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Pequeno manual sobre orquídeas O fato é que as orquídeas não gostam de água, ao menos não como costumamos imaginar, e molhá-las todos os dias, até mais que uma vez, só não é pior do que deixar um prato em baixo do vaso com agua parada. Aprendi rápido que é melhor vaso de barro, pois seca rápido, e sem pratinho. Em resumo: Você pode molhar bastante sua orquídea, contanto que as raízes dela sequem ao menos duas vezes por semana. É fácil entender... as orquídeas fixam-se em árvores (nem todas), e nestes ambientes, para o qual estão adaptadas, a pouco chance das raízes ficaram constantemente úmidas. Imite esse ambiente, e se elas não florirem, ao menos não vão morrer. Para contornar esse problema as soluções simples são: 1 - Tire esse pratinho debaixo do vaso (orquídea não dorme de pé molhado). 2 - Troque os vasos em que elas vieram, normalmente de plástico, por um vaso de barro. A tal fibra de coco, que o pessoal usa em lugar do Xaxim, não é tão boa, pois retém muita agua. 3 - As maioria das orquídeas não gostam de sol direto, mas precisam de muita luz. Em lugares de muito vento os vasos vão secar mais rápido. O que não é necessariamente ruim. 4 - Seja um "pai" mais displicente, ou seja, molhe-a apenas uma ou duas vezes por semana. Claro que se você vive em Brasília e a umidade do ar está baixíssima, esse número tem que aumentar. Mas o truque é simples, olhe as raízes na superfície do vaso... se elas ainda não estão brancas, não molhe a planta. 5 - Faça a rega às 16h de preferência. Ok, se você tem o desagradável hábito de trabalhar, isso não é possível. Entenda mais de NPK É a fórmula do produto que dever receber bastante atenção na hora da compra, expressando ela a quantidade percentual de nutrientes. Encontramos NPK sobre as formas líquidas e sólidas. Os fertilizantes líquidos ainda costumam ser diluídos em água para uso em pulverizações nas folhas ou para o enriquecimento da água das regas. Nitrogênio = N = É o principal agente do crescimento das plantas e do desenvolvimento foliáceo. A maior parte do nitrogênio a planta absorve nas primeiras fases da sua vida e deixa armazenado em seus tecidos de crescimento. A falta desse elemento nessa fase inicial retarda o crescimento e conseqüentemente a produção. Podemos, no geral, perceber que a falta de nitrogênio deixa a folha com a cor verde pálida ou verde amarelada enquanto o excesso produz abundante folhagem de coloração verde- escura. Phósforo(Fósforo) =P = Sua presença é indispensável para a planta transformar os hidratos de carbono em açúcares. O Fósforo participa ativamente do processo de divisão das células. É um dos agentes direto da formação da clorofila e ainda aumenta o desenvolvimento radicular propiciando à planta maior capacidade de absorver os elementos férteis do solo. Age diretamente na qualidade dos frutos e maturação das sementes e a deficiência desse elemento pode ser percebida quando as folhas tomam uma coloração arroxeada. Potássio – símbolo K - Indispensável à produção dos amidos e açúcares, e para a respiração e desenvolvimento das raízes. Sem ele a planta não se desenvolve. Fica ali atrofiada. O Potássio é absorvido pela planta em menor quantidade e fica acumulado nas folhas e nos talos mais que nos frutos. No inicio desta matéria eu falei: Os adubos NPK podem ser comprados em diferentes fórmulas ou até mesmo se mandar preparar uma fórmula em que sobressaia o elemento que desejamos e até enriquecidos com micro-nutrientes. Pois é ai que entra a classificação dos fertilizantes: Fertilizantes nitrogenados, fertilizantes potássicos e fertilizantes

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Page 1: Manual Orquideas

Pequeno manual sobre orquídeas

O fato é que as orquídeas não gostam de água, ao menos não como costumamos imaginar, e molhá-las todos os dias, até mais que uma vez, só não é pior do que deixar um prato em baixo do vaso com agua parada. Aprendi rápido que é melhor vaso de barro, pois seca rápido, e sem pratinho. Em resumo: Você pode molhar bastante sua orquídea, contanto que as raízes dela sequem ao menos duas vezes por semana. É fácil entender... as orquídeas fixam-se em árvores (nem todas), e nestes ambientes, para o qual estão adaptadas, a pouco chance das raízes ficaram constantemente úmidas. Imite esse ambiente, e se elas não florirem, ao menos não vão morrer. Para contornar esse problema as soluções simples são:

1 - Tire esse pratinho debaixo do vaso (orquídea não dorme de pé molhado).2 - Troque os vasos em que elas vieram, normalmente de plástico, por um vaso de barro. A tal fibra de coco, que o pessoal usa em lugar do Xaxim, não é tão boa, pois retém muita agua.3 - As maioria das orquídeas não gostam de sol direto, mas precisam de muita luz. Em lugares de muito vento os vasos vão secar mais rápido. O que não é necessariamente ruim.4 - Seja um "pai" mais displicente, ou seja, molhe-a apenas uma ou duas vezes por semana. Claro que se você vive em Brasília e a umidade do ar está baixíssima, esse número tem que aumentar. Mas o truque é simples, olhe as raízes na superfície do vaso... se elas ainda não estão brancas, não molhe a planta.5 - Faça a rega às 16h de preferência. Ok, se você tem o desagradável hábito de trabalhar, isso não é possível.

Entenda mais de NPK

É a fórmula do produto que dever receber bastante atenção na hora da compra, expressando ela a quantidade percentual de nutrientes. Encontramos NPK sobre as formas líquidas e sólidas. Os fertilizantes líquidos ainda costumam ser diluídos em água para uso em pulverizações nas folhas ou para o enriquecimento da água das regas. Nitrogênio = N = É o principal agente do crescimento das plantas e do desenvolvimento foliáceo. A maior parte do nitrogênio a planta absorve nas primeiras fases da sua vida e deixa armazenado em seus tecidos de crescimento. A falta desse elemento nessa fase inicial retarda o crescimento e conseqüentemente a produção. Podemos, no geral, perceber que a falta de nitrogênio deixa a folha com a cor verde pálida ou verde amarelada enquanto o excesso produz abundante folhagem de coloração verde- escura.

Phósforo(Fósforo) =P = Sua presença é indispensável para a planta transformar

os hidratos de carbono em açúcares. O Fósforo participa ativamente do processo de divisão das células. É um dos agentes direto da formação da clorofila e ainda aumenta o desenvolvimento radicular propiciando à planta maior capacidade de absorver os elementos férteis do solo. Age diretamente na qualidade dos frutos e maturação das sementes e a deficiência desse elemento pode ser percebida quando as folhas tomam uma coloração arroxeada.

Potássio – símbolo K - Indispensável à produção dos amidos e açúcares, e para a respiração e desenvolvimento das raízes. Sem ele a planta não se desenvolve. Fica ali atrofiada.

O Potássio é absorvido pela planta em menor quantidade e fica acumulado nas folhas e nos talos mais que nos frutos.

No inicio desta matéria eu falei: Os adubos NPK podem ser comprados em diferentes fórmulas ou até mesmo se mandar preparar uma fórmula em que sobressaia o elemento que desejamos e até enriquecidos com micro-nutrientes. Pois é ai que entra a classificação dos fertilizantes: Fertilizantes nitrogenados, fertilizantes potássicos e fertilizantes fosfatados. Já sabemos que o(N) Nitrogênio, (P)Fósforo e (K) potássio são os 3 elementos mais exigidos por qualquer planta.

Quando em uma fórmula o elemento em maior quantidade é o Nitrogênio, falamos que esse fertilizante é nitrogenado e é recomendado para estimular a brotação e o enfolhamento. São ótimos para as folhagens em geral, gramados. A fórmula será expressa em porcentagem e assim quando expressamos: A Uréia tem 45% de Nitrogênio, estamos falando que de cada 100 quilos de Uréia, 45 são de Nitrogênio.

Quando o elemento de maior quantidade é o Fósforo ou phósforo, falamos que é um fertilizante fosfatado e que este estimula o surgimento de raízes, o aumento das floradas e, conseqüentemente da frutificação e produção de sementes. A aplicação de adubos fosfatados é muito importante em regiões onde ocorrem geadas, pois ele vai aumentar a resistência das plantas ao frio e alem disso vai apressar a maturação dos frutos.

Quando o elemento dominante é o Potássio (K) vai contribuir na formação de tubérculos, rizomas, fortalecer os tecidos vegetais e aumentar a resistência contra a seca. Por dar maior consistência à planta vai tornar a mesma mais resistente contra pragas e doenças.

FÓRMULAS DE ADUBOS QUÍMICOS MAIS RECOMENDADOS

Page 2: Manual Orquideas

PLANTAS ADULTAS Fertilizante líquido NPK 18-18-18 ou 20-20-20, diluído em água nas proporções indicadas pelo fabricante e pulverizado sobre as folhas.

PLANTAS NOVAS Fertilizante líquido NPK 30-10-10, diluído em água nas proporções indicadas pelo fabricante e pulverização sobre as folhas. NA ÉPOCA DA FLORADA Fertilizante líquido NPK 30-10-10, ou 10-30-20, a ser diluído em água nas proporções indicadas pelo fabricante, e pulverizado nas folhas a partir do surgimento das espatas (botões) até o final da floração.

CALDA DE ESTERCO Num balde de 20 litros de água, deixe em infusão cerca de 1 litro de

esterco (5% do volume do balde), por 10 dias. Use a calda resultante para diluir na água das regas das orquídeas, numa proporção de mais ou menos 10% de calda para 90% de água.

DICAS

um frasco ou pacotinho refil de AJI-NO-MOTO puro (que nada mais é que glutamato monossódico natural cristalizado, extraido da cana de açúcar), e um frasco do complexo vitamínico B, o BENEROC Júnior líquido, da Bayer.

Você irá dissolver em 01 (um) litro de água, preferencialmente de cisterna ou mina (se não tiver, deixe a água da torneira encher um tanque ou na quantidade que precisar pra molhar suas plantas, deixando-a um dia para o outro para evaporação do excesso de cloro), a seguinte quantidade:

10 gotas de Beneroc - 01 colherzinha das de café do adubo para floração Peters 8-45-14 e uma colherzinha de café de aji-no-moto, agite bem.

Pulverize essa solução nas raizes e folhas de sua planta a cada 10 dias. Terá bons resultados na floração. A razão é simples. O complexo vitamínico B auxilia no fortalecimento das raizes da planta, justamente onde ela retira da umidade do ar os nutrientes que necessita. O glutamato monosódico do aji-no-moto é um aminoácido natural (<saiba mais clicando neste link) que auxilia na conversão e assimilação de nutrientes pela planta, e o adubo Peter fornece a ela os macro e micro elementos minerais que ela necessita pra manter-se saudável e produzindo belas florações! Segredo desvendado, mãos a obra e sucesso no seu cultivo! Mas lembre-se sempre, nunca adube sua planta em excesso, poderá provocar-lhe a queima química de suas raízes e matá-la! Como já disse noutro post, melhor adubar de menos que exagerar e errar nos efeitos! Quando for adubar suas plantas, primeiro regue-a com água natural. Só depois borrife-a com a solução de nutrientes. Agindo assim estará prevenindo eventual overdose de adubo!

ADUBO FOLIAR > PETER'S A dose recomendada de Peter’s é de 3 gramas por litro d’água, em aplicações semanais, de preferência via fertirrigação. Utilize essa sistemática e veja os resultados: Para vasos: Comece com a fertilização gradual: use 0,5 gr de adubo por litro de água por semana e incremente 0,5 gramas por semana, até atingir 2,5 gr/litro por semana (total de 5 semanas). Na semana seguinte (6a semana), faça um FLUSH (lavagem). Depois, recomece o esquema, com 0,5 gr/litro, até 2,5 gr/litro, depois o flush, e assim por diante.A fertilização gradual também é válida para cultivos externos (outdoor).Flush = regar o vaso com 4 vezes a capacidade (ex: vaso de 5 litros, regar com 20 litros de água) - "lava" raízes, evitando overfert. A fertilização gradual permite uma absorção mais racional dos nutrientes: Garantia de tônus vital. A planta vai adaptando-se gradualmente a nova disponibilidade de nutrientes do solo, reativando progressivamente o sistema radicular, o qual conduz os nutrientes de maior carência para que cheguem rapidamente onde são mais necessários, evitando desta maneira stress

Page 3: Manual Orquideas

causados por alterações genéticas, crescimento desproporcional e alterações bruscas do metabolismo (sintomatologia de overfert (superfertilização)).  Peter’s é um adubo de USO PROFISSIONAL voltado a RESULTADOS, e, mal administrado, pode levar a INTOXICAÇÃO e MORTE DAS RAIZES. Mas, ao contrário, se respeitamos o timing individual do organismo e ofertamos água, luz, ventilação, temperatura e suplementação adequadas, interpretando corretamente as necessidades de cada época (vegetação/pré-floração/floração/outono) e fotoperíodo das plantas, seremos capazes de brincarmos de Deus e aí obteremos os melhores e jamais vistos resultados.Muitos dos problemas das plantas são causados por instabilidade do PH da água. Um PH muito alto ou baixo pode "travar" a absorção de nutrientes. Peter’s Professional - 09-45-15 - Plant Starter - 200 gramasIndicação: Enraizamento Características: Arranque. Contém alto nível de P (fósforo) o qual é indispensável para o  rápido crescimento das raízes, especialmente em transplantes ou quando a cultura necessita de energia. Auxilia as plantas em condições de baixa temperatura. Deve ser usado antes e durante a fase de transplante. Deve ser usado também na época de pré-floração. Peter’s Professional - 10-30-20 - Blossom Booster - 200 gramasIndicação: Florescimento Características: Acelera o florescimento e o crescimento dos botões florais, melhorando a coloração e tamanho das pétalas. Balanceado com as quantidades ideais de NO3 e NO4. Mais flores e mais cores, em todas as plantas em cultivos internos (estufas) e externos (telados). A taxa de N-P-K, permite o desenvolvimento de botões fortes. O alto nível de P (Fósforo) na fórmula pode ser usado para o enraizamento das plantas. Fórmula desenvolvida há mais de 40 anos que auxilia na transformação dos botões florais em flores vibrantes, lindas e de um colorido mais intenso. É a taxa preferida dos profissionais e produtores que buscam RESULTADOS. A fórmula também contém alto nível de magnésio, elemento secundário vital, que mantém as folhas verdes e saudáveis. Peter’s Professional - 20-20-20 - General Purpose - 200 gramasIndicação: Uso Geral 

Características: Uso genérico para viveiros e a alta relação de NO3 e NH4, possibilita o uso nas diversas estações do ano, com variações de temperatura. Esta fórmula clássica é um dos produtos mais versáteis de toda a linha Peters. As taxas de N (Nitrogênio), P (Fósforo) e K (Potássio), são ideais para suplementação básica da planta. Pode ser usado em pulverizadores via foliar. Excelente para o uso geral em estufas e viveiros. Peter’s Professional - 30-10-10 - Hi-Nitro - 200 gramasIndicação: Carência de Nitrogênio – Aceleração/Reativação do crescimento Características: Pode ser usado via fertirrigação foliar para rápido “esverdeamento” das folhas deficiência de N (Nitrogênio), devido ao alto índice de uréia, usado como tratamento no auxilio à redução do pH no solo/substrato, baixo custo como fonte de nitrogênio, excelente histórico com orquídeas, principalmente seedlings, surpreendente resultado em folhagens (palmeiras, samambaias, fícus, entre outros.) resumidamente, põe o estado vegetativo no “HI” (máximo).

RECEITA CONTRA FUNGOS – MANCHAS PRETAS NAS FOLHAS

1 LITRO DE AGUA SEM CLORO

1 COLHER DE CHA DE CANELA EM PO

5 OU 6 CRAVOS DA INDIA (o mesmo que se coloca em doces)

1 ml de solução a 2% de Mercuro Cromo (não é o Mercúrio dos garimpeiros)

Num recipiente, misture bem por 3 dias. Coloque o Mercuro Cromo e não guarde o restante da solução.

Aspergir por toda a planta, inclusive em baixo das folhas e raízes.

Orientações:

Page 4: Manual Orquideas

1 – QUANDO PEQUENA PARTE DA FOLHA JÁ ESTA COM A MANCHA PRETA

Corte 1 cm. Abaixo da mancha, e passe a solução logo em seguida, não dando tempo para a face cortada se oxidar. A canela acelera o desenvolvimento de novas células e o Mercuro Cromo age como cicatrizante. Em 3 dias, percebe-se o corte já secando, paralisando o fungo.

2 – PARA CONTROLE DE PULGOES, FORMIGUINHAS E MANCHAS DE FERRUGEM.

Pulverize bem as folhas a cada 15 dias, ate que a infestação desapareça.

3 – ATIVACAO DE BROTOS EM PHALAENOPSIS E CATTLEYAS:

Nas Phalaenopsis devemos Ter cuidado em não molhar em demasia as folhas, já que são muito sensíveis, portanto usar em dosagens mais fracas ou levemente pulverizadas.

Pode-se usar a canela em pó, logo abaixo das folhas, pois é um ótimo incentivador a brotacao, e ao mesmo tempo, protegendo-as dos fungos.

4 – O CRAVO DA INDIA:

Quem tem aquelas formiguinhas miudinhas que parecem um aviaozinho sugando a ponta das folhas e flores, alem da pulverização, pode-se colocar 3 a 4 cravos em cima do substrato, pois as formigas detestam o cravo. Renovar os cravos quando perceber sua amplitude diminuída.

OBS: muitas pessoas já usaram o Mercuro Cromo a 2% puro, em cima das lesões mais serias, como podridão negra, perda parcial da planta atacada por fungos, etc.

Como o Mercuro Cromo é um anti-séptico de uso corriqueiro, usa-se mais a vontade do que os Fungicidas sistêmicos, altamente tóxicos.

OBS. EM 2002

Por motivos desconhecidos, o Mercuro Cromo foi retirado do mercado, porem, pode-se mandar fazer a solução em farmácias. Na substituição, podemos usar a solução de IODO a 2%, tendo o mesmo efeito.

DOENÇAS QUE ATACAM AS ORQUIDEAS

PRINCIPAIS DOENÇAS EM ORQUÍDEAS

MANCHA-AQUOSA OU MANCHA-MARROM Caracteristicas: Bactéria encontrada geralmente nas falaenópsis (atacando toda a planta) e nas catléias (somente em folhas velhas). A disseminação é feita por insetos, água de irrigação ou de chuva.Sintomas: Formação de lesões esbranquiçadas e úmidas que tornam-se escuras.Como combater: remova as partes atingidas, isole a planta e reduza a quantidade de água. Existem bactericidas disponíveis em lojas agrícolas.

PODRIDÃO-MOLE Características: Ocorre em plantas com folhas não-eretas (como as das vandas, falaenópsis, vanilas, arachinis, paphopediluns, phalus e dendróbios) que popriciam o acúmulo de água. Dissemina-se por insetos, água de irrigação ou chuva Sistomas: odor fétido e lesões nas folhas e pseudobulbos (lembra uma banana madura)Como combater: Remova as partes atingidas, isole a planta e reduza a quantidade de água. Existem bactericidas disponíveis em lojas agrícolas.

PODRIDÃO NEGRA Características: é causada por um funco branco altamente agressivo, que surge em períodos de muita umidade e penetra pela raiz ou pelo colo da planta. Disseminada pela água de irrigação ou da chuva, por substratos e vasos contaminados.Sintomas: A planta fica tombada e com manchas negras, que progridem da raiz para as folhas. Com a evolução da doenças, os órgãos atacados apodrecem. Em casos extremos, pode ocorrer a morte da planta.Como combater: Use fungicidas sistêmicos, comercializados em lojas agrícolas e específicos para essa doença.

ANTRACNOSE Características: é um fungo encontrado com frequencia em climas tropicais e subtropicais. Seu desenvolvimento é favorecido por umidade elevada e temperaturas entre 10oC e 20oC.Sintomas: Descoloração

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da folha e lesões com centro marrom.Como combater: Borrifar fungicida à base de sufato de cobre nas partes afetas da planta. Esse produto é vendido em gardens centers, supermercados e orquidários profissionais.

FERRUGEM Características: O ataque desse fungo é propiciado por alta umidade e temperaturas amenas.São disseminadas pelo vento e por respingos de água.Sintomas: Ocorrem apenas nas folhas, quase que exclusivamente na face inferior onde, inicialmente, surgem pequenas lesões amarelo-laranja ou marrom-avermelhada, que podem enegrecer.Como combater: borrifar fungicida à base de sulfato de cobre nas partes afetadas da planta. Esse produto é vendido em gardens centers, supermercados e orquidários profissionais (envelopinhos iguais aos de sementes de salsinha, erva doce, etc.)

MANCHAS FOLIARES Características: além de diminuir o desenvolvimento, as manchas deixam a planta feia e diminuem a qualidade para a comercialização.Sintomas: Manchas castanho-escuras circulares ou ovaladas nas folhas, com bordas bem definidas e centro pardo-claro.Como combater: Remova as partes atingidas, isole a planta e reduza a quantidade de água. Existem fungicidas especificos para essa doença disponíveis em lojas agrícolas.

MOFO CINZENTO Características: é favorecido por condições de alta umidade, baixa ventilação e temperaturas amenas (16oC a 18oC). Disseminado pelo vento, ataca pétalas, sépalas e labelo das flores, principalmente as mais velhas.Sintomas: Pequenas manchas circulares nas flores. Com a evolução da doença, surge também uma massa cinza parecida com pó. Flores severamente atacadas murcham e caem.Como combater: Remova as partes atingidas, isole a planta e reduza a quantidade de água. Existem fungicidas especificos para essa doença disponíveis em lojas agrícolas.

MURCHA OU PODRIDÃO DE RAIZ E PSEUDOBULBO Características: Moléstia vascular que infecta as plantas pelas raízes ou por ferimentos nos rizomas, produzidos durante o processo de propagação.Sintomas: Coloração escura dos rizomas e círculos roxo-escuros no interior dos rizomas. A planta pode sofrer redução continua no desenvolvimento ou até morrer em cerca de 30 dias.Como combater: Remova as partes atingidas, isole a planta e reduza a quantidade de água.

Depois aplique fungicidadas especificos para essa doença vendidos em lojas agrícolas.

PERCEVEJO DAS ORQUÍDEAS Características: Medem cerca de 5mm de comprimento, têm cor alaranjada e assas anteriores azuis-escuras, com bordas externas alaranjadas.Sintomas: faz furos que podem deformar as plantas e gerar manchas esbranquiçadas. Costuma atacar catléias, laélias e encíclias.Como combater: Pulverize a planta com inseticidas que tenha como principio ativo fosforados e clorofosforados, como o SBP Casa & Jardim.Fonte: Revista Natureza 2005

O melhor fungicida é a calda bordaleza.Olha a receita: 100g de sulfato de cobre*, 100g de cal virgem e 10 litros de água. Coloca-se o sulfato de cobre, bem triturado, num saquinho de pano ralo, na superfície de meio litro de água, num recipiente que não seja de ferro. Fazer pasta (leite de cal) adicionando 100 g de cal virgem em meio l litro de água. Coar o “leite” e coloca-lo num recipiente (nunca de ferro). Em outro recipiente já deve constar a solução de sulfato de cobre. Misturar as duas soluções simultaneamente, usando uma pazinha de madeira. Agora o teste de acidez: pegue uma faca ou canivete e sobre a lamina, bem limpa, coloque duas ou três gotas da calda preparada e, após três minutos, sacuda a lamina. Se ficarem manchas avermelhadas nos pontos onde estavam as gotas de calda, esta ainda está ácida. Quer dizer: adicionar mais uma pouco de “leite de cal” até que fique neutra ou ligeiramente alcalina. O ideal é aplicar a calda no mesmo dia, mas se tiver que conservar a calda por 2 ou 3 dias para depois aplica-la, adicione 5 g de açúcar para cada 1 litro de calda preparada.

*Dos produtos comerciais a base de cobre á venda na Pau-Brasília recomendamos o CuproDimy, de baixa toxidez.

Informações Gerais Como tudo que é vivo, as plantas também necessitam de nutrientes para nascer, crescer e reproduzir. Existem duas formas de absorção dos nutrientes

Page 6: Manual Orquideas

pelas plantas (além da fotossíntese que também fornece energia): através das raízes e através das folhas.  Todas as plantas necessitam absorver da terra 13 elementos minerais. São os nutrientes minerais essenciais. De tal maneira que, se a terra não tivesse nenhum desses elementos, a planta morreria. Por isso, todos são imprescindíveis.  Os 13 elementos essenciais são: MacronutrientesPrimários Nitrogênio (N)Fósforo (P)Potássio (K) MacronutrientesSecundários Cálcio (Ca)Magnésio (Mg)Enxofre (S) Micronutrientes Boro (B)Cobre (Cu)Molibdênio (Mo)Ferro (Fe)Zinco (Zn)Manganês (Mn)Cloro (Cl) 

Dendrobium nobile Lindley

O cultivo de Dendrobium apresenta a seguinte peculiaridade: nos meses de maio e junho, ou quando nos nódulos dos pseudobulbos aparecerem pequenos intumescimentos, deve-se diminuir radicalmente as regas. Caso contrário, ali nascerão novas mudas da planta. Se deixarmos de molhar, ali surgirão flores. Para a orquídea não se desidratar, devemos, nesse período, dar-lhes apenas pequenas pulverizações com água.

Originalmente do Sudeste da Ásia, o Dendrobium tem uma vasta distribuição: das ilhas do Pacífico ao Himalaia, incluindo Burma, Malásia, Sul da China, Tailândia, Japão, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia. Em especial está a Papua Nova Guiné, onde há uma grande quantidade de Dendrobiums diferentes.Pode ser cultivada em árvores, placa de xaxim ou vaso.

LuzÉ tolerante a luminosidade alta (em torno de 60%) para a maioria das espécies, podendo tomar raios de sol no início da manhã e no final da tarde, mas deve estar na sombra entre as 11h e 3h da tarde.

UMIDADE E REGADendrobiums gostam de ambientes úmidos, porém para ter uma floração mais fácil e saudável, deve passar por um período de seca.Entre uma rega e outra é importante deixar o substrato secar quase completamente. Boa ventilação e a boa secagem das raízes entre as regas são absolutamente essenciais, senão a função respiratória da planta, da qual as raízes são responsáveis, fica seriamente comprometida. No verão a freqüência das regas é de uma vez a cada dois ou três dias.No inverno uma a duas vezes por semana.

ADUBAÇÃONunca se deve esquecer de molhar o substrato antes de aplicar o fertilizante. Os livros aconselham que durante o período de repouso não se deve adubar os

Dendrobiums, mas há orquidófilos que usam adubo nessa época, porém em menos quantidade.

Page 7: Manual Orquideas

O Dendrobium em geral necessita de muita adubação e isso deve ser feito no mínimo duas vezes por mês no verão e enquanto está crescendo, com um fertilizante do tipo NPK 30-10-10 ou 20-20-20 e no fim do verão e no outono um fertilizante com mais fósforo (P) para prepará-lo para a floração 8-45-14. (Utilize fertilizantes com alto nível de hidrogênio (25-9-9) na diluição adequada, uma vez por mês no verão.)

REPLANTIO E SUBSTRATOTransplante pequenas ou medias plantas que tenham terminado de florir somente quando o vaso tenha se tornado muito pequeno para suportar o peso de suas canas. A melhor época para se transplantar é quando as frentes novas estão com 10 a 15 cm de altura. As novas raízes destas novas frentes rapidamente irão se fixar no novo substrato. Não replante quando as novas frentes não estão crescendo ou a planta tenha parado de crescer. Depois de replantar. mantenha o substrato relativamente seco por duas semanas. Rege uma vez a cada 3 ou 4 dias, o suficiente para manter a superfície do meio úmida deve-se usar um spray . Quando novas raízes aparecerem providencie abundante água que deve drenar rapidamente pelo fundo do vaso. Deixe as plantas em 40 porcento de sombra por 3 meses. após o transplante. De março em diante coloque as plantas diretamente ao sol para produzir fortes canas e folhas e prepara-las para florescer

Phalaenopsis

Essas são orquídeas originárias das Filipinas, sudeste asiático, montanhas do Himalaia e norte da Austrália. Não são comuns como espécies puras em coleções, sendo a maioria das mais conhecidas híbridos gerados de semente, e depois reproduzidas do caule.

Habitat Essas orquídeas asiáticas não são comuns como espécies puras em coleções, sendo a maioria das mais conhecidas híbridos gerados de semente, e

depois reproduzidas do caule.

Este é o gênero de orquídea de mais fácil cultivo em casa e está entre os mais ornamentais de todo o mundo. Estas orquídeas são capazes de florirem por três meses seguidos, crescendo muito bem dentro de casa ou apartamento iluminado.

Luz Os Phalaenopsis não devem receber luz do sol direta, ou seja, não filtrada. Em casa, escolha uma varanda ou aposento bem iluminado, de preferência que receba o sol da manhã. Temperatura: Entre 18ºC e 32ºC é o ideal. Para uma boa florada a iluminação deve ser intensa. As folhas devem apresentar um tom verde claro amarelado. Ventilação: A ventilação pode ajudá-lo a controlar a temperatura, sendo mais importante ainda para evitar o aparecimento de insetos e fungos. Lembre-se: ventilação não é vento canalizado.

UMIDADE E REGA

Umidade: A umidade relativa do ar ideal é na faixa de 50 - 70%. Em regiões onde a umidade do ar cai abaixo de 30%, torna-se necessário borrifar as folhas das plantas diariamente com água. Cultive-as próximo de piscinas, lagos ou ainda num cantinho bem iluminado do banheiro, e você verá o efeito ornamental dessas plantas!

Adubação: Usamos adubo de aplicação foliar, deve ser feito no mínimo duas vezes por mês no verão e enquanto está crescendo, com um fertilizante do tipo NPK 30-10-10 ou 20-20-20 e no fim do verão e no outono um fertilizante com mais fósforo (P) para prepará-lo para a floração 8-45-14.

REPLANTIO E SUBSTRATO

A Phalaenopsis se adapta bem em substratos ricos em casca de madeira e xaxim de fibra da casca do coco. O carvão vegetal e os musgos (ou espumas artificias para reter a umidade) também estão presentes. A Phalaenopsis deve ter sua haste cortada acima do terceiro "nó", após as flores murcharem. Esta poda deve ser realizada com tesoura esterilizada. A poda deve ser feita na haste, após o terceiro nó, numa altura aproximada de 20 centímetros. Uma vez ao a Phalaenopsis emite cachos de até 12 flores, se bem cuidada. Suas flores têm muita durabilidade e resistência, persistindo por três ou cinco semanas antes de murcharem. Após a poda da haste, a Phalaenopsis pode voltar a dar novos cachos ainda no mesmo ano, numa ramificação.

Cattleya

Page 8: Manual Orquideas

Gênero de orquídeas de flores grandes e vistosas, muito popular, com inúmeros híbridos intergenéricos, amplamente disponíveis no comércio, que exercem enorme apelo e adaptam-se bem à coleções mistas de orquídeas.

HabitatSão cerca de quarenta robustas espécies epífitas, de crescimento subcespitoso, dispersas pelas florestas tropicais da América Latina, do México à Argentina, algumas espécies vivendo em áreas mais secas e submetidas a mais insolação outras mais sombrias e úmidas, cerca de trinta espécies no Brasil. Existem desde o nível do mar até dois mil metros de altitude, adaptam-se a praticamente todos os climas latino americanos exceto áreas desérticas ou geladas.

LuzSão plantas que apreciam bastante luz, recomendando-se sombra aproximada de sessenta porcento.

Temperatura: Variando diariamente entre 10-12ºC, diurnas entre 25-30ºC e noturnas entre 14-15ºC; sempre lembrando que espécies de altitude toleram muito mais variações de temperatura que espécies amazônicas.

Ventilação: Deve ser boa. A ventilação pode ajudá-lo a controlar a temperatura, sendo mais importante ainda para evitar o aparecimento de insetos e fungos. Lembre-se: ventilação não é vento canalizado.

UMIDADE E REGAÁgua: Cuidado geral. Na época em que a planta não esteja apresentando crescimento vegetativo tanto a adubação como as regas devem ser diminuídas.

Umidade: A umidade relativa do ar ideal é na faixa de 50 - 70%. Em regiões onde a umidade do ar cai abaixo de 30%, torna-se necessário borrifar as folhas das plantas diariamente com água.

AdubaçãoAdubação quinzenal, mas bastante diluída é recomendada. Usamos adubo de aplicação foliar, deve ser feito no mínimo duas vezes por mês no verão e enquanto está crescendo, com um fertilizante do tipo NPK 30-10-10 ou 20-20-20 e no fim do

verão e no outono um fertilizante com mais fósforo (P) para prepará-lo para a floração 8-45-14.

REPLANTIO E SUBSTRATOPodem ser facilmente divididas quando emitem novas raízes para fora do vaso, e o melhor momento para dividi-las é logo após a floração quando o novo crescimento estiver apenas iniciando. Lembre-se sempre de esterilizar a tesoura antes da poda.

Cymbidium

Habitat

Os Cymbidium são plantas terrestres de origem sul asiática mais precisamente das florestas chinesas, onde encontramos clima com períodos de frio e calor bem definidos e solos muito ricos em matéria orgânica e nutrientes necessários para seu pleno desenvolvimento. Os Cymbidiuns são orquídeas que preferem clima frio, porém podemos procurar espécies que se adaptem a um calorzinho.Luz

Os Cymbidiuns gostam de sol na cara, coloque-os em um lugar onde peguem sol o dia todo, porém cuidado, se o calor for excessivo é bom administrar os horários entre 11:00hs e 15:00hs. Eles gostam de vento quanto mais aberto o lugar melhor.

UMIDADE E REGA

As regas devem ser feitas sempre no final da tarde e em lugar de clima quente com agua bem gelada. Truque: Regue a planta, e depois coloque no vaso pedras de gelo, no começo da noite. Isso fará a temperatura da terra diminuir e

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ajudará a florescer. Cuidado para não colocar o gelo em contato direto com as folhas ou os bulbos, pois isso pode queimá-las.As regas da planta, como na grande maioria das orquidáceas, devem acontecer somente quando o substrato estiver praticamente seco, uma vez que rega excessiva pode provocar aparecimento de fungos ou simplesmente apodrecer  as raízes.

ADUBAÇÃO

Adubação - são plantas que necessitam de adubação constante e farta, com doses semanais de 30-10-10 deve ser usado de janeiro a julho para brotação e 9-45-15 para floração. Outra adubação importante é a orgânica, que deve ser feita com 1 colher de sopa de torta de mamona, e duas de farinha de osso esta adubação pode ser mensalREPLANTIO E SUBSTRATO

Para orquídeas terrestres, segue aqui a receita: 30% de argila, 40% de terra vegetal, 20% de pó de xaxim, 5% de farinha de osso e 5% de farinha de sangue.Não esqueça de que os vasos de forma meio cônica e comprida, normalmente de plástico preto ou marrom, nos quais são plantados e vendidos as orquídeas Cymbidium que compramos já floridas, estas acham-se com suas raízes praticamente concentradas num mínimo de substrato interno, precisando serem replantadas em vasos maiores, ou até fazendo novas mudas com os psedobulbos que perderam folhas e acham-se protegidos por  bainha de folhas secas.Minha sugestão é de que, após a floração, molhe bem o vaso pra facilitar as raízes desgrudarem-se sem muito trauma, soltando-as e replantando noutro vaso maior ou mesmo no chão de seu jardim, com o substrato correto e lembrando de colocar uma boa base de pedriscos, telha ou tijolo de 8 furos quebrados, colocados no seu

fundo ou cova em que será replantada, para uma boa drenagem da água que venha a receber.Nesse replante poderá fazer novas mudas com aqueles pseudobulbos mais velhos que perderam as folha, cortando-os (com faca  afiada e desinfetada na chama do fogão) junto do pequeno rizoma, mantendo suas raizes. No replantio, alguns orquidófilos usam podar  com tesoura desinfetada, cerca de 1/3 do comprimento das raizes no replantio. Prefiro plantá-las sem essa poda, porque assim ela estará mais protegida de eventual ataque de bactérias ou fungos.  Lembre-se de imunizar a área do corte onde destacou os pseudobulbos para replante, cauterizando esse corte com uma colher aquecida, ou passando uma pasta de canela em pó.  

VANDAS

As Vandas e Ascocendas e gêneros relacionados, em geral, necessitam de grandes quantidades de nutrientes quando estão mais ativas (estações quentes), embora apresentem crescimento o ano inteiro. Para saciar a "voracidade" de tais plantas, utilizo o seguinte programa de adubação - tomando como referência o período de uma semana:

Obs.: adubo NPK Peter's solúvel em água. Regime para plantas adultas.

Segunda-feira: 20-20-20 - 1 colher de chá por galão (3,6 L);Terça-feira: 20-20-20 - 1 colher de chá por galão (3,6 L);Quarta-feira: 10-30-20 - 1 colher de chá por galão (3,6 L);Quinta-feira: adubo à base de algas marinhas*;Sexta-feira: 20-20-20 - 1 colher de chá por galão (3,6 L);Sábado: 20-20-20 - 1 colher de chá por galão (3,6 L);Domingo: 10-30-20 - 1 colher de chá por galão (3,6 L).Segunda: recomeçar o ciclo.

Adubação para sementeiras (seedlings):

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Usar 1/4 da dosagem recomendada acima, seguindo a mesma periodicidade.

*eu uso, acredite se quiser, folhas de algas "nori", aquelas usadas para fazer "sushi" - fervo uma folha por algus minutos (ca. 5 min.) em cinco litros de água, côo em papel-filtro, espero esfriar e, em seguida, pulverizo o líqüido nas orquídeas (raízes e folhas das vandáceas).

Tal programa de adubação é válido para os meses quentes do ano e depende da região em que se cultiva as vandáceas. Para regiões em que se faz frio, as vandas nesse período irão requerer adubação pela metade, embora na mesma freqüência. Na minha região, Sorocaba, faz um pouco de frio à noite, porém os dias costumam ser claros e raramente frios - daí eu não ver vantagem alguma em reduzir à metade o regime de adubação, pois as Vandas sempre têm calor suficiente para prosseguir o seu desenvolvimento.Observar que o adubo deve ser diluído em água preferencialmente desclorada e com Ph inferior a 7,0. Pulverize abundantemente as folhas e raízes, preferencialmente bem de manhã, nunca nas horas de maior insolação.

Alternativa

Se o cultivador não tem o tempo necessário para adubar as suas vandáceas diariamente, há a alternativa de seguir o seguinte programa: 1ª semana - cada três ou quatro dias (duas vezes por semana) utilizar duas colheres de chá de Peter's 20-20-20 por galão. 2ª semana - cada três ou quatro dias (duas vezes por semana) duas colheres de chá de Peter's 20-20-20 por galão. 3ª semana - cada três ou quatro dias (duas vezes por semana) duas colheres de chá de Peter's 10-30-20. 4ª semana - reiniciar o ciclo.

Adubação para sementeiras (seedlings):

Reduzir a 1/4 da dosagem recomendada na alternativa, seguindo a mesma periodicidade.

Regas

É um ponto muito importante no cultivo de Vanda e Ascocenda. Como tais plantas não contam com pseudobulbos, não têm como armazenar água e nutrientes por muito tempo. Em estações com disponibilidade de calor e luz,

incluindo os "veranicos" no inverno, eu rego diariamente as minhas vandáceas, muitas vezes na freqüência de três a quatro vezes! As regas sempre ocorrem privilegiando as raízes, praticamente não atingindo as folhas. Uma dica interessante seria proceder a uma "rega prévia e ligeira", e, depois passados cerca de cinco minutos, regar novamente até que as raízes se tornem esverdeadas (antes as mesmas devem estar esbranquiçadas ou acinzentadas). Com isso garante-se que as raízes absorvam água e nutrientes com o total de sua capacidade. Portanto, antes de adubar, siga previamente esse procedimento.É importante fornecer à planta períodos suficientes para que suas raízes sequem convenientemente (tornem-se esbranquiçadas ou acinzentadas novamente). Lembre-se que as raízes jamais deverão estar molhadas (esverdeadas) ao cair da noite.É importante também manter a umidade relativa do ar na casa dos 80% - regar sempre o chão do orquidário a fim de manter esse ideal - no meu vandário, cultivo bromélias embaixo das vandas, pois tais plantas retêm água em seu copo central e entre suas folhas, proporcionando ao ambiente a umidade necessária, além de as mesmas se beneficiarem das constantes regas e adubações - note que praticamente não há qualquer desperdício.Uma outra observação diz respeito ao sombreamento - Vandas e ascocendas e outros gêneros, em geral, preferem 50% de luz, levando-se em conta que as folhas não devem esquentar demasiadamente, com o risco de ocorrer queimaduras e lesões que são portas de entrada para infecções de fungos e bactérias.

Ventilação

A fim de prevenir calor em demasia nas folhas, uma boa ventilação é importante. Muitas pessoas têm em mente que as vandáceas, em seus locais de origem, vegetam em condições de calor intenso e abafamento. Não é bem assim - a maior parte das espécies e dos híbridos de vandáceas apreciam ventilação (não correntes de ar frio, que aliás elas detestam) e calor o suficiente para que as folhas não esquentem em excesso, aliados a uma ótima luminosidade para que possam exercer as suas funções fotossintéticas.

Uso de glucose

É estranho, porém muitos cultivadores tailandeses (as melhores vandáceas do mundo são provenientes da Tailândia) utilizam glucose como suplemento energético para suas plantas. Eu utilizo e aprovo, porém, por razões práticas,

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lanço mão de açúcar refinado comum, com igual resultado: as folhas ficam mais túrgidas (mais hidratadas) e vigorosas, sendo que o crescimento é nitidamente mais acelerado. A dosagem utilizada por mim é a de uma colher de chá por galão, uma vez por semana - pode ser utilizado juntamente com adubo.Uma restrição ao uso de glucose ou açúcar tem relação com infecções fúngicas e bacterianas. Qualquer sinal destas, suspenda o uso de tal suplemento até sanar o problema. Notar que o uso de adubos com excesso de nitrogênio apresenta muito maior relação com infecções fúngicas do que a utilização de açúcar.Não usar tal metodologia em vandáceas plantadas com substrato. É válido para plantas cultivadas com raízes nuas.

Todas as infomações presentes neste texto foram traduzidas e adaptadas por mim do livro Vandas and Ascocendas and their combinations with other genera - de David L. Grove - editora Timber Press.Espero ter contribuído com as minhas informações - aguardo respostas e informações!

OUTRA PLANTASTuia holandesaA tuia holandesa (Cupressus macrocarpa), uma espécie conífera, assim como os pinheiros tradicionalmente usados no Natal, é uma boa opção de decoração e ainda apresenta algumas vantagens sobre os modelos tradicionais: por ser uma planta cultivada em vaso desde o início, pode ser transplantada em local definitivo, como jardins e quintais, conservando a aparência e o aroma característico durante toda a temporada natalina. Esta planta é comercializada em vários tamanhos, desde 40 cm até quatro metros de altura. Dependendo do porte, pode ser usada como planta decorativa em ambientes internos ou externos, por toda a vida. "A maior procura é por árvores com cerca de 1,5 metro de altura", revela Ralph Dekker, coordenador de marketing da Fazenda Terra Viva, empresa situada em Holambra (SP), que produz e comercializa a espécie. "É um tamanho ideal para ambientes internos, onde abrigará ao seu redor os pacotes de presentes", explica Ralph.A espécie comercializada é da família das Cupressáceas, que emana um suave aroma de limão ao ser tocada e pode apresentar diversos formatos: piramidal, bola e coração (obtidos com técnicas de poda e condução manual).

Principais CuidadosA espécie produzida pela Terra Viva é originária da Inglaterra e foi adaptada ao clima brasileiro. A fase inicial, chamada de enraizamento da planta, dura cerca de seis meses. Em dois anos, atinge a altura de 40 cm e, em três anos, chega a 1,5 metro. A partir daí, cresce aproximadamente um metro a cada ano.Quando atinge cerca de 2 metros deve ser transplantada, para que as raízes tenham mais espaço.

Ambiente e Cultivo

O local ideal é à meia-sombra, onde receba cerca de duas horas de sol direto por dia. Em locais de clima ameno, pode ficar sob luz solar direta em tempo integral. O cultivo em vaso exige regas diárias e locais bem iluminados. Por ocasião do plantio em jardins, é aconselhável fazer uma cova profunda, com cerca de 50 cm de profundidade e 50 cm de largura. Antes do plantio, recomenda-se encharcar a cova, para que suas paredes fiquem bem molhadas e facilitem a acomodação da raiz. A mistura de solo ideal deve conter terra vegetal e húmus de minhoca. Além disso, é bom lembrar que o desenvolvimento da planta depende de uma boa irrigação. "É preferível, no caso desta planta, colocar água em excesso do que nenhuma - pode-se regar a planta todo dia, como garantia", afirma Ralph Dekker.

GLOXÍNIA

Nome CientíficoSinningia speciosa

A Planta Por ser rústica, exige poucos cuidados. Ela é da família das Gesneriáceas e se caracteriza por ser uma herbácea de pequeno porte perene. Costuma-se plantá-la em vasos e sua origem é sul-americana, mais especificamente o Brasil. Pode atingir até 30 centímetros de altura. O método utilizado para a sua propagação é a estaquia de folhas durante a primavera e verão.

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Flores São agrupadas em hastes florais e sua floração se dá no verão. Apresentam várias cores.

Ambiente e Cultivo

É normalmente plantada em ambientes fechados, em interiores, e geralmente em vasos comuns. O clima ideal é o quente e úmido. O

solo precisa ser preparado com duas partes de terra comum de jardim, duas partes de terra vegetal e uma parte de areia. É necessário regá-la todos os dias durante os meses quentes, e duas ou três vezes por semana no outono e inverno. Ela gosta de meia sombra, mas precisa de muita luz no verão, embora não suporte sol direto entre 10 e 17 horas.

LIRIO

Os lírios são muito populares e guardam o posto de 5º lugar de flores mais vendidas no mundo. Eles apresentam folhas grandes, lanceoladas e lisas, uniformemente distribuídas ao longo da haste floral. As flores terminais podem ser solitárias ou em grupos, dependendo da variedade e é muito perfumado, seu formato pode ser plano, de trombeta, cálice ou turbante. As cores das flores também são bastante variadas e as mais comuns em cultivo é O laranja, a amarela, a branca, a vermelha e a rosa, com ou sem pontilhados.Devem ser cultivados em solos leves e férteis, enriquecidos com matéria orgânica, regados a intervalos regulares, para que se mantenha úmido, sem.

encharcamento. Os lírios apreciam o frio e perdem a folhagem durante o inverno, sendo este período muito importante para a maturação dos bulbos. Não toleram a

seca. Multiplicam-se artificialmente por escamação dos bulbos para a produção de bulbilhos.OBS: O bullbo comercial é mantido a "zero" grau de temperatura, para que ele possa crescer e florescer de imediato. Isso quer dizer que para você fazê-lo crescer e florir novamente vai precisar cortar as hastes florais que já floresceram e manter os bulbos dentro da geladeira ( no interior de um saco plástico perfurado) por pelo menos tres meses. E então tentar fazêlo florir novamente. Na verdade, tanto o Lilium asiático (sem perfume) como o Lirio oriental (com perfume) são produzidos para florescer apenas uma vez

Kalanchoe (Flor da Fortuna)

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Nome científico: Kalanchöe blossfeldianaFamília: CrassuláceasOrigem: África e MadagascarCaracterísticas: Planta suculenta, também conhecida como "gordinha" em virtude de suas folhas carnudas. Planta rústica que produz abundante floração, com as pequenas flores agrupadas em buquês, nas cores rosa, laranja, amarela e vermelha, dependendo da variedade. Ideal para formar maciços e bordaduras nos jardins, mas também dá ótimos resultados em vasos e floreiras. É uma planta que precisa de muita luminosidade. Quando adulta, alcança até 30 cm de altura.Época de floração: entre o final do outono e início da primavera.Reprodução: Para obter novas plantas a partir de um vaso de kalanchoe, é só usar os brotos que surgem nas bordas das folhas adultas.

Solo: O ideal é o solo solto, poroso, drenado e rico em matéria orgânica. Para o plantio em vasos, recomenda-se a seguinte mistura: 1 parte de terra comum, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de areia.

Cultivo: O clima adequado para o cultivo é o quente e úmido. Pode ser cultivada à meia-sombra, desde que receba luz solar direta algumas horas por dia. As regas no inverno devem ser espaçadas, pois o excesso pode provocar o apodrecimento das raízes. Para que o kalanchoe cresça forte e produza folhas com um leve tom avermelhado, devemos tentar reproduzir as condições de seu ambiente de origem, ou seja, colocar o vaso onde possa receber sol e vento.

Adubação: Para estimular a floração, recomenda-se uma adubação anual com farinha de osso, torta de mamona e um fertilizante de fórmula NPK, com porcentagem maior em P (fósforo), todos podem ser encontrados em lojas de produtos para jardinagem e gardens centers.

Podas: A planta não exige podas complicadas, mas para manter o visual decorativo, retire as hastes à medida que as flores vão murchando.

Cuidados: É uma planta razoavelmente rústica e se as suas necessidades básicas forem atendidas, dificilmente surgirão problemas como ataque de pragas ou doenças.

AMARILIS

NOME CIENTIFICO: HippeastrumNOME POPULAR: açucena, flor-da-imperatriz

A amarílis apresenta flores carnudas de cores brilhantes, desde meio de Novembro até final da Primavera. Produz flores no cimo de um caule com uma altura de 25cm, com cores que vão do branco puro, cor-de-rosa, laranjas vivos, amarelos delicados até ao vermelho brilhante. Os Holandeses melhoraram genéticamente esta planta dando origem a inúmeros híbridos. Todos os hippeastrums são bolbosos perenes com folhas estreitas e compridas. Cerca de 75 espécies foram registadas numa variedade de habitats (desde margens de rios a montanhas) no Brasil, Peru e Chile.

Crescimento:

Os bolbos dos grandes híbridos devem ser plantados no Outono numa mistura de terra com turfa e alguma perlite. Cerca de um terço do bolbo deve ficar visível

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acima da mistura de terra. Colocar o vaso num sítio quente com cerca de 21ºC, para favorecer o crescimento das raízes. Uma prateleira em cima de um radiador de aquecimento central seria o ideal.

A adubação

deve começar desde que apareça a primeira folha, devendo continuar até acabar a floração. Quando os bolbos estão a crescer devem ser mudados para uma zona bem iluminada e arejada. Todos os Hippeastruns manterão mais tempo a sua floração se quando aparecerem os botões da flor, os vasos forem mudados para uma divisão fresca com cerca de 16º C.Regar os vasos segundo as necessidades da planta, normalmente uma vez ou duas por semana durante o Inverno e a Primavera e mais frequentemente durante o Verão. Será conveniente borrifar a planta se o Verão for muito quente, para aumentar a humidade à sua volta.As hastes que surgem devem ser apoiadas numa estaca, uma vez que há híbridos que podem atingir 30 com de altura.

Resolução de problemas

Não é recomendável meter as plantas fora de casa no Verão, a menos que se consiga encontrar uma posição abrigada do sol directo, como por exemplo um lugar debaixo de uma árvore frondosa.Os ventos fortes podem dobrar ou partir as folhas e prejudicar os botões ou flores.O sol directo e intenso pode avermelhar as folhas, sendo algumas variedades muito susceptíveis a fungos e ataques de parasitas.Não se deve deixar os hippeastrums crescer na água como se faz com os jacintos pois as raízes apodrecem.

RENDA-PORTUGUESA

Descrição:

 Planta herbácea rizomatosa, com grandes e longos rizomas cheios de pelos marrons escuros, de onde partem as folhas compostas, finamente pinadas, de aparência delicada.

Modo de cultivo:Para ambientes iluminados, porém sem sol direto, é uma planta que poderá ser cultivada no chão sob árvores, em vasos ou jardineiras e em vasos para interiores. Os vasos podem ser largos, do tipo bacia, mas não precisam ser altos, pois os rizomas ficam meio a descoberto no substrato.

Solo e substrato :O solo de cultivo deverá ser rico em matéria orgânica. Usa-se uma mistura de composto orgânico, turfa e areia. Também pode ser usado o substrato especial organo-mineral vendido em sacos nas agropecuárias, mas se utilizar este material deve misturar com areia.

Troca de vaso e propagação de mudas : Para trocar de vaso, proteja o furo de drenagem com cascalho ou manta não tecido e um pouco de areia.

Coloque o substrato e plante a muda, acrescentando mais substrato apertando deleve para fixar.

Regar a seguir.

Manter o substrato levemente úmido. Para fazer a propagação da muda, retirar pedaços do rizoma, preservando as folhas e plantar como mostramos no passo a passo . Use um vaso pequeno ou médio, pois a renda portuguesa tem lento crescimento. Proteja do sol direto em cultivo protegido. A adubação desta planta é feita misturando uma colher de medida de adubo granulado formulação NPK 10-10-10 em 2 litros de água, sacudir bem para dissolver. Colocar cerca de 1 copo pequeno por vasinho, se este for maior, aumente a quantidade. Faça isto a cada 4 meses.