modulo i - educacao ambiental e educacao a distancia
DESCRIPTION
Material Referente ao Curso EaD de Educação Ambiental e Escolas Sustentáveis, ofertado pela UABTRANSCRIPT
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Processo Formador em Educao Ambiental
a Distncia
Mdulos 1 e 2
Educao a distnciaEducao ambiental
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PRESIDNCIA DA REPBLICA
MINISTRIO DA EDUCAO
SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
COORDENAO DE APERFEIOAMENTO DE PESSOAL DE NVEL SUPERIOR
SECRETARIA DE EDUCAO CONTINUADA, ALFABETIZAO E DIVERSIDADE (SECAD)
REDE DE EDUCAO PARA A DIVERSIDADE
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO PAR
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO PAULO
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO JOO DEL REI
Ministrio da Educao
Esplanada dos Ministrios, Bloco L, Anexo I, sala 419
CEP 70097-900, Braslia, DF
Tel.: (61) 2104.6142
E-mail: [email protected]
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Processo Formador em
Educao Ambiental a Distncia
Mdulos 1 e 2
Educao a distnciaEducao ambiental
Braslia 2009
Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade/MECUniversidade Federal Rural de Pernambuco
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Processo Formador em Educao Ambiental a Distncia Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade (SECAD)Coordenao Geral de Educao Ambiental (CGEA)
Rede de Educao para a DiversidadeCoordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB)
Coordenao de Cursos a Distncia: Natlia de Souza Duarte
Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e DiversidadeCoordenao Geral de Educao Ambiental (CGEA/MEC):
Rachel Trajber
Comit Editorial:
Ana Jlia Lemos Alves Pedreira (CGEA/MEC)Flvio Lemos de Souza Universidade Federal Fluminense (UFF)Ivone Silveira da Silva Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP) Michle Sato Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Rejane Jurema Mansur Custdio Nogueira Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Wanirley Pedroso Guelfi Universidade Federal do Paran (UFPR)
Comit de Avaliao:
Martha Tristo Universidade Federal do Esprito Santo (UFES)Sueli Almuia Holmer Silva Universidade Federal da Bahia (UFBA)Pablo Luiz Martins Universidade Federal de So Joo Del Rei (UFSJ)
Edio: Tereza MoreiraProjeto grfico, diagramao e editorao eletrnica: Luiz Dar e Renato PaletIlustrao da capa e cones: Ravel Forghieri Casela
Os autores e autoras so responsveis pelas informaes contidas neste volume, bem como pelas opinies
nele expressas, que no so necessariamente as do MEC e do Sistema Universidade Aberta do Brasil, nem
comprometem as referidas instituies. As indicaes de nomes e a apresentao do material ao longo
desta publicao no implicam a manifestao de qualquer opinio por parte do MEC e UAB a respeito
da condio jurdica de qualquer pas, territrio, cidade, regio ou de suas autoridades, tampouco da
delimitao de suas fronteiras ou limites.
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC)
Processo formador em educao ambiental a distncia : mdulo 1 e 2 : educao a distncia, educao ambiental. Braslia : Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade, 2009.
140 p. il.
ISBN 978-85-7946-008-11. Educao ambiental. 2. Educao a distncia. I. Ttulo. II. Brasil. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade.
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Chegou a hora de transformarmos os valores que tm contribudo com a degradao da vida no planeta. A educao ambiental desempenha um relevante papel nesse trabalho e tem na escola um espao privilegiado de atuao. As mudanas sociais pretendidas contam com vocs, educador e educadora da Rede Pblica de Ensino, como
fortes aliados. So vocs que, em processos de formao continuada, podem contribuir
com a melhoria do sistema de ensino e possibilitar escola emanar princpios, valores e
atitudes fundamentais construo de sociedades sustentveis entrelaadas por uma cul-
tura de paz.
Esta publicao integra o conjunto de quatro volumes que compem o Processo Formador
em Educao Ambiental a Distncia, voltado a professores(as) das sries finais do Ensino
Fundamental de escolas pblicas. Trata-se de uma iniciativa da Rede de Educao para a
Diversidade, criada pela Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade
(Secad), do Ministrio da Educao, em parceria com a Coordenao de Aperfeioamento
de Pessoal de Nvel Superior (Capes). Visando formao qualificada de professores, ges-
tores e outros profissionais da educao, a Rede oferta cursos no mbito do Sistema Uni-
versidade Aberta do Brasil (UAB). Para isso, busca a articulao entre instituies pblicas
de ensino superior, estados, municpios e o Distrito Federal.
Com o presente curso, a Rede pretende no s favorecer a incluso digital de professores
como tambm o adensamento dos contedos de educao ambiental. Busca, com isso, for-
talecer o programa Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas, realizado pela Coordenao
Geral de Educao Ambiental (CGEA), em seus esforos de transformar escolas em co-
munidades de aprendizagem vivas e atuantes na resoluo dos problemas socioambientais
que nos afetam cotidianamente. Por meio de temas geradores relacionados aos quatro ele-
mentos da natureza: gua, ar, fogo e terra, voc, participante, encorajado(a) a se debruar
sobre as mudanas ambientais globais.
O curso possui 180 horas e foi construdo em parceria entre a CGEA e Instituies Fede-
rais de Ensino Superior (IFES) do pas. Tem como proposta compartilhar saberes, idias e
prticas, mobilizando a iniciativa e a atuao poltica da escola em parceria com as comu-
nidades locais, por meio de uma educao ambiental crtica, participativa e emancipatria.
Pretende propiciar tambm subsdios para o exerccio da transversalidade das questes
ambientais nas disciplinas escolares. Enfim, pretende gerar uma atitude responsvel e com-
prometida da comunidade escolar com as questes socioambientais locais e globais, com
nfase na melhoria das relaes de aprendizagem.
APRESENTAO
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O Processo Formador em Educao Ambiental a Distncia estrutura seu contedo em torno de 32 horas presenciais e 148 horas na modalidade a distncia. Baseia-se na plataforma eletrnica Moodle e em quatro volumes impressos. Os contedos nacionais foram desenvolvidos por autores reconhecidos em suas especialida-
des nas universidades federais dos estados de Bahia (UFBA), Esprito Santo (UFES), Mato
Grosso (UFMT), Minas Gerais (UFSJ), Paran (UFPR), Pernambuco (UFRPE), Rio de Ja-
neiro (UFF) e So Paulo (UNIFESP). Abordam conceitos de educao ambiental, bem como
temas geradores de carter nacional e temas especficos locais. Esto organizados em:
Mdulo 1: Conceitos gerais sobre educao a distncia.
Mdulo 2: Educao ambiental para escolas sustentveis, Um olhar sobre a edu-
cao ambiental no Brasil, e Polticas estruturantes de educao ambiental, con-
tando tambm com abordagem local.
Mdulo 3: Temas geradores, com a dimenso dos quatro elementos: gua, terra,
fogo e ar, abordando temas relacionados s mudanas ambientais globais, como
biodiversidade, energia, mobilidade, mudanas climticas, entre outros. Esses te-
mas tambm so tratados em mbito local, considerando as especificidades dos
diferentes territrios envolvidos na formao.
Mdulo 4: Este mdulo adentra diversas correntes tericas e prticas sobre o que
se compreende por projeto escolar, com nfase nos Projetos Ambientais Escolares
Comunitrios (PAEC), e sugere atividades de educao ambiental que sero utili-
zadas no processo avaliativo do curso.
Alm dos quatro mdulos, h um quinto destinado avaliao do curso, em modalidade pre-
sencial, por meio de seminrios locais, que sero realizados em cada polo UAB.
Voc ingressar no processo formativo proposto. O mdulo 1 traz informaes sobre a educao a distncia e seus principais elementos. Nosso objetivo que voc se familiarize com esta modalidade de formao, aprendendo a acionar os prin-
cipais recursos disponveis. No mdulo 2, do qual constam trs textos, pretendemos
fornecer elementos para que voc reveja conceitos e se situe no amplo caleidoscpio
de concepes, prticas e polticas pblicas que regem a educao ambiental no no
mundo, no Brasil e em seu local de atuao.
SOBRE O PROCESSO FORMADOR
Neste volume
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SUMRIO GERAL
MDULO 1:Educao a distncia ............................................11
MDULO 2:Educao ambiental para escolas sustentveis .....31
Um olhar sobre a educao ambiental no Brasil ..65
Polticas estruturantes de educao ambiental ...117
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10 Mdulo 1
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11Educao a distncia MDULO 1
EDUCAO A DISTNCIA
Ana Jlia Pedreira Bacharel em Cincias Biolgicas pela Universidade Fede-ral de Viosa (UFV), especialista em educao a distncia pela Universidade de Braslia (UnB) e mestre em Ecologia pela UnB. Consultora da Coordenao Geral de Eduao Ambiental, do MEC.
Tereza MoreiraBacharel em Jornalismo pela Universidade de So Paulo, especializada em meio ambiente e em relaes de gnero.
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12 Mdulo 1
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13Educao a distncia SUMRIO
Preldio .................................................................... 13
1. A realidade da educao a distncia no Brasil ..... 14
2. A EAD na formao continuada de professores .... 16
3. Caractersticas do ensino a distncia .................... 19
4. A importncia da tutoria ...................................... 22
5. Entrando nessa rede ............................................ 23
6. A avaliao .......................................................... 25
7. Consideraes finais ............................................ 26
Referncias ............................................................... 27
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14 Mdulo 1
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15Educao a distncia PRELDIO
Nesta unidade, nossa proposta que voc compreenda do que se trata a educao a distncia (EAD) e a nova realidade dessa modalidade no Brasil, superando este-retipos e preconceitos. Em seguida, abordaremos a sua importncia na formao continuada de professores e as medidas adotadas pelo Ministrio da Educao (MEC), por
meio da Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade (Secad) e do
Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), na implementao de cursos de formao
que tragam a dimenso transversal da educao ambiental para o cotidiano escolar, con-
templando a diversidade necessria para que as escolas consigam interagir mais fortemente
com a realidade na qual esto inseridas.
Pretendemos tambm que voc inicie seu contato com a EAD, conhecendo as principais
caractersticas dessa modalidade de educao, bem como as vantagens e desafios que apre-
senta para quem se dispe a participar da formao proposta. O texto destaca a importn-
cia da interatividade cursista/tutor ou tutora e o elo de ligao com os diversos recursos
eletrnicos, impressos e presenciais disponibilizados. Mostra tambm como, ao adentrar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), voc comear a fazer parte de uma extensa
rede de ensino-aprendizagem, que interligar pessoas e instituies de diversos pontos do
pas. Nosso objetivo mostrar que, nesse processo formativo voc poder ampliar sua rede
de relacionamentos e as possibilidades de acessar informao e processar conhecimentos.
Por ltimo, trataremos da importncia da avaliao para a formao continuada a distncia
e do papel que esta desempenha como facilitadora da educ-ao ambiental em sala de aula,
na escola, na comunidade. Por meio de um projeto de interveno, voc perceber como as
questes referentes s mudanas ambientais globais esto inseridas no local e de que forma
um projeto local de atuao pode contribuir com as transformaes globais que se fazem
necessrias.
Que nessa interao, todas e todos tenhamos
uma rica aprendizagem!
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16 Mdulo 1
Sabemos que a educao a distncia enfrenta algumas resistncias. Apesar de to falada atualmente, essa modalidade de ensino bem antiga, mas insuficientemente conhecida. Desde o fim do sculo XVIII, utilizava-se o envio de materiais didticos pelo correio, atendendo principalmente a estudantes que viviam afastados dos centros ur-
banos e tinham dificuldades de acesso ao ensino formal e regular.
Algumas pessoas certamente se lembram de j terem visto propagandas do Instituto Uni-
versal Brasileiro, que em dcadas passadas realizava diversos tipos de cursos por corres-
pondncia, especialmente aqueles voltados formao profissional. Com mais de 65 anos
de experincia, esse instituto um dos pioneiros na modalidade de ensino a distncia em
nosso pas.
Conhea mais sobre o ensino a distncia, acessando o site do Instituto
Universal Brasileiro; http://www.institutouniversal.com.br/historia.asp
Outro exemplo de EAD, realizada h mais de trs dcadas no Brasil, o Telecurso 2000
(atualmente Novo Telecurso), uma iniciativa da Fundao Roberto Marinho e da Federao
das Indstrias do Estado de So Paulo (Fiesp). O programa exibe, diariamente pela TV,
aulas com durao mdia de 15 minutos, que podem ser assistidas pelos alunos em casa, na
igreja, no centro comunitrio ou em qualquer outro lugar, sem que estes necessitem estar
em sala de aula. Contudo, um equvoco acreditar que tais cursos sejam mais fceis, pois
o tempo exigido para cursos a distncia o mesmo. O que muda o acesso.
Como os exemplos citados constituem a face mais visvel da EAD no Brasil, durante mui-
tas dcadas esta modalidade de ensino teve sua imagem associada a cursos profissiona-
lizantes e a supletivos destinados a adultos que no tiveram oportunidade de cursar o
ensino formal. Por isso, era considerada uma espcie de educao de segunda categoria.
Poucas instituies brasileiras conseguiam perceber, antes da exploso digital, as inmeras
possibilidades que esta modalidade oferece o amplo acesso especialmente se conside-
rarmos a extenso continental do pas e os custos que envolvem a manuteno de estruturas
para a formao presencial.
E voc, o que pensa at agora sobre ensino a distncia? Elabore uma
lista com os pontos que considera positivos e negativos nas modalidades
de educao a distncia e presencial.
1. A NOVA REALIDADE DA EDUCAO A DISTNCIA NO BRASIL
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17Educao a distncia
O preconceito em relao educao a distncia representa um desafio cultural que come-
a a ser enfrentado por diversas organizaes pblicas e privadas. Para as empresas e os
servios pblicos, a EAD surge como um importante recurso de formao e atualizao
continuada de seu corpo funcional. Segundo Teperino (2006), entre os fatores que tm esti-
mulado a adoo de suas prticas no Brasil esto: (1) a grande extenso geogrfica do pas;
(2) a forma dispersa com que a populao ocupa o territrio; (3) as diferenas regionais,
culturais e de acesso informao; (4) a dificuldade do Estado em manter uma estrutura
de ensino formal que garanta educao de qualidade para adultos, seja em instituies de
ensino formal, seja em escolas profissionalizantes.
Especialmente na ltima dcada, com a disseminao das tecnologias de informao e
comunicao (TIC), novas perspectivas se abriram para a educao a distncia. Trata-se de
um tipo de ensino mediado por tecnologias, no qual professores e cursistas separados fsi-
ca e espacialmente interagem via Internet e por meio de materiais instrucionais prprios.
Atualmente podemos contar com o suporte de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA),
com vrias ferramentas de apoio ao/ cursista e com a crescente qualidade dos cursos ofere-
cidos, dos quais participam professores e pesquisadores reconhecidos no meio acadmico.
Todos esses fatores tm contribudo para diminuir a resistncia EAD.
Um dos AVA mais utilizados atualmente a plataforma Moodle, exatamente a que ns
utilizaremos neste curso. Essa plataforma dispe basicamente das mesmas ferramentas en-
contradas na internet (fruns, chats, correio), nos permitindo romper com as distncias
espao-temporais e tornando possvel a interatividade em diversos nveis: cursista-cursista,
educando/a-tutor/a, educando/a-educador/a.
Com a EAD, alm da mudana em nossa concepo de espao da aprendizagem, h uma
alterao no tempo da aprendizagem, ampliando a compreenso de que o tempo o tempo
de cada um e de cada uma. Assim, possvel o acompanhamento individualizado de cada
cursista, respeitando as diferenas e ritmos de aprendizagem. A EAD deve trabalhar nessa
perspectiva: ao respeitar o tempo/espao do sujeito aprendente, a educao tem maior pos-
sibilidade de se desenvolver conectada realidade do indivduo, contextualizada (LCK,
p 5. Curitiba, 2002).
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18 Mdulo 1
Com esses novos recursos, a EAD tornou-se hoje uma modalidade de ensino pro-missora, principalmente quando se trata da formao continuada de professores. A formao continuada tem como objetivos propor novas metodologias de ensino e colocar profissionais em contato com as discusses tericas mais recentes, visando contri-
buir com as mudanas que se fazem urgentes para a melhoria da ao pedaggica na escola
(WALKER & GOULART, 2003).
Todos sabemos que a sociedade global marcada pela oferta imediata e ilimitada de infor-
mao. Estamos cada vez mais a um click de montanhas de dados, que precisamos apren-
der a processar. Tais caractersticas tm forado a escola a repensar o seu papel, no mais
como um sistema fechado, voltado para a transmisso e transferncia, mas para um sistema
aberto, com processos transformadores vindos da experincia de cada um dos sujeitos da
ao educativa..
Esse novo papel da escola demanda de professores e professoras uma formao profis-
sional que desenvolva capacidade crtica para aprendermos a viver a complexidade e nos
torne capazes de transitar entre o paradigma da formao tradicional esttica, muitas vezes
identificada com a relao presencial (concentrada temporalmente e auto-suficiente), e os
novos modelos de formao, mais baseados em redes, na interatividade e na comunicao,
como partes integrantes das relaes de aprendizagem.
O prprio ambiente criado por meio do ensino a distncia no permite sentir na pele essa
mudana de paradigma. Ele pode contribuir para avanarmos na compreenso de uma edu-
cao aberta para a troca, o dilogo e a interao, valorizando a busca ativa da construo
do conhecimento.
Arroyo (1999), ao se referir a professores e professoras, afirma que carregamos para nossa
prtica pedaggica uma herana que reflete o que aprendemos como seres sociais, cultu-
rais, no convvio com outras e outros, sejam signos, instrumentos, sujeitos ou objetos. Isso
ocorre no somente em cursos de formao, mas pela vida afora, em diferentes circunstn-
cias, constituindo uma bagagem que influencia nossa condio pessoal e profissional.
A formao continuada deve tomar como base esta modalidade de organizao da prtica
pedaggica, que possibilita uma (re)significao de paradigmas educacionais, em especial
na relao educador/educando. Hierarquias se dissolvem ao nos tornarmos aprendizes, pre-
ocupados com a atualizao constante, reconhecendo nos alunos/as, parceiros na produo
de conhecimentos, investigao, resoluo de problemas e desenvolvimento do senso crti-
co. Isso permite no s melhores relaes de ensino-aprendizagem, mas tambm contribui
para a incorporao da prxis freiriana de ao-reflexo-ao.
2. A EAD NA FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES
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19Educao a distncia
Por caractersticas como essas, a EAD vem sendo apontada como uma alternativa para
enfrentar o desafio da formao docente, no momento em que uma das linhas de ao da
poltica pblica brasileira ampliar os programas de formao inicial e continuada dos
professores com o objetivo de melhorar a qualidade da educao no pas. Segundo Fran-
cisco & Machado (2006), ao possibilitarem o estmulo e a inovao do processo de ensino-
aprendizagem, mediados pelo AVA, criam-se condies favorveis para uma educao que
abre caminhos reais e possveis de se instaurar uma educao sintonizada com os processos
civilizatrios em que estamos imersos atualmente.
2.1. A EAD como facilitadora da educao ambientalUma das dificuldades atuais na aplicao da educao ambiental nas escolas, como prev a
Lei n 9.975/99, que instituiu a Poltica Nacional de Educao Ambiental (PNEA), a falta
de formao continuada. A grande maioria dos professores que hoje atuam em sala de aula
no teve acesso educao ambiental em sua formao inicial. natural que sintam difi-
culdade em aplicar conhecimentos que, apesar de no terem sido adquiridos anteriormente,
so fortemente demandados pela crescente importncia que os temas ambientais assumem
na vida cotidiana. Acredita-se que, com a realizao de cursos de formao continuada em
educao ambiental, possamos aprofundar nossas reflexes e conhecimentos nessa rea
para atuarmos com mais segurana, fazendo a diferena no ambiente escolar e na comuni-
dade.
Esperamos que esta formao aumente a probabilidade de maior insero da temtica am-
biental, contribuindo, ainda para oportunizar que o trabalho coletivo e o exerccio sempre
falado, mas to difcil de se conseguir da transversalidade, da inter e transdisciplinaridade
das questes ambientais nas disciplinas chegue s escolas de maneira mais aprofundada..
Consideramos que a formao continuada de professores, quando proposta regional e con-
juntamente por grupos diversificados da sociedade, como organizaes no-governamen-
tais, universidades e secretarias de educao, empodera os atores sociais, fortalecendo,
assim, polticas locais de educao ambiental (Trajber & Sorrentino, 2007). Assim, com o
apoio de uma educao ambiental crtica e participativa podemos construir uma cidadania
responsvel pela melhoria de sua qualidade de vida
Por tudo isso, a formao continuada de professores constitui uma das principais metas
do Ministrio da Educao, alm de responder forte demanda dos professores. Suas ba-
ses legais foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (Lei
n. 9.394/96), regulamentada pelo Decreto n. 5.622/05 e normatizada na Portaria n.
4.361/2004, do MEC.
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20 Mdulo 1
Pela iniciativa da Secad e por meio do Sistema UAB, diversas instituies de ensino supe-
rior se articularam para propiciar este aperfeioamento em educao ambiental a profes-
soras e professores dos ltimos anos do ensino fundamental. A escolha dessa modalidade
se coaduna com os eixos curriculares propostos no curso, juntamente com todos os outros
elementos do currculo que contribuem para um programa de formao de profissionais
engajados em um projeto poltico de busca da transformao social.
Vale a pena citar tambm que outros cursos nesta modalidade esto sendo propostos no
sentido de incluir os temas da diversidade e da sustentabilidade no dia-a-dia escolar. Nesse
sentido, importante conhecer mais sobre esses chamados temas transversais que in-
cluem a abordagem tnico/racial, os direitos humanos, as mudanas nas relaes entre mu-
lheres e homens na sociedade, a interao entre geraes, entre outros. Afinal, uma genuna
educao ambiental considera e celebra a diversidade da vida em todos os seus aspectos.
Conhea o Sistema UAB acessando:
http://www.uab.mec.gov.br/cursopiloto.php
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21Educao a distncia
A EAD entendida como um processo educativo que envolve diferentes meios de comunicao, capazes de ultrapassar os limites de tempo e espao e tornar aces-svel a interao com as fontes de informao e com o sistema educacional, de forma a promover a autonomia do/a cursista, por meio de estudo flexvel e independente
(OLIVEIRA, 2008).
Como o objetivo a busca da autonomia do/a aprendiz para que se torne uma pessoa mais
ativa e independente no seu processo de aprendizagem, importante lembrar que a EAD
favorece a comunicao e o dilogo, principalmente quando se utilizam os recursos multi-
mdia propiciados pela tecnologia da informao.
Espera-se que, ao longo do curso, os/as cursistas desenvolvam a capacidade de:
Aprender a aprender;
Buscar informaes;
Confrontar dados e opinies no coletivo, debatendo idias com um grupo mais
amplo;
Realizar anlises, pesquisas, snteses, avaliaes a partir dos conceitos constru-
dos e das interaes realizadas.
Desenvolver iniciativa e atuao poltica para desenvolver projetos envolvendo
contextos, fenmenos e outras questes que nos pem curiosos sobre a problem-
tica socioambiental;
Promover transformaes em sua prxis ao aproximar de suas salas de aula, assim
como na escola e na comunidade, conceitos, habilidades e atitudes desenvolvidas
durante o processo formativo;
Engajar-se em instncias participativas da educao ambiental, como redes, con-
selhos, comisses, que lhe possibilitem articular parcerias para as intervenes na
comunidade em que atua.
Diversos meios so disponibilizados para se chegar a esses resultados, mediante a imple-
mentao de uma rede de apoio ao processo de aprendizagem, composta por professores
conteudistas, tutores, ambientes virtuais e ncleos/polos de suporte aprendizagem e ao
estudo. Todos os recursos voltam-se a propiciar um fluxo constante e intenso de comuni-
cao entre as pessoas que participam desse processo. Para isso, o contato entre cursista e
tutoria e o estmulo ao dilogo com os demais participantes, por meio de ambientes virtuais
de aprendizagem como chat e frum, so vitais. O processo formativo conta tambm com
o apoio de material didtico, produzido por professores conteudistas das universidades
3. CARACTERSTICAS DO ENSINO A DISTNCIA
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22 Mdulo 1
participantes, bem como com acompanhamento e avaliao permanentes durante todo o
percurso.
Para tanto, articula-se uma equipe multidisciplinar envolvida nas diferentes reas de sa-
ber que compem o curso, com nfase na formao de tutores. Compondo o ambiente
de aprendizagem, h ncleos tecnolgicos (com laboratrios de informtica, biblioteca e
outros recursos) instalados em polos regionais da UAB, que daro suporte rede comuni-
cacional prevista para o curso, bem como organizao de um sistema de comunicao entre
os diferentes polos.
Com esses recursos, as dimenses tempo e espao deixam de ser restries e ganham fle-
xibilidade. Embora prescinda da relao face a face em todos os momentos do processo
ensino-aprendizagem, a EAD exige relao dialgica efetiva entre cursistas, professores e
orientadores acadmicos.
3.1. Vantagens e desafios do ensino a distnciaBem, agora que fizemos uma introduo sobre a importncia da EAD e suas principais
caractersticas, podemos retornar quela listinha, que sugerimos anteriormente, tentando
recolocar as diferenas e complementaridades entre as modalidades presencial e a distncia
de forma dialgica.
Vamos comear pensando nas caractersticas da educao a distncia, tais como:
grande capilaridade, o que favorece a democratizao do acesso informao e
formao em diferentes nveis;
aumento no nmero de vagas para atender a mais pessoas, com estruturas mais
leves e abertas, como plos regionais; para os momentos presenciais;
possibilidade de atender a um grande nmero de cursistas, situados em diferentes
pontos do pas;
otimizao de custos e de recursos, possibilitando formar mais gente e de forma
adaptada s condies locais, inclusive em termos dos contedos oferecidos;
possibilidade de revises e atualizaes de prticas, conceitos e propostas curr-
culares para atender a uma demanda crescente de novos conhecimentos e tecnolo-
gias;
favorecimento da incluso digital e da educao para a interatividade de professo-
res da rede pblica de ensino;
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23Educao a distncia
facilidade de acesso e maior flexibilidade nos horrios de estudo de acordo com
os espaos e tempos de cada aprendiz para seus processos formativos, pois as pes-
soas podem estudar a qualquer hora, em suas prprias casas, ou ainda na escola e
nos plos presenciais;
possibilidade de retomar, rever, refazer o processo, que se torna mais aberto aos
acontecimentos, na circunstancialidade de tempos-espaos individuais;
interao assncrona (ou seja, que no requer resposta imediata), colaborao em
grupo (facilitada por recursos tcnicos), oportunidades para novas abordagens
educacionais;
ampliao de trocas significativas entre pessoas que convivem em realidades cul-
turais distintas, com maior enriquecimento do ambiente de aprendizagem.
No podemos tambm achar que todas essas caractersticas sejam s da educao a dis-
tncia, nem que esta s tenha vantagens. Quais delas se aplicam a ambas, mas de maneiras
diferentes?
Existem alguns pontos que devemos considerar com especial ateno quando estamos es-
tudando a distncia.
H, por exemplo, os desafios de natureza tecnolgica que, reforados na vertente cultural,
podem dificultar o processo formativo. Muitos professores ainda no incorporaram o uso
de computadores no seu dia-a-dia e tm dificuldade em acessar a Internet, sentem inibio
diante das cmeras de videoconferncia. Alguns no so geis em responder a e-mails
ou possuem limitaes at mesmo para se comunicar bem por meio da escrita (Teperino,
2006). Todas essas limitaes influem em seu desempenho no processo formativo.
A falta de domnio no uso do computador, no entanto, no deve ser considerada um em-
pecilho, mas sim mais um estmulo para seguirmos adiante. A plataforma escolhida para o
curso de simples utilizao e realmente s aprendemos a manej-la quando fazemos uso
dela. Mas, acredite, o tutor poder ser de grande valia nesse momento.
Na verdade, o grande desafio, que pode comprometer a continuidade do processo, a sen-
sao de estarmos sozinhos. muito natural que ao iniciar um estudo novo em uma nova
modalidade de ensino, nos sintamos inseguros, principalmente quando no vemos ao vivo
e em cores a pessoa com quem estamos estudando. Por isso, a tutoria desempenha um
papel fundamental.
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24 Mdulo 1
O fato de no haver o contato face a face no significa que a relao seja impessoal ou fria.
Cada vez mais as tecnologias avanam no sentido de superar essa sensao de isolamento e
impessoalidade. A educao a distncia, ao contrrio do que se pode imaginar, impe inter-
locuo permanente e, portanto, proximidade pelo dilogo. Afinal, na educao a distncia,
ao contrrio do ambiente em sala de aula, a interlocuo entre cursista e tutor/a exclusiva,
em linha direta.
Na maioria das plataformas utilizadas em cursos a distncia, existem ferramentas de in-
terao cuja funo facilitar o acesso de cursista a tutor e de cursista a cursista. Dentre
as ferramentas esto disponveis: chats, fruns, troca de mensagens individuais e envio
de mensagens instantneas. Os vnculos criados entre curso e cursista e entre os diversos
participantes, por meio dos canais de comunicao disponibilizados, so fundamentais para
que o sucesso na aprendizagem seja alcanado e devem ser incentivados pelo tutor ou tu-
tora. atravs deles que dvidas so sanadas, os vnculos construdos e relacionamentos
solidificados.
Por isso, importante esclarecer que, do outro lado do ambiente virtual contamos com
o apoio de gente preparada e disponvel para realizar esse dilogo. O tutor ou tutora a
pessoa com quem vamos conversar e ter contato mais direto ao longo do processo forma-
tivo. quem vai promover a interao com cada cursista, alm de facilitar o contato entre
cursistas.
Cabe tutoria acompanhar o desempenho de cada participante, esclarecer as suas dvi-
das, moderar discusses assncronas (correio, fruns) e sncronas (chats) e por fim, porm
no menos importante, estimular a motivao e o interesse. Alis, este o ponto-chave na
educao no s a distncia. Sabemos que o contato e a troca contnuos so responsveis
pelo sucesso de qualquer processo formativo ou, ao contrrio, pela evaso do ambiente de
aprendizagem. Fica, portanto, o alerta de que a quantidade e a qualidade das interaes so
fundamentais para a continuidade e o xito deste trabalho a distncia.
Aspectos relacionados ao desempenho do cursista (como estudar, que dificuldades apresen-
ta, quando busca orientao, como se relaciona com outros estudantes do curso, se consulta
bibliografia de apoio, se realiza as tarefas e os exerccios propostos, se participa da constru-
o do currculo do curso, se capaz de relacionar teoria e prtica, entre outros aspectos)
so observados de perto pela tutoria. Trata-se de um papel fundamental para o desenvolvi-
mento da capacidade de organizao das atividades acadmicas e de auto-aprendizagem.
4. A IMPORTNCIA DA TUTORIA
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A tutoria , na verdade, apenas o elo mais visvel de uma extensa rede na qual voc est ingressando ao matricular-se neste curso. Alm do grupo de profissionais en-carregados de dar suporte acadmico, o/a cursista pode entrar em contato com os demais participantes do processo formador. Com isso, adentrar uma rede de aprendizagem
composta por grupos espalhados pelos mais diversos cantos do pas, podendo acessar um
autntico banco de talentos sobre as prticas de educao ambiental que j ocorrem nas es-
colas e fora delas. Essa rede, se bem explorada, pode constituir uma autntica comunidade
de aprendizagem, que aportar a voc toda a diversidade existente em nosso pas.
Ao atuar em um ambiente virtual, a pessoa est conectada grande rede eletrnica que
interliga bilhes de pessoas em todo o mundo a Internet. Participar dessa rede significa
ter acesso a bancos de dados, artigos, palestras, notcias, links de interesse, msicas, filmes
e outras fontes de informao, de modo a integrar e expandir a aprendizagem. A troca que
se estabelece na rede potencializa a gerao de conhecimento e revela a incrvel riqueza de
interagir e criar coletivamente.
Interagir em rede constitui uma aprendizagem necessria, que se aprende fazendo. Essa
habilidade construda ser til no cotidiano escolar, quando o poder de articular e intera-
gir faro toda a diferena na busca de maior vnculo entre disciplinas e da escola com a
comunidade na qual esta se insere. Aprender a interagir em rede favorecer o debate e o
compartilhamento de experincias, a criar modelos e outros aspectos que ajudam a qualifi-
car as prticas escolares.
Percebendo o enorme potencial que as redes oferecem, o MEC investe na Rede de Educa-
o para a Diversidade, um grupo permanente de instituies pblicas de ensino superior
dedicado formao continuada de profissionais de educao. O objetivo disseminar e
desenvolver metodologias educacionais para a insero dos temas da diversidade no co-
tidiano das salas de aula. Por meio da Rede so ofertados cursos de formao continuada
para professores em reas da diversidade e da sustentabilidade tais como: relaes tnico-
raciais, gnero e diversidade, formao de tutores, educao de jovens e adultos, educao
do campo, educao integral e integrada, educao ambiental, direitos humanos e cidada-
nia.
Veja na unidade Um olhar sobre a educao ambiental no Brasil, a
importncia das redes na institucionalizao e difuso da educao
ambiental no Brasil.
5. ENTRANDO NESSA REDE
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Conhea algumas redes de educao ambiental atuantes no pas.
Pesquise o que fazem e como engajar-se nelas. Voc pode comear
pela Rede Brasileira de Educao Ambiental (Rebea), que uma rede
de redes: www.rebea.org.br
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27Educao a distncia 6. A IMPORTNCIA DA AVALIAO
O processo de avaliao de aprendizagem na EAD, embora possa se sustentar em princpios anlogos aos da educao presencial, requer tratamento e considera-es especiais em alguns aspectos. Um dos objetivos fundamentais da EAD deve ser a de obter dos/as cursistas sobretudo a
habilidade de analisarem os contedos recebidos, de produzirem conhecimentos, de valo-
rizarem saberes e de proporem fazeres, se posicionando reflexivamente frente s situaes
concretas e imprevisveis do mundo contemporneo.
A avaliao dos processos de aprendizagem passa necessariamente pela reflexo crtica
dos/as aprendizes frente s suas prprias experincias, a fim de que possam contribuir na
construo do projeto poltico-pedaggico da escola, a partir dos referenciais tericos tra-
balhados no processo formativo e de experincia forjada na prtica cotidiana, tanto da sala
de aula quanto da escola da vida.
No caso especfico desta formao, a cada unidade trabalhada, espera-se que o/a participan-
te realize uma avaliao, que no conjunto, lhe possibilitar aventurar-se num projeto mais
ambicioso de fim de curso.
Queremos tambm estabelecer uma relao dialgica quanto a este curso em sua totalida-
de. Para aprimorar futuras ofertas pretendemos que a avaliao se estenda tambm forma
e apresentao do contedo, ao desempenho da tutoria, aos recursos de tecnologia de
informao disponibilizados e capacidade de acess-los.
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Acima de tudo, acreditamos que o desafio da EAD , em ltima instncia, o mesmo desafio que enfrenta a educao como um todo. Assim, ao pensar em EAD repen-samos a nossa compreenso sobre a educao.Desejamos a voc uma tima viagem ao mundo da formao continuada em educao
ambiental a distncia!
7. CONSIDERAES FINAIS
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REFERNCIAS
BRASIL. Decreto n 2.494/98, de 10 de fevereiro de 1998. Disponvel em: http://www.pedago-
giaemfoco.pro.br/d2494_98.htm . Acesso em: 2/02/2009.
LCK, E. H. Educao a distncia (EAD) na graduao: as polticas e as prticas. In: Frum Na-
cional de Pr-Reitores de Graduao das Universidades Brasileiras (ForGRAD). Anais. mimeo, p
5. Curitiba, 2002.
FRANSISCO, D. J.; MACHADO, G. J. C. Sociedade, EAD, incluso digital e formao de pro-
fessores. Revista Iberoamericana de Educacin, n. 38/1, 2006. Disponvel em: http://www.rieoei.
org/deloslectores/1172Francisco.pdf .Acesso em: 08/02/2009.
OLIVEIRA, E. G. Formao de professores distncia na transio de paradigmas.
Disponvel em: http://www.anped.org.br/reunioes/26/trabalhos/elsaguimaraesoliveira.rtf. Acesso
em: 28/07/2008.
TEPERINO, A. et al. Educao distncia em organizaes pblicas: mesa-redonda de pesquisa-
ao. Braslia: ENAP, 2006. 199 p.
WALKER, M. R; GOULART, A. M. P. L. Formao continuada de professores: os desafios da
atualidade na busca da competncia docente. Disponvel em: www.ppe.uem.br/publicacao/sem_
ppe_2003/Trabalhos%20Completos/pdf/039.pdf. Acesso em: 29/07/2008.
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