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A LUZA palavra fotografia vem significa escrever com luz. Quando fotografamos, o que estamos fazendo exatamente uma escrita com a luz. A luz uma forma de energia eletromagntica que se propaga em linha reta e que ao ser refletida por um objeto, pode ser recolhida, preservando as formas e propores dele. Portanto, no podemos falar em fotografia sem falar de luz. Sem luz no haveria imagem. A luz vital para a fotografia. ela quem d forma, volume, beleza s nossas imagens.Saber us-la essencial para obtermos bons resultados. Portanto, no esquea: a luz a nossa protagonista.Sem ela de nada adianta uma boa composio, uma boa tcnica e equipamentos avanados. Quem manda a luz. Sua importncia tal que quando no lhe damos a devida ateno nos vemos diante imagens desinteressantes e sem impacto. Ento, tratemos de aprender a extrair o melhor dela. LUZ NATURAL O sol a nica fonte de luz natural.Ao usarmos a luz natural dependemos essencialmente da hora do dia, da poca do ano e da latitude para termos fotografias de qualidade. A NATUREZA DA LUZ A luz chamada de dura ou suave e isso depender da maior ou menor intensidade de sombras que ela produzir. Luz natural dura prpria de dias ensolarados e a mais difcil de se fotografar. A principal caracterstica de um dia ensolarado a diferena marcante entre as zonas de luz e de sombra As sombras produzidas nas horas centrais do dia so muito intensas e marcantes.1

A iluminao dura apresenta dificuldades tcnicas para o fotgrafo medi-la e estabelecer a exposio correta. Isto porque o contraste entre as reas menos e mais iluminadas bastante acentuado.

Luz natural suave ou difusa A luz difusa aquela que produz sombras muito suaves e ilumina o motivo de maneira uniforme, sem grandes diferenas entre as zonas mais claras e mais escuras. A luz natural difusa predomina em dias nublados ou ao amanhecer, nos minutos anteriores sada do sol.Ou ao entardecer, quando o sol j se ps e ainda resta alguma luminosidade no ambiente. Nos dias ensolarados, a luz difusa encontra-se nas reas de sombra, embaixo de rvores, toldos, edifcios. Nos dias nublados, as nuvens altas e a neblina contribuem para difundir a potente luz solar. A luz natural difusa tambm pode ser obtida de modo artificial por meio de anteparos difusores, que se interpem entre a fonte de luz e o tema fotografado.

TEMPERATURA DE COR A luz solar, denominada luz natural, composta por sete cores que constituem o espectro solar.A luz que chega ao solo sofre variaes sensveis na sua composio, em razo das caractersticas da atmosfera da terra, que dependem da estao do ano, hora e local. Essas variaes modificam a qualidadeda luz, alterando a reproduo das cores e o desempenho dos filmes, principalmente os coloridos. A forma correta de se conhecer a cor de uma fonte de luz atravs do conceito de temperatura de cor. Temperatura de cor medida em Kelvin (K)- no se diz grau Kelvin- e obtida a partir da temperatura Celsius (C) atravs da seguinte equao: T(K) = T(C) +273

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A temperatura de cor do sol da ordem de 5700K. As lmpadas incandescentes, com filamentos de tungstnio,tm temperatura de cor entre 3200K e 3400 K. Para o fotgrafo, importante que ele entenda que do ponto de vista fsico, uma luz mais quente aquela que emite mais azul. Na linguagem usual dos fotgrafos uma luz mais quente aquela que cria uma atmosfera mais acolhedora, com maior emisso na regio do vermelho. Por outro lado, tambm do ponto de vista fsico, uma luz mais fria aquela que emite mais vermelho.Para o fotgrafo, porm, luz fria aquela com predominncia do azul. O aparelho usado para medir a temperatura de cor de uma fonte de luz ou de diversas fontes chamado de termocolormetro, mais conhecido como kelvinmetro.

Por que importante o conceito de temperatura de cor? Os filmes que ns costumamos usar so chamados de daylight, ou seja, so desenvolvidos para reproduzir as cores corretamente quando utilizados com temperaturas de cor entre 5500K e 5700K. Assim, quando fotografamos em horrios cuja temperatura de cor est abaixo ou acima daquela temperatura para qual o filme foi projetado, a tendncia que haja falhas nas reprodues de cores. Um exemplo disto a fotografia feita no final da tarde com filme daylight.O resultado uma imagem avermelhada (por sinal, bem interessante), exatamente porque neste horrio a temperatura de cor est bem abaixo de 5500K, girando em torno de 2000 a 2800K. Os flashes esto projetados para emitir uma luz cuja temperatura de cor esteja prxima dos 5500K. O que ocorre na verdade uma simulao da temperatura de cor da luz do sol, com a calibragem ideal para o filme daylight, evitando assim, erro de reproduo nas cores

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CMERAS FOTOGRFICAS As cmeras que conhecemos hoje em dia descendem da cmera escura..Toda cmera fotogrfica, bsica ou sofisticada, uma caixa vedada luz. Com exceo das digitais, as cmeras contam com sete componentes basicos: objetiva, obturador, diafragma, visor, mecanismo de transporte, sistema de foco e filme. 1- Objetiva um conjunto de lentes que convergem para o filme formando uma imagem. 2- Obturador Controla o tempo que o filme ficar exposto luz. 3- Diafragma um sistema mecnico que controla a quantidade de luz que passa pela objetiva e atinge o filme. 4- Visor o responsvel pelo enquadramento da cena 5- Mecanismo de transporte o responsvel pelo avano do filme. Pode se manual ou automtico 6 - Sistema de foco o que estabelece a nitidez da imagem em relao entre a distncia e a cena, a objetiva e o plano do filme.Nas cmeras mais modernas o sistema pode ser utilizado no autofocus (foco automtico) ou no manual. 7 Filme posicionado na cmera, no plano em que a imagem ser formada. que ele que recebe a luz e de acordo com a abertura e a exposio, sensibiliza a imagem e a retm para posterior revelao.Em funo do formato e sensibilidade, os filmes so variados.4

CLASSIFICAO DAS CMERAS As cmeras, atualmente, podem ser classificadas em: cmeras de visor direto, reflex e digitais (iremos estud-las parte) I Cmeras de Visor Direto: So aquelas que o visor est dissociado da objetiva. Fazem parte desta categoria: compactas, APS, subaquticas, descartveis, panormicas e digitais. l) Compactas: So as cmeras mais utilizadas atualmente. Possuem os componentes bsicos para um foto: a caixa escura, um local para o filme, um visor e uma objetiva. importante saber que em funo do fato de o visor ser dissociado da objetiva, existe a possibilidade de surgir o chamado ERRO DE PARALAXE. Este erro se caracteriza pelo fato de que aquilo que estamos enxergando pelo visor nem sempre ser expresso de forma fiel nas fotografias. As "cabeas cortadas so um bom exemplo". Algumas cmeras possuem correo para o Erro de Paralaxe. Se no for o caso da sua, recomendvel que o enquadramento seja feito no muito prximo aos limites do visor. A maioria das compactas possui flash embutido, que pode ser acionado pelo usurio ou pela prpria mquina, caso seja constatada uma insuficincia de luz. Nesta cmera, qualquer tipo de foto deve ser feita na distncia de 1m ao infinito, pois o foco fixo. Atualmente, a tecnologia tem dado a estes modelos alguns recursos que se assemelham s cmeras profissionais, tais como: o avano e o rebobinamento automtico do filme, objetivas zoom, flashes que se acionam na insuficincia de luz no ambiente, reguladores de velocidades de disparo (obturador) e opes para tirar fotos de retrato ou paisagem.

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2) Advanced Photo System (APS) So cmeras onde o carregamento e o rebobinamento do filme so feitos de maneira totalmente automtica. Os filmes APS esto disponveis nas sensibilidades ISO 100 e 400 com 15, 25 ou 40 poses. Entretanto, observase que a participao de mercado por este sistema ainda tmida, sendo difcil comprar e principalmente revelar este tipo de filme fora dos grandes centros urbanos. Apesar de apresentar um negativo menor, estas cmeras no deixam nada a dever s cmeras reflex. Seu filme apresenta uma fina camada magntica e grava informaes sobre a fotografia tirada. As cmeras APS possuem variados modelos de compactas, compactas avanadas e reflex. As cpias no sistema APS podem ser obtidas em trs formatos: retrato, grupo e panormico. Ao revelar o filme, voc ainda recebe um ndex, parecido com um pequeno contato. Atravs dele pode-se escolher melhor suas fotos na hora de uma nova reproduo. O sistema APS no vingou.Isto ocorreu em virtude de alguns erros estratgicos da Kodak, empresa que o idealizou. Filmes com sensibilidade limitada, alto custo de revelao, poucos pontos de revelao, dentre outros contriburam para o insuceso deste sistema. 3) Descartveis: Tambm denominadas de uso nico. Aps as fotos serem tiradas, a cmera levada para o minilab onde ser aberta e o filme revelado. Retornar para voc apenas o negativo e as cpias. A filosofia da sua construo muito simples: uma cmera escura de plstico vedada para evitar a entrada de luz, um filme que j vem dentro da mquina, um visor e uma objetiva. Atualmente estas cmeras so encontradas com e sem flash. Algumas delas podem ser utilizadas debaixo d'gua. 4) Subaquticas: So cmeras prprias para serem utilizadas debaixo d'gua, pois so resistentes presso aqutica. Elas se dividem em descartveis e de uso permanente. As descartveis so utilizadas e levadas ao laboratrio, de onde retornam as fotografias. Tambm podem ser utilizadas fora do ambiente aqutico, assim como as de uso permanente.6

Estas mquinas exigem um cuidado especial na manuteno, a fim de prolongar sua vida til. Portanto, evite abri-la na praia, pois os gros de areia podem impedir uma boa vedao. Ao chegar em casa, lave-a com gua doce e limpe delicadamente com escova de dentes os cantos da tampa da mquina. Outra forma de tirar fotos subaquticas comprando uma bolsa hermtica ou uma caixa estanque. A cmera colocada dentro dela, estando, desta forma, protegida da gua. 5) Panormicas: So aquelas utilizadas no campo da arquitetura. Estas cmeras possuem um formato de filme panormico, mais retangular, possibilitando a foto de interiores. Alm disso, suas objetivas no provocam as distores nas linhas verticais, muito comum nas cmeras objetivas grande-angulares, dando a sensao de que as construes cairo sobre o fotgrafo. Estas distores so chamadas de linhas verticais convergentes. II Cmeras reflex de pequeno formato (35mm) A denominao 35 mm foi dada em funo de utilizarem filmes perfurados, iguais aos do cinema.O que a difere basicamente da cmera compacta que o visor e o local onde entra luz para a sensibilizao do filme o mesmo: a objetiva. No interior da cmera existem um pentaprisma e um espelho, da o nome reflex, que possibilita observar pelo visor o assunto a ser fotografado. Esse sistema elimina o erro de paralaxe. Nestas cmeras pode-se regular a velocidade de disparos (obturador) ou o tamanho do orifcio para a entrada de luz (diafragma) pela objetiva, tornando a fotografia mais clara ou mais escura, com fundo desfocado ou ntido. As objetivas so intercambiveis, ou seja, podem ser trocadas conforme a necessidade de um enquadramento amplo (grande angular) ou uma foto mais aproximada, como um retrato (teleobjetiva). O foco no fixo, possui uma mnima distncia de focagem, conforme cada modelo e focos intermerdirios, at o infinito.

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Atualmente dominam o mercado, e um grande nmero de amadores e profissionais (preferidas dos fotojornalistas, em funo da sua versatilidade) a utilizam. As grandes vantagens das cmeras SLR (SIngle Lens Reflex CMERA REFLEX DE UMA OBJETIVA) so a variedade de acessrios e lentes que encontramos disponveis no mercado.

II Reflex de Mdio Formato: So cmeras que utilizam filmes de 120mm, um pouco maior que o 135mm, que resultam em negativos 6 x 4,5 cm, 6 x 6cm, 6 x7 cm e 6 x 9cm. uma cmera maior que a reflex de 35mm. Bastante utilizada em estdios, seu filme maior, possibilitando ampliaes com maior qualidade de resoluo. Da o fato de serem ideais para a fotografia publicitria. As cmeras de mdio formato possuem visor, objetivas e anteparos de focalizao intercambiveis. O carregador de filmes ou chassis tambm intercambivel, o que facilita o trabalho, pois o filme pode ser trocado antes de terminar. Algumas empresas desenvolveram cmeras de mdio formato que podem ser empunhadas como as reflex de 35mm.Um exemplo disto a Pentax 645N2.Outros exemplos de grandes fabricantes de cmeras de mdio formato so: Hasselblad Sueca de excelente qualidade tica. Seu funcionamento todo mecnico. Possui chassi intercambivel, ou seja, o mesmo corpo pode ser usado com vrios filmes diferentes. Mas, a grande vantagem da Hasselblad em relao s outras cmeras o fato de o seu obturador ser central, o que a permite trabalhar em qualquer velocidade de sincronismo com o flash.Para splashes, por exemplo, a Hassel perfeita.

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Pentax A japonesa Pentax 6x7 tem um grande atrativo: uma cmera de 35mm grande. Isto porque ela tem a mesma empunhadura e o mesmo formato de um 35mm. Muito usada em estdio e em locaes. Faz cerca de 10 fotogramas no formato 6x7, com filme 120. A pentax 6x7 tem alguns inconvenientes, como a velocidade de sincronismo baixa (1/30s) e o fato de o carregamento do chassi ser de difcil operao.Alm disso, o chassi no intercambivel. Mamiya Tambm japonesa, a Mamiya uma cmera robusta, com chassi intercambivel. Devido ao peso e posio do visor, aconselhvel que seja utilizada com um trip . III Reflex de Grande Formato: Tambm chamadas de mquinas caixo, possuem um fole para impedir a entrada de luz, um painel dianteiro para as objetivas, chassis para trocar a retcula de focalizao e chapas para filmes de 4x5 ou 8x10 polegadas. So cmeras destinadas principalmente na confeco de outdoors, em funo da necessidade de alta qualidade da imagem. PARTES DA CMERA REFLEX 35 mm 1. Boto de disparo. 2. Seletor de sensibilidade de filmes -100, 200, 400, 800, 1600, 3200. 3. Marcador de exposies. 4. Alavanca de transporte de filmes. 5. Obturador: regula a velocidade de disparo da cmera. 6. Seletor para ligar / desligar a mquina e exposio automtica. 7. Bobina para avanar e retroceder o filme. 8. Sapata para flash. 9. Compartimento para pilhas 10.Objetiva.9

11.Boto para verificar a profundidade de campo. 12.Conexo para o cabo de flash. 13.Pentaprisma. 14.Visor. 15.Tampa da mquina. 16.Painel para tipo de filme. 17.Conexes para motordrive. 18.Avano e rebobinamento automtico do filme. 19.Rosca para fixar cmera no trip. 20.Boto de liberao do filme para rebobinamento. 21.Compartimento para o filme 22.Obturador de cortina. 23.Dentes para fixao do filme. 24.Tampa traseira da mquina. 25.Espelho refletor da imagem. FUNCIONAMENTO DA CMERA REFLEX A fim de gerar uma imagem fotogrfica necessrio uma caixa escura, luz e uma superfcie fotossensvel. No caso das cmeras reflex, enquanto voc est compondo sua fotografia o filme est protegido contra a luz. Ao ser disparado o boto, a superfcie fotossensvel, ou seja o filme, sensibilizada pela luz. Para que a luz sensibilize o filme, o espelho que reflete as imagens vistas pela objetiva para o visor se recolhe. EXPOSIO A exposio correta de uma fotografia depende da relao entre diafragma e obturador.Diz-se que uma exposio correta quando o filme recebe a quantidade certa de luz com o tempo de exposio correto. SUPEREXPOSIO E SUBEXPOSIO Quando um filme recebe uma quantidade excessiva de luz (diafragma), ou fica exposto demasiadamente luz (obturador), diz-se que o filme foi superexposto. Portanto, um filme superexposto um filme que sofreu ao demasiada da luz.

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Ao inverso disto, quantidade insuficiente de luz (diafragma), ou tempo de exposio insuficiente (obturador) chamamos de subexposio. FOTOMETRIA Para aferir a exposio preciso de um dispositivo de medio de luz. Este dispositivo chamado de fotmetro. O fotmetro fica embutido na cmera e sua funo medir a luz. ele que vai indicar se os valores de diafragma e velocidade esto compatveis para que possamos obter uma exposio correta. As indicaes do fotmetro variam de modelo para modelo: Alguns possuem o sinal negativo ( - ), que indica luz insuficiente e o positivo ( + ), que indica muita luz. A exposio correta a indicada na bolinha. Outros utilizam nmeros positivos que indicam muita luz e os negativos, que indicam pouca luz. A combinao correta de diafragma e obturador indicada no trao entre os nmeros positivos e negativos. Existem ainda os que utilizam leds vermelhos quando a exposio no est correta. Quando acender o led verde, a fotografia pode ser feita. Exemplos de fotometria

-2. -1. 0. 1. 2+ -2. -1. 0. 1. 2+ -2. -1. 0. 1. 2+

SUPEREXPOSIO EM 2 (DOIS) PONTOS SUBEXPOSIO EM 2(DOIS) PONTOS EXPOSIO CORRETA

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Diafragma ou abertura um orifcio localizado na objetiva que regula a quantidade de luz que vai impressionar o filme. Este mecanismo assemelha-se ris do olho humano, pois quando uma pessoa est em um ambiente muito iluminado, a ris se fecha; j em um ambiente pouco iluminado a ris tende a se dilatar. A abertura regulada por nmeros chamados f ou pontos, encontrados em torno da armao da objetiva.Em algumas cmeras o ajuste do diafragma executado no prprio corpo (CANON EOS 3000N, por exemplo).

Os principais nmeros desta escala so: f/1 - f/1.4 - f/ 2 -f/ 2.8 f/ 4 f/ 5.6 f/ 8 f/ 11 f/ 16 f/ 22 f/ 32 (esta numerao varia em algumas objetivas). A escala de diafragma obedece a uma progresso geomtrica, cuja razo raiz quadrada de 2 (1,4, aproximadamente), onde na abertura de um ponto para outro (saindo de f/4 para f/2.8, por exemplo) a quantidade de luz que penetra na objetiva dobrada, e ao fechar um ponto (saindo de f/8 para f/11, por exemplo) a quantidade de luz reduzida metade. Conclumos, ento, que quanto maior o f, menor ser a abertura do diafragma e quanto menor o f, maior a abertura. A maior ou menor abertura do diafragma no regula apenas a quantidade de luz que impressionar o filme, mas tambm ter influncia sobre a profundidade de campo.

Profundidade de Campo Quando focamos um objeto, uma determinada rea em sua volta, atrs ou frente, apresentar um nvel maior ou menor de nitidez. A rea ntida em torno do objeto focado chamada de profundidade de campo. Quanto maior for a rea ntida em torno de um objeto focado, maior ser a profundidade de campo de uma foto, e vice-versa.

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Uma grande profundidade de campo obtida da seguinte maneira: diafragma; o assunto; Quando se utiliza uma abertura pequena de Quando h grandes distncias da cmera para

Quando se utiliza objetiva com menor distncia focal. Uma pequena profundidade de campo obtida quando: Se utiliza uma grande abertura de diafragma; H proximidade entre a cmera e o assunto; Se utiliza uma objetiva com maior distncia

focal.

Escala de Profundidade de Campo, de distncia ou de focalizao: aparece nas objetivas em metros (m) ou ps (ft), sendo um p equivalente a 30 cm. A partir da abertura selecionada, pode-se verificar a zona situada entre o ponto mais prximo e o mais distante da imagem que ficar em foco. Diafragmao Por razes ticas, as reas de abertura do diafragma so diferentes de lente para lente. Por exemplo: f/ 8 numa teleobjetiva mais aberto do que numa objetiva normal. Esta a razo de um teleobjetiva fotografar com menor profundidade de campo.

Obturador ou Velocidade um mecanismo que regula o tempo que a luz sensibilizar o filme. Sua velocidade pode variar de fraes de segundo at horas (modo B).

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A escala de velocidade do obturador obedece a uma sequncia determinada: 1/ 4000 1/2000 1/1000 1/ 500 1/ 250 1/ 125 1/ 60 1/ 30 1/ 15 1/ 8 1/ 4 1/ 2 1 2 4 8 B (Bulb) T (time). Ao escolher a velocidade de 1/ 4000, isto significa que o obturador ficar aberto por fraes de segundo, j a velocidade de 1/ 8 pode ser considerada lenta para a exposio do filme, pois ficar aberta por mais tempo. Ao mudar da escala 1/ 500 para a 1/ 250, por exemplo, isso significa que o tempo que a luz sensibilizar o filme ser dobrado, e ao mudar de 1/ 60 para 1/ 125 ser reduzido metade.O modo B de velocidade indica que enquanto o disparador estiver sendo pressionado, o obturador estar levantado. EXEMPLO DA RELAO ENTRE DIAFRAGMA E OBTURADOR. (considere um filme com a mesma sensibilidade e as mesmas condies de luz para todas as situaes) VELOCIDADE 1/ 1000 1/ 500 1/ 250 1/ 125 1/ 60 1/ 30 1/ 15 1/ 8 DIAFRAGMA f/ 2 f/ 2.8 f/ 4 f/ 5.6 f/ 8 f/ 11 f/ 16 f/ 22

As combinaes acima possuem exposies equivalentes. Esta escala de combinaes bsica, entretanto pode variar de acordo com o efeito que se deseja obter, exemplo: Foto congelada: velocidade mais rpida. Idia de movimento: velocidade lenta.

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Fundo desfocado: grande abertura. Fundo focado: pequena abertura.

Exemplificando: Voc encontrou uma fotometragem de 1/ 125 com f/ 5.6 para uma imagem que deseja fotografar, porm quer desfocar o fundo. As aberturas que proporcionam este efeito so na escala f/ 2 f/ 2.8 e f/ 4. Se voc ajustar para um desses nmeros-f e mantiver a velocidade de 1/125, haver uma grande entrada de luz pela objetiva, provocando uma superexposio. Ento a velocidade ser modificada para que a quantidade de luz que impressionar o filme esteja correta. Neste caso a combinao adequada ser 1/ 1000 f/ 2 ou 1/ 500 f/ 2.8.

COMO APOIAR A CMERA: Para que suas fotos no saiam tremidas necessrio um manejo adequado da mquina. Segue orientaes sobre o manejo da mquina fotogrfica. a) Sem trip Segure o corpo da mquina com a mo esquerda, deixando a direita livre para o disparo. Mantenha os braos juntos ao corpo. Mantenha as pernas separadas para obter mais equilbrio. Ao apertar o boto de disparo no force a mquina para baixo. vlido encostar em paredes ou postes para obter um apoio maior. Deitar no cho e utilizar os cotovelos como trip tambm pode ser um timo recurso. A velocidade do obturador tambm pode garantir que sua fotografia no saia tremida. Quanto maior for a distncia focal da sua objetiva, mais rpida tambm deve ser a velocidade do obturador. Aqui est uma tabela com o tipo de objetiva e a velocidade mnima de disparo.15

RELAO VELOCIDADE DE DISPARO X DISTNCIA FOCAL OBJETIVA 28mm 35mm 50mm 70mm 85mm 135mm 200mm 300mm 400mm 600mm 1.000mmb) Com trip:

VEL.MNIMA DISPARO 1/ 30 s 1/45 s 1/60s 1/60s 1/90s 1/125s 1/250s 1/350s 1/500s 1/750s 1/1000s

Abaixo das velocidades mnimas indicadas na tabela acima recomendvel a utilizao de trip. Estique as pernas do trip de forma que elas fiquem na mesma altura. Coloque-o numa superfcie plana. Em dias de vento utilize a bolsa da mquina como pndulo.

OBJETIVAS o conjunto de lentes que se dispem diante de uma cmera fotogrfica com o objetivo de formar uma imagem. A objetiva fotogrfica composta por lentes convexas (positivas) e cncavas (negativas). As lentes16

convexas convergem os raios de luz e formam a imagem que ir impressionar o negativo. J as lentes cncavas divergem os raios de luz, e sua funo corrigir as aberraes ticas, como perda de nitidez e deformaes da imagem. Estas lentes so coladas entre si com uma resina natural, o blsamo-docanad, e montadas em um tubo metlico chamado tambor . A fabricao de uma objetiva um processo que envolve a aplicao de alta tecnologia.

CARACTERSTICAS DAS OBJETIVAS So 3 (trs) as caractersticas fundamentais das objetivas: ngulo de cobertura, distncia focal e luminosidade. Veja abaixo o que cada uma delas representa: 1) ngulo de cobertura Como o prprio nome indica, o ngulo de cobertura aquele que indica que amplitude da cena projetada pela lente ir impressionar o filme. O ngulo de cobertura tem uma relao inversa com a distncia focal. Assim, quanto maior for a distncia focal de uma lente, menor ser o seu ngulo de cobertura e quanto menor a distncia maior o ngulo. 2) Distncia focal Ao penetrarem numa lente positiva, os raios de luz, paralelos, sofrem um processo de convergncia, at atingirem um ponto nico de encontro. Medindo-se a distncia deste ponto at o centro tico da lente, encontra-se aquilo denominado distncia focal. Quanto maior a distncia focal, maior ser a imagem, e vice-versa. importante frisar que somente uma lente positiva capaz de formar uma imagem. Uma lente negativa no forma imagens, j que diverge os raios de luz. A distncia focal expressa em milmetros, e indicada em toda objetiva. Assim, por exemplo, Canon Lens 300mm significa que estamos diante de uma lente de marca Canon, cuja distncia focal de 300 mm. Para o fotgrafo, porm, o que ir interessar mesmo o efeito que esta distncia ter sobre o resultado final da imagem. Como saber na prtica, qual a aproximao de uma objetiva?17

simples. Devemos tomar por base a objetiva normal de 50 mm. A distncia de aproximao de uma lente medida dividindo-se o valor da sua distncia focal por 50, que o nmero representativo de uma lente normal. Assim, uma lente de distncia focal de 300 mm estar aproximando o motivo em 6 vezes, j que 300 : 50 = 6.

3- Luminosidade Podemos definir luminosidade de uma objetiva como o diafragma mais aberto que ela pode apresentar. Em outras palavras, a luminosidade indica qual a quantidade mxima de luz que pode atravessar uma objetiva. Existe uma escala denominada escala de diafragmas, e a luminosidade de uma objetiva sempre estar relacionada com essa escala, apesar de nem sempre corresponder a um valor exato dela. Assim, utilizando o mesmo exemplo do item 1 (Canon lens 300 1:4), teremos uma objetiva cuja luminosidade (ou diafragma mximo) ser igual a f/4. importante lembrar que esta uma das caractersticas que mais encarecem uma lente. Assim, uma objetiva de distncia focal de 300 mm e luminosidade de f/2.8, pode chegar a custar o dobro de uma outra objetiva de mesma distncia focal, porm, com uma luminosidade de f/4, por exemplo. CLASSIFICAO DAS OBJETIVAS As objetivas, segundo a distncia focal, so classificadas em : normais, grande-angulares e teleobjetivas. Essa classificao vlida apenas para cmeras 35 mm, visto que para cmeras de outro formato, os valores so modificados, devido a motivos ticos. Vejamos agora a classificao: Normais: So lentes cuja distncia focal varia em torno de 50 mm. O ngulo de viso de uma lente normal de 45 a 50, semelhante ao olho humano. As lentes normais so as que oferecem maior fidelidade daquilo que estamos vendo, ao contrrio das grande-angulares e teleobjetivas, que apresentam distores. As objetivas normais esto caindo em desuso, em funo do grande sucesso das lentes zoom. Utilizao - Para quaisquer tipos de foto.18

Grande-angulares: So lentes cuja distncia focal varia entre 20 mm e 35 mm. O ngulo de viso de uma grande-angular maior do que o de uma lente normal. Possuem grande profundidade de campo. As grande-angulares apresentam distores na perspectiva, acentuando-a medida que se diminui a distncia focal. As lentes de 13 a 18mm so chamadas de super grandeangulares. Utilizao- Fotos que exijam um amplo ngulo de cobertura, como arquitetura, interiores, jardins, etc. Teleobjetivas: So lentes cuja distncia focal est acima de 70 mm. As teleobjetivas tm por caracterstica o achatamento da perspectiva, diminuindo consideravelmente a distncia entre primeiro e segundo plano. Seu ngulo de viso inferior ao de uma objetiva normal. Utilizao- So utilizadas para fotografias de modelos (100 mm), esportes, viagens, natureza, animais (principalmente quando a aproximao se torna impossvel, ou por serem muito ferozes, ou por se assustarem com a presena do fotgrafo). As teleobjetivas so as lentes preferidas dos paparazzi, que, em determinadas situaes, no podem ser vistos de maneira nenhuma. So lentes ideais para reportagens. OBJETIVAS ESPECIAIS Alm dessas objetivas mais comuns, existem ainda vrios tipos de objetivas, que tambm so muito utilizadas por fotgrafos amadores e profissionais. Vejamos algumas delas:

Olho-de-peixe: As lentes olho-de-peixe so objetivas super grande-angulares com distncia focal inferior a 13 mm. Estas objetivas apresentam uma incrvel distoro na perspectiva, e tm um ngulo de cobertura que pode atingir 18019

ou mais. Para se ter uma idia deste ngulo, o fotgrafo que estiver utilizando uma olho-de -peixe tem que ter cuidado para no fotografar os prprios ps. Utilizao: So lentes que sugerem situaes bastante criativas, alm disso, so indispensveis para fotografar locais que exijam um altssimo ngulo de cobertura, como a cabine de um avio, por exemplo.

Macro / Micro: So objetivas destinadas a fotografias de curta distncia, o que no seria possvel utilizando-se uma lente normal. As lentes macro/ micro permitem uma aproximao inferior a 50 cm do motivo, alm de um foco perfeito. Utilizao - So utilizadas para fotografar temas muito pequenos, como insetos, flores, etc. So tambm muito utilizadas por mdicos e dentistas. Zoom So objetivas de distncia focal varivel, que apresentam uma grande versatilidade. como se o fotgrafo dispusesse de vrias lentes em uma s. A desvantagem das lentes zoom que elas apresentam uma qualidade um pouco inferior s objetivas de distncia focal fixa, qualidade esta porm, quase imperceptvel nos dias de hoje, em funo da alta tecnologia empregada na fabricao dessas lentes. Uma lente zoom recomendada seria a 28-105, visto que ela pode funcionar como uma grande angular, uma lente normal ou mesmo uma teleobjetiva. Utilizao - Todo tipo de fotografia.

Descentrvel Esta objetiva possui mecanismos que eliminam a convergncia das linhas verticais em fotografias onde se usa a objetiva grande-angular. Utilizao: arquitetura.

COMO ESCOLHER A OBJETIVA IDEAL?

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Ao escolher uma objetiva, o fotgrafo deve levar em considerao 3 fatores importantes: O(s) tema(s) que se pretende(m) fotografar; A luminosidade da lente; Qual utilidade prtica ser dada foto.

ESCOLHA DE EQUIPAMENTOS E ACESSRIOS1) Filtros: Pedaos de vidro transparente, gelatina ou outro material translcido, capazes de modificar a natureza da luz que os atravessa.Servem para compensar, converter corrigir a cor, aumentar ou diminuir contraste. FILTROS GENRICOS UV (transparente) e skylight (rosado) Eliminam a radiao ultravioleta que vem do motivo. Esta radiao proporciona um efeito desagradvel de nvoa fina. So filtros que podem permanecer acoplados permanentemente na objetiva, pois tambm a protegem contra possveis arranhes e poeira. Densidade neutra Reduz a quantidade de luz que entra na objetiva, sem alterar as cores, para que o fotgrafo possa trabalhar a profundidade de campo ou utilizar uma velocidade mais lenta na cmera. O ND 2 (cinza claro) transmite 50% a quantidade de luz , o ND 4 (cinza mdio) transmite 25% e o ND 8 (cinza escuro) 12,5%. FILTROS DE CORREO DE CORES Filtros Azuis (Srie 80 e 82) So usados para corrigir o alaranjado provocado pelas lmpadas incandescentes com filamento de tungstnio e lmpadas photoflood (3200K), em filmes daylight.

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Utilizados para diminurem a tonalidade quente de algumas fotos, fornecendo uma colorao mais natural aos motivos e tambm realam as sombras e o clima frio, proporcionando imagens muito interessantes. FL-D (rosa claro) Quando fotografamos com filmes para a luz do dia (daylight) em ambientes iluminados por lmpadas fluorescentes, as fotos acabam apresentando uma colorao esverdeada. Estes filtros corrigem este problema.

FILTROS DE EFEITOS ESPECIAIS Polarizador (cinza escuro) - Estes filtros eliminam reflexos de superfcies no metlicas, como gua e vidro. Alm disso, aumentam o contraste e a saturao de cores. Tornam o azul do cu muito mais profundo. Warm-up (mbar) - So filtros cuja funo dar uma ligeira aquecida nas fotos. Reduz o tom azulado dos dias nublados, proporcionando uma colorao agradvel em vrias reas da fotografia, como natureza, arquitetura, tom de pele, etc. Orange - Semelhante ao warm-up com uma tonalidade alaranjada mais forte. Close-up - O filtro close-up destinado a fotgrafos que querem obter os efeitos de uma lente macro, porm sem despender tanto dinheiro. Seu custo relativamente baixo, se comparado ao de uma objetiva macro. O close-up permite uma aproximao maior da objetiva com o motivo, sem que esta venha a perder o foco. Dupla exposio Permite que cada metade do filme seja exposta separadamente, utilizando o recurso mltipla exposio da cmera. Com isso, uma pessoa pode ser fotografada vrias vezes em um mesmo quadro, proporcionando um resultado muito interessante. Coloridos

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So usados para criar efeitos de grande impacto nas fotos, ora realando uma cor, ora diminuindo a nfase de outra. Podem ser usados sozinhos ou combinados entre si. Graduados Diminuem o contraste entre o cu e o cho. Apresentam colorao em apenas uma de suas metades. Cross Screen - Transforma os pontos mais luminosos da fotografia em estrelas. Apresenta-se em trs tipos: 4x, 6x e 8x. Estes modelos indicam a quantidade de pontas que ter as estrelas. Difusor - Oferece um efeito romntico s cenas, criando uma atmosfera enevoada e ligeiramente desfocada. Ideal para fotos na contraluz e fundos escuros. Para obtermos melhores resultados, devemos utilizar aberturas amplas. FILTROS PARA FILMES PRETO E BRANCO Os filtros para filmes preto e branco funcionam de forma subtrativa, clareando a sua cor correspondente. Assim, por exemplo, um filtro vermelho ir tornar qualquer objeto vermelho que venha a ser fotografado mais claro do que ele realmente. Em contrapartida, o mesmo filtro vermelho ir escurecer um objeto ciano. Para entendermos melhor, observemos o diagrama de cores abaixo:

D I A G R A M

AM

D E

C O R E S

A G E N T A

V E R M

E L H O

A Z U L

A M

A R E L O

C I A N O

V E R D E

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Diagrama de cores Entender o diagrama de cores muito simples. Para saber que efeitos um filtro colorido ir provocar num filme preto e branco basta observar a cor do filtro no diagrama de cores. Feito isto, considere que as cores adjacentes cor do filtro observada (alm da prpria cor, claro) sero clareadas por ele. As cores opostas sero escurecidas. Assim, um filtro amarelo ir clarear (subtrair) as cores amarelo, vermelho e verde, e escurecer as cores magenta, azul e ciano. 2) Trip: Como j foi citado, fundamental nas fotografias em que se utilizam velocidades lentas de obturador e nas fotografias noturnas em que se utiliza o modo B de exposio. Ao escolher um trip, leve em considerao a robustez, pois o balanar do vento, por exemplo, pode prejudicar a sua foto. 3) Monop: Possui a mesma funo do trip: sustentar a mquina para prevenir trepidaes na hora da fotografia. Mas, como o prprio nome diz, ele possui apenas um p de sustentao, o que no traz a mesma segurana do trip, mas inegvel a sua praticidade. Ao fotografar, mantenha o monop paralelo ao seu corpo, a fim de obter uma base de sustentao maior. 4) Cabo Disparador: um acessrio indispensvel nas fotografias que exigem longa exposio.24

O cabo disparador conectado mquina para evitar que a cmera trema na hora do disparo. Podemos dizer que o cabo de disparo o controle remoto que aciona o disparador.

5) Carto Cinza 18%: Possui uma tonalidade de cinza que absorve 18% da luz que incide sobre ele. Pode ser encontrado em dois tamanhos. O carto cinza 18% importante para o clculo de incidncia de luz que no pode ser medido diretamente no objeto fotografado. Por exemplo: Voc est numa cidade movimentada, v aquele prdio maravilhoso, mede a luz do ambiente para fotografar, entretanto sabe que seu fotmetro no est medindo a luz incidente no prdio. Chegar at ele para fazer a medio complicado, pois existem duas grandes avenidas que o separam de voc. A entra o carto cinza. Voc o coloca na frente da cmera e faz a medio de luz. Para garantir que voc no perder sua fotografias, faa fotos com a aberturas acima e abaixo daquelas indicadas pelo fotmetro (bracketing). E se voc no tiver o carto cinza? Afinal, encontr-lo no fcil. Voc no ir perder sua foto por isso. Substitua o carto pela palma da sua mo e faa todo o processo. 6) Flashmeter Usado em trabalhos profissionais, como por exemplo propaganda e moda. Mede a luz do flash. 7) Flash Deve ser compatvel com as cmeras high- tech. Falaremos de forma mais detalhada sobre ele no assunto Iluminao. ele que ilumina as cenas escuras, simulando a temperatura de cor da luz do sol: 5500K.

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8) Pra-sol: O pra-sol tem como funo evitar a entrada da luz do sol na lente, causando um efeito chamado "flare". importante lembrar que quanto menor a distncia focal de uma lente, mais propcia ela estar ao "flare", j que o seu ngulo de cobertura ser maior. 9) Tubos e foles de extenso: So acessrios que se encaixam entre o corpo da cmera e a objetiva, com a finalidade de possibilitar que uma objetiva comum possa tirar fotos em close-up. Os tubos so utilizados de forma avulsa ou interligados, permitindo apenas a utilizao de distncias focais fixas. J os foles permitem um ajuste contnuo, razo pela qual requerem um maior investimento por parte daquele que ir utiliz-los. 10) Anel de reverso: um simples adaptador e permite a montagem da lente de trs para frente. Com isso, a objetiva passa a ter uma focalizao maior do que o normal. utilizado para fotografias close-up. 11) Teleconversor : Disposto entre a cmera e a objetiva, o teleconversor permite a ampliao da distncia focal. Os teleconversores mais comuns so os de 1,4x e o de 2x. Assim, uma objetiva de distncia focal de 200 mm acoplada a um teleconversor de 2x, passa a ter uma distncia focal de 400 mm. A desvantagem de um teleconversor a perda de luminosidade que a objetiva sofre.

FILME FOTOGRFICOO filme, tambm chamado de pelcula fotossensvel, uma tira plstica, transparente com uma emulso que ao sofrer exposio luz forma uma imagem invisvel chamada latente. O passo seguinte a revelao feita atravs de agentes qumicos para obtermos ento a imagem em negativo. Um negativo bem impressionado depender da qualidade da luz recebida. Essa relao fundamental para obteno da foto desejada.26

Fotograma: o papel impressionado sem a presena do filme. Caractersticas dos filmes (tipos, sensibilidade, formato) Tipos de filmes: 1. Preto e branco: 2. Infravermelho 3. Negativos coloridos. 4. Positivos. 5. APS. FILME PRETO E BRANCO (PB) So divididos em: Filmes ortocromticos So sensveis at o verde. As cores vermelho e laranja so registradas como preto, as cores restantes apresentam vrios matizes de cinza. Ex.: litho (extremamente contrastado). Filmes pancromticos So os mais usados e registra todo espectro invisvel desde o ultravioleta e indo alm do vermelho. Os filmes infravermelhos Apesar de terem sido criados para fins cientficos e militares, hoje so usados para produzir efeitos inusitados. So encontrados em dois tipos: preto e branco e colorido. No caso dos filmes coloridos, podemos usar filtros para realar estes efeitos. FILMES NEGATIVOS COLORIDOS Pelo princpio fundamental reproduzem-se em qualquer cor a partir das cores bsicas ou primrias: verde, vermelho e azul que formam a luz branca. Hoje porm, utiliza-se o mtodo subtrativo que parte da luz branca, criando vrias cores, filtrando aquelas no includas. Os filtros so: magenta, amarelo e ciano e so chamadas de cores subtrativas ou complementares.27

Exemplo: Magenta subtrai o verde. Amarelo subtrai o azul. Ciano subtrai o amarelo. So os filmes mais utilizados por amadores e profissionais e tambm os mais fceis de serem encontrados e revelados. FILME POSITIVO Tambm chamado de slide, cromo, diapositivo, reversvel ou de transparncia, com alto contraste e grande saturao de cores, tem baixa latitude de exposio, por isso importante a medio de luz, pois no h como reverter os erros. APS (Advanced Photo System), usados s em mquinas compatveis. Apresentam dificuldades na revelao em locais fora dos centros urbanos por precisar de equipamento prprio.

SENSIBILIDADE: a capacidade de um filme captar a luz. Um filme com pouca sensibilidade necessita de muita luz ou exposio prolongada para ser impressionado. Enquanto um filme mais sensvel necessita de pouca luz ou exposio rpida. Essa sensibilidade medida em graus que so conhecidos como ASA, ISO e DIN. So chamados filmes de baixa sensibilidade ou lentos os ISO 50 e 64, usados para conseguir mais nitidez, mais detalhes (textura da pele) e maior saturao de cor. So usados em grandes ampliaes, still life e fotografia cientfica. Filmes de sensibilidade mdia ISO 100 e 200, so os mais usados, apresentam uma granulao fina, bom contraste e boa definio de cores, podem ser usados para retratos, paisagens, eventos e fotos ligadas natureza. Filmes rpidos

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ISO 400 a 800, hoje apresentam gros mais finos, so ideais para dias nublados, ambientes mal iluminados (espetculos musicais e teatrais) e fotojornalismo. Filmes ultra-rpidos ISO 1600 a 3200 para cenas noturnas, movimento e ao e at retratos quando se quer disfarar marcas no rosto.

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R E L A O I S O 5 0 1 0 0 2 0 0 4 0 0 8 0 0

E N T R E

S E N S I B I L I D A D E , A B E A B E R T U R A F / 5 . 6 F / 5 . 6 ~ ~ 1 2 5 2 5 0 F / 5 . 6 F / 5 . 6 F / 5 . 6

V E L O C I D A D E 3 0 6 0 1 2 0 2 4 0 4 8 0

~ 5 0 0

R E L A O

E N T R E

S E N S I B I L I D A D E , A B E

I S O 5 0 1 0 0 2 0 0 4 0 0 8 0 0

V E L O C I D A D E 3 0 3 0 3 0 3 0 3 0

A B E R T U R A F / 4 F / 5 . 6 F / 8 F / 1 1 F / 1 6

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PUXADA DE FILME o processo de aumento da sensibilidade do filme acompanhado pelo aumento do tempo de revelao. Este recurso usado quando temos filmes de sensibilidade insuficiente em relao luminosidade existente. Ex.: Um filme de ISO 400 (no recomendvel usar filmes abaixo dessa sensibilidade) poder ser puxado at 3 pontos para 3200, apesar de ser recomendvel s puxar" 2 vezes, pois o aumento exagerado diminui a nitidez e a saturao das cores. Os melhores filmes para serem puxados so os PB, j que os negativos coloridos e slides podem sofrer desvios de cor, alm de uma possvel dificuldade para serem revelados. Essa puxada de filme ser possvel em cmeras reflex mecnicas ou automticas, que tenham compensador de exposies ( +1 +2). Quando puxar o filme , nunca esquea de avisar ao laboratrio. Vantagens da puxada de filme: Mantm a luz ambiente ao natural, o que no seria possvel com o flash, que elimina o jogo de sombras. Altera a fora da imagem no PB e aumenta a expressividade das cores no filme colorido. O fotgrafo no percebido por no usar flash em locais sub-iluminados. Este processo pode ser feito sem a ajuda de equipamentos externos. Desvantagens: Aumenta o tamanho do gro com perda de definio no negativo. H perda nos detalhes quando a imagem tem muito contraste e jogo de sombras. No h controle de dominantes de cor que podem tornar intil a fotografia. FORMATO a caracterstica que se refere ao tamanho do negativo. O filme 110mm vem em cartucho e apresenta um negativo no tamanho 13x17mm. O filme 135 ou 35mm vem em magazines ou em latas para serem rebobinados, seu negativo mede 24x36mm e usado em cmeras reflex. O filme 120 mm usado em cmeras de mdio formato: 4,5x6/6x6/6x7/6x9.

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CUIDADOS QUE DEVEMOS TER COM OS FILMES: 1 Verificar sempre a data de validade do filme que se encontra na caixinha. 2 No comprar filmes que estejam expostos claridade ou em locais quentes, pois podem afetar sua qualidade. 3 Se no for us-lo imediatamente, guarde-o na geladeira dentro da embalagem plstica e da caixinha. 4 Quando for usar o filme, retire-o com antecedncia mas no abra a embalagem plstica para no provocar condensao. 5 Nunca coloque o filme na cmera diretamente sob o sol, se no tiver um local sombreado use seu prprio corpo como anteparo. 6 No deixe o filme fora da embalagem plstica pois poder atrair poeira na tira de feltro provocando assim arranhes no negativo. 7 No corte os negativos em quantidades abaixo de 5 fotogramas, ser mais fcil para arquivar e para o manuseio na hora da ampliao. 8 Escolha cuidadosamente o laboratrio, depois de mal revelado no haver mais jeito de recuperar seu trabalho. PROCESSAMENTO DE FILMES O processamento o ato de revelar e copiar do negativo para o papel as imagens fotografadas. Este processo pode ser manual ou automtico. O processo manual mais utilizado em filmes PB, sendo que o filme colorido tambm pode passar por esse procedimento. Este processo passa por cinco etapas: revelao, interrupo, fixao, lavagem e secagem. No caso dos filmes PB, as opes de revelao no modo automtico ou minilab so muito restritas. Uma sada utilizar filmes preto e branco que podem ser revelados no minilab, como por exemplo o Ilford XP2 e o Tmax CN. Outra forma de baratear os custos revelar o filme no processo manual e fazer as cpias no automtico. J em relao aos filmes coloridos, a vantagem do processo manual a possibilidade de manipulao das imagens, o que no seria possvel no minilab. Entretanto, o custo de revelao e ampliao do filme colorido muito superior ao processo automtico. Muitas pessoas pensam em possuir um laboratrio caseiro, infelizmente, o custo dos produtos qumicos e a pouca eficcia do controle de qualidade conduz o fotgrafo invariavelmente ao laboratrio automatizado. Os processos automatizados mais comuns so: C 41 para filmes negativos e E 06 para filmes diapositivos. Constando de sete etapas:32

revelao, branqueamento, lavagem, fixao, lavagem final, estabilizao e secagem.

COMPOSIOCompor uma fotografia dispor os elementos do tema da forma mais harmoniosa e agradvel possvel, de maneira que todos possam compreend-la. Segundo Henri Cartier-Bresson, "A composio deve ser uma de nossas preocupaes constantes, at nos encontrarmos prestes a tirar uma fotografia e, ento, devemos ceder lugar sensibilidade". Na fotografia existem algumas regras bsicas, que bem aplicadas podem proporcionar ao fotgrafo belssimos resultados. A maioria dessas regras foi baseada em experincias de tentativas e erros. No significa porm, que tenhamos de obedec-las piamente para obtermos boas fotografias. Centenas de fotos fizeram e fazem sucesso justamente pela ousadia de determinados fotgrafos que resolveram "quebrar as regras". Vejamos algumas das regras de composio. Diagonais A tcnica das diagonais consiste em escolher um determinado motivo que corte a foto formando uma diagonal, conduzindo, desta forma, o olhar do leitor para o assunto principal.. As melhores diagonais so aquelas que cortam a foto da esquerda para a direita, j que oferecem maior conforto para o leitor. Regra dos teros Esta regra consiste na diviso imaginria do visor em 9 partes iguais, atravs do traado de duas linhas horizontais e duas linhas verticais. A partir da s posicionar os elementos da cena no tero de baixo ou de cima, evitando sempre o tero central. Quando houver um ponto central de muito interesse, procure posicion-lo num dos pontos de interseo destas linhas. Estes pontos so conhecidos como os "pontos de ouro". Referncia Quando fotografamos um objeto muito grande ou muito pequeno isoladamente, fica difcil em uma fotografia ter a noo exata do seu tamanho. Assim, a referncia consiste em dispor junto deste motivo algum ou algo de tamanho conhecido para que possamos, atravs da comparao, ter a noo33

exata do tamanho do objeto fotografado. A referncia tambm utilizada para esclarecer dvidas a respeito de locais ou pocas. Molduras naturais A tcnica consiste em incluir na prpria foto um elemento que emoldure e d nfase ao motivo principal. Com isso, o olhar do leitor da foto conduzido diretamente para o assunto, dando a ele um destaque especial. EFEITOS Existem alguns efeitos que podemos criar utilizando os recursos disponveis em nosso equipamento. Estes efeitos especiais apresentam resultados bastante interessantes, e dependem muito da criatividade daqueles que os executam.

Panning - uma tcnica muito empregada nos esportes. Ele consiste no acompanhamento de um objeto em movimento (cavalos de corrida, carros, bicicletas) com a cmera, de forma que ele aparea "congelado", e o fundo borrado, passando a sensao de movimento na foto. uma tcnica que exige muito treinamento, e para funcionar bem necessria a utilizao de uma velocidade de disparo baixa, em torno de 1/4 segundo. O auxlio de um monop muitas vezes se faz indispensvel. Puxada de zoom - Posicionando a cmera em um trip, regule a cmera para uma velocidade baixa do obturador, geralmente 1/8 de segundo. A partir da , enquadre o objeto, aperte o boto de disparo e ao mesmo tempo puxe o zoom. A lente ir percorrer toda a sua distncia focal, ao tempo em que o filme exposto.

FLASH

a fonte de luz artificial. So classificados em: Manuais

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So aqueles que devem ser acionados pelo fotgrafo. No caso de flashes utilizados em cmeras reflex h uma tabela para saber que abertura usar de acordo com o tipo de filme e a distncia do objeto a ser fotografado. Exemplo de tabela de flash: f FILME 64 100 200 2.8 9m 12m 4 6m 9m 12m 5.6 4,5m 6m 9m 8 3m 4,5m 6m 11 2m 3m 4,5m 16 1,5 2m 3m 22 1m 1,5 2m

Tambm atravs de uma pequena equao voc pode saber qual a melhor abertura a ser utilizada

f=N guia/dist.

Automticos So aqueles acionados pela cmera fotogrfica no caso de insuficincia de luz. Dedicados (TTL) So aqueles utilizados em cmeras high-tech. Este flash deve ser da mesma marca da cmera, pois l as informaes sobre o objeto fotografado atravs da lente. Outra vantagem que se voc ajustar uma velocidade de sincronismo acima da utilizada pela mquina, o prprio flash ajusta a cmera para a velocidade adequada. Estes flashes tambm possuem clulas fotossensveis, que cessam os fachos de luz sobre o objeto fotografado, assim que for constatado que ele est suficientemente iluminado. Isto ocorre porque toda vez que a luz bate num objeto ele reflete luz de volta para a clula fotossensvel.

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