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  • 1. r REIS BOOKS DIGITAL

2. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSCULO POR VERSCULO Russell Norman Champlin, Ph. D. VOLUME I ARTIGOS INTRODUTRIOS MATEUS MARCOS 3. ABREVIAES TraducAei Ingls ASV American Standard Version BR Berkeley Version GD Goodspeed KJ King James NE New English Bible RSV Revised Standard Version TT A Translation for Translators WM Charles B Williams U liliia d a i Portugus AA Joo Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada AC Joo Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida IB Traduo da Imprensa Bblica Brasileira F Padre Antnio Pereira de Figueiredo M Traduo dos monges beneditinos de Maredsous * ir BIBLIOGRAFIA Neste comentrio, todos os livros do Novo Testamento ifim suas prprias introduOes Nestas introduOes, apresentam-se bibliografias com listas completas dos livros utilizados como fontes . Livros mais citados A exposio baseia-se, essencialmente, sobre os comentrios cm srie que, em parte, representam a herana de literatura bblica na lngua inglesa. Aqui se apresenta uma lista: Alford, Henry, The Greek Testament. Deighton, Bell and Cc . Cambridge, 187 K Calvin, John, Calvins Commentaries, Wm. B. Eerdmans Pub. Co , Grand Rapids, 1949- Clarke, Adam , Clarke's C om m entary, A bingdon Press, Nashville (sem data) Comprehensive Commentary on the Holy Bible, (diversos autores). American Pub. Co., Philadelphia, 1887. Ellicott, Charles John, (e outros autores), Ellicott's Commen tarj on the Whole Bible, Zondervan Pub. House, G rand Rapids. 1954 Expositor's Bible. (diversos autores). Wm. B. Eerdmans Pub. Co.. Grand Rapids, 1956 Expositor's Greek Testament, (diversos autores). Wm. B. Eermans Pub Co. Grand Rapids, 1956 Gill, John. Dr. Gill's Commentary, Baker Book House, Grand Rapids, edio baseada numa publicaSo de 1851. International Critical Commentary, (diverses autores). T and T Clark, Edinburgh. 1965. Interpreter's Bible (diverses autores), Abingdon-Cokesbury Press, Nashville, 1951. Jam ieson, Fausset and Brown, Critical a nd Experim ental Commentary, Wm. B. Eerdmans Pub. Co., Grand Rapids, 1948. Lange, John Peter (e outros autores), Lange's Commentary, Zondervan Pub. House, Grand Rapids, (sem data). Meyer, Heinrich August Wilhelm. Meyer's Commentary on the New Testament. Funk and Wagnalls, N Y , 1884. Robertson, Archibald Thomas, Word Pictures in the New Testament. Broadman Press, Nashville, 1930. Vincent, Marvin R , Word Studies in the New Testament. Wm B. Eerdmans Pub, Co., Grajid Rapids. 1946 Wordsworth. Charles, The Greek Testament. RivingtonS, Waterloo Place, London, 1875. ill 4. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO v e r s c u l o p o r v e r s c u l o CONTEDO A rtgoi Introdutrios ARTIGOS MISCELNEOS Esboo da Histria da Bblia cm Portugus Jesus A Importncia dc Paulo Livros Apcrifos do Novo Testamento e Outra Literatura Crist Antiga DEUS 0 Argumento Ontolgico O Argumento Ontolgico Cinco Argumentos em Prol da Existncia de Deus Comentrio Sobre os Cinco Argumentos de Aquino Reafirmaio Contempornea de Argumentos Tradicionais em Prol da Existncia dc Deus O Clssico Argumento do Relgio Critica Contempornea aos Argumentos Tradicionais em Favor da Existncia de Deus A IMORTALIDADE DA ALMA Uma Prova da Imortalidade da Alma (do ponto de vista filosfico) Quando os Mortos Voltam! (do ponto dc vista da experincia humana) Uma Abordagem Cientfica Crena na Alma c cm sua Sobrevivncia ante a Morte Fsica (do ponto de vista cientfico) O Mundo Nao-Fsico do Dr. Gustav Stromberg (do ponto de vista cientfico) Eplogo: Comentrio sobre abusos e advertncias O NOVO TESTAMENTO GREGO Manuscritos Antigos do Novo Testamento Introduo ao Texto Grego IntroduSo ao Comentrio Textual do Novo Testamento O PANO DE FUNDO HISTRICO DO NOVO TESTAMENTO Perodo Intertestamental; Acontecimentos e CondiOes do Mundo ao Tempo de Jesus A F E DISCUSSES O Conhecimento e a Fe Religiosa A Crena Religiosa e o Problema de Verificao O NOVO TESTAMENTO: ASSUNTOS E PROBLEMAS O Cnon do Novo Testamento A Lngua do Novo Testamento Historicidade dos Evangelhos O Problema Sinptico A Tradio Proftica e a Nossa poca O EVANGELHO Reconsiderando o Evangelho Um Dilogo Autor Russell Champlin Anselmo Toms de Aquino F.C. Copleston A.E. Taylor William Paley J.J.C. Smart Jacques Maritain Henry L Pierce James Crenshaw Sociedades Bblicas Unidas Bruce M Metzger 'Indica artigos escritos pelo escritor do Comentrio Pdgina I J 21 4! 41 4 I I 51 55 41 44 4 II 74 13 16 114 124 131 147 M2 151 144 141 174 110 115 Comentrio sobre o Novo Testamento, versculo por versculo 25 iv 5. ESBOO DA HISTRIA DA BBLIA EM PORTUGUS Russell Champlin ESBOO 1. Anos de Prepara(2o 2. Tradulo da Bblia Completa a. Almeida b. Figueiredo c. Rodhen d. Soares e. Brasileira f. Revisio de Almeida g Revisio de Almeida (Imprensa Bblica Brastletra) h. A Bblia na Linguagem de Hoje (Novo Testamento) 3. Diagrama de llusrrao 4. Bibliografia 1 AMOS D( NIPARAO a O n i Poriegd D Dmiz (1279-1325) iroduziu os vinte primeiros captulos do livra de Gn?'? usando a Vulgoio Latino conto base Pode-se ver que o comeo da traduo do Biblia em portugus ocorreu o rle i da traduo da Biblia poro a ingls, por Joo Wydiff b 0 rei D. Jefl I ( 1305 1433] ordenou o troduo dos evangelhos, do livro de Aios e das epistolas e Poulq. Essa obro foi realizada par podres catlicos, que se utihzarair Vulgoio Lotina coma base Desses esforos resultou uma publicao que ncluia os livros mencionodos e o livro de Salmos do V T . traduzido pelo prpria rei * C Mei m o i M gditai lororn preparodos diversas trodues de pores bblicas como os evongelhos. traduzidos do francs pela infanta Dono Filipa, filha da Infante 0 Pedro e neta do rei D Joo I; a evangelho de Mateus e pares dos demais evangelhos, pelo frei cislerciense Bernardo de Alcobaa, que se baseou na Vulgata Latino fste ltimo trabalho foi publicada em Lisboa, no sculo XV Volentim Fernandes publicou uma harmonia dos evangelhos. eda. que preparou a primeira traduo da Biblia inteira, baseado no Vulgataltina, nasceu em Mao, Portugal, a 14 de fevereiro de 1725. Essa troduo consumiu dezoito anos de trabalho Em I B96 foi publicada o primeira traduo.de Figueiredo, em colunai parolelas da Vulgata latina e da traduo em portugus Essa troduo foi aprovada e usado pela Igreia de Roma. e tombem foi aprovada pela rainha 0 Maria II. em 1842 Penetrou em Portugal atravs de pubhcaes da Sociedade Bblica Sr.tfimca e Estronge ro t inegvel que o linguagem de Figueiredo era superior A de Almeida, porquanto ero mais culto do que este ltimo. Naturalmente que. por haver usado a Vulgata Latina como base. tem a desvantagem de no representar o melhor texto do N T que conhecemos hoje em dia, mediante as mss unciais mais antigos e mediante os papiros, as quais Figueiredo desconhecia por s terem sida descobertos muito mais tarde A Traduo de Figueiredo, pais, saiu do prelo um sculo depois da de Almeida Fm I 952 fai publicada uma nava edloo pela Livrar Catlica da Rio de Janeiro, com comentrios baseados em vrios telogas catlicos No Brasil, a primeira traduo foi feita por frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazar, somente do N.T Fai publicado em So Luis do Maranho, e a impresso foi feita em Portugal V M m t n i^ lii de pores bblicas ou da Biblia inteira tm lido feitos neste sculo XX. Entre elas temos a tradufio das evangelhos feito por D Duwte Leopoldo e Silva (na forma de harmonia). evangelhos e Atos traduzidas do francis pelo Colgio da Imaculada Conceio, em Botafogo. Ria de Janeiro, e os evangelhos e o livro de Atos, traduzidos da Vulgato Latina, pelos podres franciscanos. em 1909 C. TRADUO DO PADRf HU8ERT0 RODHEN Em I 930. o podre Heberte Rodi^n traduziu o N I inteira diretamente do grego, o primeira tradutor catlico 0 fazer tal tipo de tradua na histrio da fliblio portuguesa Essa IroduSo foi publicada pelo Cruzada de Boa Imprenso, organizao catlica-romana A linguogem da traduo bela, mas. infelizmente, lal como na Iraduo de Almeida, foram usados textos inferiores d TRADUO DO PADRE MATOS SOARES Essa A a verso mis pepebor entre os catlicos Foi baseado no Vulgato Latino, e em 1932 recebeu apoio papal por meio de cota dirigida do Vaticano Quase a metode desso traduo contm explicafas da lextos, em notas entre parnteses Essas notas parentticas incluem, naturalmente, dagmas do Igreja Romana, da qual pertencia a tradutor e TRADUO BRASILEIRA Fcx preparado sob a direo do dr H.C. Tadrer. tendo ficado concluda em 1917 Essa troduo nunca foi muito popular Em 1956. de cada cem Bibliai vendidas pela Sociedade Bblica do Brasil, somente oita pertenciam Traduo Brasileiro Suo grande vanlogem era It f usado mss melhores do que o de Almeida, alm de ter sido mellvxada na ortografia portuguesa, da poca A despeita desses lotos, tal traduo no mais impressa f REVISO DA TRADUO DE ALMEIDAdio Revista e Atualizada Trcwlha realizado por uma comisso que agiu sob as auspcios da Sociedade Bblico do Brasil. trabalho esse iniciado em 1945 A linguagem foi ahe eufceradi. e no resta dvidas que nesso reviso foram usados mss gregas dos melhores, muito superiores aas do Teitei leceptu que Almeida tinha suo frent para usar na traduo original que fez Apesar disso, em diversos lugares da texto noto-se que foram RETIDAS PALAVRAS INFERIORES, que sA figuram nos m anuscritas mais recentes Por exemplo, em Mt A 13. pois leu o reino, o poder e a glria para 6. 1 Im HW TICU BA sempre Amima. So pokivras que s aparecem nos monuscritos grego mais recentes, em certos edies tlm sido postas sem quolque sinol que indique que tais palavras no fazem parle de teito original Algumas edies lm o cuidado de calacar tais palavras enlre parnteses, o fim de indic que ro se baseiam em outoridade suficiente nos mss gregos para serem usadas Isso provoco pande contuso enlre osedies Os texto de Joo 5:4; Mt. 18 11; 2 1 44 e Marr 5 3, ertre outros, podem ser mencionados Iodos esses versculos contAm palavras qu* l aparecem em mss inferiores No ofcsiante, somos foradas o admitir que a base do texto grego dessa reviso H a mptrio* quela usada por Almeida em sua traduo original g REVISAO DA TRADUO DE AIMEIDA- -lapreasa M llce I n i l U n Foi publicoda como Bblia completa em 1967, no Rio da Janeiro Essa revlsfio recente e ainda no houve tempo suficiente para noter-se a reao do pblico brasileiro quanto linguagem e ao estilo da traduo. S a futura pode opravar ou nBa essa traduo e mostrar a sua ocellaAa entre as igreias Porm fedhseate se comprova que essa traduo est mais b ea lie iid e nos m is gregos do que a Almeida Revtsla e Atualizada Coma exemplo disso, os referlncias mencionados no pargrafo acima tratem algum sinal que moslra que se irata de palavras duvidosas, baseadas em mss inferioras e no nos melhores mss. Usualmente essas palavras forcar deslocodos do texto e postas em nora de rodap Outros exempias que indicortl que essa troduo segue os melhores mss so: Marc.3.14, que elimino os palavras e i qeels dei fa s t ia e neae 4e a p ite la i, palavras essas que procedem de manuscritas inferiores do grego Mar 7 16 foi urr versculo eliminado. Entrou na texta de Marcos coma uma HARMONIA err o texto de Mt 11:15 Tambm foram eliminados os vss 44 e 46 do nano captula da evangelho de Morcos. Tuo isso serve apenas de exemplas, dentre muiias casas nas quais essa reviso segue os melhores manuscritos 0 leitor poder no'ar muitos aulras casos, nos nolas da prprio reviso Gostaramos que sua linguagem e eslla fossem bem acolhidos pelo povo evanglico, parquania a sua base esto nos melhores mss . devendo ser aceitvel a qualquer pessoa que conhea o texto giego no Movo Testamento e os manuscritos que formam uma slido base na qual se alicerou essa reviso. h A BBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE iNavo Tettonaeta) Essa publicao da United Bible Societies (otrovs de seu ramo brasileiro) se baseio na segundo edio (1970) do texto grego dessa sociedade Esse texto tem tirado proveito do v ia la |e n do maior porte da pesquiso moderno, pelo que 6 bom representante do original No diferente do texto de NESTLE em qualquer ponlo essencial, embora o aporoto critico qu acompanha a edio de N*stle e a edio do United Bible Societies, em publicaes tcnicos, se diferencio quanlo apresentao, embora baseadas nos mesmos estudas sobre os manuscritos Foi propsito da United Bible Societies publicar em vrios idiomas. Novos Testamentos que rellirom o linguagem comum e corrente Portanto, de esperar-se que essas publicaes, apesar de serem em idiomas diversos, lenham apresentaes similares. Todos os novas tradues trodicianalmente so vilipendiadas por pessoas que as ouvem pelo primeiro vz. estando elas afeitas o ouvir o evangelho de certa modo Usualmente, um racionclnio mais sbrio e a passagem da tempo suavizam a tratamento inicial dura que uma novo troduo recebe Infelizmente, a critica com fraoUncio se baseia apenas na observao que Esta troduo dHeiente aqui e ali, quando comparada com esta outra traduo de que costumo usar. Raramente tais crticos se baseiam na erudio e no texto grego Ouirosiim. as formas deixadas de fora em novas tradues normalmente so as simples excises de adies, mudanas e harmonias feitas por escribas medievais (que distorceram a texto originai), adies que no tlm qualquer direito a serem reputadasoriginois. pois esto ausentes na maioria dos manuscritos antigos, especialmente nos papiros A PASSAGEM DO TEMPO provar poro ns umo avaliao adequada sobre esta nova traduo. Gostoramas que isso se desse mediante o estudo do original, e no medlanle meros comparaes com as tradues j existentes 4. BIBLIOGRAFIA Enciclopdia Delta Larouaae. Anigo aotira A BbUa. Editara D alll, Rio de Janeiro. 1970. Mflin, Jotin. A Bblia a Como Chagou Al M a. Impianaa BINica Bratileiia, 1972. Metzfler. Bruca M . Tha Tent of tha Naw Tatrament. Oxford. New York. 1964 3 D IA G R A M A DE ILU STRA O : OS M A N U S C R IT O S O R IG IN A IS : culo I ______________I Oi Manuscrito* m ait antigos oa papirtM: aculoa I I- I II I O i Uneiaii mais antigos aculoa IV - V II1 O M in s c u lo s aculna 1X X V I _______________________ !_______________________ O Taxtua R actptus d t Erasmo UG16) a de Elzevir (16331 A Vulgata Latina raatfis Oa anos * . jup*mr*+fx* mr* * * * * * * r***n 4 tfimnwtrttviX i*tn* a * tu/.b n * * * & art*4*nrVri,vu lw #pirttC ^ttr tn* hfut^MOt^nWPn M nhnnfl tviAtji*stTn&(* VOtjittfflM1* 15 ivivonipr?ViiAir 1 tffK^bCivtti^rir iv tv c f i m e j i j f U c I w t llT f b/KlWl fWvcMup*ww K nW tVMm tsunJ f 1 twmtr> HvCt^r * *iipI i>fvclf. fr:vH>*CitrfnC ftVpWfiar Vfta iftuugfcImwortr r ir f u C t X lb W r W r io Jesus verdade que com freqGncia ele teve de ocultar a sua verdadeira identidade, o que certamente se devio s idias errneas que a povo nutria sabre a Vesiios profetizado, que julgava que seria uma figuro essencialmente poltica e guerreira Ora. Jesus sempre evitou imiscuir-se nas questes paliticas terrenas - Ele contemplava um rema esp iritual, um lder esp iritual, umo reform a e umo renovao religiosa, mas as multides na estavam preparadas paro acolher esse tipo de Messias que Jesus idealizava d Principal lirai Todos reconhecem que o judasmo essencialmente umo - religio tico, e desde os tempos mois antigas o nfase da mesmo tem recoldo sobre os elementos ticos Os dez mandamentos, embora apresentqdos em uma f6rmula bsico distintivo da ludaisma revelada. refletem, conluda. em grande parte, o que reconhecida como umo moralidade essencial na maioria dos religies do mundo Jesus, como filho de Israel, foi um mestre essenciolmenle tico, embora no a fosse exclusivamente (conforme fico demonstrodo pelos outros temos bsicos de seus tns>nos. referidos nesia seco). N8o abstonte, parece verdode que os elementos ticos so os que ocu- parom, de maneira predominante, os sermes e os instrues particulares exposta* por Jesus Com esse termo prkwlpiei tlcoe queremos indicar o seguinte: (1) conduto, ( 2 ) princpios Ou regros que sSo recotnendodos como normas dessa conduta. (3) e esfora critico do estudo e da reflexo que tm por desgnios sistemotizor. organizar e aplicar tais princ'pios 0 N T (incluindo as evangelhos) apresenta vasta ocmulo de material que serve de uma espcie de sistemo tico organizado* Deve ser bvio, em toda o tica crlslfl bsica (que se alicera nas declaraes de Jesus), que esse um ref exo da tica |udaica bsica A tico crist modificou a nfose de porte do ensmo judaico, e foi alm do tradio judaico em outros particularidades Por exemplo, o casamento misto no era reputada vlido no ludaismo (Por iib te o cristianismo emende o casamento entre ur.i crente e um no-crente. Ou entre um judeu e um no-|udeu]. Mos o cristianismo reconhece os casamentos mistos como vlidos, ainda que no sbios Essa o mensagem de I Cor. 7 13.14 Quanta o umo instncia de nfose. Jesus recomendava o celibato aos que do Senhor recebem esse dom. tal como j tinham feita os essmos e como Paulo confirmou posteriormente, mas.de mada geral, certamente o nfase judaica no recaia sohre o celibato No que tange oo divrcio. Jesus falou em termas mais severos da que qualquer judeu camuai Essas so apenas olgumos sugestes acerca das diferenas de nfase au acerco das modificaes que podem ser vistas nos ensinamentos de Jesus, quondo confrontados com as princpios ticos do judasmo; passemos, agoia. o observar certos pontas oarticulares. EM PRIMEIRO LUGAR, consideremos o grande mtodo bsico ou a grande considerao dos ensinos ticos de Jesus, que em sua maioria podem ser identificados com as normas do tudolsmo Os que esto familiarizodos com a tica do ponto de visto da filosofio. devem lembrar-se que as sistemas ticos tm bases extremamente vonodas Por exemplo, parte da conduta reputada ri ca pode basear-se em consideraes inteiramente humanas Protgoras de Abdera '450 A.C ) fez soar a nata chove de grande porte da tico moderna ao dizer , no Sermflc da Montanha e em outras lugares (Ver Mot 5 -45; 6 1 .6 ,1 4 ,1 8 ) Isso nfio visava a contradizer o outra idia que alguns sflo filhos do diabo>, nem afirmo o converso coma experincia a rodos os homens Porm, serve pera despertar-nos paro o fata da grande compaixo de Jesus, e tambm que, por foro da crloo, em sentido bem real. todos tem o fonte de sua existncia em Deus, e que esse deve ser a olva d e todos Por esse motiva que nos oferecido Opossibilidade e a gronde realidade d e muitos benefcios que so dados aos homens de modo gerol. A misso do Messias tinta por finalidade declarar o d v i ^ i lenerad oferecida por Deus. At que grau d perfeio Deus haver de finalmente desenvolver essa misso, O n te i do trmino da histria da humanidode. aqui ou tu alm. pode-se to-somente conjectirar; mos as implicaes sflo vastssimas. 2 O PRINCIPIO DO AMOR Jesus ensinou insistentemente essa virtude. Ele mesma foi enviado oo mundo por mallva do amor do Pai Jesus exercia grande compaixBo para com as multides 0 dcima quinto capltuto do evangelho de Joflo uma demonstrao dessa atitude, e muitos dos principias do Sermflo do Montanha repousam nesse alicerce 0 m i n m i t i consiste do amor, pon essa a virtude que realmente cumpre todos as requerimentos do lei Precisomos sentir pelos outros o que sentimos por ns mesmos Sabemas a que o omar-prprio e o praticam os, porquanto quase todos os nossos a ta i se baseiam na egosm o.- Cuidamos de ns mesmos, de nassas planas para a futura, vestima nos e temas cuidada cam nossa sade No seio da famlia tamamas mais evidente esse principio doomar, pois amamos as membras ntimos de nosso circulo familiar, e nossa grande preocupoflo 0 bem-estar das mesmos Ora, O que Jesus quer |uslamenfe que notso amor se expanda para abranger a mundo inteiro, incluindo o1 mesma os nossas inimigas. A vereda da amar a vereda mais C ir ta para e desenvolvimento e o progresso espirituais. O prpria Jesus fai a exemplo supremo de como deve funcionar esse principia 0 amor na somente diz que no se deve motor, mas probe at mesmo o odiar (ver Mat 5:21 1. 0 amor diz nflo somente que nflo se deve adulterw. mas nem mesma cobiar (ver Mat 5:28] 0 amar nflo somente diz que no se deve provocar a violncia, mas instrui at mesmo o sermos ativos pacificadores Ver Mot. 5 :9 . Aquele que cultiva em sua vida o amor de Jesus, nutrindo-o em seu homem interior, ser mais rapidamente troniformodo imagem de O iste, que o vande prapAsita da existtncia humana 3 RESPEITO AUTORIDADE CONSTITUDA Assim ensinou Jesus, ao folar especificamente do lei e dos profetas como autoridades religiosas (Ver Mat 5:19). Jesus aprovava o lei e as profetas, embora olgumos vezes tivesse discordodo de seus contemporneas na tocante mterpretaflo que davam lei e oos profetos Jesus ensinou uno inquirio espiritual sincera e fervorosa duranle esta vida. ebaseau essa inquirio em antigas pedras fundamentais - os pedras bsicos da |udaismo revelado - Par conseguinte, aqueles que desobedecem aos mondomentas, s causam dano a si mesmos. E aqueles que quebram os mandamentos e assim usinam a outros, prejudeam duplamente a si mesmos e aos autros - saro os chamados mnimas da reina das cus. A JESUS APROFUNDOU PAR1E DO ENSINO: da d(irk Apenos nos tempos modernas que qualquer seco de tamenho razovel da igreia tem ignorado ou rejeitado o estria da Descida de Cristo ao Hades Alguns vem este ministrio do submundo comc um meio de restouroo*. mos no camo uma solvoa evonglica, para os perd dos Em outras palavras, a seu ministrio em hodes melhorou o seu esiodo de perdio El 4 9,10 demonstro que os efeitos deite mmistrto so permanentes oo estado de todos as homens em todo lugar. O assunto, logicomenie. 'em Sido suieiio a muita controvrsia, e a alguns abusos Natos detalhadas so apresentodas sobre este assunto em I Ped 3:18 8 POR CAUSA DE SUA OBRA RFMIDORA (que inclui sua morte expiatria). Cristo ser esiobelecida como cabea do universo, e no somente do terra (Ver Ef 1 Cal 1 *2 ) JeiuS a grande alvo de todo a criao. Os crentes sero transformados d imagem de Cristo, moral e metaf sicomente Toda a cnoo. tadas as criaturas, celestiois e terrenas, tero em Cristo a seu centro. O ponto mais alto de toda o croo ser o duplicao da pessoa de Jesus Cristo nas homens redimidos 0 le>e Ptrson tnd Wotk ot Chrtst, I960 SOBRE OS ENSINOS DE JESUS: BpjM. C H . Th Par*bl*s o t th Kinoom INew York: Chailee Solbnei'a Sonel. OeaierV W. O E. Th Goipal P*rBhis in th Lioht ot ttfir Jv**lh Background INaw York The MacMillan Co.l, 1936 Porter. F.C., Th Mm ot Chfut tn Paul, 1930 Slemarl. J S., Th Lit and Tmacfuno o t Jsus Chfist. 1968. 22. I l JESUS A H istria M aravilhosa - a r I y . t l l r r . M A R IA E IS A B E L JO S PE D IN D O A B RIG O PA R A M ARIA A VOLTA A N A ZA R 23. JESUS A Histria Mare lihOH. I f JE S U S COM 12 ANOS IN D O PA R A JE R U S A L E M 24. 20 JESUS A H istria M aravilhosa S o * h er'. O BOM PASTOR A M OED A PE R D ID A PAZ S E JA SOBRE ES TA CASA 5. Va.:. .V .. E N S IN A N D O NA SINA G O G A 25. JESUS A H istria M aravilhosa 21 Bid. JESUS LAVANDO OS P S DOS D ISC PU LO S 26. 22 JESUS A H istria M aravilhosa Robert. PA R A BO LA DO SEM E A D O R 27. JESUS A HisLria M aravilhosa 23 A yon U'rrmer 0 D IN H E IR O DO TR IB U TO 28. 24 JESUS A H istria M aravilhosa NA CASA D E M EU PA I H M U ITA S M ORADAS 29. JESUS A H istria M aravilhosa * ' * O H O M EM CEGO D E N A SCEN A O BOM SA M A RITA N O 30. 26 JESUS A H istria M aravilhosa 3 P la ckh or& t- A M AE DE CRISTO EM A FLI O 31. JESUS A H istria M aravilhosa 27 P /a n n s c h r m d t A PR EPA R A O DO CORPO D E JE S U S 32. 28 JESUS A H istria M aravilhosa G P u e r m in n . A A SC EN S O DE JE S U S ~ r * n ! n 0 v s i te E . stnm ni Maoos *UU>5NI4TSCS - .. * t-if'SrjS tMilKEitio* i CH R ISTU S R EM U N E R A TOR 33. A IMPORTNCIA DE PAULO ESBOO Russell Champlin I. VIDA 1. Fontes de Informao 2. Passado 3. Primeira Viagem Missionria 4. O Conclio Apostlico 5. Segunda Viagem Missionria 6. Terceira Viagem Missionria 7. Aprisionamento e Encarceramento em Roma 8. Paulo, de novo livre, vai Espanha 9. Segundo Encarceramento e Morte 10. Cronologia da Vida de Paulo II. SIGNIFICAO DE PAULO 1. As Escolas Crticas e Paulo 2. As Epstolas Paulinas 3. O Servo de Cristo 4. O Apstolo aos Gentios 5. A Doutrina de Paulo 6. Paulo e Jesus III. BIBLIOGRAFIA I VID A 1. FONTES DE INFORMAO Sabe-se muito m ais acerca de Paulo do que acerca de quaquer outro personagem apostlico. Nosso conhecimento sobre esse apstolo e a sua carreira praticam ente tudo quanto se sabe acerca do desenvolvim ento do cristian ism o , durante aqueles dias. Fora de suas prprias epistolas e do livro de A tos dos Apstolos, no N .T. temos apenas uma refern cia adicional a ele, a saber, em II Ped. 3 :1 5 , onde se l: ...o nosso amado irmo P a u lo ... A fonte prim ria de inform ao, portanto, o livro de A to s, a fonte secundria de inform ao so as suas epstolas e as aluses incidentais que ele faz a si mesmo e s suas viogens. Entretanto, alguns tm ensinado que apesar de fornecerem menos inform aes sobre ele, as epstolas so m ais valiosas para o estabelecim ento da cronologia pelo menos uma cronologia que m ais extensa e que inclui os ltim os poucos anos de sua vid a, acerca dos quais o livro de A tos nada nos diz. Isso incluiria o seu perodo de liberdade entre os dois encarceram entos a que foi sujeito em Rom a, e seu m artrio eventual. FORA DO N .T. h algum m aterial inform ativo, mas usualm ente esse no reputado como digno de muita confiana. Por exem plo, tem os o livro apcrifo Atos de Paulo, que s foi escrito na segunda metade do sculo II D .C. Essa obra contm alguns incidentes e viagens de Paulo que no se encontram nas pginas do N .T ., mas p a re ce m s e r q u a se to ta lm e n te le n d rio s . A a rq u e o lo g ia em n ad a tem podido contribuir para com provar esse m aterial, e atualm ente no h modo de afirm arm os a veracidade de qualquer inform ao adicional, sobre a vida de Paulo, contida nesse livro apcrifo. H m uitas declaraes sobre Paulo nos escrito s dos pais da igreja, mas quase todos esses se derivam , de algum modo, do livro de A tos ou das epstolas de F>aulo, e outra parte se d eve, provavelm ente, ao m aterial legendrio que foi se avolum ando em torno da pessoa de Poulo. A comunidade crist , em sua m aior parte, co m p u n h a -se de p e s s o a s v in d a s d as c la s s e s h u m ild e s, p elo que tam b m os historiadores antigos ignoraram -na quase com pletam ente; e por esse m otivo que tem os to escassa inform ao acerca do desenvolvim ento inicial do cristian ism o, nos escrito s desses autores secu lares. A arqueologia fornece-nos alguma inform ao sobre os muitos lugares que foram visitados por Paulo, bem como acerca de sua cid a d e n a t a l, Tarso,- p o r m , e x c e tu a n d o -s e a s in flu n c ia s c u ltu ra is que ta is localidades devem ter exercido sobre Paulo, no se pode e x tra ir, dessas inform aes, qualquer elem ento adicional sobre a pessoa do prprio Paulo. Por conseguinte, resta-nos an alisar o livro de A tos dos Apstolos e as epstolas paulinas, e toda outra inform ao deve ser aceita apenas experim entalm ente. 2 , PASSADO Neste ponto estam os m ais lim itados do que acerca dos anos posteriores de Paulo. Do nascim ento de Paulo at o seu aparecim ento em Jeru salm , como perseguidor dos cren tes, tem os apenas inform aes m uito esp arsas. Sabemos que ele nasceu em Tarso, cidade no insignificante (v e r A tos 2 1 :3 9 ), descrio essa que tem sido confirm ada pelas escavaes arqueolgicas de Sir W illiam Ram say. Naquele tempo Tarso (na C ilicia) foi incorporada provncia da S ria. Tarso, por essa poca, j tinha histria antiga, e fora cidade im portante por muitos sculos antes da era crist . Tarso chegou a ser a cidade m ais im portante da C ilicia. Essa cidade se tornou uma regio de sntese entre o oriente e o ocidente, entre a cultura grega, a cultura orien tal, e , finalm ente, a cultura rom ana. Tambm se sabe que era um centro cultural, e que ali era muito fo rte a variedade do estoicism o romano. PAULO NASCEU COMO CIDADO ROMANO, provavelm ente porque o seu pai tambm j era cidado romano. Ao n ascer, o menino recebeu o nome de Saulo, provavelm ente devido ao rei Saul, m asp rovvel que tambm fo sse chamado Paulo como cognome latino. Paulo significa pequeno, e isso pode ter-se devido ao fa to que seus pais o cham avam de pequerrucho; mas tam bm possvel que ele tenha recebido o nome de Paulo, sim plesm ente por te r som sem elhante ao nome de Saulo. Tambm possvel que o apstolo tivesse um nome romano,- m as, nesse caso , no deve t-lo usado com freqncia, porquanto no tem os nenhuma inform ao sobre qual seria esse nome. A alterao posterior de seu nome, de Saulo para Paulo, mui provavelm ente foi apenas a adoo de seu apelido como nome prprio. No se sabe qual o ano do nascim ento de Paulo; porm , quando do apedrejam ento de Estevo (que ocorreu em cerca de 32 D .C .), lem os que Saulo era um jovem . razovel supor, por conseguinte, que ele tenha nascido na prim eira dcada do sculo I D ,C ., sendo, assim , um contemporneo m ais jovem de Je su s, embora no haja qualquer evidncia de que ele tenha visto algumo vez ao Senhor. E no mesmo provvel que o tenha visto , pois Paulo jam ais se refe re ao fato. OS PROGENITORES DE PAULO eram judeus muito religiosos, pertencentes seita dos fa rise u s, ou, pelo m enos, fo rtem ente influenciados por esse grupo,- e pertenciam tribo de Benjam im . Nada se sabe acerca da ocupao do pai de Paulo, e nem mesmo sabemos qual era o seu nome. Jernim o cita uma tradio que asse vera que a fam lia de Paulo vie ra originalm ente da G alil ia, e que doli m igrara para Torso. Se essa tradio expressa a verdade, ento o fa to de que eram cidados romanos m ostra que 29 34. PAULO essa im igrao tivera lugar em tempo considervel antes do nascim ento de Paulo. De conformidade com o livro de A to s, Paulo tinha uma irm que vivia em Jerusalm (ver A tos 2 3 :1 6 ), mas no h meno de qualquer irm o. 0 prprio Paulo aprendera uma p rofisso, provavelm ente em Tarso, a de fabricante de tendas (v e r A to s 1 8 :3 ), posto que e ra co stu m e e n tre os ju d e u s e n s in a r a o s filh o s alg u m a p ro fis s o . No im provvel, pois, que o seu pai tambm tivesse sido fab ricante de tendas, o qual te ria ensinado essa arte ao seu filh o . Paulo foi instrudo no judasmo e strito , e os se u s p rin c ip a is in te re s s e s se c e n tra liz a ra m n a s q u e st e s r e lig io s a s , tic a s e m etafsicas. Alguns acreditam que ele era bem instrudo na cu ltu ra, na esttica e na filo s o fia grego e ro m an a ( b a se de te x t o s com o A to s 1 7 ). M as o u tro s, alicerando-se em A tos 2 2 :3 e 2 6 :4 , procuram m ostrar que a perm anncia de Paulo em Tarso, quando menino, deve te r sido muito breve, porquanto ele mesmo diz que se criara em Jerusalm . Quanto a esses detalhes no podemos te r certeza, mas o exam e detido das epistolas de Paulo m ostra que ele deve ter estudado a filosofia estica (por causa da grande sim ilaridade aos escrito s de Sneca, o estico rom ano); e o seu grego uma excelente variedade do grego helenista, no dando evidncias de te r sido uma linguagem adquirida. Em Jerusalm , Paulo estudou sob orientao do grande Rabban G am aliel, o Velho, que era altam ente respeitado como m estre. AS PALAVRAS DE PAULO , em Gl. 1 :1 4 , m ostram -nos que ele era indivduo intensam ente religioso desde a juventude, tendo-se destacado nessas questes acima dos outros jovens de sua idade. Freqentava regularm ente a sinagoga, e muito provvel que geralm ente tom asse parte na adorao. M ais tarde seguiu sua tradio fa risa ica , tornando-se membro dessa se ita . Sendo indivduo religioso to intenso, tinha alta considerao pelas Escritu ras, e a sua converso no alterou a sua atitude, embora talvez ele tenha compreendido que algumas passagens eram alegricas e outras lite ra is, conforme se v em I Cor. 10:1-11 e G l. 4 :2 2 - 3 1 . A pesar dele re c o n h e c e r e ss e f a t o , a s s u a s e p s to la s d em o n stra m a in flu n c ia de o u tro s treinam entos. Os filsofos est ico s e cnicos de Tarso eram geralm ente evanglicos em suas abordagens, porquanto geralm ente pregavam nas esquinas das ru as, nos m ercados e em outros lugares pblicos. Por essa causa, Paulo deve t-los conhecido,- e mui provavelm ente tambm estudou em suas escolas. Antes de sua converso, sendo ainda jovem , Paulo perseguiu a igreja e muniu-se da autorizao de cartas oficiais para fazer isso. Portanto, muito provvel que pertencesse a uma fam lia proem inente, ou, pelo m enos, que se tenha distinguido extraordinariam ente como lder e zelote religioso, sendo por isso mesmo encarregado do que se pensava ser uma im portante m isso. As passagens de I Cor. 2 :3 e II Cor. 1 0 :1 0 indicom que a aparncia fsica de Paulo no era im pressionante, e a descrio que h sobre e le , no livro apcrifo Atos de Paulo e Teclo, concorda com esse ponto de v is ta : E ele viu Paulo que se aproxim ava, um homem de baixa e sta tu ra , quase calvo, torto de pern as, de corpo volumoso, sobrancelhas unidas, um nariz um tanto adunco, cheio de g raa: pois algum as vezes parecia um homem, e de outras vezes tinha a fisionom ia de um anjo. C onverio - M uita discusso se tem centralizado em torno das razes psicolgicas por d etrs da converso de Paulo, o qual, antes respirava am eaas e m orte contra os discpulos do Senhor (A to s 9 :1 ) , mas que, mui repentinam ente, tornou-se igualm ente zeloso defensor dos cristo s e fundador de congregaes crist s. Que tipo de acontecim ento foi e sse, que causou to d rstica tran sform ao? N aturalm ente que a s re s p o s ta s so m u ita s , a lg u m a s d e la s a t m esm o re p u g n a n te s f e sensibilidade c rist s. A ntes de esboarm os a ocorrncia, conform e o prprio Paulo a d escreveu, notemos algum as outras idias acerca do que aconteceu: alguns querem fa z e r- n o s c re r que P a u lo e ra um e s q u iz o fr n ic o , ou que de o u tra m a n e ira e ra m entalm ente afetad o, e que essas eram as condies que criaram as experincias m sticas que foram por ele consideradas como encontros com Je su s. Tal condio te ria sido provocada por certo com plexo de culpa, por haver perseguido e morto aos crist o s, e o resultado natural disso teria sido a converso para o movimento que ele antes perseguia. Esse ponto de vista dificlim o de ser consubstanciado, a menos que se adm ita que a sua converso tambm o curou de sua insanidade, pois as suas epstolas e tudo quanto sabem os acerca dele, dificilm ente m ostram que ele era homem m entalm ente desequilibrado. Outros acreditam que ele sim plesm ente sofreu um ataque epilptico na estrada para Dam asco. Porm , no h qualquer evidncia de que a epilepsia cause alguma experincia m stica. Certam ente que a interpretao dada por Paulo, acerca do que ocorreu com ele, no pode ser compreendida como narrao de um ataque epilptico. Outros tm suposto que os sentim entos de culpa de Paulo se tornaram to intensos, e que seu horror interno pelo que fizera aos crentes ' era to fo rte , que esses fo rte s sentim entos provocaram uma experincia psicolgica incomum. Isso, naturalm ente, tem ocorrido com alguns, e os turbilhes m entais tm dado em i esultado essas exp erincias tipo m sticas. M as, poderam os indagar a t i que ponto essas experincias poderiam converter uma pessoa, e m ant-la convertida, especialm ente quondo se sabe que essa converso leva tal pessoa a opor-se quilo que antes defendera, e a defender um movimento que certam ente deve ter sido to repugnante o ele, como fa riseu . Parece m ais provvel que o prprio Paulo soubesse perfeitam ente bem o que aconteceu com ele, e que chegarem os muito m ais perto da verdade se, neste p articu lar, aceitarm os a Bblia literalm ente. A HISTRIA DA CONVERSO de Paulo contada em tr s pores d iversas do livro de A to s (9 :3 - 1 9 ; 2 2 :6 - 2 1 ; 2 6 :1 2 - 1 8 ), havendo variaes quanto aos porm enores, ainda que tudo concorde essencialm ente entre si. Em suas epstolas Paulo no d nenhuma descrio desse acontecim ento, m as indica que algo de sobrenatural lhe aconteceu, porquanto ele reivindica revelao direta de sua m ensagem , da parte de C risto . (V e r I Cor. 1 5 :3 -8 ; G l. 1 :1 5 ,1 6 ). Ele afirm a que o seu contacto com Cristo no diferiu do experincia dos outros apstolos, embora no o tenha visto na carne. Paulo asse vera ter tido contacto re a l, embora a tra v s de viso ou de experincia m stica. Essa ocorrncia tem todos os sin ais de uma experincia m stica, ta is como o brilhante resplendor, o sentim ento de tem or, a purificao psicolgica e a renovao e sp iritu al, e at mesmo (conform e ocorre algum as vezes, nesses caso s) alguma form a de incapacidade fsica tem poral logo em seguida, o que, na experincia de P a u lo , fo i a c e g u e ira . P o rt a n to , p a re c e l g ico su p o rm o s que P a u lo te v e um a experincia m stica real, que o seu contacto com algum poder m ais alto foi genuno, poder esse que o prprio Paulo define como Je su s; e grande parte da teologia e da experincia crists dependem dessa declarao. N aturalm ente que essa no foi a nica experincia m stica de Paulo, pois ele tambm menciona algum as outras (tal como a v isita ao terceiro cu, em II Cor. 12). Parece que ele recebeu nada menos que sete grandes vises e a sua doutrina repousa sobre a inform ao transm itida por meio delas. 0 cristianism o repousa sobre o aparecim ento do Cristo ressu rrecto aos vrios apstolos e sobre a mensagem que ele lhes trouxe quando voltou de entre os m ortos. Se esse fundam ento fo r rem ovido, restar-nos- um judasmo reform ado (que tambm repousa em experincias m sticas, como as de M oiss). Removendo-se essas form as de exp erincia, quando muito nos re sta r uma form a de filo sofia relig io sa, e no a religio revelada que certam ente o cristianism o . M as, por que se pensaria ser impossvel que Deus se revela aos homens? E por que se pensaria ser im possvel, neste mundo ad m irvel, que Je su s, o C risto, um altam ente exaltado personagem m etafsico no pudesse revelar-se aos homens? A CONVERSO DE PAULO talvez tenha ocorrido por volta de 35 D .C. Aps sua converso, Paulo passou alguns poucos dias com os discpulos de Dam asco. Pregou ali por algum as vezes, ensinando, particularm ente, que Jesu s era o M essias. Depois disso, retirou-se para a A rb ia, possivelm ente para a regio de H aur, uma bacia f r t il, que fica a cerca de o ite n ta q u il m e tro s ao sul da cid a d e de D a m a sco , diretam ente a leste do extrem o sul do m ar da G alilia. Outros crem que a rea aludida era o pas dos nabateus e a pennsula do Sinai. Aquele era m ais acessvel para quem p artisse de Dam asco, mas este ltimo lugar revestia-se de grande significao religiosa, por causa de sua conexo com a transm isso da lei, sendo possvel que Paulo tivesse preferido essa atm osfera. Passou algum tempo em seu re tiro , e dali, como p rovvel, esteve por d iversas vezes em Dam asco e voltou. A sua mensagem era essencialm ente a m esm a desde o princpio mas por essa a ltu ra, Paulo ...m a is e m ais se fo rtalecia e confundia os judeus que m oravam em Dam asco, demonstrando que Jesu s o C risto (A to s 9 :2 2 ). POUCO DEPOIS DISSO, Paulo visitou Jerusalm pela prim eira v ez, aps a sua converso, tendo ficado com Pedro por quinze d ias, para consulta e consolo mtuo. (V er Gl. 1 : 18 ). Dali partiu ele para as regies da Sria e da C ilicia. (V er G l. 1 :2 1 ). E provvel que tenha visitado sua cidade natal de Tarso, tendo permanecido naquela regio por algum tem po, embora no tenham os qualquer inform ao acerca disso. Enquanto Paulo pregava em Tarso, Barnab e outros lderes cristos se encontravam em A n tio q u ia , onde se ia d e se n vo lve n d o um a p o d ero sa co m u n id ad e c r is t . A passagem de Atos 1 1 :2 5 diz-nos que Barnab foi a Tarso, procura de Paulo, sem dvida para obter a sua ajuda na igreja em Antioquia, que p recisava de uma liderana m aior e m ais fo rte . Isso foi um m ovim ento provocado pela providncia d ivina, pois armou o palco para a longa carre ira de Paulo como apstolo-m issionrio. 3. PRIM EIRA VIAGEM M ISSIONRIA Em c e rc a de 4 6 D .C ., P a u lo e B a rn a b fo ra m co m issio n a d o s p ela ig re ja em Antioquia a se atirarem numa excurso evang elstica. Essa viagem f-los a tra ve ssa r a ilha de Chipre (onde Barnab n a scera ), tendo passado pelo sul da Galcia (v e r Atos 13 e 1 4 ). Na companhia de Paulo e Barnab ia tambm Joo M arcos, autor do chamado evangelho de M arcos. Este era primo de Barnab. Ao chegarem a Perge, capital da P an flia, por razes para ns desconhecidas, M arcos preferiu descontinuar a expedio e regressou a Jeru salm , sua te rra . Talvez M arcos no estivesse disposto a dar prosseguim ento a uma to difcil viagem . Paulo ressentiu a sua partida, julgando-a como ato de desero, e m ais tarde no consentiu que ele o acom panhasse em outra excurso m issionria. (V er A tos 1 5 :3 8 ). Isso tornou-se motivo de acirrado debate entre Paulo e Barnab, pois tambm eram humanos e tambm estavam sujeitos a e rra r. De Perge viajaram a P sd ia, um distrito em uma ilh a, onde realm ente teve comeo a evangelizao da sia M enor. Em Antioquia da Psd ia, em um' dia de sbado, os dois m issionrios expuseram a sua importante mensagem m essinica, e foram bem acolhidos. No sbado seguinte, entretanto, j fo ra c ria d a um a a m a rg a o p o si o por p a rte de a lg u n s ju d eu s ra d ic a is . E os m issionrios cristos foram obrigados a abandonar a cidade. DALI PARTIRAM PARA ICNIO, im portante cidade com ercial da Licania Seguindo seu costum e original, pregaram na sinagoga dos judeus, e obviam ente tiveram xito, p o is fic a ra m a li por tem po c o n s id e r v e l. M as e is que os ra d ic a is n o va m e n te provocaram um levante, que forou Paulo e Barnab a fugirem , finalm ente. Dali foram para Listra e Derbe, nenhuma das quais era considerada cidade de grande im portncia. Essas cidades ficavam localizadas na parte oriental da Licania. As supersties locais levaram as m ultides a identificarem os m issionrios com Zeus (B a rn a b ) e com H e rm es (P a u lo ). Um cu lto im p ro visa d o na h o ra , por alg u n s sacerdotes locais, em honra aos dois deuses, teve de ser interrompido pelos m issio nrios, porque sabiam que tal ttu lo no era m erecido. M as no demorou que os judeus radicais atacassem novam ente, e em Listra (A to s 14) Paulo foi apedrejado. Alguns intrpretes acreditam que foi nessa ocasio que Paulo teve a sua viso do terceiro cu (II Cor. 1 2 ), e que ele realm ente esteve m orto, mas reviveu . possvel que sua alm a tenha sido m om entaneam ente liberta de seu corpo dorm ente e beira da m orte, o que algumas vezes ocorre, conform e tambm se tem aprendido em estudos parapsicolgicos. 0 certo que os enviados, tendo partido de Listra, foram pregar em Derbe. Comearam a vo ltar desse ponto, a fim de confirm arem na f os novos convertidos, e assim passaram sucessivam ente por Listra , Icnio e Antioquia da Psd ia. O ficiais foram eleito s para as congregaes. Dali partiram os m issionrios para Perge, e , finalm ente, para A ta lia , im portante porto m artim o da P an flia. Ali chegando, em barcaram em um navio a fim de irem para Antioquia da Sria, de onde tinham partido dois anos an tes. Essa prim eira viagem ' levara-os s reas de Chipre, P a n f lia , P s d ia e L ic a n ia , e n e s s e s lu g a re s n o v a s igrejas crists fo ra m estabelecidas. 4 . O CONCLIO APOSTLICO O grande influxo de gentios na igreja crist que se ia form ando, criava grandes problem as entre os elem entos judaicos, especialm ente no tocante s exigncias da lei m osaica, e particularm ente no que dizia respeito lei cerim onial e questo da circunciso. A fim de dar soluo a esses problem as e com o fito de fornecer uma resposta universal e au to ritria s m esm as, Paulo e Barnab subiram a Jeru salm , a fim de conferenciarem ali com os apstolos. (V er A tos 1 5 ). Corria o ano de 49 D .C ., calculadam ente. 0 conclio determ inou que os gentios no eram obrigados a cum prir as exigncias da lei, e que no deveria haver maior carga do que absterem -se os gentios de alim entos oferecidos a dolos, do sangue, da carne de anim ais sofocados e da fa lta de castidade, isto e, de todas as form as de pecados sexu a is. A s restri es visavam uma aplicao essencialm ente local, e no como padro universal para 35. PAULO 31 todos os -gentios, embora ta lvez tenham servido de precedentes para a soluo de problem as que surgissem posterio rm ente. Tudo foi fe ito (isto , as decises de proibir certas coisas, esboadas na lei cerim onial) a fim de ajudar os membros judeus e gentios da igreja a se darem bem uns com os outros com m ais facilidade. 5 . SEGUNDA VIAGEM M ISSIONRIA Paulo, ento j dono de m aior experincia em viagens m issio nrias, ansiava por p artir novam ente. M as, devido s divergncias com Barnab, por causa de Joo M arcos, dessa vez Paulo preferiu levar a Silas. (V er A tos 1 5 :4 0 - 1 8 :2 2 ). Partindo de A ntioquia, seguiram por te rra para as igrejas do sul da G alcia, e em Listra o grupo foi engrossado com a adeso do jovem Timteo. Ali chegando, o Espirito Santo desviou-os da direo ocidental, e passaram a viajar na direo norte, atravessando o no rte da G alcia. Em Trade, uma viso indicou que a Macednia (no continente europeu) era um dos alvo s dessa viagem . Assim sendo, comeou a evangelizao do G rcia. Foram visitad as as cidades de Filipos, Tessalnica e B eria. Na Acaia (sul da G r cia ), foram visitad as as cidades de A tenas e Corinto. Paulo demorou-se em Corinto por quase dois anos. Em Trade, Lucas se reunira ao grupo m issionrio, e p a re c e c e rto que n e sse tem po co m eo u e le a e s c re v e r a su a im p o rta n ts s im a narrativa da igreja p rim itiva, cham ada de A to t d o i Apstolos, obra da qual se obtm quase todo o conhecimento de que dispomos acerca de Paulo e suas viagens, bem como do desenvolvim ento da igreja prim itiva em geral. Durante as suas viagens, Paulo se m antinha em contacto com as congregaes crist s anteriorm ente organizadas por meio de epstolas, certo nmero das quais tm ch e g ad o a t n s, tendo-se to rn a d o p a rte de n o sso N .T . A s e p s to la s de I e II Tessalonicenses devem ter sido e scrita s a esse tempo. De Corinto, Paulo partiu para feso, onde ficou durante pouco tem po. D ali, em viagem apressada, passou por Jerusalm e chegou a Antioquia da Sria. Dessa m aneira se encerrou a sua segunda viagem m issio nria. Essa segunda viagem m issionria evidentem ente ocupou de ano e meio a dois anos, e provavelm ente term inou em cerca de 51 D .C. Depois disso Paulo passou m ais algum tempo (quanto, exatam en te, no sabem os), em Antioquia da Sria. 6 . TERCEIRA VIAGEM M ISSIONRIA Foi a poca do m inistrio em volta do m ar Egeu (v e r A tos 1 8 :2 3 - 2 0 :3 8 ). Sob d iversos aspectos, esse foi o perodo m ais im portante da vida de Paulo. A provncia da sia foi evangelizada, e postos avanados do cristianism o foram lanados na G rcia. Durante esses anos, Paulo escreveu I e II Corntios, Rom anos, e talvez (ainda que no todas) algumas das cham adas epstolas da priso I e II Tim teo e Tito. De Antioquia Paulo partiu para feso. Ali passou cerca de trs anos, tendo estabelecido um dos centros m ais im portantes do cristian ism o, a despeito da fero z oposio, movida tanto pelos judeus como pelos aderentes da adorao deusa rtem isa (D ian a). Desse ponto, provavelm ente Paulo visitou diversas outras reas ao redor, mas seu trabalho principal se concentrou em feso. Tambm tornou a visita r as congregaes crist s ao redor do m ar Egeu, que haviam sido anteriorm ente fundadas. A travessando Trade, Paulo chegou M acednia, onde escreveu a epstola chamada II C orntios, e dali partiu para Corinto. N essa cidade ele passou o inverno e escreveu a epstola aos Rom anos, antes de continuar viagem at M ileto, um porto prximo de feso. POR ESSA ALTURA Paulo desejou subir a Jerusalm , a fim de levar auxlios aos crentes pobres dali (empobrecidos pela perseguio e pela fo m e), enviados pelos crentes gentlicos. A princpio ele queria ir Sria por via m artim a, m as, devido a uma arm adilha que lhe fizeram para tirar-lh e a vid a, p referiu viajar por te rra , tendo atravessad o a M acednia. D ali, ele e seus companheiros de viagem tomaram um navio e velejaram ao longo das co sta s ocidentais da sia M enor. B reves porodas foram efetuadas em diversos lugares, incluindo M ileto, cidade porturia de feso, o que forneceu a Paulo a oportunidade de despedir-se, finalm ente, dos crentes que ali habitavam . Eventualm ente desem barcaram em Tiro, na costa da Sria. A despeito das vrias advertncias sobre os perigos que ele te ria de en fren tar em Jeru salm , Paulo prosseguiu viagem . Paulo chegou em Jerusalm no Pentecoste, provavelm ente em cerca de 56 D .C . Sua te rceira viagem m issionria, por conseguinte, term inou aps um pouco m ais de trs anos de atividades. 7 . APRISIONAMENTO E ENCARCERAMENTO EM ROMA Paulo se m ovim entara com adm irvel liberdade, embora nunca o tivesse feito sem te ste , tribulao e perseguio, Jerusalm rejeitara m uitos homens piedosos, m uitos p rofetas, e o prprio Je su s; e Paulo no e stava destinado a conseguir m aior xito a li. 0 trecho de Atos 2 1 :1 7 - 2 8 :1 6 conta a h istria. Os judeus rad icais, nessa ocasio, no tiveram de perseguir a Paulo, mas ele caiu direito na arm adilha que lhe arm aram . O m ais estranho que a dificuldade foi provocada por alguns judeus que vinham da provncia da sia , que por acaso estavam no templo e reconheceram Paulo; foram eles que agitaram as m ultides e fizeram -nas atacar o apstolo. As autoridades romanas aprisionaram Paulo por estar perturbando a ordem. A essa a ltu ra , Paulo fez um discurso na escadaria do tem plo, contando com porm enores como ele fo ra perseguidor dos cren tes, como ele se co n vertera, e como pregara a Jesu s como M essias de Isra e l. Paulo foi am eaado de aoites pelas autoridades rom anas, m as, inform ando-as que era cidado romano, o tribuno m ilitar resolveu solt-lo. M as essa ao causou tal protesto, por parte dos judeus que, para sua prpria proteo, Paulo foi levado de volta s barracas m ilitares. Os judeus, ato contnuo, conspiraram em m at-lo, e por isso Paulo foi removido para C e saria, com um grupo arm ado. Ali Paulo foi conduzido residncia de Flix, procurador romano. Paulo foi guardado sob sen tin ela, no palcio de Herodes. Evidentem ente esteve em C esaria pelo espao de dois anos, e alguns crem que ali ele escreveu a sua epstola aos Colossenses, aos Efsios e a Filemom,- mas uma data posterior para essas epstolas m ais provvel. APS DOIS ANOS de adm inistrao m al-sucedida, Flix foi chamado de volta a Rom a, e Prcio Festo tomou o seu lugar. Este era homem de carte r am argo. (Isso aconteceu em cerca de 58 D .C .). Quando o novo procurador recusou-se a ouvir o caso de Paulo, em Jerusalm , os judeus desceram a C e saria, a fim de acusarem a Paulo a li. A ssacaram graves acusaes contra e le , mas que Paulo negou categoricam ente. Foi ento que Paulo apelou para C sar, que era direito de todos os cidados romanos, e dessa m aneira se criou o m otivo de sua viagem a Rom a. A ntes de p artir para Roma, Paulo folou perante o rei Agripa II e sua irm , Berenice. Esse Herodes era o bisneto de H e ro d e s, o G ra n d e . N e ssa o p o rtu n id a d e , P a u lo re p e tiu a h is t r ia de su a converso, e bvio que im pressionou favo ravelm ente os que o ouviram . D ALI, VIAJAN DO PELO M AR, Paulo partiu para Rom a, juntam ente com muitos outros prisioneiros. Fez d iversas paradas ao longo do cam inho, incluindo uma perm anncia de trs m eses em M alta. Paulo chegou a Roma em 59 D .C ., no como homem livre , m as, no o bstante, como poderosa testem unha do cristian ism o. Chegando a Rom a, Paulo no foi tratado como prisioneiro no sentido ordinrio, e nem como crim inoso. Ali ele desfrutou do que se denominava libera custodia, isto , podia viver em sua prpria ca sa , desfrutando de muitos privilgios de liberdade de a o , m as sem p re a co m p an h ad o de um g u a rd a . P a u lo p re g a v a q u e le s que o visitavam , explicando-lhes as razes de seu aprisionamento,- e tambm enviava epstolas a lugares d istan tes. Foi nesse perodo que, provavelm ente, foram escritas as epstolas aos Colossenses, a Filemom, aos Filipenses (e , provavelm ente, aos Efsios). 0 LIVRO DE ATOS DOS APSTOLOS encerra-se bruscam ente, no como um livro inacabado, e, sim , dando a idia de que o autor tencionava escre ve r outra seco ou livro a fim de suplem ent-lo. Lucas escre ve ra um evangelho, e ento essa h istria, e no de modo algum im possvel que ele tivesse planejado ainda um outro volum e. De conformidade com a tradio crist p rim itiva, Lucas continuou sendo fiel au xiliar de Paulo at o m artrio d este, e ento deu continuao ao seu m in istrio, no evangelho, por m ais vin te anos (a t 84 D .C .) , at que, finalm ente, faleceu em Becia, na G rcia, com a idade de oitenta e quatro anos. Se podemos con fiar nessa trad io, ficam os com pletam ente at nitos, por no saberm os por que no foi com pletado a histria de Paulo, em um escrito subseqente, juntam ente com outros im portantes acontecim entos que estariam ocorrendo na igreja, aps o falecim ento de Paulo. 8. PAULO , DE NOVO LIV R E, VAI ESPANHA Nenhum relato bblico nos diz que Paulo foi libertado novam ente a fim de m in istrar outra v e z ; mas existem algum as evidncias que do essa indicao. possvel que Paulo tenha sido libertado em cerca de 63 D .C ., e que tenha visitado tanto a Espanha como a rea do m ar Egeu, uma vez m ais. A epstola de Clem ente (em v ss. 5 -7 , 95 D .C .) e ocnon m uratoriano (1 7 0 D .C .) e o livro apcrifo A tos de P ed ro (l :3 - 200 D .C .) falam de uma v isita de Paulo Espanha. As epstolas p astorais, ou pelo menos II Tim teo, parecem envolver um m inistrio posterior histria narrada no livro de A to s, desenvolvido no oriente, pelo que tambm parece que Paulo pde cum prir o seu desejo de v isita r a Espanha, conform e expressou em Rom. 1 5 :2 4 . 9. SEGUNDO ENCARCERAMENTO E MORTE No se sabe quais as circunstncias do segundo encarceram ento de Paulo, embora a tradio indique que ele foi aprisionado pela segunda v e z , levado de volta a Roma e lanado na priso. Sabe-se que Nero odiava os cristo sie que chegou mesmo a usar os seus jardins pessoais como local de to rtu ras cru is, nos quais os cristos eram obrigados a enfrentar anim ais fe ro ze s. Essa perseguio rebentou em cerca de 64 D .C. Provavelm ente Paulo foi aprisionado, com m uitos outros crist o s, em cerca de 64 D .C . Na qualidade de cidado rom ano, provvel que tenha sido julgado por um tribunal, m as, quais tenham sido as acusaes contra ele ou quais as condies do ju lg a m e n to , no te m o s m eio s de s a b e r. P a u lo s o fre u o m a rtrio em R o m a, provavelm ente no ano de 65 D .C . De acordo com certa tradio, foi decapitado. E possvel que nesse perodo finol de sua vida tenham sido e scrita s as cham adas epstolas pastorais I e II Tim teo, e Tito e , igualm ente, a epstola aos Efsios. Assim term inou a carre ira do maior e m ais influente exponente do cristianism o em toda o sua h istria, aps ter combatido o bom com bate, te r term inado a carreira e ter conservado a f . No h que duvidar que esperam -no as coroas prom etidas (v e r II Tim. 4 :7 ) . 10. CRONOLOGIA DA VID A DE PAULO I . Vida de Paulo antes do contacto com os seguidores de Jesu s 1. Pro vvel nascim ento e infncia em Tarso (judeu da disperso) (A tos 22:3,- Gl. 1 :2 1 ). 5 D .C. 2, Vida como judeu zelo so , da seita dos fariseu s (G l. 1 :1 3 ,1 4 ; Fl. 3 :3 - 6 ; A tos 2 6 :4 ,5 ) 20-26 D .C. I I , Vida como perseguidor dos seguidores de Jesu s (G l. 1 :1 3 ; I Cor. 1 5 :9 ; A tos 8:3,- 9 :1 ) 32 D .C. III Converso de Paulo (G l. 1 :1 5 ; I Cor. 9 :1 ; talvez II Cor. 1 2 :1 -4 ; Atos 9 :1 - 1 9 ; 2 2 :4 - 1 6 ; 2 6 :9 - 1 8 ) Cerca de 35 D .C .? IV. C arreira de Paulo como apstolo 1. Trs anos na Arbia e em Dam asco (e outras re a sj (G l. 1 :1 7 ) 32 -3 9 D .C. Problem a: Sobre o que ele m editava, ou quois suas ativid ad es? 2 . Quinze dias de v isita a Jerusalm - Paulo viu a Pedro e a Tiago, irm o de Jesu s (G l. 1 :2 7 ). 3 . Sua obra na S iria, Cilicia e G alcia, e talvez tambm nas regies ocidentais Macednia e Grcia (14 anos) (G l. 1 :2 1 ) 35 -9 3 D .C . - A . Escreveu a m aioria de suas epstolas: I e II Tessalonicenses (II Cor. 6 :1 4 - 7 :1 ) B. Possvel aprisionam ento em feso Colossenses, Filipenses e Filemom C. V isita a Jerusalm - V isita de conferncia (G l. 2 :1 ; A tos 15) 49 D .C. D. Volta sia (provncia rom ana) I e II Cor. 1 0 - 1 3 Perodo de crise com os cristo s judaizantes - G latas (II Cor. 1 0 -1 3 ; G latas, Fil. 3 :2 - 4 :7 ) 4 . Soluo da Crise A . Term ina a coleta para os pobres de Jerusalm 55 D .C. (II Cor. 1-9 exceto 6 :1 4 - 7 :1 I Cor. 1 6 :1 -4 ; II C o r.9 :1 - 1 5 ; Rom. 1 5 :1 4 -3 2 ) 36. 32 B. Planos de v isita r a Espanha e Roma (Rom . 1 5 :2 4 ,2 8 ) 56 D .C . II Cor. 1-9; Romanos 16 (Pedro a Febe) 5 . Viagem a Jerusalm , levando a oferta - No h refern cias d ireta s, exceto as que antecipam o evento. 5 7 D .C . 6 . Aprisionam ento em Roma - Conform e a tradio crist . (A to s 2 0 ). 59 D .C . 7. Novam ente livre , talvez com um m inistrio na Espanha cerca de um ano. (S tradio c rist , sem qualquer aluso bblica) 8 . Segundo aprisionam ento e m orte. (S tradio crist , sem qualquer aluso b b lica ).6 5 D .C . II. SIGN IFICAO DE PAULO 1 . A s Escolas C rticos e Paulo ALBERT SCHWEITZWER (Pau l and his In terp reters, 1 9 1 2 ) salientou o fato de que com freqncia as Escritu ras tm sido usadas por pessoas comuns e por intrpretes to-som ente como uma mina de te xto s de prova, sem qualquer considerao histrica ou e p e x e g tic a . E s s e s d izem que q u a lq u e r a rg u m e n to pode s e r so lu cio n a d o sim plesm ente abrindo-se a Bblia em certa passagem que, alegadam ente, traz a resp o sta. Os opositores, em qualquer debate, pareciam igualm ente habilidosos em a p e la r p a ra te x to s de p ro v a , e m p re g an d o e ss e m to d o . O s c u lo X V III testem unhou uma revolta contra ta is princpios, pelos p ietistas e racio n alistas, os quais, por razes diferentes entre s i, procuravam distinguir a exegese das concluses providas pelas consideraes dos credos e pelo sim ples exam e de texto s de p rova: a . 0 TRABALHO DE J .S . Sem ler (1 7 2 5 -9 1 ) e J .D . M ichaelis. Esses homens tentaram aplicar mtodos de critica h ist rica-literria s Escritu ras, tendo esboado norm as herm enuticas, na esperana de m ostrarem que o N .T . no se desenvolveu em um vcuo, m as que se devem aplicar indagaes h ist ricas e lite r ria s, se quiserm os entender apropriadam ente a sua m ensagem . A filologia foi introduzida como p arte da abordagem histrica na interpretao e na soluo dos problem as. base desses estudos, m ostrou-se que em I e II Corntios tem os uma correspondncia do apstolo com os crentes de Corinto, e no m eram ente duas epstolas, incluindo, ta lv e z, um grupo de quatro epstolas, que, finalm ente, foram reunidas em duas divises principais. E outras sugestes sem elhantes foram fe ita s , no tocante s epstolas de Paulo. b. A ESCOLA DE TUBINGEN. No sculo X IX , na Alem anha, surgiram form as mais radicais de escolas crtica s da Bblia. Obras de autores tais como G . W . Brom iley (B ib lical C riticism ) e J .E . Schm idt, Schleierm acher e F .C . Baur (de Tubingen), levantaram dvidas sobre a autenticidade de I e II Tim teo e de II Tessalo nicenses, base de consideraes lite r ria s, lingusticas e de vocabulrio. Baur s deixou intactos cinco dos vin te e sete livros do N .T .,co m o testem unhos incontestveis do perodo apostlico e escrito s pelos prprios apstolos. Baur tentou distinguir a verdadeira literatu ra apostlica m ediante o princpio interp retativo da ten dncia. As duas grandes tendncias que teriam dado colorido literatu ra apostlica eram o conflito entre Paulo (e o cristianism o g en tlico), de um lado, e o cristianism o judaico estrito e a am eaa do gnosticism o , do outro, tendncia, sob a qual teriam sido e s c r it a s a s c h a m a d as e p s to la s g e r a is . De c o n fo rm id a d e com e ss a te o ria da tendncia, toda literatu ra que ten tasse reconciliar a con trovrsia judaico-paulina, ou ten tasse reconciliar em parte o gnosticism o, foi classificad a como no-apostlica, e isso extirp ava a m aior p arte dos livros existen tes do N .T ., tornando-os no apostlicos. Baur tambm ensinava que Paulo foi o helenizador do cristianism o. EM RESULTADO DISSO, essa escola convenceu a bem poucos, alm de si mesma. Pois no lgico suporm os que um homem s e em to pouco tem po, pudesse te r helenizado o cristianism o (e assim tivesse alterado seu carte r original). Tambm verdade que esse elemento helenstico, apesar de p resente, tem sido altam ente exagerado; e Paulo, sendo judeu criado em Jerusalm e ali criado como fariseu , certam ente no foi quem helenizara a si mesmo. A citao de Paulo, fe ita em I Clem ente (9 5 D .C .) e nos escrito s de Incio (1 1 0 D .C .), onde no se v qualquer reflexo de um suposto conflito entre Paulo e uma tendncia judaizante, nesse perodo, so argum entos fa ta is s teo rias da Escola de Tubingen. Baur ficou na mira de v rio s c o n s e rv a d o re s , p rin c ip a lm e n te J . C .K . H o fm an e os se g u id o re s de Schleierm acher. M as o golpe m ais devastador foi dado por um ex-aiscpulo de Baur, A . R itsch l, o qual abandonou a idia da alegada hostilidade en tre Paulo e os discpulos originais de C risto. Ele salientou a unidade dos discpulos e a unidade essencial da mensagem crist . Os discpulos posteriores dessa escola de Tubingen com earam a a c e it a r com o p a u lin a s q u a se to d a s a s e p s to la s a trib u d a s a P a u lo (e x c e to II Tessalonicenses, as epstolas pastorais e Efsios, cuja aceitao, em m uitos lugares, no era m ais considerada essencial o rto d o xia ). As con trovrsias sobre a autoria revolvem em torno de Efsios, Colossenses e as epstolas pastorais, sobretudo e ssas ltim as; e as discusses podem ser v ista s in loc. O s'clssicos paulinos (que poucos duvidam ser de autoria paulina) so Rom anos, G latas, I e II Corntios. A essas quatro, outras cinco so adicionadas pela m aioria dos estudio sos, com pouca hesitao, a saber, I e II Tessalonicenses, Filipenses, Colossenses e Filemom. SOMOS FORADOS A RECONHECER, entretanto, que algum bem surgiu dessa con trovrsia, pois os intrpretes foram alertados para a necessidade de levar-se em conta as consideraes histricas e lite r ria s, para que se faa bom juzo do N .T. Baur trouxe a lume uma abordagem indutiva-histrica ao cristianism o prim itivo, e libertou as pesquisas da idia que nada havia a ser aprendido, posto que todas as concluses j haviam sido form adas. c. OS ERUDITOS britnicos e norte-am ericanos exam inaram a reconstruo apresentada por Baur, m as, na m aioria dos caso s, no se deixaram persuadir. O conjunto de escritos paulinos (com exceo de Hebreus, que poucos eruditos tm atribudo a Paulo, porquanto o prprio livro no reivindica tal auto ria) perm aneceu de p. Slida exegese histrica saiu da pena de Lightfoot e de Ram say. Este ltimo s escreveu aps intensa pesquisa arqueolgica. Tais autores confirm aram a autoria lucana do livro de A to s, e isso aumentou a credibilidade e esclareceu a cronologia desse livro , no que se relaciona a Paulo. d. O UTRO S ER U D ITO S tm p ro d u zid o te o ria s so b re o c o n ju n to p a u lin o de escrito s. E .J . Goodspeed conjecturou que em cerca de 90 D .C ., algum admirador de PAULO P a u lo (t a lv e z O n sim o , co n fo rm e J . K n o x tam b m s u g e riu m a is ta rd e ) te n h a publicado as epstolas de Paulo, tendo escrito pessoalm ente a epstola aos Efsios como epstola generalizadora ou como tratado introdutrio. De conformidade com a tradio, Onsim o, ex-escravo , eventualm ente veio a to rnar-se superintendente da igreja de feso, pelo que esta ria em posio de fazer isso. Toda essa idia, todavia, se esvai em fum aa, quando consideram os que nada h, na prpria epstola aos Efsios, que indique que ela tenha encabeado ou term inado um conjunto de epstolas paulinas; e nem se poae provar que essa epstola contenha um sum rio no escrito por Paulo acerca do pensam ento desse apstolo. e. A CRTICA LITER RIA do sculo atual tem procurado discu tir e desenvolver os segointes tem as: a. Esforo contnuo para obter uma construo histrica geral das epstolas de Paulo e de seu pensam ento, b. Determ inao e xa ta de quais epstolas Paulo te ria escrito ou no. c. Determ inao da origem e das d atas das epstolas p astorais, que alguns supem terem sido e scritas por algum discpulo de Paulo, que procurava exp ressar as atitudes desse apstolo, d. Determ inao das epstolas paulinas e no-paulinas. e. Soluo para vrias questes re la tiv a s a unidade, a autoria e a interpretao das epstolas paulinas individuais. O utras im plicaes dessas pesquisas se encontram no pargrafo-abaixo acerca das epstolas paulinas. 2 . As Epistolas Paulinas QUANTO AOS DETALHES do esboo fornecido aqui, o leito r pode exam in ar a introduo de cada epstola. Embora, ao longo dos sculos, toda correspondncia que tem chegado at ns com o epteto de paulina, isto , e scrita por Paulo, tenha sido posta em dvida, por alguns, como au tn tica. Existem quatro escrito s paulinos clssico s que nem mesmo os eruditos modernos pem em dvida, mesmo entre os m ais lib erais. Trata-se das epstolas aos Rom anos, aos G latas e I e II Corntios. Lutero dizia que se pudssem os ao menos p reservar o evangelho de Joo e a epstola aos Rom anos, o cristianism o no poderia ser extin to . Entretanto, m ais geralm ente aceitam -se os nove livros seguintes como sados realm ente da pena de Paulo: Romanos, I e II Corntios, G la ta s, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses e Filem om . Para m uitos, as epstolas de I e II Tim teo e Tito (a s epstolas p asto rais), alm de Efsios, so consideradas obras dos discpulos de Paulo (e scrita s em seu nome). E a epstola aos Hebreus (ap esar de no te r sido rejeitad a do cnon do N .T .) quase universalm ente rejeitad a como epstola escrita por Paulo. (Quanto a detalhes sobre essas declaraes, consultar as introdues a cada uma dessas ep sto las). DE modo g eral, -nas pesquisasm ais recen tes, a ateno se tem desviado da autoria das epstolas para outras questes. Por exem plo, costum a-se discutir sobre a form a original das epstolas ou a sua unidade essen cial. Teria sido e scrita realm ente aos crentes de Roma a cham ada epstola aos Rom anos? Nesse caso , por que alguns m anuscritos omitem as p alavras A to d o s...q u e e stais em R o m a ... , em 1:7, e ...e m Rom a, em 1 :1 5 ? Qual te ria sido a form a original dessa epstola, ponque alguns m ss contm m ais de uma doxologia finalizado ra. Por exem plo, a doxologia em Rom. 1 6 :2 5 -2 7 se encontra em L, 1 0 4 ,1 1 7 5 e no Sy (h ), em 1 4 :2 3 , ao passo q ueos mss A , P , 5 e 3 3 , alm de algum as tradues arm n ias, tm -na em am bos os lugares. 0 antigo ms P (4 6 ) tem -na som ente aps o cap. 15. Teriam sido e scritas duas epstolas uma mais longa e outra m ais b reve, que eventualm ente foram combinadas para form ar uma s, deixando incerto o local exato da doxologia? (V e r os te xto s em foco, quanto s respostas exp erim en tais). Nas epstolas aos C o rntios, alguns eruditos distinguem nada menos de quatro epstolas d ive rsas, que eventualm ente foram combinadas para form ar som ente duas. (V e r a introduo a I C o r., quanto aos d etalh es). Os m elhores m ss de Efsios no trazem as palavras em feso , em 1:1 dessa epstola. Foi essa epstola realm ente e scrita aos crentes de feso , ou te ria ela sido, originalm ente uma circu lar enviada s igrejas da sia M enor, sem qualquer designao especfica quanto ao destino? Como as p alavras em feso vieram a fa ze r parte do texto . (V er a introduo a essa epistola e as notas textu ais em 1 :1 ). Essas questes so expostas aqui a fim de dar exem plos, ao leito r, sobre os tipos de problem as que so discutidos nas introdues s epsto las, bem como na exposio geral. 3 O Servo de Cristo AS EPSTOLAS DE PAULO freqentem ente apresentam -no como sorvo escravo de C risto . No original o term o usado doulos, e geralm ente tem sido mal traduzido por servo , e no pela sua traduo m ais e xa ta , escravo . Paulo usou um term o fo rte a fim de indicar que ele fora comprado por bom preo, porquanto, tendo sido antes um homem indigno, por te r perseguido e morto aos crist o s, a sua divida era im ensa e insolvel. Sua vida toda, da converso por d ian te, foi um esforo por contrabalanar suas ms aes, e disso se originou uma dedicao que tem inspirado o mundo inteiro durante sculos, e que tem sido eternam ente usada, em serm es, como ilustrao do discipulado cristo . Todo aquele que chamado para perto do Senhor, o M estre, to rn a - s e um e s c ra v o com o P a u lo (c o n fo rm e in d ica d o em I C o r. 3 :2 3 e 7 :2 2 ,2 3 ), e isso form a a idia bsica do discipulado totalm ente dedicado que Paulo requer dos seguidores de C risto . 0 Senhor (tal como os senhores de e scravos) exerce direito s absolutos sobre todo pensam ento, am bio, p alavra, ao e alvo das vidas de seus escravo s. Outro tanto se aplica liberdade de ao dos escravos,- m as, segundo a concepo paulina, estar verdadeiram ente livre ser escravo com pleto de Je su s, pois ento que o crente encontra a verdadeira liberdade de alm a, alm de completo livram ento do pecado e de seus e feito s, sem fa la r na com pleta transform ao segundo a imagem de C risto . Paulo descreve o pecado como um carecer da glria de Deus (Rom , 3 :2 3 ), e com isso ele revela a sua correta atitude para com o pecado. O pecado a degradao da personalidade hum ana. Os homens foram criados para coisas exa lta d a s, para serem exaltados acim a dos prprios anjos, porque, ao serem transform ados segundo a imagem de Cristo (ver Ef. 1 e Rom. 8 ), tornam -se, realm ente, superiores aos anjos. O pecado a m arca da humanidade envilecida, no transform ada segundo o modelo divino. O verdadeiro escravo de Je su s progride muito m ais rapidam ente no caminho da absoluta transform ao segundo a imagem de C risto , e isso contribui para a verdadeira glria de Deus. Aqueles que persistem no pecado, portanto, carecem dessa glria. O verdadeiro escravo do Senhor, por conseguinte, , realm ente, um homem lib erto, pois som ente no cumprimento de seu destino que o homem libertado de seu estado inferiorizado pelo pecado. AOS SEUS ESCRAVOS que C risto ensina o seu am or, e ento que aprendem os a 37. PAULO m ansido, a graa e a gentileza de C risto. (V er II Cor. 1 0 :1 ; Rom. 12:1 e I Cor. 1 :1 0 ). Aos seus escravos que C risto transm ite os pensam entos de sua mente (Fil. 2 :1 - 1 8 ), e isso fa la de certa comunho m stica com o Senhor ressurrecto e assento ao cu. P ara Paulo, esse com panheirism o era muito real, e ele procurou tran sm itir o se n tid o d e ssa e x p e ri n c ia ao s d isc p u lo s de Je s u s . Com g ran d e fr e q n c ia , expresses tais como em C risto e mente de C risto, so term os vazios para a igreja moderna, porque tem os perdido de vista o sentido dessas coisas. E temo-lo perdido no nos nossos estudos de teologia, ou nos livros im pressos, ou nos serm es falad o s, e , sim , na experincia e na realidade dirias. Paulo ensinava a obedincia da f , porquanto a f em C risto era vista pelo apstolo como uma realidade v ita l, como uma transm isso da prpria vida de Deus, atravs da pessoa real, v iv a , a tiva e com unicadora chamada Esprito Santo. 0 apstolo Paulo com parava-se a uma ama que cuidava ternam ente de in fan tes, ajustando a dieta dos m esmos s suas necessidades e capacidades. (V e r I Cor. 3 : 1-3 e I Tes. 2 :7 ) . Tambm com parou-se quele que apresenta uma noiva ao seu noivo. (V er II Cor. 1 1 :2 ,3 ). Paulo, igualm ente comparou a igreja ao campo de D eus, onde ele trabalhava a fim de produzir fru to s. D essas e de outras m aneiras, Paulo demonstrou quanta dedicao se exige desse servio absoluto a Cristo. Acim a de tudo, o apstolo esclareceu que o am or de Deus exige tais sacrifcio s. (V er Rom. 5 :5 ; II C o r.5 :1 4 ). M ostrou, ainda, que antes de sua converso traara uma trilha de violncia, dio e homicdio, e justam ente contra aqueles que menos m ereciam tal tratam ento isto , os cristo s. Mas eis que o am or de Deus, a tra vs de C risto, m odificara tudo isso, e foi justam ente esse am or que o tornara escravo de C risto , posio na qual Paulo se sentia verdadeiram ente livre. Desde que fo ra conquistado por esse am or, ele que p assara a receber os golpes violentos da parte de homens mpios e desarrazoados. Por conseguinte, quando contem plam os ainda que superficialm ente a vida desse homem, compreendemos por que m otivo os tradutores no tm sido capazes de tradu zir o term o douios por escra vo , preferindo um vocbulo m ais suave, como servo . Infelizm ente, nossas vidas tambm refletem essa substituio. Nesse exem plo de total consagrao causa do Senhor encontram os uma das significaes da vida de Paulo. 4 . O Apstolo a o i Gentios O U TR A DAS G RA N D ES S IG N IFIC A E S da v id a de Paulo o fato de que ele represen tava aquele princpio da nova religio revelada que no somente aceitava os pecadores, os publicanos e os desprezados, mas que tambm lhes prom etia um destino m ais elevado do que qualquer coisa exposta pelo judasm o. Em seu carter essencial (pelo menos at os tem pos h elen ista;) o judasmo tm sido uma religio te rre n a, com alvos e prom essas terreno s. 0 cristian ism o, porm, volta-se para as coisas da outra vid a, e essa atitud e, em seu ensino acerca da total transform ao do crente segundo a imagem de Je su s, o M essias, o Senhor eterno, que, aos olhos dos judeus, inspirava aos gentios pretenses e ambies jam ais ouvidas. Paulo to rn o u -se o p o rta -v o z m a is p ro e m in e n te d e ssa no va m e n sa g e m , send o bem reconhecido ofato de que somente Paulo expe, com clareza e porm enores, a mensagem central da posio e do destino da ig reja, que declaradam ente, e na realidade, viria a ser essencialm ente uma igreja gentlica. PAULO SE OPUSERA AM ARGAM ENTE a essa m ensagem , at mesmo quando ela ainda e stava em sua form a p rim itiva, nas mos dos outros apstolos, antes das grandes revelaes que encontram os em Rom anos, em Efsios e em Colossenses, as quais, verdadeiram ente, deram igreja crist a sua definio fin a l. Paulo no podia aceitar antes da sua converso, e at mesmo abom inava, uma mensagem que falava de um M essias que foro crucificado e que re ssu scitara. Aquele filho de Benjam im , o fa rise u , era por dem ais astu to para no ser capaz de discrim inar o possvel impacto que esse M essias crucificado e ressu rrecto haveria de impor comunidade judaica. utrossim , certos porta-vozes da nova religio tinham anunciado publicamente que Deus ab-rogara as exigncias da lei antiga, tais como a circunciso, a justia mediante a observncia da lei, e os sacrifcio s no tem plo, porque tudo isso eram smbolos que haviam sido cum pridos pelo M essias, o anttipo de todos esses tipos sim blicos. Alm disso, tambm haviam anunciado que esse mesmo M essias era Senhor de todos, e que em breve estabeleceria o longam ente esperado Reino de Deus, e que a nao judaica, como um todo, corria o perigo de perder a participao nesse reino. Sendo fariseu , Paulo sentia repugnncia por tais ensinos, e , em seu zelo pela justia que lhe parecia au tn tica, que ele reputava e sta r exclusivam ente na lei e nos ritos que saturavam o ju d a sm o , to rn o u -se o m a is te m v e l o p o sito r do c ris t ia n is m o . No h a v e ria de descansar enquanto no desaparecesse da face da te rra o ltimo vestigio dessa nova h eresia. Sabia ao que fazia oposio, e por quais m otivos. MAS EIS QUE, REPENTINAM ENTE, o prprio Jesu s resolveu in te rfe rir na loucura do jovem , apanhando-o no ato de in te n sificar os seus violentos esforos de derrubar a igreja. A experincia m stica de Paulo, pois, purificou-o e m odificou-o, mas deixou perfeitam ente intacta a sua natureza ardente e zeloso A princpio, Paulo podia pregar apenas a mensagem m essinica, pois at aquele ponto ainda no recebera m aiores luzes sobre o sentido da m orte de C risto, as vastas im plicaes de sua ressurreio e ascenso. Por isso que, em Dam asco, ele pregou que Jesu s era o M essias. provvel que em sua retirad a para a A rbia tenha recebido as vises prelim inares e as revelaes que o equiparam para a ta re fa de quarenta anos que tin h a a su a fr e n t e . O tre c h o de G l. 1 :1 4 ,1 5 in d ica que um dos in g re d ie n te s essen ciais das revelaes recebidas por Paulo que o seu m inistrio seria entre os gentio s. Posteriorm ente, no conclio efetuado em Jerusalm (sobre o qual lemos no segundo captulo da epstola aos G la ta s), vem os que a sua m isso especial foi reconhecida e aprovada pelos dem ais apstolos. D essa form a, Paulo lanou-se ao cum prim ento do grandioso desgnio de Deus, como nem mesmo os profetas da antiguidade haviam imaginado. Alguns deles tinham p revisto a salvao dos gentios, mas as indicaes acerca da igreja a noiva de C risto so escassas no V .T .; e mesmo assim foram expostas de form a velada, em tipos e som bros. 0 grande propsito do oitavo captulo de Romanos e do prim eiro captulo de Efsios jam ais havia sido exposto por lbios judeus antes de Paulo. P A U LO A PREN D EU Q U AL 0 P R O P SITO DA C R U Z , co n fo rm e e le e x p lic a no dcimo quinto captulo de I C o rn tias, onde se v que a expiao ali efetuada faz parte integral do plano geral do evangelho. Ele percebeu que o esforo humano jam ais poderia realizar o que foi realizado na cruz do C alvrio . E assim tambm os seus esforos an teriores, como fa rise u , assum iram um novo significado, pois em seus frenticos esforos para obter o justia prprio, m ediante a observncia da lei, Paulo recebeu uma lio perfeitam ente objetiva da total necessidade do justia que vem por meio de C risto. Posteriorm ente ele usou de sua experincia como lio objetiva (Fil. 3 ), pois ningum podia vangloriar-se de m ais obras na carne do que o jovem Paulo, M as foi exatam ente esse jovem que chegou a compreender que o destino do homem est nas mos de C risto . V iver corretam ente no o alvo principal do destino humano. Isso deve ser feito e ser fe ito por todos os verdadeiros discpulos de C risto , mas esso vida resu lta do transform ao do crente imagem m esm a de Jesu s C risto . Paulo passou da noo de que a vida aquilo que um homem fa z para a idia muito m ais elevada de que a vida aquilo em que nos tornam os m etafsica e m oralm ente transform ados segundo a imagem do Cam inho, que ao mesmo tempo o pioneiro do cam inho, e o prprio caminho que devem os palm ilhar. Paulo comeou a perceber que o destino humano uma longa e grande busca, que finalm ente conduz prpria presena de Deus, e aqueles que ali chegam so transform ados em seres que sero a prpria imagem de Deus im pressa neles, e que, de fa to , no sero menos santos do que o prprio Deus. Essa grandiosa e elevada mensagem tornou-se o grande poder impulsionador por detrs do zelo de Paulo, e ele foi por toda p arte do mundo gentlico com o intuito de proclam -la. Os captulos 9 a 11 da epstola aos Romanos consiste de revelaes concernentes ao destino de Isra e l, e base dessas revela es Paulo sabia que nao de Israel seria posta de lado por algum tem po, que a poca dos gentios deveria chegar ao trm ino de seu curso, at que toda a igreja tiv e sse sido cham ada. Por essa razo, passou a buscar ainda com m aior determ inao a salvao dos gentios, a fim de estab elecer a igreja, perm itindo, assim , que Deus tornasse a cham ar a nao de Isra e l, a qual, no fim , teria um destino um tanto diferente do da igreja. A CRUZ TAMBM SE REVESTIA de significao sim blica na m isso de Paulo como apstolo aos gentios. Significava sa crifcio , conformidade com a m orte de Cristo (ver Rom. 6 ), o que, por outro lado, significa no-conform ao com o mundo. A c r w fala de dor, de sofrim ento e de angstia em sua form a m ais intensa, e Paulo aceitava essas coisas como sinais de seu m inistrio. Por toda parte era assediado pelos r a d ic a is , e su a longa lis ta de s o frim e n to s , em II C o r. 1 1 :2 3 - 2 8 , m en cio n a espancam entos, muitos aprisionam entos (d o s quais tem os o reg istro de apenas alguns, talvez em nmero de tr s ), apedrejam entos, aoites com flagelos e com va ra s, naufrgios, perigos de assaltan tes e inundaes, fom e, exau sto fsico devido a trabalhos contnuos e rduos, frio e fa lta de vestes apropriadas. Acim a de tudo, pesava-lhe nas costas o fardo psicolgico do cuidado por todas as igrejas locais. Trazia em seu prprio corpo as m arcas do Senhor Je su s, tal como Jesu s le v a v a, em su a s m os e em se u s p s , os s in a is d os c ra v o s da c r u z . Is s o fa z ia p a rte da significao de Paulo como apstolo dos gentios. Era um autntico soldado da cruz, e exibia um discipulado de consagrao sem -par, que o mundo jam ais pde esquecer, e que ficou para sem pre gravado nas pginas das Santas Escritu ras, para escrutnio de todos. Paulo anunciou uma m ensagem d istin tiva, que fa la v a do exaltad o destino da humanidade, e foi um m ensageiro distinto dessa m ensagem , e desses dois fato re s que aprendem os um outro significado da vida de Paulo. 5 A Doutrina de Paulo A DESCRIO M AIS COM PLETA da doutrina de Paulo pode ser encontrada nas diversas centenas de pginas sobre suas epstolas, neste com entrio, cujos pontos c e n tra is so d is c u tid o s n a s in tro d u e s a ca d a liv r o . A q u i te m o s a p e n a s um a ten tativa de salien tar o carter central dessa m ensagem , em torno do qual tudo o mais subserviente. A reform a protestante salien tava a justia ou ju stificao m ediante a f e , nos sculos seguintes esse continuou sendo o fa to r controlador de toda interpretao dos escrito s de Paulo. Mui infelizm ente, os intrp retes no sondaram ainda com m ais profundidade o pensam ento do apstolo, pois apesar dele te r salientado a'ju stia e a ju stificao , essas idias to-som ente so parte de uma mensagem m aior, pores necessrias, para dizer a verdade, m as apenas partes componentes de um grande plano. possvel que se os reform adores e aqueles que os seguiram tivessem tido mais com preenso, a igreja atual ta lvez com preendesse melhor a descrio do grande evangelho de Paulo. D esafortunadam ente, porm, a igreja tem estacado mais ou menos onde a reform a a deixou, e mui raram ente o evangelho com pleto de P a u lo p reg ad o na ig re ja co m u m . No s e r iss o um d os m o tiv o s p a ra a intranqilidade? M uitos no se sentem desassossegados e , algum as ve ze s, at mesmo fam intos de inform aes pertin entes inquirio e sp iritu al? Sim , parece que o povo evanglico anela por uma mensagem m ais profunda, por uma te n ta tiva m ais profunda de compreender por que estam os aqui e para onde nos dirigim os. Paulo nos d essa inform ao, mas esta d ificilm ente pregada. Certam ente que a salvao m ais do que o perdo dos pecados e a mudana de endereo para o cu. Porm , com que freancia ouvim os prdicas que vo alm d isso? Seria declarao pordem ais ousada dizer que o evangelho de Paulo, na sua form a com pleta, raram ente pregado na igreja moderna? Homens como L. U steri (1 8 2 4 ) e A .F . Daehne (1 8 3 5 ) explicaram Paulo em term os da ju stia im putada, segundo ensinado na epstola aos Rom anos. Em contraste com isso, H .E .G . Paulus salientou a nova criao e a san tificao (conform e se v em passagens como II Cor. 5 :1 7 e Rom. 6 ). Grande discernim ento foi exposto por Pouius, o qual declarou que o f em Je su s, sig n ifica, na anlise fin a l, a f de Je su s. E que coisa adm irvel seria se pudssem os aprender esse conceito, pois nos conduziria a uma com preenso m ais profunda do apstolo Paulo. Im aginem o-nos, por um momento, a exercer realm ente a f de Je su s, a mesma f que ele e xe rcia . Porm , isso im p o s s v e l, a m en os que se ja m o s p e s s o a s com o J e s u s , m o ra lm e n te transform adas para serm os como ele era. No obstante, avanar da f em Je su s para a f de Je su s, foi um discernim ento que a reform a no doou igreja, e que a igreja atual s pode explicar e com preender da m aneira m ais nebulosa. F.C. BAU R, que interp retava base do arcabouo do idealism o de Hegel (1 8 4 5 ), procurou prim eiram ente com preender a Paulo em term os do Esprito, dado m ediante a u n i o com C ris to , a t r a v s da f e t a lv e z , um ta n to in c o n s c ie n te m e n te , e le conseguiu notvel avano na interpretao , pois no re sta a menor dvida de que o E sp rito a g ra n d e c h a v e p a ra o cu m p rim e n to do te m a c e n tra l de P a u lo . P o r sem elhante modo, a idia da unio com Cristo im portante, embora esse conceito m stico tenha geralm ente desaparecido dos serm es da igreja e da literatu ra da Escola Dominical. A despeito de Paulo te r sido um m stico, parece que o m isticism o 38. 14 PAttp tem catdo no esquecimento. ou mesmo tenha sido geralmente reteitoo Enlreitnlo, flaur mas larde retrocedeu voltou ao padro estabelecido pelo relortno, dividindo as div i r u i doutrinai paulinos tm compartimentos. sem qualquer tentativo da vi-los como um conceito unificado Muitoi outros escritores seguirom t i u padro, ingenuamente pensaram que. ao descreverem indivduoImanta 01 diversas doutrinas, hovicm, ao mesmo tampo, exposto 0 pensamento da Poulo R A LIPSIUS (1 053) dau um gronda posso (ranta quando reconheceu 0 redeno como a grande principio wiificodor no doutrina da Poulo, e dafiniu lambm dois ponto* da visto: a |iH ca (o justiflcoo) a 0 tica (0 nova crioa) Seguindo m u orientaoo. Harmonn Luademam, am lau livro The Anthropdogy of ha A poitla Paul ( I 8 7 2 ), concluiu qua os dois lados do redeno raolmanta rapouiom sobre esses doisospeetasda natureza humano Do ponto da vista |udaica> antariar da Poulo (Glalas a Romanos I -4),a redeno aparea como um veredicto judicial da inocncia; mas, para o Paulo mais madura (Romanas 5 - 8 a Ef. '), 0 redeno surge como uma transformao tko-flsica da carne poro a espiritai, mediante a camunbo com o Espirita Santa. A fonte da primeira idia i a morte da Crista e 0 nossa participao nessa marte A fonte da segunda idia a ressurreio de Cristo e o nossa participao nessa ressurreio, com sua implicao de um tipo da vida nova e transformada Ridm d Kabisch recuou ao supor que essa redeno visa unicanente a livrar a alma do julgamento vindouro Pois a destino humaio envolve muita moii do qua isso. emboro. ouvindo algum os sermes que geralmente se pregou nos i^ sjci, talvei no chegue a concluso mais elevado do que essa Albert Scfiweitier. seguindo os indicaes de Luedemam e Kcfesdi. desenvolveu umo sntese com a qual ensinava que Paulo tencionava que Sua redeno* fo su principalmente co t algico, isto . um fim dos acontecimentos mundiais Mas a fato que 0 sepvdo capitulo da epstola aos fillpanses controdii essa posio, camo tombm 0 quinto capitulo da segunda epistolo oos Carlntios E tambm errou ao pensar que pasto que 0 mundo na terminou im edialam enra, conforme Paula pensava, passou a apstolo o expor um misticismo fsico, na qual os sacramentos, atravs da mediao do Espirita Santo, servem de mediador do ressjrreia da Cristo e de seus efeitos sobre a crente Misticismo, sim; mas misticismo fsica, atravs dos elementos fsicas dos sacramentas, jamais Nada poderia estar mais distante do pensamento de Paulo, porque ele sempre destacou a puramente espiritual em detrimento do fsica. Tinha razo, todavia, aa supor que Paula ensinou que a unio com Crista, nesta vkfci, atravs do Espirito, assegura ao crente a participao na ressurreio espiritual da Cristo, quando de sua parausio. 0 GRANDE TEMA CEMTRA1 DE PAULO qual ele? a salvao Mas um ponta de itt* muito da salvao O (panda tema de Paula soterlolgico. a. u o quisermos, bem podamos uscr 0 termo redeno, pois isso diz exotomente a mesma caisa Que espcie de salvao Paulo ensinava? Permitamos que os versculos seguintes falem per si mesmos: Assim como nas escolheu nele antes da fundao do mwido, paro sermos tantas e irrepreensveis pensite ele; e em amar nos predestinou para ele, paro 0 odofio de filhos, par melo de Jesus Cristo, sepmdo 0 beneplcito de sua vontadi e qual a supremo pandeza do seu poder poro com 0 qua creme1 . segundo o eficcia do seu poder; 0 qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-a dentre os mortas, e fazjndo-o sentar A sua direito nos lugares celestiais, acima de lodo principado, e potestade, e poder, e domnio e de todo nome que se possa referir, no ib no presente sculo, mas tambm na vindouro. E pie iodos as cousas debaixo dos seus pis, e, pera ser o caSea sobre todas as cousas, o deu d igreja, a qual a sau corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todos as cousas (Et 1:4 ,5,19-23). Pois todas os que so guiados pelo Espirita de Deus so filhos de Deus . o prpria Esplrilo testifica com a nossa espirito que somos filhos de Deus. Ora. se somas filhas, somos tambm herdeiros, herdeiras de Deus e co-herdeiros cam Crista: se com ele sofrermos, para que tanbm cam ele sejamos glorificadas, a ardente expectativa da criao ogixrdo a revelao dos filhos de Deus gememos em nossa Intimo, aguardando 0 adoo de filhos, a redeno do nosso corpo Sabemos que lados as cousas cooperam pora a bem daqueles 91a amam 0 Deus. daqueles que so chamados segundo a seu propsito Porquanto aos que de antemo conheceu, tambm os predestinou pare serem e e e lin e taegeai de seu Filho, 0 fim de que ele se|o 0 primognito entre muitos Irmos. E aos que predestinou 0 esses tambm chamou, e oos que chamou, e esses tombm justificou; e oos que lustificou, a esses tambm glorificou., nem altura, nem profundidade, nem qualquer outro criatura poder separar~nos do amor da Deus. que est em Crislo Jesus, nosso Senhor (Ram 8:14,16,19,28-30.3?]. A PARTICIPAO NA IMAGEM METAFlSICA de Cristo indica o participao na eeteieie IM ee segmdo Cal 2:9,10 mostro claomente (ver tambm Efs 3 1 9 ) Ver 0 extensa exposio sobre aqueles versculos, onde traada a doutrina no histria eclesistica e na teologia Participamos da nature