o crátilo de platão

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O Crátilo de Platão: crítica à teoria da linguagem de Heráclito Ivanaldo Santos[1] Resumo O objetivo desse ensaio é apresentar a crítica de Platão à teoria da linguagem de Heráclito. Para tanto ele foi dividido em duas partes: 1. Pequena síntese do Crátilo, 2. Crítica à teoria da linguagem de Heráclito. Por fim, afirma-se que Platão termina o diálogo apontando para a existência da teoria das formas, a qual emerge como um lugar seguro para explicar a origem e a função da linguagem. Lugar esse que supera as limitações apresentadas pela teoria da linguagem defendida por Heráclito. Palavras-chave: Platão. Crátilo. Linguagem. Heráclito.

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Page 1: O Crátilo de Platão

O   Crátilo   de Platão: crítica à   teoria da linguagem de Heráclito

 

 

Ivanaldo Santos[1]

 

 

Resumo

O objetivo desse ensaio é apresentar a crítica de Platão à teoria da linguagem de Heráclito. Para tanto ele foi dividido em duas partes: 1. Pequena síntese do Crátilo, 2. Crítica à teoria da linguagem de Heráclito. Por fim, afirma-se que Platão termina o diálogo apontando para a existência da teoria das formas, a qual emerge como um lugar seguro para explicar a origem e a função da linguagem. Lugar esse que supera as limitações apresentadas pela teoria da linguagem defendida por Heráclito.

 

Palavras-chave: Platão. Crátilo. Linguagem. Heráclito.     

 

 

Plato’ Cratylus: A critical to Heraclitus’ theory of language 

 

Abstract

Page 2: O Crátilo de Platão

This paper aims to present the criticism of Plato to the language theory by Heraclitus. Then it was divided into two parts: 1. Small summary by Cratylus. 2. Critical to the theory of Heraclitus’ language. Finally, it is said that Plato ends the dialogue pointing out to the existence of the theory of forms, which emerge as a safe place to explain the language origin and function. This place that has overcome the limitations presented by the language theory advocated by Heraclitus.

 

Key-words: Plato. Cratylus. Language. Heraclitus.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O objetivo desse ensaio é apresentar a crítica de Platão à teoria da linguagem de Heráclito no diálogo Crátilo, o texto fundante sobre os estudos da linguagem. Este que foi escrito originalmente no século V a.C. Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica e a análise e interpretação crítica do Crátilo. O aporte teórico é o diálogo citado e os comentários de Aristóteles (1982),Bomheim (1993), Cassin (1990), Dias (1994), Hahn (1986), Paviani (1993), Santos (2002), Souza (2005) e Wilmet (1990). A relevância desse objetivo está em, de um lado, apresentar a crítica de Platão a teoria da linguagem de Heráclito e, por conseguinte, demonstrar que no século V a.C. havia toda uma efervescente discussão sobre a linguagem e que a mesma não era vista pelos pensadores gregos como um tema menor dentro da filosofia. Do outro lado, apresenta-se uma pequena fração da complexidade do diálogoCrátilo. Diálogo que necessita ser lido dentro do complexo corpusplatônico e de todas as inquietações culturais e filosóficas que perpassam a obra desse filósofo. 

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1 Pequena síntese do Crátilo

 

O Crátilo é oficialmente o texto fundante da discussão filosófica sobre a linguagem. Escrito originalmente no século V a.C. esse diálogo apresenta apenas três personagens: 1) Crátilo, filósofo que tem uma compreensão naturalista da linguagem, 2) Hermógenes, que a princípio tem uma visão convencionalista em relação à linguagem e, por último, Sócrates, ou melhor, o Sócrates platônico, pois como salienta Dias (1994, p. LXIX) no Crátilo,Platão aborda um assunto novo, ou seja, a linguagem, e neste momento de sua obra é “Platão que fala pela boca de Sócrates”.

Neste diálogo Crátilo e Hermógenes representam os dois pólos extremos e, por conseguinte, em conflito de pensamento. Crátilo – que segundo a tradição filosófica era discípulo de Heráclito – defende a tese de que os nomes ou são verdadeiros, ou não são nomes de qualquer espécie. Para ele, ou uma palavra é a expressão perfeita de uma coisa, ou é apenas um som articulado.

Por sua vez, Hermógenes defende que o ato de nomear, de dar nomes aos objetos, é convencional. Para ele os nomes podem ser dados arbitrariamente de acordo com os interesses e valores sócio-culturais envolvidos. Já Sócrates emerge como a alternativa a estes dois pólos antagônicos. Segundo ele, o objetivo da especulação sobre a linguagem não é demonstrar se a mesma é natural (posição de Crátilo) ou convencional (posição de Hermógenes), mas que tem uma dimensão natural, no sentido que há categorias universais e metafísicas a serem observadas, e, ao mesmo tempo, convencional, visto que a mesma está ligada à diversidade das atividades sócio-culturais do ser humano.

 

2. Crítica à teroia da linguagem de Heráclito

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Como afirma Paviani (1993, p. 18), no Crátilo existem “diversos adversários de Platão”, ou seja, ele debate com teorias lingüísticas diferentes presentes no século V a.C. Entre essas, oCrátilo propõe discutir com duas teorias gregas da linguagem presentes no século V a.C. A primeira dessas teorias da linguagem é uma extrema desconfiança no valor dos nomes. Para essa teoria os nomes são apenas nomes e, por conseguinte, passa a haver uma identificação entre linguagem, opinião e verdade. Para ela, as palavras são um produto da evolução sócio-cultural. Essa posição era defendida pela escola dos sofistas. A segunda teoria é a extrema confiança em que o nome, a palavra, diz a verdade. Essa postura encontra-se nas primeiras tragédias gregas e principalmente em Heráclito. No Crátilo, Platão centra sua crítica ao pensamento de Heráclito. 

O objetivo desse pequeno ensaio não é apresentar as críticas de Platão a essas duas teorias, mas apenas à segunda, isto é, apresentar a crítica de Platão a teoria da linguagem de Heráclito.

Inicialmente, é preciso deixar claro que os gregos e especificamente Platão não possuíam o rigor e a consciência epistêmica que a sociedade contemporânea possui em torno do vocábulo técnico intitulado de teoria.  A noção de teoria que os gregos e Platão possuíam era muito mais flexível e até mesmo mais aberta que a da sociedade contemporânea. No grego antigo comum theôria (do verbo theôrein) que significava etimologicamente e  simplesmente “ver”, “observar”, “contemplar”, “inspecionar”, “assistir os jogos”, “fiscalizar” – e que, em Platão, este simples “ver” contextual e sensível vai começar a ter uma conotação mais específica ao campo filosófico, comocontemplação-inteligível do mundo das Idéias – significado platônico este que vai ser a “semente” do significado contemporâneo de “teoria”, como algo mais restrito ao texto. Entretanto, é necessário deixar claro que não é intenção deste artigo discutir a noção de teoria nos gregos antigos, muito menosem Platão. Apenas deseja-se realizar esse pequeno esclarecimento.

Segundo Bomheim (1993), Heráclito é natural da cidade grega de Éfeso. Daí ser conhecido como Heráclito de Éfeso. Não se sabe com certeza o período em que viveu. Apenas que viveu no final do

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século VI e início do século V a.C. Acredita-se que tenha publicado um livro intitulado Da Natureza, onde expôs suas teses filosóficas. Entretanto, desse livro restam-nos apenas fragmentos. É considerado por muitos especialistas em filosofia o mais eminente pensador pré-socrático, por formular com vigor, o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitórias. Para ele a realidade é um fluxo constante. É por causa disso que ele formulou o famoso aforismo: “Não é possível se banhar duas vezes na no mesmo rio”. Neste pequeno ensaio não será apresentado a totalidade das idéias de Heráclito e suas respectivas influências na história da filosofia. Apenas será apresentada a crítica que Platão realiza a esse pensador pré-socrático no tocante a linguagem.

Platão inicia a discussão apresentando a célebre máxima de Heráclito. Em suas palavras: “Heráclito afirma que tudo passa e nada permanece, e compara o que existe à corrente de um rio, para concluir que ninguém se banha duas vezes nas mesmas águas” (Crátilo, 402a). É preciso observar que o Crátilo é o diálogo mais irônico de Platão. Ele é repleto de ironias cômicas e carregado com um forte senso de crítica. Este fato torna este diálogo de difícil compreensão e interpretação. Quais são os limites entre a ironia cômica e a crítica filosófica dentro do Crátilo? Essa é um pergunta que talvez jamais exista uma resposta definitiva. Ao final do Crátilo,Platão realiza uma das várias ironias cômicas presentes no diálogo. Ele afirma que “[...] quando mais reflito e me ocupo com ela [com a máxima de Heráclito], tanto mais sou inclinado a aceitar a opinião de Heráclito” (Crátilo, 440e). Entretanto, essa ironia cômica só pode ser compreendida a luz da advertência que ele faz no início do diálogo: “acautela-te, para que eu não faça alguma tramóia contigo” (Crátilo, 393d). Em outras palavras, Platão está alertando ao leitor: “cuidado, eu posso te enganar”. De fato, se o diálogo for lido de forma literal haverá a impressão que Platão termina concordando com Heráclito. Entretanto, quando ele é lido a partir do pressuposto que se trata de uma ironia cômica, então se percebe que o que Platão realmente faz é criticar e desdenhar de Heráclito. Como ressalta Santos (2002, p. 39) um dos objetivos de Platão no Crátiloé “combater frontalmente a teoria [da linguagem] de Heráclito”.  

De acordo com o pensador grego Aristóteles, uma fonte histórica confiável, Platão foi “familiarizado desde jovem com Crátilo

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e com as doutrinas heraclitéias (de que todas as coisas sensíveis se encontram em perpétuo fluxo e não se pode ter conhecimento delas), manteve mais tarde essas opiniões” (Metafísica, A 6, 987 a 32). Ou seja, o pensador Crátilo, e não o personagem Crátilo que aparece no diálogo, foi discípulo de Heráclito e na juventude de Platão lhe ensinou as idéias desse pensador[2]. E por causa disso que é preciso deixar claro que neste diálogo o personagem Crátilo representa Heráclito.

Quando jovem Platão aprendeu com Crátilo que, segundo Heráclito, todas as coisas fluem, passam, e que a realidade é um fluxo constante. É por causa disso que não é possível se banhar duas vezes no mesmo rio. Por isso, a teoria da linguagem de Heráclito afirma que a única forma de conhecer os objetos é por meio da palavra. Já que todos os objetos estão em constante mudança, a única forma de conhecê-los é por meio da palavra. A palavra é a única verdade que existe, a única realidade que o ser humano tem acesso. Ao contrário dos sofistas, que afirmam que a palavra é um produto da evolução e da transformação sócio-cultural, Heráclito afirma que ela é a porta da realidade. É a forma humana de expressar os objetos.

Ao contrário do que a ironia cômica pode parecer indicar, Platão não concorda com Heráclito. Essa questão fica evidente no seguinte trecho do diálogo:

 

Parece [...] que os homens de antigamente quando estabeleceram os nomes, se encontravam em situação idêntica a da maioria dos sábios do nosso tempo, os quais, à força de andar à roda para investigar a natureza das coisas, acabam tomados de vertigem, acreditando que são as próprias coisas que giram e que tudo o mais ao redor deles é pelo mesmo teor. Não atribuem a culpa dessa maneira de pensar ao que se passa em seu íntimo, mas imaginam que decorre das próprias coisas, que nada é estável e permanente, e que tudo passa e se movimenta, e se encontra em permanente estado de modificação e geração (Crátilo, 411b-411c)

 

 

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O que se pode concluir – pelo menos precariamente – é que para Platão a teoria da linguagem de Heráclito é uma vertigem. Isto acontece porque, para Platão se Heráclito estiver correto, então os objetos, enquanto cópias imperfeitas do mundo das Idéias ou Formas, estão condenadas a se modificarem e até a desaparecerem. Entretanto, se não houver o pensamento para captar esse movimento, não haverá fluxo algum. O que Heráclito fez foi anunciar o movimento de decadência dos objetos, enquanto cópias imperfeitas do mundo das idéias.   

Com relação ao mundo das Idéias ou Formas é preciso esclarecer que não é intenção desse pequeno ensaio apresentar e discutir essa teoria de Platão. Entretanto, afirma-se que o centro do pensamento platônico é essa teoria. Ela pode ser sintetizada da seguinte forma: o ser humano participa de dois mundos diferentes. O primeiro desses mundos é o mundo físico, o qual o ser humano tem contato através dos sentidos corporais como, por exemplo, ver e tocar objetos individualizados como pedras, árvores, animais e pessoas. O segundo mundo é composto de essências imateriais e eternas que o ser humano só tem acesso por meio do intelecto. É o mundo supra-sensível. Neste mundo estão os arquétipos ou formas, que são responsáveis em dá um formato a tudo o que existe no mundo sensório corporal. Todas as coisas encontradas no mundo sensível não passam de meras imitações, cópias mal feitas, dos arquétipos que estão no mundo das formas. Sobre a teoria do mundo das idéias ou formas recomenda-se consultar Souza (2005).  Sobre a presença dessa teoria no Crátilorecomenda-se consultar Kahn (1986) e Wilmet (1990).

Platão no Crátilo (439d) continua a criticar a idéia heraclitiana do “fluxo contínuo”, ou seja,  de que a realidade é um fluxo constante. Ele questiona: se todas as coisas mudam e a realidade é um fluxo, então como é possível explicar a existência das cidades e de tudo o mais que o ser humano conhece? Com relação a este problema, ele dá como exemplo a questão do belo. Independentemente das mudanças históricas e culturais o belo é uma categoria de pensamento sempre reconhecida pelos indivíduos. Se Heráclito realmente estivesse correto o belo, enquanto categoria de pensamento, teria desaparecido. No entanto, o belo continuava a existir no período em que o diálogo foi escrito, isto é, o século V a.C.

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Para Platão (Crátilo, 423b) a palavra não é a única forma de conhecer os objetos, tal como Heráclito defende. A palavra é a “imitação vocal” do objeto. Apesar de, a palavra ser essencial dentro do processo de comunicação, ela não é a mais perfeita representação do objeto. Antes da palavra existe o pensamento. Por sua vez, o pensamento não pensa a palavra, mas o objeto. A palavra é um elo de ligação entre o  pensamento e o objeto.

Além disso, contra Heráclito, Platão apresenta o problema da existência do conhecimento. Sobre está questão ele afirma:

 

Nem seria mesmo razoável afirmar, Crátilo [representando Heráclito], a possibilidade do conhecimento, se todas as coisas se transformam e nada permanece fixo. Se isso mesmo, o conhecimento, não se modifica nem se afasta do conhecimento, então o conhecimento permanecerá e haverá conhecimento. Mas, se a própria idéia do conhecimento se modificar, terá de transformar-se numa idéia diferente do conhecimento, e então não haverá conhecimento. Se sempre se transformasse, nunca poderia haver conhecimento e, pela mesma razão, não haveria alguém que conhecesse (Crátilo, 440b).

 

 

Platão demonstra que se tudo se transforma e nada permanece fixo da forma como defende Heráclito, então até o conhecimento é impossível. A produção do conhecimento, incluindo o conhecimento das próprias teses filosóficas defendidas por Heráclito, só é possível porque existe algo que permanece, que pode ser reconhecido, identificado e teorizado.

Nesse sentido, a palavra é a forma de identificar e teorizar sobre o objeto, produzindo, dessa forma, o conhecimento. A palavra não é a porta da realidade como defende Heráclito, mas a ferramenta capaz de – juntamente com o pensamento e o objeto – construir o conhecimento. 

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Por fim, é preciso afirmar que Platão aceita de forma parcial a tese apresentada pelos sofistas, ou seja, de que o conhecimento é uma produção sócio-cultural. Dessa forma, a linguagem emerge como uma conseqüência dessa produção. Ele não nega a dimensão sócio-cultural para a produção do conhecimento e da linguagem. Entretanto, termina o diálogo (Crátilo, 438c) apontando para a existência da teoria das idéias ou formas, a qual emerge como um lugar seguro para explicar a origem e a função da linguagem. Lugar esse que supera as limitações apresentadas pela teoria da linguagem defendida por Heráclito.       

[1] Doutor em estudos da linguagem, professor do departamento de filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERN. E-mail: [email protected].

 

[2] Há um grande número de comentadores do Crátilo que ratificam a tese que afirma que na juventude Platão foi discípulo do pensador Crátilo e com este aprendeu as idéias filosóficas de Heráclito. Entre esses comentadores cita-se: Cassin (1990, p. 29), Dietzsch (2007, p. 48), Santos (2002, p. 35), Paviani (1993, p. 15) e Pique (1996, p. 171).

 

 

 

Referências

 

ARISTÓTELES. Metafísica. Traducion Valentín García Yebra. Madrid: Editorial Gredos, 1982. 

 

BOMHEIM, Gerd. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1993.

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CASSIN, B. O dedo de Crátilo.  IN: Ensaios sofísticos. Tradução Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. São Paulo: Siciliano, 1990.

 

DIAS, Palmeira. Introdução ao Crátilo. IN: PLATÃO. Crátilo. Tradução Dias Palmeira. Lisboa: Livraria Sá Costa, 1994.

 

KAHN, Ch. H. Les mots e les formes dans le Cratyle de Platon. IN: JOLY, H. (Org.).Philosophie du langage et Grammaire dans L'Antiquité. Bruxelles: OUSIA, 1986.

 

PAVIANI, Jayme. Escrita e linguagem em Platão. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1993. (Coleção Filosofia, 3).

 

PIQUE, Jorge Fero. Linguagem e realidade: uma análise do Crátilo de Platão. IN:Revista de Letras, n. 46, 1996, p. 171-182. 

 

PLATÃO. Crátilo. Tradução Dias Palmeira. Lisboa: Livraria Sá Costa, 1994.

 

SANTOS, Fausto dos. Platão e a linguagem – um estudo do Crátilo. IN: Filosofia aristotélica da linguagem. Chapecó: Argos, 2002. 

 

SOUZA, Elaine Christina. A teoria das formas de Platão. IN: Temas & Matizes, n 8, jun./dez. 2005, p. 39-46.

 

WILMET, R. Platonic forms and the possibility of language. IN: Revue de Philosophie Ancienne, n. 8, 1990, p. 97-118.