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Manual técnico-operacional Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE Brasília - DF Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

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disque saúde: 0800 61 1997

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Manualtécnico-operacional

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Brasília - DF

Manual técnico-operacional

Campanha N

acional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Vigilância em SaúdeDepartamento de Vigilância Epidemiológica

Brasília - DF2008

Série B. Textos Básicos de Saúde

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© 2008 Ministério da Saúde.Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs

Série B. Textos Básicos de Saúde

Tiragem: 1ª edição – 2008 – 35.000 exemplares

Elaboração, edição e distribuição:MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância EpidemiológicaOrganização: Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações Produção: Núcleo de Comunicação

Endereço:Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Edifício Sede, 1º andar, Sala 134 CEP: 70058-900, Brasília/DF E-mail: [email protected] Endereço eletrônico: www.saude.gov.br/svs

Produção editorial:Capa, projeto gráfico, diagramação e revisão: All Type Assessoria Editorial LtdaNormalização: Convênio entre Ministério da Saúde e Fundação Universidade de Brasília

Apoio financeiro:Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.

Manual técnico-operacional: campanha nacional de vacinação para eliminação da rubéola no Brasil, 2008 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008.

92 p. : il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)

ISBN 978-334-1483-9

1. Vacinação. 2. Rubéola. 3. Síndrome da rubéola congênita. 4. Saúde pública. I. Título. II. Série.

CDU 614.47:659.111.31

Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2008/0504

Títulos para indexação:Em inglês: Technical and Operational Manual: National Rubella Vaccination Campaign in Brazil, 2008Em espanhol: Manual Técnico y Operacional: Campaña Nacional de Vacunación para Eliminación de Rubéola en Brasil, 2008

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SumárioSumário

1 Rubéola e Síndrome de Rubéola Congênita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72 Eliminação da Rubéola nas Américas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73 Situação epidemiológica da rubéola no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .84 Campanha de vacinação para eliminação da rubéola no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . .13

4.1 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .134.2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .144.3 Meta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .144.4 População-alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .154.5 Período da campanha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .154.6 Estratégias da campanha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .154.7 Fases da campanha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .164.8 Organização e planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .174.9 Microprogramação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .184.10 Imunobiológicos, insumos e logística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .184.11 Vacinação segura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .194.12 Mobilização social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .214.13 Sistema de informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .224.14 Capacitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .234.15 Supervisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .234.16 Monitoramento e avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27

Apêndices . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29Apêndice A – Orientação ao vacinador e supervisor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30Apêndice B – Roteiro para a microprogramação da campanha de vacinação

para a eliminação da rubéola no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37Apêndice C – Protocolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54Apêndice D – Orientações para registro de doses aplicadas na campanha

de vacinação contra rubéola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62Apêndice E – Planilhas de supervisão da campanha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71Apêndice F – Monitoramento Rápido de Coberturas Vacinais (MRC) . . . . . . . . . . . . .80Apêndice G – Perguntas e respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .84Apêndice H – Vacinação indiscriminada em campanhas de eliminação

da rubéola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .91

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 7

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

1 Rubéola e Síndrome de Rubéola Congênita1 Rubéola e Síndrome de Rubéola Congênita

A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, que apresenta alta contagiosi-dade. Clinicamente é caracterizada por exantema máculo-papular e puntiforme difuso, iniciando-se na face, couro cabeludo e pescoço se alastrando posteriormente para tronco e membros. Sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos e malformações con-gênitas como cardiopatias, catarata e surdez, denominada Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) quando a infecção ocorre durante na gestação.

As formas inaparentes são freqüentes, entre 30 a 50% dos casos. O agente etiológico é o vírus pertencente ao gênero Rubivírus, família Togaviridae, que é transmitido por meio das secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas.1

A incidência da SRC durante períodos epidêmicos é de 1 a 4 casos por 1.000 nascidos vivos. Estima-se que a incidência da SRC durante períodos endêmicos é 0.1 a 0.8 casos por 1.000 nascidos vivos.2 Peckman calculou que a incidência média da SRC em anos não epidêmicos é 0,5 por 1000 nascidos vivos, com base em dados de incidência da surdez e da cardiopatia congênita atribuída ao vírus da rubéola.3

Os custos diretos e indiretos da SRC são muito elevados como resultado da necessidade de dispor de procedimentos diagnósticos e tratamento especializado, assim como pela cronicidade e pela severidade de suas manifestações.4 Estima-se que o custo da atenção médica de uma criança com SRC está entre 120 a 200 mil dólares durante toda sua vida. Este número seria incrementado se fossem considerados os custos diretos e indiretos que a incapacidade decorrente da SRC gera para a sociedade.5, 6

Diversos estudos demonstraram que sem uma estratégia de eliminação da rubéola seriam esperados 20.000 casos de SRC ao ano na Região das Américas. Pelo elevado custo associado à atenção de casos de SRC, alta eficácia e baixo custo da vacina contra a rubéola, o custo benefício da estratégia de vacinação é estimada em 12:1 (Intervalo 8:1 a 16:1).7

2 Eliminação da Rubéola nas Américas2 Eliminação da Rubéola nas Américas

Os países da região mostraram um progresso notável para a interrupção da transmissão en-dêmica do vírus da rubéola. No fim do ano de 2006, 40 países (91%) e territórios (o que representa 90% da população da região) haviam utilizado estratégias de vacinação de eliminação mediante campanhas de vacinação em massa de crianças que freqüentam a escola, adolescentes e adultos, destinadas a interromper rapidamente a transmissão do vírus da rubéola e prevenir a Síndrome da Rubéola Congênita.

O número de casos confirmados de rubéola diminuiu em 98% entre 1998 e 2006 (de 135.947 para 2.288). O número de casos confirmados da síndrome da rubéola congênita passou de 23 em 2002 para 10 casos em 2006 como demonstrados. A repercussão na redução da incidência de rubéola e da SRC foi mais observada nos países que vacinaram os homens e as mulheres em suas campanhas (Figura 1).

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Manual técnico-operacional

8 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Figura 1. Impacto das estratégias de eliminação do sarampo e da rubéola nas Amé-ricas, 1980–2006

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Eliminação de sarampo

Eliminação de rubéola

% Redução: 98%(1998- 2006)

Fortalecimento de a vigilância de doenças febris eruptivas

Sarampo Rubéola

Fonte: OPAS/Ministérios de Saúde

Além de interromper a transmissão da rubéola, as campanhas de vacinação em massa con-tribuíram para a consolidação da eliminação do sarampo. Os 238 casos confirmados de sarampo ocorridos durante o ano de 2006 nas Américas ocorreram em países que ainda não haviam realiza-do ou concluído a campanha de vacinação em adolescentes e adultos.

A melhoria na vigilância laboratorial para a detecção e caracterização viral aumentou o co-nhecimento sobre os genótipos do vírus da rubéola endêmica na região. O genótipo mais freqüente é o vírus tipo 1C, seguido pelo do tipo 1E. Os genótipos 1G e 2B se vincularam aos casos importa-dos nas pesquisas epidemiológicas.

A iniciativa de eliminação do sarampo e da rubéola fortaleceu a vigilância epidemiológica das doenças exantemáticas. Em 1998, só 18 países (41%) e territórios notificaram os casos suspeitos de SRC, o percentual se elevou a 100% para 2003. Em 2005, os países começaram a notificar sema-nalmente os casos suspeitos de síndrome da rubéola congênita. Em 2006, foram notificados 1.227 casos suspeitos de SRC, 10 deles confirmados, o que supõe uma redução no ano de 2005, no qual fo-ram notificados 1.952 casos suspeitos de síndrome da rubéola congênita e 20 casos confirmados.

Durante a 27a Conferência Sanitária Pan-Americana e 59a sessão do Comitê Regional, realiza-da em outubro de 2007 em Washington D.C., foram reconhecidos os avanços alcançados e aprovada a formação de um Comitê Técnico responsável pela documentação e comprovação da interrupção da transmissão do vírus endêmico do sarampo e da rubéola nas Américas.

3 Situação epidemiológica da rubéola no Brasil3 Situação epidemiológica da rubéola no Brasil

A estratégia que o Brasil utilizou para implantação da vacina tríplice viral foi a modalidade de campanhas estaduais realizadas de modo gradativo. Iniciando em 1992 teve sua implantação completada em todo país, no ano de 2000. Inicialmente a vacinação foi destinada a crianças de 1 a

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

11 anos de idade, posteriormente foram realizadas as campanhas para as mulheres em idade fértil – MIF (Figura 2).

Figura 2. Estratégias de Controle e Incidência Anual da Rubéola – Brasil, 1992 – 2008

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NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

CAMPANHA DE SEGUIMENTO* EMIF_RN

CAMPANHA DE SEGUIMENTO*

CAMPANHA DE VACINAÇÃOHOMENS E MULHERES*

MIF_DFMIF_PR MIF_13 UF

MIF_11 UF

IMPLANTAÇÃO DA VTV – 1 a 11 anos

Fonte: SVS/MS*Vacina DV e VTV

Como resultado da vacinação, foi reduzida a circulação do vírus da rubéola e identificada uma mudança no padrão de incidência da doença por grupos de idade (figura 3). A partir de 2001, a taxa de incidência de rubéola, em homens e mulheres, foi superior no grupo de 20 a 29 anos quando comparada com os grupos de menor idade. Esse deslocamento da susceptibilidade para os grupos em idade fértil é mantido até momento, com uma taxa inferior na população feminina.

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10 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Figura 3. Taxa de incidência por faixa etária segundo sexo. Brasil, 1997 – 2007*

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Fonte: COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS*Dados preliminares até SE 52/2007A faixa etária utilizada em 2007 é de 12 a 19 anos

A redução na incidência de rubéola em mulheres é o resultado das ações de vacinação reali-zadas no Brasil a partir de 2001, mediante um plano de vacinação em duas fases, usando a vacina Dupla Viral com o objetivo de acelerar a prevenção da SRC. A primeira fase foi executada em 13 estados em novembro de 2001, dirigida a 15 milhões de mulheres em idade fértil (MIF).8

A faixa etária a vacinar foi definida para cada Estado, mas, em geral, a população-alvo da campanha foi para mulheres de 12 a 39 anos de idade. A segunda fase ocorreu em outros 14 estados, em 2002. A cobertura vacinal das duas fases foi 93,5%, não foi homogênea em todos os municípios, acumulando um grupo de suscetíveis que contribuiu para o surto de rubéola em 2006 e 2007.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 11

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Esse conjunto de ações de vacinação dirigido a diversos grupos etários provocou importante redução na incidência da doença e modificou o ciclo dos surtos de rubéola. No entanto, com tais me-didas, não se conseguiu interromper a circulação do vírus da rubéola, como se mostra na Figura 4.

Figura 4. Distribuição dos casos confirmados de rubéola por semana epidemiológi-ca, Brasil, 2000 – 2007*

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Fonte: COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS*Dados preliminares até SE 52/2007

No ano de 2006, a partir da Semana Epidemiológica (SE) 33, houve aumento significativo do número de casos confirmados de rubéola. Os surtos ocorreram nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A disseminação do vírus ocorreu em todo o ano de 2007 afetando 20 dos 27 estados, totalizando 8.156 casos confirmados, distribuídos principalmente nas regiões Sudeste, Sul, Nordes-te, e Centro-Oeste (Figura 5). O vírus identificado foi do genótipo 2B.

Figura 5. Unidades federadas com casos confirmados de rubéola, Brasil, 2007*

Fonte: COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS* Dados provisórios atualizados em 19/03/2008

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12 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Com relação à ocorrência de casos de SRC (Figura 6), a taxa mais elevada (3,3 por 100.000 crianças menores de 1 ano de idade) foi em 2001 com 72 casos confirmados. As estratégias de imu-nização para MIF reduziram o número de casos de SRC, entre os anos de 2002 e 2006, porém, em 2007, 12 casos foram confirmados pelo critério laboratorial.

Figura 6. Incidência e número de casos confirmados e compatíveis de SRC, Brasil, 1997 – 2007*

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Fonte: SVS/MS * Crianças < 1 ano, fonte: IBGE

Em 2006, foi realizado no país um estudo da coorte não vacinada para rubéola. As análises foram realizadas utilizando a base de dados do SI-API (Sistema de Informação de Avaliação do Pro-grama Nacional de Imunizações), que contém o registro das doses de vacina Dupla e Tríplice Viral aplicadas, agrupados por faixa etária de interesse e estratégias de rotina e Campanhas realizadas de 1997 a 2006.

Como denominador, foi empregada a população estimada pelo IBGE e calculada a cobertura vacinal administrativa por sexo, desde o ano de implantação da vacina contra rubéola até o ano de 2006. Tendo em vista que as faixas etárias alvo da vacina nas Campanhas iniciais e a implantação de TV na rotina foram diferentes por Estado, ou seja alguns introduziram a vacina em anos anteriores a 1997, as análises das coberturas das coortes foram realizadas, separadamente, para cada um dos Estados.

A Figura 7 mostra os dados em nível nacional, indicando que os grupos de não vacinados estão localizados na faixa etária acima de 20 anos de idade. Essa proporção é de 61% no grupo dos homens de 21 a 25 anos, e atinge o percentual de 94 a 98% a partir dessa idade. Apesar de se obser-var em mulheres uma menor proporção de não vacinadas, pois foram objeto das campanhas ante-riores, é possível observar um acúmulo de “não vacinadas” que, no grupo de 36 a 40 anos, alcança uma cifra de 62% (n= 4.376.617 de mulheres).

A partir desses resultados, definiu-se que Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janei-ro e Rio Grande do Norte irão vacinar a população de 12 a 39 anos de idade, de ambos os sexos.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 13

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Figura 7. Estimativa de número e porcentagem de pessoas não vacinadas* contra rubéola por faixa etária e sexo, Brasil, 2007

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Fonte: SVS/MS* Vacina DV e VTV

4 Campanha de vacinação para eliminação da rubéola no Brasil4 Campanha de vacinação para eliminação da rubéola no Brasil

4.1 Justificativa4.1 Justificativa

Depois da eliminação da varíola, da certificação da eliminação da poliomielite, e da elimina-ção da circulação autóctone do vírus do sarampo, através da Resolução CD44 R1 de setembro de 2003, os países das Américas estabeleceram, durante a 44a reunião do Conselho Diretor da OPAS, a meta de “Eliminação da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC)” nas Américas no ano 2010.

A análise da situação epidemiológica e a estimativa da coorte de população não vacinada, demonstrada no estudo desenvolvido no Brasil, definiu a necessidade de ser estabelecida a realiza-ção de uma campanha nacional de vacinação para homens e mulheres, tendo como objetivo final

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Manual técnico-operacional

14 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

esgotar a totalidade da população ainda suscetível, para que seja interrompida a circulação do vírus da rubéola no país.

A estratégia de Campanha, programada para agosto-setembro de 2008, terá como alvo a po-pulação de 69.700.329 homens e mulheres, onde se encontram uma grande proporção de não vaci-nados. As ações serão diferenciadas com relação às faixas etárias nos estados bem como quanto ao tipo de vacina aplicada. A orientação é de que a aplicação da vacina seja indiscriminada, indepen-dentemente do antecedente de vacinação ou doença.

Deverão receber a vacina Dupla Viral – DV (Sarampo e Rubéola), 61.875.626 pessoas de 20 a 39 anos de todo o país, e a vacina Tríplice Viral – VTV (Sarampo, Caxumba e Rubéola), 7.824.703 pessoas de 12 a 19 anos dos estados Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e toda a população indígena aldeada do país. Para a população indígena aldeada a vacinação será realizada de forma seletiva.

Para assegurar o êxito da campanha é preciso uma fase de organização e programação de-talhada e execução durante cinco semanas. Fatores determinantes do êxito dessa campanha são: o apoio político e a organização por níveis de gestão, a microprogramação local com estratégias diferenciadas de captação da população (em estabelecimentos públicos e privados, transeunte, con-centrada e casa a casa), o desenvolvimento de uma estratégia de mobilização e de comunicação social que sensibilize e informe a população-alvo da campanha, a garantia de vacinação segura e de respostas rápidas a crises, o desenvolvimento de sistemas de informação oportunos e o monitora-mento e avaliação final de coberturas em todos os municípios.

A vigilância epidemiológica e laboratorial integrada do sarampo, rubéola e SRC serão estra-tégias que permitirão documentar a ausência de circulação do vírus e a consecução da meta de eliminação da rubéola para o ano de 2010.

4.2 Objetivos4.2 Objetivos

•• Interromper a transmissão endêmica do vírus da rubéola mediante a realização de uma campanha nacional de vacinação nas coortes dos homens e mulheres dos grupos de idade identificados com susceptibilidade à rubéola no Brasil.

•• Atingir nos grupos de adultos os suscetíveis para o sarampo, para que se consolide a estratégia de eliminação dessa doença no Brasil.

•• Alcançar a meta de eliminação da rubéola e SRC estabelecida para a Região das Améri-cas para o ano 2010.

4.3 Meta4.3 Meta

Alcançar coberturas de vacinação ≥95% em todos os municípios do Brasil para os seguintes grupos de idade:

•• Homens e mulheres de 20 a 39 anos das 27 unidades federadas do Brasil, vacinando com Dupla Viral (Sarampo e Rubéola).

•• Homens e mulheres de 12 a 19 anos de cinco unidades federadas: Maranhão, Mato Gros-so, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, vacinando com Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola) .

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 15

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

4.4 População-alvo4.4 População-alvo

Tabela 1. População-alvo da Campanha Nacional de Vacinação, Brasil 2008.

População-alvo (12-39 anos) Homens Mulheres Total

População total 34.369.045 35.331.284 69.700.329

Faixa etária de 20 a 39 anos de idade, (DV contra Sarampo e Rubéola)

30.423.898 31.451.728 61.875.626

Faixa etária de 12 a 19 anos de idade, (VTV contra sarampo, caxumba e rubéola) MA, MG, MT, RJ, RN.

3.945.145 3.879.556 7.824.703

4.5 Período da campanha4.5 Período da campanha

A campanha será realizada durante o período de 9 de agosto a 13 de setembro de 2008 com duração de cinco semanas. O lançamento será no dia 9 de agosto com ampla mobilização e acon-tecerá simultaneamente com a segunda etapa do Dia Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Nesse dia, o enfoque da vacinação será a Vacinação da Família. O dia central da campanha nacional será no dia 30 de agosto de 2008, um sábado, para permitir que a população-alvo (idade economi-camente ativa) possa ter acesso à vacinação.

A vacinação dos povos indígenas terá uma ação diferenciada, realizada no mês de abril. Essa estratégia vem sendo realizada anualmente para alcançar os povos que residem em locais de difícil acesso geográfico. O sucesso obtido nos últimos anos, através do resgate e vacinação de resíduo de suscetíveis permite demonstrar o avanço na proteção da população indígena.

A campanha na população indígena será seletiva e a vacina utilizada a Tríplice Viral. Para a população indígena as doses aplicadas a partir de janeiro de 2008 serão consideradas como doses de Campanha.

4.6 Estratégias da campanha4.6 Estratégias da campanha

Considera-se que para o desenvolvimento da campanha nacional de vacinação será funda-mental:

•• Todas as esferas de gestão deverão assumir compromisso político com campanha como ação prioritária para saúde pública.

•• Mobilização e participação ampla de todos os segmentos da sociedade. •• Articulação das instituições do setor saúde com as de educação, trabalho, turismo, em-

presas públicas e privadas, sociedades científicas e acadêmicas, entre outros. •• Organização e programação detalhada do plano de ação, até a microprogramação, por

município, com acompanhamento dos planos locais.•• Implementação da campanha por fases, iniciando com a vacinação nos postos fixos e

lugares de alta concentração, estendendo para a clientela institucionalizada. Posterior-mente à campanha, realizar a vacinação casa a casa, quando indicada. A última estraté-gia pode ser complementada com monitoramentos rápidos de cobertura.

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16 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

•• Comunicação social efetiva para informar a população sobre a campanha e sensibilizar os não vacinados.

•• Capacitação para assegurar que os profissionais das instituições de saúde (e de outros setores participantes da campanha), estejam aptos a desenvolver um adequado plane-jamento e implementação da campanha, garantindo a eficácia e a segurança da vacina-ção.

•• Vigilância da vacinação segura realizada por profissionais identificados que permitirão dar respostas rápidas a situações específicas de crises, relacionadas a eventos suposta-mente atribuíveis à vacinação.

•• Utilizar o sistema de informação oportuno que permita monitorar o avanço das cober-turas e o alcance da meta de vacinação.

•• Realização de monitoramento de cobertura em diferentes momentos da execução da campanha e avaliação das coberturas municipais.

4.7 Fases da campanha4.7 Fases da campanha

A Figura 8 ilustra que a primeira fase é dirigida a captar a população em lugares concentração. Embora um período de execução de cinco semanas seja estabelecido, sua duração poderá variar segundo as características de concentração e/ou dispersão de populações nas comunidades urbanas e rurais.

O dia 30 de agosto será considerado o Dia Central e tem como finalidade mobilizar e identifi-car pessoas que não foram vacinadas até essa data. Por ser um sábado, a população-alvo (trabalha-dores e estudantes) disporá desse dia para ter acesso ao serviço de vacinação.

A última semana da campanha terá uma chamada adicional dirigida à população que ainda não foi vacinada. Na etapa final, se realizará uma avaliação de coberturas como metodologia de verificação final do alcance da meta de vacinação nos municípios, de acordo com os resultados de análise local.

Figura 8. Estratégias e fases da campanha de vacinação para eliminar a rubéola, Brasil, agosto-setembro de 2008

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Populações institucionalizadas:Local de estudo, trabalho, lazer

Casa a casa quando indicado

Monitoramento rápido decoberturas, onde necessário

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

As modalidades de vacinação são diferenciadas em todas as fases, mas complementares entre si e adaptadas às realidades dos níveis locais, como se descreve a seguir:

•• Vacinação em estabelecimentos de saúde: a oferta da vacina será mantida em todos os serviços de saúde que realizaram a vacinação para atender a demanda espontânea. É recomendável durante a campanha ampliar os horários de vacinação, se possível.

•• Vacinação em trânsito e em lugares de alta concentração: mercados, centros comer-ciais, shoppings, portos, aeroportos, rodoviárias, estações de metrô, paradas de ônibus, centros recreativos, igrejas, entre outros. Essa modalidade permanecerá ativa durante toda a campanha, enquanto demonstre ser efetiva para identificar pessoas não vacinadas e poderá ser necessário estabelecer horários especiais, de acordo com cada realidade.

•• Vacinação de populações institucionalizadas: serão identificadas previamente durante o processo de microprogramação. Essa população se encontra nas empresas, instituições públicas, colégios, universidades, fábricas, entre outras.

•• Vacinação casa a casa: a finalidade é ofertar a vacina às pessoas que por diferentes mo-tivos não foram vacinadas. Nessa atividade é importante consultar a comunidade para viabilizar as visitas nos horários em que as pessoas se encontram em casa.

•• Vacinação durante o pós-parto ou pós-aborto: As mulheres grávidas na época da cam-panha deverão ser vacinadas imediatamente ao pós-parto ou pós-aborto.

4.8 Organização e planejamento4.8 Organização e planejamento

O Plano de Ação da Campanha e suas estratégias programadas deverão ser implementados em cada um dos níveis de gestão, como mostra a Figura 9.

Figura 9. Organização da campanha de vacinação contra rubéola

Presidente da Repúblicae Gabinete de Governo

Ministro de Saúde

Secretaria daVigilância em Saúde

Sociedades Científicase Acadêmicas

Congresso Nacional

Outros Ministérios/CNS/CONASS/CONASEMS

Outras secretarias

Comitê Técnico Operacional

CoordenadorNacional

Documentaçãotécnica

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Capacitação Supervisão

Recursos paracampanha

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Manual técnico-operacional

18 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Para o êxito da campanha, o Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI) e as sociedades científicas, enquanto segmentos importantes nas consultas técnicas, deverão ser parceiros constan-tes em todas as fases de campanha, desde o microplanejamento até a avaliação final da mesma.

4.9 Microprogramação 4.9 Microprogramação

Para identificar a população-alvo e conseguir a meta ≥95% dos homens e das mulheres de to-dos os municípios, é fundamental ter informação sobre a população institucionalizada, assim como dos locais de concentração e de alto trânsito, para programar os serviços de vacinação. O primeiro passo é o mapeamento que setoriza ou agrupa “geograficamente” os bairros ou localidades e define as referências de todas as unidades de saúde, com a finalidade de programar adequadamente, no que diz respeito ao suprimento de insumos para a vacinação.

É necessário elaborar a relação de todos os locais com população a vacinar em estratégias ex-tra-muros, com os respectivos horários disponíveis para visitá-los. Esse trabalho requer a articula-ção das empresas e instituições de diversos setores, assim como a formação de alianças estratégicas com organizações governamentais e não governamentais, conselhos comunitários, dentre outros. Para desenvolver a microprogramação, as equipes locais contarão com matrizes programáticas de instrumentos padronizados (Apêndice B).

4.10 Imunobiológicos, insumos e logística4.10 Imunobiológicos, insumos e logística

A vacina contra a rubéola, cepa Wistar RA 27/3 se apresenta em forma monovalente ou com-binada. É uma vacina segura e com uma efetividade média maior que 95%. A resposta máxima de anticorpos se observa entre o 14º e o 21º dia após a vacinação e alguns estudos indicam que a imunidade se mantém por toda a vida.9

Tanto em sua forma monovalente ou combinada, a vacina se apresenta em forma liofilizada e se reconstitui com um diluente de água estéril formulado especificamente para a vacina. Durante a campanha, frascos de dose múltipla serão empregados com 10 doses, onde uma dose de 0,5 ml é extraída e se aplica por via subcutânea no terço superior externo do braço. Estima-se uma porcen-tagem de perda de 20% para o cálculo de doses da vacina.

Na população de 20 a 39 anos se administrará a Vacina Dupla Viral, composta por vírus da cepa Wistar RA 27/3 de rubéola e da cepa Edmonston Zagreb do sarampo. Ambos os vírus são atenuados através de passagens sucessivas por cultivos celulares, usando fibroblastos diplóides hu-manos. Essa vacina, DV, será adquirida por meio do Fundo Rotatório da OPAS, cujo laboratório produtor é o Serum Institute.

A vacina Tríplice Viral contra Sarampo, Caxumba e Rubéola que se aplicará na população de 12 a 19 anos de idade contém as cepas Wistar RA27/3 do vírus atenuado da rubéola, Schwarz de sarampo e RIT 4385 derivado da Jeryl Lynn do vírus da caxumba. A vacina será fornecida pelo Ins-tituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz.

A efetividade das vacinas é maior que 95% para cada um dos imunobiológicos. Para garantir sua efetividade deve-se mantê-las em condições adequadas de conservação em +2 a +8 ºC. Uma vez reconstituída deve-se administrar em um prazo máximo de 8 horas e, esgotado esse prazo deve-se desprezar seguindo os procedimentos estabelecidos de descarte de resíduos. Não pode ser congela-da nem exposta à luz solar. O diluente poderá ser conservado fora de refrigeração, porém deverá ser

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 19

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

resfriado pelo menos seis horas antes da reconstituição, a fim de que esteja na mesma temperatura do liófilo no momento da diluição.

Por ser uma vacina muito segura, as contra-indicações são restritas: antecedente de reação anafilática severa, imunossupressão, doenças agudas graves e embora exista evidência de que não provoca teratogenicidade ao concepto, não se recomenda aplicar durante a gestação. Os efeitos se-cundários à vacinação são pouco freqüentes e passageiros.

Para a distribuição dos imunobiológicos e dos insumos a cada nível, levar-se-á em conside-ração a capacidade de armazenamento dos imunobiológicos disponíveis em todos os Estados e municípios. A partir do cálculo da meta a vacinar, será estabelecido um cronograma de entrega para todos os estados.

4.11 Vacinação segura4.11 Vacinação segura

O componente de vacinação segura deste tipo de campanha incorpora vários aspectos: •• A realização de práticas seguras, tornando-se elementos indispensáveis ao uso dos insu-

mos apropriados.•• O emprego de técnicas normatizadas.•• O manejo e destino adequado dos resíduos da vacinação (seringas, agulhas etc).•• O uso de manuais e instrumentos padronizados de capacitação e supervisão para são

consideradas ferramentas importantes para se evitar erros programáticos.

Vigilância de eventos adversos pós-vacinação – EAPVVigilância de eventos adversos pós-vacinação – EAPV

Durante a campanha de vacinação, a vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinação (EAPV) será ampliada devido ao incremento no número de pessoas vacinadas. Considera-se importante sa-lientar que facilmente poderá ser atribuído à vacina qualquer sinal ou sintoma originado por outras causas, em indivíduos vacinados.

A vacina contra a rubéola é segura, entretanto em 5% das pessoas vacinadas suscetíveis pode-rão ser observados os eventos, relacionados na Tabela 2.

Quais EAPV devem ser notificados imediatamente?Quais EAPV devem ser notificados imediatamente?

•• Os eventos adversos graves (choque anafilático, hospitalizações e óbito) devem ser infor-mados imediatamente por telefone ou por fax.

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20 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 21

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

•• Aqueles eventos causados por erros programáticos (dose maior ou via de administração diferente às indicadas, uso equivocado de diluição ou má assepsia) também devem ser notificados e investigados.

•• Os rumores devem ser investigados imediatamente para informar corretamente e para não levantar dúvidas quanto à credibilidade, eficácia e segurança da vacina.

É necessário instituir as equipes para dar respostas rápidas e acertadas referentes aos EAPV e para o manejo de crise. Nesse particular, contamos com os membros do Comitê Técnico Asses-sor de Imunizações, Sociedades Científicas e comunicadores sociais que assessoram a interlocução com os meios de comunicação para a informação à população.

Gestantes vacinadas inadvertidamenteGestantes vacinadas inadvertidamente

Embora a vacina não tenha efeitos teratogênicos no feto, não é indicado seu uso durante a gestação.11, 12, 13, 14 Nas situações em que ocorrer a vacinação em gestantes, é imprescindível fazer o registro e o acompanhamento destas mulheres, através do protocolo definido e recomendado pelo Ministério da Saúde (Apêndice C).

Abastecimento de sangueAbastecimento de sangue

O Ministério da Saúde, através da Anvisa, RDC nº 153, de 14 de junho de 2004, estabelece que as pessoas após receberem vacinas de vírus vivos atenuados não devem doar sangue por um período de 4 semanas.

Considerando que a maioria de doadores está nos grupos de idade incluídos na população-alvo da campanha de vacinação (20 a 39), e para evitar uma possível escassez de oferta de sangue durante o período da campanha, deve-se estabelecer uma coordenação prévia e um trabalho in-tegrado com os responsáveis pelos hemocentros. Os doadores de sangue cadastrados poderão ser orientados e chamados para doar sangue antes de receberem a vacina.

4.12 Mobilização social4.12 Mobilização social

O desenho da estratégia de mobilização social deve contemplar a necessidade de captar gru-pos de população diversos em uma só campanha de vacinação, e a importância de estabelecer es-tratégias específicas para cada um desses grupos. As mensagens serão diferenciadas de acordo com as estratégias da campanha e das fases de execução da mesma. Todas essas atividades são realizadas no nível nacional, bem como nos níveis estaduais e municipais.

Para implementar um plano de mobilização efetivo deve-se projetar uma estratégia de comu-nicação social que empregue diversos meios para difusão da campanha. A mensagem deve deixar claro o risco que os adolescentes e adultos enfrentam, tanto os homens como as mulheres, por não estarem vacinados. Importante envolver líderes e personagens reconhecidos pela sociedade que possam influenciar positivamente o público-alvo.

A participação dos meios de comunicação de cobertura nacional, estadual e local é essencial para informar à população e alertar sobre crises potenciais que se possam suscitar durante a campa-nha. As sociedades científicas, especialmente as de pediatria, obstetrícia, ginecologia, infectologia e

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Manual técnico-operacional

22 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

imunologia, e o Comitê Técnico Assessor em Imunizações têm a função fundamental de porta-voz e formadores de opinião.

O plano inclui os meios de comunicação de massa com a edição de vídeos e mensagens apropria-das, e pautados para os diferentes momentos, assim como materiais informativos (cartazes, folders, etc.) para a população e a elaboração de uma pasta informativa contendo todo material de divulgação e sensibilização contemplando a diversidade de atores (gestores, governadores, aliados etc.).

A articulação intersetorial com os setores como trabalho e educação, principalmente, facilita-rá a microprogramação e a vacinação em instituições de ensino e em locais de trabalho. É de suma importância a integração com instituições formadoras de recursos humanos em saúde, educadores, forças armadas e policiais para ter disponível número suficiente de vacinadores, registradores e promotores locais.

4.13 Sistema de informação4.13 Sistema de informação

A informação oportuna e de qualidade permitirá traçar ajustes e correções durante e depois da campanha, para o alcance da meta de cobertura vacinal. Será disponibilizada uma ferramenta de consolidação de dados via internet, por município, utilizando o código de cada município e Estado, fornecido pelo IBGE, para identificação no sistema de informação. Este estará disponível por meio do site http://pni.datasus.gov.br (Apêndice D). Essa ferramenta foi construída em conjunto pela equipe do Datasus Regional do Rio de Janeiro e a gerência de informações do PNI.

Os dados serão coletados por sala de vacina, com boletim padronizado para os 5.564 muni-cípios, com informações diferenciadas por sexo, faixa etária de 12 a 14; 15 a 19; 20 a 29 e 30 a 39 anos de idade para os Estados de MA, MT, MG, RJ e RN, e os demais estados de 20 a 29 anos e 30 a 39 anos de idade.

Por essa razão, serão disponibilizados três modelos de boletim diário de registro:1. Por sexo e tipo de vacina. Vacina tríplice viral para as faixas etárias de 12 a 14 e 15 a 19 anos e

dupla viral para as idades de 20 a 29 e 30 a 39 anos. Será utilizado em todas as salas de vacina do Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

2. Por sexo para a vacina dupla viral nas faixas etárias de 20 a 29 anos e 30 a 39 anos de idade. Será utilizada em todas as salas de vacina de 22 Unidades Federadas (RO, AC, AM, RR, PA, AP, TO, PI, CE, PB, PE, AL, SE, BA, ES, SP, PR, SC, RS, MS, GO e DF).

3. Para as populações indígenas, para vacina tríplice viral, por sexo, nas faixas etárias de 12 a 39 anos.No fim de cada jornada de trabalho, as equipes de vacinação, com o apoio do supervisor,

devem consolidar as doses aplicadas no município. As informações deverão ser repassadas para o boletim de consolidação do município. Os dados deverão ser validados pela equipe local, identifi-cando inconsistências e revisando a informação antes de digitá-la no site http://pni.datasus.gov.br, no campo campanha de vacinação contra rubéola.

Posteriormente, os dados consolidados deverão ser digitados no sistema Avaliação do Programa de Imunizações (on-line) por município. Todos os responsáveis pela informação em cada município terão acesso ao sistema por meio de senha criptografada pelo Datasus, que permitirá a digitação pelo código do IBGE, de cada local acessível pela tabela do sistema. A informação do quantitativo de doses aplicadas em cada município será gravada pela senha do informante através do site e a cobertura va-cinal será calculada por residência do vacinado através dos dados informados.

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Os resultados preliminares e finais da campanha serão apresentados via acesso ao site. Os dados deverão ser digitados por sala de vacina e por município no sistema API informatizado, cum-prindo o fluxo estabelecido de envio por meio do município, regional, estado e país, garantindo a informação descentralizada em todos os níveis de prestação de serviço, o que permite a análise e a tomada de decisão nas fases de execução e avaliação da campanha, pelos níveis periféricos.

4.14 Capacitação4.14 Capacitação

Para facilitar a capacitação e a padronização dos conteúdos, a equipe do nível nacional ela-borou uma série de documentos impressos e em meio eletrônico para as equipes do nível estadual e municipal que contém as estratégias programáticas, apêndices e orientações ao vacinador e ao supervisor.

A capacitação se iniciou com um encontro nacional com as equipes do nível estadual para dis-cutir a campanha e para estabelecer um plano de trabalho com os Estados, que contemplasse cada um dos componentes da campanha: microprogramação, vacinação segura, sistema de informação, logística e rede de frio, supervisão, monitoramento e avaliação.

Nesse processo, foram capacitados monitores nacionais e estaduais para colaborar com as ca-pacitações descentralizadas, além de contribuir com as supervisões nos Estados. Serão desencade-ados encontros regionais sucessivos com os Estados, para capacitar as equipes e discutir os avanços na programação e na organização da campanha, assim como reforçar alguns aspectos-chave para as diferentes etapas de planejamento da mesma.

Cada Estado deverá reproduzir a capacitação em seus municípios. No nível local se deve asse-gurar a capacitação de todas as equipes de vacinação nos seguintes aspectos: informações sobre a campanha, indicações e contra-indicações da vacina, o funcionamento da rede de frio e descarte de materiais, o registro e consolidação de dados, o acompanhamento de EAPV e Gestante Vacinada Inadvertidamente – GVI e o monitoramento e avaliação de coberturas da campanha.

4.15 Supervisão4.15 Supervisão

Nesse tipo de campanha é importante estabelecer a supervisão por níveis, de acordo com as fases de execução da campanha. Cada uma delas tem objetivos diferentes, que são complementares.

•• Durante a organização e programação – Seu objetivo básico é verificar se os níveis locais e estaduais têm uma adequada organização e capacitação, dispõem dos recursos necessários e se realizarão uma programação que lhes permitirá alcançar a meta de vaci-nação.

•• Durante a execução – É eminentemente operacional. Deve ser observado como está sendo executada a campanha, avaliar a implementação das estratégias e seu cumprimen-to segundo o cronograma. Um componente importante nessa fase é o monitoramento rápido de coberturas vacinais ao concluir a vacinação nas diferentes localidades.

•• A conclusão da campanha – Os supervisores deverão participar no processo final de Avaliação da Cobertura Vacinal para verificar a consecução da meta de vacinação em todos os municípios.

O Apêndice E inclui as planilhas de supervisão da campanha de vacinação para a fase de pla-nejamento e a fase de execução.

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Manual técnico-operacional

24 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Aos supervisores nacionais da campanha cumprem as seguintes funções:•• Participar nas capacitações para a organização e programação da campanha em nível

estadual e municipal.•• Monitorar o processo de microprogramação local e planejamento estadual, de acordo

com as diretrizes técnicas da Campanha.•• Supervisionar os avanços da campanha relativos à implementação das práticas de capta-

ção efetiva e monitoramento rápido de coberturas.•• Apoiar as equipes de resposta imediata, em casos de uma situação de crise, dando-lhes a

devida atenção e resposta oportuna.•• Participar da avaliação externa das coberturas da Campanha, informar os resultados

alcançados e conclusões finais.•• Apoiar os estados que necessitam de suporte técnico para obtenção de êxito nas cober-

turas da Campanha de Vacinação.Os assessores estaduais colaborarão nas capacitações e supervisões, monitoramento e avalia-

ção das coberturas vacinais junto aos coordenadores estaduais.

4.16 Monitoramento e avaliação4.16 Monitoramento e avaliação

Em campanhas de eliminação de doenças imunopreveníveis e em face da diversidade de mo-dalidades de vacinação de adultos, é necessário realizar o monitoramento e uma avaliação final, para verificar o alcance da meta de cobertura de vacinação 100%.

Existem dois tipos de monitoramento:

1. Monitoramento de avanço1. Monitoramento de avanço

As equipes estaduais e locais deverão monitorar diariamente o avanço das coberturas de va-cinação. Para isso, acompanharão e analisarão os dados diários de vacinados e apresentarão as coberturas em “vacinômetros”, elaborados de acordo com cultura local, além dos gráficos e mapas das localidades vacinadas na sala de situação das unidades de saúde, municípios, estados e no nível nacional.

O monitoramento das coberturas de vacinação varia de acordo com a semana da campanha (Figura 10). Depois da 4ª semana, o desafio é encontrar as pessoas que ainda não foram vacinadas.

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Figura 10. Monitoramento e avaliação das coberturas vacinais da campanha

3. Avaliação das coberturas

30

99

0

20

40

60

80

100

1ª Semana

2ª Semana

3ª Semana

4ª Semana

5ª Semana

Busca de nãovacinados

50

70

8595

2. Monitoramento rápido de cobertura

1. Monitoramento dos avanços

2. Monitoramento rápido de coberturas2. Monitoramento rápido de coberturas

O monitoramento rápido de cobertura é uma metodologia de supervisão das atividades de vacinação. Deverão ser identificadas as áreas que após avaliação do supervisor sejam as de menor probabilidade de serem visitadas pelos vacinadores (de difícil acesso, afastadas das ruas principais e estrato social A, etc.), além das áreas bem vacinadas após concluir a vacinação.

Para cada monitoramento, deverão ser visitadas as casas requeridas para coletar dados de 100 pessoas de 20 a 39 anos de idade, ou 12 a 39 anos nos Estados do MA, MT, MG, RJ e RN. Os dados serão registrados no formulário de monitoramento de cobertura casa a casa (Apêndice F).

Durante este monitoramento, uma equipe de vacinação, com o imunobiológico e outros in-sumos necessários, deverá estar disponível para vacinar as pessoas “não vacinadas”. Em cada casa perguntar se ali habitam homens e mulheres de 20 a 39 anos de idade (ou 12 a 39 anos em MA, RJ, MG, MT e RN e se os mesmos estão presentes).

É necessario determinar as razões pelas quais as pessoas não foram vacinadas. O supervisor deve zelar pela qualidade dos dados em cada área ou local. Os resultados dos MRC interpretam-se segundo a Figura 11.

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Figura 11. Interpretação dos resultados do monitoramento rápido de cobertura

Visitar as casas e coletar dados do estado vacinalde 100 pessoas da população residente

% de pessoas vacinadas% de pessoas vacinadas

95% 90- 94% <90%

Vacinar as pessoasnão vacinadasÁrea bem vacinada

Vacinar as pessoasnão vacinadasContinuarmonitoramento

Área de riscoDefinir estratégiade vacinação�

��

A análise dos dados coletados no monitoramento das coberturas vacinais deve responder pelo menos as seguintes perguntas:

1. 1. O município alcançou a meta de cobertura vacinal ≥ 95%?2. 2. As coberturas são ≥ 95% em ambos os sexos?3. 3. Se não alcançou as coberturas, quais são as possíveis explicações?4. 4. Quais são as razões que levaram essa população a não se vacinar?5. 5. Onde estão as pessoas não vacinadas? Casa, escola, trabalho?6. 6. Quais seriam as estratégias mais efetivas para captar as pessoas não vacinadas?7. 7. Quais ações devem ser tomadas?

Avaliação finalAvaliação final

Ao concluir a campanha de vacinação se realizará um processo de avaliação e verificação da cobertura da meta de vacinação ≥ 95% nas unidades federadas do país. O âmbito geográfico para estimar a cobertura por monitoramento cruzado é o município.

Alguns indicadores do processo e de resultados da campanha são:•• % de cobertura por faixa etária e sexo.•• % avanço de coberturas de vacinação por semanas.•• % vacinação de população institucionalizada (%): Instituições programadas/ instituições

visitadas.•• % de doses de vacinas perdidas.•• 100% dos EAPV graves/raros/inusitados notificados e investigados (48 horas início do

processo de investigação).•• Total de GVI com seguimento.•• Cobertura de vacinação pós-parto e pós-aborto.

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Ao ser concluída a campanha será elaborado um relatório final incluindo os resultados do processo de verificação de coberturas vacinais. Se for constatado que o país alcançou a meta de vacinação da campanha ≥ 95%, a OPAS entregará oficialmente ao Presidente da República e Mi-nistro da Saúde, uma certificação indicativa do alcance da meta. Deverá ser marcada uma reunião oficial na qual o Ministro da Saúde apresentará os resultados da campanha, junto com as Secreta-rias Estaduais de Saúde e representantes do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) e outros parceiros da campanha.

ReferênciasReferências

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9. GREAVES, W. L. et al. Clinical efficacy of rubella vaccine. The Pediatric Infectius Diseade Journal, [S.l.], v. 2, p. 284-286, 1983.

10. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Vigilância Epide-miológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação. Brasília, 2007.

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Apêndices

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Manual técnico-operacional

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Apêndice A – Orientação ao vacinador e supervisorApêndice A – Orientação ao vacinador e supervisor

1 Introdução1 Introdução

Este apêndice apresenta conteúdo de orientações relativas às vacinas indicadas na campanha nacional contra a rubéola e se destina a atender aos profissionais de saúde que trabalharão nesse evento de extrema magnitude para o país.

Fundamental enfatizar o vacinador como um dos componentes mais importante da equipe e ao mesmo tempo reforçar qua a execução dessa atividade requer zelo e qualidade na qual deve ser adotado procedimento adequado antes, durante e após administração da vacinação com garantia da segurança na aplicação desses imunobilógicos.

2 A vacina2 A vacina

2.1 Eficácia2.1 Eficácia

•• A cepa Wistar RA 27/3 da vacina contra a rubéola é muito segura e apresenta uma eficá-cia média maior que 95%.

•• A cepa Edmonston-Zagreb da vacina contra o sarampo é muito segura e apresenta uma eficácia média maior que 95%.

•• A cepa Jeryl Lynn da vacina contra a caxumba é muito segura e apresenta uma eficácia média maior que 96%.

•• A resposta máxima de anticorpos se observa entre o 14º e o 21º dia depois da vacinação. Alguns estudos indicam que a imunidade se mantém por toda a vida.

2.2 Composição e apresentação2.2 Composição e apresentação

•• São vacinas de vírus vivos atenuados apresentados em frasco ampola na forma liofiizada e é reconstituída com ampola de diluente de água estéril formulada especificamente para a vacina.

•• A vacina Dupla Viral previne contra a Rubéola (cepa Wistar RA 27/3) e Sarampo (cepa Edmonston-Zagreb).

•• A vacina Tríplice Viral previne a Rubéola (cepa Wistar RA 27/3), Sarampo (cepa Schwarz) e Caxumba (cepa RIT 4385 derivada de Jeryl Lynn).

•• As duas apresentações serão administradas durante a campanha (Dupla Viral e Tríplice Viral) são vacinas de vírus vivos atenuados.

2.3 Dose e volume2.3 Dose e volume

•• Serão utilizados frascos ampolas de 10 doses com extração de 0,5 ml por dose.

2.4 Conservação e validade2.4 Conservação e validade

•• Conservar em refrigerador na temperatura entre +2ºC e +8ºC.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 31

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

•• Depois de diluída é mantida na mesma temperatura e deve ser aplicada no prazo máxi-mo de oito horas (ou de acordo com laboratório produtor), após esse período deverá ser desprezada.

•• Não pode ser exposta à luz solar.•• Não deve ser congelada no nível local.•• O prazo de validade é indicado pelo fabricante e deve ser respeitado rigorosamente.•• O diluente poderá ser conservado fora do refrigerador, porém deverá ser resfriado pelo

menos seis horas antes da reconstituição, a fim de que esteja na mesma temperatura do liófilo no momento da diluição.

2.5 Reconstituição e administração2.5 Reconstituição e administração

•• Lavar as mãos e higienizar.•• Escolher as seringas e agulhas apropriadas.•• Montar a seringa, adaptando a agulha e mantendo-a protegida.•• Remover a proteção metálica do frasco-ampola, limpar a tampa de borracha com algo-

dão seco e mantê-lo na caixa térmica.•• Aspirar o diluente, desprezar a ampola em recipiente adequado.•• Injetar o diluente vagarosamente pelas paredes do frasco ampola.•• Fazer um movimento rotatório com o frasco para uma perfeita homogeneização da va-

cina, a fim de obter uma solução clara e sem resíduo.•• Registrar no frasco ampola a hora e a data da abertura do frasco.•• Orientar a pessoa vacinada ou o acompanhante sobre a vacina a ser administrada.•• Aspirar o volume a ser administrado (0,5 ml), verificando na graduação da seringa se a

dosagem está correta.•• Administrar 0,5 ml da vacina por via subcutânea na face posterior do braço na região do

deltóide.•• Uma vez injetada a vacina, retire a agulha, não esfregue e com um chumaço de algodão

realize uma leve pressão sobre o local da administração.•• Desprezar na caixa de descarte a seringa e agulha utilizadas sem reencapar.•• Não deixar preparadas seringas com vacinas nas caixa térmicas.•• Registrar no cartão de vacina e no boletim de informação a dose aplicada de acordo com

a idade e o sexo da pessoa vacinada.

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2.6 Equipamentos e materiais2.6 Equipamentos e materiais

•• Armazenar em refrigeradores ou freezer, com condições apropriadas de refrigeração na temperatura +2ºC e +8 ºC.

•• Caixas térmicas de acordo com o volume a ser utilizado conforme a localidade e a dis-tância.

•• As seringas utilizadas para a administração destas vacinas são:– – Para injetar: seringa acoplada de 3 ml. com agulha 13 x 4,5.– – Para reconstituir: seringa de 5ml. com agulha 25 x 8,0.

•• Formulários de registros de vacinas.•• Cartão de vacinação.•• Recipiente apropriado para desprezar material pérfuro-cortante.•• Recipiente apropriado para descarte de outros materiais.•• Material informativo para a população.

2.7 Descarte de resíduos2.7 Descarte de resíduos

•• Os resíduos imunobiológicos se descartam quando alcançam a data de vencimento. Após 8 horas (ou de acordo com laboratório produtor) de sua reconstituição, ou quando se comprova o congelamento após reconstituído, o conteúdo do mesmo mostra partícu-las em suspensão ou aspecto turvo.

•• Para descartar as seringas e agulhas utilize as caixas de descarte, que deverão estar devi-damente rotuladas.

•• Devem ser classificados como resíduo perigoso e descartar adequadamente conforme nor-mas vigentes. Não deixá-los nos locais onde se vacina, após encerramento das atividades.

2.8 Contra-indicações 2.8 Contra-indicações

•• Antecedente de reação anafilática sistêmica após dose prévia de vacina contra rubéola ou sarampo. Entende-se por reação anafilática a reação imediata que se instala habitu-almente na primeira hora após o estímulo do alérgeno, podendo apresentar urticária generalizada, dificuldade respiratória, edema de glote, hipotensão ou choque.

•• Durante a gravidez, embora fosse demonstrado que a vacina não tem efeitos teratogê-nicos no feto, podem ocorrer diversos eventos (abortos, natimorto, etc.) que são coinci-dentes com a vacinação. Se alguma gestante for vacinada inadvertidamente, não é indi-cado o aborto.

•• Pessoas com imunodeficiências congênitas ou adquiridas. Na possibilidade de exposição ao vírus selvagem avaliar risco benefício individual. Infecção assintomática pelo HIV não constitui contra-indicação.

•• Pessoas em uso de corticosteróides em doses imunossupressoras devem ser vacinadas com intervalo de pelo menos 1 mês após a suspensão da droga.

•• Pessoas em uso de quimioterapia imunossupressora só devem ser vacinadas 3 meses após a suspensão do tratamento.

•• Transplantados de medula óssea recomenda-se vacinar com intervalo de 2 anos após o transplante.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 33

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

2.9 Falsas contra-indicações: 2.9 Falsas contra-indicações:

•• Amamentação.•• Gravidez em pessoas próximas, parentes ou companheiros.•• Contatos de imunossuprimidos.•• Infecção HIV assintomática ou sintomática de acordo com a carga viral.•• Tratamento com antibióticos e/ou convalescença de enfermidade leve.•• Tratamento com corticóides (por via oral) em baixas doses, em aplicações tópicas e ae-

rossol para tratar a asma.•• Doenças agudas benignas: rinite, catarro, tosse, diarréia.•• Menstruação.•• Ingestão de álcool.

2.10 Situações que indicam o adiamento da vacinação2.10 Situações que indicam o adiamento da vacinação

•• Administração de imunoglobulina humana (gamaglobulina) sangue total ou plasma nos três meses anteriores e imunossupressão por doença ou terapêutica. Essa recomendação tem como justificativa a possibilidade de não ocorrer resposta imunogênica.

•• Pacientes com doenças graves febris, principalmente para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos relacionados à vacina.

•• As mulheres grávidas devem receber a vacina contra rubéola após o parto ou pós-aborto.

2.11 Eventos adversos2.11 Eventos adversos

•• De maneira geral, as vacinas dupla e tríplice virais são pouco reatogênicas e bem tolera-das. Os eventos adversos podem ser devidos a reações de hipersensibilidade a qualquer componente das vacinas ou manifestações clínicas semelhantes às causadas pelo vírus selvagem (replicação do vírus vacinal), geralmente com menor intensidade.

•• Cerca de 5% a 15% dos adultos suscetíveis podem apresentar febre e erupção cutânea leve (exantema) que surgem entre sete e 12 dias depois da vacinação.

•• Ocasionalmente podem aparecer gânglios aumentados no pescoço e atrás das ore-lhas(<1% primo-vacinados).

•• Ocorrem cefaléia, irritabilidade, febre baixa, manifestações catarrais em cerca 0,5% a 4% das pessoas suscetíveis.

•• As manifestações são leves com duração de poucos dias.•• O tratamento dos sintomas de febre e dor é feito com antitérmicos e analgésicos comuns,

de acordo com orientação médica.

Quais Eventos Adversos que devem ser notificados?Quais Eventos Adversos que devem ser notificados?•• Os eventos adversos graves (choque anafilático, hospitalizações e óbito) devem ser infor-

mados imediatamente por telefone, fax ou por endereço eletrônico.•• Eventos causados por erros programáticos (dose maior ou via de administração diferen-

te às indicadas, uso equivocado de diluente ou má assepsia) também devem ser notifica-dos e investigados.

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Manual técnico-operacional

34 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

•• Os rumores devem ser investigados imediatamente e é necessário que sejam informados corretamente para que não haja dúvidas quanto a credibilidade, eficácia e segurança da vacina.

2.12 Seguimento de grávidas vacinadas inadvertidamente (GVI)2.12 Seguimento de grávidas vacinadas inadvertidamente (GVI)

•• A evidência disponível atualmente indica que não existe risco de SRC se a vacina contra a rubéola for aplicada em uma mulher grávida, ou antes, da concepção. Dados de segui-mento atualizados no ano de 2006 reportam que em 24.924 mulheres gestantes vacina-das inadvertidamente contra a rubéola durante as campanhas de vacinação na Região das Américas, não se identificou nenhum caso de SRC.

•• Para a realização da campanha foi elaborado um protocolo para seguimento de grávidas vacinadas inadvertidamente. O propósito desse acompanhamento é dar a informação apropriada e evitar que eventos coincidentes que ocorram durante a gestação sejam atri-buídos à vacinação.

3 Atribuições do vacinador3 Atribuições do vacinador

•• Participar do planejamento das estratégias de vacinação mais adequadas à população em conjunto com o supervisor e/ou coordenação da campanha.

•• Conhecer a população a ser vacinada na área sob sua responsabilidade e ter mapas atu-alizados do setor.

•• Programar as atividades e as necessidades para a operacionalização da vacinação em sua área.

•• Atender e orientar a população quanto ao tipo de vacina, doença que protege, eventos adversos esperados, gravidez e cartão de vacina.

•• Apresentar-se pontualmente à unidade de saúde, revisar ou preparar diariamente o ma-terial necessário para a vacinação em conjunto com a equipe e o supervisor.

•• Cumprir com as normas de preparação, administração, conservação e descarte do mate-rial biológico.

•• Na vacinação em estabecimentos públicos e privados, anotar os ausentes e programar a data de retorno, caso não tenha alcançado a vacinação de 100% da população.

•• Em postos de vacinação fixos ou em áreas de alta concentração populacional, assegurar local coberto e onde haja sombra. Colocar cartazes e informações referentes à campanha para chamar a atenção e atrair o público-alvo para a vacinação.

•• Na realização da vacinação casa a casa, é importante ter um mapa da área a vacinar e iniciar pelo local mais distante. A meta é visitar 100% dos domicílios.

•• Ao final do dia, identificar o domicílio onde parou o trabalho e reiniciar a partir do mes-mo no dia seguinte.

•• Acompanhar a programação e solicitar vacinas e outros insumos para a implementação das atividades, se necessário.

•• Manter o refrigerador e caixas térmicas na temperatura entre +2ºC e +8ºC.•• Controlar e registrar a temperatura do refrigerador e das caixas térmicas.•• Registrar as doses aplicadas oportunamente e consolidar a informação de vacinados.•• Encaminhar diariamente as informaçãos consolidadas para o supervisor de área.

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

•• Controlar o estoque de vacinas e outros insumos para as atividades diárias/semanais e/ou mensais.

•• Descartar as seringas, agulhas e vacinas conforme as normas vigentes.

4 Atribuições do supervisor4 Atribuições do supervisor

Antes da campanhaAntes da campanha•• Participar do processo de planejamento e da microprogramação de sua área.•• Identificar as necessidades de capacitação e apoio da equipe da área a ser acompanha-

da.•• Conhecer a área de trabalho, e dispor de um mapa da área a ser acompanhada.•• Visitar e reconhecer a área.•• Estabelecer o quantitativo de vacina e insumos necessários para a vacinação em sua

área.•• Propiciar o cumprimento dos horários e atividades dos vacinadores.•• Definir estratégias e locais adequados para as atividades de vacinação.•• Definir em conjunto com as equipes seus locais de atuação.•• Informar sobre o avanço de suas atividades ao grupo de coordenação.

Durante a campanhaDurante a campanha•• Apresentar-se na unidade de saúde no dia e horário programados para a vacinação.•• Realizar reuniões com as equipes para distribuir o material e dar as últimas instruções.•• Assegurar que a equipe de vacinadores esteja completa e tenha os insumos necessários.•• Levar sempre uma caixa térmica com vacinas e outros materiais para suprir as necessi-

dades dos vacinadores e contribuir com material adicional.•• Colaborar com a equipe de vacinação para sensibilizar e convencer às pessoas que ainda

tenham resistência para receber a vacina.•• Participar de coleta de dados, avaliação das inconsistências, verificando a qualidade dos

registros, a consolidação e o envio oportuno (diariamente) dos dados.•• Recomendar aos coordenadores ou diretores de cada área ou estabelecimento, alternati-

vas para a remanejamento das equipes de vacinação e de insumos conforme as necessi-dades.

•• Realizar Monitoramentos Rápidos de Cobertura (MRC) para verificar se as pessoas es-tejam vacinadas, as razões pelas quais não se vacinaram e identificar e vacinar os não vacinados.

•• Supervisionar as técnicas de administração da vacina, qualidade do registro, condições da rede de frio e descarte dos resíduos da sala.

•• Propiciar o cumprimento de práticas de vacinação segura.•• Anotar as situações que precisam ser analisadas com a equipe sistematicamente.•• Emitir recomendações para corrigir distorções e problemas da campanha nas áreas

acompanhadas.•• Avaliar a atividade de vacinação ao final de cada jornada de trabalho.•• Informar diariamente sobre o avanço da campanha.•• Consolidar a informação de vacinados da área de sua responsabilidade.

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36 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

•• Encaminhar diariamente as informaçãos consolidadas para o coordenador da campa-nha ou coordenação municipal de imunizações.

•• Participar da elaboração do relatório final da campanha.

Aspectos a serem observados na área a ser trabalhadaAspectos a serem observados na área a ser trabalhada•• Organização do trabalho e do posto de vacinação.•• Disponibilidade e conservação da vacina.•• Técnica de aplicação da vacina.•• Registros de doses aplicadas nos formulários específicos e se estão sendo respetadas as

periodicidades de envio de dados recomendadas.•• Distribuição do cartão de vacinação.•• Descarte de vacina e outros materiais perigosos.•• Oportunidades perdidas de vacinação.•• Informação à população-alvo da campanha.•• Atenção para o cumprimento de meta ≥95% de cobertura.•• Desenvolvimento dos Monitoramentos Rápidos de Cobertura, de acordo com a necessi-

dade local.•• Práticas de vacinação segura.

5 Avaliação 5 Avaliação

A avaliação quantitativa:A avaliação quantitativa:•• O supervisor junto às equipes deve avaliar quantitativamente o trabalho realizado, deven-

do atentar para o número de vacinados por dia, por semana e durante toda a campanha.

A avaliação qualitativa:A avaliação qualitativa:•• Preparação da equipe e materiais necessários para as atividades de vacinação.•• Técnica correta na preparação, administração e conservação da vacina.•• Qualidade nos registros de vacinação.•• Qualidade da orientação e informação à população.•• Consolidação de registro das pessoas vacinadas.•• No término da campanha, certificar-se que a população-alvo residente do município se

encontra vacinada. Para isso, é preciso analisar as coberturas administrativas e os resul-tados do monitoramento rápido de coberturas de vacinação.

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Apêndice B – Roteiro para a microprogramação da campanha de vacinação Apêndice B – Roteiro para a microprogramação da campanha de vacinação para a eliminação da rubéola no Brasilpara a eliminação da rubéola no Brasil

Unidade Federada Município

1 Justificativa1 Justificativa

A microprogramação é uma etapa fundamental da campanha e é essencial para alcançar a meta ≥95% das coberturas de vacinação em cada município. Mediante esse processo se identificam as populações institucionalizadas e em locais concentrados, definem-se as estratégias de vacinação (data, locais), calculam-se os recursos humanos, financeiros e a logística necessária para alcançar a meta de cobertura vacinal.

O plano local quantifica todos os recursos necessários e existentes (humanos, materiais e fi-nanceiros), e facilita a mobilização de recursos adicionais mediante participação social e o estabe-lecimento de alianças com diversos parceiros.

2 Procedimentos2 Procedimentos

2.1 Organização da equipe 2.1 Organização da equipe

Formulário 1. Equipe da campanhaFormulário 1. Equipe da campanha•• Lista e identifica as pessoas que estarão a cargo de cada um dos componentes da campa-

nha de vacinação.

2.2 Definição da meta populacional por microárea2.2 Definição da meta populacional por microárea

•• Para captar a população-alvo de todos os municípios é fundamental ter um censo de instituições e suas populações, locais de concentração e alto trânsito para programar a localização de estabelecimentos de vacinação.

•• O primeiro passo da microprogramação é o zoneamento que agrupa geograficamente os bairros ou localidades e define as responsabilidades de todos os estabelecimentos de saúde com relação à população, utilizando o mapa para identificar as instituções (hos-pitais, igrejas, escolas, universidades e outros) para o acompanhamento das atividades realizadas na microárea.

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Manual técnico-operacional

38 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

•• Para definir a meta populacional da campanha em cada município serão utilizados os seguintes instrumentos.

Formulário 2. População residenteFormulário 2. População residente•• Refere-se à população-alvo que residente no município e por localidade que deverão ser

vacinadas. Para isso devem empregar as projeções oficiais de população do município fornecidas pelo IBGE e nos municípios com 100% de cobertura de PSF comparar os dados do SIAB.

•• A população será desagregada por grupos de idade (20 a 29 anos e 30 a 39 anos de idade) e por sexo. Os Estados (Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e o Rio Grande do Norte) que farão a vacinação com Tríplice Viral na população de 12 a 19 anos, deverão desagregar os grupos de idade (12 a 14 anos e 15 a 19 anos de idade).

•• É importante lembrar que as mulheres grávidas durante o mês da campanha se vacina-rão imediatamente no pós-parto ou pós-aborto. Portanto, é necessário conhecer o total de grávidas estimadas no município para calcular quantas mulheres estariam nessa situ-ação durante o período de campanha, a fim de que as vacinas sejam disponibilizadas nas maternidades.

•• Para isso, divide-se o total de mulheres grávidas esperadas no ano por 12 meses e mul-tiplica por nove para estimar o total de mulheres grávidas durante o mês de campanha.

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Essa vacina deve estar disponível nos serviços de maternidade para aplicá-la à coorte de mulheres que estavam gestantes durante a campanha.

Formulário 3. População institucionalizadaFormulário 3. População institucionalizada•• Nesses formulários se estima a população institucionalizada, ou seja, a quantidade de

pessoas que se vacinarão em locais de trabalho, escolas, universidades, serviços de saúde e outros locais (presídios, conventos, quartéis etc.). Quando da visita a essas instituições para estabelecer a população, é importante identificar qual será o melhor horário e dia para a vacinação nesses estabelecimentos. Esse formulário também é de utilidade para determinar se faltaram pessoas por vacinar e se é necessário re-visitar a instituição.

Formulário 4. População em trânsitoFormulário 4. População em trânsito•• Essa população corresponde às pessoas em trânsito ou que se vacinarão em locais de alta

concentração como centros comerciais, estações de ônibus, rodoviárias, ruas, supermer-cados, shoppings centers, igrejas, assentamentos populacionais, entre outras.

2.3 Estimativa de recursos humanos2.3 Estimativa de recursos humanos

Formulário 5. Estimativa de recursos humanosFormulário 5. Estimativa de recursos humanos•• Permitirá identificar os recursos humanos disponíveis e os que são necessários adicionar

para executar a campanha (vacinadores, registradores e outros).

2.4 Consolidado de vacina e insumos2.4 Consolidado de vacina e insumos

Os insumos necessários, para execução da campanha, tais como: vacinas, seringas, caixas e bobinas térmicas, caixas de descarte, cartões de vacinação, boletins de doses aplicadas, instrumento para consolidar as doses administradas, deverão ser estimados e programados a partir da meta a ser alcançada. Quanto ao planejamento referente às necessidades dos imunobiológicos deve-se adicio-nar 20% de perda à meta da campanha.

Formulário 6. Consolidado de vacinas e insumosFormulário 6. Consolidado de vacinas e insumos•• Prevê um formato padrão.

2.5 Mobilização social2.5 Mobilização social

Formulário 7. Contribuição dos parceirosFormulário 7. Contribuição dos parceiros •• Registrar, para cada uma das instituições, organizações e outros, a contribuição esperada

e a pessoa responsável.

2.6 Divulgação2.6 Divulgação

Formulário 8. DivulgaçãoFormulário 8. Divulgação•• Fazer a programação das atividades. Utilize também um esboço para fazer a programa-

ção da comunicação local.

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2.7 Capacitação2.7 Capacitação

Formulário 9. CapacitaçãoFormulário 9. Capacitação•• Fazer a programação das oficinas de capacitação da campanha e sua avaliação final.

2.8 Supervisão2.8 Supervisão

Formulário 10. SupervisãoFormulário 10. Supervisão•• Programar os locais, dias e recursos requeridos para o desenvolvimento das atividades

de supervisão durante campanha.

2.9 Cronograma2.9 Cronograma

Formulário 11. Cronograma de atividades da campanhaFormulário 11. Cronograma de atividades da campanha•• Incluir todos os componentes e adicionar um cronograma das atividades de vacinação

segundo as estratégias utilizadas.

2.10 Orçamento2.10 Orçamento

Formulário 12. Orçamento segundo atividade e fonte planejadaFormulário 12. Orçamento segundo atividade e fonte planejada•• Integrar o orçamento da campanha para cada atividade e compo nente.

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Manual técnico-operacional

52 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 53

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

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Manual técnico-operacional

54 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Apêndice C – ProtocoloApêndice C – Protocolo

Acompanhamento das gestantes vacinadas inadvertidamente (GVI) com a vacina dupla viral (sarampo e rubéola) ou tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola).

1 Justificativa1 Justificativa

No início da década de 1960, a infecção de mulheres grávidas com o vírus da rubéola e a con-seqüente ocorrência de abortamento ou da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) impulsionou a realização de pesquisas para desenvolver a vacina contra a doença.

A vacina contra a rubéola RA 27/3 é muito segura e efetiva. Vários países como Estados Uni-dos, Alemanha e Reino Unido com mais de 30 anos de experiência em vacinação contra rubéola, vacinando inclusive mulheres em idade fértil durante as campanhas de vacinação, não registraram nenhum caso de SRC pelo vírus vacinal.

Entre os anos de 2001 e 2002, durante realização da campanha de vacinação contra a rubéola para as mulheres em idade fértil (MIF), foram vacinadas inadvertidamente, 20.395 gestantes com a vacina dupla viral (cepa RA 27/3), dessas 2.330 (11,4%) apresentaram anticorpos IgM reagente para a rubéola, consideradas, naquele momento, como gestantes suscetíveis à rubéola e portanto deveriam ser acompanhadas.

Dessas gestantes consideradas suscetíveis no momento da vacinação, 1.797 (77,1%) dos seus conceptos foram avaliados sorologicamente e 63 (3,5%) apresentaram IgM reagente para rubéola. Essas crianças foram monitoradas durante o primeiro ano de vida e os resultados apresentados até o momento não diferem da literatura, demonstrando que não houve ocorrência de SRC pelo vírus vacinal, reforçando a segurança da vacina. Entretanto, mesmo confirmando esta segurança, esses estudos mantiveram a recomendação de acompanhar toda mulher vacinada contra a rubéola du-rante a gestação.

Apesar da estratégia de vacinar em massa as mulheres em idade fértil, implantação das duas doses na rotina da vacinação infantil, da utilização da vacina em bloqueios durante a ocorrência de casos e surtos de rubéola e doses adicionais nas campanhas de seguimento para menores de cinco anos, ocorridas no país em 2000 e 2004, o Brasil seguiu apresentando surtos da doença. Assim o país decidiu realizar uma campanha de vacinação contra a rubéola de forma indiscriminada para homens e mulheres de 20 a 39 anos de idade; para os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ma-ranhão, Rio Grande do sul, Rio Grande do Norte e Mato Grosso essa faixa etária se estende para 12 a 39 anos de idade.

Como a estratégia utilizada de vacinação é indiscriminada, essa ação expõe as gestantes uma vez mais à possibilidade de serem vacinadas inadvertidamente. Para tanto, é de fundamental im-portância avaliar o perfil sorológico para a rubéola das gestantes vacinadas inadvertidamente, reali-zar o acompanhamento daquelas consideradas susceptíveis e o seu recém-nascido (RN). Esse segui-mento irá resguardar a responsabilidade ética do Ministério da Saúde para com a população, além de evitar que eventos coincidentes que ocorram durante a gestação sejam atribuídos à vacinação.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 55

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

2 Objetivo2 Objetivo

•• Acompanhar as gestantes vacinadas inadvertidamente (GVI) contra rubéola.•• Investigar o perfil sorológico para rubéola em GVI.•• Monitorar, avaliar e classificar o recém-nascido das GVI consideradas suscetíveis

segundo a definição de infecção congênita por rubéola (IRC) e Síndrome de Rubéola Congênita (SRC).

3 Metodologia3 Metodologia

3.1 Fonte de dados3.1 Fonte de dados

•• Fichas e planilhas de notificação de gestantes vacinadas.

3.2 Critério de inclusão no protocolo3.2 Critério de inclusão no protocolo

•• Gestante vacinada inadvertidamente com a vacina dupla ou tríplice viral até 12 semanas (ou 3 meses) de gestação.

•• Mulher em idade fértil que recebeu a vacina dupla ou tríplice viral e engravidou até 30 dias após a data do recebimento da vacina.

•• Recém-nascido (RN) de gestante vacinada inadvertidamente suscetível para rubéola (IgM reagente para rubéola).

3.3 Conduta diante da notificação de GVI3.3 Conduta diante da notificação de GVI

•• Preencher a ficha de notificação da GVI pelo profissional de saúde do local de atendi-mento (Ficha Única).

•• Coletar imediatamente uma amostra de sangue da GVI para pesquisa de anticorpos IgM e IgG específicos para rubéola. Para detalhes, consultar os procedimentos indicados para a coleta de sangue para sorologia de rubéola e sarampo no manual de vigilância de exan-temáticas.

•• Encaminhar a amostra de sangue ao Lacen para pesquisa de anticorpos específicos (IgM e IgG) para rubéola, com cópia de ficha de encaminhamento. A pesquisa de anticorpos será realizada pelo método ELISA;

•• Enviar a ficha de notificação para a vigilância epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, a fim de iniciar o acompanhamento e avaliação da gestante.

•• Acompanhar a GVI suscetível no pré-natal de rotina. Não há indicação para o acompa-nhamento no pré-natal de alto risco.

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Manual técnico-operacional

56 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

3.4 Procedimento para coleta, armazenamento, envio e resultados laboratoriais dos 3.4 Procedimento para coleta, armazenamento, envio e resultados laboratoriais dos espécimes coletadasespécimes coletadas

•• Coletar, armazenar e enviar amostra de sangue ao laboratório seguindo o mesmo fluxo estabelecido para os casos suspeitos de sarampo e rubéola, anexando a ficha de notifica-ção de GVI.

•• Enviar os resultados laboratoriais para as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, a fim de que possam monitorar e encerrar os casos notificados de GVI.

•• Coletar secreção nasofaríngea nos casos em que a gestante apresente clínica compatível da rubéola após a vacinação, independentemente do intervalo da data da vacina, coleta e data do início do exantema.

•• ATENÇÃO: nas cidades onde ocorrerem surtos de rubéola durante a campanha, coletar materiais clínicos para detecção viral de casos confirmados.

3.5 Avaliação Imunológica da GVI para decidir pelo acompanhamento 3.5 Avaliação Imunológica da GVI para decidir pelo acompanhamento

Figura 1Figura 1•• IgM (+) (independentemente do IgG) A gestante será acompanhada e a coleta de

sangue do RN é obrigatória ao nascimento, preferencialmente na maternidade. Gestante suscetível.

•• IgM (-) considerar a IgG:–– Se IgG (-) Caso a coleta ocorra até 45 dias após a data do recebimento da vacina,

realizar a segunda amostra de sangue. O intervalo entre a primeira e segunda coleta da amostra de sangue deverá ser de 20 até 30 dias.

–– Se IgG (+) A gestante não será acompanhada. Gestante Imune.

Resultados da segunda coleta:Resultados da segunda coleta:•• Se IgM (+) e IgG (+) A gestante será acompanhada e a coleta de sangue do RN é

obrigatória ao nascimento, preferencialmente na maternidade. Gestante suscetível.•• Se IgM (-) e IgG (-) No houve soroconversão. A gestante não será acompanhada,

porém deverá receber a vacina dupla ou tríplice viral imediatamente após o parto ou aborto.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 57

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Figura 1. Algoritmo para Seguimento das Gestantes Vacinadas Inadvertidamente contra Rubéola

Gestantes Vacinadas(até 1º trimestre / 12 semanas de gestação)

Orientar ecolher sorologia

IgM-

- Sem seguimento- Encaminhar p/ vacinação pós parto

Coletar 2ª amostra

IgG-

> 45 dias

IgM+

- Semseguimento

IgM+ eIgG+

Seguimento e notificação

IgM- eIgG-

45 dias

IgG+

3.6 Conduta diante da notificação do RN (Figura 2):3.6 Conduta diante da notificação do RN (Figura 2):

•• Preencher a ficha de notificação do RN pelo profissional de saúde do local da assistência ao parto (Ficha Única).

•• Coletar, preferível ao nascer até 30 dias após, uma amostra de sangue do RN para pes-quisa de anticorpos IgM e IgG específicos para rubéola. Para detalhes, consultar os pro-cedimentos indicados para a coleta de sangue para sorologia de rubéola e sarampo no manual de vigilância das doenças exantemáticas.

•• Encaminhar a amostra ao Lacen para pesquisa de anticorpos específicos IgM e IgG, com a ficha de notificação. A pesquisa de anticorpos será realizada pelo método de Ensaio Imunoenzimático – ELISA.

•• Enviar a ficha de notificação do RN para a vigilância epidemiológica da Secretaria Esta-dual da Saúde, a fim de iniciar o acompanhamento e avaliação do RN.

•• Fazer avaliação clínica do RN e manter o acompanhamento em consultas de puericultu-ra até que os resultados de exames sorológicos sejam divulgados e analisados.

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Manual técnico-operacional

58 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Figura 2. Seguimento do RN das Gestantes Suscetíveis Pós-Vacinação contra Rubéola

RECÉM NASCIDO DE GVISUSCETIVEL

Avaliação clínica do RN eColeta de soro

(preferível ao nascer até 30 dias de vida)

IgM- IgM+

Coletar secreção nasofaringea para

identificaçao viral

•Fazer seguimento comavaliações clínicas elaboratoriais com 6 e 12 mesesde idade;

•Classificar de acordo com asdefinições o caso

Encerrar caso

3.7 Avaliação imunológica e conduta com o RN de GVI suscetível3.7 Avaliação imunológica e conduta com o RN de GVI suscetível

•• IgM+ Indica que o vírus da rubéola (vacinal ou selvagem) infectou o RN em sua fase fetal (infecção pelo vírus da rubéola). Isso não implica, necessariamente, a apresentação de malformações, com evolução para a SRC. Para seguir e concluir o caso, será necessá-rio: – – coletar secreção de nasofaringe com o objetivo de identificar o vírus e diferenciar o

vírus selvagem do vacinal;– – agendar consulta em serviços de referência com diversos especialistas (cardiologis-

ta, neuropediatra, oftalmologista, nutricionista, fonoaudióloga) para avaliação;– – coletar uma 2ª amostra de sangue aos seis meses de vida para monitorar e compa-

rar os resultados sorológicos e concluir o diagnóstico;– – após a avaliação dos especialistas e dos resultados dos exames sorológicos e afasta-

do o diagnóstico de malformações congênitas e/ou SRC, a criança será seguida na rotina de puericultura para crianças sadias;

– – se forem detectadas malformações congênitas não associadas ao vírus selvagem ou vacinal, a investigação diagnóstica prosseguirá para definir o diagnóstico etiológi-co (citomegalovírus, toxoplasmose, sífilis, herpes, fatores genéticos e outros), a fim de que a criança possa ser classificada de acordo outras definições e ser referencia-da para acompanhamento por especialistas.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 59

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

•• IgM (–) verificar a IgG:– – Se IgG (-) Nessa situação, descarta-se a infecção congênita por rubéola e a

criança será seguida na rotina de puericultura para crianças sadias.– – Se IgG (+) Coletar a segunda amostra após os seis meses de vida. Se houver

manutenção dos títulos de IgG, o caso será classificado como infecção congênita por rubéola e a mesma rotina indicada para os casos IgM+ será seguida. Se ocorrer queda acentuada no título de IgG a infecção congênita será descartada.

3.8 Classificação final de caso 3.8 Classificação final de caso

•• RN ou menor de um ano de GVI suscetível ao vacinar com soroconversão:1. 1. Caso descartado de infecção congênita pelo vírus vacinal da rubéola: Recém-

nascido ou criança menor de um ano de idade sem infecção congênita pelo vírus vacinal da rubéola. O RN não apresentou IgM reagente e os resultados dos anti-corpos IgG não foram reagentes ou apresentaram queda acentuada no título de IgG após os seis meses de idade e sem manifestações clínicas da SRC.

2. 2. Infecção congênita associada ao vírus vacinal da rubéola: RN ou criança apre-senta IgM reagente para rubéola ou IgG reagente e persistente para rubéola depois de seis meses de vida, com ou sem identificação viral e sem manifestações clínicas da SRC.

3. 3. Caso confirmado de SRC associado ao vírus vacinal da rubéola: RN ou criança menor de um ano que apresenta manifestações clínicas compatíveis de SRC com resultados laboratoriais de anticorpos IgM reagente para rubéola ou IgG reagente e persistente para rubéola depois de seis meses de vida e identificação do vírus vacinal.

4.4. Caso confirmado de SRC associada ao vírus selvagem da rubéola: RN ou criança menor de um ano apresenta manifestações clínicas de SRC e resultados laborato-riais com anticorpos IgM reagente para rubéola ou IgG reagente e persistente para rubéola depois de seis meses de vida e com a identificação do vírus selvagem.

Definição de caso da SRC Definição de caso da SRC Toda criança menor de um ano que apresentar catarata congênita unilateral ou bilateral e/ou

glaucoma congênito e/ou déficit auditivo e/ou malformação cardíaca (persistência do canal arterial, estenose aórtica, estenose da artéria pulmonar e cardiopatia não especificada) associadas ao vírus da rubéola.

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Manual técnico-operacional

60 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 61

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Mininistério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Vigilância Epidemiológica Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações

Ficha de notificação e acompanhamento da gestante vacinada inadvertidamente contra rubéola e do recém- nascido ou da criança nascida de gestante vacinada inadvertidamente - GVI

1. Município de ocorrência 2. Código (IBGE) 3. Data da notificação ___/_____/____

DA

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SG

ER

AIS

4. Unidade de Saúde de ocorrência 5. Código (CNES)

6. Nome da Gestante 7. Número do Cartão do SUS

DA

DO

SPE

SSO

AIS

DA

G

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AN

TE

8. Data de Nascimento

____/_____/_____

9. Idade em anos 10. Raça/cor

1-Branca 2-Preta 3-Amarela 4-Parda5-Indígena 9-Ignorada

11. Escolaridade (em anos de estudo)

1- Nenhum 2- De 1 a 3 3- De 4 a 7 4- De 8 a 11 5- De 12 e mais 6-Não se aplica 9-Ignorado

12. Logradouro (rua, avenida...) 13. Nº 14. Complemento (apartamento, casa...)

15. Bairro 16. Ponto de Referência 17. CEP

19. Município de Residência 20. Código (IBGE) 21. Código UF

DA

DO

S D

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ESI

NC

IA

22. Telefone 23. País (se reside fora do Brasil)

24. Foi vacinada contra rubéola na campanha de 2008?

1-Sim 2-Não 3- Desconhece

25. Data da última dose da vacina ____/_____/_____

26. Data da ultima menstruação ____/_____/____

27. Data provável do parto ____/_____/_____

28. Data da coleta do sangue (S1)

_____/______/______

29. Resultado dos exames (S1)1- Reagente 2- Não reagente 3- Inconclusivo 4- Não realizado

IgM IgG

30. Data da coleta do sangue (S2)

_____/______/______

31. Resultado dos exames (S2)1- Reagente 2- Não reagente 3- Inconclusivo 4- Não realizado

IgM IgG

DA

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32 – Classificação1- Imune/encerrado 2 - Suscetível – acompanhar 9 – Ignorado.

33- Observações

34. Nome Do Recém-Nascido NR otnemicsan ed ataD .53

_____/_____/_____

34. Idade (dias/mês)

36. Nascimento 1- Pré-termo 2- A termo 3- Pós-termo

37. Peso ao nascer

38. Data da coleta do sangue (S1)

_____/______/______

39. Resultado dos exames (S1)1- Reagente 2- Não reagente 3- Inconclusivo 4- Não realizado

IgM IgG

40. Data da coleta do sangue (S2)

_____/______/______

41. Resultado dos exames (S2)1- Reagente 2- Não reagente 3- Inconclusivo 4- Não realizado

IgM IgG

42. Amostra para identificação viral:

1-Sim 2-Não

43. Data da coleta para identificação viral.

______/_____/____

44. Descarte por outro agente etiológico ou diagnóstico:

1-Citomegalovírus 2- Sífilis 3- Herpes Vírus 4-Toxoplasmose 5-Genético 6- Outro: ____________________

45. Sinais e sintomas detectados no RN: 1-Sim 2-Não 3- Não avaliado 9-Ignorado

Catarata (uni ou bilateral) Glaucoma Retinopatia Estenose aórtica ou pulmonar Microcefalia Outra Cardiopatia

Alterações ósseas Meningocefalite Hepatomegalia

Déficit auditivo Esplenomegalia Retardo mental

Icterícia Persistência do Conduto Arterial

46. Avaliação otorrinolaringológica:

Data: ___/___/___

Alteração:

1- Sim 2- Não3- Inconclusivo4- Não realizado

47. Potencial Evocado

Data: ___/___/___

Alteração:

1- Sim2- Não3- Inconclusivo4- Não realizado

AC

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SCID

O

48. Classificação final:1- Descartado 2 - Infecção congênita associada ao vírus vacinal 3 - SRC associado ao vírus vacinal 4 - SRC associado ao vírus selvagem 9- Ignorado

Nome do responsável pela investigação Data ___/_____/_______

Assinatura

Observações

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Manual técnico-operacional

62 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Apêndice D – Orientações para registro de doses aplicadas na campanha de Apêndice D – Orientações para registro de doses aplicadas na campanha de vacinação contra rubéolavacinação contra rubéola

Campanha de vacinação contra rubéolaCampanha de vacinação contra rubéola

Campanha Nacional de Vacinação Contra RubéolaCampanha Nacional de Vacinação Contra Rubéola

A informação oportuna e de qualidade permitirá tomar medidas corretivas durante e depois da campanha para verificar a consecução da meta de cobertura.

Os dados serão coletados por sala de vacina em boletins padronizados para os 5.564 municí-pios, com informações diferenciadas por sexo, faixa etária e população indígena. Serão disponibili-zados três modelos de boletim de registro de doses aplicadas e dois modelos de registro consolidado dessas informações:

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 63

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Boletim diário 1: Será utilizado em todas as salas de vacinas do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão e Rio Grande do Norte, com informações por sexo e por tipo de vacina. Para a vacina tríplice viral nas faixas etárias de 12 a 14 e 15 a 19 anos e para a vacina dupla viral nas idades de 20 a 29 e 30 a 39 anos.

FAIXAETÁRIA

TotalMULHERES

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:SU.DÓCEDÚASEDEDADINU MÊS: ANO: RESPONSÁVEL

CAMPANHA CONTRA RUBÉOLA - BOLETIM DE DOSES APLICADAS

MINISTÉRIO DA SAÚDESECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEDEVEP/CGPNI

API VERSÃO 9.8

12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS 20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA : CÓD. UF:

TRÍPLICE VIRAL DUPLA VIRAL

321 4 5 6

151413 16 17 18 212019 22 23 24

272625 28 29 30

393837 40 41 42

515049 52 53 54 575655 58 59 60

636261 64 65 66 696867 70 71 72

757473 76 77 78

878685 88 89 90

939291 94 95 96 999897 100101102

105104103 106107108 111110109 112 113 114

123122121 124125126

129128127 130131132 135134133 136137138

141140139 142143144 147146145 148149150

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165164163 166167168 171170169 172173174

177176175 178179180

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454443 46 47 48

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195194193 196197198

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210199200201202203 204 205206207208209

321 4 5 6

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DOSES APLICADAS87 9 10 11 12

333231 34 35 36

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DOSES APLICADAS87 9 10 11 12

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DOSES APLICADAS87 9 10 11 12

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159158157 160161162

210199200201202203 204 205206207208209

FAIXAETÁRIA

TotalHOMENS

SNE

MO

H

12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS 20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

TRÍPLICE VIRAL DUPLA VIRAL

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177176175 178179180

DOSES APLICADAS87 9 10 11 12

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189188187 190191192

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DOSES APLICADAS87 9 10 11 12

333231 34 35 36

454443 46 47 48

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159158157 160161162

210199200201202203 204 205206207208209

321 4 5 6

151413 16 17 18 212019 22 23 24

272625 28 29 30

393837 40 41 42

515049 52 53 54 575655 58 59 60

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177176175 178179180

DOSES APLICADAS87 9 10 11 12

333231 34 35 36

454443 46 47 48

818079 82 83 84

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195194193 196197198

117116115 118 119120

189188187 190191192

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159158157 160161162

210199200201202203 204 205206207208209

321 4 5 6

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393837 40 41 42

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DOSES APLICADAS87 9 10 11 12

333231 34 35 36

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Page 66: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Manual técnico-operacional

64 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Boletim diário 2: Será utilizado nas salas de vacinação de 22 unidades federadas (RO, AC, AM, RR, PA, AP, TO, PI, CE, PB, PE, AL, SE, BA, ES, SP, PR, SC, RS, MS, GO e DF), contendo in-formações somente sobre a vacinação com dupla viral nas faixas etárias de 20 a 29 anos e 30 a 39 anos de idade.

:SU.DÓCEDÚASEDEDADINU MÊS: ANO: RESPONSÁVEL

CAMPANHA CONTRA RUBÉOLA - BOLETIM DE DOSES APLICADAS

MINISTÉRIO DA SAÚDESECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEDEVEP/CGPNI

API VERSÃO 9.8

SONA93A03SONA92A02

MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA : CÓD. UF:

DUPLA VIRAL - MULHERES

DOSES APLICADASFAIXAETÁRIA

TotalMULHERES

DOSES APLICADAS

321 4 5 6

434241 44 45 46

636261 64 65 66

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123122121 124125126

143142141 144145146

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209208207 210211 212

223222221 224 225226 229228227 230231 232

243242241 244 245 246 249248247 250251 252

263262261 264 265 266

283282281 284285 286 289288287 290 291 292

303302301 304305306

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149148147 150151152

329328327 330331332

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323322321 324325326

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757473 76 77 78

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220219

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2019

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320319

280279

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83

101

321 4 5 6

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183182181 184185186 189188187 190191192

209208207 210211 212

223222221 224 225226 229228227 230231 232

243242241 244 245 246 249248247 250251 252

263262261 264 265 266

283282281 284285 286 289288287 290 291 292

303302301 304305306

87 9 10 11 12

494847 50 51 52

696867 70 71 72

129128127 130131132

149148147 150151152

329328327 330331332

203202201 204 205 206

323322321 324325326

309308307 310311 312

269268267 270 271 272

352341 342 343 344 345 346 347348 349 350351

151413 16 17 18

555453 56 57 58

757473 76 77 78

959493 96 97 98 10099

115114113 116 117 118 120119

135134133 136137138

155154153 156157158

175174173 176177178 180179

195194193 196197198 200199

220219

235234233 236 237 238 240239

255254253 256 257 258 260259

275274273 276 277 278

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315314313 316 317 318

2019

6059

8079

140139

160159

340339

215214213 216 217 218

335334333 336 337 338

320319

280279

353354355 356357 358 359 360

232221 24 25 26 2827 29 30 31 32 353433 36 37 38 4039

83

101

TotalMULHERES

FAIXAETÁRIA

SONA93A03SONA92A02

DUPLA VIRAL - HOMENS

DOSES APLICADASFAIXAETÁRIA

TotalHOMENS

DOSES APLICADAS321 4 5 6

434241 44 45 46

636261 64 65 66

8281 84 85 86 898887 90 91 92

103102 104105106 109108107 110 111 112

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TotalHOMENS

FAIXAETÁRIA

Page 67: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 65

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Boletim diário 3: Será utilizado durante a campanha na vacinação em todas as áreas indíge-nas, utilizando somente a vacina tríplice viral e registrando por sexo e faixa etária (12 a 14, 15 a 19, 20 a 29 e 30 a 39 anos de idade).

FAIXAETÁRIA

TotalMULHERES

SERE

HLU

M

:SU.DÓCEDÚASEDEDADINU MÊS: ANO: RESPONSÁVEL

CAMPANHA CONTRA RUBÉOLA - BOLETIM DE DOSES APLICADAS

MINISTÉRIO DA SAÚDESECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEDEVEP/CGPNI

API VERSÃO 9.8

12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS 20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

MUNICÍPIO DE RESIDÊNCIA : CÓD. UF:

TRÍPLICE VIRAL DUPLA VIRAL

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DOSES APLICADAS87 9 10 11 12

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FAIXAETÁRIA

TotalHOMENS

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TRÍPLICE VIRAL DUPLA VIRAL

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129128127 130131132 135134133 136137138

141140139 142143144 147146145 148149150

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DOSES APLICADAS87 9 10 11 12

333231 34 35 36

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210199200201202203 204 205206207208209

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Manual técnico-operacional

66 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Boletim de consolidação 1: para consolidação de doses aplicadas por sala de vacina (no caso de acompanhamento municipal), ou por município (no caso de acompanhamento regional) que facilitará o repasse dos dados no site ou no API.

MINISTÉRIO DA SAÚDESECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEDEVEP/CGPNI

BOLETIM DE CONSOLIDAÇÃO DE DOSES APLICADASCAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA RUBÉOLA

API VERSÃO 9.8

CÓDIGO DA UF:

MUNICÍPIO ou SALA DE VACINA:

12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS

TRÍPLICE VIRAL20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

CÓDIGO DO MUNICÍPIO :12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS

TRÍPLICE VIRAL20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

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MUNICÍPIO ou SALA DE VACINA :

12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS

TRÍPLICE VIRAL20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

CÓDIGO DO MUNICÍPIO :12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS

TRÍPLICE VIRAL20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

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TOTAL

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DOSES

MUNICÍPIO ou SALA DE VACINA :

12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS

TRÍPLICE VIRAL20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

CÓDIGO DO MUNICÍPIO :12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS

TRÍPLICE VIRAL20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

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TOTAL

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DOSES

MUNICÍPIO ou SALA DE VACINA :

12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS

TRÍPLICE VIRAL20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

CÓDIGO DO MUNICÍPIO :12 A 14 ANOS 15 A 19 ANOS

TRÍPLICE VIRAL20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

SE

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DOSES

TOTAL

TOTAL

DOSES

Page 69: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 67

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Boletim de consolidação 2: para consolidação de doses aplicadas por aldeia, pólo base ou Distrito Sanitário que facilitará o repasse dos dados no site ou no API.

MINISTÉRIO DA SAÚDESECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEDEVEP/CGPNI

API VERSÃO 9.8

CÓDIGO DA UF:

MUNICÍPIO :

20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

CÓDIGO DO MUNICÍPIO :

DUPLA VIRAL

SE

RE

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MS

NE

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DOSES

TOTAL

TOTAL

DOSES

20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

BOLETIM DE CONSOLIDAÇÃO DE DOSES APLICADASCAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA RUBÉOLA

MUNICÍPIO :

20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

CÓDIGO DO MUNICÍPIO :

DUPLA VIRAL

SE

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HLU

MS

NE

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DOSES

TOTAL

TOTAL

DOSES

20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

MUNICÍPIO :

20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

CÓDIGO DO MUNICÍPIO :

DUPLA VIRAL

SE

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DOSES

TOTAL

TOTAL

DOSES

20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

MUNICÍPIO :

20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

DUPLA VIRAL

CÓDIGO DO MUNICÍPIO :

DUPLA VIRAL

SE

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MS

NE

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DOSES

TOTAL

TOTAL

DOSES

20 A 29 ANOS 30 A 39 ANOS

Um sistema on-line para registro das doses aplicadas será disponibilizado aos 5.564 muni-cípios no site http://pni.datasus.gov.br, para inclusão contínua dos dados de campanha depois de

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Manual técnico-operacional

68 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

validados pela equipe local. Os resultados preliminares e finais da campanha serão apresentados via acesso ao site.

Todos os responsáveis pela informação em cada município terão acesso ao sistema por meio de senha criptografada pelo Datasus, que permitirá a digitação pelo código do IBGE de cada local acessível pela tabela do sistema.

REGISTRO NO REGISTRO NO SITESITE: SISTEMA : SISTEMA ON-LINEON-LINE DE REGISTRO PARA A CAMPANHA DE DE REGISTRO PARA A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA RUBÉOLA.VACINAÇÃO CONTRA RUBÉOLA.

SEXO TRÍPLICE VIRAL DUPLA VIRAL

MULHERES12 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39

HOMENS12 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39

Somente preencherão os campos de 12 a 19 anos (MESMO PARA INFORMAÇÃO DE áREA INDÍGENA) os Estados de MA, MG, MT, RJ e RN. As demais UF informarão 0 (zero) para este grupo etário, preenchendo informações somente de 20 a 39 anos.

Exemplos:a) Informações das demais 22 unidades federadas (utilização da vacina dupla viral de 20 a 39 anos)

SexoTríplice Viral Dupla Viral

12 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 20 a 29 30 a 39

Mulheres 0 0 0 0 XYZ XYZ

Homens 0 0 0 0 XYZ XYZ

b) Informações dos Estados de MA, MG, MT, RJ e RN (utilização da vacina tríplice viral de 12 a 19 anos e dupla viral de 20 a 39 anos)

SexoTríplice Viral Dupla Viral

12 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 20 a 29 30 a 39

Mulheres XYZ XYZ 0 0 XYZ XYZ

Homens XYZ XYZ 0 0 XYZ XYZ

c) Informações em áreas Indígenas dos Estados NAS DEMAIS UF (utilização somente da vacina tríplice viral em todas as idades)

SexoTríplice Viral Dupla Viral

12 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 20 a 29 30 a 39

Mulheres 0 0 XYZ XYZ 0 0

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Page 71: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 69

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

d) Informações em áreas Indígenas dos Estados de MA, MG, MT, RJ e RN (utilização somente da vacina tríplice viral em todas as idades)

SexoTríplice Viral Dupla Viral

12 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 20 a 29 30 a 39

Mulheres XYZ XYZ XYZ XYZ 0 0

Homens XYZ XYZ XYZ XYZ 0 0

Encerrando a campanha de vacinação contra rubéola, os dados de doses aplicadas deverão ser digitados por sala de vacina e por município no sistema API informatizado versão 9.8, cumprindo o fluxo estabelecido de envio por meio do município, regional, UF e país, garantindo a informação descentralizada em todos os níveis de prestação de serviço.

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Manual técnico-operacional

70 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

IMPORTANTE:IMPORTANTE:

Na área indígena, a vacinação de campanha iniciou desde janeiro de 2008. Será utilizada so-mente a vacina tríplice viral (rubéola, sarampo e caxumba) em toda a população. Todas as doses aplicadas a partir de JANEIRO serão consideradas doses de campanha e deverão ser registradas no API no campo campanha, de acordo com a idade e sexo. O campo campanha está aberto para registro e leitura em qualquer mês.

Na área indígena, por apresentarem censo vacinal por nome e tipos de vacinas, há a possibili-dade de identificar todas as pessoas vacinadas e com esquema completo.

Para a campanha contra rubéola em área indígena, será considerado esquema completo, a pessoa que tiver duas doses da vacina tríplice viral até o ano de 2008. A população alvo para a cam-panha de vacinação contra rubéola utilizando a vacina tríplice viral será formada pelas pessoas que receberam somente uma dose dessa vacina ou aqueles que nunca antes haviam sido vacinados com tríplice viral.

A D1 aplicada ou a D2 por pessoa vacinada, será registrada como dose de campanha no bo-letim específico para a área indígena e digitada no site e no API na sala de vacina indígena. Não serão registradas mais de uma dose por pessoa no campo campanha mesmo que tenha recebido duas doses em 2008.

Considerando que as pessoas já vacinadas com duas doses da vacina tríplice viral não farão parte da população-alvo da campanha, será necessário que seja repassado ao município sede da aldeia indígena ou pólo base, o número de doses consideradas válidas para a campanha, referente ao grupo já vacinado. Caso contrário a meta de 100% de cobertura não será alcançada.

Durante o período de apuração da campanha de vacinação contra rubéola, utilizaremos os parâmetros de avanço na cobertura vacinal, para acompanhamento dos resultados.

Semanas

Parâmetros para avanço semanal na cobertura vacinal

Bom (igual ou maior que) Regular (entre) Deficiente

(menor que)

1 30% 25 e 29.99% 25%

2 50% 45 e 49.99% 45%

3 70% 65 e 69.99% 65%

4 85% 80 e 84.99% 80%

5a semana e até o final 95% 90 e 94.99% 90%

OBS: Este documento é parte da “Cartilha de Orientações Técnicas do PNI” (versão - 3/3/2006). Revisado em 2/5/2008.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 71

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

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PROGRAMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

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Manual técnico-operacional

72 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

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CAPACITAÇÃO E SUPERVISÃO

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 73

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Co

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a aq

uisi

ção

de c

aixa

s té

rmic

as e

ter

môm

etro

s pa

ra

as e

quip

es v

olan

tes

foi p

rovi

denc

iada

?

7.

Exis

te u

m q

uadr

o pa

ra d

istr

ibui

ção

de v

acin

as, i

nsum

os e

mat

eria

is?

8.

Exis

te c

rono

gram

a de

dis

trib

uiçã

o de

vac

inas

, ins

umos

e m

ater

iais

?

9.

O c

rono

gram

a de

dis

trib

uiçã

o de

vac

inas

, ins

umos

e m

ater

iais

est

á se

ndo

cum

prid

o?

10.

Foi e

labo

rado

um

pla

no e

mer

genc

ial e

m c

aso

de f

alha

s el

étri

cas,

m

ecân

icas

ou

outr

as q

ue p

ossa

m o

corr

er n

a ce

ntra

l est

adua

l de

arm

azen

amen

to e

dis

trib

uiçã

o?

Pon

tuaç

ão id

eal P

I: (2

0)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA: (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

Page 76: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Manual técnico-operacional

74 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Co

mp

on

ente

Item

Pon

tos

Co

men

tári

os/

Ob

serv

açõ

es/P

rob

lem

as

PARTICIPAÇÃO E COMUNICAÇÃO SOCIAL1.

Ex

iste

um

pla

no d

e co

mun

icaç

ão e

par

tici

paçã

o so

cial

?

2.

Exis

te u

m c

enso

dos

par

ceir

os e

nvol

vido

s na

cam

panh

a?

3.

Fora

m r

ealiz

adas

ati

vida

des

de s

ensi

biliz

ação

sob

re a

cam

panh

a pa

ra

gest

ores

de

recu

rsos

(fin

ance

iros

, hum

anos

, tra

nspo

rte,

mat

eria

is e

ou

tros

)?

4.

A c

oord

enaç

ão e

stad

ual t

em r

elaç

ão c

om o

s co

ntat

os d

os

com

unic

ador

es d

a m

ídia

fal

ada,

tel

evis

ada,

rád

io?

5.

Oco

rreu

ou

está

pro

gram

ada

uma

reun

ião

com

a c

omun

icaç

ão

soci

al?

6.

Foi i

nser

ido

o as

sess

or d

a se

cret

aria

de

saúd

e pa

ra a

ela

bora

ção

do

plan

o es

tadu

al d

e co

mun

icaç

ão s

ocia

l?

6.

Exis

te u

m p

lano

de

míd

ia p

ara

divu

lgaç

ão d

a ca

mpa

nha

no e

stad

o fi

nanc

iado

pel

o go

vern

o es

tadu

al?

7.

No

plan

o e

stad

ual d

a ca

mpa

nha

está

pre

vist

o o

lanç

amen

to d

a ca

mpa

nha

no e

stad

o e

nos

mun

icíp

ios?

8.

Tem

pro

gram

ação

pre

vist

a pa

ra o

dia

“ce

ntra

l” d

a ca

mpa

nha?

9.

Estã

o pr

evis

tos

algu

mas

ati

vida

des

de d

ivul

gaçã

o pa

ra a

últ

ima

sem

ana

da c

ampa

nha?

10.

Foi e

labo

rado

e r

epro

duzi

do p

elo

esta

do o

u m

unic

ípio

s al

gum

m

ater

ial d

e di

vulg

ação

par

a ca

mpa

nha,

com

o: c

arti

lhas

edu

cati

vas

dire

cion

adas

par

a po

pula

ção,

car

taze

s, f

olhe

tos,

fol

dere

s e

out

ros?

11.

No

plan

o de

açã

o da

cam

panh

a co

nsta

um

cro

nogr

ama

de

entr

evis

tas,

edi

tori

ais,

col

unas

com

for

mad

ores

de

opin

ião

em

saúd

e?

12.

A c

oord

enaç

ão e

stad

ual t

em u

m p

rofis

sion

al r

espo

nsáv

el p

ela

prog

ram

ação

e m

onit

oram

ento

de

míd

ia p

ara

cam

panh

a?

13.

O m

ater

ial d

e co

mun

icaç

ão f

oi d

ispo

nibi

lizad

o e

dist

ribu

ído

para

to

dos

os m

unic

ípio

s em

tem

po h

ábil?

14.

O m

ater

ial d

e co

mun

icaç

ão f

oi d

ispo

nibi

lizad

o e

dist

ribu

ído

para

to

das

as u

nida

des

de s

aúde

em

tem

po h

ábil?

15.

O C

omit

ê Té

cnic

o A

sses

sor

tem

con

trib

uído

par

a a

orga

niza

ção

da

cam

panh

a?

Pon

tuaç

ão id

eal P

I: (3

0)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA: (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

Page 77: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 75

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Co

mp

on

ente

Item

Pon

tos

Co

men

tári

os/

Ob

serv

açõ

es/P

rob

lem

as

EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO

1.

Na

coor

dena

ção

esta

dual

exi

ste

uma

equ

ipe

técn

ica

para

seg

men

to

e m

onit

oram

ento

dos

EA

PV ?

2.

Exis

te n

a C

oord

enaç

ão E

stad

ual d

o Pr

ogra

ma

de Im

uniz

açõe

s té

cnic

o re

spon

sáve

l pel

a an

ális

e e

sist

emat

izaç

ão e

info

rmaç

ão d

os c

asos

no

tifi

cado

s de

EA

PV?

3.

Este

téc

nico

foi

cap

acit

ado

na m

etod

olog

ia a

plic

ada

con

form

e o

prot

ocol

o de

Vig

ilânc

ia d

e EA

PV p

ela

CG

PNI p

ara

a ca

mpa

nha?

Se s

im: Q

ual t

ipo

de c

apac

itaç

ão r

eceb

eu?

4.

Este

téc

nico

foi

cap

acit

ado

e co

nhec

e o

prot

ocol

o de

ate

nção

e

acom

panh

amen

to d

as G

VI?

Pon

tuaç

ão id

eal P

I: (8

)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA: (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

Pon

tuaç

ão id

eal t

ota

l PI:

(98)

Pon

tuaç

ão a

lcan

çad

a PA

: (

)Su

bto

tal

PA /

PI *

100

Pon

tuaç

ão id

eal P

I: (8

)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA: (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

Page 78: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Manual técnico-operacional

76 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Gu

ia p

ara

sup

ervi

sio

nar

a e

tap

a d

e ex

ecu

ção

da

cam

pan

ha

no

nív

el e

stad

ual

e m

un

icip

alG

uia

par

a su

per

visi

on

ar a

eta

pa

de

exec

uçã

o d

a ca

mp

anh

a n

o n

ível

est

adu

al e

mu

nic

ipal

Obj

etiv

o: D

etec

tar

dific

ulda

des

na e

xecu

ção

e re

ver

as e

stra

tégi

as d

a ca

mpa

nha

Obj

etiv

o: D

etec

tar

dific

ulda

des

na e

xecu

ção

e re

ver

as e

stra

tégi

as d

a ca

mpa

nha

Esta

do:

Mun

icíp

io/D

istr

ito:

Dat

a:Es

tabe

leci

men

to d

e Sa

úde:

Supe

rvis

or/m

onit

or:

Pon

tos:

Sim

= 2

Parc

ial (

1)N

ão =

0Po

ntu

ação

idea

l 96

(2 e

m c

ada

item

)

Co

mp

on

ente

Item

Pts.

Co

men

tári

os/

Ob

serv

açõ

es/P

rob

lem

as

ESTADUAL / MUNICIPAL

1.

As

ativ

idad

es p

rogr

amad

as f

oram

exe

cuta

das?

2.

São

real

izad

as s

uper

visõ

es?

3.

Os

supe

rvis

ores

são

suf

icie

ntes

em

núm

ero?

4.

Con

ta c

om lo

gíst

ica

adeq

uada

até

o f

im d

a ca

mpa

nha?

5.

Ana

lisa

met

as p

or m

unic

ípio

, fai

xa e

tári

a, s

exo?

6.

O p

lano

de

com

unic

ação

par

a o

“Dia

Nac

iona

l de

Vaci

naçã

o” f

oi

cum

prid

o?

7.

O p

lano

de

com

unic

ação

par

a o

“Dia

Cen

tral

” da

cam

panh

a de

va

cina

ção

foi c

umpr

ido?

8.

O p

lano

de

com

unic

ação

da

“Últ

ima

Cha

mad

a” f

oi e

xecu

tado

?

9.

O f

luxo

de

info

rmaç

ão e

stá

send

o cu

mpr

ido?

10.

ocor

rênc

ia d

e ev

ento

s ad

vers

os p

ós-v

acin

ação

?

11.

Os

EAPV

est

ão s

endo

not

ifica

dos

e in

vest

igad

os e

m t

empo

op

ortu

no?

12.

As

sala

s de

sit

uaçã

o fo

ram

inst

alad

as?

13.

As

sala

s de

sit

uaçã

o es

tão

atua

lizad

as e

ace

ssív

eis?

14.

Real

izam

mon

itor

amen

to s

eman

al d

e al

canc

e de

met

a?

15.

São

emit

idas

not

as p

erió

dica

s à

impr

ensa

info

rman

do a

evo

luçã

o da

ca

mpa

nha?

Pon

tuaç

ão id

eal P

I: (3

0)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA: (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

Page 79: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 77

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Co

mp

on

ente

Item

Pts.

Co

men

tári

os/

Ob

serv

açõ

es/P

rob

lem

as

Esta

bele

cim

ento

de

Saúd

e

SUPERVISÃO / MONITORAMENTO1.

O

ger

ente

da

unid

ade

de s

aúde

sup

ervi

sion

a o

cum

prim

ento

do

cron

ogra

ma

de c

ampa

nha?

2.

Os

gest

ores

(di

stri

tal,

mun

icip

al, r

egio

nal)

real

izam

ac

ompa

nham

ento

das

uni

dade

s de

saú

de c

ompa

rand

o co

bert

uras

ad

min

istr

ativ

as e

mon

itor

amen

to r

ápid

o de

cob

ertu

ra.

3.

Aco

mpa

nha

os a

vanç

os e

ana

lisa

a po

pula

ção

que

falt

a va

cina

r?

4.

Uti

liza

sala

de

situ

ação

par

a di

vulg

ação

dos

res

ulta

dos

da

cam

panh

a?

5.

Real

iza

mon

itor

amen

to d

iári

o de

ava

nço

de v

acin

ados

?

6.

Real

iza

mon

itor

amen

to r

ápid

o de

cob

ertu

ra?

Pon

tuaç

ão id

eal P

I (12

)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

COMUNICAÇÃO

1.

O p

osto

de

vaci

naçã

o es

tá d

evid

amen

te id

enti

ficad

o?

2.

O e

stab

elec

imen

to d

e sa

úde

poss

ui c

arta

zes,

pan

fleto

s, f

olde

r, ca

rtilh

as, d

ivul

gand

o a

cam

panh

a?

3.

Os

prof

issi

onai

s de

saú

de p

arti

cipa

m d

a di

vulg

ação

da

cam

panh

a?

4.

Uti

liza

sala

de

espe

ra c

omo

espa

ço d

e di

vulg

ação

da

cam

panh

a?

5.

O a

gent

e de

saú

de p

arti

cipa

ati

vam

ente

da

divu

lgaç

ão d

a ca

mpa

nha

na s

ua á

rea

de a

bran

gênc

ia?

6.

Out

ros

mem

bros

da

equi

pe d

e sa

úde

part

icip

am d

a di

vulg

ação

da

cam

panh

a de

sua

áre

a de

abr

angê

ncia

?

7.

Uti

liza

outr

os e

spaç

os d

e di

vulg

ação

?

Pon

tuaç

ão id

eal P

I (14

)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

Page 80: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Manual técnico-operacional

78 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Co

mp

on

ente

Item

Pts.

Co

men

tári

os/

Ob

serv

açõ

es/P

rob

lem

asESTRATEGIAS

1.

Uti

liza

map

as id

enti

fica

ndo

os lo

cais

de

vaci

naçã

o?

2.

Foi a

mpl

iado

e d

ivul

gado

o h

orár

io d

e va

cina

ção?

3.

ofer

ta d

e va

cina

nos

loca

is d

e tr

abal

ho?

4.

Vaci

nado

res

conh

ecem

as

estr

atég

ias

de v

acin

ação

?

5.

As

equi

pes

de v

acin

ador

es v

ão a

cam

po e

m d

ata

e ho

ra c

onfo

rme

agen

dada

s?

6.

Poss

ui e

cum

pre

cron

ogra

ma

de v

acin

ação

na

popu

laçã

o co

nfor

me

prog

ram

ado:

6.1

Resi

dent

e6.

2 In

stit

ucio

naliz

ada

6.4

Tran

seun

te

7.

Têm

equ

ipes

em

qua

ntid

ade

sufic

ient

e pa

ra v

acin

ar c

onfo

rme

met

a pr

evis

ta?

8.

A e

quip

e de

vac

inad

ores

faz

rev

isit

a na

exi

stên

cia

de f

alto

sos?

9.

Prog

ram

a ho

rári

os a

lter

nati

vos

para

rev

isit

a?

10.

Tem

map

a pa

ra r

egis

trar

o m

onit

oram

ento

ráp

ido?

Pon

tuaç

ão id

eal P

I (20

)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

VACINAÇÃO SEGURA

1.

As

equi

pes

utili

zam

as

norm

as d

e re

de d

e fr

io: a

rmaz

enam

ento

, co

nser

vaçã

o e

tran

spor

te?

2.

A t

écni

ca d

e ap

licaç

ão d

a va

cina

uti

lizad

a é

corr

eta?

3.

As

seri

ngas

são

des

cart

adas

ade

quad

amen

te?

4.

Elim

ina

os r

esíd

uos

segu

ndo

norm

as e

stab

elec

idas

?

5.

Not

ifica

-se/

inve

stig

a-se

alg

um c

aso

de E

APV

?

Pon

tuaç

ão id

eal P

I (10

)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

Page 81: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 79

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Co

mp

on

ente

Item

Pts.

Co

men

tári

os/

Ob

serv

açõ

es/P

rob

lem

as

INFORMAÇÃO

1.

Con

hece

os

indi

cado

res

da c

ampa

nha?

2.

Poss

ui t

odos

os

form

ulár

ios

da c

ampa

nha?

3.

Pree

nche

cor

reta

men

te a

s pl

anilh

as?

4.

Real

iza

crít

ica

dos

dado

s en

treg

ues

pela

s eq

uipe

s?

5.

Con

solid

a a

info

rmaç

ão p

ara

o se

u en

vio

à In

stân

cia

Supe

rior

?

Pon

tuaç

ão id

eal P

I (10

)Po

ntu

ação

alc

ança

da

PA (

)

Sub

tota

l PA

/ PI

* 1

00

Pon

tuaç

ão id

eal t

ota

l PI (

96)

Pon

tuaç

ão a

lcan

çad

a PA

(

)Su

bto

tal

PA /

PI *

100

Page 82: Manual técnico- peracional - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operac_rubeola_2008.pdf · A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral,

Manual técnico-operacional

80 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Apêndice F – Monitoramento Rápido de Coberturas Vacinais (MRC)Apêndice F – Monitoramento Rápido de Coberturas Vacinais (MRC)

A. Orientações geraisA. Orientações gerais

1. 1. O MRC realiza-se nas áreas que, na avaliação do supervisor ou monitor, tenha as seguintes características:•• Menor probabilidade de serem visitadas pelos vacinadores (de difícil acesso, afastadas

das ruas principais e estrato social A, etc.). •• Tenham alcançado coberturas vacinais acima ≥95% pela necessidade de determinar se a

área está efetivamente vacinada.2. 2. Seleciona-se uma quadra e uma esquina para iniciar as visitas, casa a casa, seguindo o sentido

horário (ponteiros do relógio).3. 3. O monitoramento concluirá quando se coletar a informação de 100 pessoas da população-alvo

(12-39 anos nos estados do MA, MT, MG, RJ, RN e de 20 a 39 anos de idade, nos outros estados). 4. 4. Caso não se encontrem as 100 pessoas da quadra selecionada, continuar-se-á com a quadra

mais próxima até completar a quantidade de pessoas requeridas no estrato.5. 5. Excluem-se do monitoramento as pessoas fora da faixa etária estabelecida para a campanha,

mulheres grávidas, pessoas que não estejam presentes em casa ou que estejam de visita no momento da entrevista.

6. 6. Durante a visita às casas é necessário aproveitar a oportunidade para vacinar as pessoas que ainda não tenham sido vacinadas. Essas pessoas devem ser registradas como “não vacinadas” na planilha do MRC (esse é o seu estado vacinal no momento do monitoramento).

7. 7. Mesmo que somente os dados das pessoas presentes na residência sejam registrados na pla-nilha do MRC, é indispensável perguntar pelo estado vacinal das pessoas que não estejam presentes. Se os familiares informarem que existem pessoas que ainda não tenham sido vaci-nadas, deverá motivar e dar as indicações correspondentes para que sejam vacinadas.

B. Coleta dos dadosB. Coleta dos dados

•• Quando chegar a casa, o entrevistador deverá identificar-se e informar sobre o motivo da entrevista. Deve-se pedir autorização das pessoas que morem na casa para fazer a entrevista.

•• Os dados devem ser registrados na planilha de MRC da seguinte forma:

Identificação:Identificação:•• Registrar o nome do Estado, município e localidade onde se realizou o MRC, assim

como a data e a pessoa responsável pela coleta dos dados.

Coluna (A): Nº casaColuna (A): Nº casa•• Colocar o número 1 na casa de início do MRC. Continuar com uma numeração seqüen-

cial até concluir a coleta de dados.

Coluna (B): Pessoas residentes na faixa etáriaColuna (B): Pessoas residentes na faixa etária•• Registrar o número de pessoas residentes na faixa etária que moram na casa.•• Anotar o total de pessoas conforme grupo de idade (12-19, 20-29 ou 30-39 anos).

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 81

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Coluna (C): Pessoas residentes com informação sobre o estado vacinalColuna (C): Pessoas residentes com informação sobre o estado vacinal•• Registrar o número de pessoas residentes na casa com informação sobre o estado vacinal

durante a entrevista.•• Anotar o total de pessoas conforme grupo de idade (12-19, 20-29 ou 30-39 anos).

Coluna (D): Pessoas vacinadas Coluna (D): Pessoas vacinadas (verificadas com cartão)(verificadas com cartão)•• Registrar o número total e por grupos de idade das pessoas residentes na casa com o car-

tão de vacinação para verificar a dose da vacina recebida (Dupla Viral (DV) ou Tríplice Viral (SCR)).

•• Incluem-se na planilha o número de pessoas que receberam a vacina durante a campa-nha de 2008, como também as que foram vacinadas anteriormente, independentemente do local e tempo de vacinação (doses recebidas durante a vacinação de rotina, durante os bloqueios, nas escolas, universidades, trabalho, etc.).

Coluna (E): Pessoas NÃO vacinadasColuna (E): Pessoas NÃO vacinadas•• Caso encontrem pessoas não vacinadas, anotar o total na Coluna (E) assim como as

razões pelas quais essas pessoas ainda não foram vacinadas.•• Para isso, marque na coluna correspondente o número absoluto de pessoas não vacina-

das e segundo o motivo: (1) (1) Os vacinadores não vieram em casa e não foram ao meu trabalho (2) (2) Os vacinadores vieram quando eu não estava (3) (3) Não tive tempo para me vacinar(4) (4) Não conhecia nada a respeito da vacinação (5) (5) Recuso-me a vacinar por diversas razões(6) (6) Indicação médica (7) (7) Perdi o cartão de vacinação(8) (8) Outros motivos

C. Cálculo de coberturasC. Cálculo de coberturas

•• As coberturas do MRC são calculadas com a seguinte fórmula:•• A cobertura é calculada para o total da população-alvo (12-39 anos ou 20-39 anos dependen-

do do Estado) e para cada faixa etária (12-19, 20-29 e 30-39 anos).•• A avaliação dos motivos pelos quais o indivíduo não se vacinou é de muita utilidade. Para isso,

analisa-se a freqüência, em números absolutos e porcentagens. Os resultados dessa avaliação orientam novas estratégias de vacinação tanto para campanhas como também para a vacina-ção de rotina.

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

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Manual técnico-operacional

84 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

Apêndice G – Perguntas e respostasApêndice G – Perguntas e respostas

A rubéolaA rubéola

1. O que é a rubéola?1. O que é a rubéola?

A rubéola é uma doença viral, exantemática, aguda e de alta contagiosidade, geralmente tem uma evolução benigna e raramente apresenta complicações, porém de extrema gravidade durante a gestação, pelo risco de malformações crônicas que o feto e o recém-nascido podem apresentar.

2. Quais são as manifestações da rubéola?2. Quais são as manifestações da rubéola?

A rubéola caracteriza-se por apresentar discreto exantema róseo, maculopapular e puntiforme difuso, com distribuição crânio-caudal, ou seja, se inicia na face, no couro cabeludo e no pescoço, espalhando-se, posteriormente, para todo o corpo. O exantema apresenta máxima intensidade no segundo dia e desaparece até o sexto dia, durando em média de 5 a 10 dias, coincidindo, geralmen-te com o início da febre, que é baixa. Observa-se linfoadenopatia, principalmente retroauricular, cervical e occipital, que aparecem cinco a 10 dias antes do exantema. Esses sinais colaboram para o diagnóstico diferencial frente a outras doenças exantemáticas. Alguns sintomas gripais, dor de cabeça, dores generalizadas, conjuntivite, coriza e tosse podem estar presentes durante este mesmo período. Até 50% dos casos de rubéola são assintomáticos, mas podem contagiar outras pessoas suscetíveis e disseminar a infecção.

3. Qual é o modo de transmissão da rubéola?3. Qual é o modo de transmissão da rubéola?

A rubéola é transmitida de pessoa a pessoa, por meio do contato direto com gotículas de secreções nasofaríngeas de indivíduos infectados. A transmissão indireta, mesmo sendo pouco fre-qüente, ocorre mediante contato com objetos contaminados com secreções nasofaríngeas, sangue e urina. A rubéola congênita é transmitida pela via transplacentária, com infecção da placenta e feto, logo depois da viremia materna. A infecção pode resultar em malformações de vários tipos, dependendo da fase em que a viremia se instalou.

4. Qual é o período de incubação da rubéola?4. Qual é o período de incubação da rubéola?

O período de incubação varia de 14 a 21 dias. A média é de 17 dias.

5. Qual é o período de transmissão do vírus da rubéola?5. Qual é o período de transmissão do vírus da rubéola?

O período de transmissibilidade é de 5 a 7 dias antes do início do exantema, aproximadamen-te, e pelo menos de 5 a 7 dias depois.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 85

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

6. Os países das Américas estabeleceram a meta de “Eliminação da Rubéola e da 6. Os países das Américas estabeleceram a meta de “Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC)” para o ano 2010? Síndrome da Rubéola Congênita (SRC)” para o ano 2010?

Todos os países da região das Américas se comprometeram no ano de 2003, durante a 44a reunião do Conselho Diretor da OPAS, em eliminar a rubéola e SRC, reafirmando esse compro-misso em outubro de 2007 por meio da Resolução CD44. R1, em alcançar a meta de “eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC)” para o ano 2010.

Síndrome da rubéola congênitaSíndrome da rubéola congênita

7. O que é a síndrome da rubéola congênita (SRC)?7. O que é a síndrome da rubéola congênita (SRC)?

É a infecção do feto pelo vírus da rubéola, causando um conjunto de malformações, em espe-cial quando ocorre no primeiro trimestre da gravidez.

8. Quais são as manifestações mais freqüentes da SRC?8. Quais são as manifestações mais freqüentes da SRC?

As malformações mais freqüentes são: catarata, glaucoma, surdez, cardiopatia congênita (per-sistência do canal arterial, estenose aortica e pulmonar) e neurológica.

9. Por quanto tempo as crianças que nascem com a SRC podem transmitir o vírus?9. Por quanto tempo as crianças que nascem com a SRC podem transmitir o vírus?

As crianças com SRC podem transmitir o vírus e contaminar outras pessoas até um ano após o nascimento. É necessário evitar o contato dessas crianças infectadas com gestantes.

A transmissão do vírus é maior nos primeiros meses de vida e ocorre por meio de objetos recém-contaminados pelas secreções nasofaríngeas, sangue, urina e fezes de recém-nascidos infec-tados.

10. Existe tratamento ou cura para a SRC?10. Existe tratamento ou cura para a SRC?

Não existe tratamento específico para a SRC. Essas crianças necessitam tratamento cirúrgico para corrigir suas malformações e também requerem de reabilitação. Essa enfermidade pode pro-vocar graves seqüelas e incapacidade nas crianças afetadas.

Situação epidemiológicaSituação epidemiológica

11. Qual é a situação da rubéola no Brasil?11. Qual é a situação da rubéola no Brasil?

Antes da introdução da vacina nos programas de imunização, ocorriam surtos da rubéola a cada 3-6 anos. Essa ciclicidade foi mantida no Brasil durante a década de 1990, com pico em 1997 e outro incremento entre 1999-2000. Como resultado da vacinação na infância, foi reduzida a cir-culação do vírus de rubéola, modificando o perfil de suscetibilidade para os grupos de idade fértil. No ano 2006 dois estados apresentaram surtos, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 2007 esse surto estendeu-se para mais 18 estados, totalizando 20 estados com surtos.

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Manual técnico-operacional

86 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

12. Quais são os gastos que a SRC ocasiona à saúde pública? 12. Quais são os gastos que a SRC ocasiona à saúde pública?

Os custos diretos e indiretos da SRC são muito elevados como resultado da necessidade de dispor de procedimentos diagnósticos e tratamento especializado, assim como pela cronicidade e pela severidade de suas manifestações. Estima-se que o custo da atenção médica de uma criança com SRC esteja entre 120 a 200 mil dólares durante toda sua vida. Esse gasto pode ser aumentado, considerados os custos diretos e indiretos que a incapacidade do SRC gera para a sociedade. Esti-ma-se que para cada R$ 1,00 que se investe na vacinação se economizam R$ 12,00 em tratamento médico dos casos de SRC, aproximadamente.

13. Qual é a situação da rubéola nas Américas?13. Qual é a situação da rubéola nas Américas?

Os países da região mostraram um progresso notável para a interrupção da transmissão en-dêmica do vírus da rubéola. No fim do ano de 2006, 40 países (91%) e territórios (o que representa 90% da população da região) haviam utilizado estratégias de vacinação de eliminação mediante campanhas de vacinação em massa de crianças que freqüentam a escola, adolescentes e adultos, dirigidas a interromper rapidamente a transmissão do vírus da rubéola e prevenir a síndrome da rubéola congênita. O número de casos confirmados de rubéola diminuiu em 98% entre 1998 e 2006 ( de 135.947 para 2.288). O número de casos confirmados da síndrome da rubéola congênita passou de 23 em 2002 para 10 casos em 2006 como demonstrados. A repercussão na redução da incidência de rubéola e da SRC foi mais observada nos países que vacinaram os homens e as mulheres em suas campanhas.

A campanha de vacinaçãoA campanha de vacinação

14. Quais são os objetivos da campanha nacional de vacinação do Brasil? 14. Quais são os objetivos da campanha nacional de vacinação do Brasil?

•• Interromper a transmissão endêmica do vírus da rubéola mediante a realização de uma campanha nacional de vacinação nas coortes dos homens e das mulheres dos grupos de idade identificados com maior nível de suscetibilidade à rubéola no Brasil.

•• Elevar o nível de imunidade ao sarampo nos grupos de adultos suscetíveis para consoli-dar a estratégia de eliminação dessa doença no Brasil.

•• Alcançar a meta de eliminação da rubéola e SRC estabelecida para a Região das Améri-cas para o ano 2010.

15. Quando se realizará a Campanha Nacional de Vacinação no Brasil?15. Quando se realizará a Campanha Nacional de Vacinação no Brasil?

A campanha inicia no dia 9 de agosto com término em 13 de setembro do ano de 2008. O dia central será em 30 de agosto.

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 87

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

16. Quais são as pessoas que receberão a vacina? E qual o imunobiológico utilizado 16. Quais são as pessoas que receberão a vacina? E qual o imunobiológico utilizado durante a campanha?durante a campanha?

A aplicação da vacina será indiscriminada nos homens e nas mulheres de 20 a 39 anos em todas as 27 unidades federadas do Brasil. A vacina será a Dupla Viral (Sarampo e Rubéola), inde-pendentemente do antecedente de vacinação ou doença.

Em cinco unidades federadas, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, a faixa etária será de 12 a 39 anos de idade. A vacina para o grupo etário de 12 a 19 anos de idade será a tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola).

17. Qual a estimativa de pessoas vacinadas durante a campanha? 17. Qual a estimativa de pessoas vacinadas durante a campanha?

A população-alvo da campanha é de 69.700.329 pessoas. Está composta por 61.875.626 ho-mens e mulheres de 20 a 39 anos de idade de todo o país e 7.824.703 pessoas de 12 a 19 anos de idade dos estados do Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. A meta é conseguir coberturas de vacinação de 100% em todos os municípios do Brasil.

18. Onde se vacinarão as pessoas?18. Onde se vacinarão as pessoas?

Nos serviços públicos de saúde e através de equipes volantes de vacinação que irão aos locais de trabalho, colégios, universidades, empresas, fábricas, supermercados, centros comerciais, igrejas, rodoviárias, terminais de ônibus e trens, parques e centros recreativos, entre outros. Numa segunda etapa se fará o monitoramento da cobertura vacinal com visita casa a casa nas áreas definidas pela equipe local para garantir que 100% da população seja vacinada.

19. Por que toda a população-alvo deverá ser vacinada independentemente do estado 19. Por que toda a população-alvo deverá ser vacinada independentemente do estado vacinal anterior e/ou antecedente de ter tido a doença? Quem tomou a vacina há vacinal anterior e/ou antecedente de ter tido a doença? Quem tomou a vacina há pouco tempo deve se vacinar na campanha ?pouco tempo deve se vacinar na campanha ?

O caráter da campanha de vacinação é de realizar a eliminação da circulação do vírus da rubéola no país, assim a mesma deverá ser realizada de forma indiscriminada para a população-alvo. Existem muitas doenças com manifestações idênticas à rubéola, pelo qual o antecedente de enfermidade exantemática não indica que a pessoa teve rubéola. A vacina é muito segura e a pessoa vacinada sempre terá um benefício: se não estiver protegida ficará imunizada e se já está protegida, reforçará seu nível de imunidade, tanto para rubéola como para sarampo.

20. Por que é necessário alcançar coberturas de vacinação de 100%?20. Por que é necessário alcançar coberturas de vacinação de 100%?

Esta é uma campanha que tem como objetivo a eliminação da circulação do vírus em todas as localidades, necessitando vacinar 100% da população-alvo .

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Manual técnico-operacional

88 Secretaria de Vigilância em Saúde /MS

21. Por que não está indicada a vacina contra a rubéola para os maiores de 40 anos?21. Por que não está indicada a vacina contra a rubéola para os maiores de 40 anos?

Estudos de soroprevalência demonstraram que as pessoas maiores de 40 anos já estão prote-gidas, pois adoeceram em algum momento de suas vidas. Além disso, os surtos demonstram que as faixas etárias mais acometidas foram entre 12 a 39 anos, sendo a maior incidência de 20 a 29 anos (12,6/100000hab).

22. Mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina contra rubéola?22. Mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina contra rubéola?

Podem, por isso que a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações recomenda a vacinação no pós-parto e puerpério.

23. Quando o usuário não lembra se foi vacinado, e caso já tenha sido vacinado, uma 23. Quando o usuário não lembra se foi vacinado, e caso já tenha sido vacinado, uma outra dose pode ser aplicada se ele não possuir o cartão de vacinação?outra dose pode ser aplicada se ele não possuir o cartão de vacinação?

Sim, na campanha, independentemente da história vacinal, ele deve ser vacinado, conforme a faixa etária indicada. Relembramos que é importante guardar consigo o cartão de vacinação. Ele é um documento de saúde de todo cidadão.

A VacinaA Vacina

24. Qual é a segurança e a eficácia da vacina? 24. Qual é a segurança e a eficácia da vacina?

A vacina RA 27/3 é muito segura e com uma eficácia maior que 95% em média. A resposta máxima de anticorpos se observa entre os 14 e 21 dias depois da vacinação e existem estudos que indicam que a imunidade se mantém por toda a vida. É uma vacina pré-certificada por organismos internacionais que cumpre todos os controles de qualidade e regulações nacionais.

25. Como se aplica a vacina?25. Como se aplica a vacina?

A vacina aplica-se por via subcutânea, na região do deltóide na face ântero-lateral externa do braço.

26. A que temperatura se conserva a vacina?26. A que temperatura se conserva a vacina?

Para garantir sua efetividade deve-se mantê-la em condições adequadas de refrigeração e conser-vação +2ºC a +8 ºC. Uma vez reconstituída deve-se administrar em um prazo máximo de 8 horas.

27. Quais os principais eventos adversos que a vacina contra a rubéola e sarampo pode 27. Quais os principais eventos adversos que a vacina contra a rubéola e sarampo pode apresentar?apresentar?

Os principais eventos adversos que poderá apresentar são: •• Febre e erupção cutânea leve (exantema) que surgem entre cinco a doze dias depois da

vacinação (cerca 5% das pessoas suscetíveis).

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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 89

Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

•• Artralgias e artrites transitórias ocorrem mais freqüentemente em mulheres adultas e se iniciam entre uma e três semanas após a vacinação, com duração de um dia a três semanas.

•• As manifestações são leves e desaparecem em poucos dias.

28. Quais situações indicam o adiamento da vacinação?28. Quais situações indicam o adiamento da vacinação?

•• Pessoas com imunossupressão por doença ou terapêutica. Essa recomendação tem como justificativa a possibilidade de não ocorrer resposta imunogênica.

•• Pacientes com enfermidades graves febris, justificando-se o adiamento para que seus sinais e sintomas não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos relacionados à vacina.

•• As mulheres grávidas devem receber a vacina contra rubéola após o parto ou no pós-aborto. Importante informar que a administração inadvertida durante a gestação não indica a interrupção da gravidez.

29. Se o usuário estiver tomando algum tipo de medicamento (antibiótico) pode se 29. Se o usuário estiver tomando algum tipo de medicamento (antibiótico) pode se vacinar contra rubéola?vacinar contra rubéola?

Sim. A contra-indicação à vacina é orientada em caso de pessoas com antecedente de rea-ção anafilática sistêmica após uso de neomicina ou dose prévia de vacina contra rubéola/sarampo. Entende-se por reação anafilática sistêmica a reação imediata (urticária generalizada, dificuldade respiratória, edema de glote, hipotensão ou choque) que se instala habitualmente na primeira hora após o estímulo do alérgeno.

30. Uma pessoa vacinada na infância pode manifestar a doença quando adulta?30. Uma pessoa vacinada na infância pode manifestar a doença quando adulta?

Se a pessoa apresentou resposta imune após a primeira dose, terá proteção duradoura, prova-velmente para a vida toda.

Vacinação e gestaçãoVacinação e gestação

31. Existe algum risco de se vacinar uma mulher grávida com a vacina contra a rubéola?31. Existe algum risco de se vacinar uma mulher grávida com a vacina contra a rubéola?

A evidência disponível atualmente indica que não existe risco de SRC se a vacina contra a rubé-ola for aplicada em uma mulher grávida, ou antes, da concepção. Dados de seguimento atualizados em 2006 informam que, de 24.924 mulheres vacinadas inadvertidamente contra a rubéola durante as campanhas de vacinação da Região das Américas, não se identificou nenhum caso de SRC.

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32. Por que não se recomenda vacinar as mulheres grávidas durante a campanha contra 32. Por que não se recomenda vacinar as mulheres grávidas durante a campanha contra a rubéola?a rubéola?

Embora já esteja demonstrado que a vacina não tem efeitos teratogênicos no feto, duran-te uma gestação podem apresentar-se diversos eventos (abortos, natimortos, etc) que são apenas coincidentes com a vacinação. Por isso, é importante fazer o acompanhamento de cada gestante vacinada inadvertidamente para evitar que seja atribuída à vacina qualquer evento que aconteça à gestante.

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Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008

Apêndice H – Vacinação indiscriminada em campanhas de eliminação da Apêndice H – Vacinação indiscriminada em campanhas de eliminação da rubéolarubéola

As campanhas de vacinação de eliminação da rubéola e sarampo requerem “imunidade total”. Para alcançar essa meta, a estratégia deve ser a vacinação indiscriminada, ou seja, vacina-se toda a população, independentemente do antecedente de doença ou vacinação. A seguir se apresentam as razões que justificam por que é necessário aplicar uma estratégia indiscriminada nesse tipo de campanha.

Por que a estratégia de vacinação deve ser indiscriminada?Por que a estratégia de vacinação deve ser indiscriminada?

1. Oferece uma oportunidade adicional e um benefício à população ao aplicar uma 1. Oferece uma oportunidade adicional e um benefício à população ao aplicar uma dose adicional contra o sarampo e rubéola – e parotidite nos adolescentes – pois:dose adicional contra o sarampo e rubéola – e parotidite nos adolescentes – pois:•• Vacinará as pessoas “não vacinadas”.•• Imunizará as pessoas que não responderam a doses prévias, ou seja, os “não imunizados”.•• Elevará o nível de anticorpos nas pessoas previamente imunizadas.

2. Facilita a operação e logística requerida para alcançar coberturas de vacinação ho2. Facilita a operação e logística requerida para alcançar coberturas de vacinação ho--mogêneas próximas ao 100% em cada município, pois:mogêneas próximas ao 100% em cada município, pois:•• A definição da população-alvo a vacinar é mais precisa e confiável.•• A mensagem de comunicação é única, clara e mobilizadora.•• O período de execução é curto.•• Aproveita melhor os recursos humanos, insumos e logística.•• Permite monitorar o avanço e resultado da meta de cobertura, ao empregar um denomi-

nador de base populacional.

3. É a opção mais efetiva e de maior benefício/custo pois:3. É a opção mais efetiva e de maior benefício/custo pois:•• Alcança maior nível de cobertura.•• Eleva rapidamente a imunidade populacional.•• Resulta em um maior impacto na incidência da doença.

Por que não se recomenda a estratégia seletiva de vacinação numa campanha Por que não se recomenda a estratégia seletiva de vacinação numa campanha de eliminação?de eliminação?

1. O cálculo da população-alvo de vacinação de cada município, subtraindo as pes1. O cálculo da população-alvo de vacinação de cada município, subtraindo as pes--soas “vacinadas” é complexo e pouco preciso, pois:soas “vacinadas” é complexo e pouco preciso, pois:•• Deve considerar a proporção de perda do cartão. Esse dado é difícil de estimar pois varia

segundo o tempo transcorrido, idade da população, tipo de cartão, lugar onde se vacina a população e outros fatores sócio-culturais.

•• O registro administrativo de pessoas “vacinadas” geralmente não tem informação de quantas pessoas “residentes” se vacinaram noutros municípios e quantas pessoas de outros municípios “não residentes” se vacinaram no município.

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•• Mesmo se tiver o registro de residência, as populações são móveis e dinâmicas, isso implica mudanças de domicílio com o passar do tempo de pessoas vacinadas e não vaci-nadas.

2. O período de execução é prolongado e requer aportes de maiores recursos, pois:2. O período de execução é prolongado e requer aportes de maiores recursos, pois:•• O vacinador deve avaliar, uma a uma, cada pessoa, para determinar se foi vacinada ou não.•• As pessoas, com freqüência, não se lembram se estão vacinadas, motivo pelo qual solici-

tam tempo para procurar seu comprovante ou se negam a serem vacinadas.•• Estende-se a duração das atividades de vacinação.•• Eleva a perda de biológico e o requerimento de recursos humanos e logísticos.•• Dificulta o alcance da meta, pois se investe tempo avaliando as pessoas que têm maior

probabilidade de estarem vacinadas, as que consultam os serviços de saúde reduzindo os recursos para procurar as populações de “não vacinados”.

3. A mensagem de comunicação é complexa e difícil de compreender para a popula3. A mensagem de comunicação é complexa e difícil de compreender para a popula--ção e o pessoal de saúde. A vacinação seletiva eleva a proporção de recusa, pois as ção e o pessoal de saúde. A vacinação seletiva eleva a proporção de recusa, pois as pessoas sem cartão recusam a vacinação ao referir que já estão vacinadas, sem que pessoas sem cartão recusam a vacinação ao referir que já estão vacinadas, sem que o vacinador tenha certeza de que isso seja certo.o vacinador tenha certeza de que isso seja certo.

4. Ao dificultar o alcance de metas homogêneas de coberturas, eleva-se o risco de 4. Ao dificultar o alcance de metas homogêneas de coberturas, eleva-se o risco de não interromper a circulação endêmica dos vírus de sarampo e rubéola, gerando não interromper a circulação endêmica dos vírus de sarampo e rubéola, gerando uma percepção negativa na população e trabalhadores de saúde, pois não se aluma percepção negativa na população e trabalhadores de saúde, pois não se al--cança a meta de eliminação.cança a meta de eliminação.

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disque saúde: 0800 61 1997

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