mês de fevereiro ondinas e sereias

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Mês 02 Portal Caminhos de Ogum www.jornaldeumbandaportalcaminhosdeogum.blogspot.com.br [email protected] 1 Diretor responsável Caio Augusto Novidades, textos, eventos, matérias, tudo que você Umbandista procura.

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no encanto da sereia jornal de fevereiro de 2015

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[email protected] 1

Diretor responsável Caio Augusto

Novidades, textos, eventos,

matérias, tudo que você

Umbandista procura.

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Editorial

Olá amigos e irmãos meu saravá fraterno, Muita Luz para esse

fevereiro.

ORAÇÃO PARA OGUM

Ogum, meu Pai – Vencedor de demanda,

Poderoso guardião das Leis,

Chamá-lo de Pai é honra, esperança, é vida.

Vós sois meu aliado no combate às minhas inferioridades.

Mensageiro de Oxalá – Filho de OLORUN.

Senhor, Vós sois o domador dos sentimentos espúrios,

depurai com Vossa espada e lança,

Minha consciente e inconsciente baixeza de caráter.

Ogum, irmão, amigo e companheiro,

Continuai em Vossa ronda e na perseguição aos

defeitos que nos assaltam a cada instante.

Ogum, glorioso Orixá, reinai com Vossa falange

de milhões de guerreiros vermelhos e

mostrai por piedade o bom caminho

para o nosso coração, consciência e espírito.

Despedaçai, Ogum, os monstros que habitam nosso ser,

Expulsai-os da cidadela inferior.

Ogum, Senhor da noite e do dia

e de mãe de todas as horas boas e más,

livrai-nos da tentação e apontai o caminho

do nosso Eu.

Vencedor contigo, descasaremos

na paz e na Glória de OLORUN.

Ogumhiê Ogum

Glória a OLORUN!

Ass: Caio Augusto Presidente do Jornal.

NOTA:

Comunicamos que, o Jornal de Umbanda

Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço

livre que altores enviam seus textos e trabalhos e

é comunicado a na mídia Umbandista, cada um

tem total responsabilidade por seu texto, então o

jornal em geral só si responsabiliza pela

montagem e divulgação!!!!! boa leitura.

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(Caio Augusto)

Essas entidades espirituais, quando incorporam, não

costumam falar. Emitem um som que imita um canto, mas é um

mantra repetido o tempo todo. Quem as viu, descreveu-as tal

como nos mitos sobre as sereias gregas: metade mulher,

metade peixe!

Têm os cabelos longos e a parte mulher é belíssima. Esses

espíritos "metá-metá" que vivem no mar são tão intrigantes

que, ou acreditamos no mito das sereias ou ficamos sem

explicá-los.

Mas a espiritualidade superior explica-nos esse mistério desta

forma: na criação divina há tantas formas de vida que não

devemos nos surpreender com nenhuma delas e sim entendê-

las. Há na criação dimensões da vida que são, em sim,

realidades plenas e destinadas a formas de vida específicas.

Também há dimensões que não têm início ou fim, pois são

infinitas e totalmente aquáticas. São oceanos, só oceanos, tal

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como os conhecemos aqui na Terra, e dentro deles há tanta

vida quanto Deus a criou. A evolução ensina-nos que, para

caminhar sobre a terra, temos que ter pernas, para viver na

água, se deve ter nadadeiras. Espíritos que sempre viveram e

evoluíram dentro da água também receberam de Deus tudo de

que precisavam para se adaptar ao meio destinado a eles.

A metade humana indica que são espíritos.

A metade peixe indica que se adaptaram ao meio durante suas

evoluções. São seres "encantados" da natureza aquática e

também estão evoluindo! São como Deus quis que fossem, e

ponto final. Essas Sereias, como tudo mais nos mares, são

regidas por Yemanjá e a têm na conta de mãe divina de todas.

Elas a servem com dedicação e amor e gostam de nós porque,

após concluírem o estágio encantado da evolução, irão para o

estágio natural onde, como a borboleta que sai do seu casulo,

também deixarão de ter o corpo de peixe, da cintura para baixo

e terão daí em diante um corpo feminino igual ao dos espíritos

humanos. Na evolução tudo é transitória e basta conhecermos

essa transição para não nos surpreendermos com nada. Essas

sereias não são como as lendas, que as descrevem como seres

que atraem os pescadores e os arrastam para o fundo do mar,

sumindo com eles. Isso PE lenda criada pelo imaginário

popular, em colonas de pescadores que, por não terem como

explicar o desaparecimento deles, atribuíram às sereias tal

coisa. São só seres da natureza aquática, mas em seu lado

espiritual, pois no lado material são só lendas porque não

pertencem a ele. Esses espíritos híbridos são possuidores de

formidáveis poderes que, se colocados em nosso auxílio,

muito nos ajudam. Com o arquétipo já existia em função dos

mitos e das lendas sobre elas e das visões desses seres

encantados, então não foi surpresa elas se manifestarem

quando se canta para Yemanjá.

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Tanto que, na Umbanda, Yemanjá é tido como a mãe-sereia, a

mãe das peixes, diferenciando-a de forma acentuada da

Yemojá Nigeriana, que não conhecia o Mara, pois aquele país

não faz limite com ele. Na Nigéria, Yemojá é associada às

águas doces e há até um rio com o seu nome. O que todos

precisam entender é que os Orixás foram reinterpretados e

adaptados à Umbanda e à nossa cultura ocidental (Greco-

romana). Na Umbanda, Yemanja é a dona do Mara e tem as

hierarquia de auxiliares, que são os Exus, Pomba- Giras e

Exus-Mirins do mar; que são os Marinheiros, os Caboclos e as

Caboclas do mar.

E há as Sereias, que são seres encantados que, se

incorporarem em suas médiuns, umas ficam sentadas como

que de lado e outras ficam em pé. As que ficam sentadas

movem o tronco e os braços como se estivessem nadando e se

banhando nas ondas.

As que ficam em pé, tal como os marinheiros, movem-se com

passos de dança e fazem uma linda coreografia mágico-

religiosa, pois, nos seus movimentos, vão recolhendo todas as

cargas energéticas negativas dos seus médiuns e da

assistência dos centros. Muitos autores Umbandistas já as

descreveram como higienizadoras e isso é correto, pois têm

um poder de limpeza e purificação inigualável pelas outras

linhas de Umbanda. O arquétipo é poderoso porque tem por

trás os Orixás femininos das águas, as forças primordiais da

criação.

No estágio encantado são sereias. Mas, quando alcançam o

estágio natural, passam a ser denominadas ninfas. As ninfas

são uma transição para um estagio posterior quando tornam a

encantar-se e transformam-se em Yemanjás, Oxuns e Nanãs da

natureza.

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Elas, ao reencantarem-se e tornarem-se Orixás da natureza,

adquirem o direito de manifestarem-se já como mães Orixás

em seus médiuns, aos quais amparam e conduzem em suas

evoluções. Que o arquétipo é poderoso, não tenham dúvidas.

Que traz em si um imensurável poder de realização, colocado à

disposição de todos, isso é certo.

curta: https://www.facebook.com/t.u.portalcaminhosdeogumebaianoseverino

"A Saga de Orum" é um livro de Literatura Fantástica, banhado de aventuras, e tem como tema a mitologia africana... "Orum está em perigo. Os orixás iniciarão uma guerra

de proporções épicas, pois a pedra sagrada do príncipe Oxaguiã está desaparecida. O rei Olorun, buscando o conselho do oráculo Ifá, descobre que somente a antiga raça de guerreiros sagrados da Terra - descendentes dos orixás - será capaz de empreender essa missão. Orunmilá, o feiticeiro, faz uma magia ancestral, e traz para Orum os escolhidos por Ifá: Rick, Verônica e Duda. Três jovens comuns, que do dia para a noite, se veem com a responsabilidade de salvar o mundo. Eles contarão com a ajuda de Lonan, o guardião, que com seu dragão alado os guiará durante toda a missão. Eles vivem muitas aventuras até desvendarem que o verdadeiro culpado está mais próximo do que poderiam supor". LANÇAMENTO: 21/09/2013 no período da tarde. Biblioteca Viriato Correia, durante o Fantasticon! Rua Sena Madureira, 298 - Vila Mariana - São Paulo. PRÉ-VENDA: http://www.livrariadaana.com.br/index.php/a-saga-de-orum-os-guerreiros-sagrados.html

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(Douglas Elias)

se quando das ocasiões da vida, a razão incompreendida depois de

tantas tentativas para conseguir um objetivo importante e bons

resultados não se obtêm, então:

- se chorar? alivia, mas não resolve,

- se reclamar? mais complica e não adianta,

- se revolta? causa mais confusões,

- se esconder ou fugir? comprime a tristeza com mais dores ficando

presa da solidão.

- se ignorar? retarda mais o peso e provoca ilusões.

- se implorar ajuda? covardes vingam complicadas e dependentes

vendas de soluções.

- se estacionar crendo ser justiça o sofrimento? corrompe a própria

esperança para um novo e radiante amanhecer.

felizmente, alguma esperança sempre prevalece e é o mínimo que

nunca se perde em uma vida.

e junto com ela – a esperança -, vem a reflexão,pois :

- se há dor, há a cura,

- se houve percas, roubos, prejuízos, haverá as compensações.

- se há obstáculos, há passagens seguras entre eles.

- se há contrários obsessivos, há voluntários do amor para ajuda e

libertação.

- se há escassez de recursos, há a abundancia de outros e novas

adaptações.

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- se há a escuridão da ignorância, há á luz da sabedoria.

- se há feitiços, rezas, más magias, há as que as desmanchem, desfazem

e as anulam.

e em todos os casos que surgem problemas, em seus efeitos e ações, há

o poder soberano de deus em suas leis automáticas para regularização.

para todos os problemas possíveis e impossíveis que ocorrem nas vidas,

sempre haverá soluções boas.

os problemas existem para testar a capacidade humana de criar e

ativar as soluções.

deus não cria nada imperfeito ou que levará a alguma imperfeição.

e concedeu ao ser humano toda a capacidade de resolver qualquer

problema que surge em vida, pois toda a vida tem o objetivo

primordial a evolução.

a mecânica de todo o problema é a que mostra em suas raízes, a forma

em que ele corrompeu o que perfeitamente funcionava.

contudo, nem sempre se pode ter tudo o que se pede na vida.

pois a vida não concede apenas o que se é de querer, pois são desejos.

todos os desejos que corrompem a harmonia perfeita das vidas e sua

liberdade de felicidade verdadeira é uma ação ignorante realizada pelo

ser humano.

este poder invertido humano não encontra amparo nem continuidade

perante o supremo poder de deus.

então, para acionar o que se quer da vida, antes se é necessário saber o

porquê se quer.

quando a resposta vier positiva, imediatamente haverá um encontro

com a vontade.

e esta vontade encontra amparo integral com o universo da vontade

divina.

a vontade é além do querer e é determinante para realizar o que se

pretende.

a vontade sincera é o motor da fé.

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e os lamentos, as sentenças determinantes negativas que impedem uma

vontade de ser feliz realizando o que pretender, é paralisação do motor

da fé, causando muitas ilusões, confusões e direções errôneas dos

caminhos das diretrizes da verdade da vida.

o motor da fé funciona pleno quando na positividade da vontade.

então, está na sincera vontade que significa também confiança, tanto

em si, quanto na vida e na certeza de que deus que é puro amor, além

de conceder tudo para uma vida feliz de todas as criaturas, sempre

colaborará para ser mais ainda; muito mais, infinitamente mais, para

a plena felicidade de todos.

queira ser feliz... pratique sua vontade determinante no amor de deus.

assim, a vida seguirá ao teu lado, colaborando com sua verdade na

realidade da felicidade sem fim!

que é para ser – como se diz? feliz

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(Felipe Campos)

Se eu te perguntasse se você é um Egun? O que você me responderia?

Digo isso, pois, baseado em minhas experiências de terreiro e

vivenciando a espiritualidade umbandista, já ouvi muitas respostas

para essa pergunta, uns explicam de uma forma, outros de outra, uns

com maior desenvoltura e palavras com floreios, e outras pessoas

explicam o que realmente estão pensando sobre o tema, mas isso não é

o mais importante, pois, o que mais importa nisso tudo é a

fundamentação das respostas.

Posso afirmar que em pelo menos 90% das respostas, giram em

torno de afirmar que eguns são espíritos atrasados, paralisados,

desequilibrados, ruins, obsessores que zombam e atrapalham nossa

vivencia, claro partindo deste principio penso que jamais

responderíamos que somos eguns, certo?

Porém, se olharmos por outra ótica, com certeza reavaliaremos a

resposta desta pergunta tão singela, e para isso precisamos entender

sua fonte.

A Umbanda é uma religião sincrética, disso todos nós já

sabemos, bebemos, e congregamos diversas culturas diferentes, e com

isso diversas linguagens diferentes, podemos citar o Yorubá, o Fon, o

Quimbundo e o Quicongo, claro que também o português, então temos

ai pelo menos cinco línguas diferentes usadas nos dialetos de Umbanda,

claro que hora ou outra vai gerar alguma confusão linguística, um

desencontro entre sentido e tradução.

A palavra Egun, tem origem nos cultos nigerianos, da língua

Yorubá, e significa espirito, nada mais nem além disso, espirito sem

nenhuma qualificação, nem perdido, nem ruim, nem desequilibrado,

nada, simplesmente espirito. Com a miscigenação e o sincretismo

empregado na religião, com o passar do tempo essa palavra começou a

ser usada em diversas ocasiões diferentes e os próprios umbandistas

começaram a interpreta-la como referencia de um espirito zombeteiro,

perdido, mas não é essa a verdade.

Olhando desta ótica e voltando a nossa pergunta inicial, lhes digo

que sim, somos todos eguns, pois, somos todos espíritos, eu e você meu

caro leitor somos eguns, nossos guias espirituais e mentores de luz,

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esses também são eguns, pois, são espíritos, nem mais nem menos, egun

é espirito e isso basta.

Então sem mais, um forte abraço aos eguns leitores que tanto

colaboram com o crescimento do conhecimento nosso para que

possamos ajudar nossos eguns irmãos.

(Orlando Garcia)

Ainda era madrugada, o sol nem nascera, eu e meus dois irmãos empurrávamos nosso pequeno barco contra as ondas que teimavam em chegar a areia da nossa ilha. Pedi permissão e proteção a minha mãe Iemanjá para

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adentrarmos em seus domínios. Parecia um dia comum, mas em alto mar o tempo mudou, rajadas de vento nos forçaram a baixar as velas e o barco ficou a deriva; ondas enormes passavam por nós, nosso barco parecia um barquinho de papel na imensidão daquele mar revoltoso. Roguei por Deus e pedi a proteção de minha mãe Iemanjá para que não nos abandonasse. Horas depois tudo se acalmou, nem parecia que aquele pesadelo tinha acontecido. Ao chegar a praia vimos que os coqueiros estavam caídos e a vegetação tombada no sentido contrário ao mar, não havia uma casa em pé. Corri para minha casa onde havia deixado minha amada Helena, minha companheira há aproximadamente vinte anos e minhas filhas Heloísa e Irene, porém a casa não encontrei, só restos dos alicerces. Sentei onde antes era minha casa e chorei copiosamente. Logo fui tocado no ombro, era meu irmão mais velho que chorando me falou que sua casa e a casa de meus pais também tiveram o mesmo fim. Neste momento blasfemei contra Deus, disse “nunca mais falarei o Seu nome e que minha Iemanjá tinha me abandonado, que não mais a tinha como minha mãe”. Os dias se passaram, meu irmão mais velho tornou-se um alcoólatra, o mais novo saiu a procura de emprego em outra cidade e eu fui procurar ocupação numa cidade grande próxima a ilha onde vivi por quarenta anos. Chegando a cidade não conseguia emprego devido a idade e a falta de qualificação, pois só sabia pescar e mergulhar, ofício que aprendi com meu pai e meu avô. Andei por horas até escurecer. A fome começou a me incomodar, fui até um comércio próximo onde comprei uma broa, era grande e o preço pequeno. Voltei e fui dormir numa praça. Quando o dia raiou abri os olhos e percebi bem ao centro uma bela igreja. Chorei muito e pedi a Deus que me desse uma prova para que eu pudesse voltar a acreditar Nele. Saí a procura de serviço e já na hora do almoço um menino de uns doze anos veio me pedir que lhe pagasse algo para comer, perguntei onde estavam os seus pais, e ele me respondeu que os perdeu ainda muito criança. Quis saber quem cuidava dele, a resposta foi direta ao meu coração,

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falou-me que Deus era quem tomava conta dele e sempre colocava um anjo em seu caminho, que não o deixava passar fome. Paguei-lhe um almoço e o que me sobrou deu apenas para comprar dois pãezinhos. Saindo dali percorri uns dois quarteirões quando avistei a beira do porto um homem trajando um uniforme branco muito bonito, recrutando homens para trabalhar em seu navio. Logo fui aceito, nem mesmo a minha idade foi empecilho, depois fiquei sabendo que este senhor era o Capitão responsável por aquela embarcação. Comecei trabalhando na limpeza, logo fui promovido para imediato, ou seja, responsável por levar as ordens do capitão a quem quer que seja. Um ano após, tornei-me o mergulhador do navio, morri bem velho aos noventa e dois anos, ainda na ativa. Mulheres, só tive as que o dinheiro pôde pagar, bebida há mais de vinte anos não ingeria. Acabei como todo marinheiro sempre quis, no navio e o corpo entregue aos braços de minha mãe Iemanjá. Agradeço a Deus pelo anjo que me enviou, ao qual paguei o almoço e que me trouxe a fé. Hoje trabalho na umbanda e compartilho com meu filho a oportunidade de retribuir um pouco do muito que Deus me deu. SALVE MEU PAI OXALÁ! SALVE ODOIÁ, MINHA MÃE IEMANJÁ, RAINHA DOS TESOUROS E SEGREDOS DO FUNDO DO MAR...

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(Adriano Camargo)

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(Maria Aparecida Linares)

Religião X Educação X Consciência

Quando peço para alguém dizer o que representa a palavra RELIGIÃO, a

resposta é imediata: -“Amor, fé e caridade!”

Quando faço a mesma pergunta para a palavra ESCOLA, a resposta é:

“Educação!”

Pergunto-me porque as pessoas não fazem a ligação entre religião e

educação, já que a evolução espiritual da alma é lenta e amadurece ao longo da

jornada terrena, de acordo com as convicções e atitudes de cada um.

A palavra de ordem hoje é ECOLOGIA e a atitude politicamente correta é a

ECOLÓGICA. Esse conceito mundial dita a regras sociais e modifica os hábitos

humanos em prol de um bem maior: o PLANETA, onde num futuro bem próximo,

viverão nossos filhos e netos.

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Portanto, não é porque os rituais das culturas africanas sacrificavam seus

animais que continuamos a fazê-los atualmente. Eu pessoalmente defendi a tese

para a proibição do sacrifício animal, que já não condiz com a realidade que

vivemos.

Ecologia é uma ciência que estuda a equalização entre meio-ambiente, os

seres vivos e as interações que determinam a justa distribuição.

A palavra ecologia vem do grego “oikos” (casa) e “logos” (estudo), ou seja, o

estudo da casa (lugar) onde se vive. Esse termo foi utilizado pela primeira vez em

1869 por Ernest Haeckel (cientistas alemão) e a primeira revista ecológica

(Morther Earth – Mãe Terra) foi publicada em 1.906 por uma anarquista (vejam

só!) Emma Goldman, nascida no Império Russo – Lituânia que tornou-se uma

ensaísta de filosofia anarquista e escreveu vários artigos anticapitalistas, sobre a

emancipação da mulher, sobre problemas sociais e sobre a luta sindical.

Pois bem, a partir daí, quando um assunto começa a ser discutido e é bem

aceito pela população (como sempre) vai num crescendo até chegar a níveis

discutíveis, pois creio que o extremo nunca é a melhor atitude. O bom senso

sempre deve prevalecer, senão nos deparamos com casos hilários, mas

preocupantes, como por exemplo, quando pessoas passam mal ou são acidentadas e

não podem ser socorridas por que estão num gramado e ao lado há placa com a

mensagem:

‘PROIBIDO PISAR NA GRAMA”.

Parece brincadeira, mas aconteceu com uma pessoa próxima e o guarda do

local não permitia a aproximação, porque havia recebido uma ordem:

-“NÃO DEIXE NINGUÉM PISAR NA GRAMA!.”

Felizmente esses casos são raros. Mas, porque estou falando sobre isso?

Explico:

O SANTUÁRIO NACIONAL DA UMBANDA foi idealizado e tornou-se

realidade por causa da necessidade da religião ter um local onde pudesse praticar

seus rituais sem poluir rios, lagos, cachoeiras, matas, pedreiras, praias, ruas,

enfim...

Hoje é política-ecológica-moralmente incorreto fazer entregas em locais que

não sejam adaptados para isso. Como cidadãos-conscientes sabemos que isso está

certo, pois nós mesmos não gostaríamos de ver garrafas de champanhe, farofa e

velas acesas nas esquinas de nossas casas, bem como espinhos de rosas e restos de

isopor nas areias das praias que frequentamos, pelo risco à saúde, pela sujeira no

dia seguinte e pelo visual agressivo das entregas para Exus.

Acender velas em matas provoca incêndios; entregar bebidas em rios e lagos

prejudica os peixes; espinhos e velas nas areias queimam e machucam os pés

descalços. Para evitar isso temos os dias certos para ir até o mar e a

municipalidade tem o compromisso de deixar tudo em perfeitas condições para os

banhistas que, por sua vez, sabem que naquela ocasião não deverão circular

descalços e nem terão o direito de reclamar.

Passo a passo, as religiões foram se adaptando ao longo dos séculos às

mudanças das pessoas e de suas vidas e creio que hoje estamos num patamar

razoável de convivência entre religião x ecossistema.

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Porém, uma coisa me entristece e preocupa profundamente. Por mais que

procuramos alertar, orientar, e até mesmo proibir que as pessoas façam trabalhos

em áreas não permitidas, elas continuam fazendo.

Oferendas são feitas na estrada de terra que leva até o do SANTUÁRIO

NACIONAL DA UMBANDA e, com muita frequência, ao circular pela região

encontramos usuários que acabaram de sair de dentro do SANTUÁRIO acendendo

velas, fazendo entregas, arrancando plantas, etc.

Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que isso é uma infração

ambiental e, se forem pegos em flagrante pelas viaturas do SEMASA (que circulam

com frequência naquela região) além de multados, serão indiciados e responderão

processo.

Não raro temos que apagar velas a cada 10 ou 20 metros, deixadas ao longo

da estrada e junto à vegetação (em geral muito seca) para evitar incêndios.

Infelizmente não são raros, e quando ocorrem têm que ser apagados pelos próprios

funcionários do SANTUÁRIO, que arriscam suas vidas no meio da mata seca,

normalmente voltando com roupas e sapatos queimados.

Sem contar o risco que essas pessoas se expõem, incluindo as que lhes

acompanham, (sem falar das crianças). Sabemos que hoje não existe local seguro,

mas um lugar de pouca circulação, convenhamos, é bem mais propício para algum

desocupado que passe ocasionalmente por ali (não se esqueçam do dito popular: “A ocasião faz o ladrão.”).

Utilizo esse espaço para um apelo aos usuários do SANTUÁRIO NACIONAL

DA UMBANDA:

NÃO FAÇAM ENTREGAS FORA DO SANTUÁRIO.

ELE EXISTE PARA QUE VOCÊ TENHA SEGURANÇA, FACILIDADE E

RESPEITO;

PEÇO PARA AOS QUE PRESENCIAREM ESSAS SITUAÇÕES

QUE ABRAM O VIDRO DE SEUS CARROS

(SEM PARAR O AUTOMÓVEL)

E DIGA-LHES QUE ISSO É PROIBIDO;

NÃO ACENDA VELAS PRÓXIMO À VEGETAÇÃO!

E para finalizar aproveito para deixar meu recado:

Sem educação e consciência não se pratica nenhuma

religião!

O Ecossistema

agradece!

“ Ainda que eu falasse a

língua dos homens e dos anjos e não

tivesse amor, ... eu

nada seria.”

Maria Aparecida C Linares www.santuariodaumbanda.com.br

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(Glauco Mariani)

Você que é Umbandista e frequenta um centro, terreiro, tenda, toda

semana muitas vezes até mais de uma vez durante a semana, já parou

para pensar se você pratica o que aprende com os guias espirituais,

pais e/ou mães de santo?

Caros irmãos não adianta dedicar-se a prática espiritual se sua vida

fora do espaço sagrado de um terreiro é desregrada e suas atitudes não

condizem com o “amor ao próximo”.

Eu resolvi abordar esse tema, pois entendo que não é fácil manter-se

sempre em equilíbrio, passamos por várias provações todos os dias e eu

também cometo deslizes vez ou outra, pois somos seres humanos,

erramos sim, mas estamos aprendendo com nossos erros?

Entenda que nossos guias espirituais, a quem tanto pedimos ajuda e

agradecemos,estão sempre por perto, juntos de nós, para o plano

espiritual não existe o “tempo”, isso é somente aqui no plano terrestre,

ou seja, podemos pedir qualquer dia e qualquer horário, já que quem

merece recebe.

Então porque algumas vezes parece que estamos sozinhos?

Ai está onde eu queria chegar com esse tema, analisemos:

- A pessoa vai ao centro, como uma obrigação (melhor ficar em casa

então)

-Não faz suas obrigações, cada terreiro tem obrigações especificas;

-Acha que é o centro das atenções (cadê a humildade?)

-E outras coisas mais... (Pense onde você está errando...reflita)

O que não deve e não pode acontecer é quando o individuo mina seu

campo energético, um pouco mais acima falei da vida desregrada, que

algumas pessoas levam, quando estão fora do espaço sagrado, nossos

guias espirituais são energia suave e essa energia gerada por eles é bem

diferente, do que estamos acostumados aqui no plano terrestre,

concluímos então que:

-para a aproximação dos guias, os mesmos fazem certo esforço para

equilibrar a energia do plano que vivem ,equalizar com a nossa e

vibrar junto.

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Como então iremos realizar um bom trabalho espiritual se o campo

vibratório de alguns indivíduos, devido as suas atitudes, está

“poluído”?

Pare, pense e evolua, não busque somente sua evolução espiritual, mas

também sua evolução como ser humano, ninguém está vivo por acaso,

todos temos uma missão aqui na Terra, onde vivemos por um tempo e

tão logo se perceba a vida se esvai e voltamos ao plano espiritual.

Não deixe sua vida passar, sem um propósito.

Axé.

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(Caio Augusto)

Este é um romance de natureza espiritual em que o personagem transita por um campo de conhecimento tão amplo que muito se assemelha a uma viagem metafísica pelo Universo, utilizando as mais recentes teorias elaboradas pelos físicos modernos. Também abre um leque ao mistério da Grande Mãe, por intermédio do mistério das Mães Minerais, geradoras da vida nas dimensões paralelas às dos espíritos humanos. Release: Este é um romance de natureza espiritual em que o personagem transita por um campo de conhecimento tão amplo que muito se assemelha a uma viagem metafísica pelo Universo, utilizando as mais recentes teorias elaboradas pelos físicos modernos. Também abre um leque ao mistério da Grande Mãe, por intermédio do mistério das Mães Minerais, geradoras da vida nas dimensões paralelas às dos espíritos humanos. Neste livro, os leitores viajarão com o personagem a outros planos da vida e vivenciarão, por meio da leitura, algumas das mais preciosas teorias da Física Quântica, que, aqui, tem uma explicação racional romanceada. No entanto, essas teorias, se no plano material ficam mais restritas a um campo do pensamento, porque ainda não é possível comprová-las na prática, em nível espiritual e acompanhando a caminhada do personagem, tornam-se tão claras e compreensíveis que o seu entendimento passa a ser acessível até mesmo ao leitor leigo no

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assunto. Viaje com o Aprendiz-Sete e termine este romance com uma nova visão a respeito da Criação Divina.

Prece de Caritas

DEUS, nosso Pai, que sois todo poder e bondade, dai forca àquele que passa pela

provação; dai luz àquele que procura a verdade, pondo no coração do homem a

compaixão e a caridade. Deus, dai ao viajor a estrela guia; ao aflito a consolação;

ao doente o repouso. Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, a

criança o guia, ao órfão o pai. Senhor, que a vossa bondade se estenda sobre tudo

que Criastes. Piedade Senhor, para aqueles que não vos conhecem, esperança para

aqueles que sofrem. Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores

derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé. Deus, um raio, uma faísca do

Vosso amor pode abrasar a terra. Deixa-nos beber nas fontes dessa bondade

fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão. Um só

coração, um só pensamento subirá até Vós como um grito de reconhecimento e

amor. Como Moisés sobre a montanha, nos Vós esperamos com os braços abertos,

oh! Poder... oh! Bondade... oh! Beleza... oh! Perfeição, e queremos de alguma sorte

alcançar a Vossa misericórdia. Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim

de subirmos até Vós. Dai-nos a caridade pura; dai-nos a fé e a razão; dai-nos a

simplicidade que fará de nossas almas, o espelho onde deve refletir a Vossa Santa e

Misericordiosa imagem.