manipulaÇÃo, dominaÇÃo e controle

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MANIPULAO, DOMINAO E CONTROLE Resumo do livro

Captulo 1 Pessoas que DominamAs pessoas so uma das maiores fontes individuais de domnio ou manipulao. Elas exercero diversos nveis de poder ou autoridade sobre as outras em diferentes ocasies. Dado o fato da premissa de autoridade, as pessoas desenvolvero uma atitude negativa, ilcita e anticrist, ou positiva, lcita e coerente com a Palavra de Deus. A esfera de domnio na raa humana Em sua sabedoria, Deus determinou exatamente o que a humanidade deveria ter sob seu domnio ( Gn. 1: 26 ) sobre todos os animais e criaturas com os quais tem interao. No plano original de Deus, no entanto, no est determinado que um ser humano deve ter domnio sobre outro ser humano. A nica fonte legtima de autoridade Deus. Assenhorear-se de outra pessoa , portanto, uma tentativa de estender nossa esfera de domnio alm do que Deus originalmente determinou. O prprio Deus trata todas as pessoas de forma imparcial fazendo o sol raiar sobre maus e bons, derramando a chuva sobre justos e injustos ( Mt. 5: 45 ). A mente de Deus reflete-se no ensino de Jesus: Mas vocs no devem ser chamados rabis; um s o Mestre de vocs, e todos vocs so irmos. A ningum na terra chamem pai, porque vocs s tm um Pai, aquele que est nos cus. Tampouco vocs devem ser chamados chefes, porquanto vocs tm um s Chefe, o Cristo. O maior entre vocs dever ser servo. Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar ser humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar ser exaltado. ( Mt. 23: 8 12 ). De fato, os cristos no devem se distinguir por sua posio, mas por seu servio. Revelando o manipulador e o dominado Na questo de dominadores e dominados, como em tudo mais, devemos ter o amor como nossa motivao. As pessoas no so objetos sobre os quais exercemos nossos ministrios especficos. Todo esforo deve ser realizado no sentido de assegurar que no causamos dano emocional adicional ao que j pode ter ocorrido. Quando um indivduo age por interesse prprio, h caractersticas que podem indicar que est havendo uma relao de domnio. 1 Possessivo e obsessivo Dominadores e manipuladores so possessivos. Enciumados, eles protegem sua esfera de controle, no importando quo pequena seja a influncia que exerce 1

sobre o outro. Eles criam alguma forma de resistncia na tentativa de manter o domnio. Em situaes em que h uma necessidade obsessiva de domnio, os dominadores procuram preservar sua esfera de poder. Por todo o pas, h muitas pessoas que nunca cresceram na f a fim de fazer algo para Deus porque foram reprimidas por um pai na f. No h espao para uma relao normal com o dominador ou manipulador. necessria uma dose de submisso. Uma vez rompido o poder sobre uma pessoa, o dominador no entra em nenhum outro tipo de relacionamento. Os dominadores consideram um ato de traio a atividade normal de um indivduo no sentido de crescer na f e, conseqentemente, sair da sua tutela. Quando as coisas no vo bem no relacionamento, eles tentam justificar sua prpria posio culpando o indivduo antes dominado. Normalmente, as pessoas no tentam manipular todos com quem tm relao. Pelo contrrio, o controle seletivo, apenas empreendido contra determinados indivduos. O manipulador acha difcil, e mesmo impossvel, aceitar que est errado em qualquer de seus conselhos. 2 Coercivo e violento A necessidade de ver outras pessoas submeterem-se s suas exigncias pode resultar em uma situao em que o manipulador usa mtodos engenhosos para estabelecer ou manter influncia sobre uma pessoa. Sua engenhosidade manifesta-se em sua capacidade de combinar tirania e mtodos que sabe que funcionaro. Isso manipulao. O manipulador tem um padro comportamental que o deixou com a conscincia insensvel. Pelo que, ele no tem escrpulos quanto se aproveitar da situao de outra pessoa. Impor exigncias e pedidos a uma pessoa quando esta no pode negar simplesmente uma forma de manipular. Este o mesmo princpio usado por chantagistas. Os chantagistas descobrem um segredo ntimo de uma pessoa e ento usam essa informao contra sua vtima. Eles mantm o controle da situao por meio da intimidao, ou seja, da ameaa de fazer algo que envergonhe ou prejudique a vtima se no forem obedecidos ou pagos. A coero faz com que as pessoas aceitem a represso sem muita resistncia. A coero , portanto, mantida pela ameaa do uso da violncia. Os manipuladores podem mostrar agressividade como parte de seu carter. As pessoas que so manipuladas logo percebem que esto sendo movidas pelas expectativas dos manipuladores. O peso dessas expectativas logo cria um comportamento que entra em conflito com os desejos particulares da pessoa manipulada. Como o apstolo Pedro, pessoas bem intencionadas podem oprimir-nos com expectativas, que aparecem na forma de conselhos contrrios vontade de Deus. As expectativas dos amigos podem ser um srio obstculo ao crescimento de uma pessoa. E pode ser tambm um srio desastre no caminho do crescimento de uma igreja. As expectativas de outros podem, portanto, frustrar a pessoa manipulada, impossibilitando-a de fazer o que pensa ser certo, ao mesmo tempo que a oprimem. 3 Egocntrico O dominador egocntrico tem um forte desejo de ser o lder do grupo. Esta a marca dos manipuladores egocntricos. Embora s vezes se interessem por 2

sugestes dadas por outras pessoas, eles s aceitam boas idias se eles mesmos forem, ou parecerem ser, os autores. No grupo, os dominadores normalmente consideram-se superiores. Quando sentem que sua posio est sendo ameaada por alguma pessoa, eles tm a tendncia de se afastar dela. 1 O histrico pessoal do dominador Muitos contraem suas atitudes na infncia, o que, dado o hbito, torna-lhes difcil aceitar que o comportamento que adquiriram est errado. Algumas pessoas que foram magoadas na infncia procuram controlar cuidadosamente tudo o que acontece sua volta, para prevenir surpresas e decepes. Essas pessoas esto determinadas a garantir que nunca mais se encontraro em situaes de sofrimento por causa do mau juzo ou comportamento de outra pessoa. Outras, no entanto, desenvolvem uma atitude manipulatria porque as pessoas a quem respeitavam enquanto cresciam eram dominadoras ou manipuladoras. Um terceiro grupo formado de pessoas que se associaram a indivduos que se recusavam a assumir responsabilidades. Essas pessoas aprenderam a agir de forma autoritria e a crer que a maioria precisa ser dirigida. Um quarto grupo simplesmente preferiu dominar e controlar as circunstncias sua volta de uma forma consciente e deliberada, em proveito prprio. Seus integrantes gostam da sensao de poder e se aproveitam das oportunidades para exerc-lo. Essas pessoas tm satisfao em colocar outra pessoa em uma posio subordinada. 2 As necessidades desempenham um papel Necessidades econmicas, sociais e emocionais desempenham um papel no desenvolvimento de um manipulador. Este o caso de alguns falsos mendigos. Suas necessidades econmicas os levaram a por de lado o comportamento decente. O tipo mais complexo de dominador e manipulador aquele que tem sentimentos dissimulados, e exerce a manipulao ou domnio espiritual como uma forma de rebelio contra Deus. O indivduo tem prazer em controlar pessoas, em submeter vontades. Isso demonaco. 3 A importncia da percepo Avaliar um problema sem recorrer a Deus como a principal fonte de solues para os problemas gerais ou especficos revela falta de confiana em Deus. Quando os cristos consideram uma situao sem antes buscarem orientao na Palavra de Deus, sua falta de confiana nEle far com que dependam exclusivamente de seu julgamento prprio. Normalmente essas pessoas tm uma cegueira e no percebem que esto agindo de acordo com a capacidade humana em vez de recorrer a Deus. O indivduo que tenta viver com suas prprias foras, peca. A uma perspectiva destituda da presena consciente de Deus, junta-se o medo de falhar. Dar liderana e responsabilidades a esses cristos um perigo para a igreja. Incerteza e vacilao, omisso e dvidas so sintomas comuns do cristo que no anda pela f. Crentes inseguros so presas fceis de manipuladores. Lderes e supervisores sem espiritualidade so candidatos naturais a controladores. 3

Indivduos que no conseguem encontrar soluo para seus problemas tendem a passar essa responsabilidade para outra pessoa. E o lder formal que no consegue enxergar o resultado de uma contribuio prpria original de seus liderados tende a manipular ou coagir aqueles que distinguem o limite de suas capacidades quando confrontado com uma determinada situao. Um modelo em que a responsabilidade transferida mantido muitas vezes mesmo quando decises menos importantes tm de ser tomadas. Embora possa parecer inofensivo, qualquer comportamento de fuga responsabilidade tem de ser discutido. Esse modelo em que a responsabilidade renunciada significa que o indivduo logo passa a depender de modo doentio de uma ou mais pessoas. Satans busca pessoas que o adorem. No alcanando seu objetivo, tenta manobrar-nos para que deixemos de depender de Deus e passemos a depender de pessoas, objetos, demnios ou at de frmulas e mtodos. O que , vale dizer, essencialmente, idolatria. O alvo do diabo destruir nosso relacionamento com Deus. Se a nossa f ou confiana est baseada em pessoas dignas de confiana, ou frmulas que funcionam, corremos, ento, o risco de aceitar como prioridade as reivindicaes e as exigncias que esses amigos e frmulas colocam sobre a nossa vida. Confiar em qualquer pessoa antes de confiar em Jesus, ou depender de qualquer frmula que no seja um princpio da Palavra de Deus, idolatria. Embora esteja correto agradecer s pessoas e encoraj-las para que sejam prestativas, precisamos nos conscientizar quanto ao lugar exato em que est depositada a nossa dependncia. Precisamos ser sbios.

Captulo 2 Autoridade na IgrejaQualquer submisso liderana que seja fruto de uma convico do Esprito Santo, de livre vontade e no desejo de servir a Deus e s pessoas louvvel. A submisso, com outra motivao, voluntria ou induzida, duvidosa. Existe uma linha tnue entre honrar uma pessoa de Deus e idolatr-la. O partidarismo compreende quatro fases. Primeira: h uma divergncia de opinio. Quando no tratado de forma adequada, isto gera muita tenso. As fortes emoes decorrentes estabelecem a base para o partidarismo. Segunda: existe o personalismo de lderes que exploram as divergncias. Terceira: demarcadas as linhas de batalha, a difamao torna-se a ferramenta mais eficaz para solapar a oposio. Embora haja uso da violncia em casos extremos. Quarta: desenvolve-se e consolida um desprezo pela opinio dos outros. Torna-se cada vez mais difcil qualquer comunicao. E o ideal da unidade torna-se cada vez mais distante enquanto cresce o nmero de relacionamentos rompidos e se compromete a eficincia da igreja. Quase sempre, os lderes tm preferido usar os padres mundanos em vez da consagrao a Deus. Perguntas do tipo Qual a sua posio social ou intelectual? tm pesado nas consideraes seleo de candidatos liderana. O mundo, que recorria igreja em busca de liderana e orientao sobre questes morais e sociais, acha, hoje, impossvel levar a igreja a srio. Mtodos de manipulao na igreja 4

A manipulao na igreja pode partir dos lderes, voltar-se contra eles ou ser imposta por um membro a outro. Presbteros que no tm vida de orao so suscetveis de manipulao ativa ou passiva. Mesmo pastores e presbteros, se espiritualmente fracos, se apoiaro em outras pessoas da igreja que lhe parecem fortes. 1 Influncia As estruturas hierrquicas da igreja muitas vezes so usadas pelo manipulador influente como uma alavanca para realizar desejos pessoais. A manipulao financeira muitas vezes acaba fazendo com que os planos da igreja sejam ajustados segundo a opinio de uns poucos, que so ricos. Uma vez submetida manipulao financeira, a liderana logo desenvolve um padro de resposta aprendido. Esses manipuladores sabem que, sob presso, a liderana se curvar sua vontade. Se voc est em uma posio de liderana, seja determinado em sua f. Creia que se voc buscar primeiro o reino de Deus e a sua justia, todas as coisas lhe sero acrescentadas ( Mt. 6: 33 ). Isto inclui as finanas da igreja. 2 Fugir responsabilidade Alguns lderes fogem responsabilidade como uma forma de manter o equilbrio na igreja. Quando pressionados a usar sua autoridade, eles se abstm. O lder fraco e inseguro percebe que jogar uma corrente em oposio a outra ao mesmo tempo em que nunca revela a sua prpria opinio pode ser uma maneira eficaz de manter-se na igreja. No entanto, a ausncia de deciso, promove a pulverizao, quando qualquer um se sente habilitado a dar orientao igreja. O partidarismo se desenvolve onde no h uma forte equipe de liderana. difcil a tenso que muitos lderes de igreja sentem entre os membros que avanam rpido e acompanhar os passos dos membros mais lentos. Se um lder tem uma viso clara na sua igreja, grande parte da tenso entre os membros desaparecer. Quanto mais forte for a viso, e a direo, menor ser a chance dos lderes fugirem responsabilidade e ao dever. 3 Dogmatismo A inflexibilidade de atitude e a eloqncia na comunicao da doutrina so caractersticas do dogmtico. Faltam, no entanto, em sua aplicao da Palavra, a pacincia, o amor e a humildade. O dogmatismo inflexibilidade. E completo fechamento considerao de qualquer outro ponto de vista. A melhor forma de combater o dogmatismo ensinar o quo importante estar aberto possibilidade de estarmos, ns prprios, errados, na interpretao das Escrituras. 4 Gnosticismo Os gnsticos espirituais so to prejudiciais quando os dogmticos. Eles se caracterizam por sua abordagem mstica da realidade. Tambm afirmam ter informaes ou conhecimentos que se chocam com a autoridade da Bblia e agem como se conhecessem todos os segredos do cu. E tal comportamento 5

normalmente resulta em abusos dos dons do Esprito. Uma caracterstica peculiar do gnstico espiritual que ele no pode submeter-se liderana. Ele acha que tem que liderar porque detm o conhecimento. Tratam-se de pessoas geralmente frustradas na tentativa de manipulao direta, e que tentam se fazer influentes com essas revelaes gerais. Ofender o gnstico atrair a ira dos que lhes conhecem a sapincia. A igreja que apresenta uma liderana fraca o lugar em que um gnstico carismtico pode, com presso suficiente, ser o nico verdadeiro responsvel pela direo. Eles tm a tendncia de aglutinar pessoas mais fracas e us-las como uma plataforma por meio da qual expressam suas crenas e multiplicam suas foras. 5 Oraes que induzem ao erro Jesus Cristo ensinou-nos a amar os nossos inimigos, e no a orar contra eles. Deus quer que oremos pelos que se opem mensagem do evangelho. Os discpulos quiseram fazer oraes contrrias ao evangelho quando viram que Jesus no havia sido bem recebido em uma aldeia samaritana: E enviou mensageiros sua frente. Indo estes, entraram num povoado samaritano para lhe fazer os preparativos; mas o povo dali no o recebeu porque se notava que ele se dirigia para Jerusalm. Ao verem isso, os discpulos Tiago e Joo perguntaram: Senhor, queres que faamos cair fogo do cu para destru-los? Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu... ( Lc. 9: 52 a 55 ). Orar para que as pessoas deixem seus cargos de liderana, ou pedir a Deus que arranque essas pessoas da liderana, quase o mesmo que pedir para cair fogo do cu. A Bblia bem clara ao afirmar que o prprio Deus quem coloca pessoas em posies de autoridade: Todos devem sujeitar-se s autoridades governamentais, pois no h autoridade que no venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. ( Rm. 13: 1 ) A autoridade s pode ser rejeitada quando imoral ou tem um estilo de vida imprprio de um filho de Deus, conforme preconiza Jesus. Quando as pessoas usam a orao como um instrumento para derrubar outras, essa orao tem mais a ver com feitiaria do que com o amor e bondade que devem ser caractersticas essenciais de nossas oraes. Deus no elimina pessoas com as quais discordamos, ou porque elas no compreenderam a mensagem do evangelho. Pedir a Ele para que faa isso a abordagem errada da orao: Antes de tudo, recomendo que se faam splicas, oraes, intercesses e aes de graas por todos os homens ( 1Tm. 2: 1 ). As oraes manipulatrias no fazem outra coisa seno reforar a opinio de outros sobre as pessoas apresentadas nessas oraes. Deus no manipulvel. Quando as oraes manipulatrias so percebidas, os lderes devem discutir a atitude imprpria que est em suas entrelinhas. O verdadeiro amor e cuidado 6

para com a congregao significa rejeitar todas as formas de atitudes inadequadas: as oraes imprprias, portanto, no devem ser ignoradas. Tratando do problema na igreja No se deve fazer concesso aos manipuladores em nome da unidade crist. At os primeiros apstolos tiveram de garantir que no sucumbiriam presso da religio. O maior problema no contexto da igreja uma terrvel averso a mudanas. Pastorear de forma opressiva H pastores que oprimem as suas ovelhas. Para eles, discipular ou pastorear uma forma de confinar pessoas a um relacionamento em que um cristo obedece a outro sem questionar. A opresso uma realidade trgica em muitas igrejas. Deus no quer que pastores ou lderes dominem e controlem todos os aspectos da vida de seus membros. Pastorear de forma opressiva uma atitude condenvel porque rouba a liberdade de escolha dos indivduos. As pessoas no devem ser tratadas como crianas que no conseguem conduzir seus prprios negcios. Deus no quer que os pastores ajam como senhores de ovelhas. Ele mesmo foi servo de toda a humanidade quando veio terra para realizar o plano da redeno. Os pastores na igreja devem ser servos. Uma vez que os lderes de um movimento pedem s pessoas que os sigam, eles inconscientemente se colocam como intermedirios entre o indivduo e Jesus. Jesus disse: vinde aps Mim, no disse ide aps os lderes. Se seguirmos aos lderes, nossas atitudes, por fim, sero como as dos lderes a quem seguimos, em vez de serem como as de Jesus. No seguimos aos homens da palavra; pelo contrrio, seguimos ao Homem que a Palavra. Paulo disse aos corntios que atentassem para a vida que ele levava: Portanto, suplico-lhes que sejam meus imitadores. Por essa razo estou lhes enviando Timteo, meu filho amado e fiel no Senhor, o qual lhes trar lembrana a minha maneira de viver em Cristo Jesus, de acordo com o que eu ensino por toda parte, em todas as igrejas. ( 1Co. 4: 16 e 17 ) Paulo pediu aos cristos de Corinto que o imitassem, mas teve o cuidado de no pedir que o seguissem. Embora seja nossa responsabilidade fazer discpulos como decretou Jesus aos cristos ( Mt. 28: 19 ), no correto impor-se ao discpulo. O discipulado uma resposta ao chamado de Deus, um desejo de submeter-se obedincia do Senhor. Para que o discipulado tenha xito, necessrio que haja flexibilidade e oportunidade para que o Esprito Santo aja e opere na vida de cada pessoa. Grande parte dos movimentos de discipulado e pastoreio opressivo no ensinou princpios bblicos, mas forjaram um estilo de vida de dependncia humana, ou seja, um sistema de controle. Os princpios da Palavra de Deus so teis e libertrios, Para a liberdade que Cristo nos chamou... O problema que, a menos que as pessoas aprendam a depender diretamente do Esprito Santo, elas estaro sob o domnio e controle de regras rgidas que lhes foram legadas por manipuladores. E em vez de aprenderem a se relacionar com Deus, 7

elas se tornam presas fceis de homens. Elas precisam aprender a se relacionar e a obedecer ao Pastor de nossas almas. Mesmo as regras bblicas, sem Deus, ou seja, divorciadas do Esprito Santo, so escravizantes. Pois sem mim, vocs no podem fazer coisa alguma ( Jo. 15: 15 ) A pessoa que dissemina a Palavra de Deus til apenas por causa dos resultados que a Palavra de Deus produz em sua prpria vida e das pessoas. Os lderes devem guiar pelo exemplo, e no governar por decreto. Ou fora da posio ou personalidade. Para que o verdadeiro discipulado acontea, seguem alguns pontos que sero teis: 1. No menospreze pessoas que esto procura de ajuda e orientao; antes, ajude-as a compreender o que esto fazendo de errado. 2. Se uma pessoa est sob seus cuidados, no use sua posio para obrig-la a fazer algo contra a vontade dela. 3. Permita ao Esprito Santo convencer as pessoas. 4. Lembre-se de que as pessoas no so seus discpulos. Elas pertencem a Jesus. 5. No sufoque o convertido com um relacionamento fechado. Permita que ele v para onde quiser. Entregue-o aos cuidados do Esprito Santo. O discipulado um mandamento do Senhor e, onde aplicado de forma correta, opera maravilhas para o crescimento espiritual de um indivduo. A forma correta fazer dos crentes discpulos do Senhor.

Captulo 3 Amizades e FamliaProcuraremos entender quais so as razes de relacionamentos desacertados e prejudiciais para que possamos arranc-las e plantar em seu lugar a semente sadia da Palavra de Deus. Pode ser surpreendente, mas a verdade que mesmo entre amigos, conscientemente, ou no, pode haver manipulao pelo uso da qumica sexual. Tanto homens quanto mulheres podem ser responsveis por isso. A qumica sexual poderosa; ela pode motivar pessoas a fazer coisas fora do comum at cometer assassinato. A pessoa que flerta um exemplo do manipulador sexual. Se uma pessoa tentada, a primeira coisa que acontece passar por um perodo curto de confuso no qual ou sucumbe ao manipulador ou emerge vitoriosa em Cristo. Os solteiros tm de ser cautelosos. Um indivduo pode ser manipulado sexualmente. A vtima, quer seja solteira ou casada, sofre as conseqncias pelo resto de sua vida. Alguns homens e mulheres podem s vezes interpretar mal certas atitudes, mas acredito que homens e mulheres enviam sinais sexuais inadequados para o sexo oposto e podem, e devem, deixar de fazlo. Por exemplo, seria generoso e nobre da parte de uma senhora que percebe que tem o poder de atrair os homens, vestir-se de forma mais modesta. Um homem tambm pode se dar conta de que, por causa de seu charme, muitas garotas se voltam para ele. Eu incentivaria pessoas desse tipo a ter muito cuidado. Evite situaes de risco. As garotas so vulnerveis porque esto impressionadas, e esto abertas manipulao porque querem conquistar o corao do homem. Todo flerte pecado e no pode ser justificado. Ele leva s 8

fantasias sexuais prejudiciais, e pode, por fim, levar ao adultrio ou fornicao. Os demnios tambm podem usar o pecado da manipulao sexual para conseguir um lugar na vida de uma pessoa. A manipulao sexual no acontece apenas fora do casamento. Maridos e mulheres devem concordar que as discusses e as desavenas no podem ter vez na cama do casal. Em outras palavras, todos os problemas devem ser resolvidos antes de o casal ir para a cama, e no na iminncia da relao sexual ( Ef. 4: 26 ). Perigos no casamento Convm observar algumas atitudes que precedem ao matrimnio. 1 A questo da compatibilidade Quando coisas bem diferentes do sonho idealizado tomam forma dentro do casamento, ento, o casamento pode tornar-se uma fonte de frustrao e ressentimento. Logo, o casal pode travar o que parece ser uma guerra sem fim. Quando as barreiras se levantam em razo de diferenas de temperamento e atitude, elas podem abalar a estrutura dos casamentos mais slidos. Os cnjuges compatveis reconhecem, valorizam e se concentram nos pontos positivos do parceiro. Encontram um padro no qual vivem em harmonia. Criar a combinao e complemento s propriamente possvel com a ajuda de Deus e quando o outro parceiro considerado. 2 Expectativas pessoais secretas antes do casamento O casamento no uma evoluo de relacionamentos, mas um amadurecimento de antigos relacionamentos. Os parentes tm de respeitar a individualidade e a responsabilidade pessoal da nova unidade constituda. Pais que no conseguem se desprender dos filhos causam problemas desnecessrios. O estresse de perder a filha ou o filho para outra pessoa pode ser uma experincia difcil de ser suportada ou encarada. Em vez de tentar achar uma soluo aceitvel, esse pai ou essa me pode tentar influenciar, fazendo exigncias impraticveis, exceto por manipulao. Os pais podem depender emocionalmente de um filho por diversas razes; entre elas, a falta de companheirismo do seu prprio cnjuge; ou porque no foram realmente amados por seus pais quando crianas. Os filhos que respondem s emoes dos pais como prioridades que vm antes das necessidades do cnjuge podem acarretar tenses considerveis no casamento. As presses dos pais podem ser evitadas, no entanto, pelo casal que conversa e afirma verbalmente priorizar suas prprias necessidades emocionais antes das necessidades dos parentes. Isso colocar fim em grande parte da tenso e promover a cooperao entre o casal e seus pais. 4 Os papis adequados dentro da famlia Hoje em dia, muitos homens tm dificuldade de afirmar que so o cabea da casa. Muitas vezes, quando o homem tem coragem para afirmar isso, ele trata logo de ressalvar-se com afirmaes do tipo mas acredito que minha esposa tem 9

a mesma posio no casamento... Essas afirmaes revelam insegurana ou medo que os homens tm de serem tachados como maches ou chauvinistas. importante que a afirmao das mulheres no seja feita de forma que deprecie o papel do homem. Creio que a Bblia deixa claro que homens e mulheres so iguais aos olhos de Deus. O papel que o marido solicitado a desempenhar, independente da igualdade, o de cabea do lar. Ele a autoridade na casa. Contudo, sua autoridade deve ser a autoridade de quem primeiro submete sua vida e seus planos a Deus. O marido no deve ser senhor de sua esposa, mas deve mostrar respeito por ela. Este um dos aspectos vitais da vida crist que ajudar a garantir uma vida de orao efetiva e desimpedida: Do mesmo modo, vocs, maridos, sejam sbios no convvio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frgil e co-herdeiras do dom da graa da vida, de forma que no sejam interrompidas as suas oraes. ( 1Pe. 3: 7 ) O papel que a esposa deve cumprir o de ajudar o marido, um apoio inestimvel. Contudo, espera-se que ela submeta-se ao marido: Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, pois o marido o cabea da mulher, como tambm Cristo o cabea da igreja, que o seu corpo, do qual ele o Salvador. ( Ef. 5: 22 e 23 ) Ser submissa no significa que a esposa deve tornar-se serva ou inferior. O marido tem a responsabilidade de fazer com que o lar seja um lugar seguro e de ser o provedor da famlia, enquanto que a esposa tem a responsabilidade de fazer com que o lar seja um lugar emocionalmente estvel ( Pv. 31: 10 31 ). O lar sempre deve ser um lugar prximo do corao. O lar deve ser compreendido como um lugar sagrado e de descanso, e no como um lugar de discrdia e contenda ou escravido. Longe dele toda manipulao, domnio e opresso. Os deveres de pais e filhos 1 O lar o lugar de plantar uma semente no corao dos jovens Se os pais querem que os filhos cresam segundo os princpios cristos, preciso ensin-los o que certo desde os primeiros anos de vida. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu corao. Ensineas com persistncia a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braos e prenda-as na testa. ( Dt. 6: 6 a 8 ) Em Deuteronmio, o conceito de educar os filhos no o de atos isolados, mas de uma formao constante. Podemos tambm afirmar que aquilo que ingerimos espiritualmente o que somos espiritualmente. O principal alimento na infncia a Palavra de Deus. Uma criana que segue uma dieta bem balanceada crescer saudvel. Do mesmo 10

modo, as crianas que so ensinadas e criadas de acordo com a Palavra de Deus crescero e vivero naquilo em que foram ensinadas. Mesmo que uma criana tropece ou se afaste de Deus, os princpios maravilhosos de Sua Palavra tero razes profundas em sua personalidade. As coisas que acontecem em casa afetaro e influenciaro os primeiros anos de formao de uma criana. As crianas aprendem imitando os pais. Elas aprendem imitando aquilo que vem ou repetindo o que ouvem. Instrua a criana segundo os objetivos que voc tem para ela, e mesmo com o passar dos anos no se desviar deles. ( Pv. 22: 6 ) A Palavra de Deus o fundamento que o Senhor deseja na vida de nossos filhos ( Ef. 2: 19 ). A participao numa famlia unida implicar em crescimento slido na vida de todo membro que nasceu ou foi adotado na famlia. 2 Uma conscincia social do lar Deus ensina que o lar deve ser um lugar de honra e solidariedade ( Ex. 20: 12 ). A harmonia de uma casa pode ser alcanada quando h uma compreenso das responsabilidades individuais no lar. A unanimidade pode ser obtida em uma casa quando a responsabilidade coletiva enfatizada e explicada em detalhes. Deus ensinou ao Seu povo que o comportamento das pessoas em Sua famlia afetaria a vida de todos os membros. Israel pecou. Violou a aliana que eu lhe ordenei. Apossou-se de coisas consagradas, roubou-as, escondeu-as e as colocou junto de seus bens. ( Js. 7: 11 ) O comportamento de cada membro da famlia ter um peso sobre os demais membros. A responsabilidade individual deve ser explicada aos membros da famlia pelos pais, pois um lar agradvel aquele em que os filhos crescem em uma atmosfera onde os papis dos membros da famlia so detalhadamente explicados. Do mesmo modo, a igreja, que a casa de Deus, tem responsabilidades, s quais, espera-se, que cada membro cumpra. Segue uma lista geral de Colossenses 3: 18 a 4: 1 e Efsios 5 e 6 que define algumas das responsabilidades que cada membro da famlia tem para com os outros ( usando o sentido mais amplo do termo famlia explicado a seguir ): 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Maridos, ame cada um a sua mulher e no a trate com amargura. Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor. A mulher deve respeitar o marido. Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela. Da mesma forma, o marido deve amar a sua mulher como a seu prprio corpo, o qual alimenta e cuida. Pais, no irritem seus filhos, para que eles no desanimem. Pais, criem seus filhos segundo a instruo e o conselho do Senhor. Filhos, obedeam a seus pais em tudo, pois isso agrada ao Senhor. 11

9. Honra teu pai e tua me este o primeiro mandamento com promessa para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra. 10. Senhores, dem aos seus escravos ( este princpio estende-se famlia e aos empregados ) o que justo e direito, sabendo que vocs tambm tm um Senhor nos cus. 11. Escravos, obedeam em tudo a seus senhores terrenos, no somente para agrad-los quando eles esto observando. 12. Tudo o que fizerem, faam de todo o corao, como para o Senhor, e no para os homens. Aps a definio de limites internos, os limites sociais podem ser melhor analisados e compreendidos. Uma famlia deve ter vontade de viver e funcionar com unidade, proclamando o evangelho com palavras e com o exemplo. Deve reconhecer que, como uma unidade da sociedade, ela deve afetar outras unidades que esto sua volta. Uma perspectiva crist da famlia no se limita aos vnculos consangneos, mas inclui aqueles cristos que nasceram de novo e que, de forma voluntria, se ligaram famlia, no apenas para receberem, mas tambm para servirem e contriburem. As famlias na Bblia incluam servos, escravos e amigos. Uma compreenso do contexto mais amplo de famlia um princpio importante para nossos filhos. Esse tipo de conscincia social em nossos filhos vital. Embora aceitem e creiam rapidamente naquilo que aprendem, as crianas no so tolas. Elas avaliam o que lhes est sendo ensinado pela vida de seus prprios pais, e observando o estilo de vida de outras pessoas da igreja. Se tiverem pais que no vivem aquilo que pregam, essas crianas crescero com a impresso de que no h nada errado em levar uma vida de hipocrisia, desde que reconheam o que est moralmente correto, ou ento se rebelaro contra tudo o que lhes foi ensinado. 3 Disciplina A disciplina desempenha um papel importante no desenvolvimento de uma criana. Para que as crianas respeitem os pais, esses precisam ajud-las a compreender a importncia de limites e as razes para a aplicao da disciplina. Uma vez perdido o respeito dos filhos difcil reconquist-lo. O uso adequado da disciplina importante no apenas para a criana, mas tambm para os pais. Se um homem aspira uma posio de lder na igreja, ele deve ter o respeito de seus filhos. Ele deve governar bem sua prpria famlia, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade ( 1Tm. 3: 4 ) Sem receber castigo por comportar-se mal, a criana no perceber a importncia de cumprir diretrizes estabelecidas pela Palavra de Deus. Quem se nega a castigar seu filho no o ama; quem o ama no hesita em disciplin-lo. ( Pv. 13: 24 )

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De acordo com as Escrituras, a disciplina uma parte importante da educao de uma criana. Se a criana no desenvolver um senso de responsabilidade pela sua conduta, como comear a entender a condenao eterna que pode ser imputada a um incrdulo ou desobediente? Os pais sbios vem na disciplina uma forma de moldar o carter e prevenir o futuro de uma criana: Discipline seu filho, pois nisso h esperana; no queira a morte dele. ( Pv. 19: 18 ) Recusar-se a disciplinar o filho , portanto, uma atitude que reflete a falta de cuidado. A disciplina necessria para ajudar os filhos a se tornarem adultos maduros e responsveis, pois isso ir ajud-los a deixar para trs atitudes infantis. A insensatez est ligada ao corao da criana, mas a vara da disciplina a livrar dela ( Pv. 22: 15 ) Defendendo o ensino bblico da disciplina, necessrio, por justia, lembrar que o mau uso da disciplina pode gerar problemas para a criana. O pai ou a me s deve disciplinar fisicamente a criana com amor e nunca com dio ou frustrao. Crianas tratadas dessa forma podero ficar insensveis e maltrataro seus prprios filhos no futuro. 4 O amor dos pais O amor do pai ou da me outra ferramenta eficaz na formao de uma criana. Tamanha a fora do amor de uma me que ela normalmente desconsidera o risco pessoal no esforo por salvar a vida de um filho. Um homem da tribo de Levi casou-se com uma mulher da mesma tribo, e ela engravidou e deu luz um filho. Vendo que era bonito, ela o escondeu por trs meses. Quando j no podia mais escond-lo, pegou um cesto feito de junco e o vedou com piche e betume. Colocou nele o menino e deixou o cesto entre os juncos, margem do Nilo. ( Ex. 2: 1 a 3 ) Diz-se freqentemente que os homens parecem no conseguir expressar amor aos filhos. Mas expressar amor pode ser uma forma positiva de ensinar uma criana como se comportar. Creio que todo cristo cheio do Esprito tem a capacidade para quebrar normas culturais e demonstrar o tipo de amor que o mundo procura, mas que somente encontrar em Cristo.

Captulo 4 A Origem de Todo Controle

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O pecado a causa bsica de todas as investidas para impor o domnio impiedoso, a manipulao egosta e o controle das pessoas. importante entender o modo como os desejos pecaminosos geram manipuladores. Embora o pecado tenha suas razes na queda de Satans e dos anjos que pecaram com ele, a transgresso de Ado foi a forma pela qual o mundo foi contaminado pelo pecado. Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim tambm a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram. ( Rm. 5: 12 ) Uma vez que foi dada a Ado autoridade absoluta sobre toda a terra ( Gn. 1: 26 ), a conseqncia de seu pecado afetou o mundo todo. Aps vencer Ado, o pecado continuou a causar prejuzos aos seus descendentes. Deus fala, no captulo 4 de Gnesis, da luta entre o pecado e os seres humanos de uma forma que quase atribui personalidade ao pecado. O desejo de Caim de controlar as situaes de sua vida gerou um desejo de ser aceito transformou-se em uma ambio depravada de tornar-se o nico objeto da aprovao de Deus. Simo, no livro de Atos, tambm foi instigado pela sua necessidade de ser reconhecido, mas ouviu o evangelho, se arrependeu de seus pecados e entregou sua vida ao Senhor. Contudo, aps sua converso, seu corao ainda ansiava por poder e, por isso, Simo tomou a deciso de compr-lo dos apstolos. Vendo Simo que o Esprito era dado com a imposio das mos dos apstolos, ofereceu-lhes dinheiro e disse: Dem-me tambm este poder, para que a pessoa sobre quem eu puser as mos receba o Esprito Santo. ( At. 8: 18 e 19 ) Simo foi motivado por sua necessidade de reconhecimento social. Como Caim e Simo, a maioria dos manipuladores se deixa fascinar por uma ambio egosta: ter o melhor dos outros; ser melhor que outros, dominar os outros. ... imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiaria; dio, discrdia, cimes, ira, egosmo, dissenses, faces e inveja... Eu os advirto, como antes j os adverti: aqueles que praticam essas coisas no herdaro o Reino de Deus. ( Gl. 5: 19 21 ) Imoralidade sexual e idolatria geram dominadores e manipuladores. Essas imoralidades consolidam um mau carter. Um indivduo dominado pelo pecado sexual imagina meios para induzir outros inocentes imoralidade, impureza e libertinagem. As maldades do mpio o prendem; ele se torna prisioneiro das cordas do seu pecado. ( Pv. 5: 22 ) Os efeitos do pecado so vistos pelo sbio como cordas que se enrolam em volta de uma pessoa, tornando-a prisioneira de suas aes. Hbitos controlam e 14

dominam. Mas, antes disso, ns criamos os nossos hbitos. Aquilo que dizemos que queremos tem a ver com aquilo que pensamos que deveramos fazer. Trata-se de uma considerao racional de uma resposta emocional. Contudo, quando nossos sentimentos se envolvem com alguma coisa que desejamos, o desejo transforma-se em ao. O corao transformado sempre produzir uma mudana de estilo de vida. Isso acontece porque o corao a fonte de vida. dele que fluem as decises que afetam a nossa vida. O corao o bero das emoes. Quando desejos imprprios conseguem um lugar no nosso corao, eles ocupam os nossos pensamentos e produzem aes imprprias. Acima de tudo, guarde o seu corao, pois dele depende toda a sua vida ( Pv. 4: 23 ) O corao , num sentido figurado, o centro do ser humano. Ele determina a expresso de todos os atributos do homem espiritual, fsico, emocional, intelectual e psicolgico. Jesus confirmou este modo de pensar. Pois do corao saem os maus pensamentos, os homicdios, os adultrios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calnias. ( Mt. 15: 19 ) Portanto, se lidarmos bem com os desejos imprprios e pecaminosos que residem no nosso corao, no teremos necessidade de manipular os outros. A soluo de Deus para aqueles que so controlados pela carne Jesus morreu na cruz para expiar o nosso pecado e suas conseqncias. Seu sangue suprimiu o poder e o direito que o pecado tinha sobre ns e, assim, por meio de Sua morte, a providncia para que toda a humanidade fosse libertada. Porque morrendo, ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas vivendo, vive para Deus. Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, no permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocs obedeam aos seus desejos. ( Rm. 6: 10 a 12 ) Paulo mostra que todos aqueles que esto em Cristo ( que nasceram de novo ) devem agora considerar-se mortos para o pecado; ou seja, eles devem considerar-se mortos para o poder que o pecado tem de control-los. Isso acontece porque nos tornamos sditos de um reino diferente e escravos de um novo Senhor. Na carta aos Romanos, Paulo relembra a luta que travou com o pecado. Mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miservel homem que eu sou! Quem me libertar do corpo sujeito a esta morte? Graas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu prprio sou escravo da Lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado. ( Rm. 7: 23 a 25 ). 15

Paulo queria fazer o que era certo aos olhos de Deus; ele reconhecia a lei como algo espiritual e bom; no entanto, no conseguia levar uma vida que correspondesse s exigncias da lei. A libertao de Paulo s veio quando ele descobriu a novidade de vida em Cristo. Porque por meio de Cristo Jesus a lei do Esprito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. ( Rm. 8: 2 ) Muitos olham para si mesmos como simples e vis pecadores na tentativa de manter-se humilde, mas, infelizmente, esse tipo de pensamento apenas gera uma atitude derrotista com relao a tudo que fazem. O que Deus quer uma igreja morta para o pecado. Devemos lembrar uns aos outros que o pecado no tem domnio sobre ns. Se voc freqentemente diz a uma menina que ela m, ela crescer pensando que tudo que faz ruim; mesmo quando fizer coisas boas. Mais tarde, quando voc disser menina j adulta que seu trabalho bom, talvez ela pense em voc como algum condescendente e ache muito difcil aceitar elogios. Embora concordemos que todos ns cometemos erros e pecados, no creio que seja bblico apoiar-se em uma estrutura mental derrotista. O pecado no tem mais nenhum poder sobre ns porque j morremos para ns mesmos e agora vivemos para Cristo. Mas agora que vocs foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva santidade, e o seu fim a vida eterna. ( Rm. 6: 22 ). Para o cristo sob tentao, a obedincia a soluo simples e necessria para que vena o pecado. Voc precisa mesmo andar com certas pessoas? Se uma pessoa est envolvida com o tipo errado de amigos, o melhor afastar-se deles. Muitas vezes fisicamente impossvel evadir-se da dominao dentro de um contexto familiar. Em uma situao onde h manipulao na famlia em razo de desejos imprprios e pecaminosos de uma pessoa influente, como o pai ou a me, imprescindvel que o indivduo convertido lance mo do apoio que pode ser obtido de sua igreja local. Deus, em sua sabedoria, colocou-nos na melhor de todas as famlias: a Igreja Crist. Libertar-se do pecado significa uma melhor qualidade de vida Pedro deixa claro que a nossa vida deve ter qualidade. E que convena e atraia aqueles que esto no mundo ( 1Pd. 4: 2 ). Este estilo de vida acessvel at ao mais fraco dos cristos, uma vez que estamos no reino de luz, diferentemente do incrdulo que vive sob o domnio das trevas. Os benefcios da nova vida so extraordinrios para aqueles que andam na luz ( 1Jo. 1: 7 ). A fidelidade de Deus gera uma alegria indescritvel. Se estamos cientes de que no estamos vivendo os benefcios da nova vida, precisamos certificar-nos de que isto no 16

decorrncia do pecado. A obedincia mais importante para Deus do que sacrifcios. A obedincia a chave da promessa de Deus de uma vida plena e de qualidade ( Jo. 10: 10 ).

Captulo 5 Demnios e Espritos evidente, em Lc. 16, que os espritos dos que partiram no podem falar com as pessoas do mundo. luz das Escrituras, fenmenos sobrenaturais, espontneos, como espritos vistos em prdios, ou induzidos, por invocao de mortos, devem ser resultados de alguma outra atividade, provavelmente demonaca, e no das aes dos que partiram. Consideremos ento a moradia dos anjos cados, dos demnios. Os cristos sabem que os demnios ( anjos cados ) no esto no paraso. No entanto, no h consenso com relao s implicaes da queda dos anjos que se tornaram demnios. Onde esto esses seres cados neste momento? Voc estava no den, no jardim de Deus; todas as pedras preciosas o enfeitavam: srdio, topzio e diamante, berilo, nix e jaspe, safira, carbnculo e esmeralda. Seus engastes e guarnies eram feitos de ouro; tudo foi preparado no dia em que voc foi criado. Voc foi ungido como um querubim guardio, pois para isso eu o designei. Voc estava no monte santo de Deus e caminhava entre as pedras fulgurantes. Voc era inculpvel em seus caminhos desde o dia em que foi criado at que se achou maldade em voc. Por meio do seu amplo comrcio, voc encheu-se de violncia e pecou. Por isso eu o lancei, humilhado, para longe do monte de Deus, e o expulsei, querubim guardio, do meio das pedras fulgurantes. ( Ez. 28: 13 16 ) Desde este primeiro conflito, Satans ps-se a formar um reino ou domnio alternativo para si, e busca fortalecer seu reino adversrio sobre a terra. As Escrituras afirmam que este reino terreno, por fim, ser regido por uma pessoa conhecida com a besta. O quinto anjo derramou a sua taa sobre o trono da besta, cujo reino ficou em trevas. De tanta agonia, os homens mordiam a prpria lngua. ( Ap. 6: 10 ) Desde a queda desses anjos, tem havido constantes confrontaes entre o domnio das trevas e o reino de Deus. Deus ainda permite que alguns desses seres cados vaguem pela terra ( J 2: 2; Dn. 10: 13 ). Contudo na carta de Judas, e em 2Pd. 2: 4, vemos que alguns deles j foram amarrados e esto presos espera do Dia do Juzo. Ao escrever sua segunda carta, Pedro usa o termo Trtaros para explicar o lugar exato para onde Deus enviou os espritos que esto presos porque pecaram e abandonaram sua autoridade. Muitas verses bblicas tm traduzido incorretamente este lugar chamado Trtaros por inferno. Nos tempos de Pedro, os gregos acreditavam que o Trtaros era o lugar para onde havia sido enviada a maioria dos seres espirituais inquos. Os anjos cados seguem uma ordem hierrquica. Eles surgem como regentes sobre reas espirituais nas regies celestiais com a correspondente influncia sobre reas geogrficas definidas. Paulo lembra que os cristos devem lutar contra esses 17

seres ( Ef. 6: 12 ). Assim, vemos que alguns anjos cados esto presos com correntes enquanto outros esto relativamente livres.

Captulo 6 Como os Demnios nos Influenciam?A controvrsia justificada Muitos no acreditam que um cristo que foi cheio do Esprito Santo possa ser possudo por um demnio. Contudo, todos os cristos acreditam que h uma guerra espiritual nas regies celestiais: Pois a nossa luta no contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as foras espirituais do mal nas regies celestiais. ( Ef. 6: 12 ) Para mostrar que os espritos malignos podem influenciar o comportamento de um cristo, teremos de tratar de diversas questes como as que seguem: 1. 2. 3. 4. Qual a atividade dos anjos cados? De que modo os espritos malignos procuram exercer sua influncia? O cristo pode ter um demnio? Qual a extenso do livramento que Jesus conquistou para os cristos?

Em uma cultura que est ficando cada vez mais aberta s foras sobrenaturais por meio de ideologias e crenas; tais como o movimento da Nova Era, a medicina alternativa, o misticismo oriental, e ocultismo, importante uma abordagem bblica sobre a influncia e a capacidade das foras demonacas. So duas as alternativas: ou os demnios no podem afetar um filho de Deus, ou podem. Precisamos saber o que a Palavra de Deus diz sobre o assunto. 1 Qual a atividade dos anjos cados? E os mestres da lei que haviam descido de Jerusalm diziam: Ele est com Belzebu! Pelo prncipe dos demnios que ele expulsa demnios. Ento Jesus os chamou e lhes falou por parbolas: como pode Satans expulsar Satans? Se um reino estiver dividido contra si mesmo, no poder subsistir. ( Mc. 3: 22 a 24 ) Satans chamado de prncipe, senhor de um reino. Os demnios so vassalos desse reino. E Jesus reconhece que esse reino subsiste porque tem alguma unidade. O reino de Satans unido pelo medo, no pelo amor. Mas unido, por isso subsiste. E busca se expandir e se perpetuar. Quando um esprito imundo sai de um homem, passa por lugares ridos procurando descanso. Como no o encontra, diz: voltarei para a casa de onde sa. Chegando, encontra a casa desocupada, varrida e em ordem. Ento vai e traz consigo outros sete espritos piores do que ele, e, entrando, passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim acontecer a esta gerao perversa. ( Mt. 12: 43 45 ) 18

Os demnios demandam controle, domnio; e para tanto, se tornaram especialistas em manipulao. Eles no formam uma massa de entidades impessoais cada um tem seu nome. Ento Jesus lhe perguntou: qual o seu nome? Meu nome Legio, respondeu ele, porque somos muitos. ( Mc. 5: 9 ) Os demnios tm especializao. Os sintomas que se manifestam nos indivduos manipulados ou dominados por demnios so caractersticos do demnio que o est atacando. Os sintomas ou manifestaes podem ajudar-nos a identificar o esprito que age em ou por intermdio de um indivduo. Nos tempos de Osias, Deus disse que castigaria o povo por sua rebelio ( Os. 4: 6 13 ), em cuja origem estava um esprito de prostituio que desviava o povo do caminho. Um dos sintomas desse esprito era a adorao de dolos. Os demnios trabalham com as emoes. Eles procuram plantar ou despertar desejos maus que se escondem no corao. Uma vez instigados a dar lugar a desejos maus ou pecaminosos, expomo-nos manipulao das foras demonacas. Cada um, porm, tentado pelo prprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. ( Tg. 1: 14 ) O sucesso dos demnios est em suscitar nas pessoas desejos maus. Os demnios agem no indivduo at que ele sinta uma compulso de realizar os maus desejos, que so expresses dos sentimentos depravados dos prprios demnios por intermdio da pessoa manipulada. Os demnios tm conscincia da realidade. Por exemplo, eles revelam sua frustrao ( Mc. 1: 23 e 24 ). Eles sabem o que devem temer: quando pensam em Deus, eles tremem ( Tg. 2: 19 ). Em sua expresso de vontade por meio de uma pessoa humana, eles no s instigam, mas coagem. Foi o que aconteceu com um homem possudo por um demnio que se encontrou com Jesus. Pois Jesus havia ordenado que o esprito imundo sasse daquele homem. Muitas vezes ele tinha se apoderado dele. Mesmo com os ps e as mos acorrentados e entregue aos cuidados de guardas, quebrava as correntes, e era levado pelos demnios a lugares solitrios. ( Lc. 8: 29 nfase acrescentada ). Algumas vezes, quando os demnios falam, descobrimos que eles possuem agudo discernimento da realidade espiritual, como no caso da confrontao com os filhos de Ceva. Alguns judeus que andavam expulsando espritos malignos tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os endemoninhados, dizendo: Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam! Os que estavam fazendo isso eram os sete filhos de Ceva, um dos chefes dos sacerdotes dos judeus. Um dia, o esprito maligno lhes respondeu: Jesus, eu conheo, Paulo eu sei quem ; mas vocs, quem so? Ento o endemoninhado saltou sobre eles e os dominou... ( At. 19: 13 16 ) 19

2 O cristo pode ficar endemoninhado? Muitos julgam impossvel a possesso de um cristo por demnios. Outros tm defendido o ponto de vista contrrio, mas no conseguem provar esta suposio pelas Escrituras. Um dos argumentos, quase sempre colocado de forma forte e sentimental que nenhum demnio pode ficar vontade em uma pessoa que habitao do Esprito Santo. A passagem bblica usada para sustentar esta alegao, a notvel declarao bblica de 1Jo. 4: 1 4. Amados, no creiam em qualquer esprito, mas examinem os espritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tm sado pelo mundo. Vocs podem reconhecer o Esprito de Deus deste modo: todo esprito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus; mas todo esprito que no confessa Jesus no procede de Deus. Esse o esprito do anticristo, acerca do qual vocs ouviram que est vindo, e agora j est no mundo. Filhinhos, vocs so de Deus e os venceram, porque aquele que est em vocs maior do que aquele que est no mundo. H aqui uma ntida exortao aos cristos para que examinem os espritos que operam por meio dos profetas, indicando que h alguns profetas em ao que esto agindo por intermdio de um esprito contrrio ao Esprito Santo. Bem no incio de seu ministrio, notamos que Jesus j tem de lidar com foras demonacas ( Mc. 1: 23; 7: 25 ). Mas ser que Ele disse que essas foras podiam agir nos cristos, ou por intermdio deles? Em Lucas 9 lemos um versculo interessante que muitas vezes deixado para segundo plano. Trata-se da resposta de Jesus ao desejo de seus discpulos de fazer descer fogo do cu sobre alguns incrdulos. Mas Jesus, voltando-se, os repreendeu, dizendo: vocs no sabem de que espcie de esprito vocs so, pois o Filho do homem no veio para destruir a vida dos homens, mas para salv-los ( Lc. 9: 55 ) Sem dvida, eles estavam sendo influenciados por um esprito contrrio ao Esprito Santo. Podemos, ento, perguntar se os discpulos foram salvos depois disso ou se j eram crentes. bvio que entendemos a salvao como algo que adveio da cruz. Entretanto, como ns, eles confessaram Jesus como o Cristo e creram que Ele era o Filho de Deus ( Lc. 9: 18 24 ). O fato de continuarem a seguir Jesus, apesar de Suas claras palavras com relao ao Seu sofrimento e morte, revela que eles estavam determinados a enfrentar o perigo com Ele e a viver pela f em Jesus. Pedimos aos incrdulos que faam uma confisso semelhante e assumam o compromisso de andar com Cristo para que possam ser salvos. Se voc confessar com a sua boca que Jesus Senhor e crer em seu corao que Deus o ressuscitou dentre os mortos, ser salvo. Pois com o corao se cr para justia, e com a boca se confessa para salvao. ( Rm. 10: 9 e 10 ) 20

A f dos discpulos em Cristo foi provada pelas suas aes. Eles foram to salvos quanto possivelmente poderiam ser pelo sacrifcio da cruz de fato, eles andavam com Jesus e o adoravam ( Mt. 14: 33 ), sabendo muito bem, como judeus, que somente Deus deveria ser adorado. Contudo, em Lucas 9: 55, Jesus diz que ao desejarem fazer descer fogo do cu para destruir o povo, eles deram lugar a um esprito diferente. A palavra no grego usada aqui pneuma ( esprito ); tambm a palavra usada em Lucas 13: 11 para descrever o que mantinha uma mulher presa a uma doena por dezoito anos. Jesus no est apenas dizendo que o modo de pensar dos discpulos era diferente, mas que algo atingira o corao dos discpulos. Toda vez que existe um desejo de enfatizar o modo de pensar, outras palavras no grego so usadas ao longo do Novo Testamento ( Cf. Mc. 6: 49, dokeo; Lc. 1: 51, dianoia; Lc. 3: 23, nomizo ). Nesta passagem Jesus no trata a atitude dos discpulos como uma concepo equivocada ou de uma atitude inadequada, como fizera em diferentes ocasies ( Mt. 9: 4 ). Era mais do que uma concepo equivocada dos discpulos que estava sendo enfatizada, mas a espcie de esprito que exercia influncia sobre eles. Embora tudo isto acontea antes da cruz e a maioria das pessoas considera que h uma linha divisria entre os cristos que viveram antes da morte e ressurreio de Jesus e aqueles que se tornaram cristos depois de Jesus, porque andaram com Ele quando Ele estava no mundo em carne. O que dizer do perodo posterior aos evangelhos? H alguma aluso a pessoas que tiveram outro esprito, como no caso dos discpulos em Lucas 9? O Novo Testamento salienta um padro de vida livre do domnio do pecado. Mas, graas a Deus, porque, embora vocs tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de corao forma de ensino que lhes foi transmitida. Vocs foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justia. ( Rm. 6: 17 e 18 ) Embora tenhamos a capacidade positiva de viver no poder do Esprito Santo, livres de influncia demonaca, tambm temo a capacidade negativa de submeter-nos ao poder do pecado. Essa capacidade negativa, por fim, rouba-nos o poder de resistir s influncias do mal que esto por trs dos desejos maus. Muitas pessoas, no entanto, enfatizam apenas o lado positivo desta revelao. Isto tem muito a ver com pessoas que confessam que Deus um Deus de misericrdia, mas que se recusam a ver que Ele tambm um Deus de justia. Observando ento as evidncias aps a cruz, o que encontramos? Ao dirigir-se aos corntios, Paulo, como Jesus, faz uma advertncia contra cristos que recebem outro esprito. Pois, se algum lhes vem pregando um Jesus que no aquele que pregamos, ou se vocs acolhem um esprito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocs o toleram com facilidade. ( 2Co. 11: 4 ) Nesta passagem, Paulo deixa claro que, assim como receberam a pessoa do Esprito Santo aps aceitarem o verdadeiro evangelho, era possvel a um cristo receber um evangelho diferente juntamente com um esprito diferente. Paulo 21

mostra adiante, no mesmo captulo, que a verdadeira fonte que estava por trs de um evangelho diferente e de um esprito diferente era Satans. Isto no de admirar, pois o prprio Satans se disfara de anjo de luz. Portanto, no surpresa que os seus servos finjam que so servos da justia. O fim deles ser o que as suas aes merecem. ( 2Co. 11: 14 e 15 ). Satans foi quem inspirou aqueles que se aproximaram dos cristos com uma mensagem diferente. Paulo usou o mesmo tom quando advertiu aos glatas para no seguirem um evangelho diferente. Admiro-me de que vocs estejam abandonando to rapidamente aquele que os chamou pela graa de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, no o evangelho. O que ocorre que algumas pessoas os esto perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas ainda que ns ou um anjo dos cus pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldioado! Como j dissemos, agora repito: se algum lhes anuncia um evangelho diferente daquele que j receberam, que seja amaldioado! ( Gl. 1: 6 9 ) Nesta carta aos Glatas, Paulo adverte contra a aprovao dos ensinos de homens ou de anjos que tentam deturpar a verdade do evangelho. O pecado visto no Novo Testamento como o meio pelo qual o prprio Satans pode conseguir lugar na vida de uma pessoa. Quando vocs ficarem irados, no pequem! Apazigem a sua ira antes que o sol se ponha, e no dem lugar ao Diabo ( Ef. 4: 26 e 27 ) Uma vez que conhecemos a verdade, depende de ns viver, ou no, de acordo com ela, e em obedincia a Deus. O cristo pode, portanto, dar lugar a um esprito diferente que seja contrrio ao Esprito Santo. Esse esprito contrrio pode, conseqentemente, exercer influncia sobre sua vtima. 3 De que modo os espritos malignos procuram exercer sua influncia? a) A luta pela mente A principal forma usada pelos demnios para influenciar uma pessoa o controle da mente, a principal porta de acesso dos demnios. Aquilo que a pessoa permite penetrar em seus pensamentos ditar, por fim, suas aes, atitudes e crenas. Antes da salvao, a mente a principal rea sobre a qual Satans concentra a maioria de seus esforos para impedir que a pessoa se torne crist. O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que no vejam a luz do evangelho da glria de Cristo, que a imagem de Deus. ( 2Co. 4: 4 ) aprisionando os pensamentos de um indivduo que Satans o impede de seguir a Cristo. Todo cristo testificar de pronto sobre a grande ansiedade 22

mental pela qual passou ao refutar os pensamentos maus ou buscar tomar uma posio contra as artimanhas do diabo. As armas com as quais lutamos no so humanas; ao contrrio, so poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destrumos argumentos e toda pretenso que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torn-lo obediente a Cristo. ( 2Co. 10: 4 e 5 ) b) Fantasias Quando usamos a imaginao, estamos tentando formar uma imagem mental de alguma. O que estamos tentando visualizar pode ser algo que no existe ou no esteja presente. A imaginao pode apreender muitos contextos. O que uma pessoa est tentando imaginar pode ser algo bom ou ruim. ( Ez. 13: 17; Ef. 3: 20 ) Idias que no tm base na Palavra de Deus podem ser uma rejeio inconsciente da verdade. Isso significa que o indivduo est abrindo sua mente para realidades alternativas. Grande parte das msicas populares falam de relaes, sonhos ou lembranas amorosas que so desejadas, porm so rompidas. Outras incitam o ouvinte a imaginar o que seria dispor de um milho de reais ou ter um iate particular, e assim por diante. A fantasia fala da insatisfao com a vida que Deus nos tem dado. Ela nos leva a um mundo irreal. Essas fantasias, com freqncia, nos conduz ao pecado, assim como fizeram com o povo dos tempo de Isaas. O tempo todo estendi as mos a um povo obstinado, que anda por um caminho que no bom, seguindo as suas inclinaes ( Is. 65: 2 nfase acrescentada ) A fantasia sexual, por exemplo, uma das principais reas pelas quais o inimigo procura ludibriar suas vtimas. Grande parte dos anncios que encontramos nos jornais e na tela da televiso utiliza o sexo como isca para incentivar-nos a adquirir os produtos anunciados. Isso favorece a exacerbao da importncia do sexo e promove o seu uso inadequado. Outra forma pela qual os espritos malignos podem tentar controlar a mente de uma pessoa por meio do vcio. Quando possvel, os demnios faro com que a pessoa se torne escrava de substncias viciosas pelas quais o desejo humano induzido a um estado de controle e dominao por foras externas. Como disse, certa vez, um amigo: O vinho um excelente servo, mas um pssimo senhor. Uma vez escravizada a vontade, os demnios buscam manter o indivduo cativo e impossibilitado de governar sua prpria vida. A insanidade mental um tipo de doena que os demnios tentam infligir s pessoas. Foi o que aconteceu com os dois homens violentamente insanos na regio dos gadarenos. Quando ele chegou ao outro lado, regio dos gadarenos, foram ao seu encontro dois endemoninhados, que vinham dos sepulcros. Eles eram to violentos que ningum podia passar por aquele caminho. ( Mt. 8: 28 nfase do autor ) 23

A doena mental quase sempre se deve a um dano ou desajuste fsico ou psicolgico, mas no sempre. Outro elemento de ataque de Satans a tentativa de submeter as pessoas a todas as formas de indisposio e doenas fsicas. As pessoas podem ficar amarradas por anos por um demnio e no conseguir ajuda de mdicos nem remdios. Entretanto, Jesus pode curar todos os endemoninhados que foram levados at Ele. ( Mt. 8: 16 ) ... e ali estava uma mulher que tinha um esprito que a mantinha doente havia dezoito anos. Ela andava encurvada e de forma alguma podia endireitar-se. Ao v-la, Jesus chamou-a frente e lhe disse: mulher, voc est livre da sua doena. Ento lhe imps as mos; e imediatamente ela se endireitou, e passou a louvar a Deus. Indignado porque Jesus havia curado no sbado, o dirigente da sinagoga disse ao povo: h seis dias em que se deve trabalhar. Venham para ser curados nesses dias, e no no sbado. O Senhor lhe respondeu: hipcritas! Cada um de vocs no desamarra no sbado o seu boi ou jumento do estbulo e o leva dali para dar-lhe gua? Ento, esta mulher, uma filha de Abrao a quem Satans mantinha presa por dezoito longos anos, no deveria no dia de sbado ser libertada daquilo que a prendia? ( Lc. 13: 11 16 ). A mulher que Jesus viu estava endemoninhada. A palavra no grego usada em Lucas 13: 11 para descrever a influncia demonaca que estava sobre aquela mulher pneuma ( esprito ). No entanto, em outras passagens em que aparecem atividades demonacas, como Marcos 1: 32 e Joo 10: 21, a palavra no grego daimonizomai usada para descrever a condio da vtima. Daimonizomai significa ter um demnio. Tambm pode ser traduzido como ser perturbado, ou estar possudo por um demnio. Os cristos refutam freqentemente a idia de que possam de fato ficar endemoninhados. Para eles, a expresso ficar endemoninhado significa estar possudo, contudo, so registrados na Bblia diversos estgios pelos quais o indivduo fica endemoninhado um evento que ocorre desde o caso da mulher ( Lc. 13: 11 ) aos endemoninhados violentos de Mt. 8: 28. Ter um demnio no significa necessariamente estar possudo por ele, como acontece com os endemoninhados. A mulher na passagem anterior foi considerada por Jesus como uma mulher de f e, por isso, Ele a chamou de filha de Abrao ( Cf. Rm. 4: 16 ). Neste caso, a mulher no estava possuda; ela simplesmente tinha um demnio ou era perturbada por um demnio e, por essa razo, Jesus no expulsou o demnio Ele simplesmente lhe imps as mos e ordenou que ela fosse liberta de sua enfermidade. No creio que o cristo possa ficar possudo no sentido de tornar-se habitao de um demnio. Contudo, creio que, como a filha de Abrao na passagem de Lc. 13, o cristo pode ficar daimonizomai vtima de demnio no sentido de ser fustigado por um demnio a ponto de ficar perturbado fsica e psicologicamente. H uma multido de espritos de enfermidade que tentam aprisionar as pessoas com doenas e enfermidades. Quando oramos pelos enfermos, importante que 24

identifiquemos se a enfermidade tem uma origem espiritual ou se apenas fsica. A mentalidade da carne morte, mas a mentalidade do Esprito vida e paz; a mentalidade da carne inimiga de Deus porque no se submete Lei de Deus, nem pode faz-lo. ( Rm. 8: 6 e 7 ). c) Doutrina falsa O desejo que os demnios tm de manter as pessoas cegas para a verdade no casual. Uma de suas principais manifestaes a tentativa de seduzir as pessoas com doutrinas doentias. A Bblia adverte que os espritos tentaro introduzir doutrinas. O Esprito diz claramente que nos ltimos tempo alguns abandonaro a f e seguiro espritos enganadores e doutrinas de demnios. ( 1Tm. 4: 1 ) At onde os primeiros discpulos sabiam, toda heresia tem sua origem no mundo dos demnios. Portanto, os cristos tinham toda razo ao atentar bem para sua prpria vida e doutrina, para no se perderem. Atente bem para a sua prpria vida e para a doutrina, perseverando nesses deveres, pois, agindo assim, voc salvar tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem ( 1Tm. 4: 16 ) Doutrinas mrbidas tm enganado muitas pessoas, levando-as a abandonarem a verdade do evangelho. Infelizmente, a maioria das pessoas enganadas no percebe que aceitaram ensinos de demnios. Jim Jones acreditou at o fim que estava recebendo uma orientao divina. A verdade era que ele estava sendo enganado por demnios. No Antigo Testamento, onde temos apenas duas referncias especficas a demnios como tais, descobrimos que eles so mencionados no contexto em que o povo levado a adorar falsos deuses ( Dt. 32: 17; Sl. 106: 36 e 37 ). Algumas pessoas no Antigo Testamento chegaram ao ponto de sacrificar seus prprios filhos e filhas a demnios Paulo deixa claro que todos os sacrifcios a falsos deuses, quer seja por meio de oferendas de alimentos ou pelo sacrifcio de crianas, so feitos a potestades demonacas ( 1Co. 10: 20 ). O desejo dos demnios o de receber adorao. Quando no conseguem adorao voluntria, eles levam as pessoas a adorar qualquer coisa, menos a Deus. Os demnios desenvolvem processos de engano, para que as mentiras que contam possam ser aceitas por aqueles que desejam um caminho alternativo. Por exemplo, todos temos imagens falsas de Satans. Uma imagem popular a de um demnio vermelho com dois chifres e um enorme garfo vermelho. Infelizmente, sua aparncia no to bvia. Esses esteretipos muito tm feito para prejudicar uma verdadeira compreenso do modo como o diabo age. Isso no de admirar, pois o prprio Satans se disfara de anjo de luz. Portanto, no surpresa que os seus servos finjam que so servos da justia. O fim deles ser o que as suas aes merecem. ( 2Co. 11: 14 e 15 ) 25

O terno na sociedade ocidental representa um smbolo reconhecvel de sucesso e respeitabilidade. Contudo, se descobrssemos que um homem havia feito negcios escusos, recusaramos de imediato qualquer contato com ele mesmo que ele se vestisse de um terno fino. A Bblia deixa claro que Satans assume a aparncia de um anjo de luz, pois sua inteno enganar as pessoas. Suas obras tambm tm a mesma aparncia de aceitabilidade. Satans no quer que sua obra seja vista pela perspectiva do que ela realmente ; portanto, ele oculta o que faz de forma to efetiva quanto a usada para se dissimular. As obras do diabo muitas vezes parecem racionais e aceitveis. Mas independente de seu disfarce, seu objetivo desviar a adorao que rendemos a Deus para outra pessoa ou outra coisa, se no para ele de forma direta. Embora Satans use o engano para levar pessoas a diversos nveis de aberraes doutrinrias, seu objetivo arrastlas para alguma forma de feitiaria. Deus probe qualquer envolvimento com feitiaria. No permitam que se ache algum entre vocs que queime em sacrifcio o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhao, ou se dedique magia, ou faa pressgios, ou pratique a feitiaria ou faa encantamentos; que seja mdium, consulte os espritos ou consulte os mortos. ( Dt. 18: 10 e 11 ) Uma das formas pelas quais Satans leva pessoas feitiaria fazer com que elas se interessem em prever o futuro. Esta a razo porque existem muitos satanistas envolvidos na arte da adivinhao. Os horscopos so apenas uma das formas usadas pelo diabo para influenciar o modo como as pessoas vivem. Muitas pessoas de todas as partes do mundo passam por experincias semelhantes nas quais uma previso as direcionam e moldamlhes a vida. Para libertar-se do poder dessas mentiras, preciso que haja arrependimento, confisso e entrega a Jesus. 4 Qual foi o livramento que Jesus conquistou para os cristos? O Esprito do Soberano, o Senhor, est sobre mim, porque o Senhor ungiu-me para levar boas notcias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que esto com o corao quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertao das trevas aos prisioneiros, para proclamar o ano da bondade do Senhor e o dia da vingana do nosso Deus; para consolar todos os que andam tristes, e dar a todos os que choram em Sio uma bela coroa em vez de cinzas, o leo da alegria em vez de pranto, e um manto de louvor em vez de esprito deprimido. Eles sero chamados carvalhos de justia, plantio do Senhor, para manifestao da sua glria. ( Is. 61: 1 a 3 ). Isaas profetizara ( Is. 9: 6 ss ) sobre o menino rei que haveria de nascer; de um ministrio de libertao dos oprimidos, conforme descrio do captulo 61 citada acima. Jesus, que veio para cumprir essas duas profecias, anunciou no incio de Seu ministrio, que a uno sobre a qual profetizara Isaas estava sobre Ele ( Lc. 4: 17 a 19 ). Embora Seu propsito em vir ao mundo tenha sido restaurar a relao da humanidade cada com Deus, esta restaurao deve incluir a expulso de toda fora que impede os homens de experimentar uma vida 26

de liberdade. Assim como Jesus no quer que nos curvemos para adorar outros deuses, Ele no quer que estejamos presos por foras do mal ou qualquer esprito de dominao ( Mt. 28: 18; Mc. 16: 15 18 ). Jesus no s expulsou demnios como tambm passou essa incumbncia aos Seus discpulos. E disse-lhes: Vo pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado ser salvo, mas quem no crer ser condenado. Estes sinais acompanharo os que crerem: em meu nome expulsaro demnios; falaro novas lnguas; pegaro em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, no lhes far mal nenhum; imporo as mos sobre os doentes, e estes ficaro curados. ( Mc. 16: 15 18 nfase do autor ). Ao aceitar os cristos nascidos de novo como parte de Sua famlia, Deus lhes concede uma vida completamente nova e plena autoridade como filhos para ser usada em Seu nome. Portanto, quando estamos atuando na rea de libertao, importante lembrar e crer que tudo o que ligarmos ou desligarmos na terra ser ligado ou desligado no cu ( Mt. 18: 18 20 ). Todas as vezes que o povo de Deus se rene e concorda na orao, o Senhor ouvir e responder. Os pontos a seguir devem ser observados. a) Arrependimento Ministrar libertao no uma tarefa to difcil como s vezes parece. O diabo no tem mais qualquer autoridade sobre os filhos de Deus obedientes e arrependidos. Fomos tirados do reino das trevas e levados para o reino da luz. Na realidade, o nico espao que o diabo tem em nossa vida o que lhe damos ( Ef. 4: 27 ). Se damos lugar ao diabo, contudo, Deus se prontifica a nos resgatar, se nos arrependermos de nossos malfeitos. Confessar o primeiro passo no caminho da restaurao. Quando confessamos nossos pecados e nos acertamos com Deus, podemos contar com a Sua libertao. Se invocarmos o Seu nome, Ele nos resgatar e nos salvar dos poderes das trevas ( Tg. 5: 16 ), j que todo aquele que invoca o Seu nome ser salvo ( At. 2: 21 ). Arrepender-se significa assumir responsabilidade e admitir que cometemos pecado. Assumir a responsabilidade pelo pecado um passo importante no processo de perdo e cura, ou de libertao das influncias demonacas. Contudo, o arrependimento no um ato nico; preciso que levemos uma vida de arrependimento e submisso ao Senhor. Pessoas que no esto dispostas a assumir a responsabilidade pelo pecado, ou a arrepender-se, no podem expulsar os demnios de si mesmas, porque sua vontade ou sua carne no est disposta a acertar-se com Deus. b) Autocontrole Para permanecer livre de espritos malignos, preciso uma reconstruo do carter. Novas formas de resposta devem ser aprendidas. Chegar a um acordo com a liberdade recm-descoberta exige tempo para ajustes. O autocontrole a forma da pessoa libertada manifestar a sua nova liberdade. O autocontrole disciplina. Talvez seja necessrio que a pessoa libertada do demnio da lascvia abra mo da televiso. Este o caso quando ela acha difcil mudar de canal quando um programa imprprio se inicia. O autocontrole s vezes significa passar sem e pode ser algo extremamente difcil. O cristo liberto precisa de toda ajuda disponvel para 27

sustentar um estilo de vida coerente com o padro de Deus. Essa ajuda ser necessria at que ele tenha aprendido a andar livre de velhos hbitos e padres de comportamento pelos quais os demnios podiam oprimi-lo ou escraviz-lo. c) Preservando sua libertao Os pontos a seguir so teis para se preservar uma conduta de arrependimento e disciplina crist. 1. Mantenha um estilo de vida devocional que esteja centrado na Palavra de Deus. Como diz o salmista: Os que amam a tua lei desfrutam paz, e nada h que os faa tropear ( Sl. 119: 165; cf. Tg. 1: 22 25 ). 2. Comprometa-se totalmente com a vontade e a obra de Deus. Paulo ordena: Portanto, glorifiquem a Deus com o seu prprio corpo. ( 1Co. 6: 20 ). Para manter-se livre de demnios, preciso fazer a escolha de submeter-se vontade revelada de Deus. 3. Continue a ser cheio do Esprito Santo ( Ef. 5: 18 ). 4. Desenvolva um estilo de vida de louvor e orao ( 1Ts. 5: 16 18 ). Orar continuamente nos ajuda a continuar sensveis ao Esprito Santo. Uma vida de louvor e adorao assegura que nossa orao esteja centrada em Deus, e no em outra coisa ou pessoa. 5. Mantenha comunho com outros cristos que tm vida de orao.

Captulo 7 Rompendo a Linha de ControleArrancando as razes Para romper o crculo de dominao, preciso reconhecer duas coisas. Primeiro, h um padro e um crculo de controle. Segundo, h razes na vida do manipulador ou do indivduo dominado que precisam ser arrancadas. Uma pessoa que tem um problema de peso em razo da compulso por comer talvez se considere incapaz de resistir tentao de comer doces. Ela sempre tenta se convencer de que um docinho no lhe far mal. Tal pessoa se enche de culpa enquanto se enche de comida. E se arrepende. Mas no dia seguinte, tudo se repete. Uma vez iniciado o crculo vicioso, o indivduo que tem esse tipo de compulso acaba reincidindo vezes sem fim, por mais sincero que seja o seu pesar. extremamente fcil rotular de comilo a pessoa que tem um problema de peso. Entretanto, se soubssemos que ela, quando criana, sofreu fome e que ia para a cama na maioria das noites sem jantar, nossa atitude seria diferente. O problema de obesidade de algumas pessoas no apenas gula. Se o problemaraiz no for tratado, as pessoas continuaro a agir de maneira condenvel. Se a raiz de um problema no for totalmente arrancada, o mal continuar a se desenvolver s ocultas. Destruindo o poder do medo O medo o principal problema de todos aqueles que se submetem ao controle de outros. O indivduo pode ter medo de rejeio, do fracasso, da morte, da doena, de parecer estpido, e assim por diante. O medo tem uma enorme diversidade de 28

causas. Assim como a raiva pode induzir o indivduo a reagir com violncia diante de uma situao ameaadora, o medo normalmente ir lev-lo a recuar diante de uma ameaa. A pessoa que tem medo do fracasso pode ter adquirido esse medo por ver o pai rejeitar seus outros irmos quando esses foram reprovados em exames, ou pode ter adquirido o medo j adulto atormentado por um patro ou chefe prepotente. Qualquer que seja a raiz do medo ele influir na conduta. O medo faz com que fujamos da realidade. O medo enfraquece a vontade. A Bblia relata a fuga de Jac motivada pelo medo. A raiz de seus problemas era uma me manipuladora. Ela lhe havia dito para enganar o prprio pai e ele seguiu sua orientao. Isso gerou um desejo homicida em Esa e um medo que aterrorizou Jac at o dia da reconciliao. Jac encheu-se de medo e foi tomado de angstia. Ento dividiu em dois grupos todos os que estavam com ele, bem como as ovelhas, as cabras, os bois e os camelos, pois assim pensou: Se Esa vier e atacar um dos grupos, o outro poder escapar. ( Gn. 32: 7 E 8 ) Ele nem mesmo pensou na possibilidade de Esa poder perdo-lo e esquecer a decepo que tivera. A raiz do problema no foi tratada. Jac no pode aceitar o convite de Esa para seguir para um lugar chamado Seir. O medo pode levar o cristo a desistir de uma batalha. Deus disse a Seu povo para no ter medo quando estivesse em uma situao de confronto. Vocs no precisaro lutar nessa batalha. Tomem suas posies, permaneam firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dar, Jud, Jerusalm. No tenham medo nem desanimem. Saiam para enfrent-los amanh, e o Senhor estar com vocs. ( 2Cr. 20: 17 ) Se os filhos de Deus se prontificarem a confessar e abandonar seus pecados, Deus est disposto a purific-los, no apenas de seus pecados, mas tambm dos efeitos emocionais decorrentes desses pecados. Quando nos encontramos em luta com o medo que nasce de nossos pecados, precisamos encarar a situao e lidar com as razes de nossas mazelas: o pecado. E em lugar de render-se ao medo, precisamos descartar o medo negativo e passar a ter um temor positivo do poder de Deus. s vezes, aps as terrveis razes terem sido arrancadas da vida de uma pessoa, os velhos medos podem fazer com que essa pessoa continue a viver como antes. Se no tratada, a pessoa, embora livre, continuar a viver como se estivesse presa. necessria uma iluminao celestial para que as pessoas vejam os seus grilhes rompidos e, assim, sejam livres da opresso do medo. H uma dimenso de f prtica que recebe a Palavra de Deus e se firma nela at que ela se torne a experincia da pessoa. Quando no tem medo ( e no se preocupa, j que o medo gera a aflio ), a pessoa pode receber a Palavra de Deus em seu corao e esperar com pacincia que essa palavra se torne uma realidade prtica. A pessoa que se preocupa no confia em Deus e d lugar para a dvida, que o oposto da f. Se algum de vocs tem falta de sabedoria, pea-a a Deus, que a todos d livremente, de boa vontade; e lhe ser concedida. Pea-a, porm, com f, sem 29

duvidar, pois aquele que duvida semelhante onda do mar, levada e agitada pelo vento. No pense tal pessoa que receber coisa alguma do Senhor, pois tem mente dividida e instvel em tudo o que faz. ( Tg. 1: 5 8 ) A pessoa que persiste no medo no desfruta das promessas da Palavra de Deus. As pessoas que vm para Deus devem crer que Ele recompensa aqueles que O buscam com sinceridade ( Hb. 11: 6 ). A chave para entender as dificuldades que passamos s vezes, sentimo-nos como o salmista, achando que Deus no responde ao nosso chamado e que nos falta auxlio no momento em que mais precisamos. ( Sl. 13: 1 ). Contudo, no mesmo instante, reconhecemos que Ele a nossa nica esperana e, por isso, clamamos por Ele com urgncia. Mas, novamente, parece que Ele nos tem abandonado. Acredito que esta seja uma fase crucial na vida do cristo! Quando se encontra em um estado mental como este, o cristo fica extremamente vulnervel. Neste ponto, ele sofre a tentao de resolver o problema do seu prprio modo. precisamente nesta fase que a sua confiana em Deus no deve vacilar. Para que possamos permanecer firmes, preciso que nos alimentemos da Palavra de Deus que fortalece a nossa f. Cristos que abrem mo de Deus no podero enfrentar as tempestades da vida. A melhor coisa a ser feita em uma situao difcil clamar ao Senhor por auxlio. Esta a chave para a libertao em todas as situaes. O Senhor est perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade. ( Sl. 145: 18 ) Deus permite situaes embaraosas em minha vida se essas forem teis para meu crescimento. As dificuldades, portanto, no so necessariamente um passaporte para o fracasso. Deus permite que soframos por razes que no so instantaneamente compreendidas. O cristo deve esperar dificuldades e perseguies, se vive e prega o evangelho. Mas ele deve esperar o livramento de Deus em todas as situaes. O cristo deve ter uma atitude de f em Deus face s dificuldades. Em meio luta, independente de como venha, precisamos adotar uma atitude de lealdade e confiana em Deus. Eu, porm, clamo a Deus, e o Senhor me salvar. tarde, pela manh e ao meiodia choro angustiado, e ele ouve a minha voz. Ele me guarda ileso na batalha, sendo muitos os que esto contra mim. ( Sl. 55: 16 18 ) Deus est no controle de todas as circunstncias ele controla o tempo e a eternidade. Determinado a no se deixar induzir pela doena que estava matando Lzaro, Jesus permaneceu na regio do Jordo. Precisamos ter este mesmo tipo de f em ao em nossa prpria vida, reconhecendo que Deus opera todas as coisas no Seu prprio tempo. Ele, no final, dominar a situao, mesmo que isso signifique ressuscitar mortos. Todo cristo deve ser um imitador de Jesus, 30

resistindo s ameaas manipulatrias do diabo, ou aos indivduos manipuladores, independente das circunstncias. O que reprime o dominador A Bblia compara o homem sem autocontrole a uma cidade em runas. Aquela cujo muro tem buracos que permitem aos inimigos entrar vontade. Sem autocontrole, no corpo, alma e esprito, o homem destri tudo que tenta construir. Como cidade com seus muros derrubados, assim quem no sabe dominar-se. ( Pv. 25: 28 ) A falta de controle de Esa o levou a perder a bno da primogenitura e toda a herana espiritual que ela representa. A falta de controle de Moiss tambm lhe custou caro. Ele foi induzido por suas frustraes. Aps conduzir o povo de Deus por mais de quarenta anos por todos os tipos de privaes e dificuldades, um acesso de raiva fechou-lhe o acesso Terra Prometida. 1 Autocontrole por meio do Esprito Santo Ningum pode tratar da falta de disciplina de forma to efetiva quanto o Esprito Santo. As pessoas que no submetem sua vida emocional disciplina, no tm um relacionamento ntimo com o Esprito Santo. Todos ns somos pessoas controladas e induzidas pelo forte poder da emoo, por mais que tentemos negar. A melhor forma de controlar o poder das emoes submet-las ao Esprito de Deus. Entretanto, vocs no esto sob o domnio da carne, mas do Esprito, se de fato o Esprito de Deus habita em vocs. E, se algum no tem o Esprito de Cristo, no pertence a Cristo. ( Rm. 8: 9 ) As pessoas que andam no Esprito Santo sabem que, em momentos de incerteza, podem confiar-se ao Esprito Santo para que sejam conduzidas, orientadas e disciplinadas por Ele. 2 Confrontando as foras dominadoras com ajuda do Esprito Quando lidamos com pessoas que tentam exercer domnio sobre ns ou sobre outros, nossa resposta deve ser precisa e efetiva. importante que haja orao ao lidar com pessoas dominadoras. Nossa resposta deve ser espiritual, no emocional. Estamos confrontando o pecado, no o pecador. Nossa luta no contra carne e o sangue... Contudo, depois de orar, devemos conversar com o manipulador. A melhor maneira de lidar com dominadores o enfrentamento. Sem confrontao, a maioria das pessoas simplesmente continuar no caminho em que esto. Falar diretamente com a pessoa exigir uma resposta. Se no tentarmos resolver a situao de frente, no estaremos fazendo nenhum bem ao controlador nem a ns mesmo. Os espritos tambm precisam ser considerados 31

de forma direta. Um esprito pode ser identificado pela manifestao de seu poder. Confrontar, neste caso, assumir a nossa condio de filhos de Deus, a quem dado autoridade para ordenar que os espritos saiam no Nome de Jesus.

Apndice 1O que vem a seguir? Fale com um amigo sobre sua situao

1. Escolha um amigo em que voc confia. Verifique com a ajuda dele se os problemas que voc est enfrentando com o manipulador no se devem a conflitos de personalidades. Se voc for tmido, compartilhar com uma pessoa ir ajud-lo a superar um impasse. Contar com um amigo pode ser a garantia de lidar com a questo da manipulao de uma forma adequada. 2. Identifique o padro que est sendo usado para controlar voc. Pense nas maneiras como a outra pessoa o tem manipulado ou dominado. Isso importante porque, mais tarde, quando voc encarar o manipulador, essa pessoa ir querer saber quando e onde ela o tem intimidado. 3. Ore pelo problema com ajuda do seu amigo, e enfrente qualquer medo em sua vida. 4. Combine com seu amigo o modo de abordagem do problema com o manipulador. 5. Agende um horrio para encontrar-se regularmente com seu amigo e parceiro de orao. Escreva ou entre em contato ( por telefone ou pessoalmente ) com o manipulador 1. Ore antes de telefonar, escrever ou falar com o manipulador; pea ao Senhor que revele o amor dEle em suas atitudes e conduta. 2. Em sua primeira abordagem, se for por carta ou telefone, solicite um encontro com a outra pessoa. 3. Explique que h um problema pessoal que gostaria de resolver pessoalmente. No comum um manipulador esforar-se por um encontro pessoal, se a iniciativa no dele ou dela. 4. Se voc sabe que no pode enfrentar a outra pessoa sozinho(a), ento, pergunte ao manipulador se ele, ou ela, se importa com a presena de um amigo comum. ( Certifique-se de que este no seja o mesmo amigo com quem voc compartilha ). 5. Se o manipulador do sexo oposto, leve mesmo um amigo comum como voc. Se possvel, escolha um amigo do mesmo sexo do manipulador. Na reunio 1. Abra a reunio com uma orao, se o outro for um irmo na f. 2. Ande na luz: seja totalmente franco sobre o assunto. Pea ao manipulador para que seja paciente e permita que voc diga tudo o que tem a dizer. 3. Apresente exemplos especficos de como e quando, a seu ver, a outra pessoa tentou manipul-lo, domin-lo ou control-lo. 32

4. Conclua relatando como essa manipulao ou domnio o faz sentir-se. Em seguida, explique que esta a razo pela qual voc o procurou. 5. Se a reunio for somente entre voc e o manipulador, sem a presena de outra pessoa, e o manipulador nega o fato de estar manipulando, ento, insista em uma nova reunio com a presena de outra pessoa. Se ele no aceitar, cite Mateus 18: 15 e 16. 6. A menos que o manipulador seja rebelde ou apstata, ele dever reconhecer a Palavra de Deus neste ponto. Entretanto, se no aceitar a presena de um mediador, ento, deixe claro que voc est rompendo com ele, ou ela, at que haja uma mudana de atitude. Se o manipulador reconhecer a manipulao... 1. Mantenha a comunho. Mas em novas bases de respeito e igualdade. 2. Combine que, no futuro, voc mostrar, em particular, coisas que tendam a restabelecer as antigas condies. 3. Encerre a reunio com uma orao. Se houver suspeita de atividades demonacas... 1. Certifique-se de que voc mesmo est sendo honesto com Deus. 2. Insista em levar um amigo comum quando agendar sua reunio com o manipulador. 3. Considere a necessidade de jejuar e orar pelo manipulador. 4. Sonde seu corao e confesse os seus pecados. Ore para que o sangue de Jesus purifique voc de todos os pecados. Antes de confrontar os demnios desenvolva intimidade com Deus. 5. Tome posse da autoridade que foi dada aos cristos sobre os espritos malignos, ordenando-lhes que deixem seu caminho no nome de Jesus. 6. Proclame o poder de Deus sobre o diabo, pedindo a Deus para confundir os planos do inimigo. ( Sl. 55: 9 ) 7. Libere o manipulador das garras de Satans. Perdoe. 8. Reserve um tempo para louvar a Deus pela vitria de Jesus em sua vida e na vida do manipulador ( se ele for cristo ). Se informaes falsas tornarem voc presa de fcil manipulao... 1. Arrependa-se de aceitar e acreditar nas mentiras do manipulador. 2. Pea a um amigo para orar com voc e quebrar o poder das palavras negativas. 3. Seja mais disciplinado com relao leitura bblica. E confesse mais freqentemente a verdade da Palavra de Deus sobre a sua condio. Se voc reconhece em voc o desejo de dominar... 1. Pea a um amigo para orar com voc. 2. Confesse seu pecado na orao. 3. Pea a seu amigo para orar por voc. Se voc um dominador na igreja... 33

1. Voc tem usado sua posio ou riqueza para chantagear a liderana? Pea perdo igreja ou aos seus lderes. Acerte as contas com Deus. Faa restituio. Oferea auxlio liderana para implementar os planos que voc obstruiu com chantagens. evidente que isso depende de sua conscincia reconhecer que os planos da liderana no so pecaminosos e, eles prprios, manipuladores. Se voc tem tentado chantagear a liderana em prejuzo de uma pessoa de quem voc gosta, desculpe-se com a liderana e com essa pessoa. 2. Voc tem tentado manipular a igreja por meio de seus dons espirituais, ( por exemplo, profecia, palavra de sabedoria e dom de lnguas )? Confesse a Deus o seu pecado e arrependa-se por fazer mau uso de seus dons. Se voc sabe que pessoas agiram baseadas naquelas suas profecias, v e desculpe-se com cada uma delas em particular. Se a igreja toda foi induzida em erro por suas profecias, ento, escreva uma carta para a liderana e pea perdo. Consulte a liderana se voc deve arrepender-se publicamente na igreja. 3. Como lder, voc tentou usurpar a autoridade de outros lderes? Se voc adotou ou promoveu um esprito de diviso, preciso arrepender-se diante dos outros lderes da igreja, denunciar e renunciar sua lealdade a determinados indivduos de influncia. Se voc divulgou informaes confidenciais que submetem os demais lderes a constrangimentos; ento, precisa humilhar-se e desculpar-se com eles. Se voc fez comentrios maldosos sobre outros lderes, precisa considerar seriamente se ou no chamado para a liderana. Se voc ainda acredita que , ento, arrependa-se pelo modo como exps seus irmos. Se voc exerce tirania sobre sua famlia... 1. Fale com um amigo prximo sobre seu comportamento. 2. Arrependa-se em orao 3. Avalie com um amigo a maneira de fazer confisso e reparao queles que ento sob sua manipulao na famlia. Considere o que voc deve dizer e com quem deve desculpar-se. preciso lembrar-se que somos chamados a andar na luz, mas que