  ao  longo  dos  anos  a  participares  nesses  projectos  todos?        O  que  me  motiva  é  um  profundo  amor  pelo  Underground.  Tenho  sempre  de  estar  a  fazer  algo  relacionado  com  o  Metal.  Sempre.  Desde  há  muitos  anos  que  essa  necessidade  irreprimível  se  manifesta  na  escrita  sobre  música.  Muitas  vezes  não  consigo  ter  tempo  para  todas  as  publicações  nas  quais  colaboro.  Sempre  adorei  escrever,  portanto  foi  natural  aliar  esse  gosto  à  minha  paixão  pelo  Metal.  Em  1989/1990  elaborei  o  projecto  de  uma  zine  intitulada  No  More  Denial,  que  nunca  chegou  a  ser  publicada,  mas  a  primeira  vez  que  efectivamente  escrevi  sobre  música  foi  em  1991,  para  a  Metal  Trail  Zine.      -­‐  Em  2013  é  editado  o  livro  “Breve  História  do  Metal  Português”.  Confesso  que  quando  o  adquiri  o  li  de  uma  

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ponta  a  outra,  com  os  headphones  metidos  na  cabeça  e  com  o  youtube  ligado  à  procura  de  bandas  que  apareciam  e  que  não  tinha  sequer  conhecimento  da  sua  existência.  Foi  um  projecto  bastante  difícil  de  fazer?          Já  várias  pessoas  me  disseram  que  pesquisavam  na  Internet  as  bandas  presentes  no  livro  à  medida  que  o  liam.  

Essa  é,  efectivamente,  a  melhor  forma  de  apreciar  o  “Breve  História  do  Metal  Português”.  É  uma  descoberta  constante.  Não  foi  propriamente  difícil  de  fazer,  até  porque  foi  um  processo  progressivo.  Só  a  dado  momento,  quando  já  tinha  um  significativo  volume  de  informação,  percebi  que  fazia  sentido  dar-­‐lhe  a  forma  de  livro.  Assim  foi,  apesar  de,  à  época,  me  

debater  com  problemas  de  saúde.  O  que  correu  pior  foi  a  relação  de  trabalho  com  a  editora.  As  propostas  de  paginação  que  me  apresentaram  eram  desastrosas,  pelo  que  tive  de  tomar  as  rédeas  ao  projecto  e  encontrar  quem  paginasse  o  livro.  Desvinculei-­‐me  da  editora,  pelo  que  a  segunda  edição  foi  da  minha  inteira  responsabilidade.          -­‐  Também  ficaste  surpreendido  por  algumas  bandas?  Que  bons  momentos  guardas  deste  trabalho?        Surpreendeu-­‐me  o  facto  de  músicos  como  o  José  Cid  ou  o  Júlio  Pereira  terem  tido  um  papel,  embora  fugaz,  na  génese  do  Rock  pesado  nacional  durante  os  anos  70.  São  artistas  a  quem  não  associamos  uma  abordagem  musical  mais  pesada.  As  melhores  recordações  que  guardo  são  do  processo  de  investigação,  da  descoberta  constante  de  novas  informações.  Foi  um  percurso  fantástico,  descobri  imensas  bandas  e  adquiri  muito  conhecimento.  Outra  boa  recordação  prende-­‐se  com  o  facto  de  todos  os  músicos  que  entrevistei  se  revelarem  bastante  acessíveis  e  humildes.  Foi  uma  surpresa.  Por  fim,  é  inesquecível  a  sensação  de  tomar  nas  mãos,  pela  primeira  vez,  um  exemplar  do  livro.      -­‐  Um  dos  blogues  que  eu  seguia  curiosamente  era  o  “A  a  Z  do  Metal  Português”.  E  aqui  a  pergunta:  para  quando  uma  compilação  deste  material  que  estava  todo  reunido?  Estarias  disponível  para  lançar  este  material  via  ebook?          Para  minha  desagradável  surpresa  descobri  diversas  vezes  textos  oriundos  do  blogue  publicados  noutros  locais,  sem  a  minha  autorização.  A  dada  altura,  havia  4  ou  5  biografias  da  minha  autoria  a  circularem  livremente  pela  Internet,  sem  a  minha  assinatura.  Tive  de  ameaçar  os  responsáveis  com  um  processo  judicial.  Após  esses  tristes  episódios  entendi  que  o  blogue  não  podia  ser,  de  forma  alguma,  uma  livre  fonte  de  recolha  de  informação  para  ladrõezecos  da  propriedade  intelectual  alheia.  Por  outro  lado,  houve  músicos  que  ficaram  melindrados  com  as  

biografias  que  publiquei  no  blogue  sobre  as  suas  bandas.  Não  gostaram  de  ver  relembrados  episódios  reais  que  quiseram  negar  e  esquecer.  Esses  músicos  envergonhavam-­‐se  do  seu  passado  musical  e  queriam  negá-­‐lo,  mas  a  história  não  desmente  os  factos.  Eram  pessoas  que  não  mereciam  o  meu  empenho  e  investimento  de  tempo  a  redigir  as  biografias  dos  seus  grupos.  Por  todas  estas  razões,  decidi  eliminar  o  blogue.  Nessa  medida,  embora  a  ideia  de  publicar  esse  material  seja  extremamente  atractiva,  não  sei  até  que  ponto  seria  sensato  fazê-­‐lo,  pelo  menos  a  breve/médio  prazo.  Antigas  refregas  ressurgiriam  e  não  tenho  paciência  para  conflitos  desnecessários.    -­‐  Tens  em  mente  a  edição  de  mais  algum  trabalho?  O  que  gostarias  de  lançar?          Antes  de  mais,  estou  a  procurar  condições  para  fazer  uma  nova  impressão  do  “Breve  História  do  Metal  Português”.  Há  muito  que  o  livro  esgotou  e  tem  havido  imensos  pedidos,  pelo  que  se  impõe  uma  nova  edição.  Contudo,  financiar  o  projecto  não  é  fácil.  Por  outro  lado,  gostaria  de  escrever  a  história  do  Metal  feito  num  país  com  ligações  históricas  a  Portugal  mas  cujo  nome  ainda  não  posso  revelar.  As  ideias  para  esse  projecto  ainda  não  passam  disso  mesmo.  Estou  também  a  compilar  informação  para  escrever  a  minha  autobiografia  musical.  Talvez  haja  1  ou  2  pessoas  interessadas  em  lê-­‐la.  (LOL)    -­‐  E  assim  terminamos  esta  entrevista  onde  as  últimas  palavras  são  por  tua  conta,  mas  antes  disso  queria  saber  a  tua  opinião  acerca  do  estado  ‘literário’  do  nosso  país  em  relação  ao  metal  e  o  que  aconselharias  a  todos  para  se  iniciarem  neste  mundo  da  edição,  desde  os  livros  às  fanzines."  Obrigado  e  abraço!        Em  relação  a  livros  sobre  Metal  publicados  no  nosso  país  ainda  estamos  numa  fase  embrionária.  Além  do  meu  livro  e  da  biografia  dos  Moonspell  nada  existe.  No  entanto,  sei  que  a  biografia  de  outra  banda  está  para  ser  publicada  há  mais  de  um  ano.  Em  termos  literários  destaco  a  corajosa  fundação  das  Publicações  a  Ferro  e  Aço,  editora  que  lançou  a  versão  portuguesa  da  biografia  dos  “Metallica  …And  Justice  for  All:  The  Truth  About  Metallica”  e  prepara  o  lançamento  de  mais  obras  do  género.  Ou  seja,  o  mercado  está  a  mexer,  mas  ainda  de  forma  incipiente.  O  meu  conselho  é  que  quem  deseje  publicar  um  livro  o  faça  como  edição  de  autor.  Ao  contrário  do  que  muitos  dizem  este  género  de  edições  não  são  desprestigiantes.  É  sempre  melhor  ser  o  próprio  autor  a  ter  controlo  absoluto  sobre  todo  o  processo,  desde  a  publicação  à  promoção,  do  que  depender  de  editoras.  Trabalhei  com  duas  no  âmbito  do  meu  livro  e  ambas  as  experiências  foram  autênticos  flops.  Em  regime  de  edição  de  autor  a  distribuição  da  obra  pode  ficar  circunscrita  à  meia  dúzia  de  lojas  em  que  o  autor  consegue  disponibilizar  o  livro,  mas  as  vendas  por  correio  são  extremamente  eficazes  e  suplantam  essa  dificuldade  desde  que  a  promoção  seja  eficaz.          Relativamente  às  fanzines  também  é  necessário  encontrar  boas  formas  de  divulgação  e  distribuição.  Um  bom  grafismo,  escrita  de  qualidade  e  uma  periodicidade  cumprida  à  risca  são  fulcrais.  Estas  regras  aplicam-­‐se  igualmente  às  webzines,  e-­‐magazines,  newsletters  e  formatos  análogos.          Para  terminar,  dêem  ao  Metal  o  vosso  melhor  contributo,  seja  através  da  formação  de  grupos,  da  promoção  de  concertos,  da  publicação  de  zines  ou  da  realização  de  programas  radiofónicos.  Ajudem  o  Underground  a  desenvolver-­‐se.  Sejam  persistentes  e  felizes.    

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-­‐  No  Parque  de  Exposições  e  Feiras  de    Montemor-­‐o-­‐Novo  irá  decorrer  de  15  a  16  de  Maio  o  MonteCore  Fest.    Com  estes  2  dias  repletos  de  música  vamos  ter  a  participação  de  Holocausto  Canibal  (death  /  grind  –  Porto,  que  trazem  na  bagagem  o  EP  “Larvas”  de  2014  e  uma  série  enorme  de  concertos),  Switchtense  (thrash  metal  –  Moita),  For  the  Glory  (hardcore  –  Lisboa),  Primal  Attack  (thrash  metal  _-­‐Lisboa),  Serrabulho  (happy  death  /  grind  –  Vila  Real,  que  estão  na  faze  final  das  misturas  do  seu  álbum  “Star  Whores”),  Crossed  Fire  (stoner  /  groove  metal  –  Algarve,  que  editaram  o  ano  passado  a  sua  estreia  “Life’s  a  Gamble”),  Push!  (hardcore  –  Lisboa),  Irae  (black  metal  –  Lisboa,  com  a  sua  demo  mais  recente  “Que  se  foda  o  Vagos  Open  Air  –  Isto  é  Black  Metal!”),  Challenge  (hardcore  –  Caldas  da  Rainha),  Extreme  Retaliation  (grindcore  –  Braga..),  Gennoma  (deathcore  –  Lisboa,  com  a  seu  longa  duraçãoo  de  estreia  em  2014  “Time  Deconstruction”),  Diabolical  Mental  State  (metal  /  thrash  /  groove  –  Lisboa/Almada),  Iodine  (metal  hardcore  –  Leiria),  Taberna  (street  punk  rock  n’  roll  –  Vila  Franca  de  Xira)  e  Gatos  Pingados  (punk  crossover  /  thrash  –  Almada).  Também  estarão  presentes  os  espanhóis  Impulse  (groove  /  thrash  metal)  e  os  ingleses  Basement  Torture  Killings  (death  metal  /  grindcore).  -­‐  A  29  e  30  de  maio  no  Metalpoint  (Porto)  irá  decorrer  o  Headbang  Solidário  que  tem  como  “finalidade  a  angariação  de  fundos  para  o  projecto  Noites  Solidárias,  que  tem  como  objectivo  o  auxílio  a  famílias  carenciadas,  sem-­‐abrigos  e  seus  animais  de  estimação”.  Ou  seja  a  junção  do  metal  a  uma  nobre  causa  e  que  conta  com  a  participação  de  Sonneillon  Blackmetal  (black  metal  –  Porto,  que  contam  com  o  CD  single  deste  ano  “Wolves”),  Blame  Zeus  (alternative  progressive  rock  /  melodic  metal  –  Vila  Nova  de  Gaia,  com  o  seu  recente  álbum  “Identity”),  FurcaZ  (black  metal  –  Braga),  Moonshade  (melodic  death  metal  –  Porto),  Waterland  (melodic  power  metal  –  Barcelos,  a  apresentar  o  novo  álbum  “Our  Nation”),  

Ashes  Reborn  (death  /  thrash  metal  –  Guimarães),  Reptile  (thrash  /  groove  metal  –  Guimarães),  Humanphobic  (death  metal  –  Braga),  Debunker  (metal  –  Porto)  e  Soul  Doubt  (heavy  metal  /  thrash  metal  –  Leça  da  Palmeira).  -­‐  Seguindo  esta  onda  de  festivais  encontram-­‐se  mais  dois  em  preparação  e  com  os  anúncios  das  bandas  já  realizados.  O  Sardinha  de  Ferro  vai  já  na  5ª  edição  e  tem  data  marcada  para  o  dia  27  de  junho  a  realizar  no  Side  B  em  Benavente  e  para  já  conta  com  a  participação  de  Satanic  Warmaster  (Fin),  Inthyflesh,  Irae,  Theriomorphic,  Ravensire,  Cruz  de  Ferro  e  Machinergy.  Também  já  em  preparação  está  o  Hell  in  Sintra  que  decorrerá  de  3  a  5  de  julho  no  Campo  de  futebol  de  Albarraque  (Rio  de  Mouro  –  Sintra)  e  conta  já  com  Shadowsphere,  Equaleft,  Neoplasmah,  Bleeding  Display,  Vizir,  BurnDamage,  Shouryoken,  Advogado  do  Diabo,  The  Last  of  Them,  The  Autist,  Emma,  Hourswill,  Sunya,  Overcome  the  Sky,  Frost  Legion,  Madame  Violence,  Trepudince  Elucidation,  Monolith  Moon,  Layover,  Yeti  e  King’s  N  Fools.  Com  apresentação  da  Arcadia  Studios,  o  Hell  in  Sintra  já  se  torna  um  dos  marcos  mais  importantes  a  nível  da  apresentaçãoo  do  nosso  metal  nacional.  -­‐  Antropomorphic  Soul  de  Quinta  do  Conde,  projecto  do  multi-­‐instrumentista  Nuno  Lourenço,  apresenta  o  seu  avant-­‐garde  death  metal    através  do  seu  EP  distribuído  neste  mês  de  abril  e  de  nome  “Back  to  Death”.  Um  trabalho  bastante  interessante  a  seguir,  depois  da  edição  do  longa  duração  “The  Dormant  Acrimony”.    -­‐  Kor  Divine,  banda  lisboeta  formada  em  agosto  do  ano  passado,  editou  o  seu  primeiro  single  “Coward”  em  março  

deste  ano.  A  particularidade  desta  banda  é  a  sua  temática  bovina  (sim,  leram  bem!!),  já  que  Kor  é  uma  palavra  sueca  que  quer  dizer  vacas!  David  Alves  (guitarra/voz),  Frederico  Chaves  (guitarra)  e  Francisco  Allen  (baixo).    

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Agenda    Abril        25  –  Bizarra  Locomotiva  –  Hard  Club,  Porto        25  –  Acid  King  (EUA)  /  Lâmina  /  Vaee  Solis  –  RCA  Club,  Lisboa        29  –  Vizir  /  Without  Face  /  Dehuman  (Bél)  /  Phil  Goes  Down  –  XVIII  SWR  Barroselas  Metalfest,  Barroselas        30  –  Shining  (Sué)  /  Fleshgod  Apocalypse  (Itá)  /  Crisix  (Esp)  /  Skyforger  (Let)  /  Internal  Suffering  (Col)  /  Incinerate  (EUA/Can)  /  Grime  (Itá)  /  Killimanjaro  /  Neuroma  (Ing)  /  Equaleft  /  Redemptus  /  Wells  Valey  /  Blast  Off  (Esp)  /  Shitmouth  –  XVIII  SWR  Barroselas  Metalfest,  Barroselas    Maio        1  –  Primordial  (Irl)  /  Enthroned  (Bél)  /  Gutalax  (RC)  /  Bong  (Ing)  /  11  Paranoias  (Ing)  /  Zom  (Irl)  /  Claustrofobia  (Bra)  /  Emptiness  (Bél)  /  Bleeding  Display  /  Örök  /  Analepsy  /  Mother  Abyss  /  Imminent  Attack  (Bra)  /  Myteri  (Sué)    –  XVIII  SWR  Barroselas  Metalfest,  Barroselas        2  –  Entombed  AD  (Sué)  /  Impaled  Nazarene  (Fin)  /  Skull  Fist  (Can)  /  Benighted  (Fra)  /  Ahab  (Ale)  /  Nightbringer  (EUA)  /  Zatokrev  (Sui)  /  Raw  Decimating  Brutality  /  Lvcifyre  (Ing)  /  Midnight  Priest  /  Jibóia  /  Cangarra  /  Marginal  (Bél)  /  Rato  Raro  (Esp)  –  XVIII  SWR  Barroselas  Metalfest,  Barroselas        2  –  Claustrofobia  (Bra)  /  Imminent  Attack  (Bra)  /  Speedemon  /  13  After  –  Side  B,  Benavente        8  –  Midnight  Priest  /  Angel  Martyr  (Itá)  /  Speedemon  –  RCA  Club,  Lisboa        9  –  Downthroat  /  Besta  /  Cruz  de  Ferro  /  Analepsy  /  Speedemon  /  Since  Today  /  Animalesco,  o  Método  /  Liber  Mortis  –  III  Inaccessible  Art,  São  Bartolomeu  da  Serra,  Santiago  do  Cacém  

     9  –  Cancer  (Ing)  /  Bleeding  Display  /  Derrame  /  Shoryuken  –  RCA  Club,  Lisboa        10  –  Torche  (EUA)  –  Music  Box,  Lisboa        14  –  Holocausto  Canibal  /  Basement  Torture  Killings  (Ing)  /  Stucker  –  Fifty  Shades  of  Grind  Tour,  São  Mamede  Coronado,  Trofa        15  –  Holocausto  Canibal  /  Basement  Torture  Killings  (Ing)  /  Toxic  Attack  –  Fifty  

Shades  of  Grind  Tour,  Bar  Académico,  Guimarães        15/16  –  Holocausto  Canibal  /  Basement  Torture  Killings  (Ing)  /  Switchtense  /  For  the  Glory  /  Primal  Attack  /  Serrabulho  /  Crossed  Fire  /  Evil  Impulse  (Esp)/  Push!  /  Irae  /  Challenge  /  Extreme  Retaliation  /  Gennoma  /  Diabolical  Mental  State  /  Iodine  /  Taberna  /  Gatos  Pingados  –  MonteCore  Fest,  Montemor  o  Novo        16  –  Melechesh  (Isr/Ale)  /  Keep  of  Kalessin  (Nor)  /  Tribulation  (Sué)  /  Embryo  (Itá)  –  Hard  Club,  Porto        17  –  Melechesh  (Isr/Ale)  /  Keep  of  Kalessin  (Nor)  /  Tribulation  (Sué)  /  Embryo  (Itá)  –  RCA  Club,  Lisboa  

   17  –  Holocausto  Canibal  /  Basement  Torture  Killings  (Ing)  /  Ov  Flesh    –  Fifty  Shades  of  Grind  Tour,  Hard  Bar,  Bustos,  Aveiro        19  –  Emmure  (EUA)  /  Caliban  (Ale)  /  Thy  Ar  tis  Murder  (Austrália)  /  Sworn  In  (EUA)  –  RCA  Club,  Lisboa        21  –  Arch  Enemy  (Sué)  /  Unearth  (EUA)  /  Drone  (Ale)  –  Paradise  Garage,  Lisboa        21  –  King  Dude  (EUA)  –  Cave  45,  Porto        21  –  Serrabulho  /  Kadaverficker  (Ale)  –  TreBARunA,  Lamego        22  –  Arch  Enemy  (Sué)  /  Unearth  (EUA)  /  Drone  (Ale)  –  Hard  Club,  Porto        22  –  King  Dude  (EUA)  –  Music  Box,  Lisboa        22  –  Serrabulho  /  Kadaverficker  (Ale)  /  Happy  Farm  –  Cave  45,  Porto        22  –  Theriomorphic  /  Shadowsphere  –  G.D.  Mata,  Covilhã        23  –  Theriomorphic  /  Shadowsphere  –  ASDREQ  -­‐  Quintela  de  Orgens,  Viseu        23  –  Web  /  Equaleft  /  Tales  for  the  Unspoken  /  Claim  your  Throne  –  Metalpoint,  Porto        23  –  Shadowsphere  /  Mass  Disorder  /  Machinergy  /  Low  Torque  /  Terror  Empire  –  In  Heaven  &  Hell  Metal  Fest,  República  da  Música,  Lisboa        27  –  The  Exploited  (Esc)  /  The  Adicts  (Ing)  /  Atentado  –  República  da  Música,  Lisboa    ______________________________________________________________________    -­‐  A  Firecum  Records  lançou  o  CD  “Disharmony  in  Existence”  dos  ilhavenses  Agonizing  Terror  e  que  reune  as  demos  “Disharmony  in  God’s  Creation”  (1995)  e  “Ways  of  Existence”  (1997),  além  de  2  temas  nunca  editados.  A  editora  continua  a  fazer  a  reedição  trabalho  de  bandas  do  nosso  burgo  e  conta  já  com  edições  dos  Deification,  Downthroat  e  Firstborn  Evil.