motonews - 7ª edição

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ANO I - EDIÇÃO 07 GOIÂNIA, AGOSTO DE 2013 Motoclubes Eventos Musa da Moto Muthantes Moto Capital & Evento Biker Gisa Gomes Considerado um dos maiores motoclubes de Goiás, tem em seu lema o respeito e a li- berdade de ser moto- ciclista. Veja matéria completa nesta edi- ção. Nesta edição, Charles “Chuck” Saedt discor- re sobre o maior evento moticlístico do Centro- -Oeste, o Motocapital, que acontece em Brasí- lia-DF todos os anos. Veja, também, como foi o Evento Biker, organi- zado por Macaco, que aconteceu na Cidade de Goiás, no final de Agos- to: uma tradição. COLECIONÁVEL “BÚFALA” conceito goiano de tirar o fôlego Fotos: Hely Rodrigues Maquiagem e figurino: Dhu Agradecimentos: Marcus Biancardini DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Jornal publicado em Goiânia-GO.

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Page 1: Motonews - 7ª Edição

Ano I - EdIção 07GoIânIA, AGosto dE 2013

Motoclubes

Eventos

Musa da Moto

Muthantes

Moto Capital&Evento Biker

Gisa GomesConsiderado um dos maiores motoclubes de Goiás, tem em seu lema o respeito e a li-berdade de ser moto-ciclista. Veja matéria completa nesta edi-ção.

Nesta edição, Charles “Chuck” Saedt discor-re sobre o maior evento moticlístico do Centro--Oeste, o Motocapital, que acontece em Brasí-lia-DF todos os anos.Veja, também, como foi o Evento Biker, organi-zado por Macaco, que aconteceu na Cidade de Goiás, no final de Agos-to: uma tradição.

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Fotos: Hely RodriguesMaquiagem e figurino: Dhu

Agradecimentos:Marcus Biancardini

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Page 2: Motonews - 7ª Edição

2 Agosto de 2013

expediente

Diretor GeralMozart J. Fialho

(62) 9361-9456

Direção de ArteArgus Wolf

ColaboradoresAllysson Maia(revisão)

Charles “Chuck” Saedt (dicas de mecânica)

João Gabriel Brito (charges)

Departamento ComercialKarla Cristina Costa (62) 9188-4042

Mozart J Fialho (62) 8126-4058

Impresso por:

Tiragem: 3500 exemplaresDistribuição Gratuita

Editorial

O melhor de se fazer um jornal, es-pecialmente, aquele feito por paixão ao as-sunto focado, é poder conhecer ou estar em contato com pessoas que, de uma forma ou de outra, colaboram para que seu objetivo seja alcançado. São pessoas interessantes, inteligentes e, normalmente, de bom coração, que auxiliam em sua luta, não o dei-xando sozinho nos momentos mais “desesperadores” - e, muito menos, nos melhores momentos, claro. De imediato, reforço aqui meus agradeci-mentos ao fotógrafo Hely Rodrigues, já um grande parceiro desde a quinta edição, assim como Djane Franco, Lorena Cantanhede, Guilherme San-tos, Rubens Vaz, gente que tem dado seu suor e paciência na produção das capas de cada edição (e que, confesso, não é fácil e nem barato), e ao músico goiano e gênio criativo Marcus Biancardini, um dos novos amigos que tenho feito graças a este jornal. De público, agradeço a todos eles pelo apoio e suporte dados.

A capa desta edição traz duas belas máquinas: a nova Musa da Moto, Gisa Gomes (obrigado, querida, pela paciência e pelo profissionalismo), e a motocicleta conceito totalmente goiana, imaginada e criada por gente daqui. Ao ver a moto na garagem, recém-finalizada, não pude conter o desejo de ornamentar nosso jornal com a joia criada por Biancardini. Saibam mais sobre o trabalho e a motocicleta nas páginas 4 e 5.

Em uma sessão ousada e pro-fissional, envolvendo o talento de Hely Rodrigues, o make-up Dhu e a simpaticíssima Poliana Sasi, as fo-tos foram feitas em uma construção “abandonada” e já sendo marcada pelo tempo, localizada no Morro do Mendanha. A sessão de fotos foi sensacional e tudo colaborou para o resultado que vemos aqui nestas páginas e também no site. Obrigado a toda aquela equipe maravilhosa.

Na conversa sobre motoclubes, nesta edição, temos os Muthantes, clube já com vários anos de estrada e que têm, no lema, a liberdade, o respeito e a paixão pelo motociclismo.

Confira, também, a reportagem de Charles “Chuck” Saedt sobre o maior evento motociclístico do Centro--Oeste e um dos maiores do Brasil, o Moto Capital, realizado em Brasília, no último mês de julho.

Motoabraço!Mozart J. Fialhowww.jornalmotonews.blogspot.comwww.facebook.com/jornalmotonews

RapidinhasVictory no Brasil?

A Victory Motorcycles, empresa que produz as famosas Indian Vic-tory, apresentou, recentemente, suas novidades para 2014. Uma delas é o design 8-ball (bola oito), com acabamento em preto e deta-lhes mais “sombrios”. A moto, no entanto, ficou cerca de 800 dólares mais barata, com essa mudança. Agora, a melhor parte: quem re-presenta a marca no planeta é a Polaris, já conhecida no Brasil por seus quadriciclos. Há fortes sus-peitas de que a Polaris esteja tra-zendo as magníficas Victory para cá.Fonte: www.zuun.com.br

Harley 500 ccDe olho em um mercado diferen-ciado, a Harley-Davidson pode estar lancando uma versão menor de seus motores, cuja porta de en-trada ainda é o de 883 cc. Pois é, mas, não adianta a gente se empol-gar, porque o mercado em questão é o indiano. Isso mesmo, na In-dia, tudo tem que ser comedido. A ideia é atrair um público maior com versões mais baratas dos pro-dutos (isso é válido, especialmen-te, para motos e celulares, devido à acessibilidade e mobilidade que abmos promovem). Boatos dão conta de que a Harley, pensando nisso, estaria desenvolvendo uma motocicleta de 500 cc para aquele mercado. O bom é que, se der cer-to, irá tornar a marca ainda mais popular do que já está se tornan-do. O ruim é, justamente, o fato de estar se tornando popular demais.

Não recebeu o boleto do Detran?

Se seu IPVA e/ou Licenciamen-to estão por vencer e você ainda não recebeu o boleto em sua re-

sidência, há duas outras formas de adquiri-lo: pelo site do Detran (http://www.detran.go.gov.br/), ou pelas agências do Vapt-Vupt. O importante é não deixar passar o prazo, muito menos achar que, de-vido a essa não entrega domiciliar, você estará isento do imposto.

Honda mexe no visual e estrutura das CGs

Pesando 3,8 kg a menos e com maior rigidez em seu chassi, as novas Hondas CG 125 Fan, 150 Titan e 150 Fan sofreram também alterações em seu visual, trazendo novas cores e um ar mais espor-tivo no conjunto. Os motores, no entanto, não foram modificados, mantendo as versões flex com in-jeção eletrônica nas 150 e carbura-do a gasolina na 125.Preços sugeridos:CG 125 Fan KS: R$ 5.490CG 125 Fan ES (partida elétrica): R$ 6.100CG 125 Fan ESD (partida elétrica + freio a disco): R$ 6.250

CG 150 Fan ESDi: R$ 6.750CG 150 Titan ESD: R$ 7.320CG 150 Titan: R$ 7.830

Concurso Musa da MotoO concurso Musa da Moto está ficando cada vez melhor. O final será um belíssimo evento prota-gonizado pelas máquinas e pelas lindas garotas que estão fazendo brilhar as capas de nossas edi-ções. E mais novidades vão surgir. Se você acredita que possa fazer parte deste time, inscreva-se hoje mesmo. Informações e inscrições pelo e-mail:[email protected]

Apoio:

7ª Edição - Ano I - Agosto de 2013

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Redação Alameda dos Buritis, 520 - F. 3941-5485 - Goiânia - GO

www.jmotonews.wix.com/motonews - www.facebook.com/JornalMotoNewsDistribuição gratuita na grande Goiânia e cidades do entorno.

Page 3: Motonews - 7ª Edição

3Agosto de 2013

MUTHANTESMotoclubes

Os motoclubes, em sua maioria, são um dos obje-tivos de quem geralmente quer levar o motociclismo

mais a sério, comprometido com o bem estar de cada um, com sua se-gurança e, claro, com o ideal de liber-dade e companheirismo. Irmandade seria a palavra mais certa, já que, com o passar do tempo e a convivência, os integrantes acabam se conhecendo melhor uns aos outros e aquele clima de “família motorizada” vai tomando conta dos pensamentos de cada um. As viagens são a suma dos motoclu-bes: pegar a estrada por motivos vá-rios, mas, especialmente, para visitar outras facções, outros clubes, ou mes-mo, para curtir o vento na cara.

O Jornal Moto News traz, nesta edição, um pouco mais sobre essa cultura motociclista, com uma entre-vista feita com um dos maiores moto-clubes de Goiás e do Brasil: Muthan-tes GAM.

O grupo foi fundado em 23 de mar-ço de 1995, tendo como peças impor-tantes para seu surgimento pessoas interessadas em ter uma referência, uma origem, um nome: Raulier, Jaime, Luiz Arnaldo, Maurício, Jean e Sandro foram os responsáveis por dar vida ao Muthantes. A sede do clube localiza-se na Vila Nova, atrás do Parque de Exposições Agropecuárias, em Goiânia, onde há um bar muito agra-dável, aberto às quintas-feiras, e ponto ideal para receber outros amigos motociclistas e simpatizantes do movimento. Para quem curte um bom rock ‘n roll, é também o lugar ideal.

Este ano, fizeram sua festa estre os dias 7 e 9 de junho, em um recan-to recreativo na cidade de Nerópolis, próximo a Goiânia. O evento foi um sucesso e contou com a presença de motociclistas não só de Goiânia, como do DF e de estados mais próximos. Quem foi, só prestou elogios.

Apesar de usarem a abreviatura GAM (de Grupo de Amigos Motoci-clistas), o Muthantes segue as mesmas regras e hierarquias de um MC (Moto Clube), mas por que, então, usar a primeira sigla? “Problema de registro”, segundo Leandro Alves, um dos seus integrantes e peça impor-tante na diretoria do clube. De acordo com ele, o clube usou a sigla GAM, no início, até que pudessem fazer o registro. Coisa que foi feita antes por outro motoclube, de outro estado, fazendo com que eles mantivessem o GAM em seu nome. “Mas, a nossa ideologia e princípios são de um MC”, completou Leandro.

Como todo motoclube sério que se preze, o Muthantes possui também seus regula-mentos, hierar-quia (como já foi dito), contando com presidente, diretores, líderes e os coletados, sendo “próspe-ro” todo aquele novato no gru-

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po. Dessa forma, a organização interna, bem como os rumos dados ao motoclube, ficam bem mais evidentes e centradas. De qualquer outro jei-to, não há grupo de pessoas que resista por muito tempo, pois tende ao “descompromisso”. E, motoclube, meus caros amigos, é compromisso.

Assim como acontece em outros motoclubes, há integrantes profis-sionais em diversas áreas. O presidente dos Muthantes, Luiz Arnaldo, por exemplo, é agropecuarista. Leandro Alves, funcionário público (trabalha como Assessor Parlamentar na Assembleia Legislativa de Goiânia). Há, também, entre os seus integrantes, torneiro, policial, advogado, empresá-rio, dentre outros profissionais, ou seja, bem diferente do que muitos lei-gos imaginam que seja um grupo de motociclistas. “Aqui, não tem gente à toa ou bardeneiro. Há pessoas com ideais comuns, que é a liberdade como estilo de vida”, disse Leandro.

Em relação ao movimento motociclista, especialmente, aqui no cer-radão do Centro-Oeste brasileiro, parece haver uma unanimidade, que também é compartilhada por outros motoclubes: “a interação ainda deixa a desejar, mas a coisa está evoluindo. Os conceitos estão mudando, e isso é muito bom para o motociclismo em geral”. Com essas palavras, Leandro sustenta que os integrantes dos vários motoclubes estão procu-rando maior e melhor interação, apesar de ainda faltar um pouco mais de interesse por parte de alguns motoclubes. Por parte dos leigos, que em sua maioria ainda rotulam os motoclubes e seus integrantes com adjeti-vos, às vezes, absurdos, os conceitos aos poucos estão mudando, mas isso não chega a ser uma preocupação no meio. Até aquelas pessoas que adquirem uma motocicleta tardiamente passam a ver que, em grupo, a coisa é bem melhor, pois não se trata de “dar voltinhas de moto no fim de semana”, mas ter a moto como uma extensão de si mesmo; as novas amizades, as viagens inesquecíveis, os momentos de alegria - e também tristeza, por que não? - compartilhados são, no final, os prêmios que a gente recebe por fazer parte de um grupo sério de motociclistas.

Para finalizar a matéria, perguntamos o que é preciso, em Goiânia, especialmente, para tornar o trânsito um pouco mais seguro para todos: “Respeito em geral, tanto para o motociclista, quanto para o motorista. Respeito é tudo!”.

Um motoclube genuinamente goiano, que preza o respeito e a liberdade de ser motociclista.

Junho de 2013

Page 4: Motonews - 7ª Edição

4 Agosto de 2013

Exclusivo

Criatividade e Conceito

Fabulosa. Talvez, essa seja a palavra certa para definir a criação do violeiro Marcus Biancardini, um cara aparente-mente simples, formado em adminis-tração de empresas, mas que tem em si o espírito de um inventor. E dos bons, diga-se de passagem. Já foi entrevistado até por Jô Soares, devido, também, à sua intimidade com a viola sertaneja. Sim, Marcus Biancardini é músico por paixão, reconhecido não só em Goiás, como no Brasil inteiro e no exterior.

Mas, como nosso assunto é moto, vamos falar sobre a criação de Bian-cardini que, como disse no início desta matéria, é fabulosa. Ao se deparar com essa maravilhosa chopper, a primeira impressão que se tem é que aquela máquina saiu de um filme hollywoo-diano. E quase é, na verdade, devido ao seu porte e beleza. Todos os detalhes na motocicleta impressionam, mesmo com a surpresa no final, que é o motor. Como disse Biancardini, “ela não foi feita para rodar, mas para ser exibida, apresentada em eventos ou fazer parte da composição de fotografias ou filmes”. De uma coisa, podemos ter certeza: ela rouba a cena.

A Concepção

Para concebê-la, além da capacidade criativa, foram necessários: bastante força de vontade, bons relacionamentos, muita e muita paciência, inteligência, competência, “milhares de pessoas envolvidas”, nas palavras de seu criador, uma boa quantia de dinheiro (não revelada) e sete anos de espera, até que... ela ficasse pronta. Entre os que mais colaboraram para este feito, segundo Biancardini, estão: o escultor goiano Guará Xilocerrado; o “Michelangel” do aço, Wilmar Dias dos Santos; Divino Aerografia, que fez um excelente trabalho na pintura; e Adriano Brito de Morais, da Duas Rodas Motos, que, com sua habilidade profissional, cuidou da parte elétrica da moto. “Quando ele trabalhava com fibra (a carenagem), aqui na garagem do prédio”, diz sua mãe, dona Elizabeth, “era uma bagunça. Teve dias que

os vizinhos eram sur-preendidos, quando viam Marcus lavando seus carros, devido ao pó que se soltava.” E o resultado é este que o leitor vê nas fotos, tan-to da capa, com nossa musa do mês, como nesta matéria. Um show de motocicleta. Mas, todo o esforço foi, enfim, recompen-sado.

Pneus e estrutu-

ra

Os pneus desta moto conceito são algo curioso. O da frente é de uma Honda Twister 250. Até aí, tudo bem. Já o traseiro foi feito. Não é um pneu comercial, não se acha em lojas, mas concebido especialmente para a Búfala. Ele foi obtido a partir da junção de dois outros pneus, num processo semelhante à vulcanização. O resultado é um pneuzão de 40 cm de largura, de perfil baixo, encaixado numa roda também larga e feita em magnésio. Segundo Biancardini, não foi feito nenhum teste de rodagem com este pneu, mesmo porque, não havia essa preocupação ao construir sua moto de salão.

“Búfala”: um conceito bem goianoA uma boa ideia, devem vir juntos: boa vontade, bons relacionamentos, paciência, um pouco de dinheiro,

tempo, e pronto: sua criatividade se torna algo concreto. Eis a moto-conceito totalmente goianiense.

Conceituada e produzida pelo violeiro goianiense Marcus Biancardini, a “Búfala”, como ele a chama, nasceu de uma ideia, mas foi construída e finalizada à base de criatividade, muita vontade, um tanto mais de paciência, bons relacionamentos e, claro, dinheiro.

O banco, do tipo “mono” com molas, possui capa de couro de primeira qualidade, o mesmo empregado nos carros de luxo atuais. Tudo aqui foi “desenhado” na cabeça de Biancardini.

O farol, do tipo “Et”, traz certa modernidade e esportividade a essa custom, que tem sua frente avançada por causa dos amortecedores dianteiros, que são bastante alongados.

Matéria e fotos:Mozart J. Fialho

Page 5: Motonews - 7ª Edição

5Agosto de 2013

“Búfala”: um conceito bem goianoO quadro é algo também exclusivo.

Nele, nada foi aproveitado, e sim, constru-ído do “zero”. Trata-se de uma estrutura com solda reforçada, específica para a engenharia da motocicleta, feita em ferro tubular, com trabalho de Wilmar Dias. Da forma com que foi desenhado, o quadro pode suportar um motor com mais de 1000 cilindradas sem qualquer esforço extra ne-cessário.

Carenagem e Painel

A parte mais demorada, no entanto, fi-cou por conta da carenagem. Apesar de não ter havido um projeto desenhado, pois tudo vinha da cabeça criativa de Biancardini, os detalhes e os cuidados tomados em sua concepção realmente são impressionantes. Ao olhar com mais cuidado, o observa-dor - reconhecendo ou não - poderá ver detalhes encontrados em máquinas como a Ferrari, o Porsche e o Bugatti Veyron. A cor amadeirada não oferece contrastes, mas teve aplicado um degradê muito bem feito, tanto na carenagem quanto no tanque e nos pára-lamas, tornando o conjunto sublime, principalmente, quando se vê a “fita” de madeira correndo na longitudinal da moto - do tanque ao pára-lamas traseiro.

O painel é digital e foi fabricado a partir de elementos individuais. Possui conta-giros, velocímetro, relógio e outras informações ao piloto. Sua posição é bastante confortável, pois fica bem à vista do condutor.

O farol, do tipo “Et”, dá um ar mais arrojado e atual, talvez, fazendo um contraposto com os demais elemen-tos da motocicleta. Mas, ao invés de cair na estranheza, acabou por refinar a beleza do conjunto da obra.

O guidão lem-bra os chifres de um

Na foto à esquerda, o pneu traseiro: 40 cm de largura e construído a partir de outros dois pneus, por processo de vulcanização. À direita, Criador e Criatura: Biancardini posa ao lado de seu companheiro de trabalho e de sua criação. A moto está disponível para eventos e mostras. Interessados poderão entrar em contato com o músico.

grande Watusi (gado de origem africana), com cerca de 60 cm de comprimento por lado. Ele faz uma curva que “envolve” o tanque da moto, até chegar ao alcance das mãos do piloto. É justamente essa curva que nos traz a lembrança de chifres taurinos.

O Motor

O motor, bem o motor é uma outra curiosidade, que talvez desanime alguns motociclistas, já ávidos para ver o quanto essa

belezura dá na estrada. Apesar do tamanho da motocicleta - pouco mais de 3 metros de comprimento -, Biancardini, que não é motoqueiro e nunca pilotou uma moto, disse ter construído a moto por simples desejo de dar vida a uma ideia que teve há alguns anos: construir uma moto conceitual. Dela, fazer um objeto para ser exposto e, como faz muito bem, despertar a curiosidade das pessoas. O motor é o mesmo usado na Honda Tornado, de apenas 250 cilindradas. Mas, como foi dito pelo seu criador, “o quadro está preparado para receber qualquer outro motor”, portanto, é uma verdadeira “conceito-custom”.

Marcus Biancardini, a pessoa

Ter sido recebido pelo músico (e inventor) em sua casa deixou-me bastante contente, sem dúvida. Além de suas qualidades como músico profissional, Biancar-dini fez questão de me apresentar outros de seus trabalhos, como a viola aprimo-rada por ele próprio, com um design atualíssimo, alguns outros de seus trabalhos criativos e a própria motocicleta e, claro, sabendo do meu gosto musical, fez um blues daqueles, tirado nas dez cordas da viola sertaneja. Agradeço também à mãe dele, a simpática dona Elizabeth, que, além da agradável conversa, serviu-me um

delicioso café, que me-receu bis.

Contato

Quem tiver interes-se em contratar um belo show de viola sertane-ja (entre outros estilos próximos e, diga-se de passagem, de sau-dosas composições), entre em contato com o empresário Reinaldo Clemente, pelo telefo-ne (62) 8178-3050, ou pelo e-mail: [email protected].

Aletas laterais foram postas para permitir a entrada de ar para o in-terior da parte “carenada”, resfriando o motor, mas ajudam também a compor o visual maravilhoso do conjunto.

A roda traseira, com seu desenho exclusivo, feita em alumínio: larga o suficiente para suportar o pneuzão de 40 cm e perfil baixo.

Page 6: Motonews - 7ª Edição

6 Agosto de 2013

Musa da MotoJulho de 2013

6 Junho de 2013

Gisa GomesAs curvas, o look natural, a postura, a beleza, a abundância. Por onde anda, ela chama realmen-

te a atenção de todo mundo. Não, agora, não estamos falando da moto, mas da modelo Gisa Gomes, a Musa da Moto de nossa sétima edição. Posando ao lado da “Búfala” (agora, sim, a

moto), e num lugar muito louco, ela representou a exuberância que essa moto-conceito, feita a mão, possui. Curtiu as fotos? Envie-nos sua opinião.

Para ver as demais fotos deste e de ensaios anteriores, acesse o site www. http://jmotonews.wix.com/motonews e curta nossa página no facebook:

https://www.facebook.com/JornalMotoNews.Para participar do concurso, a garota deve enviar seus dados e fotos promocionais para jmoto-

[email protected]: Hely RodriguesProdução: Poliana Sasi “Poli Pop’s”Make up: DhuLocação: Morro do Mendanha-----------------Agradecimentos:Marcus Biancardini, violeiro e projetista da “Búfala”, a moto fotografada nesta edição.

Page 7: Motonews - 7ª Edição

7Agosto de 2013

Eventos

O Banco da Moto cede lugar, nesta edição, à matéria exclusiva, composta por Charles “Chuck” Saedt, com sua visão a respeito daquele que já se tornou um dos maiores eventos motociclistas do país, o Moto Capital, realizado em Brasília-DF.

MotonegóciosEste espaço é gratuito. Envie os da-dos de venda de sua moto para [email protected], com ou sem foto, para que possamos publicar o anúncio para você. No entanto, não podemos garantir o anúncio imedia-tamente, devido ao espaço ser limi-tado. Por isso, seja um dos primei-ros a enviar. O Jornal Moto News não entrará em qualquer negocia-ção, servindo somente de veículo de informação entre o interessado e o proprietário da motocicleta.

O que você quer nos dizer?Envie seu e-mail* com suas dúvi-das, opiniões ou sugestões para a nossa redação, para que sejam pu-blicadas na sessão Banco da Moto.

[email protected] *Somente serão aceitos e-mails certificados com nome completo, endereço, telefone e RG.

Aconteceu, de 24 a 28 de Julho, o 10º Brasília Moto Ca-pital. O maior encontro de motociclistas do centro-oeste brasileiro e um dos maiores do país.

O evento é do tipo misto e reúne todas as tribos de motociclis-tas, das clássicas às esportivas.

Record de público

De grande proporção, contou com dezenas de stands de con-cessionárias das mais variadas marcas e de acessórios para mo-tocicletas e motociclistas.

Como todo grande evento, a ideia é reunir as pessoas com os mesmos interesses e, claro, com isso, vem o comércio, o que acaba também se tornando um viés para contatos relacionados.

Foram cinco dias de evento, onde compareceram por volta de 380 mil pessoas, proporcionando um grande movimento no Parque de Exposições da Granja do Torto. Os caras calculam ter compare-cido cerca de 1200 motoclubes do Brasil inteiro e até do exterior,

como uruguaios, argentinos e norte-americanos.

Motos clássicas

Em um evento como este, aparecem motos de todo es-tilo, customizadas nos mais diferentes padrões e gostos. Mas, certamente, o que mais chama a atenção da geral são a exuberância e a excentrici-

dade de certos motociclistas e suas máquinas. Desta vez, o que muito me chamou a atenção, desta vez, foram as clássicas. Motos lendárias podiam ser vistas por lá. Na foto, estou ao lado de uma

Intruder LC 1500 customizada no estilo da Indian clássica. Entre tantas motocicletas, uma Suzuki GT 750, que fez muito sucesso em sua época, que foi os anos 70.

Shows

Vários shows durante todas as noites, bem como diversas outras atrações, Globo da morte, Luta livre e Motocross Freestyle. Os presentes puderam curtir o clássico Erasmo Carlos, que fez muita gente mexer.

Houve grande espaço de acampamento, e motociclistas e moto clubes de todos os lugares estiveram acampados, curtindo e fa-zendo parte do evento.

Um passeio pela cidade de Brasília contou com centenas de motocicletas, em um trem que co-movia não só os motociclistas, como também as pessoas que viam aquela fila enorme de motos passando. Um espetáculo à parte, pode-se dizer.

Responsabilidade social

O Brasília Moto Capital promove a responsabilidade social, arrecadando alimentos dos visitantes, na entrada. O destino, geralmente, são instituições de caridade.

Além disso, o evento deste ano gerou cerca de 180 empregos diretos e 1300 indiretos, contabilizando, aí, uma boa soma e aju-dando a melhorar o caótico cenário de empregos no país.

Em suma, o evento foi muito bom e vem para trazer ainda mais ânimo pra galera pegar a estrada. Que venha o próximo ano e que venham outros bons eventos.

*Charles Saedt é mem-bro do Forasteiro’s M.C. e um especialista em motos.E-mail:[email protected]

Uma clássica Ducatti.

“Macaco” organiza Evento Biker em GoiásReportagem e fotos: Mozart J. Fialho

Motociclista convicto, o “Anjo da Liberda-de” Macaco, bastante conhecido no meio, tem algo em si que não esmoece, que é o

orgulho em dar continuidade àquele que é tido como um dos melhores eventos do Estado, sempre coin-cidindo com o aniversário do motoclube Anjos da Liberdade.

Realizado na Cidade de Goiás, entre 23 e 25 de agosto deste ano, o encontro contou com a presença de motoclubes de distantes estados: Forasteiro’s Mo-toclube, de Curitiba-PR (e que tem como uma de suas facções a sede de Goiânia-GO); Sete Peles, também do Paraná; Choppeiros, de Dourados-MS; membros

paulistas dos Molambos, além dos da facção goia-na; enfim, motociclis-tas que ado-ram estar na estrada e que vêem, nestes

e n c o n t r o s , “uma forma de rever os amigos, to-mar nossas cervejas e viver a li-berdade com ela deve ser vivida:entre nossos segun-dos amores (as motos) e os amigos!”, disse um dos participantes do encontro.

Além dos motociclistas que pra lá se deslocaram, também compareceram ao local pessoas de toda a ci-dade, moradores ou turistas que se encontram em Goi-ás, a fim de prestigiar o evento e fotografar ou filmar as belas motocicletas customizadas e também curiosi-dades, como motos da época da II Guerra, como uma Jawa com Sidecar que lá se encontrava, em perfeitas condições de rodagem e conservação.

Parabéns ao Macaco, e que este evento continue sendo esta grande parada anual, numa cidade hospita-leira e tão bacana pra se viajar.

Essa Jawa de 350 cc, com sidecar, de 1954, chamou a aten-ção do público pela conservação e funcionamento.

Evento reuniu motoclubes de diferentes estados do país e foi regrado com boa música e reencontros de amigos.

Moto Capital, DF

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8 Agosto de 2013