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1 UNIP Universidade Paulista Projeto Integrado Multidisciplinar Tecnologia em Radiologia MEDIDAS PREVENTIVAS DAS CAUSAS DE ACIDENTES NO SETOR DE RADIOLOGIA CONVENCIONAL Manaus 2015

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    UNIP Universidade Paulista

    Projeto Integrado Multidisciplinar

    Tecnologia em Radiologia

    MEDIDAS PREVENTIVAS DAS CAUSAS DE ACIDENTES NO SETOR DE

    RADIOLOGIA CONVENCIONAL

    Manaus

    2015

  • 2

    UNIP Universidade Paulista

    Projeto Integrado Multidisciplinar

    Tecnologia em Radiologia

    MEDIDAS PREVENTIVAS DAS CAUSAS DE ACIDENTES NO SETOR DE

    RADIOLOGIA CONVENCIONAL

    Manaus

    2015

    Afrnio Costa Garcia C56029-4

    Bruno Mendona Pereira B5526H-8

    Filipe Praia de Oliveira C66FDH-6

    Juliana da Silva Vaz B5439F-4

    Rosilda Rolim de Jesus B504C-2

    Curso: Tecnologia em Radiologia

    Semestre: 1 e 6

  • 3

    UNIP Universidade Paulista

    Projeto Integrado Multidisciplinar

    Tecnologia em Radiologia

    MEDIDAS PREVENTIVAS DAS CAUSAS DE ACIDENTES NO SETOR DE

    RADIOLOGIA CONVENCIONAL

    Aprovado:

    BANCA EXAMINADORA

    Prof. (a).: Data: Assinatura

    _______________________________________________________________

    Prof. (a).: Data: Assinatura

    _______________________________________________________________

    Prof. (a).: Data: Assinatura

    _______________________________________________________________

    Prof. (a).: Data: Assinatura

    _______________________________________________________________

    Manaus

    2015

  • 4

    Resumo

    Compreender as principais causas de acidentes de trabalho no setor de radiologia convencional, conhecendo as medidas preventivas para preservao da sade destes trabalhadores. de reviso bibliogrfica, atravs de informaes colhidas em livros de Radiologia e Biossegurana, artigos publicados, sites e protocolos do Ministrio da Sade. O ambiente hospitalar um dos poucos lugares onde podemos encontrar todos os riscos existentes. L temos riscos fsicos, qumicos, biolgicos, ergonmicos e de acidentes. Com todas essas possibilidades presentes, a preveno se faz muito necessria e deve ser feita com eficincia. Os Tcnicos/Tecnlogos do setor de radiologia convencional esto expostos a um elevado nmero de riscos ocupacionais, predispondo estes profissionais ocorrncia de acidentes de diversas naturezas, sendo, entretanto importante ressaltar a responsabilidade administrativa de promover um ambiente seguro, fazendo-se necessrio, o estabelecimento de estratgias preventivas.

    Descritores: Radiologia, Biossegurana, acidente, preveno.

  • 5

    Abstract:

    To understand the main causes of industrial accidents in the sector of conventional radiology, knowing the writs of prevention for preservation of the health of these workers. It is of bibliographical revision, through information harvested in published books of Radiology and Biosafety, articles, sites and protocols of the Health Ministery. The hospital environment is one of the few places where we can find all the existing risks. There we have physical, chemical, biological, ergonomic and accidents. With all these possibilities gifts, the prevention if makes very necessary and must be made with efficiency. The Technician/Technologists of the sector of conventional radiology are displayed to one raised number of occupational risks, premaking use these professionals to the occurrence of accidents of diverse natures, being, however important to stand out the administrative responsibility to promote an surrounding insurance, becoming necessary, the establishment of preventive strategies. Descriptors: Radiology, Bio-safety, accident, prevention.

  • 6

    Sumrio

    Introduo .................................................................................................................................... 7

    1. A IMPORTNCIA DA BIOSSEGURANA ................................................................. 8

    2. A ROTINA DE TRABALHO NO SETOR DE RAGIOLOGIA CONVENCIONAL .. 9

    2.1 DEFINIO DE RISCO ................................................................................................ 10

    2.2 FATORES DE RISCO ................................................................................................... 10

    3. MEDIDAS PREVENTIVAS ........................................................................................... 12

    3.1 LESGILAO (Normas Regulamentadoras) ......................................................... 12

    3.2 BARREIRAS DE CONTENO E EQUIPAMENTOS DE PROTEO

    INDIVIDUAL .............................................................................................................................. 14

    3.3 BARREIRAS DE CONTENO E EQUIPAMENTOS DE PROTEO

    COLETIVA (EPC) ..................................................................................................................... 16

    3.4 MAPA DE RISCO ......................................................................................................... 16

    3.5 RECOMENDAES DE BIOSSEGURANA ........................................................ 18

    3.6 ROTINA DE EXAMES LABORATORIAIS ............................................................... 19

    4. A EDUCAO PERMANENTE COMO ESTRATGIA DE PREVENO ....... 20

    Concluso ................................................................................................................................ 23

    Referncias .............................................................................................................................. 24

  • 7

    Introduo

    Desde a Revoluo Industrial, ocorrida na Inglaterra no sc. XVIII, at os

    dias atuais a questo dos acidentes de trabalho e doenas ocupacionais tem

    se destacado, pois a partir de ento, o homem comeou a ser exposto a

    constantes riscos ocupacionais advindos da atividade profissional, uma vez que

    a relao capital-trabalho criara situaes especficas de risco sade do

    trabalhador. O trabalho se constituir no elemento mais importante do processo

    laboral de uma organizao, e o trabalhador ficar exposto a partir desse

    momento ao patognica de substncias fsicas, qumicas e biolgicas, uso

    e desgastes do corpo no processo de produo e de relaes sociais e

    pessoais potencialmente lesivas sade (JNIOR; STARLING, 2000).

    No final do sculo passado, com a descoberta da radioatividade e dos

    raios X, houve um uso indiscriminado das radiaes ionizantes. Uma srie de

    fatos chamou a ateno dos cientistas de que havia necessidade de estudos

    mais meticulosos dos efeitos malficos destas radiaes nos seres humanos.

    Observaes iniciais como danos na pele, queda de cabelos em pacientes

    irradiados e efeitos nos descendentes aps a irradiao do tecido germinativo

    de plantas e animais, foram constatados (AZEVEDO, A. C. P, 2010).

    Dentre os diversos setores do hospital, a Unidade de Radiologia

    representa rea extremamente complexa, em virtude das atividades

    desenvolvidas e dos riscos inerentes, e o trabalho nesse setor exige

    profissionais qualificados e cientes dos riscos associados, de suas

    responsabilidades na proteo dos usurios e de si mesmos por meio da

    aplicao de medidas de preveno e controle de infeco e radioproteo

    (BISAGNI C; MOURA JFP; MAURO MYC, 2005)

    O cenrio atual em hospitais, clnicas e assemelhados mostra que,

    apesar dos esforos em investimento para o aprimoramento de profissionais,

    processos e equipamentos, pouco tem sido feito para prevenir o surgimento de

    leses e enfermidades ocupacionais bem como dos impactos ambientais

    tambm causadores de doenas ou outros danos. Em tais locais de trabalho

    so encontrados diversos tipos de riscos, que podem ser classificados como:

    desprezveis, marginais, crticos ou catastrficos (FERNANDES; CARVALHO;

    AZEVEDO, 2005, p 280).

  • 8

    De acordo com a Portaria 3.214/78 do Ministrio do Trabalho e

    Emprego, os riscos so classificados em qumicos, biolgicos, ergonmicos,

    mecnicos e fsicos (BRASIL, 1997).

    Todos esses aspectos esto relacionados biossegurana, que o

    conjunto de aes voltadas para a preveno, minimizao ou eliminao de

    riscos inerentes s atividades de pesquisas, produo, ensino,

    desenvolvimento tecnolgico e prestao de servios, tendo por finalidade a

    sade do homem e dos animais, a preservao do meio ambiente e a

    qualidade dos resultados (CARVALHO ABM, 2000).

    1. A IMPORTNCIA DA BIOSSEGURANA

    Malagn-Londoo (2003, p.135) biossegurana o termo empregado

    para definir as normas relacionadas com o comportamento preventivo do

    pessoal que trabalha no hospital no que diz respeito a riscos inerentes a sua

    atividade diria. O autor ainda enfatiza que para evitar acidentes necessrio

    que a instituio permanentemente atualize o conjunto de normas em

    biossegurana, para evitar qualquer tipo de risco fsico ou psicolgico que

    possa afetar no apenas os trabalhadores lotados na instituio, mas tambm

    os usurios.

    De acordo com HIRATA e FILHO, a biossegurana a cincia voltada

    para o controle e minimizao de riscos advindos da prtica de diferentes

    tecnologias [...]. Tal afirmao fundamenta a ateno necessria avaliao

    dos riscos existentes na radiologia. Conforme MASTROENI, para que tal

    possibilidade de perigo seja detectada, faz-se importante o conhecimento dos

    profissionais envolvidos na rea, ou seja, deve ser desenvolvida uma avaliao

    dos riscos por indivduos que estejam mais familiarizados com as

    caractersticas especficas do organismo utilizado, com os equipamentos e

    procedimentos empregados, com os equipamentos de proteo disponveis e

    com a estrutura fsica do ambiente.

    A aplicao da biossegurana encontra dificuldades, pois, de acordo com

    MASTROENI, a falta de uma cultura prevencionista tem sido o principal

    obstculo para as pessoas agirem com precauo nos locais de trabalho..

    A tcnica importante para aplicao da biossegurana, porm se for

  • 9

    considerada como um comportamento que visa alcanar atividades e condutas

    que diminuam riscos ao trabalhador em locais de sade, conforme descrito por

    MOREIRA: as chances de erros sero minimizadas, pois se tornar um hbito.

    importante que o tema biossegurana seja visto por todos como uma

    ao educativa, e como tal pode ser representada por um sistema ensino-

    aprendizagem em que o treinamento favorece uma oportunidade de

    proporcionar conhecimento aos colaboradores da instituio de sade.

    2. A ROTINA DE TRABALHO NO SETOR DE RAGIOLOGIA

    CONVENCIONAL

    No servio de diagnstico por imagem, um dos mais importantes

    instrumentos de apoio a inmeras reas da Medicina so observados atos

    inseguros e condies ambientais de insegurana, dentre eles: preparao e

    manuseio de solues txicas sem utilizao de equipamento de proteo

    individual (EPI); ajuda a pacientes deficientes com doenas contagiosas sem

    utilizao de EPI; trabalhadores em ambientes onde h insalubridade

    resultante da presena de agentes qumicos txicos fora dos limites

    estabelecidos por lei; trabalhadores e pacientes em ambientes onde h

    periculosidade, resultante da deteco de radiaes ionizantes acima dos

    limites estabelecidos por lei; trabalhadores em ambientes com ventilao

    inadequada; aspectos ergonmicos em postos de trabalho em desacordo com

    as normas reguladoras; equipamentos defeituosos ou mal calibrados em

    operao, com consequentes riscos a trabalhadores e pacientes; salas com

    mveis, equipamentos e acessrios localizados inconvenientemente

    segurana do trabalhador e sua satisfao para realizao de tarefas

    (FERNANDES; CARVALHO; AZEVEDO, 2005, p 279 - 280).

    Os profissionais de Radiologia possuem uma carga horria de quatro

    horas de trabalho, sendo que alguns acumulam mais uma jornada de trabalho

    em outra instituio. Com relao ao tempo de servio em radiologia, h

    profissionais que desempenham a funo h vrios anos como tambm h

    outros que est h poucos meses no desempenho da atividade. (BRAND;

    FONTANA; SANTOS, 2011, p 70).

    Os funcionrios realizam exames de raios-x auxiliando os pacientes

  • 10

    durante a realizao destes. Neste aspecto, constata-se que aproximadamente

    80% das crianas atendidas so neuropatas e algumas necessitam de ajuda

    para que permaneam bem posicionadas durante os exames (FERNANDES;

    CARVALHO; AZEVEDO, 2005, p 281).

    Os funcionrios executam, na cmara escura, etapas relativas ao

    processo de revelao de radiografias que incluem a preparao de solues

    de fixador e de revelador.

    2.1 DEFINIO DE RISCO

    De acordo com Mastroeni (2004, p. 3) risco pode ser definido como uma

    condio biolgica, qumica ou fsica que apresenta potencial para causar dano

    ao trabalhador, produto ou ambiente.

    Acidente do trabalho, segundo a legislao brasileira do M.T.E., no seu

    artigo 2. da Lei n. 6.367, de 19/10/1976, definido da seguinte forma:

    aquele que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa, provocando

    leso corporal ou perturbao funcional que causa a morte ou perda, ou

    reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho. Portanto,

    mesmo ocorrncias que no resultem em leses ou danos materiais, devem

    ser tidas como acidentes e exigem uma investigao do pessoal tcnico, para

    evitar a repetio do fato (MULATINHO, 2001).

    Devido variabilidade da natureza do trabalho e s substncias e

    materiais manipulados, o potencial de gerar riscos tambm se modifica de

    acordo com o tipo de trabalho desenvolvido (CARVALHO; MEDEIROS, 2006, p

    92).

    Segundo a Portaria do Ministrio do Trabalho, MT n 3214, de 8/6/78, os

    riscos so assim classificados: riscos de acidentes, riscos ergonmicos, fsicos,

    qumicos, riscos biolgicos.

    2.2 FATORES DE RISCO

    Muitos so os fatores que contribuem para que os acidentes de trabalho

    ocorram. Dependendo da gravidade do acidente, que na sua maioria acontece

  • 11

    de forma imprevisvel, embora as condies de trabalho apontem os riscos a

    que esto expostos. No apenas os atos faltosos ou condies inseguras: fator

    ambiental que podem desencadear condies insalubres ou perigosas, falta de

    treinamento especifica para execuo da atividade, inaptido para exerccio da

    funo, layout inapropriado, presso para aumento da produo,

    desconhecimento quanto ao uso correto dos EPIs, desvalorizao da vida pelo

    trabalhador e pela empresa, condies de mbito social: problemas familiares,

    econmicos, etc. (COSTA, ALESSANDRO; RIBEIRO, ANA et. al. 2012).

    Risco fsico: so aqueles especficos e caractersticos dos elementos e

    das leis da fsica, a saber: temperatura, iluminao, presses anormais,

    radiao ionizante, radiao no ionizante, rudo, umidade, ventilao, vibrao

    e outros (Sivieri, 1996). Podem ocorrer durante a execuo dos exames e na

    preparao do paciente.

    Risco biolgico: definido por Sivieri (1996) como aqueles fatores de risco

    decorrentes da ao dos agentes biolgicos vrus, bactrias, fungos, animais

    etc., - Podem ocorrer durante os exames em que o profissional de Radiologia

    ajuda o paciente a manter-se na posio adequada para tomada radiogrfica,

    tendo um contato direto com o mesmo.

    Risco qumico: so aqueles agentes e substncias qumicas, sob a forma

    lquida, gasosa ou de partculas e poeiras minerais e vegetais, comuns nos

    processos de trabalho (Brasil, 2001). Os produtos qumicos so utilizados no

    processo de revelao dos filmes. Pode ocorrer na cmara escura durante o

    processo de revelao de radiografias que incluem a preparao de solues

    com a possvel contaminao e/ou inalao destes qumicos.

    Risco de acidente: definidos pelo Ministrio da Sade (Brasil, 2001), como

    ligados proteo das mquinas, arranjos fsico, ordem e limpeza do ambiente

    de trabalho, sinalizao, rotulagem de produtos e outros, que podem levar a

    acidentes do trabalho.

    O conceito de acidente pode ser aplicado a um equipamento danificado

    (perdas materiais), ou quando algum sofre algum tipo de leso que venha a

    provocar danos ao indivduo que foi vitimado (MULATINHO 2001).

    Riscos ergonmicos e psicossociais: O Ministrio da Sade (Brasil, 2001)

    define como aqueles fatores de risco ligados s atividades motrizes

    responsveis pela ocorrncia da fadiga no ser humano, gerada pelo esforo

  • 12

    das estruturas musculares e esquelticas prprias da ao, uso e gasto, no

    trabalho, respectivamente dos movimentos, da fora e da energia do corpo ou

    dos seus segmentos. Podem ocorrer durante o processo de revelao dos

    filmes na cmara escura e na interpretao e guarda dos exames e laudos na

    cmara clara.

    3. MEDIDAS PREVENTIVAS

    3.1 LESGILAO (Normas Regulamentadoras)

    A Norma Regulamentadora n. 32 (Segurana e Sade no Trabalhado em

    Estabelecimentos de Sade) comporta as diretrizes bsicas para a

    implementao de medidas de proteo e a segurana e a sade dos

    trabalhadores dos servios de sade, assim como daqueles que exercem

    atividades de promoo e assistncia sade em geral.

    O Programa de radioproteo, sendo um Memorial Descritivo de Proteo

    Radiolgica e Plano de Radioproteo tem o intuito de proteger os operadores,

    pacientes e pessoas que trabalham na instalao, visando atender os

    requisitos da Portaria 453 de 01/06/1998 da Secretaria de Vigilncia Sanitria

    do Ministrio da Sade, e da NR-32 do TEM n 485 de 11/11/2005.

    (CARDOSO R M S, 2011)

    A norma brasileira de proteo radiolgica da Comisso Nacional de

    Energia Nuclear (BR), alm de definir parmetros sobre a produo, o

    armazenamento de materiais e a prtica que envolve as radiaes ionizantes,

    tambm estabelece requisitos bsicos ao trabalho seguro dos profissionais.

    Entre outras recomendaes, um dos princpios prescritos nas Diretrizes

    Bsicas de Radioproteo refere-se s doses (quantidades de radiao)

    individuais de trabalhadores que utilizam materiais radioativos, os quais no

    devem exceder os limites estabelecidos na Norma CNEN-NE-3.01 (BRAND,

    CTIA; FONTANA, ROSANE; SANTOS, VANDERLEI, 2011).

    Para isso necessrio seguir risca todas as normas em vigor e

    pertinentes a ela, estabelecidas e fiscalizadas pelos rgos competentes

    (CNEN e ANVISA), e utilizar com rigor todos os equipamentos de proteo

    individual e coletiva.

    A Norma Regulamentadora n. 6 Equipamentos de Proteo Individual

  • 13

    (Alterada pela Portaria n. 125, de 12 de novembro de 2009) define como

    Equipamento de Proteo Individual (EPI) os dispositivos ou produtos, de uso

    individual utilizado pelo trabalhador, e que se destina a proteo de riscos

    suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.

    De acordo com a consolidao das leis do trabalho. TITULO II DAS

    NORMAS GERAIS DE TUTELA DO TRABALHO. CAPITULO V DA

    SEGURANA E MEDICINA O TRABALHO.

    Portaria n 3.214, de 8-6-1978, do Ministrio do Trabalho.

    Art. 157. CABE S EMPRESAS:

    I- Cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina do

    trabalho;

    II- Instruir os empregados, atravs de ordem de servio, quanto s

    preocupaes a tomar sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenas

    ocupacionais;

    III- Adotar medidas que lhes sejam determinadas pelo rgo regional

    competente;

    IV- Facilitar o exerccio da fiscalizao pela autoridade competente.

    Art. 158. CABE AOS EMPREGADOS

    I- Observar as normas de segurana e medicina do trabalho, inclusive as

    instrues de que o II do artigo 157; (anterior).

    II- Colaborar com a empresa na aplicao dos dispositivos deste capitulo.

    PARAGRAFO NICO: constitui ato faltoso do empregado a recusa

    injustificada:

    a) observncia das instituies expedidas pelo empregador na forma do

    item II do artigo anterior.

    b) ao uso dos equipamentos de proteo individual fornecido pela

    empresa.

    SEO XV. DAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEO.

    Art.200. Cabe o ministrio do trabalho estabelecer disposies

    complementares s normas de que trata este capitulo, tendo em vista as

    peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:

    VI - proteo do trabalhador exposto a substncias qumicas nocivas,

    radiaes ionizantes e no ionizantes, rudos, vibraes e trepidaes, etc.

  • 14

    VII emprego de cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizaes

    de perigo.

    Isto posto, no basta ter conhecimento da existncia da legislao, de

    normas de proteo sade do trabalhador para garantir a segurana numa

    empresa, necessrio que as aes apontadas por aquela, sejam

    operacionalizadas. A estruturao dos meios acerca de como esse processo

    ser feita no s responsabilidade do empregador, mas tambm dos

    trabalhadores que no so os nicos favorecidos dessas aes. Os usurios e

    gestores tambm o so, pois trabalhar de forma saudvel garante qualidade de

    vida e de trabalho, bem como prestao eficiente de servio (BRAND, CTIA;

    FONTANA, ROSANE; SANTOS, VANDERLEI, 2011).

    Um estudo realizado com o objetivo de averiguar que importncia os

    tcnicos de radiologia atribuem implementao de um programa de controle

    de qualidade no setor, realizado em Portugal, concluiu que pouco mais da

    metade de populao estudada tem conhecimento sobre programas de

    qualidade em radiologia e que 62,5% no sabem em que consiste um

    Programa de Controle de Qualidade (PCQ), o que, segundo os autores, torna

    difcil implement-lo sem antes socializarem conceitos a respeito do tema.

    Note-se que, alm de avaliar os equipamentos e reas de radiao, a medio

    das doses individuais de radiao dos trabalhadores um dos critrios que

    constituem um PCQ em radiologia, alm de que programas de monitorao

    ocupacional podem auxiliar no s superviso e treinamento, mas, medindo

    padres de segurana do local de trabalho, possvel verificar as possveis

    exposies radiao que os sujeitos esto sujeitos a receber (Oliveira SR;

    Azevedo ACP; Carvalho, 2003)

    3.2 BARREIRAS DE CONTENO E EQUIPAMENTOS DE PROTEO

    INDIVIDUAL

    Os EPIs so utilizados na proteo de trabalhadores da sade para evitar

    o contato com agentes infecciosos, txicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo

    e outros perigos. A roupa e o equipamento servem tambm para evitar a

    contaminao do material em experimento ou em produo. Destacam-se:

  • 15

    Luvas: de ltex devem ser usadas sempre que houver chance de contato

    com: sangue, fluidos do corpo e dejetos.

    Mscaras: tem de ser descartveis; Precisam cobrir a maior rea possvel

    da face; no sair com a mscara pendurada no pescoo.

    Outros equipamentos: incluem uniforme de algodo (composto de cala e

    blusa), luvas (de borracha, amianto, couro algodo e descartveis), etc.

    Acessrios de Proteo Radiolgica

    A radioproteo um problema srio e pouco considerado em ambientes

    de trabalho. Tais acessrios se fazem necessrio para o uso pelo profissional

    do setor de radiodiagnstico. So eles:

    Avental padro: sem proteo nas costas, com alas cruzadas para maior

    conforto e segurana. Equivalncia em chumbo de 0,25mm Pb ou 0,50mm Pb.

    Utilizao: proteo para o tcnico de raios-X, acompanhantes e

    auxiliares envolvidos nos exames onde o tempo de exposio no

    prolongado.

    Avental de Chumbo: proteo nas costas (tipo casaco): O avental de

    chumbo tipo casaco fabricado com borracha plumbfera flexvel.

    Utilizao: este avental utilizado onde o tempo de exposio do

    profissional muito prolongado, ou durante a utilizao do intensificador de

    imagem.

    culos plumbferos: com lentes plumbferas, com armao em acrlico,

    fabricado em dois modelos: proteo frontal e proteo lateral (180), ambos

    com equivalncia em chumbo de 0,50mm Pb.

    Utilizao: o culo um acessrio de proteo imprescindvel,

    considerando que a viso, por sensibilidade do cristalino, uma das reas

    mais afetadas pela radiao.

    Protetor de rgos genitais: para regies genitais, utilizadas por paciente

    em exames que impossibilitam o uso de outros protetores. Equivalncia em

    chumbo de 0,50mm Pb, com cinto e fecho regulvel para ajuste.

    Utilizao: desenvolvido em tamanhos diferentes, este avental utilizado

    em raios-X de trax e outros exames como, por exemplo, mamografia.

    Protetor plumbferos da tireoide: fabricado em dois modelos; convencional

    e viseira. Ambos com equivalncia em chumbo de 0,50mm Pb, com fecho em

    velcro ajustvel na nuca.

  • 16

    Utilizao: o protetor de tireoide um acessrio de proteo utilizado em

    todos os tipos de exames, exceto para radiografia odontolgica panormica.

    Salientamos que a regio da tireoide uma das partes do nosso corpo mais

    atingida pela radiao.

    Em relao ao dosmetro, este instrumento um monitor que mede uma

    grandeza radiolgica [...] relacionados ao corpo interior, rgo ou tecido

    humano, utilizado para monitoramento individual dos trabalhadores da rea

    radiolgica, por meio do qual se pode avaliar as doses recebidas pelos

    profissionais durante o seu perodo de trabalho (CARLOS, 2010).

    3.3 BARREIRAS DE CONTENO E EQUIPAMENTOS DE PROTEO

    COLETIVA (EPC)

    Entende-se por Equipamentos de Proteo Coletiva (EPC) aqueles

    utilizados na proteo coletiva dos trabalhadores, e do meio ambiente,

    expostos a riscos (MIRANDA, 2014).

    Vidro plumbfero: plumbfero importado, com espessura de 8 mm,

    proporcionando total transparncia e perfeita visualizao.

    Divisria Pumblfera: com revestimento interno de chumbo, em diversas

    opes de cores.

    Porta em ao: porta em chapa de ao, com batente de ao, fechadura em

    inox, dobradia em ferro polido com anis reforados, proteo interna em

    chumbo e acabamento para pintura.

    3.4 MAPA DE RISCO

    uma representao grfica de um conjunto de fatores presentes nos

    locais de trabalho, capazes de acarretar prejuzos sade dos trabalhadores:

    acidentes e doenas de trabalho. Tais fatores tm origem nos diversos

    elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalaes,

    suprimentos e espaos de trabalho) e a forma de organizao do trabalho

    (arranjo fsico, ritmo de trabalho, mtodo de trabalho, postura de trabalho,

    jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.).

  • 17

    O mapa de riscos elaborado pela CIPA, segundo a NR-5, item 5-16,

    alnea "o" (por determinao da Portaria n 25 de 29/12/94) ouvidos os

    trabalhadores de todos os setores do estabelecimento e com a colaborao do

    SESMT (Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do

    Trabalho), quando houver. considerada indispensvel, portanto, a

    participao das pessoas expostas ao risco no dia-a-dia.

    O mapeamento do ambiente de trabalho ajuda a criar uma atitude mais

    cautelosa por parte dos trabalhadores, diante dos riscos identificados e

    expostos graficamente sinalizados, identificando e conscientizando os

    trabalhadores dos riscos em que esto expostos, anotando, registrando e

    apresentando em reunies com o SESMT, todas as reunies devero ser

    registradas em ata. Assim contribuindo para o controle ou eliminao dos

    riscos existentes. (COSTA, ALESSANDRO; RIBEIRO, ANA et. al. 2012).

    Mapeamento de Riscos segundo as etapas de Elaborao:

    Levantamento dos dados do processo de trabalho: Nmero de

    funcionrios que trabalham no setor, sexo do entrevistado, jornada de trabalho,

    se j recebeu treinamento para funo e se j recebeu treinamento em

    segurana, avaliao do ambiente de trabalho, das atividades desenvolvidas e

    do ambiente de trabalho; Identificao dos riscos existentes; Identificao das

    medidas de proteo e se elas so eficientes: EPIs, EPCs, estado de higiene e

    conforto dos banheiros, vestirios, bebedouros, refeitrio e reas de lazer;

    Identificao dos problemas de sade: queixas mais frequentes entre

    trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalhos ocorridos e

    as doenas ocupacionais registradas no setor (PORTAL EDUCAO/Cursos

    Online, 2012)

    O mapa deve ser colocado em um local visvel para alertar aos

    trabalhadores sobre os perigos existentes naquela rea. Os riscos sero

    simbolizados por crculos de trs tamanhos distintos: pequeno, com dimetro

    de 2,5 cm; mdio, com dimetro de 5 cm; e grande, com dimetro de 10 cm.

    No mapa de risco encontram se crculos de tamanhos e cores diferentes para

    cada tipo de agente e seu grau de risco:

    Risco fsico: ser representado na cor verde;

    Risco qumico: ser representado na cor vermelha;

    Risco biolgico: ser representado na cor marrom;

  • 18

    Risco Ergonmico: ser representado na cor amarelo;

    Risco de Acidente: ser representado na cor azul.

    Este conhecimento servir de instrumento para a sinalizao quanto aos

    fatores de riscos inerentes nossa prtica, nortear a elaborao do nosso

    Mapa de risco, Manuais de Procedimentos, organizando o fluxo no ambiente de

    trabalho, tornando-o mais seguros para os trabalhadores, pacientes e

    circunstantes.

    3.5 RECOMENDAES DE BIOSSEGURANA

    O ambiente hospitalar um dos poucos lugares onde podemos encontrar

    todos os riscos existentes. L temos riscos fsicos, qumicos, biolgicos,

    ergonmicos e de acidentes. Com todas essas possibilidades presentes, a

    preveno se faz necessria.

    Visto que a sala de raios-x uma rea de risco, deve-se verificar se os

    trabalhadores do setor esto usando os EPIs obrigatrios e principalmente, se

    no esto extrapolando a carga de exposio radiao ionizante

    recomendada (em caso de trabalhar mais horas do que o permitido aumenta o

    perigo com a radiao ionizante).

    De acordo com as atividades desenvolvidas no setor de Radiologia

    Convencional como: processo de revelao de radiografias dentro das cmaras

    escuras, preparao de solues de fixao dos exames de raios-x, podemos

    relacionar abaixo as recomendaes de Biossegurana de acordo com os

    riscos:

    Risco fsico

    Recomendaes: utilizao de anteparos de vidro plumbfero que possam

    ser mantidos suspensos altura da cabea e do pescoo do profissional

    durante os exames, usa de avental de chumbo durante as execues dos

    exames, manuteno/calibrao peridica dos equipamentos, evitar

    instalaes eltricas com fios, desencapados, observar para no expor

    inadvertidamente um colega radiao, sinalizao adequada (faz-se

    necessria a indicao de sinal luminoso e sonoro localizado no painel de

    controle do aparelho, segundo a Portaria n. 453/98).

    Risco biolgico

  • 19

    Recomendaes: mscaras prprias para reteno de impurezas

    desinfeco dos materiais e equipamentos utilizados para evitar infeces

    cruzadas, manterem os materiais utilizados na aplicao dos contrastes e fazer

    o descarte dos mesmos (seringa) em local adequado.

    Risco qumico

    Recomendaes: uso de luvas, mscaras e aventais de ltex nitrlico,

    alm de se fazer necessrio um bom sistema de exausto/ventilao para a

    adequada renovao do ar dentro da cmara escura.

    Risco ergonmico

    Recomendaes: as cmaras escuras e claras devem possuir bancadas

    de trabalho fixadas nas paredes com alturas de acordo com as normas

    vigentes e convenientes como postos de trabalho, sendo a altura recomendada

    para as bancadas entre 0,90 m e 0,99 m (noventa centmetros a noventa e

    nove centmetros), tendo esse valor sido fruto de criterioso estudo baseado na

    altura dos profissionais 1,62m a 1,78 m (um metro sessenta e dois centmetros

    a um metro e setenta e oito centmetros) e em literatura especializada: Santos

    PJP, Ergonomia. Rio de Janeiro: Ed. Funcefet Cefet/RJ, 2002 (FERNANDES;

    CARVALHO E AZEVEDO, 2005). Outro aspecto a ser observado deve ser a

    iluminao das salas de interpretao e laudos, esta deve ser planejada de

    modo a no causar reflexos nos megascpios que possam prejudicar a

    avaliao da imagem e causar fadiga visual. Os fios dos equipamentos no

    devem estar soltos e os pisos devem ser anticorrosivos, impermeveis e

    antiderrapantes para evitar as quedas (PORTARIA N. 453, 1998), alguns

    equipamentos como suporte para posicionamento e chassis, e, at mesmo,

    imobilirios como cadeiras devem estar em locais apropriados para evitar que o

    profissional esbarre nos mesmos.

    3.6 ROTINA DE EXAMES LABORATORIAIS

    Trata-se periodicamente, os trabalhadores de radiologia expostos s

    radiaes ionizantes devem realizar, quais sejam o hemograma completo e a

    contagem de plaquetas, feitas no s na admisso ao servio, como tambm

    semestralmente (MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 1994)

  • 20

    Segundo o Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional

    (PCMSO) os empregadores dos servios de radiologia e diagnsticos por

    imagem so responsveis por implantar a realizao de exames peridicos de

    sade ocupacional que tem como objetivo principal a preveno, rastreamento

    e diagnstico de danos sade relacionados ao trabalho.

    A imunizao do trabalhador tambm uma forma de proteo, pois por

    meio delas o profissional ser imunizado contra vrios tipos de doenas

    infectocontagiosas. Conforme OPPERMANN e PIRES, que obrigao do

    empregador disponibilizar vacinas aos trabalhadores no imunizados e

    oferecer o reforo se necessrio. De acordo com o Ministrio do Trabalho e

    Emprego (MTE), o Programa de Controle Mdico e Sade Ocupacional

    (PCMSO) um programa que deve ser adotado pela instituio, pois seu

    objetivo prevenir, detectar precocemente os riscos, monitorar e controlar

    possveis danos aos empregados.

    4. A EDUCAO PERMANENTE COMO ESTRATGIA DE PREVENO

    O conceito de educao permanente se materializa na possibilidade da

    troca de saberes aps a formao inicial. A partir do reconhecimento da

    realidade vivenciada pelos sujeitos em seu local de trabalho e, constatando-se

    as deficincias de saberes e fazeres para o adequado desempenho da funo

    busca-se, coletivamente, a resoluo destas lacunas e a elaborao de novos

    conhecimentos (MINISTRIO DA SADE, 2007). Por meio da educao

    permanente abre-se a possibilidade de uma nova ao, de um novo espao de

    ao e reao, e, portanto, possvel, neste contexto, de trilhar-se um caminho

    mais seguro (BRAND, CTIA; FONTANA, ROSANE; SANTOS, VANDERLEI, 2011).

    Compreende-se Educao Permanente (EP) como uma possibilidade

    pedaggica no setor sade. aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o

    ensinar se incorporam ao cotidiano das organizaes e ao trabalho. Tem como

    pressuposto pedaggico que as prticas so definidas por mltiplos fatores e

    que a aprendizagem dos adultos deve ser uma aprendizagem significativa,

    acontecendo no cotidiano das pessoas e das organizaes, a partir de

    problemas enfrentados na prtica, por meio da problematizao do processo

    de trabalho (MINISTRIO DA SADE, 2004).

  • 21

    O desafio metodolgico da EP o desenvolvimento de metodologias que

    propiciem uma melhor definio dos problemas da prtica e suas respostas

    educacionais. O desafio poltico fundamental para que ocorram as

    pactuaes necessrias para a criao de uma agenda de prioridade de

    processos educacionais na rede de servios de sade. Buscando a

    reorganizao do mundo do trabalho, apresenta-se como desafio contextual o

    redesenhar de cenrios (MINISTRIO DA SADE, 2004).

    A necessidade de se manter uma educao permanente para

    esclarecimento dos profissionais que se expem radiao ionizante, no s

    por meio de fornecimento de equipamentos, mas tambm mediante controle e

    validao dos procedimentos de proteo, tanto para a equipe de sade como

    para os usurios (SILVA, 1995).

    Para reforar a importncia da atualizao no setor de radiologia o

    Ministrio da Sade, a partir da Portaria 453, de 1998, estabelece sobre o

    dever das instituies prestadoras do servio em operacionalizar programas de

    educao em sade, pelo menos anualmente. Esta mesma resoluo define

    alguns assuntos que devem ser socializados, tais como procedimentos de

    operaes de equipamentos, uso adequado dos dosmetros individuais, uso de

    EPI tanto para os trabalhadores, como para pacientes e acompanhantes, entre

    outros relacionados segurana do setor, o que est sendo negligenciado nos

    servios, conforme os respondentes (MINISTRIO DA SADE; VIGILNCIA

    SANITRIA, 1998).

    Alm disso, a informtica traz consigo o ingresso de dispositivos que

    permitem a obteno de imagens radiolgicas digitais, sem a utilizao de filme

    radiolgico, e que associada s envergaduras dos atuais sistemas de

    computadores e a outros meios, redefinem a atividade radiolgica, exigindo

    atualizao constante para a adaptabilidade dos tcnicos em radiologia s

    novas tecnologias (PACHECO, 2007). Infraes tcnicas ou operacionais

    ocorrem, principalmente pelo desconhecimento da legislao, pela falta de um

    programa de manuteno preventiva dos equipamentos e da ausncia de

    investimentos em educao e/ou cursos de atualizao profissional (FELCIO,

    2010).

    Constata-se a importncia das empresas captarem essas necessidades

    apresentadas pelos trabalhadores e criarem mtodos, coletivamente, para

  • 22

    determinar os rumos a serem tomados de forma a construrem ambientes

    saudveis. A partir destes conhecimentos, o sucesso e qualidade de

    assistncia aperfeioam-se e os danos ocupacionais so evitados (BRAND,

    CTIA; FONTANA, ROSANE; SANTOS, VANDERLEI, 2011).

  • 23

    Concluso

    O trabalho dos profissionais em Radiologia permeado por riscos, pois

    ele convive regularmente com o perigo radioativo e biolgico, sendo necessrio

    que trabalhe atendendo s normas da legislao em vigor e de biossegurana.

    (MORAES, 2009).

    Com base no trabalho foi possvel compreender que, os

    Tcnicos/Tecnlogos que trabalham no setor de radiologia convencional, esto

    expostos a um elevado nmero de riscos ocupacionais, tanto na rea de

    atendimento aos pacientes quanto na parte operacional de execuo do

    exame, predispondo estes profissionais ocorrncia de acidentes de diversas

    naturezas, sendo, entretanto, importante ressaltar a responsabilidade do gestor

    no que diz respeito promoo de um ambiente seguro, fazendo-se

    necessrio, uma gesto que estabelea estratgias preventivas e educao

    permanente desses profissionais.

    Assim como responsabilidade do trabalhador, primeiramente se

    comprometer com a sua prpria sade e com as dos demais ao seu redor,

    tomando devidas atitudes, que previna qualquer tipo de acidentes e doenas.

  • 24

    Referncias

    1. AZEVEDO, ANA CECLIA P.. Radioproteo em servios de sade. Escola Nacional de Sade Pblica e Programa de radioproteo e Dosimetria Coordenao de Fiscalizao Sanitria. Rio de janeiro-RJ.

    2. BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. Lei n. 6514 de 22 de dezembro de 1977. Dispe sobre as Normas Regulamentadoras aprovadas pela Portaria 3214, de 08 de junho de 1978. 64. ed. So Paulo: ATLAS; 2009.

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    5. CARVALHO, ABM. Integrao de sistemas foco na qualidade, meio ambiente, sade e segurana. Banas Ambiental 2000; dez: 4652.

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  • 25

    15. MULATINHO, LETCIA M. Anlise do Sistema de Gesto em Segurana e Sade no Ambiente de Trabalho em Uma Instituio Hospitalar. Joo Pessoa PB, 2001.

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    Universidade Jos do Rosrio Vellano UNIFENAS (Campus Boaventura

    BH),

    20. PORTAL EDUCAO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado. [Acesso em: 21/05/2015] http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/10752/como-elaborar-o-mapa-

    de-risco#ixzz3at5SzNcj.

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    22. CARDOSO, Riana Maria Sampaio. Fatores de risco dos profissionais da rea de Radiologia: uma anlise das normas de segurana do trabalho em uma unidade de sade. TCC de Ps-Graduao em Enfermagem do Trabalho. Jacarepagu, 2011.

    Introduo1. A IMPORTNCIA DA BIOSSEGURANA2. A ROTINA DE TRABALHO NO SETOR DE RAGIOLOGIA CONVENCIONAL2.1 DEFINIO DE RISCO2.2 FATORES DE RISCO3. MEDIDAS PREVENTIVAS3.1 LESGILAO (Normas Regulamentadoras)3.2 BARREIRAS DE CONTENO E EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL

    3.3 BARREIRAS DE CONTENO E EQUIPAMENTOS DE PROTEO COLETIVA (EPC)3.4 MAPA DE RISCO3.5 RECOMENDAES DE BIOSSEGURANA3.6 ROTINA DE EXAMES LABORATORIAIS4. A EDUCAO PERMANENTE COMO ESTRATGIA DE PREVENOConclusoReferncias