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MANUFATURA ENXUTA: UMA ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES DO ENEGEP ENTRE OS ANOS DE 2002 E 2011 Lucas Lorenzoni Cazarotto (FISUL ) [email protected] Ricardo Antonio Reche (FISUL ) [email protected] Vinicius Triches (FISUL ) [email protected] Na procura por uma maior competitividade, as empresas cada vez mais buscam melhorias em seus processos. A Manufatura Enxuta vem ao encontro deste propósito de maximização dos resultados e melhoria do desempenho empresarial. Desta forma estee trabalho tem como objetivo desenvolver um estudo através da análise de artigos publicados no sítio do ENEGEP, na área da Manufatura Enxuta, no período de 2002 a 2011, sendo realizada uma análise qualitativa e quantitativa dos artigos. Como principais resultados temos que dos 61 artigos pesquisados, 78,7% são artigos com enfoque prático (como, por exemplo, estudos de caso) e 21,3% são teóricos(como revisão de literatura). Com relação ao enfoque do objetivo dos artigos, cerca de 96,7% atingiram o que foi proposto pelo trabalho e somente 3,3% (que referem-se a dois artigos) não alcançaram o que foi estabelecido. Isto demonstra o foco nos objetivos por parte dos pesquisadores e também a grande aplicabilidade da Manufatura Enxuta, com resultados satisfatórios para as empresas. Outra análise importante é com relação à utilização das ferramentas da Manufatura Enxuta, onde é possível observar que a maioria dos artigos tendem à aplicação do sistema como um todo, mas também ocorrendo artigos onde é explorada apenas uma ferramenta, sendo o mapeamento do fluxo de valor a mais aplicada em âmbito geral. Palavras-chaves: Manufatura enxuta, ENEGEP, revisão XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.

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MANUFATURA ENXUTA: UMA

ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES DO

ENEGEP ENTRE OS ANOS DE 2002 E

2011

Lucas Lorenzoni Cazarotto (FISUL )

[email protected]

Ricardo Antonio Reche (FISUL )

[email protected]

Vinicius Triches (FISUL )

[email protected]

Na procura por uma maior competitividade, as empresas cada vez

mais buscam melhorias em seus processos. A Manufatura Enxuta vem

ao encontro deste propósito de maximização dos resultados e melhoria

do desempenho empresarial. Desta forma estee trabalho tem como

objetivo desenvolver um estudo através da análise de artigos

publicados no sítio do ENEGEP, na área da Manufatura Enxuta, no

período de 2002 a 2011, sendo realizada uma análise qualitativa e

quantitativa dos artigos. Como principais resultados temos que dos 61

artigos pesquisados, 78,7% são artigos com enfoque prático (como,

por exemplo, estudos de caso) e 21,3% são teóricos(como revisão de

literatura). Com relação ao enfoque do objetivo dos artigos, cerca de

96,7% atingiram o que foi proposto pelo trabalho e somente 3,3% (que

referem-se a dois artigos) não alcançaram o que foi estabelecido. Isto

demonstra o foco nos objetivos por parte dos pesquisadores e também

a grande aplicabilidade da Manufatura Enxuta, com resultados

satisfatórios para as empresas. Outra análise importante é com

relação à utilização das ferramentas da Manufatura Enxuta, onde é

possível observar que a maioria dos artigos tendem à aplicação do

sistema como um todo, mas também ocorrendo artigos onde é

explorada apenas uma ferramenta, sendo o mapeamento do fluxo de

valor a mais aplicada em âmbito geral.

Palavras-chaves: Manufatura enxuta, ENEGEP, revisão

XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos

Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.

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1. INTRODUÇÃO

O sistema enxuto de produção surgiu a partir da evolução do sistema Toyota de

produção. Esta denominação, segundo Womack e Jones (1998) originou-se de uma pesquisa

realizada que tinha como objetivo identificar quais empresas aplicavam os conceitos da

Toyota na sua manufatura (LAZZAROTTO, 2010).

Levando-se em conta o cenário de crescimento brasileiro, onde a estabilidade da

economia configura-se em ponto fundamental para uma demanda constante, mantendo

programas de produção nivelados, um dos pilares da ME, o Just in time, ou seja, produzir no

tempo certo e na quantidade certa, ganha força nos mais diversos segmentos.

A ideia que permeia este trabalho é a da busca pelos conceitos e pela aplicabilidade da

Manufatura Enxuta (ME) nos dias atuais, contemplando os aspectos que influenciam na sua

implementação nos diferentes setores da economia, sob um enfoque tanto acadêmico, quando

empresarial. Para atingir este objetivo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, focada na

análise de artigos publicados nos anais do ENEGEP (Encontro Nacional de Engenharia de

Produção) entre os anos de 2002 e 2011.

2. Referencial Teórico

Buscando evidenciar a evolução e a aplicabilidade da Manufatura Enxuta, o presente

referencial teórico abordará os principais conceitos do sistema, bem como as principais

técnicas a serem aplicadas visando sua eficaz implementação.

2.1 Manufatura enxuta

De acordo com Ohno (1997), a Manufatura Enxuta surgiu a partir da necessidade da

redução de custos, sendo focada principalmente na eliminação dos desperdícios e de

elementos desnecessários. Sua implantação começou após a segunda guerra mundial e teve

ampliada sua importância na crise do petróleo de 1973, que gerou uma grande recessão

mundial, provocando um crescimento zero em muitas empresas. Tal fato não foi notado na

Toyota Motor Company, gerando assim uma curiosidade por parte de outros em relação a esse

desempenho.

O pensamento enxuto tem como principal ponto a atribuição de valor para o cliente.

Neste sistema, o fundamental é oferecer ao cliente final um produto específico, atendendo a

necessidade esperada, com um preço adequado e no momento certo. É uma forma de

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melhorar as sequências de ações sem que ocorram interrupções no processo, com a busca do

aprimoramento contínuo (LAZZAROTTO, 2010).

A base da produção enxuta é a absoluta eliminação do desperdício, sendo os seus dois

pilares de sustentação o Just in Time e a autonomação. A filosofia Just in time,

simplificadamente, refere-se ao processo de fluxo, onde as partes necessárias devem alcançar

a linha de montagem no momento em que são necessárias e na quantidade certa (OHNO,

1997). A autonomação, que também é conhecida como a automação com um toque humano,

refere-se a utilização de dispositivos nas máquinas que possam detectar possíveis alterações

nos processos habituais de fabricação e assim interrompam o processo, evitando a produção

de peças defeituosas (OHNO,1997).

2.2 Práticas, técnicas e ferramentas da manufatura enxuta

De acordo com Lazzarotto (2010), a manufatura enxuta possui algumas técnicas e

ferramentas no processo de implantação, que devem ser levadas a efeito em sua totalidade.

Uma delas é a troca rápida de ferramentas. Ohno (1997) relata que esta é essencial para a

obtenção das qualidades necessárias à manutenção da estratégia competitiva da empresa em

relação aos clientes e mercados, principalmente na produção Just In Time e dependem da

redução do lead time (tempo de atravessamento).

O balanceamento da produção, segundo Ohno (1997), depende da combinação das

tarefas individuais de processamento e de montagem, com o objetivo de atingir tempos em

dada estação de trabalho da forma mais aproximada possível. Ritzman e Krajewski (2004)

definiram o balanceamento da produção como a atribuição de trabalhos a estações em uma

linha, de modo a obter o índice de produção desejado com o menor número de estações de

trabalho.

A técnica de nivelamento da produção (Heijunka) refere-se ao modo de planejar a

produção de tal forma que o mix e o volume de produtos sejam constantes ao longo do tempo.

Como exemplo os autores citam a empresa Toyota, onde a programação da produção é

exatamente a mesma para cada dia do mês. A Toyota divide o número total de cada modelo

de automóvel a ser produzido durante o mês pelo número de dias de trabalho do período, para

assim obter o número desse modelo a ser produzido diariamente (FRAZIER; GAITHER,

2002). Porém, a variação da demanda é um grande empecilho, pois raramente os pedidos são

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sempre os mesmos, tanto referentes aos mix quanto às quantidades de peças (LIKER; MÉIER,

2007).

A produção puxada e o fluxo contínuo são condicionantes de sucesso para a ME.

Entende-se por produção puxada os processos que são desencadeados por uma sinalização de

necessidade vinda do cliente. Nestas situações, o sistema de informação perfeito permitirá que

cada estação de fluxo abaixo veja a próxima estação de fluxo acima sobre suas necessidades

imediatas, para assim serem abastecidas rapidamente, em quantidades pequenas, em cada

estação (OHNO, 1997).

Com relação ao mapeamento do fluxo de valor, Ohno (1997) o descreve como uma

ferramenta essencial, pois ajuda a visualizar mais do que simplesmente os processos

individuais, possibilitando enxergar o fluxo e identificar os desperdícios. Segundo Bittar e

Lima (2003), o mapeamento de fluxo de valor deve considerar uma análise do fluxo atual e do

fluxo futuro, pois assim é possível identificar os pontos a serem melhorados no processo. O

mapa do fluxo atual demonstra os desperdícios e possíveis pontos de melhoria dentro do

processo, enquanto o mapeamento futuro deixa explícito como deve ocorrer a implantação da

manufatura enxuta dentro do processo para assim gerar valor para o cliente.

Dentro do mapeamento são utilizadas as caixas de processos, que vão conter

informações como tempo de ciclo, tempo de troca (tempo que demora para trocar a produção

para outro tipo de produto), disponibilidade, tamanho de lote de produção, número de

operadores, tempo de trabalho e a taxa de refugo (CASAGRANDE; CHIOCHETTA , 2007).

Esta análise deve envolver todos, desde a alta administração até os trabalhadores, em

forma de grupos, de modo que todos os envolvidos possam expressar suas idéias para

melhorar o desempenho da organização (CAMPOS; SILVA, 2007).

Segundo Ritzman e Krajewski (2004), o gerenciamento visual, também chamado de

Kanban (que significa em japonês “cartão”), refere-se aos cartões usados no controle do fluxo

de produção em uma fábrica. Na forma mais básica desse sistema, o cartão é fixado em cada

caixa de itens que foram produzidos e corresponde à porcentagem de necessidades diárias de

um determinado item. Quando a caixa com as peças é esvaziada, o cartão é removido e

colocado em um painel e a caixa retorna para a área de armazenagem. O cartão sinaliza a

necessidade de produzir outra caixa, depois desta ter sido reabastecida.

A melhoria contínua (Kaizen) visa a evolução da empresa em toda a sua amplitude.

Conforme Pascal (2008), em termos de tempo a técnica é contínua e incremental (a mudança

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deve ser gradual e constante, com o envolvimento e abordagem de todos no processo). Ainda,

segundo o autor, na Toyota o kaizen ocorre através da atividade do círculo kaizen. São

formadas equipes, que são conduzidas por um gerente, tendo como objetivo fortalecer os

membros através do trabalho em equipe, com pensamentos claros e lógicos, focados na

resolução de problemas.

A flexibilidade da mão-de-obra refere-se à capacidade do colaborador para atuar em

várias funções. Nas palavras de Ritzman e Krajewski (2004), os funcionários podem ser

alocados em estações de trabalho que por algum motivo possam ser gargalos produtivos,

assim melhorando o desempenho do setor, substituir aqueles que se encontram em férias ou

afastados por motivo de doença, e atuar contra o tédio do trabalho repetitivo (RITZMAN;

KRAJEWSKI, 2004).

Outra técnica indispensável à implementação da ME é a manutenção produtiva total

(TPM). Cria-se nos operadores o conceito de que todos são responsáveis pelos equipamentos

e futuro da empresa, assim gerando o conceito de zero em interrupção (PASCAL, 2008). Este

autor relata, ainda, que a TPM é uma ferramenta fundamental para a empresa atingir a

estabilidade produtiva.

Integrar a cadeia de fornecedores, segundo Tubino (2000), exige que ocorra uma

comunicação entre os setores de programação de controle da produção das empresas

envolvidas, em dois níveis: o primeiro nível é o de planejamento, onde o plano mestre da

produção do cliente deve servir de base para a elaboração do plano mestre do fornecedor,

permitindo que este organize a sua estrutura de acordo com a demanda; o outro nível é o de

programação diária, onde a comunicação é realizada pelo sistema Kanban, especificando as

capacidades diárias.

A padronização das operações ajuda a cumprir os objetivos do sistema enxuto, pois

um processo padronizado tem a capacidade de elevar a produção, ao mesmo tempo em que os

estoques se mantêm reduzidos. Destaca-se como exemplo a criação de peças comuns a mais

de um produto e a padronização dos processos, fazendo com que todas as operações se tornem

regras, reduzindo cada vez mais a incidência de defeitos (RITZMAN; KRAJEWSKI, 2004).

A partir dos conceitos de Ghinato (1996), o controle da qualidade zero defeito

(CQZD) refere-se à capacidade de fazer certo da primeira vez, sem a necessidade de repetição

de operações ou defeitos em peças. Para tanto, é fundamental reconhecer que os defeitos são

gerados pelo trabalho e o máximo que a inspeção poderá fazer é descobrir este defeito.

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Finalizando, apresenta-se a técnica da gestão visual, que de acordo com Lazzarotto

(2010), refere-se ao processamento das informações do sistema produtivo, de uma forma que

possa contribuir para as ações de controle, promovendo a melhor comunicação entre

funcionários e informações.

3. Procedimentos metodológicos

Este trabalho realizou um estudo quantitativo e qualitativo, através de uma revisão

bibliográfica de artigos publicados no congresso do ENEGEP, no período compreendido entre

os anos de 2002 a 2011, na área da manufatura enxuta.

De acordo com Richardson (1999), o método quantitativo é caracterizado pela

quantificação na modalidade de coleta de informações e da utilização de técnicas estatísticas.

Este método tem como princípio garantir a precisão dos resultados, evitando distorções.

O método qualitativo não faz uso de ferramentas estatísticas como princípio e também

não enumera categorias, como no quantitativo. Este método refere-se à forma como será

analisado o problema, ou seja, quais os pontos que serão avaliados, como a área de publicação

dos artigos e as técnicas e problemáticas usadas (RICHARDSON, 1999).

4. Resultados e discussão

Através da pesquisa no sitio do ENEGEP foram pesquisados um total de 61 artigos, no

período compreendido entre os anos de 2002 a 20011. Através desta análise, é possível

observar uma maior concentração de publicação entre os anos de 2007 e 2010, salientando

que aproximadamente 68% dos artigos encontram-se neste período de 4 anos. Esta

distribuição é melhor observada na Tabela 1:

Tabela 1 - Classificação dos artigos em relação à distribuição dos anos

Ano Número de artigos

2002 2

2003 2

2004 4

2005 1

2006 6

2007 9

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2008 13

2009 9

2010 11

2011 4

Total 61

Fonte: Construção dos autores (2012)

De acordo com Fernandes e Godinho (2004), os artigos podem ser classificados em

duas grandes classes: práticos e teóricos. Os artigos práticos são pesquisas experimentais,

surveys, estudos de caso e pesquisas-ação. Os artigos teóricos são do tipo teórico-conceituais,

como revisões da literatura.

É possível observar que, dos 61 artigos pesquisados, 78,7% são com enfoque prático

(como, por exemplo, estudos de caso) e 21,3% são teóricos (como revisão de literatura). Estes

dados demonstram que a conceituação da manufatura enxuta já é um tema bem compreendido

e explorado na literatura.

Tabela 2 - Classificação dos artigos em teóricos e práticos

Ano Número de artigos Práticos Teóricos

2002 2 1 1

2003 2 1 1

2004 4 3 1

2005 1 1 0

2006 6 6 0

2007 9 7 2

2008 13 11 2

2009 9 6 3

2010 11 8 3

2011 4 4 0

Total 61 48 13

Fonte: Construção dos autores (2012)

Para a análise dos princípios, práticas, técnicas e ferramentas da manufatura enxuta

tomou-se como base os princípios elencados por Womack e Jones (1998) e as práticas,

técnicas e ferramentas abordadas por Lazzarotto (2010).

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Na Tabela 3 é possível realizar a análise quanto à importância da utilização das

ferramentas enxutas, onde alguns princípios se destacam devido à sua importância e

aplicabilidade quanto ao objetivo proposto no artigo. A maioria dos artigos estudados tem em

sua aplicação a manufatura enxuta considerando-a como um sistema em que, para ter

resultados, é necessária a aplicação de todas as suas técnicas, práticas, princípios e

ferramentas.

Tabela 3 - Princípios, práticas, técnicas e ferramentas da manufatura enxuta

Fatores componentes Número de ocorrências

Princípio do valor 32

Princípio do fluxo de valor 32

Princípio de fluxo 32

Princípio do sistema puxado 32

Princípio da perfeição 32

Troca rápida de ferramenta (Setup) 38

Balanceamento da produção 32

Nivelamento da produção (Heijunka) 32

Produção puxada e fluxo contínuo 34

Mapeamento do fluxo de valor 47

Gerenciamento visual (kanban) 39

Melhoria contínua (kaizen) 40

Flexibilidade da mão-de-obra 32

Manutenção produtiva total 34

Integração da cadeia de fornecedores 32

Operações padronizadas 32

Gestão visual 32

Célula de manufatura 35

JIT 38

Eliminação de desperdício 36

Autonomação 34

Fonte: Construção dos autores (2012)

Por sua vez, há artigos que se detêm na aplicação de uma ferramenta em um

determinado setor da empresa, como o trabalho de França e Souto (2008), que considera a

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aplicação da troca rápida de ferramentas na operação de rotulagem em uma linha de envase de

bebidas.

A ferramenta mais utilizada, conforme os artigos analisados é o mapeamento do fluxo

de valor, com 77% dos artigos citando a sua utilização e importância para a aplicação da ME.

Esta ferramenta é ressaltada por Bittar e Lima (2003), que deixam explícito como deve

ocorrer a implantação da manufatura enxuta dentro do processo, para assim gerar valor para o

cliente.

A melhoria contínua é a segunda ferramenta que teve maior citação nos artigos (65%),

o que demonstra a importância da sua utilização nas empresas. Esta visa a evolução da

empresa em toda a sua amplitude, através de pequenos e contínuos passos (JOHNSTON et al.,

2002).

Outra classificação realizada foi com relação aos artigos práticos, se estão inseridos na

indústria ou no ramo de serviços. Observou-se que grande parte dos artigos, ou seja, 87,5%,

são referentes ao setor industrial e 12,5 % ao setor de serviços.

Tabela 4 - Classificação das empresas analisadas de acordo com o ramo de atuação

Ano Práticos Indústria Serviço

2002 1 1 0

2003 1 1 0

2004 3 3 0

2005 1 0 1

2006 6 5 1

2007 7 6 1

2008 11 11 0

2009 6 6 0

2010 8 8 0

2011 4 3 1

Total 48 44 4

Fonte: Construção dos autores (2012)

Esta grande diferença deve-se ao fato de que a manufatura enxuta surgiu e teve grande

evolução no setor industrial, tendo a sua aplicação em serviços pouco difundida. Acredita-se

que cada vez mais será aplicada, pois considera fatores fundamentais para a evolução de

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qualquer organização, como eliminação de desperdícios, melhoria continua e geração de valor

para o cliente.

Analisaram-se, também, os artigos práticos de acordo com a classificação do número de

funcionários, baseados nos critérios do SEBRAE (2012), conforme abaixo:

Tabela 5 - Classificação das empresas quanto o número dos funcionários

Classificação Número de funcionários

Micro com até 19 empregados

Pequena de 20 a 99 empregados

Média 100 a 499 empregados

Grande mais de 500 empregados

Fonte: SEBRAE (2012)

Nos artigos pesquisados constatou-se um grande número de estudos onde não foi

determinado o número de funcionários da empresa avaliada. Os autores não deixaram claro o

número em específico, dificultando a compreensão sobre a aplicabilidade da ME conforme o

tamanho das empresas. Esta análise está demonstrada na Tabela 6:

Tabela 6 - Classificação das empresas estudadas quanto ao número de funcionários

Classificação Quantidade de empresas

Micro 31

Pequena 30

Média 19

Grande 18

Não foi citado 26

Fonte: Construção do autor (2012)

A porcentagem do total de microempresas corresponde a 25% do total. Já em pequenas

empresas o índice é de 24%. Nas médias, o percentual é de 15% e, em empresas consideradas

grandes, chega-se a 14%. Os artigos que não declaravam o número de empregados

correspondem a 22% do total. Os números demonstram que a aplicabilidade da ME é flexível,

independendo do tamanho da empresa, tendo destaque para as micro e pequenas. Isto se

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revela uma curiosidade, pois a ME vem das grandes corporações, assim demonstrando que é

viável a sua utilização em empresas menores.

Os artigos práticos também foram classificados de acordo com o ramo de atuação,

sendo que foi seguido o ramo mencionado nos próprios trabalhos. Empresas mecânicas,

automobilísticas, aeronáuticas e de eletrodomésticos foram classificadas como sendo do setor

metal-mecânico, devido ao fato de possuírem características em comum.

Tabela 7 - Classificação das empresas quanto ao ramo de atuação

Ramo de atuação Quantidades de empresas

Eletrônico 4

Metal-mecânico 29

Alimentar 3

Médico hospitalar 2

Têxtil 2

Elétrico 13

Plásticos 16

Bebidas 1

Cerâmica 1

Gráfica 2

Química 1

Refratários 1

Não foi citado 3

Fonte: Construção dos autores (2012)

Na Tabela 7 é possível observar que das 78 empresas citadas, cerca de 37% são do ramo

metalomecânico. O ramo de plásticos aparece em segundo plano, onde se constatou aplicação

da ME em 20% dos artigos, seguido pelo ramo elétrico, com 16% dos estudos.

De acordo com Fernandes e Godinho (2004), os artigos podem ser classificados

conforme a sua abrangência, que se refere ao nível da cadeia de suprimentos onde está focado

o trabalho. Estes níveis são assim divididos:

a) Foco no chão de fábrica (CF), onde é analisada a manufatura enxuta no nível da

produção;

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b) Foco em outras áreas (OA), como projeto de produto, custos, recursos humanos

entre outras;

c) Foco na cadeia de suprimentos (CS), referindo-se à utilização da ME relacionada a

clientes e fornecedores.

Este estudo utilizou a classificação citada por Fernandes e Godinho (2004), para trazer

outra análise dos artigos (tanto práticos quanto teóricos), visando demonstrar quais as áreas de

abrangência em que foi mais utilizada a ME, conforme Tabelas 8 e 9.

Tabela 8 - Classificação dos artigos práticos de acordo com a abrangência

Ano Práticos CF AO CS

2002 1 1 0 0

2003 1 1 0 0

2004 3 2 1 0

2005 1 0 0 1

2006 6 6 0 0

2007 7 6 1 0

2008 11 11 0 0

2009 6 6 0 0

2010 8 8 0 0

2011 4 3 1 0

Total 48 44 3 1

Fonte: construção dos autores (2012)

Na Tabela 8 é possível observar que, dos 48 artigos práticos, 44 foram focados no chão

de fábrica (91% do total). Somente 3 artigos mencionam outras aéreas, como o artigo de Lima

e Scuccuglia (2004) que refere-se à aplicação da ME na área administrativa.

Tabela 9 - Classificação dos artigos teóricos de acordo com a abrangência

Ano Teóricos CF AO CS

2002 1 0 1 0

2003 1 1 0 0

2004 1 0 1 0

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2005 0 0 0 0

2006 0 0 0 0

2007 2 1 1 0

2008 2 1 0 1

2009 3 3 0 0

2010 3 0 3 0

2011 0 0 0 0

Total 13 6 6 1

Fonte: construção dos autores (2012)

Na tabela acima observa-se que 46 % dos trabalhos têm foco no chão de fábrica (CF) e

este percentual se repete em outras áreas (OA) da empresa. Já com foco na cadeia de

suprimentos (CS), há ocorrência de somente um artigo (8%). Fica claro que há uma busca

pela aplicação da ME em outras áreas, principalmente em artigos teóricos.

Com relação ao total é possível observar que 81% dos artigos tem foco no chão de

fábrica, 15 % em outras áreas e 4% na cadeia de suprimentos. Supõe-se que esta

predominância na área produtiva deriva do fato de a ME ser originária do ramo industrial,

além da facilidade para encontrar bibliografia e estudos referentes à sua aplicação neste

campo.

Na cadeia de suprimentos a quantidade de artigos encontrada foi pouco significativa.

Donato, Rossi e Spricigo (2008) relatam em seu estudo que o modelo de implementação de

acordos logísticos e manufatura enxuta em toda a cadeia ainda estão em uma fase embrionária

no Brasil, o que surpreende devido à sua importância para o pleno funcionamento da ME.

5. Considerações finais

Este trabalho teve como objetivo principal realizar uma pesquisa na área da manufatura

enxuta em 61 artigos publicados no Encontro Nacional de Engenharia de Produção

(ENEGEP), no período compreendido entre 2002 a 2011. Os objetivos específicos centravam-

se na revisão bibliográfica com relação à manufatura enxuta, descrevendo seus principais

conceitos e técnicas.

Espera-se que, no âmbito gerencial, este trabalho traga uma contribuição da

aplicabilidade da manufatura enxuta nas empresas, devido ao fato de que grande parte dos

artigos (cerca de 78,7%) evidenciam a sua aplicação em empresas.

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No contexto acadêmico, acredita-se que este trabalho possa proporcionar uma

contribuição com relação aos conceitos da manufatura enxuta e, de uma forma simplificada,

possa também gerar uma compreensão inicial do tema. Este trabalho traz consigo a

importância da manufatura enxuta para que os acadêmicos possam, através da análise

realizada, conduzir processos de melhorias no seu ambiente profissional.

Como sugestão para novas pesquisas, podemos deixar o interesse em estudos centrados

nas áreas onde a aplicação da manufatura enxuta não é tão utilizada, com destaque para a área

administrativa, bem como um foco maior na implantação em empresas de serviços,

multiplicando esta filosofia de redução de desperdício e focado na geração de valor para o

cliente.

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