o livro branco alemao

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Livro Branco Alemão

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  • IIa

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    oLIVRO BRANCO ALEMO

    SOBREOS ANTEGEDENTESDA GUERRA GOIUI AunAo sovrrrcA

    Original editadopelo governo alemo

    em 1941

  • Capa: Mrcio Rodrigo da SilvaOutubro de 1998OBRA DE ESCLARECIMENTODA ALEMANHA, edirada petoGoverno e entregue nas Embaixadas,em Berlim, de todos pases com osquais mantinha Relaqdes Diplom-ticae, em 1941.

    l" Edigo: LEUTZINGER em t94t2n Edigo: REVISO Editora e

    Livraria Ltda.. em 1998

    GOVERNO ALEMO DE I94ILIVRO BRANCO ALEMOSobre os Antecedentes da Guerracom a Unio Sovitica.

    120 pginas 15 x 2l cm

    ISBN N" 85-7246_019-5

    Os motivos que levaram a Alemanhaa atacar a Unio Sovitica

    Cdigo 940

  • qr*r

    A ProclamagoJunho de l94l

    INDICE

    do Fuehrer do dia 22 de

    A nota do Ministrio das Relages Exterioresdo Reich dirigida ao Governo Russo antesda deflagraEo das hostilidades

    Relatrio do Ministrio das Relages Exterio-res sobre a propaganda poltica subver-

    ,

    siva do Govrno Sovitico!

    Relatrios do Alto Comando das Forgas fu-t madas Germnicas sobre a concentra-

    go das Forgas Armadas Soviticas con-tra a Alemanha ............

    Relatrio do Ministro dos Negcios lnternosdo Reich e do "Reichsfuehrer SS" e Che-fe da Polcia Alem, ao Govrno do Reich,sobre a obra subversiva da URSS, san-do a destruigo da Alemanha e do Na-cional-Socialismo

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    A PROCLAMAQAODO

    FUEHRERDo dia 22 de junho de l94l

    "Povo alemo nacional-socialista! Cheio de gravespreocupages, mantive-me em silncio durante meses;chegou agora o momento em que posso falqr por fimclaramente. Quando em 3 de setembro de 1939, oReich recebeu a declaraEo de guerra da Inglaterra, re-petiu-se de novo o intento britnico de fazer fracassarqualquer possibilidade de uma consolidago e com elede um ressurgirnento da Europa, lutando contra a po-tncia que mais frEa tivesse no Continente. Assim alnglaterra levou h tempos ruina a Espanha em nu'merosas guerras, e assim fez tambm as suas guerrascontra a Holanda. Da mesma forma lutou mais tardecontra a Franga com o auxlio de toda a Europa.

    -

    Eassim comeqou, effi fins do sculo passado e em prin_cipios deste, o cerco do antigo Reich e a guerra mundial

  • em 1914. Unicamente devido sua desunio interna,a Alemanha sucumbiu em 1918. As consequncias fo-ram espantosas. Depois de se ter declarado no inciohipocritamente que s se havia lutado contra o Kaisere seu govrno e, depois de depr as armas, o exrcitoalemo, teve incio o sistemtico aniquilamento doReich. Enquanto pareciam cumprir-se literalmenteas profecias de um estadista francs que dizia que naAlemanha havia 20.000.000 de homens demais, isto deam ser eliminados por meio de fome, de enfermi-dades ou de emigrago, o movimento nacional-socia-lista cornegou a sua obra de unificago do povo alemoiniciando assim o ressurgimento do Reich. Este novoressurgimento do nosso povo, em meio das suas cala-midades, de sua misria e do infamante menosprezo,efetuou-se sob o signo de um renascimento interno.

    A Inglaterra todavia no foi afastada e muito me-nos ameagada por esse estado de coisas. Todavia, nomesmo instante, comegou outra veza nova poltica decerco e de dio contra a Alemanha. Dentro e fora doReich se tramou aquele conhecido compl entre ju-deus,liberal-democratas, bolchestas e plutocratas coma nica finalidade de impedir a criaqo do novo Estadonacional alemo e de precipitar novamente o Reich naimpotncia e na misria. Da mesma forma como ans, o dio desta conjura internacional atingiu aque-les povos que tambm eram desventurados e obrigadosa ganhar o po de cada dia na dura luta pela existn-cia. Especialmente Italia e ao Japo se contestouou melhor dito se proibiu, como Alemanha, a parti-cipaEo nos bens deste mundo. Por isso, a agrupaEodessas nages no foi mais do que um ato de defesaprpria frente egoista coaligo mundial da riquezae do poder que as ameaqava. J em 1936 declarou o

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  • osr. Churchill, segundo afirmaEo feita pelo generalnorte-americano Wood perante uma comisso do Con-gresso norte-americano, que a Alemanha voltava a seremasiadamente forte e que portanto haveria de seraniquilada. No vero de 1939 a Inglaterra iulgou che'gad o momento de poder iniciar o aniquilamento,ovamente proietado Com a repetigo de uma- polti-ca de cerco d Alemanha de grande envergadura. Osistema de campanha de falsidades, organizada paraesse fim, consistia em declarar ameagados outros po-vos, comeEando por capt-los com promessas de

    -ga-rantia e d assistncia inglesas, fazendo-os marcharem seguida contra a Alemanha, como j havia aconte-cido n guerra mundial. Assim, a Inglaterra l,ogroulangar a mundo, de Maio a Agosto del939, a afirma-go de que a Litunia, a Est6nia, a I etnia, a Finln-ia e a Bessarabia, bem como a Ucrnia, estariam di-retamente ameagados pela Alemanha. Isto fz comque parte desses Estados aceitasse as promessas degarantia, oferecidas com estas afirmaEes, e entras-se por conseguinte na nova frente de cerco contra aAlemanha.

    Diante destes fatos, julguei poder assumir dian-te de minha conscincia e diante da histria do povoalemo a responsabilidade de no apenas convencerestes pases ou os seus governos da inverdade das obri-gages britnicas, mas tambm de tranquilizar a po-lncia mais forte do leste com solenes declaraEes so-bre os limites dos nossos interesses.

    Todos os nacional-socialistas devem ento segu-ramente ter sentido que este passo foi para mim amar-go e duro. Jamais o povo alemo abrigqu sentimen-[os hostis contra os povos da Rssia. Todavia du-rante mais de duas decadas os judeus-bolchevistas,

  • detentores do poder em Moscou, procuraram envolverem cqamas, no apenas a Alemanha, mas tambm to_da a Europa. Jamais a Alemanha tentou levar Rus-sra sr-rg concepgo nacional-socialista, mas sim foramos judeus-bolchevistas, detentores do'poder em Mos-cou, que procuraram sempre impr ao nosso povo eaos.

    .outros povos europeus seu domnio, no apenasesqiritual

    -mas sobretudo militar" porm, as conse-quncias desse. sistema foram, em todas s partes, ocaos, a calamidade e a fome, e nada mais.

    -

    Contrariamente- a isso, desde h duas dcadas, pro-curei chegar na Alemanha, com um mnimo de iriter-venges e sem a- menor destruigo da nossa produqo,a uma nova ordem socialista Que no apenas elimiiroa falta de trabalho, mas que 'faz cheg'ar tambm aotrabalhador, cada vez em elcala maiori o produto dotrabalho. Os exitos desta poltica de

    'urna nova or-dem econmica e social do nosso povo que aspira comoltima finalidade uma verdadeira' comnho' nacional

    e quq venceu sistematicamente as diferengas de clas_ses so nicos no mundo inteiro.

    Por isso em Agosto de lg3g, s a contra-gosto, re-solvi enviar um ministro a Moscou com o obetivb Oetentar al contrabalanEar a poltica britnica db cercocontra a Alemanha. Filo uhicamente com a conscin-cia de minha responsabilidade perante o povo alemo,porm sobretudo com a e.speianga de poder chegaiapesar de tudo, a um melhoramnto duradouro asrelages

    .e de - diminuir os sacrifcios que, quig, se exi-gisse.m de ns, em caso diferente. 'Enqarit aAte-manha assegurava solenemente em Mosbou que osmencionados territrio-s e naEes, com exceg da Li-tunia, estavam fora dos intrsses polticos lemes,t0

  • aconcluiu-se ademais um acordo especial para o caso deque a Inglaterra lograsse levar eftivamnte a polniaguerra co,ntra a Alemanha. E mesmo nesse ponto,as aspirages alemes limitaram-se a uma forma queno correspondia, nem de longe, aos feitos das armasalems.

    Nacional-socialistas! As consequncias desse tra-tado qge eu mesmo desejei e conclui, no intersse dopovo. alemo, forqm gravssimas, especialrnente paraos alemes que viviam nos pases em questo. tt:uitomais de meio milho de alemes, todos ies pequenoslavradores, artfices e operrios, foram obrigaos aabandonar, quase da noite para o dia, a que era suapatna para escapa,r a um novo sistema que os amea-gava com uma misria sem limtes, e, mais cedo ou maistarde, com a completa extirpago. No obstante des-aparecerem milhares de alemes. Jamais foi poss-vel averiguar sua sorte ou seu paradeiro. Silenciei atudo isso porque tinha que silenciar, pois o meu de-sejo era pr definitivamente termo -tenso com esseestado e chegar, se possivel, a uma harmonia duradou-ra. Porm, j durante a nossa ofensiva na polnia.os dirigentes de Moscou, contrariamente ao tratado, re-clamaram tambm imediatamente a Litunia. O Reichjamais te,ve o propsito de ocupar a Litunia, e noapenas.no manifestou tal desejo ao Govrno Lituano,mas at mesmo repeliu o pedido do governo lituano deepto_, de que se enassem para ess finalidade tropasalemespar? a Litunia, visto que isto no correspon-dia as finalidades da poltica alem. No obstnte,acedi tambm a esta nova exigncia russa que no eramaisenpo o princpio de nvas e contnus coagesque desde ento se repetiram incessantemente.

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  • A vitria na Polnia, conquistada exclusivamen-te por tropas alems, me induziu a fazer uma novaoferta de paz s potencias ocidentais, oferta essa quefoi rechassada pelos agitadores belicistas internacio-nais e judeus. A causa desta recusa residia i entoem que a Inglaterra continuava esperando semprepoder mobilizar uma coaliso europia contra a Ale-manha, incluindo os Balkans e a Russia Sovitica,Londres se decidiu a enviar a Moscou como embai-xador o sr. Cripps que foi incumbido da tarefa pre-cisa de reiniciar, custe o que custar, as relaEes entrea Alemanha e a Russia Sotica, desenvolvendo-asem sentido britnico. A imprensa inglesa informousobre os xitos desta misso, quando razes tticasno a obrigavam a silenciar. No outono de 1939 e naprimavera de 1940, manifestaram-se tambm de fatoos primeiros resultados. Quando a Russia se dispu-nha a subjugar, militarmente, no apenas a Finlndia,mas tambm os Estados Blticos, esta ago foi ime-diatamente motivada com a afirmago, to mentiro-sa como ridcula, de proteger estes pases contra umaameaga estrangeira ou de adiantar-se a ela. Isto serefere unicamente Alemanha, porque nc Bltico nopodia entrar outra potncia, nem fazer uma guerranele. Todaa tive que silenciar. Porm, os dirigen-tes do Kremlin no pararam ali. Quando a Alemanhana primavera de 1940 retirava, de acordo com o "soi-disant" pacto de amizade, suas forgas para longe dafronteira oriental desguarnecendo at mesrno em gran-de parte estes territrios de forEas alems, j entocomegou a concentraqo de forgas russas numa pro-porgo que no podia considerar-se mais seno umaameaga consciente contra a Alemanha.

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    Segundo uma declaraEo, feita ento pessoalmentepelo sr. Molotow, s nos Estados Blticos se encontra-vam, j na primavera de 1940, 22 divises russas. Comoo prprio governo russo afirmava constantemente quehavia sido chamado pela populaEo, a finalidade dasua presenga ali no podia ser consequentemente ou-tra, seno uma demonstrago contra a Alemanha.

    Enquanto nossos soldados derrubaram, a partirde l0 de Maio de 1940, o poderio franco-britnico nooeste, a concentrago russa na nossa frente orientalcontinuava em proporges que iam assumindo, pouco apouco, um carater mais ameagador. Por isso, julgueidesde Agosto de 1940 que, no interesse do Reich, nopodia mais assumir a responsabilidadede de deixar in-defesas, diante desta enorme concentrago de divisesbolchestas, nossas provncias orientais, tantas vezesdevastadas. Porm, com isso, se deu o que visava acolaborago anglo-sovitica, isto , a manutengo detantas forgas alems no leste, de forma que o Alto Co-mando Alemo j no podia contar com urna radicalterminago da guerra no oeste. Isto correspondia noapenas as finalidades da politica britnica mas tam-bm sovitica, porque tanto a Inglaterra como a Rus-sia, tm o propsitode fazer durar estaguerrao maiortempo possvel, para debilitar a toda a Europa, redu-zindo-a cada vez maior impotncia.

    O ataque da Russia contra a Romnia sava as-sim, nas suas ltimas razes, unicamente a finalidadede apoderar-se de uma base importante no apenaspara a vida econmica alem, mas tambm para a detoda a Europa, ou de destru-la pelo menos em deter-minadas circunstncias. Porm, o Reich precisamen-te se nha esforgando, desde 1933, com uma pacien-

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  • cia inexgotavel, em ganhar os Estados do suste comoclientes para o seu comrcio. Possuamos tambm,por isso, o mximo interesse na sua consolidaEo e nasua ordem estatal interna. A irrupgo da Rssia naRomnia e a unio da Grecia Inglaterra ameagavamassim converter esse territrio, num curto lapso detempo, em centro de uma guerra geral. Contra nos-sos princpios e costumes, aconselhei ao governo ro-meno de ento, culpado deste desenvolvimento, dian-te de uma solicitaEo urgente do mesmo, ceder chan-tagem sovitica e entregar a Bessarabia para conser-var a paz. Porffi, o governo romeno iulgou que spodia assumir a responsabilidade disso diante do seupovo, sob a condigo de que a Alemanha e a Itlia lhedessem, pelo menos, como compensago uma garantiade que o territrio que ainda restava Rumnia noseria jamais tocado. Fi-lo com grande pesar; sobre-tudo porque quando o Reich d uma garantia, istosignifica que responde por ela. Ns no somos nemingleses, nem judeus. Deste modo julguei ainda noltimo momento ter servido paz neste territrio, em-bora aceitando tambm uma grave obrigago.

    Porm para solucionar definitivamente este pro-blema e obter ao mesmo tempo clareza sobre a atitu-de russa, concernente ao Reich, bem como sob a pres-so de mobilizago, constantemente crescente na nossafronteira oriental, convidei ao sr Molotow a vir a Ber-lim. O Comissrio do Exterior sotico exigiu a acla-rago ou aprovago da Alemanha das quatro perguntasseguintes:

    la pergunta - A garantia alem dada a Romnia,no caso de um ataque da Russia Sovitica contra este

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    pas, deve entender-se como dirigida tambm contraa Unio Sovitica?

    Minha resposta - A garantia alem geral e nosobriga incondicionalmente. Porm, a Rssia no nosdeclarou nunca que, com excego da Bessarabia, pos-suisse ainda interesses na Romnia. A ocupago donorte da Bukovina i constituiu um no-cumprimentodessa promessa. Porm, no acreditei por isso que aRssia pudesse ter agora de sbito outras intenges maisamplas contra a Romnia.

    2a pergunta de Molotow - a Rssia se senteameagda novamente pela Finlndia. A Rssia estdecidida a no consentir nesse estado de coisas. Esta Alemanha disposta, a no dar nenhuma classe de re'servas Finlndia e de um modo especial a retirarimediatamente as tropas alems que marcham por essepas para Kirkanes, com o fim de render outras tropas?

    Minha resposta - A Alemanha no tem, nem tevejamais interesses polticos de qualquer espcie na Fin-lndia. porm, uma nova guerra da Russia contra opequeno povo finlandes pode ser considerada pelo go-vero do Reich como no mais tolervel, tanto maisporque ns no podemos acreditar nunca numa amea-Ea Rssia por parte da Finlndia. Pom, no que-iemos de nenhuma maneira que no Bltico possa sur-gir mais uma vez uma zona de guerra

    Terceira pergunta de Molotow - Est a Alema-nha disposta a cbnsentir que a Rssia Sotica d porsua parte uma garantia Bulgaria e envie para este

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  • fim tropas soviticas Bulgria, no tendo porm a in-tengo por exemplo de suprimir o Rei?

    Minha resposta A Bulgria um Estado sobe-rano, e eu no sei que haja solicitado da Rssia So-vitica uma garantia, semelhanga da que foi solici-tada pela Romnia Alemanha. Ademais teria porminha parte de consultar os meus aliados sobre esteparticular.

    Quarta pergunta de Molotow - A Rssia Soviti-ca necessita, sob todas as circunstncias, a livre pas-sagem atravs dos Dardanelos e exige tambm paraa sua protego a ocupago de algumas bases impor-tantes nos Dardanelos ou no Bsforo. Est a Alema-nha de acordo com isto ou no?

    Minha resposta - a Alemanha est disposta a darem qualquer tempo sua aprovago a uma modifica-Eo do "status quo" de Montreux e em favor dos Esta-dos do Mar Negro. A Alemanha no est disposta aconsentir que a Rssia tome posse de bases nos Es,treitos.

    Nacional-socialistas! Adotei nesse caso a nicaatitude que podia tomar como Fuehrer responsvel doReich, porm, tambm como representante, conscien-temente responsvel da cultura e da civilizago da Eu-ropa. A consequncia foi uma intensificago da ati-vidade russa, dirigida contra o Reich. Porm, espe-cialmente o imediato comego de subverso interna donovo Estado romeno e o intento de derrubar, por meiode propaganda, o governo romeno, com o auxlio de es-pritos infantis e confusos da Legio Romena, logrou

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  • *provocar um golpe de Estado na Romnia, cujo objeti-vo era derrubar o chefe de Estado, general Antonescu,e levar o pas ao caos, para suprimir as condiEespara a entrada em gor das promessas de garantiasalems, mediante a aboligo de um poder legal. Noobstante, julguei sempre que era melhor manter o meusilncio.

    Imediatamente, depois do fracasso desse empre-endimento, teve lugar um novo aumento da concen-trago de tropas russas na fronteira oriental alem.Destacamentos de tanques e tropas paraquedistas foramtransferidas, cada vez em maior nmero, a uma pro-ximidade ameagadora da fronteira alem. O Exerci-to alemo e a ptria sabem que at ainda h poucassemanas no se encontrava uma nica diso de tanquesalems ou uma nica diviso motorizada na nossafronteira oriental.

    Porm, se teria sido necessria ainda uma ltimaprova para a coaliso que entrementes se deu entre ainglaterra e a Rssia Sovitica, apesar de todas as ma-nobras de desorientaEo e de encobrimento, esta provafoi dada pelo conflito iugoslavo. Eu me esforgavapor empreender uma ltima tentativa de pacificagodos Balkans e, numa colaboraEo com o Duce cheia decompreenso convidei a lugoslavia a aderir ao pactotrplice. A Inglaterra e a Rssia Sotica porm or-ganizaram em colaborago mtua aquele golpe de moque em uma noite suprimiu o governo de ento, dis-posto a um entendimento. Hoje j posso comunicarao povo alemo que o golpe de Estado servio contraa Alemanha no foi levado a cabo apenas por insufla-go inglesa, mas sim particularmente sob a da RssiaSotica. Porm como tambm silenciamos sobre

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  • isso, os dirigentes soviticos se decidiram a dar umnovo passo. No apenas organizaram o golpe de Es-tado, mas tambm, poucos dias depois, celebraramcom as novas criaturas, ligadas a eles, o conhecidotratado de amizade que se destinava a robustecer nosservios sua vontade de resistncia contra a pacifica-go nos Balkans e a instig-los contra a Alemanha, Istono era uma intengo platnica: Moscou exigiu a mo-bilizago do exrcito servio

    Como tambm naquele momento julguei prefer-vel no falar, os detentores do Kremlin deram aindamais um passo: o governo do Reich possue hoje osdocumentos dos quais resulta a prova de que a Rus-sia deu Servia para lev-a luta definitiva a pro-messa de fornecer-lhe por Salnica, contra a Alema-nha, armas, avies, muniges e demais materiais deguerra.

    Isto sr-lcedeu quase no mesmo rnomento, em queeu aconselhava ao ministro do Exterior iapons, dr.Matsuoka, conseguir uma melhora da situago com aRssia, sempre na esperanga de servirassim paz,Unicamente a rpida avangada das nossas incompa-rveis divises at Skolpie, bem como a tocada de Sa-lnica impediram os propsitos deste compl russo-anglo-saxo. Porm, os oficiais da aago srvia voa-ram para a Russia e foram ali imediatamente acolhi-dos como aliados. Unicamente a vitria das potnciasdo Eixo no Balkans frustrou imediataments o planode envolver a Alemanha, durante este vero, em lon-gos meses de luta no sueste e de completar entremen-tes, cada vez mais, a concentraEo do exercito sovieti-co e de robustecer sua capacidade blica, para poderento juntamente com a Inglaterril e, apoiado pelos18

  • t esperados fornecimentos norte-americanos, afogar e es-magar oReich e a ltlia.

    Com isto, no apenas Moscou rompeu os acordosdo nosso pacto de amizade, mas ainda traiu-os demaneira vil. e tudo isto aconteceu, enquanto os de-tentores do poder no Kremlin fingiam amizade e pazpara o exterior, e redigiam inofensivos desmentidosat o ltimo momento, da rnaneira anloga como noscasos da Finlndia ou da Romnia.

    .

    S, por.ern, at o presente, me via obrigadopelascircuntncias a encerrar-me sempre no meu silncio,chegou j agora o momento em que continuar contem-plando isso no apenas seria um pecado de omisso,mas tambm um crime contra o povo alerno e contratoda a Europa. Desde h semanas, se realizam cons-tantes violages dessa fronteira, tanto no nosso terri-trio como tambm no extremo norte e na Romnia.Os aviadores russos sentem um prazero em prescindirdespreocupados dessas fronteiras, para demonstrar-noscom isso que j se sentem como donos desse territrio.

    Na noite de 17 para 18 de Junho, umas patrulhasrussas voltaram a penetrar em territrio do Reich es puderam ser rechassadas, depois de um longo ti-roteio.

    Porm, com isso chegou definitivamente a hora,em que torna necessrio enfrentar este compl dosbelicistas judeu-anglo-saxes e dos detentores do po-der, tambm judeus, da central bolchevique de Moscou.

    Povo alemo! Neste momento se efetua uma

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  • avangada que, por sua extenso e sua magnitude, amaior de todas as que at agora viu o mundo. Junta-mente com os camaradas finlandeses, os vencedores deNarvick se acham no Marfutico. Divises alems, sobo comando do conquistador da Noruega, protegem iun-tamente com os patriotas finlandeses, sob as ordens doseu marechal, o solo da Finlndia. Da Prussia Orientalat aos Carpatos estendem-se as formages da frenteoriental alem. Nas margens do Fruth e no curso in-ferior do Danbio at a costa do Mar Negro, se achamunidos, sob ordens do Chefe de Estado, general An-tonescu, soldados alemes e romenos.

    A misso desta frente j no mais a de protegerpases determinados, mas sim a de garantir a Europae salvar assim o mundo. Por isso decid-me hoje, a prde novo nas mos dos nossos soldados o destino e ofuturo do Reich e do nosso povo. Que Deus nos aju-de nesta luta! - 22/06/41- (a)Adolf Hitler."

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  • -A nota do Ministrio da Relae esExteriores do Reich

    DIRfGDAAOGOVERNO RUSSO ANTESDEFLAGRA9AO DAS HOSTILIDADES,

    O SEGUINTE TEOR:

    DATEM

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    t

    "Quando o governo do Reich, guiado pelos seus de-seios de chegai a um entendimento entre a Alemanhae a URSS, s dirigiu no vero de 1939 ao governo russo,sabia perfeitamente que no contituiria uma tarefafcil chegar a esse entendimento com um Estado que,por uma parte, daclarava que pertencia a Sociedadedos Estados nacionais com os direitos e deveres ineren-tes a isso, porm que, por outra parte, se achava do-minado por um partido que aspirava, como sego doKomintein, a extnder a revolugo mundial, isto adissolugo desses Estados nacionais. Todaa, pres-cindindb da gravidade das objeges que resultavamdessa diferen{a fundamental dos obietivos polticos da

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  • Alemanha e da Rssia e do violento contraste das ideo-logias nacional-socialista e bolchevista, diametralmen-te opostas, o governo do Reich empreendeu este intento.

    PORQUE O REICH PACTUOU COM A RSSIA

    O governo do Reich deixou-se guiar pela idia deque a excluso de uma guerra, com o entendimentoentre a Alemanhae aRssia, e aseguranga assimcon-seguida das reais necessidades vitais de ambos os povosque sempre se basearam numa atitude amistosa ofe-receria a melhor garantia contra a difuso das dou-trinas comunistas do judasmo internacional na Europa.O governo do Reich se sentia fortalecido nesta supo-sigo, devido a certos acontecirnentos na prpria Russiae devido a certas medidas do governo russo na esferainternacional, o que fazia parcer pelo menos possvelum afastamento dessas doutrinas e dos atuais mtodosde composigo de outros povos. A acolhida que teveo passo alemo em Moscou e a disposigo do governorusso de concluir um pacto de amizade com a Ale-manha pareciam confirmar esta modificago. Assimchegou-se em 23 de Agosto de 1939 concluso do"pacto de no-agresso" e em 28 de Setembro de 1939 assinatura de um "tratado de amizade e de regula-mentago de fronteiras" entre ambos os Estados.

    A essncia destes tratados consistia, primeiro naobrigago mtua de ambos os Estados de no atacar-see de viver em vizinhanga pacfica, e, segundo, numalimitago das esferas de interesses, pela renncia doReich a qualquer influncia na Finlhdia, Letnia, Es-tnia, Litunia e Bessarabia, ao passos que as zonas de22

  • I antigo Estado polons deviam ser anexadas por deseioda Rssia at linha Narow-Bug-Sam.

    t

    Efetivamente, ao concluir o Pacto de No-Agressocom a Rssia, o governo do Reich modificou radical-mente sua poltica concernente a URSS, adotando desdeaquele dia uma atitude amistosa para com esta e cum-prindo fielmente tanto na letra como no esprito osiratados concludos com ela. Ademais com a subiuga-go da Polnia, isto com o sacrifcio de sangue alemo, Reich ajudou a URSS a obter o maior triunfo depoltica eiterna da sua histria o que !o tgri? sidoiossvel sem a benvola poltica alem frente Russia,e sem a esmagadora vitria do exrcito alemo. Ogoverno do Reich tinha portanto todos os motivos, paraesperar que a atitude d'a URSS frente ao Reich fossea mesma, tanto mais quando durante as negociaEesque o ministro do Reich sr. Von Ribbentrop realizouem Moscou e por outras ocasies, tambm o governorusso declarou repetidamente que estes tratados cons-tituiam a base para uma harmonia permanente dos re-cprocos interelses germano-russos, e que ambos ospvos chegariam a boas e perenes relages de vizi-nhanEa, base de se respeitarem os recprocos sistemasde golerno e de no se imiscurem nas questes in-ternas do outro povo.

    O KOMINTERN REINICIA SUAS ATIVIDADES

    Infelizmente verificou-se logo que o governo doReich se haa radicalmente enganado nesta suposi'Eo. Efetivamente o Komintern reiniciou suas ativi-ades em todos os terrenos, pouco depois de concludosos tratados germano-russos. Isto no se refere apenas

    23

  • Alemanha, mas tambm aos Estados amigos da Ale-manha ou neutros e aos territrios europeus, ocupadospelas tropas alems. A fim de no faltr abertamenteaos tratados, o_ Komintern unicamente modificou algodos seus metodos, tornando-os mais cautelosos e enco-bertos. Em Moscou julgava-se seguramente poder res-ponder ao efeito do pacto com a-Alemanha Nacional-Socialista, fazendo constantemente ressaltar a supostaguerra imperialista da Alemanha. A forte e eficaZ de-fesa policial obrigou o Komintern a tentar exercer suaatividade destruidora e informativa na Alemanha. va-lendo-se de centros de ago nos pases vizinhos O Ale-manha. Para isso utilizvam-se- antigos funcionrioscomunistas alemes que no Reich haviam executadoum trabalho de decomposigo e preparativos de sabo-tagem. Para este objetivo o-comisirib a GpU Krylowexecutava um trabalho de metdica preparago.

    Simultaneamente, realizou-se um intenso trabalhode sapa nos territrios ocupados pela Alemanha, espe-cialmente no Protetorado s na FianEa ocupada,' b'emcomo na Noruega, na Holanda, na Bel$ica, etc. AsrepresentaEes russas, sobretudo o Consulado Geral emPraga, realizaram ali valiosos servigos. Instalages deemissoras e de receptoras se manliveram em nimadoservigo_ de informago que proporcionou a prova defi-nitiva do trabalho do Kominter contra o Rbich. Tam-bm, sobre os demais trabalhos de desmoralizaco e deespionagem do Komintern possue-se um abunda'nte ma-terial documentado por testemunhas e por escritos.

    Alm disso, formaram-se grupos de sabotagem-qugpossuam seus prprios laboiatnos, nos quars se fabri-cavam bombas incendirias e explosivas, pra serem le-vados a cabo atos de sabotagem. Estes-tentados co-24

  • *meteram-se por exemplo em nada menos de 18 naviosalemes. A lado deste trabalho de desmoralizagoe de sabotagem exercia-se a espionagem. Por exemplo,a repatriagb de alemes da Russia foi aproveitada parase executrem os meios mais reprovveis contra estesalemes, para as finalidades da GPU. No apenas ho-mens, mai tambm mulheres foram coagidas da manei-ra mais vil para comprometer-se a servir GPU.

    Nem mesmo a embaixada russa em Berlim, como conselheiro de embaixada Kobulow testa, no achouinconveniente em abusar inqualificavelmente dos di'reitos de extraterritorialidade para finalidades de es-pionagem. Da mesma forma, o funcionrio do con-lulado russo em Praga, Mochow,era o chefe de uma redede espionagem rusia que se extendia por todo o Pro-tetordo. utros casos nos quais a polcia logrou in-tervir em tempo deram uma idia terminante destesatos e manejos russos.

    O quadro geral revela inequivocamente que a Russiarealizou contia a Alemanha um trabalho ilegal de des-moralizago, de sabotagem, de terror e de espionagemde grande envergadura para preparar a guerra nos seusespectos poltico, militar e econmico.

    Quanto ao trabalho de desmoralizago, realizado naEuropa fora da Alemanha, este se extendia a quqsetodos os Estados da Europa, amigos da Alemanha e no-ocupados por ela. Por exemplo, na Romnia,_a. pr.o-pagnda cmunista em folhetosf procedentes

    -da Rssia,iepresentava a Alemanha como responsvel de.todas asdificuldades, para criar assim um ambiente anti-alemoO mesmo falo se verificou claramente na lugos-

    t

    25

  • lvia desdeovero de 1940. Em folhetos,opovo alifoi convidado a protestar contra a "poltica de pacto"com os governos imperialistas de Berlim e de Roma, se-guida pelo governo Zwetkovitch. Numa assembleia dosfuncionrios do Partido Comunista em Agram, todo os.uste da Europa, da Eslovquia at a Bulgria, foi qua-lificado de Protetorado russo que iria ser instaldodepois do debilitamento militar que se esperava da Ale-manha. Na legago sovitica de Belgrado ciu em mosrla-s. tropas alemes a prova documental da origem so-vitica desta propaganda.

    - ^Ao passo que a propaganda comunista na lugos-lavia procurava valer-se de tendncias nacionaliitas,atuou- na Hungria especialmente entre a populago ru-!en?, qual acenou com a futura libertaEo pela RssiaSovitica. Intensssima foi tambm a instigaEo anti-alem na Eslovquia, onde se fazia abertamnte a pro-pagqnda de uma incorporago desse pas URSS. NaFinlndia trabalhava a famosa 'Associago para paze Amizade com a Unio Sovitica" que, em colaboragocom a emissora de Petroskoi, visava a decomposi[odesse pais, trabalhando para isso num sentido- nitida-mente anti-alemo.

    Na Franga, Blgica e Holanda instigava-se contraa potncia de ocupago alem. Com crter nacionale pan-slavista efetuava-se a mesma agitago no Go-verno Geral. Mal a Grcia havia sido oCupada pelastropas alems e italianas, quando a propagand co-munista ps tambm ali mos obra

    -

    O quadro geral apresenta uma campanha, siste-maticamente realizada, em todos os pases pela URSS.26

  • b contra o intento da Alemanha de erigir na Europa umaordem estvel.

    Paralelamente marchava a direta aqo propagan'distica contra as medidas da poltica alern, denun'ciando-se estas medidas como anti-russa, afim de ganharos diferentes paises para a causa da Rssia contra aAlemanha. Na Bulgria se instigou contra a entradano pacto trplice e em favor de um pacto de garantiacom a Rssia; na Romnia infiltraram-se na Guarda deFerro e, abusando de seus chefes, encenou-se a ten-tativa de revolta de 23 de Janeiro de 1941, cuios finsmoam os agentes bolchevistas de Moscou. O governodo Reich possue provas terminantes disso.

    No que concerne lugosla, chegaram s mosdo goveino do Reich documentos dos quais resulta queo dlegado iugoslavo Georgetsch j em Maio de 1940haa

    -obtido de uma conversago com o Sr. Molotow

    a convicgo de que al se considerava a Alemanha comoo formidvel inimigo de amanh. Ainda mais clarofoi a conduta da

    -Rssia, no que se refere solicita-

    Eo de armas dos militares srvios. O Estado-Maioriusso declarou em Novembro de 1940 ao adido mi-litar iugoslavo: "Daremos todo o solicitado, e ime-diatamnte". Os pregos e a forma de pagamento foramdeixados ao livro- arbitrio do governo de Belgrado es se imps uma condigo: manter o segredo frente Alemanha.

    Quando o governo Zwetokvitsch comegou a, apro-ximar-se mais tarde das potncias do Eixo, Moscoucomegou a atrasar os fornecimentos de armas. No Mi-nistrib da Guerra russos declararam isso sem rodeiosao adido militar iugoslavo. A encenago do golpe de

    C

    27

  • Estado de Belgrado de 27 de Margo deste ano, cons-tituiu a coroago dessa atidade corispiradora dos con-i_ug{os_srvios e dos agentes anglo-russos contra oReich. O chefe srvio dste golpe de Estado e ao mes-mo tempo chefe da "mo negra", Sr. Simitsch se en-contra ainda hoje em Moscou e desenvolve ainda hoieali, em estreito contato com os departamentos russosde propaganda, uma grande atividade contra o Reich.

    As anteriores comprovages constituem apenas umapequena qgrte da incrivelmente ampla atidade pro-propagandstica da URSS na Europa ontra a Alemaha.Para dar ao mundo uma idia-de conjunto sobre aatividade das autoridades russas neste sentido, desdea concluso dos tratados germano-russos, e para fa-cilitar-lhe a forrnagqo de lrm juzo acertado, o governodo Reich dar publicidade a extensa documentEo deque dispe.DESORIENTAEO E MISTIFICAQO COMUNISTA

    O governo do Reich tem que assinalar em resumo:o governo sovitico havia feito reiteradamente. ao ce-lebrar seus tratados com a Alemanha, a inequvoca de-claraEg de que no tinha intengo de imiscir-se diretoou indiretamente nos assuntos alemes. Havia mani,festado de forma solene, ao ser concluido o Tratadode Amizade,. que colaboraria com a Alemanha, paral9g1ar, o mais depressa possvel de acordo com os ver-dadeiros interesses de todos os povos, a terminago doestado. de guerra entre a Alemnha por uma parte ea Inglaterra e a Franga por outra parte. Estes cordose 9eclarages russas resultararn-ser, luzdos fatosacima mencionados que no caso ulterior da guerra se28

  • f evidenciaram cada vez maiso unicamente uma manobrade desorientago e de mistificago.Todas as vantagens, logradas em consequncia da

    atitude amistosa da Alemanha, no foram capazes deinduzir o governo sovitico a adotar uma conduta leal,frente ao Reich. O governo do Reich teve que conven-cer-se, ao contrrio, de que tambm ao se concluiremos tratados de 1939, a URSS teve presente a tese deLenine, como voltou a expressar-se em Outubro de 1939nas direstrizes do Partido Comunista na Eslovaquia, esegundo a qual podem concluir-se pactos com outrospases, quando sirvam aos interesses do governo e inutilizago do inimigo. Dessa maneira, a conclusodos seus tratados de amizades no constituiu para o go-verno russo mais que uma manobra ttica. O verda-deiro objetivo era a obtengo de acordos vantajosospara a Russia e preparar assim ao mesmo tempo umnovo campo de aEo para a potncia sotica. A idiaprincipal continuava sendo o debilitamento dos Esta-dos no-bolchevistas, para poder min-los mais facil'mente e subjug-los em tempo oportuno

    Com franqusa brutal evidenciou-se isso num es-crito russo, encontrado depois da ocupago de Bel-grado na Legaqo Sovitica daquela capital, escrito esseem que se diz:'A URSS reagir no momento oportunoAs potncias do Eixo continuarn fracionando suas for-gas, e portanto a URSS se langar subitamente contraa Alemanha".

    O governo sotico de Moscou no seguiu a vozdo povo russo que desela viver com o povo alemoem leal paz e amizade, rnas sim.prosseguiu na velhapoltica bolchevista de duplo sentido e assumiu assimuma grave responsabilidade.

    e

    29

  • OS ESTADOS BLTICOSS" jl o_ trabalho propagandstico de decomposiEoque a URSS realizava na Alemanha e no resto ^da u-

    {opa no deixa logar a dvidas sobre sua atitude frente..Alemanha, fala ainda uma linguagem mais clara aatitude do governo sovitico concrnnte ao Reich, noaspecto da poltica externa e no aspecto militar, dsdea concluso dos tratados germano-russos. A e deli-mitarem as esferas de intresses, o governo soticodeclarou em Moscou ao ministro bas "Relages Fxterio-res do Reich que, com excego dos territrios do an-tigo Estado polons que se encbntravam ento em es-tado.dedecomposigo, no tinha o propsito de bol-cneusar ou de anexar os Estados que se achavam nassuas esferas de interesses. porni a realidae e qu,como demonstrou o curso dos acontecimentos, a po_ltica da unio sovitica nesse tempo esteve orientadapQp um nico fim que era: fazer avangar o poderiomilitar de Moscou pra o oeste, na zona eritre o bceanoArtico e o Mar-Negro, em todas as partes onde lheparecesse possvel, e continuar propagando a bolchevi-zaEo na Europa.

    o. processo desta poltica est caracterizado pelasseguintes etapas:

    Primeira - O processo foi iniciado com a conclu-so dos chamados pactos de Assistncia cm Jgioniu,Letniae Lituania, i* outubro e lvovmuio a; i5b,'e com a criago de bases militares nesses pases.

    n. Seg,unda - A -prxima logada sotica foi a darrnrandla. Quando o governo finlands repeliu as exi-gencras soviticas, cuja aceitago teria poslo afim so-30

  • )berania de um estado livre finlands, o governo sovi-tico fez com que se constituisse o pseudo-governo co-munista de Kusinen, e quando o povo finlands, re-chagou qualquer contato com este governo, sobreveioo ultimatum Finlndia e a entrada no pas do exr-cito russo em fins de Novembro de 1939. Na paz Rus-so-finlandsa, concluida em Margo de 1940, a Finlndiateve de ceder parte das suas provncias do sueste queforam imediatamente bolchevisadas.

    Terceira - Poucos meses depois, em Julho de 1940a Unio Sovitica langou-se contra os Estados BlticosDe acordo com o primeiro Tratado de Moscou, a Li-tunia pertencia esfera de interesses alem. Fordesejo do governo sovitico, o governo do Reich, effi-bora com grande pesar; e por amor apaz, renunciouaos seus interesses na maior parte desse pas em favorda Unio Sotica.

    Por um ultimatum, datado de 15 de Julho, a UnioSovitica ocupou toda a Litunia, isto tambm a parteque havia ficado na esfera de interesses alems, sern no-tificaEo alguma ao governo do Reich,de maneira quea URSS avangou diretamente sobre toda a fronteira deleste da Rssia Oriental. Quando depois se discutiuesse fato, o governo do Reich, aps difceis negociaEese para dar mais um passo na solugo amistosa, aban-donou tambm Unio Sovitica esta parte da Litu-nia. Pouco tempo depois foram do mesmo modo mi-litarmente ocupadas a Letnia e a Estnia, abusando aURSS dos pactos de assistncia, celebradas com ssesEstados. Por ultimo os paises blticos foram bolche-visados contra as promessas expressas de Moscou e pou-cas semanas depois da ocupaqo anexados, sem maisnem menos, pelo governo sovitico.

    a

    3l

  • Simultaneamente com a anexago tiveram lugaras prirneiras gandes concentraEes de exrcito russoem todo o setor setentrional da zona de influnciarussa contra a Europa. Diga-se de passagem que osconvnios econmicos da Alemanha com todos os Es-tados que' segundo os acordos de Moscou, no deviamser afetados, foram suprimidos uniteralmente pelogoverno sovitico.

    O ANTIGO ESTADO DA POLONIA

    Quarta - Nos tragados de Moscou resolveu-se ex-pressamente, ao delimitar os interesses no territrio doantigo Estado polons, que no se levaria a caboagitaEo poltica alguma sobre essa fronteira de inte-resses, mas sim que a atividade das autoridades deocupago de ambas as partes se devia limitar exclu'sivamente reconstruEo pacfica desses territrios.Ogoverno do Reich tem porm provas irrefutveis deque, apesar destes acordos, a Unio Sotica no ape-nas consentiu, j pouco depois da ocupago deste terri-trio, na propaganda anti-alem quanto ao GovernoGeral da Polnia, mas tambm que a apoiou simul-taneamente com uma propaganda bolchevista, dirigidacontra este Governo Geral. Tambm foram destina-das a esse territrio, depois da ocupago, fortes guar-niEes russas.

    OS BALCANS

    Quinto - Quando o exrcito alemo se achavaainda no Oeste em luta contra a Franga e a Inglaterra,teve lugar a avanqada da Unio Sovitia contra osBalcans. Ao passo que, nas negociages de Moscou,

    32

  • )t

    o governo sovitico havia declarado que jamais par-tiri dele a soluEo do problema da Bessarbia,

    -o go-verno do Reich iecebeu. em24 de Junho de 1940, acomunicago de governo sovitico de que este estavadecidido solucionar pela forEa a questo da Bessa-rbia. Simultaneamente comunicou-se que as rein-dicages russas se extendiam Bukovina, isto a umterritrio que havia pertencido antiga coroa austra-ca e iamais Russia, e dele nem seq-uer se falou, em-seu tempo,.em Moscou. O embaixador alemo emMoscou declarou ao governo sovitico que sua decisoera completamente insperada para o governo do Reiche iria piejudicar gravemente os interesses econmi-cos alemes na Rmnia bem como perturbar a vidadas numerosas colonias alems, ali fixadas, e a da mi-noria alem da Bukovina.

    O Sr. Molotow respondeu que a questo era ex-traordinariamente urgente e qu'e a Unio Sovitica es-perava que o governodo Reich adotasse uma atitude aiespeito- dest problema, no prazo de 24 ho1as. Ape-sar- deste brusCo procedimento contra a Romnia, o go-verno do Reich iterveio tambm desta vez com o fimde manter a paz e a amizade com a URSS em favordeste. O governo do Reich aconselhou ao governo ro-meno que se havia dirigido a ele, solicitando auxlio,recomendando-lhe a entrega da Bessarbia e do norteda Bukona Unio Sovitica. Com a resposta afir-mativa do governo romeno, a Alemanhafezcheg_?r_aogoverno sovitico a solicitaEo de que seia concedido Romania suficiente tempo, para evacuar este grandeterritrio e pr em seguranga a vida e os bens dosseus habitates. O governo sovitico apresentou denovo Romnia um

    -

    ultimatum e, i antes de ter ex'pirado o prazo deste, comegou a oeupar em' 28 de

    e

    a

    33

  • Junho partes da Bukovina e em seguida toda a Bes-sarbia at o Danbio. Tambm esta regio foi ane-xada, bolchevizada e portanto arruinada de fato, pelaUnio Sovitica. Com a ocupago e bolchevizago detoda a esfera de interesses no leste da Europa e nosBalcans, o governo sotico agiu abertamente contraos acordos de Moscou. Apesar disso, o govemo doReich adotou ento ainda uma atitude mais que lealfrente URSS. [tJa guerra finlandesa e na questobltica manteve absoluta reserva, e na questo da Bes-sarbia apoiou o ponto de vista do governo russo, fren-te ao governo rorneno e concordou, embora com pe-sar, tambm com os fatos, criados pelo govemo so-vitico.

    Ademais para eliminar, no possvel, de antemo,divergncias entre os dois Estados, o governo do Reichempreendeu uma grande ago de transplantago, fa-zendo voltar Alemanha todos os alemes dos terri-trios ocupados pela URSS. O governo do Reich estconvencido de que no pde dar melhor prova do seudeseio de chegar a uma paz duradoura com a URSS.

    A penetrago da Rssia nos Blcans trouxe tonaos problemas territoriais dessa zona, e a Romania e aHungria se dirigiram no vero de 1940 Alemanha,para lograr um acordo sobre seus litgios territoriais,visto qqe essas divergncias, atacadas por agentes in-gleses, haviam levado em fins de agostoa uma crisegguda. Era iminente a exploso da guerra entre aRomnia ea Hungria. A Alemanh&, qual a Hun-gria e a Rumania haviam pedido repetidamente queassumisse o papel de mediadora no seu conflito, ni-mada do deseio de manter a paz nos Blcans, convo-cou, de acordo corn a ltlia, os dois Estados para uma34

  • oConferncia em Viena, e solicitago deles .pronun-cio em 30 de agost de 1940 o ludo arbitral de Vie-na. Este laudo ffxou a nova fronteira hungaro-ro-mena, e para facilitar ao governo romeno a defesa,iante d seu povo, dos sus sacriffcios territoriais, epara evitar nauela zona qualquer conflito futuro, aimantra e a ittia assumiiam a garantia do resto doEstado Romeno. como as aspiraEes russas -nessa z0-na estavam satisfeitas, esta faratia no podia _ dirigir-i" " nenhuma maneira cntra a Rssia. Todavia anSS formulou protestos e, contrariamente s suas de-claraEes anterires, segundo as quais, qoT 3 recupe-raco da Bessarbi e

    -de Bukona Setentrional, 9s-

    l;t;;t" ititf"itus suas aspiraEes nos Balcans, decla-iu:q"" continuava interssaa nas questes balcni'.ai riu" pelo momento no se espeCificavam.. Desdeaquele momento ia-se esbogando cada vez mais nitida-m'ente a poltica russa contra a Alemanha.

    Doravante, o governo do Reich vai recebendo no-tcias, cada vez ais corlcretas,-das. qu.ai: se depreen-e q" as negociages, realizadas dqi$e h muito pelomaixador igls "em'Moscou, Sr. Cripps, se vo des-nuiu"no fvoravelmente. Simultaneamente che-su* ar mos do governo g.o Reich documentos sobres intensos prepati,'os militares da Unio Soviticaem todos os tei,renos, Estes documentos esto confir-mados entre outras coisas por um relatrio do adido-ilitut iugoslavo em Moscou, datado de 17 de Dezem-Uro e t$+O e encontracio recentemente em Belgrado,iututo e5* no qual se diz textualmente: "Segundooi dos crculos .sbviticos, o rearmamento da avia-iao. u arma blindada e da artilharia est se efetuan' o* toda a intensidade, em rtude das experincias" grr"nu atual e estar virtualmente terminado em

    a

    35

  • agosto de 1941. Este tambm provavelmente o limi-te_mximo, at o qual ncl se deve esperar qualquer mo-dificago sensvel na politica exterior sovitical'

    OS TRES PONTOS DO SR. MOLOTOW

    _

    Apesq .da atitude hostil da Unio Sotica na ques-to dos Blcans, a Alemanha realizou novo esfbrgo,

    para chegar a um entendimento com a URSS, dirigin-do o mini.stro de Exterior do Reich uma carta a Sr.Stlin, na qual se expe detalhadamente a poltica dogoverno do Reich, desde as negociages de Moscou.Nessa missiva chama-se especialment a atenqo so-bI" o seguinte: ao concluir-se o Pacto Trplice entre aAlemanha, a Itlia e o Japo, abrigou-se unanimemen-te a opinio de que este Pacto no se dirige de modoalgurn contra a Unio Sovitica e seus tratados com amesma ficavam absolutamente inafetados por esteacordo. No Pacto Trplice de Berlim deu-se

    -tambma isto a expresso documental. Simultaneamente ma-nifesta-se nessa carta o desejo e a esperanga de queseja possvel aclarar sucessivamente dar uma for:maconcreta s relages amistosas com a URSS, desejadaspelas potncias do Pacto Trplice.

    Para continuar tratando desta questo, o ministrodas Relages Exteriores do Reich convidou o Sr. Molo-tow a vir a Berlim. Durante a visita a Berlim do Sr.Mo*lotow,

    -

    o governo do Reich comprova quea Russia s est disposta a uma colaborago realmbn-te amistosa com as potncias do Eixo, e m particularcom a Alernanha, se estas se inclinarem a pa-gar o preEo, exigido para isso pela Unio Sotica.36

  • It

    Este preEo consiste numa nova peletraEo na UnioSovitica ao norte e no suste da Europa.

    As seguintes exigncias foram apresentadas peloSr. Molotow em Berlim e, em seguida, nas conversa-Ees diplomticas, realizadas com o embaixador ale-mo em Moscou:

    Primeiro - A Unio Sovitica deseia dar Bulg-ria uma garantia e celebrar com este Estado um pactode assistncia, segundo o modelo dos pactos de assis-tncia no Bltico, isto com bases militares, declaran-do o Sr. Molotow simultaneamente no querer modi-ficar nada do regime interno da Bulgria- Tambma visita a Sofia do Comissrio russo Sobolew, realiza-da naquela poca, visava a obtengo desta finalidade.

    Segundo - A Unio Sovitica exige um acordocontra-iual com a Turquia, com a finalidade de criaruma base para forgas terrestres e martimas russas noBsforo e nos Darclanelos, mediante um arrendamentoa longo prazo. No caso da Turquia no se declarardispoita isso, a Alemanha e a ltlia devem- apoiaras

    -medidas diplomticas russas, para a obtengo des-

    sas exigncias. Estas exigncias tm a finalidade dechegar a um domnio dos Blcans pela URSS'

    Terceiro - A Unio Sovitica declara, sentir-senovamente ameaEada pela Finlndia, e solicita p-or-tanto que a Alemanha abandone completamente a Fin-lndia,b que equivaleriade fato ocupaqo dsse Es-tado e a extirpaEo clo povo finlands.

    A Alemanha naturalmente no podia aceitar essas

    37

  • exigncias russas que o governo sovitico consideravacoo condiqo prvia" para unir-se s potncias doPacto Trpc. Com isso racassaram os esforgos daspotnciai do Pacto Trplice, no sentido de chegar am entendimento com a Unio Sovitica.

    ACENTUA-SE A COLABORACAO ANGLO.RUSSA

    A consequncia dessa atitude da Alemanha foi qtrea Rssia intensificasse sua poltica, j cada vez maisabertamente dirigida contra a Alemanha, e que mani-festasse claramete sua estreita colaboraEo com a In-glaterra. Em Janeiro de 1940 esta atitude negativa daRssia revelou-se pela primeira vez no terreno diplo-mtico. Quando nquele ms a Alemanha adotou naBulgria iertas medidas de seguralqq contra o des-embarque de tropas britnicas na Grcia, o embaixa-dor russo em Berlim indicou, numa demarche oficial,que a Unio Sovitica considerava o territorio da Bul-gria e o dos estreitos como zona de seguranga da URSS que no podia assistir impassvel aos acontecimen-tos que nesses territrios ameagassem os interesses des-sa seguranga. Por este motivo o governo russo cha-ma a atengo sobre a presenga de tropas alems emterritrio da Bulgria e no dos Estreitos.

    Em vista disso, o governo do Reich exps detalha-damente ao governo russo os motivos e as finalida-des das suas medidas militares nos Balcans, fazendover que a Alemanha impedir, custe o que cgstgr, qual-quer intento da Inglateira de tomar p na Grcia po-rm que no tm o propsito de ocupar os Estreitos,mas sim de respeitar a soberania turca. A passagem

    38

  • Io

    de tropas alems pela Bulgria no pode ser conside-rada uma violaEo dos interesses de seguranga da URSSe o governo do Reich iulga, ao contrrio. servir comestai operages tarnbm aos interesses soviticos.Umavez realizads as operages nos Blcans, a Alemanhavoltar a retirar dal as suas tropas.

    Apesar desta declarago do governo do Reich,.ogoverno russo, por sua parte, imediatamente depoisa entrada das forqas alems, publicou uma declara-go, dirigida Bulgria, com um carter francamen-[e hostil -ao Reich, dizendo que a presenga de tropasalems na Bulgria no servia paz mas sjm ? guerranos Blcans. explicaEo dessa atitude foi dada aogoverno do Reich pelas notcias que ento se,iam acu-mulando sobre uma colaboraEo, cada vez mais estrei-ta, entre a Rssia e a Inglaterra.

    No mesmo sentido se move a declarago da UnioSovitica, dirigida Turquia, de que lhe cobriria aretaguarda no caso desta entrar na guerra nos Blcans.O governg do Reich sabe que isto foi o resultado dasnegociaEes anglo-russas, durante a visita do ministroingis ds Rela{Oes Exteriores em Ankara, cuios es-foiEos visavam nvolver por este caminho, cada vezmals estreitamente, a Rssia na combinago inglsa.

    MANEIOS RUSSOS NA IUGOSIVIE E NA ROMANIA

    A poltica agressiva do governo russo contra o Reichque s ia aceniuando, cada vez mais,{"tQg esse tempo,e a colaborago poltica entre a Unio Sovitica e a In-glaterra, at-ento de certo modo dissimulada, s se

    I

    39

  • manifestou abertamente, ao deflagrar a crise balc-nica em princpios de abril deste ano. Hoje se sabepositivamente que o golpe de Estado de Belgrado, de-pois_da entrada da lugoslvia no Pacto Trplice, foiinsuflado pela Inglaterra, de acordo com a Rssia So-vitica.

    J desde h tempo, dsde 14 de novembro de-1940, a Rssia estava armando secretamente a lugos-lvia contra as potncias do Eixo. Os documentos quecairam em mos do governo do Reich, depois daocupaEo de Belgrado, e que do conta de todas asfases deste fornecimento russo de armas Iugoslaao demonstram terminantemente. Logrado o golpe deBelgrado, a Rssia concluiu, em 5 de abril, cbm o ile-gal governo srvio de Simovitsch um pacto de amiza-de que estabeleceu os rebeldes, e cujo peso visava fa-vorecer a frente comum anglo-iugoslav-grega.

    Com visvel satisfago fez constar a este respeitoo sub-secretrio de Estado norte-americano, Sr. Sum-ner Welles, em 6 de abril de 1941, depois das conver-saEes que haviam mantido previamehte com o em-baixador sovitico em Washington que o pacto russo-iugoslavo poqe ser considerado d mxima impor-tncia e qug havia razes para supr que era algo riraisdo que um "pacto de amizade e o gresso".-

    Ao mesmo tempo, pois, em que tropas alems fo-ram concentradas em territrio romeno e blgaro contraos desembarques inglses na Grcia, a Uni Soviticai tenta em perfeito entendimento com a Inglaterra, lan-gar-se sobre a Alemanha pelas costas, visto que pri-meiro, apoia, politicamente de um modo franco,

    'e niil-

    40

  • l]

    o

    tarmente de um modo secreto, a lugoslvia; segundo,tenta induzir a Turquia, assegurando-lhe cobrir a suaretaguarda, a uma atitude agressiva contra a Bulgria ea Alemanha e a uma avanqada do exrcito turco naTrcia, numa posigo militar muito desfavorvel; ter-ceirq. concentra, ela mesma, grandes contingentes detropas na fronteira romena, na Bessarbia e na Mol-dvia; quarto, o vice comissrio dos assuntos ExterioresWyschinski empreende subitamente, em pnincipios deAbril conversages corn o ministro plenipotencirio ro-

    Sr. Gafencu, no intento de iniciarde aproximago Romnia, paradeste pas da Alemanha. A diplo-

    macia inglsa levou a cabo em Bucarest esforqos nomesmo sentido, por intermdio dos norte-americanos.As tropas alems que haviam penetrado na Romnia ena Bulgria deviam ser atacadas por conseguinte, se-gundo plano anglo-russo, de tres partes: da Bessara-bia-Trcia, da Srvia e da Grcia. S a lealdade do ge'neral Antonescu, poltica realista do governo turco eespecialmente rpida atuago alem, bem como vitria decisiva do Reich, deve ser atribuido que tenhafracassado este plano anglo-russo.

    meno em Moscou,uma rpida polticaprovocar a desergo

    I

    u governo oo Kelcn souDe, por nouclas ctle-gadas a suas mos, quase 200 aparelhos iugoslavos, tri-pulados por agentes soviticos e inglses,bem como porrebeldes servios, voaram sob a dirego do Sr. Simitsch,em parte at Russia, onde estes oficiais prestam hojeservigo no exrcito russo, e em parte at ao Egito. Estedetalhe lanEa especialmente uma luz caracterstica sobrea estreita colaboraEo da Inglaterra e da Rrlssia com aIugoslvia.

    o do Reich soube, notcias che-

    4 l

  • ANTES DE DEIXAR CAIR A MSCARAO governo sovitico tentou inutilmente em diver-

    sas ocasies, ocultar as verdadeiras intenqes de suapoltica. Assim como continuou mantend, ao ltimoperodo, seu trfego mercantil com a Alemanha, em-preendeu tambm uma serie de aqes isoladas paraaparentar diante do mundo relages normais ou atmesmo amistosas com a Alemanha. Desta forma, porexemplo, no reconheceu mais os ministros plenipo-tencirios noruegus, belga, grego e iugoslavo, fato sseocorrido h algumas semanas. Pertence tambm a estecapitulo o silncio da imprensa britnica sbre as re-laqes anglo-russas, sugerido pelo embaixador brita-nico Cripps, e por ltimo tambm o desmentido daagencia TASS, publicado recenternente e que tentavaapresentar as relaEes entre a Alemanha e a Rssiacomo absolutamente corretas.

    Estas manobras de encobrimento, em to crassacontradigo com a verdadeira politica do governo russono. conseguiram naturalmente langar a confuso noesprito do governo do Reich. A poltica hostit Ale-manha do governo sovitico foi acompanhada no ter-reno militar por uma concentraEo cada vez maiorde todas as frgas russas disponiveis sobre uma longafrente desde o Mar Bltico at o Mar Negro. Januma poca em que a Alemanha se achava no oste in-tensamente ocupada na campanha francsa, e quandoapenas se encontravam no leste insignificantes forma-Ees^alems, o.Alto Comando Russo comegou com atransferncia sistemtica de grandes contigentes detropas para a fronteira oriental do Reich, pdendo-secomprovar concentraees especiais frente PrssiaOriental e ao Governo

    -Geral(Plnia), bem como a Bu-

    kowina e

    42

  • Do

    diante da Romnia. Tambm na fronteira da Fin-lndia foram constantemente reforEadas as guanigesrussas. A ininterruptg transferncia de divises ms-saE

    .procqdentes da Asia Oriental e do Cucaso, paraa Rssia Europia foram outras medidas nesse setor.

    Depois que o governo sovitico havia declarado,h tempos, que, por exemplo, o Bltico se achava guar-necido por tropas em nmero absolutamente insigni-ficante, s nesse setor se levou a cabo, depois de fe-tuar-se a ocupago, uma concentrago sempre maiorde grandes massas de tropas que hoje esto sendo cal-culados em 22 divises. Disso resultava que as tropasrussas iam se aproximando cada vez mais da fronteirada Alemanha, apesar de que por parte alem no sehavia tomado medida militar, na qual se teria podidobasear tal aqo russa.

    A URSS DEIXA CAIR A MASCARA

    E no foi somente esta conduta russa que obrigouo exrcito alemo adotar contra-medidas. Os diver-sos grupos do exrcito russo e da aviaEo se concen-trarame ocuparam, com numerosas unidades de aviago,os aerdromos ao longo da fronteira alem.

    Desde princpios de abril comprova-se ademaisnumerosas violaees de fronteira e vos sobre o terri-torio alemo,cad vez mais numerosos, e levados a cabopelos avies russos. O mesmo ocorre, segundo comu-nicages do governo romeno, na regio fronteiriEa daBukowina, da Molda e de Danbio.

    I

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  • O Alto Comando do Exrcito chamou desde prin-cpios deste ano reiteradamente a atenEo da chefiada poltica externa do Reich sbre esta crescenteameaga do territrio do Reich pelo exercito russo, acen-tuando que as intenges deste procedimento s pode-ram ser agressivas. Estas comunicages do Alto Co-mando do Exrcito Alemo sero dadas publicidadecom todos os detalhes que contm.

    Porm, se pudesse restar a menor duvida da agres-sividade da concentrago russa, as notcias chegadasnos ltimos dias ao Alto Comando do Exrcito Ale-mo, a dissiparn completamente. Uma vez realizada amobilizago geral russa, existem hoje no menos de 160divises russas, concentradas contra a Alemanha. Osresultados das observages dos ltimos dias demons-tram que a agrupaEo das tropas russas e especial-mente das unidades motorizadas e blindadas se rea-lizou de forma que o Alto Comando Russo est em con-diEes de avanEar agressivarnente a qualquer mornento,em diferentes pontos da fronteira alem

    As notcias sobre a intensificago da atividade dereconhecimento e das patrulhas, bem como as infor-mages que chegam diariamente sobre incidentes nafronteira e sobre escaramugas das frqas avangadasentre os dois exrcitos completam o quadro de umasituago militar sumamente crtica que pode a qualquermomento, Ievar a irrupgo das hostilidades.

    As notcias chegadas hoje da Inglaterra, sobre asnegociages do embaixador ingls Cripps a respeito deuma colaborago ainda mais estreita entre os centrospolticos e militares da Inglaterra e da Rssia Sovitica,

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  • obem como o apelo feito por Lord Beaverbroock, ante-riormente sempre inimigo da Rssia, para que esta sejaapoiada com todas as forgas disponveis na sua futuraluta, e o convite aos Estados Unidos, para f.azer omesmo, demonstram claramente, qual o destino quese queria reservar ao povo alemo.

    PARA SALVAR TODO O MUNDO CIIWLIZADO

    O governo do Reich resumindo tem de fazer por-tanto a seguinte declaraEo: contrariamente a todos oscompromissos contraidos por ele e em franca contra-digo com suas solenes declarages,o governo soviticovoltou-se contra a Alemanha. O governo sovitico,

    primeiro, no apenas prosseguiu, mas ainda in-tensificou desde o princpio da guerra seus intentos dedecomposigo, dirigidos contra a Alemanha e contraa Europa;

    segundo, orientou cada vez mais sua poltica ex'terna contra a Alemanha;

    terceiro, marchou com todas as suas frgas sobre afronteira alem, disposto a langar-se contra ela.

    Com isto, o governo sovitico traiu e violou os tra-tados e acordos com a Alemanha. O dio de Moscoubolchevista contra o Nacional-Socialismo foi mais fortedo que o bom senso poltico. Como inimigo mortal en-contra-se o bolchevismo frente ao Nacional-Socialis-mo. Moscou bolchesta dispe-se a langar-se pelascostas sobre a Alemanha Nacional-Socialista, na lutadesta pela sua existncia.

    l'I

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  • A Alemanha no est disposta a assistir impassvela esta sria ameaqa de sua fronteira oriental. Por issoo Fuehrer deu ordens ao exrcito alemo de inutilizaressa ameaga com todos os meios ao seu dispr. Nafutura luta, o povo alemo tem a conscincia de queno apenas defender a ptria, mas tambm que estchamado a salvar todo o mundo civilizado dos normaisperigos do Bolchevismo e a deixar livre o caminho paraum verdadeiro ressurgimento social da Europa.

    Berlim,2l de Junho de 1941.

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  • RELATRIODo MrNrsrruo DAS RELngrs EXTERIoRESsoBRE A pRopAGANDA polrtca SUBSERVISA

    Do covnruo sovlrtcoI

    I

    O Ministrio das RelaEes Exteriores dispe de am-plas provas de que o governo de Moscou est efe-tuando, em outros pases, uma propaganda subversivade grande vulto, com tendncias extremamente anti-germnicas. O antigo objetivo, isto , a revoluEomundial, continua no cartaz, inalterado. Mesmo de-pois da concluso do pacto de amizade teuto-sovitico,a Alemanha colocada no mesmo nvel que a FranEae a Inglaterra, sendo considerada como Estado capitalistaque deve ser destruido. Os tratados fechados com aAlemanha servem apenas de meio de ttica afim dese aproveitar uma situago politica favoravel.

    Semelhantes tendncias notam-se, de maneira idn-tica, em toda a propaganda levada a efeito pela Russiasovitica, em todos os pases. So definidas com cla'reza excepcional nas "Diretrizes da Campanha par-tidria organizadora e ideolgica do Partido Comunis-ta da Eslovaquia". Essas diretrizes baseiam-se sobreuma observaEo de Lenine, segundo a qual se pode con-

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  • cluir Pactos mesmo com um ou outro pas capitalista,quando tal aparece til aos interesses da Unio Sovi-tica, criando a possibilidade de eliminar o adversrio.A cooperago ttica com a Alemanha, eis o que frisamessas diretrizes, corresponde integralmente a essas pa-lavras de Lenine, Os objetivos da poltica sotica socaracterizados corn as seguintes palawas: 'A UnioSovitica e seu exrcito vermelho podem, sem sofrerperda alguma, preparar-se afim de atacar o inimigodebilitado, ro momento propcio, e no lugar conve-niente".

    Propsitos idnticos, encontramo-los nos panfletosque foram espalhados nos mais variados pases euro-peus. Assim, caracteriza-se, num panfleto impresso naSuiEa, a atual politica sovitica, com outra frase pro-nunciada por Lenine: "Logo quando estivermos fortesbastante para derrubar o capitalismo, havemos de ata-c-lo incontinenti".

    Da mesma forma, os iornais e as revistas publica-das em Moscou transmitem aos crf,munistas em todosos pase_s, sempre de novo, a senha da revolugo mun-dial. E significativo, p.e., a este respeito, um artigode fundo inserido no peridico "lnternacionalij Majak"(1941" n"l) expondo, sob o ttulo de "A causa de Lenineh de vencer em todo o mundo", o seguinte: "Sob adirego do grande apstolo da obra de de Lenine, isto ,do camarada Stlin, nosso pais avanEa rumo ao comu-nismo, arrojado e convicto. O proletariado interna-cional, as massas suprimidas e indigentes de todos ospovos, esperangosos, repetem as palavras profticos deLenine. Que a burguesia continue, por enquanto, a serferoz, assassinando milhares de operrios; a vitria es-t conosco; est garantida a tria da revolugo mun-dial do comunismo". E mais ainda: "Sob este pavi-

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  • lr

    lho revolucionrio, sob o pavilho da Internacional co-munista, unem-se os operrios de todo o mundo afimde ferir o ltimo golpe decisivo contra o capitalismo, emprol da tria da revolugo socialista e do comunismo."( ano 41 N"4). Em sentido igual, as personalidades diri-gentes em Moscou acentuam,sempre de novo, a missointernacional cabendo Unio Sovitica: assim disseMolotow, num discurso proferido em dezembro de 1939:"Para o movimento comunista internacional, Stlin no somente o dirigente do bolchevismo e chefe da URSS,mas tarnbm o chefe natural do comunismo mundial".E reza ainda outro artigo, de MarEo de 1940;"Conti-nuarernos fiis at o fim ao legado de ser o comunis-mo um movimento que sempre dever ser internacio-nal". E disse Stlin, num discurso pronunciado emJaneiro de 1940: "Com as bandeiras de Lenine vencemosna lutr pela revolugo de outubro. Com a mesma ban-deira venceremos na revolugo proletria em todo omundo".

    Tal propaganda da revolugo mundial acompan-nhada, intimamente, duma propaganda da guerra e doarmamento, cada vez mais violenta, na prpria UnioSovitica. Em inmeros discursos e proclamages in-cita-se o povo para preparar-se guerra e ao sacrifi-cio. Basta lembrar o manifesto do marechal Budjen-nvi do Ano Bom de 1940141, no qual se solicita mo-cidade "estar sempre consciente de que,no momento emque quase todo o globo est envolvidona guerra, se devecumpri4 religiosamente, a ordem de Stalin de manteEincangeivelmente,todo o pas num estado permanente deprontidio para a luta e de mobilizago, estudando-sediariarnente e mesmo a toda a hora as cincias mili-tares, prepqrando-se assim para cumprir a ordem demarcha. E preciso que se pense continuamente emque un.icamente um guerreiro, senhor absoluto das cin-

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  • cias militares, capaz de ferir o golpe mortal ao ini-migo." Em fins de maio de l94l escrevep comissrioregional Batanog no dirio "Prawda": " preciso quea Unio Sovitica se prepare, diariamente, para a guer-ra". E sempre de novo reproduz a imprensa sovitica,na sua ntegra, a mesrna afirmago: "Nosso exrcitovermelho um exrcito da revoluco mundial e doproletariado mundial."

    Tais idias gerais, propagadas por toda a Europa,concernentes preparago permanente da revolugomundial e das forgas militares soviticas, visam, numaextenso sempre crescentes, a Alemanha, sob a impres-so dos sucessos militares das potncias do Eixo.

    -

    Emdiversos pases, so cornpletadas por uma propagandacada vez mais intensa contra o Reich. Tods-as di-ficuldades na poltica tanto interna como externa dosdiversos pases europeus esto sendo explorados afimde fornecgrgm^argumentos nessa campanha de instiga-Ees. Na ROMANIA, a instigaEo comunista no afru-xou nem os primeiros mses depois da concluso doTratado de Amizade teuto-romeno. A competente au-toridade romena declarou, em 15 de fevereiro de lg40ao Ministro da Alemanha que os comunistas romenosse manifestavam, tanto na linguagem que costumavamfalar, gomo nas suas circulares, de maneira rigorosamen,te anti-nacional-socialista e anti-germnica, sem se dei,xarem influenciar, de maneiri alguma,' pela polticaoficial de Moscou e de Berlim. De onformidade comesta informao, a propaganda comunista na Romniaacent[a eqe unicamente a Alemanha responsvel pe-las dificuldades observadas naquele pas, tanto na po-ltica interna como no setor da economia. As paixdesnacionalistas desencadeadas pela arbitragem na ques-to de Siebenbuergen, esto sndo exploradas para apropaganda contra tal soluEo e, portanto, contra o go-50

  • lvrno do Reich. Depois da adeso da Romnia aoPacto Tripartite, tenta-se, mesmo que inultimente, ins-tigar as populages contra as tropas germnicas. Etudo isso feito mediante panfletos e outros impressoscuja forma e tcnica tipogrfica deixam entrever queforam fabricados no estrangeiro, tendo sido levados atBukarest por correios de Legago sovitica, segundo in-formaram as autoridades competentes romenas.

    Na IUGOSLVI\, observa-se a partir de fins devero de 1940, uma reorientaEo da propaganda comu-nista em sentido anti-germnico. Numa circular daAdministrago de Drau-Banat, em Laibach, dirigida sautoridades subalternas, em 5 de agosto de 1940, ex-ps-se tendr a propaganda comunista, ao contrrio deantes, para "organizar, no futuro, manifestages hos-tis Alemanha e ltlia", segundo documentos em poderda referida autoridade. Tal informago por parte dasautoridades servias confirmada pelos panfletos co-munistas divulgados principalmente naEslovnia.

    Assim, um panfleto espalhado na ocasio do ani'versrio do Tratado Teuto-Russo, em 23 de agosto de1940, ataca o governo da lugoslvia, por efetuar umapoltica de aproximago a Roma e Berlim, com a ten-dncia de submeter a lugoslvia aos interesses impe-rialistas da Alemanha e da ltlia." A mesma propagan-da exige que a lugoslvia oriente sua poltica externasegundo a de Moscou. De maneira idntica, um pan-fleto comunista divulgado em novembro, em Agram,ataca Macek por querer "vender seu pais aos imperia-listas fachistas em Berlim e Roma. " Num panfleto emcirculago na Eslovnia, no dia comemorativo da revo-lugo russa, em 7 de novembro de 1940, incita-se o povopara um protesto "contra a cumplicidade do regime deCvetkovi, com os governos imperialistas de Roma e Ber'

    t

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  • lim". Serviam a finalidades iguais demonstraEes demassas encenadas pelos soviets, quando, na ocasiodesemelhantes manifestages, a polcia iugoslava pro-cedeu a priso de indivduos entre os quais, segundo seapurou, posteriormenteo se encontravam funcionrios daLegago Sovitica de Belgrado.

    De vez em quando, figuram na propaganda dos cir-culos comunistas planos abertos de conquistas na pe-nnsula balcnica e na Alemanha. Assim notcia a Le-gago da Alemanha em Belgrado, em 15 de setembro de1940, que,h poucas semanas, num congresso dos fun-cionrios comunistas realizado em Agram, um partici-pante declarou o seguinte: "De acordo com as infor-mages vindas da Russia, os territrios da Eslovaquia,Hungria, Iugosla, Bulgria, Romnia como tambmdo espago polons atualmente ocupado pelas tropas ger-mnicas, devem se denominadas de Protetorado Rus-so. A organizaEo desses territrios, entretanto, podeser levada a efeito, somente aps a debilitago militarda Alemanha a realizar-se".

    O fato de semelhantes finalidades soviticas contraa Alemanha terem efetivamente sido propagadas porparte dos russos, nos circulos dos comunistas e amigosdos soviets, comprova-o um documento encontrado naLegago Sovitica de Belgrado, aps a ocupaqo da ci-dade. Nesse documento foi resumido tudo quanto osrussos pretendiam empreender afim de explicar aosgrupos russfilos na Servia a atitude sovitica depois daadeso da Romnia s potncias do Eixo. Reza essedocumento, lawado em idioma russo, que deve datarde outuno de 1940, segundo se depreende do seu teor;

    "A Unio Sovitica h de reagir apenas no momen-to dado. As potncias do Eiio di-ssiparam cada vez

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  • l

    mais suas forgas armadas, e portanto, a URSS atacarrepetinamente a Alemanha. Atravessar os Carpatose, com isso dar o sinal da revolugo na Hungria. Atra-vessando a Hungria, as tropas chegaro lugosla,avangando at ao Mar Adritico, afim de separar osBlcans e o Oriente prximo da Alemanha. Quandoh de se suceder isso? No momento que os soviets iul-garem o mais oportuno para o sucesso de tal empreen-dimento. Simultaneamente, irromper a revolugo naFranga".

    "Na lugoslavia, as massas tornar-se-o cada vezmais radicis, na proporgo em que a atual situagoeconmica estiver piorando. Se este inverno fr tofrio como escassos sero os vveres, a lugoslvia ser,na primavera, um barril de plvora no qual basta prum fsforo..."

    Na BULGRIA, o Pacto de Amizade Teuto-Sovi-tico foi interpretado, pela propaganda russa, como ca-pitulago integral da Alemanha diante do poderio rus-so. Incitou-se o pas, com monstmosas injurias contraa Alemanha, para prosseguir na luta contra o fascismoe a agresso teuto-italiana. De lado da Bulgria ofi-cial, notou-se, em vero de 1940, um reforgamento geralda propaganda bolchevista nos pases do sudoeste daEuropa. Tbmbm naquele pais procurou a propagandabolchevista explorar as tendncias nacionalistas. Assim,p.., & poltica moderada e consciente das suas responsa-bilidads do governo blgaro foi denominada de dbil,anunciando-se o auxlio sovitico para o futuro pro-cedimento mais rigoroso na questo da Dobrudcha.

    Na HUNGRLA a propaganda bolchesta encontrouauxiliares, s com as maiores dificuldades, sendo que,nesse pas, a memria do regime de terror de Bela

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  • Khun est a inda viva. Tanto mais brutalmente desen-volve a Unio Sovitica, pot isso mesmo, sua propa-paganda subversiva, nos territrios devoldos Hungriaem margo de 1939, habitados por uma minoria rutena.A, a dita propaganda vinculada a tendncias de ane-xaes. Noticia, p.e., o jornal de Amsterdam "Alge'meen Handelsblad", em data de 30 de dezembro de1939, que, naquelas regies, por toda a parte, se vem,nos muros, a estrela sovitica e o martelo ao lado dafoice. Diz ainda o referido jornal que esto sendo dis-tribuidos panfletos, ffi enormes quantidades, prova-velmente importados, clandestinamente, da Russia. Re'zam esses panfletos que Stlin, pai de todos os russose grupos tcnicos aparentados, e o camarada Woros-chilow, pretendem libertar o povo ruteno, pobre e opri-mido, dos seus tiranos hngaros. O fato de que aUnio Sovitica, efetivamente, nutria planos de agres-so relativamente Hungria, comprovado por um re-latrio encontrado em Atenas, do Ministro grego emAnkara, datado de 3 de fevereiro. Segundo este do-cumento, o Ministro sotico declarou ao seu colegagrego que "A Hungria AINDA no tem nada a recearda parte da Russia. Porm, no futuro, no imposs-vel que sobrevqnha o contrrio."

    Na ESLOVAQUA, a propaganda estava completa-mente orientada pelas "diretrizes"jmencionadas,con-tendo diretivas minuciosas para o trabalho do partidocomunista. A luta contra o governo atual devia ser in-centivada pela infiltraEo nas filas dos "Guardas deHlinka"e dos sindicatos oficiais. De fato, tem-se man-tido uma propaganda extraordinariamente intensa me-diante panfletos, inscriges em muros, folhetos e sm-bolos soviticos. Nesta propaganda, a tendncia anti-germnica unia-se abertamente aos esforgos enviado deincorporar o pas Unio Sotica. A dirego da propa-

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  • ganda por parte da Legago Sotica em Pressburgtem-se manifestado, nesta ocasio, de maneira evidente,pois, segundo afirmou a agncia Havas, o material de -propaganda foi impresso no edifcio dessa Legago.Mais intensos ainda eram as intrigas soviticas na par-te oriental da Eslovquia, onde a complicada situagotnica ofereceu a possibilidade de se servir de pre-textos naonalistas e pan-eslvicos.

    Na SUCIA, mesmo que o Partido Comunista noseja numeroso, cabe-lhe, no obstante, uma significa-go extraordinria para as atividades internacionaisdo Komintern. Sendo a Sucia o nico pas na Europaque no proibiu o comunismo, parte das atividades an-teriormente praticadas na parte oriental do Reich, naanterior Tchco-Eslovquia, na Suiga e na Franqa, foitrasladada para a Sucia. Assim, p.. , o orgo ofi-cial do Komintern, a saber, o peridico "Die Runds'chau", est atualmente sendo impresso em Estocolmo,O principal orgo de propaganda dos comunistas sue-cos o dirio "Ny Dag", sendo este iornal de impor-tncia especial para a Unio Sovitica, Por ser o nicodirio publicado numa base legal, num pas neutro.A atitude deste orgo, mantido pela Rssia Sovitica, decididamente anti- germnica; alm disson cuida'sede espalhar os trabalhos cada vez mais rigorosamentegermanfobos por todo o mundo. Em fins de abril de1941, p.e., esse jornal publicou um suposto manifestoda juventude comunista, no qual as medidas tomadaspelbs alemes contra a lugoslvia, foram criticadasbom extrema veemncia. Descreve a seguinte notciada autoria do correspondente em Estocolmo do "NewYorkTimes". datada de29 de abril de l94l,amaneirapela qual se efetuou a divulgago internacional do re-ferido artigo anti-germnico. "A edigo de hoje do

    DC

  • jornal comunista sueco foi enviada aos correspondentesinglses e americanos dentro dum envelope fechado, Ocitado manifesto estava marcado a lpis azul, dando-seassim a impresso de que a seEo suca da Internacio-nal comunista esteja atribuindo valor especial publi-caEo do manifesto no estrangeiro. Tal documento des-comum contendo violentos ataques a Hitler e sua pol-tica, abrange tambm uma proclamago incitando aber-tamente para a revolta e o "'derrotismo", ameagandocom a reprovago por parte de Moscou. E crenga ge-ral, ser esse documento obra da Komintern em Mos-cou. Os observadores em Estocolmo consideram o ma-nifesto como novo e significativo indcio do rpido ecrescente agravo das relages entre a Rssia Soviticae a Alemanha".

    Na FINLANDIA, a propaganda bolchevista frasuspensa durante a guerra russo-finlandsa. Depois derestabelecida a paz, a Legago Sovitica em Helsinqueprocedeu logo reorganizaqo do Partido Comunista,ao princpio em pequenos ncleos. Para se efetuar apropaganda, propriamente dita, criou-se a "Sociedadepr Paz e Amizade com a Unio Sovitica", entre osmembros da qual se encontravam numerosos crimi-nosos, segundo consta na sentenEa dum tribunal fin-lands. Para os fins de propaganda foi estabelecida aemissora de Petroskoi, nas imediages da fronteira fin-landsa, pela Administrago das Estages EmissorasRussas. Esta procurou,

    ffi inmeras irradiages, es-torvar a vida interna da Finlndia exercendo uma pres-so permanente sobre o gov)rno finlands. Tambmneste setor, foi o alvo capital a perturbago das rela-ges amistosas entre a Finlndia e o Reich alemo.

    Na FRANQA, todos os esfongos enviados pelos po-lticos francses de convencer as populages da FranEa

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  • da necessidade duma cooperago com a Alemanha e dasolidariedade europia, dpois da derrocada da terceiraRepblica, foram sistematicamente pert-urpgdqs porMoscou. Os componentes de govrno de Ptain foramestigmatizados co^mo sendo traidores venais e mercen-rioJ dum pequeno grupo de grandes capitalistas. Asdificuldades conmics e sociais da FranEa aps a der-rota foram exclusivamente atribudas ocupago dopas pela Alemanha. Quase.todos

    -os panfletos e i.or-irais ilegais redundam uma incitaEo para jl, revolu-eo bohevista e para a cooperago com a Rssia So-tica, que levarib a Franga- a umpglto ern qye todosos, seus' problemas seriam resolvidos. Tambm nagLClCn na HOLANDA a propaganda anti-ger-mnica e comunista, efetuada no mesmo sentido, ex-tremamente intensa.

    No "GENERAL GOUVERNEMENT" (Polnia) ini-ciou-se a propaganda sovitica logo depois da demar-cago dos'lirnites das zonas de intefesses teuto-soticos.Nessa regio, apela, antes de tud-o,-ao. nacionalismo po-laco valndo-se do ideal do Pan Eslavismo, apresentan-do-se nesses crculos como futuro libertador do domniogermnico. De outro lado, os russos, naturalmente,-noe recusam de utilizar-se antes de mais nada, dos iudeuspara fins de falsificago de passaportes e para a trans-inisso de notcias. Recentemente comegaram a ten-tar, inutilmente, aproximar-se das tropas

    .alems, comsua propaganda istigadora de decomposigo.

    Mesmo na GRCIA, os bolchevistas tentaram' nascurtas semanas decorridas desde a ocupago pelos ale-mes, instigar novamente o povo grego trado pelos in-glese, coniia a Alemanha e Italia segundo relatriosa parie do Encarregado do Reich naquele pas. Como

    57

  • por toda a parte, nos territrios ocupados tambm ase proclama a adeso Unio Sovitica, como melhorrecurso para o fim da eliminago de todas as dificul-dades, na hiptese duma guerra teuto-russa.

    Assim, a propaganda russa procurou aproveitar-se,em todos os pases da Europa, das dificuldades e trans-formages causadas pela guerra, no interesse das suasconpirages sando a revolugo mundial. Por todaa parte foi essa propaganda revolucionria acompanha-da duma agitago crescente de ms em ms, contra oReich e contra as tendncias da Alemanha de estabe-Iecer uma nova ordem duradoura na Europa.

    De conformidade absoluta com a propaganda sub-versiva acima descrita, foram empregados outros meiosnos referidos pases pela Unio Sovitica. Assim, p.e.,tentou Moscou sempre de novo obstruir as atividadesde intermedirio da Alemanha, nas divergncias terri-toriais entre a Romnia, Hungria e Bulgria, alm deestorvar a adeso dos pases balcnicos ao Pacto Tri-partite. A garantia teuto-italiana das novas fronteirasrumenas foi fraudulentamente convertida, pela propa-ganda copmunista, em medida de hostilidade anti-russa.Moscou trabalhou com intensidade reforEada contra aadeso da Bulgria ao Pacto Tripartite. Um emiss-rio especial foi mandado, em fins de novembro de 1940, Crte do rei Boris, afim de impedir a aproximagoda Bulgria s potncias do Eixo, e simultaneamente,para entregar a Bulgria influncia sovitica, me-diante o oferecimento dum Pacto de Garantia. Os rus-sos tentaram dar apoio a essa misso, pela mobilizagodos comunistas blgaros, que foram obrigados a diri-gir petiges simuladas em massa ao governo. Quando,meses depois, a Bulgria deu seu consentimento com aentrada das tropas germnicas, o Govrno Sotico,

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  • tcompletamente informado sobre as razes e os obietivosdas medidas alems nos Blcans pelo prprio governodo Reich, fez-se instrumento da propaganda britnica,declarando, numa publicaEo ostentativamente anti-ger-mnica, qe a atiiude 6lgara redundaria na partici-pago desse pas na guerra, alegaEo essa que, entre-ian1o, foi devidamente retificada pelos fatos.

    Na ROMANIA, as tendncias russas a partir de ou-tubro de 1940 visaram incentivar as dificul'dades no setor da poltica interna que seopunha ao no-vo regime, preparndo-se a guerra civil, pela organi-zago" artificial de distrbios. J em novembro de !919'coseguiram comunistas e agentes remunerados infil'trar-se no movimento legionrio, tentando aproveitar-sedas divergncias internaida Romnia em prol das obs-curas fintidades de Moscou. Foi o auge da aEo co-munista que i antes se havia anunciado, nos planos delevantamento regionais, principalmente nas zonas pe-trolferas, o movimento sedicioso dos extremistas entreos legionrios ocorrido em 23 e 24 de ianeiro, e que' se-gund consta, irrefutavelmente, foi provocado po ag-en-ies do bolcheismo e por chefes comunistas locais. Fra-cassado o levantamento alguns chefes refugiaram-sena Legago Sovitica afim d, assim, escapar ao apri-sionameto. O Ministro da Alemanha em Bucareste re-latou, em I I de fevereiro de 1941. a respeito da,s razesprofundas da insurreiEo, em

    -resumo, o seguinte: 'A

    insurreigo foi planejada por elementos russos' qye-qs-sim preiendiam'esta6elec-er a ligaEo com. a Bulgria,com tambm por agentes do

    -Se-cret Service. Arnbos

    reconheceram r-apiamente o enseio favorvel e,logo sevaleram dele. Queim lhes conhece os mtodos, no po-deduvidar de que- tenham inspirado o movimento. Foieste seu plao: criar confuss a qualquer custo, afim

    t

    J

    t59

  • de implantar a intranquilidade Romnia, zona de in-teresses econmicos militares da Alemanha.

    As intrigas mssas mostram-se, com nitidez !g!ral,na atitude de Moscou para com lugosla. O Go-verno do Reich soube, por meio de documentos france-ses apreendidos, de observages feitas por Molotov, 9o-missho das RelaEes Exteriores da Rssia, QU este fezem maio de 1940 ao palestrar com o delegado iugos-lavo Georgewitsch e que provam, indiscutivel-mente, os esforgos envidados por Molotov, nas conver-saEes com a lugoslvia, no sentido de mostrar'se ger-mnfilo, falando, ao mesmo tempo, sobre a Franga eInglaterra, D termos que "no demonstravam antipa-tia nenhuma". Segundo relata Georgewitsch, Molotovaludiu abertamente possibilidade de que a Rssia opor-se-ia a qualquer movimento expansional da ltalia ouda Alemanha no espago danubiano. Ademais, o Go'verno Sovitico sugeriu, na mesma ocasio, lugosl-via, apressar seu armamento, comunicando-lhe estardisposto a aiud-la a armar-se, mediante o fornecimen-to de armas que lhe seriam creditadas.

    Georgewitsch teve, em Moscou, a impresso de queali se considerava a Alemanha o adversrio de amanh."J agora a Alemanha o poderoso inimigo contra oqual Moscou est se preparando". O emissrio blgarotambm julga lcito afirmar que os russos pro-curam, "por todos os meios, atrasar os fornecimentoscombinados, e no facilit-los". As autoridades mili-tares em Belgrado tinham conceitos homogneos da ati-tude dos russos. Numa anotaEo encontrada nos au-tos do Estado Maior da lugoslvia, datada de 24 deiunho de 1940, diz-se que "a poltica externa da URSS completamente independente da Alemanha, e que, por-

    60

  • tanto, tambm para o Reichquaisquer surpresas."

    so todo impossveisnao

    A atitude verdadeira da Rssia mostra-se, com ni-tids maior, na questo dos fornecimentos russos Sr-via, fato ss solire o qual os autos do Ministrio daGurra srvio encontrailos em Belgrado do amplos es-clarecimentos:

    De acordo com uma sugesto da parte do GovernoSovitico, o Ministro da Srvia em Moscou entrega-aosecretri do Comissrio das Relaces Exteriores, Wis-chinski, em 14 de novembro de 1940, uma relago domaterial de guerra exigido pela Srvia. J uma sema-na depois, e 2l de nvembro, oAdido Militar srvioreceb, do Chefe do Estado Maior russo, a

    _seguinteresposta: "Forneceremos tudo quanto foi pedido, 9 isto,incbntinenti." A presteza ao lado dos russos foi, en-tretanto maior aihda. Eles comunicaram poder forne-cer mais material, sendo que a lugoslvia poderia de-terminar tanto os preqos como o modo do pagamento.O Adido Militar iuloslvo estava em condiges de co-municar que, por prte dos russos, "nada impedia for-necimentos d material blico, em grandes propor-ges." A nica condiEo imposta pelos soviets, foi dis-reso absoluta, cuidndo-s, ants de mais nada,-deque a Alemanh, a Bulgria e a Romnia nada soubes-s'em dos fornecimentol. O Adido militar iugoslavo emMoscou expressou, repetidamente, o

    _deseio de qu.e apneqociaces a esse reipeito fossem efetuadas exclusi-varente pelas autoridades militares, sendo que,do con-trrio, tei-se-ia que recear indiscreges. Os receiosmilitares savarn, antes de tudo, o perigo de que aspotncias do Eixo obtivessem conhecimento das com-iras planeiadas. Da, resulta que os crculos milita-ies igoslavos compreendiam o armamento sugerido

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  • pela Rssia, como sendo uma medida tomada exclusi-vamente contra as potncias do Eixo. O deseio dosrussos de chegar, o mais depressa possvel, a u-ma con-cluso das negociages, exteriorizou-se tambm pelaexigncia aplegntada no dia seguinte 22 de novembro,pel Estado Maior russo, de se fornecerem i um diadepois as mincias sobre os tipos das armas exigidas.Os russos acentuaram, nessa ocasio, ser do interesseurgente dos prprios iugoslavos responder sem de-mra. "QualQuer atraso e demora so perigosssi-mas." Portant, os iugoslavos enaram, em 23 denovembro, as exigidas mincias. Nas semanas que seseguiram, entretanto, as negociages foram atrasadaspeios russos. Para justificago, alegam-se ao princ-pio, circunstncias tcnicas, e depois, abertamente, ar'lumentos polticos. Edentemente, o negcio de ar-mas se pretende empregar como meio de presso contraa aproximaEo de Govdrno de Cveltkovic s potnciasdo Eixo. Detorridas algumas semanas de tentativas dese remediar as circunstncias tcnicas alegadas pelosrussos, o Adido militar iugoslavo iunto do Govrnode Moscou comunica textualmente o seguinte, em 4 defevereiro de 1941: "No dia 4 de fevereiro, o Minist-rio da Guerra Sovitico informou-me de que as nego-ciages sobre o fornecimento de materiq! d" guerra fo-ram atrasadas pela assinatura do nosso Pacto com aHungria e do Tratado Comercial com a Alemanha. Es-ses tratados so interpretados como afastamento da Rs-sia. Nesta circunstnbia, como tambm na observagode que o prego no importa, veio uma prova de que osruslos pretendery valer-se do nosso desejo para seujogo poltico." E de supor que, durante a_ atyagodo govrno Cvetkovic, essas negociages no foramconcluidas.

    Como se sabe, o golpe de Estado em Belgrado e o

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  • aadvento do govrno Simowitsch foram aclamadoq pelgrdio russo

    -e pela imprensa sovitica. Indubitavel-mente, os autores do golpe foram encoraiados nos seusplanos, i antes da insurreiEo, pela esperanga de obterb auxli russo. As expeCtativas do grupo Simowitschparecerem justificar-se quando, em 5 de abril de !_941,ioi assinado, em Moscou, O Pacto de Amizade e de No-agresso entre a Rssia e a lugoslvia. Esse Tratado,visto pelo prisma das circunstncias, no pode ser in-terprtado de outra maneira seno como provocago di-ret da Alemanha, e como encorajamento da atitudeanti-germnica do Govrno de Simowitsch, sendo que'por parte da Imprensa mundial. foi precisamente estaa interpretago que se lhe dava. Por toda a parte,acentuava-se a incompalibilidade desse Tratado com ostratados teuto-russos. E crenga geral ser ele expres-so duma mudanEa capital das relages teuto-soviti-cas, falando-se mesmo na possibilidade duma entradana guerra Unio Sovitica contra a Alemanha. O Sub-secretrio de Estado dos Estados Unidos, Sumner Wel'les, depois de algumas conferncias previamente reali-zadas com o Embaixador sovitico em Washington, co-menta o passo dado pela Rssia, nos seguintes termos:"O Pacto lugoslavo-russo pode, eventualmente, reves-tir-se de impbrtncia mxima. Este Pacto encontraro maior interesse, por toda a parte. Existem razesbastantes para supof que ele mais do que um simplesPacto de Amizade e No Agresso." Resulta, irrefu-tavelmente, dum documento da autoria do MinistroNintschitsch, irmo do Ministro das Relages Exterio-res do Govrno insurrecto, eu a concluso do Tra-tado foi interpretada como sinal de combate contra oReich, tambm pelo Govrno Simowitsch. A forte de-pendncia de Si?nowitsch do govrno de Moscou resul'ta, tambm, do vo de grande nmero de aes mili-

    )

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  • tares iugoslavos, depois de irromperem as hostilida-des, para a Rssia afim de escaparem destruigo.Ademais, o Govrno Sovitico ofereceu aos oficiais iu-goslavos a colocago no exrcito sovitico, segundonotcias merecedoras de confianga,

    Afinal, existem documentos provando que a Rsi-sia Sovitica tem fornecido aos Estados Maiores gregoe iugoslavo, notcias sobre as posiqes e os movimen-tos ds tropas ge