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O Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva Março de 2012 Escola: Escola Secundária Eça de Queirós Ano Letivo: 2011/2012 Unidade: CLC_5 Formadora: Ana Cristina Inês Mediadora: Cristina Goulão Formando: Pedro Nuno Sousa da Silva Número: 5 Turma: SD-R

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O Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva

Março de 2012

Escola: Escola Secundária Eça de Queirós

Ano Letivo: 2011/2012 Unidade: CLC_5

Formadora: Ana Cristina Inês Mediadora: Cristina Goulão

Formando: Pedro Nuno Sousa da Silva Número: 5 Turma: SD-R

Pedro Silva

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Índice 1. Introdução ………………………………………………………………………………………………………. 3 2. O Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva …………………………………………………… 4 2.1. O edifício e os seus prémios ……………………………………………………………….. 4 2.2. As exposições ……………………………………………………………………………………… 5 2.3. As atividades ……………………………………………………………………………………….. 6 2.4. As festas de aniversário ………………………………………………………………………. 6 2.5. Os clubes …………………………………………………………………………………………….. 7 3. O Pavilhão do Conhecimento e os seus visitantes …………………………………………… 8 4. O Pavilhão como parte integrante da Rede Nacional de Centros Ciência Viva …. 9 5. Conclusão ………………………………………………………………………………………………………… 10 6. Bibliografia ………………………………………………………………………………………………………. 11 7. Anexos ……………………………………………………………………………………………………………… 12

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1. Introdução

“ I hear, I forget. I see, I remember. I do, I understand. ” Provérbio Chinês

Este trabalho foi desenvolvido durante o curso de SD-R, na disciplina de Cultura, Língua e Comunicação e tem como finalidade dar a conhecer o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva nas suas mais relevantes componentes. Interativo e bem diferente dos museus ditos tradicionais o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva é um local que privilegia a exploração de conteúdos científicos através da manipulação de pequenos modelos que refletem fenómenos do dia a dia. A escolha deste museu para realização deste trabalho incidiu exclusivamente na tipologia de objetos apresentados que convida ao seu manuseio e porque sou frequente assíduo deste moderno espaço museológico português.

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2. O Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva

Um museu é um “estabelecimento público onde estão reunidas e expostas coleções de objetos de arte, de ciência, etc.” (Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora). Situado no Parque das Nações, em Lisboa, o Pavilhão de Conhecimento – Ciência Viva é um museu interativo de Ciência e Tecnologia. Aberto ao público desde 25 de Julho de 1999, foi durante a Expo 98, o Pavilhão do Conhecimento dos Mares – um dos mais emblemáticos pavilhões visitado por mais de dois milhões de visitantes. Durante os 132 dias da Expo 98, o Pavilhão apresentou conteúdos que evidenciavam a relação do Homem com os Oceanos ao longo dos tempos, na sua perspetiva histórica, técnica e humana. O principal objetivo do Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva é estimular o conhecimento científico e a difusão da cultura científica e tecnológica entre os cidadãos, tornando a Ciência acessível a todos. A sua missão assenta na promoção da educação científica e tecnológica na sociedade portuguesa com especial incidência nas camadas mais jovens e na população escolar. As exposições e as atividades propostas permitem ao visitante, através de objetos/módulos interativos, explorar muitos e variados temas de uma forma ativa, descontraída e lúdica. Além das grandes exposições temáticas e de ações de divulgação científica, o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva promove ainda outras iniciativas de carácter educativo como ações de formação para professores e projetos de financiamento escolar. No panorama nacional o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva assume lugar de destaque no contacto privilegiado que promove entre os visitantes e a comunidade científica nacional e internacional no sentido de mostrar o trabalho desenvolvido pelos investigadores nas mais variadas áreas do conhecimento. 2.1. O edifício e os seus prémios O edifício do Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva tem algumas particularidades como por exemplo, os cerca de 50 metros de pé de altura da sua nave central. É um projeto arquitetónico do atelier de João Luís Carrilho da Graça e com conceção expositiva do atelier ARX Portugal, tendo sido galardoado com o Grande Prémio do Júri FAD 1999, em Barcelona. «O júri considerou que esta obra representa um momento de emoção, num contexto em que se misturam simplicidade e complexidade originando um espaço arquitetónico de elevado nível. O prémio foi dado a um edifício emblemático, representativo da mudança arquitetónica que aconteceu em Lisboa com a EXPO'98. "Carrilho da Graça, Solá-Moralesy Pla, galardonados en los FAD de Arquitectura", La Vangua dia, 30 Junho 1999.»

in www.pavconhecimento.pt

Em 2012 e fazendo face a necessidades de reestruturação do Foyer, o edifício é alvo de algumas remodelações tendo sido criados novos espaços como uma biblioteca e um

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laboratório. Neste processo, o atelier P-06 alcançou o prémio SEGD* Design Awards 2011. «Em colaboração com a Arquitetos JLCG, responsáveis pela renovação do Pavilhão, o atelier P-06 foi desafiado a criar uma “pele” ambiental para o espaço multifuncional da entrada. Inspirado pela constante interação entre profissionais de museus e visitantes, muito próprias deste tipo de espaços, o atelier P-06 adotou a língua universal dos códigos de computador ASCII criando 230 pés, do chão ao teto, de “pele” perfurada com diferentes caracteres. Esta parede gráfica gera interesse visual aos espaços que esconde – escritórios, laboratórios, salas de reuniões e salas multimédia. “ASCII é um código para troca de informações, e um museu é também um lugar de troca de informações", explica Nuno Gusmão, diretor da P-06."»

in www.pavconhecimento.pt

2.2. As exposições Ao longo dos quase 13 anos de existência muitas foram as exposições interativas que passaram por este museu interativo de ciência. Ao todo o Pavilhão do Conhecimento acolheu cerca de 20 exposições nas mais variadas áreas do conhecimento científico: “Matemática Viva”, “Sexo,... e então?”, “Crime no Museu”, “Knojo”, “Extremos – Viver no Limite” ou “Bicharada” foram algumas delas. Atualmente estão patentes ao público 5 exposições: “Explora”, “Vê, Faz, Aprende”, “Brincar Ciência”, “A Física no dia a dia” e “O mar é fixe mas não é só peixe”. A exposição “Explora” encontra-se no Pavilhão desde a sua abertura em 1999. Frank Oppenheimer chamou-lhe uma “verdadeira floresta de fenómenos naturais”. Criada inicialmente para o Exploratorium de São Francisco, nos Estados Unidos da América, a exposição é composta por 40 módulos representativos de vários fenómenos. São 5 as áreas em que se divide a exposição: Luz, Visão, Perceção, Ondas e Sistemas (bué) complexos. A exposição “Vê, Faz, Aprende” é formada por mais de 40 experiências sobre fenómenos naturais e constitui uma das exposições permanente do Pavilhão. É especialmente dedicada aos mais novos embora faça as delícias dos adultos. Entre outras experiências é possível conduzir um carro de rodas quadradas ou experimentar uma cama com cerca de 4000 pregos. Aqui as regras fundamentais são tocar, mexer, observar e experimentar. A exposição “Brincar Ciência” é dedicada exclusivamente aos mais novos, dos 3 aos 6 anos. Os pequenos exploradores têm oportunidade de caminhar na Lua simulando a ausência de gravidade, trepar pela parede como o Homem Aranha ou ainda ajudar a construir a Casa Inacabada.

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A exposição “Física no dia a dia” foi produzida pelo Pavilhão do Conhecimento e é baseada na obra de Rómulo de Carvalho, A Física no dia a dia. Organizada em seis divisões de uma casa, quarto, sala, escritório, despensa, cozinha e jardim, a exposição é formada por 73 atividades utilizando materiais como espelhos, pregos, copos ou clipes que exploram várias áreas da Física Clássica. Esta exposição estará patente ao público até Setembro de 2012. A exposição “O mar é fixe mas não é só peixe” foi produzida pelo centro de ciência finlandês Heureka e poderá ser visitada até Agosto de 2012. O tema principal da exposição é, tal como o nome indica, o mar, e reflete o papel determinante que este tem representado no desenvolvimento da humanidade tanto a nível económico como cultural. A vida num farol, Auto grua empilhadora, batalha naval, canções do mar ou nós de marinheiro são alguns dos módulos que se podem experimentar. 2.3. As atividades Para além das exposições interativas que constituem uma oferta permanente, o Pavilhão do Conhecimento disponibiliza diversas atividades experimentais temáticas. No Laboratório e no âmbito da programação associada à exposição O mar é fixe mas não é só peixe é possível compreender os efeitos no ambiente de uma maré negra e explorar os misteriosos organismos vivos que habitam no plâncton. Na Cozinha é um Laboratório podemos confecionar e provar caviar de frutas e esparguete de agar. 2.4. As festas de aniversário As festas de aniversário são uma oportunidade de celebrar de forma diferente mais um ano na vida dos mais pequenos. O Pavilhão do Conhecimento tem quatro programas temáticos de acordo com a faixa etária do aniversariante e seus convidados. O programa A “Mini-Chefes” é para crianças dos 3 aos 6 anos que durante 2 horas se transformam em chefes de obra e chefes de cozinha. Primeiro divertem-se entre vigas, tijolos e carrinhos de mão na Casa Inacabada e posteriormente na Cozinha é um Laboratório, compreendem porque crescem os bolos e rebentam as pipocas. O programa B “Um Espetáculo de Som” destina-se a crianças dos 7 aos 9 anos que irão construir um instrumento musical, fazer vibrar um líquido viscoso e dar um concerto com palhinhas de sumo. O programa C é para crianças dos 10 aos 12 anos que durante o Inverno é “Todos ao Laboratório”, com atividades experimentais de líquidos coloridos e nuvens de fumo, e no Verão “Astrofesta”, com construção de um veículo de exploração lunar e participação num jogo da glória espacial para descobrir os segredos do Universo.

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O programa D “Visita Livre” destina-se a crianças com mais de 12 anos que irão explorar as diferentes exposições interativas do Pavilhão. Tirar uma fotografia à própria sombra, experienciar quente e frio em simultâneo ou ver imagens refletidas por meio de espelhos convexos são alguns exemplos de módulos que podem ser experimentados.

2.5. Os clubes

O Pavilhão do Conhecimento dispõe de três clubes: Clube de Sócios, Clube C60+ e Clube de Minitores. Cada um deles tem valências específicas mas todos partilham algo: o fácil acesso à comunidade científica e à experimentação. O Clube de Sócios destina-se a qualquer pessoa que pretenda usufruir de condições especiais quer de entrada no Pavilhão do Conhecimento (gratuita durante um ano) quer de descontos em produtos na Loja do Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva (10%). O sócio do Pavilhão também beneficia de desconto na entrada nos centros de ciência da Rede Nacional de Centros Ciência Viva. Como a Ciência é importante para todos, o Pavilhão do Conhecimento criou o Clube C60+ dirigido a seniores que tenham interesse por Ciência. Este clube proporciona aos seus membros o acesso a chás com Ciência que se traduzem em agradáveis conversas com investigadores, atividades de laboratório e ateliers assim como entrada gratuita às exposições do Pavilhão, mesmo fora dos dias do clube. O Clube dos Minitores é para crianças dos 8 aos 12 anos que gostam de Ciência e atividades experimentais. As tardes de sábado são passadas a explorar o Pavilhão do Conhecimento, as suas exposições e módulos interativos. Os membros desde clube têm acompanhamento personalizado por monitores com formação especializada e para além da entrada gratuita durante um ano, mesmo sem ser nos dias do clube, participam em todos os eventos e dias especiais incluídas na programação anual.

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3. O Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva e os seus visitantes

Desde a sua abertura em Julho de 1999, o Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva já recebeu mais de dois milhões de visitantes sendo que, em média, 850 pessoas o visitam por dia. Durante a semana são essencialmente grupos escolares que escolhem este espaço de divulgação científica para complementar as aprendizagens e ao fim-de-semana as famílias/público em geral. O Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva está aberto seis dias por semana, encerra às segundas-feiras, sendo que durante a semana o horário de funcionamento é das 10 às 18 horas e ao fim de semana das 11 às 19 horas (não encerra durante o período do almoço). Nos dias 24 e 25 de Dezembro, 31 de Dezembro e 1 de Janeiro também se encontra fechado ao público. Há dias especiais cuja entrada é gratuita:

18 de Maio - Dia Internacional dos Museus 25 de Julho - Aniversário do Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva 24 de Novembro - Dia Nacional da Cultura Científica

Bill Gates, Bill Clinton, Jorge Sampaio ou Heinz Fischer são exemplos de algumas figuras emblemáticas que visitaram este centro de ciência ao longo destes anos.

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4. O Pavilhão como parte integrante da Rede Nacional de Centros Ciência Viva

O Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva é parte integrante da Rede Nacional de Centros Ciência Viva, sendo o pólo dinamizador e centro de recursos dessa mesma rede. Ao todo a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, com sede no Pavilhão do Conhecimento, possui 20 centros de ciência distribuídos pelo território nacional. Todos eles são caracterizados pela moderna museologia presente no Pavilhão embora sejam de menor dimensão. Os centros ciência viva funcionam como plataformas de desenvolvimento regional - científico, cultural e económico - através da dinamização dos atores regionais mais ativos nestas áreas. São espaços museológicos com uma forte identidade regional que aproximam as comunidades locais e científica. A distribuição geográfica dos centros ciência viva tem permitido criar oportunidades de exploração de experimentais, contacto com investigadores e programas de divulgação científica a um grande número de crianças e jovens. São eles: Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva Centro Ciência Viva de Bragança Centro Ciência Viva de Vila do Conde Planetário do Porto Visionarium - Centro Ciência Viva do Europarque Exploratório – Centro Ciência Viva de Coimbra Centro Ciência Viva de Constância Centro Ciência Viva de Estremoz Centro Ciência Viva do Algarve Centro Ciência Viva de Tavira Centro Ciência Viva do Lousal Centro Ciência Viva de Lagos Carsoscópio - Centro Ciência Viva do Alviela Centro Ciência Viva da Amadora Centro Ciência Viva de Sintra Planetário Calouste Gulbenkian Floresta - Centro Ciência Viva de Proença-a-Nova Centro Ciência Viva de Rómulo de Carvalho Centro Ciência Viva de Porto Moniz Fábrica – Centro Ciência Viva de Aveiro

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5. Conclusão

Na minha opinião, o Pavilhão do Conhecimento é um espaço agradável e interessante para se compreenderem muitos fenómenos científicos. É um local onde se encontram pessoas com diversas formações científicas e pessoas sem qualquer formação académica que querem saber e entender Ciência. Tudo o que nos está repleto de Ciência e o ser humano quer sempre saber mais. Locais como o Pavilhão do Conhecimento permite-nos saber atualizar os nossos conhecimentos. Como as exposições no Pavilhão vão variando, os temas científicos apresentados também vão sendo diferentes. Já tive oportunidade de manipular módulos de várias exposições e gosto sempre de ver coisas novas. Para além das exposições, também costumo frequentar alguns eventos especiais como A Noite Europeia dos Investigadores, diversos workshops e sessões subordinadas aos mais variados temas. Recomento a qualquer pessoa,independentemente da sua idade, este espaço museológico como um local de constante aprendizagem!

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6. Bibliografia

http://www.pavconhecimento.pt http://www.cienciaviva.pt http://pt.wikipedia.org/wiki/Pavilhão_do_Conhecimento

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7. Anexos

Exposição “Crime no Museu”

Exposição “Brincar Ciência”

Laboratório

Noite Europeia dos Investigadores 2011