martÍnez alier. da economia ecológica ao ecologismo popular (v1.00)

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1 RESENHA MARTNEZ ALIER, Joan. Da economia ecolgica ao ecologismo popular. Blumenau: FURB, 1998. Tags: Elaborada por: Filipe Anselmo Gomes

DA ECONOMIA ECOLGICA AO ECOLOGISMO POPULARSUMRIO PREFCIO.............................................................................................................1 PRLOGO TERCEIRA EDIO............................................................................2 INTRODUO.......................................................................................................3Economia ecolgica e Ecologismo popular..............................................................................3 Valores ps-materialistas?.......................................................................................................3 Neopopulismo ecolgico..........................................................................................................3

1.A ECONOMIA ECOLGICA DE NICOLAS GEORGESCU-ROEGEN.........................4A Economia Ecolgica e seus precursores...............................................................................4 Situar a economia dentro da ecologia.....................................................................................5 Liberdade de migrao............................................................................................................6 Externalidades e taxa de desconto.........................................................................................6 Tecnologias prometeicas.........................................................................................................6

2.POLTICA ECONMICA E POLTICA ECOLGICA.................................................6A percepo ecolgica e a poltica ambiental internacional....................................................7 Elementos de economia ambiental neoclssica......................................................................7 O efeito estufa, uma externalidade invalorvel.......................................................................7 A duvidosa contabilidade da energia nuclear..........................................................................7 A energia e a economia: uma perspectiva histrica................................................................8 Ecomarxismo: muito tarde e muito pouco?.............................................................................8 A ecologia e as economias planificadas do Leste europeu: post mortem................................8 O conceito de desenvolvimento sustentado, um instrumento inadequado para uma poltica demogrfica e ambiental........................................................................................................8 Uma concluso poltica...........................................................................................................8

PREFCIO 1. 2. {13} O livro tem uma slida e erudita formao acadmico-cientfica. No se observa em Alier o diletantismo e o emocionalismo especulativo tradicionais de ecologistas. 3. {14} Sua preocupao nasce de constataes dos problemas de povoados, da observao direta da desigualdade de recursos e da deteriorao das condies de vida.

2 4. O autor tem engajamento tico e poltico, no sucumbindo ao cinismo e ecocentrismo. PRLOGO TERCEIRA EDIO 1. {17} Para Ronald Inglehart (1977), o ecologismo surge como um fenmeno tpico de setores prsperos dos pases ricos, sem relao com a solidariedade social. 2. Esse ecologismo apreciava a natureza e no adorava o progresso tecnolgico, lamentando o desastre esttico da industrializao em uma recordao ao romantismo ou a ideologia Blut und Boden [sangue e solo, usado por Hitler para justificar aos arianos (sangue) o direito exclusivo Alemanha (solo)]. 3. Isso explica o repudio ao ecologismo pela ortodoxia marxista. 4. {18} Ecologismo dos ricos 1. Se no h para todo mundo, que haja para ns 2. Preocupados com a conservao dos grandes mamferos ou com a perda de paisagens que gozavam 3. Ecologismo da abundncia (Inglehart) 4. Fenmeno social de pessoas com estmagos cheios, uma nova moda de luxo e de cio 5. Ecologismo dos pobres 1. Questo de sobrevivncia e no de qualidade de vida 2. Protestam contra a perda do acesso aos recursos naturais e servios da natureza 3. Ecologismo da sobrevivncia (Chico Mendes) 4. Nasce da contradio entre a economia do valor de uso e a economia do lucro, da expanso, do crescimento 5. Normalmente so tocados por mulheres 6. Ao piorar a distribuio ecolgica, sem melhorar a distribuio econmica, os protestos surgem 6. {19} Uma economia mais ecolgica poderia ser uma economia mais equitativa, mais solidria 7. O Ecologismo Popular nasce do conflito entre a Economia e a Ecologia, conflito que no se soluciona com invocaes rituais em favor do desenvolvimento econmico ecologicamente sustentvel ou de uma internalizao completa das externalidades. 8. {20} Neonarodnismo (neopopulismo / neozapatismo) ecolgico 1. Uma escola de pensamento que analisa as contribuies dos camponeses ao manejo dos recursos naturais e preservao da biodiversidade 2. Esses camponeses tm valores morais pr-modernos, a qual entende a relao homem-natureza em termos de harmonia, e no de subordinao ou mercantilizao. 9. {21} O Sul (pobres) ecologicamente menos daninho e mais ecolgico que o Norte (ricos). 10. {22} Teorias do ecologismo:

3 Ricos e materialistas: reao contra a contaminao e o esgotamento dos recursos naturais causados pela abundncia (movimento de justia ambiental, antinuclear) 2. Ricos e no-materialistas: mudana cultural para valores ps-materialistas resultado da caracterstica dos bens obtidos sem custos ambientais de terem utilidade marginal decrescente (Inglehart) 3. Pobres e materialistas: reao contra a degradao ambiental resultado da pobreza, excesso populacional e intercmbio desigual; defesa do acesso comum aos recursos naturais; ecofeminismo social (Agarwal) 4. Pobres e no-materialistas: religies biocntricas (White); ecofeminismo essencialista (Shiva) 11. {24} O ecologismo popular pode ser entendido como uma soluo para os conflitos distributivos econmico-ecolgico-polticos INTRODUO 1.

Economia ecolgica e Ecologismo popular 1. {29} Num mundo cada vez mais desigual, as lutas sociais vo continuar e os obstculos ecolgicos ao crescimento econmico se aprofundaro. 2. {30} A sensibilidade ecolgica esteve ausente tanto no marxismo, como no liberalismo 1. Os liberais defendem mecanismo racional de alocao dos recursos do mercado. Porm o mercado infravalora (ou valora arbitrariamente) as necessidades humanas futuras e os prejuzos externos s transaes mercantis. 2. Os marxistas defendem uma economia planificada. Porm a ausncia de liberdades dos movimentos ecolgicos e sociais e o crescimento a qualquer custo foram igualmente nocivos. Valores ps-materialistas? 3. {32} Interesses ps-materialista, de qualidade de vida, de questes ticas, no so a origem do ecologismo. 4. {33} , sim, uma reao a destruio material dos recursos naturais, contra os resduos da abundncia. Neopopulismo ecolgico 5. {34} Hoje, critica-se a agricultura e a economia moderna pelo gasto excessivo de combustveis fsseis, contaminao do ambiente e perda da biodiversidade. 6. O enfoque ecolgico da economia vem desde o sculo XIX e desembocam no neonarodnismo, no neozapatismo ou no neopopulismo ecolgicos. 7. Apoia-se na anlise cientfica do fluxo de energia e materiais e da conservao da biodiversidade. 8. Critica a pseudo-racionalidade econmica. 9. {35} Nega o consenso em torno do desenvolvimento econmico, do industrialismo, da modernizao entendida do modo habitual.

4 10. D um novo valor aos esquecidos agrarismo, romantismo, indigenismo, naturismo e pantesmo. 11. O ecologismo se apoia na Ecologia como cincia, sendo assim no pode nascer uma nica posio poltica. 12. {36} Existe o ecologismo dos ricos e dos pobres, porm estes so prejudicados por haver pouca comunicao Sul-Sul. 13. {37} Os movimentos sociais dos pobres so lutas pela sobrevivncia; suas necessidades de vida so ecolgicas: energia, gua e ar limpos, espao para abrigar-se. 14. So ecolgicos por tratar de manter ou devolver os recursos naturais economia ecolgica, fora do sistema de mercado generalizado, da valorao crematstica, da racionalidade mercantil. 15. {38} O desgaste do marxismo com a ecologia tm origem no perfil anarquista dos grupos ecolgicos: participao eleitoral, porm com um partido sem dirigentes permanentes, com rodzio parlamentar, sem profissionalizao poltica, com paridade homens-mulheres. 1. A ECONOMIA ECOLGICA DE NICOLAS GEORGESCU-ROEGEN 1. 2. 3. {45} Georgescu-Roegen (1906-1994, Constana - Romnia) foi um terico da economia, crtico da cincia econmica convencional e teve um substrato poltico narodnik. {46} Demonstra que o prprio Marx no era to anti-campons, considerando caminhos para o socialismo menos industriais, proletrios, unidimensionais e partidrios que os bolcheviques. A crtica ecolgica mostra que o incremento da produtividade da agricultura capitalista moderna depende crucialmente da infravalorao dos inputs de energia de combustveis fsseis, alm do valor nulo ou escasso que se tem dado contaminao por pesticidas e fertilizantes e perda de biodiversidade. Em 1960's, a Antropologia Econmica descobre que as famlias camponesas produziam sob uma forma especfica de organizao e com uma lgica ou racionalidade econmica prpria distante da racionalidade da empresa capitalista. {47} Assim, Georgescu-Roegen comea a pensar uma nova forma de organizao social da produo, entretanto sem abarcar aspectos ecolgicos como o fluxo de energia, a biodiversidade e o policultivo, os ciclos de nutrientes, a contaminao. {48} Por ter ficado marginalizado da academia estadunidense, no criou uma escola de pensamento.

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A Economia Ecolgica e seus precursores 7. {49} Em 1949, ainda no tinha feito qualquer contribuio a economia ecolgica, mas era consciente do esgotamento do petrleo e da desigualdade presente no intercmbio de recursos naturais por manufaturados. 8. {50} Utiliza Lotka e Vernadsky, ao afirmar que temos instrues genticas para o consumo endossomtico, porm no para o exossomtico. Ainda

5 no se sabe o comportamento (aumenta ou diminui) do consumo exossomtico de energia e materiais quando aumenta a renda. 9. {51} Lia Hayek, Weber e Engels, porm desconhecia Podolinsky, PopperLynkeus, Pfaundler e Gueddes. Situar a economia dentro da ecologia 10. {52} A economia deve estudar o fluxo de energia, alm do fluxo de materiais 11. Na discusso sobre as relaes entre energia e economia existem: 1. Posio errada 1: a teoria do valor-energia 2. Posio errada 2: isomorfismo entre as equaes da mecnica e de equilbrio econmico; isso leva teoria absurda de que nos intercmbios econmicos haveria intercmbio de energia psquica ou social. 3. Posio correta: v a economia no como uma corrente circular ou espiral de valor de troca, um carrossel entre produtores e consumidores, mas como um fluxo entrpico de energia e de materiais, que atravessa a economia. 12. {53} Tem que considerar a fsica social, no a matemtica da mecnica (como Jevons e Walrs), mas a biofsica em que se inscreve a economia humana. 13. {54} A economia ecolgica v a economia humana imersa em um sistema mais amplo. 14. Estuda as condies para que a economia se encaixe no ecossistema, alm da valorao dos servios prestados pelo ecossistema para a economia. 15. {55} A economia neoclssica analisa o mercado lubrificado pelo dinheiro, apenas considerando os preos (crematstica). 16. Esquema da economia ecolgica: 1. A Terra um sistema aberto 2. Tem entrada de energia solar 3. Os inputs da economia so matrias-primas e energia til 4. Os outputs so o calor dissipado e os resduos materiais 5. Parte desse resduo pode voltar a ser utilizado quando reciclado 17. Para economia funcionar, precisa de um fornecimento adequado de energia e materiais, manuteno da biodiversidade e resduos no-contaminantes 18. A economia ecolgica estuda a economia sob enfoque reprodutivo e alocativo, analisando as condies sociais e distributivas (riqueza e renda, no tempo e no espao) 19. Entende a economia como absorvedora de recursos e expelidora de resduos 20. Sraffa vs Georgescu-Roegen: 1. Para GR, o valor provm do consumo; Para S, a demanda est ausente 2. Sraffa via a reproduo econmica como um processo circular (reproduo simples) ou espiral (reproduo ampliada), j sem o equilbrio de oferta e demanda neoclssico 3. Sraffa no inclua o esgotamento de recursos, outros efeitos irreversveis (como produo de resduos) e uma anlise entrpica da economia.

6 21. O crescimento econmico 22. {56} Georgescu-Roegen considerava impossvel o crescimento exponencial da economia (devido entropia), alm de ver limites na substituio de recursos naturais por capital. 23. Sollow afirmou que, se ficarmos sem recursos naturais, outros fatores de produo, especialmente o trabalho e o capital reproduzvel, podem servir de substitutos, e que, portanto, o mundo pode continuar, de fato, sem recursos naturais, de maneira que o esgotamento de recursos uma dessas coisas que passam, porm no uma catstrofe. 24. Georgescu-Roegen acrescentava dois problemas ao crescimento exponencial de Sollow: o destino dos pobres (distribuio entre ricos e pobres) e o destino da posteridade (repartio inter-geracional de recursos escassos e de contaminaes, alm do impacto humano destrutivo sobre outras espcies) 25. Georgescu-Roegen era igualitarista. Liberdade de migrao 26. {58} Defendia a livre circulao de pessoas. 27. Considerava a distribuio territorial uma questo da ecologia humana e da poltica, que nem economistas nem eclogos tinham soluo. Externalidades e taxa de desconto 28. {59} No se utilizou da contribuio dos direitos de propriedade coasianos ou dos impostos pigouvianos. 29. Considerava os mtodos de internalizao de externalidades incapazes de enfrentar a questo da alocao inter-geracional. 30. {60} A localizao da curva de custo marginal externo depender da taxa de desconto ou atualizao que se aplique. 31. Acreditava que a soluo analtica para isso era a distribuio de recursos com igualdade ao longo do tempo, ainda que num horizonte temporal infinito leve ao resultado paradoxal de que cada ano se pode consumir uma quantidade nula [ou infinitesimal] de recursos. Tecnologias prometeicas 32. {61} H tecnologias factveis (ou viveis), que j foram executadas na histria: fazer po, cortar rvores, vacina da varola, mover um carro com energia solar, enviar uma pessoa Lua... 33. H tecnologias no-factveis: vacina do cncer, controlar uma exploso termonuclear para usar em um motor... 34. E acrescenta as tecnologias prometeicas, que necessitam de uma captao baixa entropia do ambiente, ou seja, de captao de energia e materiais que possamos pr nossa disposio: como seria a fuso a frio. 2. POLTICA ECONMICA E POLTICA ECOLGICA 1. {63} A economia e a ecologia no do conta, sozinhas, de explicar a realidade.

7 2. A economia fica presa numa ilha de racionalidade econmica, envolta a um mar de externalidades invalorveis, as quais a teoria do valor no d conta. 3. {64} A ecologia no explica as diferenas de consumo exossomtico de energia e materiais; as desigualdades sociais, especiais e temporais da distribuio dos recursos naturais. A percepo ecolgica e a poltica ambiental internacional 4. A poltica ambiental internacional (como smbolo os EUA) prope administrar globalmente as florestas tropicais, crditos ambientais, uma criao dum FMI da Ecologia... 5. A crtica ecolgica economia tem mais de 100 anos, porm no causou um impacto na ortodoxia. 6. {65} A partir de 1970 que comea a ser parcialmente incorporada, com a Economia Ambiental e dos Recursos Naturais, que tenderia a chegar a mesma concluso da economia ecolgica: ausncia de comensurabilidade econmica. Elementos de economia ambiental neoclssica 7. {68} Traduz em valores crematsticos os impactos ambientais (internalizar externalidades), encontrando um timo social. 8. Que instrumentos sero usados para se forar o timo social, ou seja, se que a economia humana se encaixe dentro dos limites dos ecossistemas? Direito de propriedade coasiana, impostos pigouvianos, normas legais, multas...? 9. {70} Como crtica, ao defender a incomensurabilidade dos elementos da economia, no so contra estes instrumentos, mas veem-nos como insuficientes e falhos. O efeito estufa, uma externalidade invalorvel 10. Em 1903, Arrhenius descobriu o efeito estufa. 11. Em 1937, um relatrio da Associao de Pesquisa das Indstrias Eltricas Britnicas afirmou que queimar combustveis fsseis benfico para a humanidade. 12. {71} Limitar a emisso de CO2 deve levar em conta as emisses desde 1900, ou seja, os pases ricos esto em dvida com o mundo 13. {72} H um consenso crescente de que o efeito estufa mal. 14. {73} H externalidades que no se conhece e as que se conhece, no se sabe lidar por ter de atribuir valor arbitrrio ou por nem saber se positivo ou negativo. A duvidosa contabilidade da energia nuclear 15. A energia nuclear no , necessariamente, uma alternativa para o problema ambiental. 16. Qual o custo de desmantelar uma central ou armazenar os resduos radioativos? O plutnio bom ou mal? 17. {75} Questo da incomensurabilidade da Amaznia: 4bi (tentativa de compra pelo Banco Mundial) ou 50bi/ano?

8 A energia e a economia: uma perspectiva histrica 18. {76} O interesse pela ecologia surge na economia, mas poderia ter vindo da histria ou geografia que, porm, no foi dado continuidade. Ecomarxismo: muito tarde e muito pouco? 19. {81} A economia marxista adota um ponto de vista ricardiano para tratar os recursos naturais (faculdade indestrutvel do solo para produzir colheitas). 20. {83} Carece de uma viso entrpica, dos efeitos irreversveis que afetam a reproduo econmica (dinmica, crescimento e crise). 21. Se ampliarmos a interpretao do desenvolvimento capitalista para no apenas explorao do trabalho humano, mas rapina anti-ecolgica em benefcio dos ricos, podemos encontrar na histria diversos movimentos populares, sociais, que lutam pelo ecologismo. A ecologia e as economias planificadas do Leste europeu: post mortem 22. {86} O debate ecolgico estava ausente do debate do planejamento econmico. 23. {87} Explicaes: 1. Ausncia de movimentos ecolgicos livres 2. nfase no crescimento quantitativo 3. Cegueira marxista para o fluxo de energia e materiais 4. Adorao ao fordismo 24. {90} O mercado no pode calcular os danos ecolgicos futuros de Neurath foi considerado utpico. O conceito de desenvolvimento sustentado, um instrumento inadequado para uma poltica demogrfica e ambiental 25. {91} Crtica racionalidade ecolgica 26. Sustentvel: populao mxima de uma espcie que pode manter-se sem degradar a base de recursos de forma que diminua a populao futura. 27. Como aconteceu com a populao alem ou japonesa, que antes exportava pessoas por ter chegado no limite, mas agora suporta muito mais pessoas, os economistas justificam o consumo presente sem se importar com o futuro porque no futuro seremos mais ricos e com tecnologias mais evoludas que no precisaro mais desses recursos. 28. {92} As desigualdades do uso dos recursos naturais no provem da biologia, mas da histria. Dessa forma, o ecologismo dos demais animais diferente do humano (p.e. o consumo exossomtico). Uma concluso poltica 29. {95} A insuficincia das racionalidades econmicas e ecolgicas leva politizao da economia. 30. {96} A disputa ambiental deve trabalhar com as relaes entre interesses dos ricos-pobres, pases centrais-perifricos. 31. {97} O movimento popular de luta pela sobrevivncia contra os ricos, entendida como ecolgica no sentido amplo, o sujeito do ecologismo poltico.