moral utilitarista versão final

13
A experiência e a A experiência e a atitude estética atitude estética O que define a experiência O que define a experiência estética? O que faz da estética? O que faz da experiência estética uma experiência estética uma experiência diferente? experiência diferente? A resposta sobre a qual todos A resposta sobre a qual todos os filósofos estão de acordo é os filósofos estão de acordo é a seguinte: a seguinte: A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA É UMA A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA É UMA EXPERIÊNCIA DESINTERESSADA EXPERIÊNCIA DESINTERESSADA Isto é, não temos qualquer Isto é, não temos qualquer interesse prático, ela não é um interesse prático, ela não é um meio para satisfazer uma

Upload: helena-serrao

Post on 26-Dec-2014

5.029 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Moral Utilitarista VersãO Final

A experiência e a atitude A experiência e a atitude estéticaestética

O que define a experiência estética? O que faz da O que define a experiência estética? O que faz da experiência estética uma experiência experiência estética uma experiência

diferente?diferente? A resposta sobre a qual todos os filósofos A resposta sobre a qual todos os filósofos

estão de acordo é a seguinte:estão de acordo é a seguinte: A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA É UMA A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA É UMA

EXPERIÊNCIA DESINTERESSADAEXPERIÊNCIA DESINTERESSADA Isto é, não temos qualquer interesse prático, Isto é, não temos qualquer interesse prático,

ela não é um meio para satisfazer uma ela não é um meio para satisfazer uma necessidade mas vale por si.necessidade mas vale por si.

Page 2: Moral Utilitarista VersãO Final

Ver um desafio de futebol também é Ver um desafio de futebol também é uma experiência desinteressada e uma experiência desinteressada e não é uma experiência estética:não é uma experiência estética:

A experiência estética produz-se com objectos A experiência estética produz-se com objectos estéticos.estéticos.

São os objectos encarados na sua forma, São os objectos encarados na sua forma, harmonia,cor que afectam a nossa sensibilidade harmonia,cor que afectam a nossa sensibilidade estéticaestética

Exemplo: Um concerto, Uma dança, uma peça, um Exemplo: Um concerto, Uma dança, uma peça, um filme, um pôr do sol.filme, um pôr do sol.

Objectos sobre os quais podemos emitir juízos Objectos sobre os quais podemos emitir juízos estéticos como:estéticos como:

““É Belo!”, “Emocionou-me!”, “ A 9ª sinfonia é É Belo!”, “Emocionou-me!”, “ A 9ª sinfonia é uma obra-prima!”uma obra-prima!”

Page 3: Moral Utilitarista VersãO Final

A experiência estética pode decorrer da A experiência estética pode decorrer da contemplaçãocontemplação

ou da produção/criação de um objecto.ou da produção/criação de um objecto.

1. O artista cria a obra e transfigura a realidade, tem 1. O artista cria a obra e transfigura a realidade, tem portanto a experiência dessa transfiguração.portanto a experiência dessa transfiguração.

2. O receptor, aquele que é surpreendido no seu 2. O receptor, aquele que é surpreendido no seu quotidiano pela forma de determinado objecto que lhe quotidiano pela forma de determinado objecto que lhe provoca admiração e emoção.provoca admiração e emoção.

3. O crítico de arte que vai ao encontro do objecto 3. O crítico de arte que vai ao encontro do objecto artístico para o avaliar, segundo o seu gosto mas artístico para o avaliar, segundo o seu gosto mas também segundo determinado conhecimento.também segundo determinado conhecimento.

Page 4: Moral Utilitarista VersãO Final
Page 5: Moral Utilitarista VersãO Final

Duas teorias sobre o juìzo estético:Duas teorias sobre o juìzo estético:1. O objectivismo estético1. O objectivismo estético2. O subjectivismo estético2. O subjectivismo estético

Estas teorias pretendem responder à questão:Estas teorias pretendem responder à questão: Quando emitimos um juízo estético “É Belo” falamos Quando emitimos um juízo estético “É Belo” falamos

de uma qualidade que está no objecto? Falamos de de uma qualidade que está no objecto? Falamos de uma emoção ou sentimento que surge em nós pela uma emoção ou sentimento que surge em nós pela presença do objecto?presença do objecto?

O Objectivismo atribui ao objecto uma determinada O Objectivismo atribui ao objecto uma determinada qualidade estéticaqualidade estética

O Subjectivismo atribui ao sujeito a capacidade de O Subjectivismo atribui ao sujeito a capacidade de avaliar, de acordo com o seu gosto, o objecto.avaliar, de acordo com o seu gosto, o objecto.

Page 6: Moral Utilitarista VersãO Final

A teoria objectivista na estética:A teoria objectivista na estética: TESE: Um objecto é belo em virtude das suas qualidades e não em virtude TESE: Um objecto é belo em virtude das suas qualidades e não em virtude

do que sentimos quando o observamos.do que sentimos quando o observamos. Argumento:Argumento: As propriedades da beleza existem mesmo no objecto e são As propriedades da beleza existem mesmo no objecto e são

independentes dos sujeitos que os observam. Quer o sujeito veja a beleza independentes dos sujeitos que os observam. Quer o sujeito veja a beleza do objecto ou não esta não depende do seu juízo, existe por si no objecto. do objecto ou não esta não depende do seu juízo, existe por si no objecto. A beleza está nas coisas e não nos olhos de quem vê.A beleza está nas coisas e não nos olhos de quem vê.

Se nem todos gostam do “David” de Miguel Ângelo, não é por não ser belo Se nem todos gostam do “David” de Miguel Ângelo, não é por não ser belo mas porque não conseguem descobrir na sua forma a beleza. O problema mas porque não conseguem descobrir na sua forma a beleza. O problema está então no sujeito e não no relativismo do juízo de gosto.está então no sujeito e não no relativismo do juízo de gosto.

Se há desacordo estético, isso não quer dizer que o gosto estético seja Se há desacordo estético, isso não quer dizer que o gosto estético seja subjectivo mas apenas que os diferentes sujeitos não se apercebem, por subjectivo mas apenas que os diferentes sujeitos não se apercebem, por dificuldades culturais, intelectuais ou de sensibilidade das qualidades reais dificuldades culturais, intelectuais ou de sensibilidade das qualidades reais do objecto e por isso ajuízam erradamente.do objecto e por isso ajuízam erradamente.

O juízo estético será semelhante a um juízo científico. Há juízos O juízo estético será semelhante a um juízo científico. Há juízos verdadeiros e falsos. Caso descrevam ou não as qualidades intrínsecas do verdadeiros e falsos. Caso descrevam ou não as qualidades intrínsecas do objecto.objecto.

Page 7: Moral Utilitarista VersãO Final

Para um objectivista:Para um objectivista: O Belo distingue-se por uma série de qualidades O Belo distingue-se por uma série de qualidades

estéticas tais como:estéticas tais como: A proporçãoA proporção das partes que compõem o todo das partes que compõem o todo O EquilíbrioO Equilíbrio da forma da forma A unidade do todo e das partesA unidade do todo e das partes A HarmoniaA Harmonia da figura da figura PerfeiçãoPerfeição DiversidadeDiversidade (Exotismo?) (Exotismo?) Há características específicas (dependendo das Há características específicas (dependendo das

formas de arte) e características gerais: Unidade formas de arte) e características gerais: Unidade Complexidade e IntensidadeComplexidade e Intensidade

Page 8: Moral Utilitarista VersãO Final

Intuicionista: (outra forma de Intuicionista: (outra forma de objectivismo)objectivismo)

As propriedades do Belo não são empíricas As propriedades do Belo não são empíricas por isso não podem ser apercebidas pelos por isso não podem ser apercebidas pelos sentidos (Platão)sentidos (Platão)

O Belo é não se pode definir, tão pouco se O Belo é não se pode definir, tão pouco se pode descrever.pode descrever.

Sabemos que é Belo por uma intuição.Um Sabemos que é Belo por uma intuição.Um dom natural para ter a percepção do Belo, só dom natural para ter a percepção do Belo, só alguns a têm. Teoria das almas.alguns a têm. Teoria das almas.

Page 9: Moral Utilitarista VersãO Final

Subjectivismo estético:Subjectivismo estético:

Tese: Dizemos que um objecto é belo em virtude do que Tese: Dizemos que um objecto é belo em virtude do que sentimos quando o observamos.sentimos quando o observamos.

A beleza não existe, é o nome que se dá às coisas que nos A beleza não existe, é o nome que se dá às coisas que nos produzem agrado.produzem agrado.

Assim, o belo depende do nosso gosto, depende do modo Assim, o belo depende do nosso gosto, depende do modo como a nossa sensibilidade se deixa afectar pelos objectos. como a nossa sensibilidade se deixa afectar pelos objectos. Assim o mesmo objecto afecta duas pessoas de diferentes Assim o mesmo objecto afecta duas pessoas de diferentes modos porque elas têm diferentes sensibilidades.modos porque elas têm diferentes sensibilidades.

É Belo, porque gosto, porque me causa prazer ouvir ou É Belo, porque gosto, porque me causa prazer ouvir ou contemplar um determinado objecto, daí que esse objecto, contemplar um determinado objecto, daí que esse objecto, porque me agrada, seja considerado um objecto estético.porque me agrada, seja considerado um objecto estético.

Page 10: Moral Utilitarista VersãO Final

Apesar de diferentes gostos é possível haver um Apesar de diferentes gostos é possível haver um padrão de gosto, esses padrões resumem-se a certos padrão de gosto, esses padrões resumem-se a certos valores culturais assumidos por todos.valores culturais assumidos por todos.

Isso permite ultrapassar o cepticismo de que gostos Isso permite ultrapassar o cepticismo de que gostos não se discutem.não se discutem.

O gosto também pode ser treinado e educado, pela O gosto também pode ser treinado e educado, pela experiência e pela discussão.Comparar e conhecer experiência e pela discussão.Comparar e conhecer várias obras diferentes permite educar a sensibilidade.várias obras diferentes permite educar a sensibilidade.

Preconceitos e modas também influenciam os juízos Preconceitos e modas também influenciam os juízos de gosto.de gosto.

Podemos justificar racionalmente os nossos juízos Podemos justificar racionalmente os nossos juízos estéticos.estéticos.

Page 11: Moral Utilitarista VersãO Final
Page 12: Moral Utilitarista VersãO Final
Page 13: Moral Utilitarista VersãO Final