muro de berlim: o comunismo e o cigarro

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"Depois de Hiroshima, fiquemos alerta - alerta em duplo sentido: Desde Auschwitz nós sabemos do que o ser humano é capaz". Viktor Frankl O comunismo e o cigarro Há 25 anos caía o Muro de Berlim. Sua existência e queda são excelentes para testemunharmos, em um print, o legado do Comunismo e do Livre Comércio. É também visual a diferença entre ambos. O muro de Berlim foi uma tragédia em quase tudo, foram quase três décadas de existência e durante esse tempo o muro dividiu a cidade de Berlim em duas bandas, sendo que o contraste da parte comunista e capitalista se revelou de forma assustadora após a queda do muro. De um lado era cinza, austero e escasso e, do outro lado, era colorido, transigente e variado. No print da queda do Muro de Berlim o que unia o contraste das bandas era a alegria do povo a comemorar. A implantação dos regimes Comunista e Capitalista em Berlim faz lembrar uma gincana, onde dois grupos executam uma tarefa em um determinado período de tempo e a queda do muro de Berlim apresenta o resultado dos dois estilos de regime de governo. Os regimes comunista e capitalista foram impiedosamente contrastados. Tanto que depois da implantação dos dois regimes de governo, foi preciso construir o Muro de Berlim para barrar a fuga de cidadãos do regime comunista. Fuga natural, afinal, como dizia o genial carnavalesco Joãosinho Trinta: “Quem gosta de miséria é intelectual”. Intelectual comunista é bom emendar.

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Page 1: Muro de Berlim: O comunismo e o cigarro

"Depois de Hiroshima, fiquemos alerta - alerta em duplo sentido: Desde Auschwitz nós

sabemos do que o ser humano é capaz". Viktor Frankl

O comunismo e o cigarro

Há 25 anos caía o Muro de Berlim. Sua existência e queda são excelentes para

testemunharmos, em um print, o legado do Comunismo e do Livre Comércio. É

também visual a diferença entre ambos. O muro de Berlim foi uma tragédia em

quase tudo, foram quase três décadas de existência e durante esse tempo o

muro dividiu a cidade de Berlim em duas bandas, sendo que o contraste da parte

comunista e capitalista se revelou de forma assustadora após a queda do muro.

De um lado era cinza, austero e escasso e, do outro lado, era colorido,

transigente e variado. No print da queda do Muro de Berlim o que unia o contraste

das bandas era a alegria do povo a comemorar.

A implantação dos regimes Comunista e Capitalista em Berlim faz lembrar uma

gincana, onde dois grupos executam uma tarefa em um determinado período de

tempo e a queda do muro de Berlim apresenta o resultado dos dois estilos de

regime de governo. Os regimes comunista e capitalista foram impiedosamente

contrastados. Tanto que depois da implantação dos dois regimes de governo, foi

preciso construir o Muro de Berlim para barrar a fuga de cidadãos do regime

comunista. Fuga natural, afinal, como dizia o genial carnavalesco Joãosinho

Trinta: “Quem gosta de miséria é intelectual”. Intelectual comunista é bom

emendar.

Page 2: Muro de Berlim: O comunismo e o cigarro

Lembro-me da queda do Muro de Berlim. Estava recém saído da adolescência

e, naquela época, gastava meu rico dinheirinho com cigarros Hollywood para

aprender a fumar e com livros do intelectual Karl Marx na tentativa de ser

comunista. Achava sensacional ser comunista e fumante. E quando conheci os

primeiros filiados e seguidores do partido comunista tive a impressão que seria

mais fácil ser “comuna” do que aprender a fumar. É que os novos amigos

simplesmente não liam Marx, Engels e Stalin, ou pior, parecia que a maioria não

lia nada. Então, para que um jovem aprendiz fosse aceito no grupo bastava

mimetizar o Style Market e os jargões esquerdistas: “companheiro”, “camarada”,

“elitista”, “burguês”, além do que vestir roupas despojadas. Bastava parecer

comunista. Ah, e fumar cigarros! Mesmo pigarreando muito. Naquele ambiente

até um asno aprendia pela repetição.

Aprendi e desaprendi a fumar cigarros. Atualmente, sou ex-fumante e não

pretendo deixar de ser. Mas, não sou ex-comunista pois nunca fui. Até hoje leio

Marx, e sobre Marx, apesar não ser mais o autor que prefiro. Recentemente uma

colega doou livros e solicitei para meu acervo todos de Karl Marx. Ela é amiga

recente e se surpreendeu com o meu interesse pelo marxismo. Leio Karl Marx

pelo viés da educação, e só. Diferente da obra de Paulo Freire que consigo

praticar em outros ambientes além da educação. O marxismo nunca –

absolutamente! – enquanto regime de governo.

Não é preciso levar uma queda na calçada para confirmar se dói. E o Brasil não

precisa passar por regimes comunistas ou bolivarianos para saber que não são

bons para nós. Somos melhores e mais criativos que esses regimes. Mas,

estejamos alertas, há quem discorde cegamente disso. Por enquanto, temos

liberdade de expressão para alertar que esses regimes de governo são capazes

de criar muros e nos deixar em tom de cinza também.

“Orai e vigiai”, amigos!

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