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1 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA ESPECIAL DE SAÚDE INDÍGENA DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA POTIGUARA PROJETO DE APOIO AO DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA Cartografia dos Fatores Intervenientes na Mortalidade Materna, Fetal e Infantil no Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara e dos Itinerários de Produção de Saúde nas Áreas Indígenas. Alana Macedo Bispo João Pessoa /PB 2013

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

SECRETARIA ESPECIAL DE SAÚDE INDÍGENA DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA POTIGUARA

PROJETO DE APOIO AO DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA

Cartografia dos Fatores Intervenientes na Mortalidade Materna, Fetal e

Infantil no Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara e dos Itinerários

de Produção de Saúde nas Áreas Indígenas.

Alana Macedo Bispo

João Pessoa /PB

2013

2

INTRODUÇÃO 1

A Política Nacional de Atenção a Saúde dos Povos Indígenas propõe

uma assistência estruturada e um modelo diferenciado na organização dos

serviços que garanta ao indígena o exercício da sua cidadania nesse campo de

acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS). É indispensável o

funcionamento adequado e que se torne eficaz baseado nas diretrizes do SUS

e levando em consideração as especificidades culturais, epidemiológicas e

operacionais desses povos. Para subsidiar as ações foi criada uma rede de

serviços nas terras indígenas, de forma a superar as deficiências de cobertura,

acesso e a aceitabilidade do SUS para os indígenas. (1)

A POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS INDÍGENAS

ASPECTOS GERAIS DO DISTRITO

Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas – DSEI são unidades de

responsabilidade sanitária federal, correspondentes a uma ou mais terras

indígenas criados pela Lei Nº 9.836 de 24 de setembro de 1999. (1)

A Lei Nº. 9.836/99 complementou a Lei Nº. 8.080/90, criando no Sistema

Único de Saúde - SUS brasileiro um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena,

organizando-o em Distritos Sanitários Especiais Indígenas – DSEI. Essa lei cria

o relacionamento entre o subsistema de saúde e os órgãos responsáveis pela

política indigenista; permite uma atuação complementar por parte de Estados,

Municípios e Organizações Não-Governamentais; determina a necessidade de

diferenciação na organização do SUS para atender às especificidades da

atenção intercultural em saúde, recuperando o princípio de eqüidade das ações

de saúde; possibilita a representação indígena no Conselho Nacional de

Saúde, nos Conselhos Estaduais e Municipais; estabelece o financiamento no

âmbito da União para os DSEI; adota uma concepção de saúde integral e

1 Informações retiradas da pagina da SESAI, Decretos, Legislação da saúde indígena.

3

diferenciada; aplicam os princípios do SUS de descentralização, hierarquização

e regionalização ao subsistema de saúde indígena.

A partir de 1999 foram organizados no Brasil 34 Distritos Sanitário

Especial Indígena ficando a execução da atenção à saúde indígena sob a

responsabilidade da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, braço executivo

do Ministério da Saúde do Brasil, portanto, a partir da aprovação da Portaria Nº

254, de 31 de janeiro de 2002, do Ministério da Saúde, entra em vigor a Política

Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.

A Lei nº 12.314/2010, publicada no Diário Oficial no dia 20 de agosto,

autorizou a criação da Secretaria Especial no âmbito do Ministério da Saúde e

transferiu as ações de saneamento básico nas comunidades indígenas da

Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para o Ministério da Saúde. O decreto

assinado em 21 de outubro de 2010 define as competências, estrutura de

organização e execução descentralizada por meio dos Distritos Sanitários

Especiais Indígenas (DSEI) pela SESAI.

O Distrito Sanitário Especial Indígena é uma unidade organizacional da

SESAI e deve ser entendido como uma base territorial e populacional é

responsabilidade sanitária claramente identificada, composto por equipe

mínima necessária para executar suas ações de saúde e com controle social

por intermédio do Conselho Local e Distrital de Saúde Indígena. Os territórios

distritais foram delimitados num processo de construção com as comunidades

indígenas, profissionais e instituições de saúde. Não se delimitou uma área

distrital apenas por critérios técnico-operacionais e geográficos, procurou-se

respeitar a cultura, as relações políticas e a distribuição demográfica tradicional

dos povos indígenas.

O distrito conta com uma rede de serviços de saúde dentro de seu

território, integrada e hierarquizada, com complexidade crescente e articulada

com a rede do SUS, integrada porque as comunidades são assistidas por EMSI

de forma integral nos pólos base, hierarquizada porque apresenta níveis

diferentes de atenção e assistência dentro de um processo que apresenta

responsabilidades e competências definidas em esferas de governo com

complexidades crescentes.

4

A constituição da rede de serviços leva em conta a estrutura de

serviços de saúde já existentes nas terras indígenas, a qual está sendo

adequada e ampliada de acordo com as necessidades de cada local2

1. CARACTERIZAÇÃO E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO:

O Distrito Sanitário Especial Indígena Potiguara implantado em 1999 tem

sede no município de João Pessoa e contempla 03 municípios do Litoral Norte

da Paraíba: Baia da Traição, Marcação e Rio Tinto ( Mapa 1); abrangendo um

total aproximado de 33.370 hectares (Terra indígena de Montmor, Jacaré de

São Domingos, e Akajutibiró). Os três Polos totalizam 32 aldeias (Mapa 2),

todas com acesso por via terrestre e sendo a distância entre a sede do DSEI

e as sedes dos Polos menor que 90 km e o mesmo ocorrendo entre estas e

as aldeias de sua área de abrangência. A população assistida atualmente no

distrito é de 12.678 mil índios aldeados e vinculados ao DSEI de acordo com os

últimos dados do SIASI de Abril de 2013. (2)

Mapa 1: Distribuição geográfica dos municípios sede dos Polos

Indígenas do DSEI Potiguara

2 Dados populacionais retirados do SIASI 2013.

5

Mapa 2: Distribuição das aldeias. DSEI Potiguara, 2012.

REDE DE ASSISTENCIA

Cada pólo base cobre um conjunto de aldeias (quadro abaixo), com

uma equipe multiprofissional composta por os enfermeiros, odontólogos,

médicos, tec. de enfermagens, ACDs e AISs que além de prestar assistência à

saúde realizam educação continuada e visitar domiciliares.

As demandas que superam a capacidade de resolução no nível dos

pólos base, ou seja, de atenção primária são resolvidas das mais variadas

formas:

- Serviço da Atenção Básica ou especializado de baixa complexidade

na sede do município ou na referência mais próxima;

- Hospital Municipal local de pequeno porte com baixa complexidade;

- Hospital de médio porte com média complexidade e resolução

(clínicas básicas, mais algumas especializadas e com diagnóstico e terapia

mais complexos);

6

- Hospitais de grande porte para procedimento e exames de Alta

Complexidade;

A área indígena segue o fluxo de encaminhamento para média e alta

complexidade de acordo com o que foi pactuado na PPI (Programação

Pactuada Integrada) que consiste em uma reorganização no modelo de

atenção à saúde em viabilizar o atendimento dos usuários aos serviços de

qualidade, pactuada entre os Municípios e o Estado.

Cada pólo base realiza seus encaminhamentos para referência

baseada na pactuação de cada município, sempre seguindo a regulação do

fluxo do município, o que foge disto acarreta problema de logística, de

insatisfação da clientela principalmente por não entender o processo, a

clientela indígena não compreende bem o fluxo da regulação, nem mesmo o

próprio sistema que os assistem , quando se fala em um subsistema e uma

atenção diferenciada se confundem com uma assistência privilegiada o que

muitas vezes dificulta o processo, sendo assim a primeira referência para os

polos são os municípios de sua abrangência e posteriormente as redes de

referência para Média e Alta complexidade situada na capital do estado, há

também uma assistência (ampliada, esta ocorrendo atualmente no estado de

Pernambuco, absorvendo a demanda encaminhada por especialista, na alta

complexidade de João Pessoa, uma vez comprovada a não resolutividade no

nível central, sendo esta referenciada para as seguintes redes, oftalmologia,

através da Fundação Altino Ventira e Hope (Hospital de olhos de Pernambuco)

,Hospital do Câncer, IMIP(Instituto de Medicina Integral Professor Fernando

Figueira), Hospital Português, Hospital da Restauração e AACD(Associação de

Apoio a criança deficiente) .

A rede de assistência a saúde do DSEI é composta por 03 Pólos Base

sendo assim distribuídos:

PB de Baia da Traição – Município de Baía;

PB de Marcação – Município de Marcação;

PB de Rio Tinto – Município de Rio Tinto;

Dados populacionais:

POLO BAIA DA TRAIÇÃO

7

POLO Aldeia Total de

Residências

Total de

Famílias Indígenas

BAIA DA

TRAIÇÃO AKAJUTIBIRÓ 97 104 302

BAIA DA

TRAIÇÃO BEMFICA 41 46 139

BAIA DA

TRAIÇÃO BENTO 12 15 47

BAIA DA

TRAIÇÃO CUMARU 67 74 220

BAIA DA

TRAIÇÃO DESALDEIADOS 373 429 1.319

BAIA DA

TRAIÇÃO FORTE 136 156 484

BAIA DA

TRAIÇÃO GALEGO 182 197 599

BAIA DA

TRAIÇÃO

LAGOA DO

MATO 20 25 74

BAIA DA

TRAIÇÃO LARANJEIRA 46 52 203

BAIA DA

TRAIÇÃO SANTA RITA 40 49 180

BAIA DA

TRAIÇÃO

SÃO

FRANCISCO 235 263 931

BAIA DA

TRAIÇÃO SÃO MIGUEL 220 233 740

BAIA DA

TRAIÇÃO SILVA 52 52 196

BAIA DA

TRAIÇÃO TRACOEIRA 39 42 151

Total 1.560 1.737 5.585

POLO MARCAÇÃO

8

POLO Aldeia Total de

Residências

Total de

Famílias

Indígenas

MARCAÇÃO BREJINHO 89 89 293

MARCAÇÃO CAEIRA 107 109 287

MARCAÇÃO CAMURUPIM 183 184 505

MARCAÇÃO CÂNDIDO 14 14 46

MARCAÇÃO CARNEIRA 25 31 97

MARCAÇÃO COQUEIRINHO 23 23 64

MARCAÇÃO DESALDEIADOS 346 357 1164

MARCAÇÃO ESTIVA VELHA 82 103 356

MARCAÇÃO GRUPIUNA 69 78 261

MARCAÇÃO JACARÉ DE

CESAR 56 63 205

MARCAÇÃO JACARÉ DE

SÃO DOMING 111 112 415

MARCAÇÃO LAGOA

GRANDE 124 126 426

MARCAÇÃO TRAMATAIA 245 269 808

MARCAÇÃO TRÊS RIOS 185 185 539

MARCAÇÃO VAL 48 48 131

MARCAÇÃO YBYKÜARA 86 86 253

Total 1.793 1.877 5.850

POLO RIO TINTO

POLO Aldeia Total de

Residências

Total de

Famílias Indígenas

RIO TINTO DESALDEIADOS 142 143 319

RIO TINTO JARAGUÁ 237 237 660

9

RIO TINTO MATA ESCURA 14 14 53

RIO TINTO MONT-MOR 524 524 1343

RIO TINTO SILVA DE

BELÉM 96 96 346

Total 1.013 1.014 2.721

A rede de assistência à saúde para Média e Alta complexidade estão

presentes em diversos hospitais que atendem em João Pessoa através do

SUS, sendo que somente 5 recebam os incentivos financeiros do IAE-PI que

são:

Hospital Rodrigo de Aguiar que recebe um incentivo de

R$18.000,00(Dezoito mil reais) e é referencia para atendimento

infantil, mais que segundo os próprios indígenas presta um serviço

de baixa qualidade, faltam leitos, forros de cama, material e o

atendimento é ruim e os internos não realizam exames mais

complexos, saindo da internação com os encaminhamentos em

mãos;

Hospital Edson Ramalho que atende a Media e a Alta

Complexidade e maternidade, recebem R$ 5.000.00 (cinco mil

reais) presta um serviço de qualidade satisfatório, quase todas as

consultas solicitadas são agendadas fazendo um contra censo por

ser o que recebe o menor valor dos incentivos.

Hospital Treze de Maio que recebe um incentivo de maior

expressividade R$ 26.000,00 (vinte e seis mil) e é o que presta o

pior serviço não da resposta as consultas agendadas, é muito difícil

marcar consulta no ambulatório e a insatisfação dos clientes é

notória, apresenta-se como referência em cardiologia e

pneumologia.

Hospital São Vicente de Paulo com incentivo de R$20.000,00,

apresenta-se como diferencial em referência a neurologia,

nefrologia, vascularização e oncologia, representa o suporte

Estadual nessas especialidades.

10

Hospital Universitário Lauro Wanderley com incentivo de R$

5.800,00, diferencial em ser um hospital escola, com diversas

especialidades, onde o paciente é avaliado em seu estado global,

tendo em vista a necessidade de estudar-se cada problemática

apresentada pelos usuários, que se estendem desde a clínica

médica ao suporte psicossocial.

HOSPITAL ESTADUAIS E DA GRANDE JOÃO

PESSOAMaternidade

Cândida

Vargas

Maternidade

Frei Damião

Hosp. Geral e

Maternidade

Flavio Ribeiro

SANTA RITA

Hosp. Geral e

Maternidade

Edson

Ramalho

Hospital

Universitário

Referência

Estadual Alta

Complexidade

Média

Complexidade

Média

Complexidade

Média

Complexidade

Média

Complexidade

Hospital São

Vicente de

Paula

Hospital

Napoleão

Laureano

Hospital de

Emergência e

Trauma

Hospital

Ortotrauma

Hospital

Monte Sinai

Nefrologia

Vascular

Oncologia

Neurologia

Oncologia Acidente com

arma de fogo e

arma branca

Fratura Exposta

Neurologia

Fraturas Não

Expostas

Cardiologia e

Cirurgias

eletivas

11

HOSPITAL ESTADUAIS E DA GRANDE JOÃO

PESSOA

Hospital

Santa Isabel

Hospital

Clementino

Fraga

Hospital

Infantil

Arlinda

Marques

Hospital

Infantil

Rodrigues

de Aguiar

Hospital 13

de Maio

Cirurgias

Eletivas

Doenças

Infecto

Contagiosas

Referência em

cirurgias infantis

e internações

gerais de alta e

média

complexidade

Pequeno

porte infantil

Pequeno porte

adulto,

referência em

cardiologia e

pneumologia

Complexo Psiquiátrico

Juliano Moreira

Hospital Geral do

Valentina Figueiredo

Psiquiatria

Desintoxicação por álcool e

outras drogas

Média Complexidade (adulto e

Infantil)

HOSPITAL ESTADUAIS E DA GRANDE JOÃO

PESSOA

Hospitais Gerais UPA

H. Edson Ramalho

H. Flávio Ribeiro

H. 13 de Maio

H. São Vicente de Paula

H. Valentina

H. Padre Zé

Unidade de Pronto Atendimento

HU

Hospital Escola:

Criança-Adolescente

Psiquiatria

Vascular

Gastro

DIC

ETC...

Os fatos de receberem recursos do IAE-PI não garantem satisfação do

serviço, em 03 unidades hospitalares que prestam atendimento diferenciado

12

aos indígenas são hospitais de pequeno porte, apenas 01 atende referências

mais complexas, com serviços de UTI e maternidade, embora outros hospitais

prestem assistência pelo SUS sem receber o recurso e tentam garantir a

eficiência do serviço mesmo com a referência na capital tendo dificuldades de

comportar o fluxo da regulação, a PPI é de 2010, ou seja, necessita de uma

nova repactuação porque a população cresceu e os serviços de saúde

ofertados a população necessita de novos financiamentos, principalmente para

as consultas de abrangência (que são procedimentos de acordo com a

disponibilidade da oferta) o Hospital Universitário dá um bom suporte e

atendimento aos internos, porém apresenta problemas na marcação das

consultas e o São Vicente que é referência para doenças renais e vasculares e

que tem uma grande demanda indígena, desconhecia que recebia o recurso

segundo a diretora do órgão.

Mesmo com os problemas enfrentados na regulação e com a

insatisfação do usuário o distrito tem para acompanhar as marcações de

consultas com especialistas uma Técnica em Enfermagem que percorre os

Hospitais realizando marcações de consultas, bem como profissionais do

Serviço Social que realizam intervenção junto às direções dos hospitais e

instituições, com o objetivo de expandir a rede de atendimento e levar ao

conhecimento de toda a presença de uma demanda especifica mesmo sem ser

referenciadas pelos municípios, tendo em vista que no sistema de regulação de

João Pessoa dificilmente há vagas disponíveis para os municípios onde vivem

os indígenas.

Há uma necessidade de articulação das enfermeiras coordenadoras dos

polos-base junto com as prefeituras locais, para uma tentativa de marcar estas

consultas pela regulação porque são de referências na atenção básica e o

sistema regulador para média e alta complexidade são de competência dos

municípios, embora a equipe seja articulada com o município ainda assim há

uma dificuldade em regular tal consultas devido ao número de vagas pactuadas

na PPI serem insuficientes nestes municípios.

Como não há CASAI no DSEI Potiguara, a administração fornece

passagem terrestre aos pacientes e seus acompanhantes para o atendimento

hospitalar na média e alta complexidade, disponibilizando um veículo com dois

servidores para acompanhar os indígenas em seus atendimentos, fornecem

alimentação e nos casos de pacientes idosos e com dificuldade de locomoção

13

são disponibilizados veículos para que sejam conduzidos até os destinos dos

atendimentos na capital e ainda em Recife quando referenciados para

tratamento fora de domicílio.

Existe ainda, um veículo que atende os pacientes com problemas renais

crônicos durante os 07 dias da semana. Aliado a isso o DSEI dispõe de

Assistentes Sociais e Enfermeiras que visitam, diariamente, pacientes

internados na rede hospitalar e tentam garantir um acesso mais eficaz aos

direitos dos internos, inclusive pactuando reuniões com as direções

hospitalares e coordenações técnicas dos hospitais.

A grande dificuldade está no fato de que os indígenas ao adentrarem no

âmbito hospitalar exigem atendimento prioritário, particular, imediato e não

compreende que há tratamento que são de longa permanência e que ao

saírem da aldeia, ou seja, do subsistema automaticamente entram no sistema

maior de referência de media e alta complexidade, sendo que ainda há

indígenas que não aceitam cumprir as regras dos hospitais quanto aos

cuidados clínicos e de alimentação, não consideram a questão da classificação

de risco e exigem prioridade por se considerarem “diferentes”, cobrando do

DSEI uma intervenção no âmbito hospitalar e até na conduta médica. Destarte,

é necessário afirmar que mesmo com os esforços do DSEI, ainda não é

possível conseguir garantir acesso com a eficiência que os indígenas almejam,

se faz necessárias ações mais eficazes para melhorar o atendimento das

populações indígenas na referência e ainda garantir financiamento específico

para as demandas.

Dados dos Óbitos

No ano de 2012 no DSEI ocorreram 46 óbitos em todas as faixas

etárias, 13(treze) nas faixas etárias de menor de ano, crianças de 1 a 5 anos e

mulheres em idade fértil (me ative somente para a clientela solicitada no

momento para o projeto Apoio), o que equivale a 28,26% dos óbitos do distrito,

sendo que destes 13 o coeficiente de Mortalidade infantil por 1000NV foi de

15,0% e o coeficiente de Mortalidade Perinatal de 15,0% em 267 nascidos

vivos no ano de 2012, 2 dois foram Neonatal precoce, 2 Pós neonatal.

Tabela de óbitos 2012

14

N Idade Sexo Descrição CID Polo Base

1 0 F Imaturidade extrema Marcação

2 3 F Leucemia Baia da Traição

3 0 M Tetralogia de Fallot Marcação

4 0 F Septicemia bact. do recém nascido Rio Tinto

5 29 F Defeito de coagulação não

especificado

Baia da Traição

6 31 F Linfoma não-Hodgkin Rio Tinto

7 2 M Hopotonia Congênita Baia da Traição

8 28 F Insuficiência renal crônica não

especificada

Rio Tinto

9 37 F Epilepsia e síndromes epiléticas

idiopáticas

Baia da Traição

10 0 M Pneumonia bacteriana Baia da Traição

11 29 F Outras septicemias Rio Tinto

12 0 F Natimorto de M. A. D. S. Marcação

13 0 M Natimorto de J. M. A. Marcação

É possível observar que dos 11 óbitos apenas 01 foi por causas

evitáveis na atenção básica, embora os outros não deixem claro se houve

fragilidade no pré-natal, ou causas ligadas a estilo de vida estão contribuindo

para os óbitos.

Em 2013 no DSEI ocorreram 03 óbitos na faixa etária de 0 a 7 anos ate

o mês de agosto.

Tabela de óbitos 2013

N Idade Sexo Descrição Polo Base

1 0 F Natimorto Rio Tinto

2 0 M Natimorto Marcação

3 0 M Pos neonatal Baía da Traição

A Morte Materna é algo que não aparece nos dados dos dois últimos

anos 2012 e 2013 no distrito.

Todos os óbitos foram informados no Formsus e 100% deles ocorreram no

hospital.

15

Fragilidades

Os dados encontrados são discutidos apenas com o Estado,

visualizando o banco de dados do SIM ou trocando informações destes

óbitos com a RT responsável, não há uma discussão em nível de DIASI

(Chefia, RT e EMSI) o que dificulta o processo de investigação ou

sobrecarrega apenas a RT de uma atividade que deveria ser coletiva no

sentido de obter melhor resposta na assistência.

Entretanto a redução de tempo desta investigação, a melhoria destes

dados, a melhor interação das equipes junto ao DIASI facilitaria e

dividiria responsabilidades em buscar causas, e ajudar na investigação

destes óbitos.

Umas das dificuldades são a falta de comitês de investigação de óbito

nos municípios de abrangência dos Pólos Base, a falta de uma equipe

para captar estes óbitos nestes municípios, investigarem e identificar

problemas, isto facilitaria as notificações, melhoraria o serviço no sentido

de analisar causa óbito e identificar falhas nos serviços e suas

instancias.

Outro problema são as DO´S que ficam nos cartórios e não são

digitadas no banco de dados do município, em uma visita in loco junto

com a RT do SIASI aos cartórios dos municípios de abrangência,

identificamos que as secretarias municipais não estão organizadas no

sentido de alimentação destas DO´S no sistema, as causas variam,

desde profissionais responsáveis pelo setor de vigilância que só estão

no município 01 vez por semana tornando o serviço de pouca

resolutividade, a falta de RH para que busquem estas Do´s nos cartórios

e alimentem o sistema , mostrando que os itinerários de assistência e

cuidados provocam gargalos em todos os níveis quando não

organizados, o distrito tem tentado resolver sua demanda captando

estas DO´s nos próprios cartórios e entregando ao município para

digitação e acompanhamento na inserção do banco estadual . Há uma

vontade para a melhora da alimentação dos dados pela RT, estamos

tentando traçar estratégias para efetivar nas equipes.

16

Falta uma melhor interação das equipes juntos aos RT, s de Vigilância

Epidemiológica, saúde da mulher e da criança para discussão dos casos

de óbitos, criando um vinculo maior entre as equipes de área, e um fluxo

de informações para posteriormente uma mudança no pensar da equipe

em relação aos dados gerados por todos.

Há ainda fragilidade quanto a investigação hospitalar, porém o DSEI

esta tentando organizar de forma multidisciplinar quanto a questão.

Em relação ao processo de morte visto pelos Potiguaras, eles estão em

contato com a sociedade não indígena há muito tempo, aldeias vivem

em um nível de organização bem parecido com a sociedade civil talvez

por este motivo não apresentem diferença no processo de relacionar-se

com o nascer ou morrer. Embora bem organizados e bem articulados

politicamente e com um conselho distrital atuante não se discutem o

processo de adoecimento ou morte nas aldeias pelos conselheiros,

reservando as reuniões para discussões maiores de interesse político

que apresente benfeitorias nas estruturas locais onde estão as aldeias.

Sistemas de Informação

As informações do distrito relacionadas aos óbitos são boas, as equipes de área

enviam mensalmente a relação nominal das pessoas que foram a óbito para a

inserção no SIASI. As informações são verificadas junto ao setor de operações,

especificamente junto à fiscal do serviço Funerário onde os dados são

comparados. Os dados por sua vez são verificados no SIM/SES-PB onde é

impresso uma copia da DO. Quanto não é encontrado no banco SIM/SES. é

feito a uma busca ativa uma busca ativa via cartório para obter estas

informações , o município de Rio Tinto nos da a melhor resposta devido o fluxo

na secretaria ser organizado e eles conseguirem informar os óbitos no SIM ,

entretanto os outros dois municípios este fluxo quebra um pouco quando se

trata de organização dos serviços , as secretarias municipais deixam lacunas as

vezes nas informações por meses , as justificativas variam desde falta de

profissional para realizar o serviço , desde desencontro na logística desses

cartórios .

17

Os óbitos são inseridos no SIM pelas secretarias municipais e no SIASI e

FORMSUS pelo distrito.

Quanto à questão do tempo de notificação e de investigação , a partir da data

dos óbitos em 2013 90% dos óbitos foram investigados (apenas a investigação

domiciliar), mais faltam as outras investigações para completarem o fluxo, a

investigação é realizada por uma enfermeira da vig.epidemiológica e quando

há necessidade a equipe de área é envolvida nas investigações, é proposta da

DIASI melhorar este fluxo de investigação e informações , estratégias traçadas

para o segundo semestre.

Por alguns problemas de logísticas, de fluxo de informações e outras

demandas da área técnica em 2012 apenas 25%dos óbitos foram investigados

ate 60 dias os demais 75% ou foram com mais de 60 dias ou ainda estão em

aberto.

No Estado já um comitê de mortalidade materna ativo, há uma conversa

da RT de Vigilância Epidemiológica com o estado desde janeiro sobre a criação

de um comitê intermunicipal para investigação destes óbitos nos municípios

que compõe a área indígena, proposta esta que a equipe da DIASI tenta

articular a efetivação ate o mês de Novembro.

Os Potiguaras já estão em contato com os não índios há muito tempo a

população que vive nas aldeias já possuem um nível de organização bem

parecido com a sociedade civil isto não traz diferença no processo de

relacionar - se com o morrer, os indígenas são enterrados em cemitérios locais

na maioria, embora dentro de algumas comunidades existam cemitérios

clandestinos.

Segue dados coletados com informações de Tec. de enfermagem e

presidente do CONDISI.

Pólo Base Aldeia Situação

Baía da Traição Vila São Miguel Ativado

Baía da Traição São Francisco *Desativado (enterravam

apenas crianças)

Marcação Jacaré de São Domingos Ativo

18

Marcação Camurupim Ativo

Marcação Coqueirinho *Desativado

Rio Tinto Mont Mor Ativo

Cemitérios desativados a muito tempo.

O Estado da Paraíba está dividido em 12 Gerências Regionais de Saúde (GRS).

Cada Gerência Regional conta com uma capacidade funcional instalada capaz de

articular o processo gerencial das ações técnico-administrativas da Saúde e os

municípios que compõe a área indígena fazem parte da I-GRS de João Pessoa.

Regionais de saúde

O Estado da Paraíba está dividido em 12 Gerências Regionais de Saúde

(GRS). Cada Gerência Regional conta com uma capacidade funcional instalada

capaz de articular o processo gerencial das ações técnico-administrativas da

Saúde

As Gerências Regionais de Saúde são:

I-GRS João Pessoa

VII-GRS Itaporanga

II-GRS Guarabira VIII-GRS Catolé o Rocha

III-GRS Campina Grande IX-GRS Cajazeiras

IV-GRS Cuité X-GRS Sousa

V-GRS Monteiro XI-GRS Princesa Isabel

VI-GRS Patos XII-GRS Itabaiana

Macrorregiões Assistenciais de Saúde

No âmbito da organização da assistência à saúde, desde 2002 o território

estadual está dividido em 04 MACRORREGIÕES DE SAÚDE, que por decisão da

Comissão Intergestores Bipartite em sua Resolução 397/08, será mantida.

Cada macrorregião é composta por um determinado número de municípios que

conformam a maior base territorial de planejamento da atenção à saúde, a partir das

características demográficas, sócio-econômicas, geográficas, sanitárias e

epidemiológicas, levando-se também em conta a oferta de serviços e as relações

intermunicipais.

19

O Estado está dividido em 16 Regiões de Saúde, as quais orientam as

conformações das Redes de Atenção.

A rede hospitalar própria é configurada a partir dos seguintes perfis

assistenciais: ginecologia e obstetrícia, clínica pediátrica, clínica médica,

cirurgias, e traumato-ortopedia de caráter eletivo e de urgências, organizadas

no Instituto Cândida Vargas, Hospital Santa Isabel, Hospital Valentina e

João Pessoas

Campina Grande

Sousa

Patos

20

Hospital Mangabeira, respectivamente. As demais especialidades estão

distribuídas nos outros serviços da rede pública, filantrópica e privada

contratada.

Em 2005 foi implantada a Central de Regulação (CR). É uma

ferramenta de gestão eu tem por função regular o acesso da população

aos serviços especializados (consulta, leitos e exames), faz parte da

Diretoria de Controle, Avaliação e Auditoria –DCAA. A CR funciona em

dois módulos:

1. Módulo de Marcação de Consultas e Exames, que funciona

de segunda a sexta-feira, em dois turnos diários; As

Unidades Saúde da Família e Serviços Especializados estão

conectadas com a CR através da internet;

2. Módulo de Internações Hospitalares funciona sete dias na

semana, 24 horas. O sistema de software é o

SISREG/Datasus/MS.

Redes

Panorama atual das Redes de Atenção à Saúde na Paraíba

Redes temáticas: Rede Cegonha, Urgência e emergência, Saúde Mental e

Pessoa com Deficiência e Rede de Oncologia (em fase de discussão).

Após a organização e pactuação das Redes de Atenção nas Regiões de

Saúde, se dará a assinatura do Contrato Organizativo (COAP) terá como

instância de negociação as Comissões Intergestoras Regionais (CIR) .

Na grande João Pessoa estão em reuniões para aprovação na CIB ainda

acontecem algumas reuniões das redes.

Os municípios que compõe a área indígena não estão estruturados em relação

as redes eles não tem estrutura mínima para o fluxo desta demanda .Existe um

21

inicio de conversa entre estes municípios em levar uma discussão para a CIR

que os municípios da 14º região (onde estão o das área indígena )não tem

condição de ser região de saúde e necessitam voltar para a 1º região onde

comporta o município de João Pessoa.

FORMAÇÃO DOS GRUPOS CONDUTORES – FORMADOS EM 2012

Rede Cegonha Portaria GC publicada em maio/2012

Rede de cuidados da pessoa com deficiência Portaria GC publicada em julho/2012

Rede de Atenção Psicossocial Portaria GC publicada em 15/agosto

Rede de Urgência e Emergência Portaria GC publicada em 12

setembro.

REDE CEGONHA

O Estado da Paraíba elegeu 04 regiões prioritárias que são: a 1ª região

(João Pessoa + 14 municípios); 6ª região (Patos + 24 municípios); 9ª região

(Cajazeiras + 14 municípios) e a 16ª região (Campina Grande+14 municípios)

aprovadas pelo Ministério da saúde, de acordo a portaria 2.359 de outubro de

2012. Até o final de 2013 as outras 12 regiões serão prioritárias.

As ações da Rede Cegonha são coordenadas pelo Ministério da Saúde e

executadas pelos Estados e Municípios através de um plano de ação composto

de propostas que abrange a atenção integral a saúde da mulher no

componente obstétrico com foco na gravidez para pós-parto e assistência

infantil. Além de possui instrumento jurídico para sua formalização que se dá

através dos planos construídos e pactuados na Comissão Intergestora Bipartite

(CIB), inseridos logo após no sistema dos planos de ação das redes temáticas

(SISPART) o agente financeiro é Fundo Nacional de Saúde e quem recebe os

municípios, estados, distrito federal, entidades privadas sem fins lucrativos e

órgãos públicos federais.

Baseado neste contexto, o Plano Estadual foi elaborado buscando um

caminho mais seguro e humano que possibilite um atendimento digno e de

qualidade.

Os componentes a serem trabalhados nesse percurso são:

Pré-natal

Parto e Nascimento

Puerpério e Atenção Integral a Saúde da Criança

22

Sistema Lógico Transporte e Regulação

Mapa da Rede de Atenção e Itinerário de produção de Cuidado

Existe algum instrumento utilizado pela EMSI/Polo Base para

acompanhamento e monitoramento das gestantes?( X )

Sim. Qual? Fichas de acompanhamento utilizadas pelas equipes multidisciplinar

de saúde que informam dados das gestantes, como cartão da gestante e

prontuários.

23

Quantidade de gestantes existente por Polo Base

Polo Base3 Número de Gestantes – 2012

Janeiro Feverei

ro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Baía da Traição 2 0 0 0 0 32 29 43 45 30 0 42

Marcação 0 14 0 43 0 29 42 43 48 53 63 71

Rio Tinto 24 24 19 29 27 24 18 24 27 26 14 36

Total de Gestantes do DSEI

Comentários: Os dados não estão completos, porque há uma fragilidade na captação estes dados são informados pelos AIS, as planilhas utilizadas pela área técnica informam gestantes acompanhadas e não em sua totalidade, com a nova versão do SIASI esses dados serão inseridos de forma mais concreta.

Polo Base Número de Gestantes - 2013

Janeiro Feverei

ro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Baía da Traição 51 46 37 44 27 10

Marcação 37 37 55 32 28 19

Rio Tinto 24 31 32 28 24 19

Total de Gestantes do

DSEI 112 114 124 104 79 48

24

1. Local de Realização do Parto

Ano de 2012

(janeiro a dezembro)

Polo Base¹

Número de partos

ocorridos na Aldeia

Número de partos

ocorridos no Hospital

Outros

Baía da Traição 01 103

Marcação 01 114

Rio Tinto 0 53

Total 02 270

Ano de 2013

(Janeiro a junho)

Polo Base¹

Número de partos

ocorridos na Aldeia

Número de partos

ocorridos no Hospital

Outros

Baía da Traição 24

Marcação 35

Rio Tinto 21

Total 80

Comentários: Os dados de 2013 não estão todos tabulados portando não é possível identificar o local com exatidão do local de

nascimento.

25

Referência de pré-natal de risco habitual, por Polo Base, quando acompanhado em UBS do município e em ambiente

Hospitalar.

Polo Base¹ Nome do Serviço conforme

CNES4 Número do

CNES² Cidade

Tipo de Gestão5

Público Municipal

Público Estadual

Conveniada ao SUS

Outros (privada)

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto

Hospital e Maternidade Flavio Ribeiro Coutinho

2592746 Santa Rita x x

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto Hospital Edson Ramalho

2400324 João Pessoa x x

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto Maternidade Frei Damião

2707527 João Pessoa x x

Comentários:

2.

4 O número do cadastro do estabelecimento pode ser consultado no site http://cnes.datasus.gov.br/Lista_Es_Nome.asp. Colocar nome do estabelecimento conforme

registro no CNES. Em caso de dificuldade de consulta ao CNES, solicitar ajuda da Referência de Apoio.

5 Marcar “X”

26

Referência de pré-natal de alto risco por Pólo Base?

Polo Base¹ Nome do Serviço conforme

CNES² Número do

CNES² Cidade

Tipo de Gestão³

Público Municipal

Público Estadual

Conveniada ao SUS

Outros (especific

ar)

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto

Maternidade Cândida Vargas

2399644 João Pessoa x

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto

Hospital Universitário Lauro Wanderley

2400243 João Pessoa x x

Comentários: Os municípios na tem suporte nas unidades de saúde locais para referencia ao pré-natal de alto risco

encaminham as mesmos ao município de referencia João Pessoa.

27

Qual a referência para exames laboratoriais de pré-natal por Polo Base?

Polo Base¹ Nome do Serviço conforme CNES²

Número do CNES²

Cidade

Tipo de Gestão³

Público Municipal

Público Estadual

Conveniada ao SUS

Outros (especificar)

Comentário: Existe um laboratório de analises clinicas que funciona no pólo base de Baía da Traição, que realiza exames

básicos na área indígena e que absorve a grande demanda local, sendo referenciados apenas exames complementares e

de outras complexidades, o estabelecimento não possui CNES.

OBS: Não foi possível identificar todos os quantitativos de exames realizados nas gestantes entre os anos 2012 e 2013 devido ao

laboratório computar os exames em números absolutos não sendo possível distinguir entre gestantes e não gestantes, o que foi

possível coletar segue em anexo na tabela abaixo.

Nome do Serviço

conforme CNES²

Tipo de Exame Média dos

procedimentos por mês

Nome do Serviço

conforme CNES²

Tipo de Exame Média dos

procedimentos por mês

Hemograma Hemograma

Tipagem Sanguínea e Fator RH

Tipagem Sanguínea e Fator RH

Coombs Indireto Coombs Indireto

Glicemia de Jejum Glicemia de Jejum

Tiragem para Sílis ou VDRL/RPR 75

Tiragem para Sílis ou VDRL/RPR 280

Anti-HIV 473 Anti-HIV 241

28

Toxoplasmose IgM e IgG Toxoplasmose IgM e

IgG

Sorologia para hepatite B (HbsAg) Não realizado

Sorologia para hepatite B (HbsAg) 117

Exame de urina e urocultura

Exame de urina e urocultura

3. Qual a referência para ultrassonografia obstétrica por Polo Base?

Polo Base¹ Nome do Serviço Conforme CNES²

Número do CNES²

Cidade

Média dos procedimentos por mês

Tipo de Gestão³

Público Municipal

Público Estadual

Conveniada ao SUS

Outros (especific

ar)

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto

Maternidade Cândida Vargas

2399644 João Pessoa x

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto

Hospital Edson Ramalho

2400324 João Pessoa x x

Comentário:

29

4. Qual a referência para parto de alto risco?

Polo Base¹ Nome do Serviço CNES² Número do

CNES² Cidade

Tipo de Gestão³

Quantidade de leitos ativos4

Média de partos

de indígena

s realizado

s por mês

nesse serviço

Público

Municipal

Público

Estadual

Conveniada ao

SUS

Outros

(especificar)

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto Maternidade Cândida

Vargas

2399644

João Pessoa x

Obstétricos 06

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto Hospital Universitário

Lauro Wanderley

2400243

João Pessoa x x

Obstétrica cirurgia 24

5. Como é realizado o transporte sanitário no caso de parto em ambiente hospitalar?

A paciente é levada para o hospital de referencia depois de contato com a equipe do pólo base através dos carros do distrito

disponíveis em área para um dos hospitais de referencia e o setor de operação fica sabendo após visita a estas unidades ou

quando a equipe se encarrega de informar que a gestante fez o deslocamento para a referencia.

30

11- Qual a referência para urgência e emergência para população indígena em geral?

Polo Base¹ Nome do Serviço CNES² Número do

CNES² Cidade

Tipo de Gestão³ Quantida

de de leitos

ativos4

Média de encaminhamentos por mês

para esse serviço

Público

Municipal

Público

Estadual

Conveniada ao

SUS

Outros

(especificar

)

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto

Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena 2593262

João Pessoa

x x

122 leitos

Baía da Traição /Marcação /Rio Tinto

Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcisio Burity 2399628

João Pessoa

x

155 leitos

Comentário:

6. Como é realizado o transporte sanitário no caso de urgência e emergência para atendimento hospitalar?

O paciente e levado para o hospital local, pelos familiares ou até mesmo pela EMSI com carros disponibilizados pelo distrito

chegando lá, e avaliado pela equipe médica, se for o caso e encaminhado para referência mais próxima através da central de

leitos.

31

7. Participação do DSEI na CIR

Região de Saúde

DSEI participa ativamen

te da CIR?

(Sim ou Não)

Quem participa? Quais têm sido as principais

pautas?

De que forma tem sido considerada a especificidade

da Saúde Indígena nas pactuações

14º Regional de saúde Sim Coordenador do distrito e Apoio

AS Redes e programas do Ministério para adesão

municipal.

O distrito foi inserido no estatuto e participa ativamente nas propostas principalmente

nos municípios de área indígena.

Comentário:

Como estratégia para melhorar as investigações do óbito o coordenador do distrito, apoio, chefia da DIASI e RT de Vig.

Epidemiológica pedira uma pauta nas próximas reuniões para propor a criação de um comitê intermunicipal com o apoio do estado

para melhor investigação e monitoramento dos óbitos.

32