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Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 10 - nº 98 - Dezembro/2009 Distribuição Gratuita PROIBIDA A VENDA Nesta edição: Internet Diálogo em Família Reencontro no Natal O Sacrifício Mais Agradável a Deus O Que o Cristo Jesus “Não” Espera de Nós? Luís Olímpio Guillon Ribeiro

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Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 10 - nº 98 - Dezembro/2009Distribuição Gratuita

PROIBIDA A VENDA

Nesta edição:Internet Diálogo em Família Reencontro no NatalO Sacrifício Mais Agradável a DeusO Que o Cristo Jesus “Não” Espera de Nós?

Luís Olímpio Guillon Ribeiro

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Muitos que possuem sensibilidade encontram, nos meses que antecedem o Natal, um clima favorável de energias renovadoras. É a aproximação de Nosso Mestre Jesus à Terra. Quanto mais se aproxima o Natal, mais perto ele chega até nós. Devemos aproveitar esta proximidade para vivenciar a verdadeira fraternidade e tentar colocar em prática todos os ensinamentos que Ele nos deixou. Não é o que devemos fazer somente nesta época, mas sabemos que ela é mais propícia para isso.

Fabiano de Cristo sai a arrebanhar corações generosos para doarem alimentos àqueles que mais necessitam, tentando despertar esses mesmos corações para que se pratique a verdadeira caridade ao longo de todo o ano.

Infelizmente, ainda existem corações endurecidos. Alguns continuam fazendo vista grossa para o sofrimento alheio, concentrados em seu egoísmo, fazem questão de não ver as dificuldades encontradas por tantas pessoas.

Muitas empresas, escolas, associações fazem festas de confraternização de fim de ano, mas notamos que existe um desvirtuamento. Pensa-se somente em comer, beber e ganhar presentes. Mesmo nas festinhas das escolas; os temas escolhidos muitas vezes não têm nada a ver com o nascimento de Cristo. Não se passa mais a simplicidade de como Jesus veio ao mundo numa manjedoura. Ensinar para os pequenos a importância que Jesus tem para a Humanidade, com todos os exemplos que Ele nos trouxe, nem pensar...

Este é o lado ruim desta época do ano: as pessoas parecem enlouquecidas, precisam enfeitar suas casas, comprar comidas, bebidas, presentes para toda a família, ir às festas e confraternizações e cometer todo tipo de abuso, beber e comer em excesso e, quiçá se envolve com drogas. Que dirá daqueles que mal têm para se alimentar durante o ano todo e, justamente para “comemorarem o Natal”, se endividam comprando presentes caros para seus filhos. E o aniversariante? Alguém o convida para participar dos festejos? Reúne-se a família para fazer orações de agradecimento por termos tantas bênçãos recebidas durante toda a nossa vida?

Muitos, que estão ligados às diversas religiões, também só se preocupam com a aparência. Qual o coral que se sairá melhor? Qual festa de confraternização será a mais concorrida? É, amigos! Ainda estamos longe de entender o significado real do Natal, mas, se já nos preocupamos com aqueles que têm menos e a levar esta responsabilidade para todos os dias do Ano Novo, aprendendo que cada um deve fazer sua parte da melhor maneira possível, aí, sim, estaremos nos ajustando aos desígnios do Mais Alto.

Nosso Pai Celestial quer que sejamos felizes e só poderemos sê-lo quando não mais ficarmos indiferentes à dor alheia. Sabemos que nosso caminho a seguir é longo. Então vamos nos conscientizar de que devemos ensinar às nossas crianças, desde pequenas, o real valor do Natal. Contando-lhes histórias do nascimento e da vida de Cristo, para tentarmos mudar o entendimento desses espíritos que retornam, muitas vezes, sem nunca terem ouvido falar dEle.

Equipe Seareiro

EditorialÍNDIC

E

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Ano 10 - nº 98 - Dezembro/2009Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Direção e RedaçãoRua das Turmalinas, 56 / 58

Jardim DoniniDiadema - SP - Brasil

CEP: 09920-500Tel: (11) 2758-6345

Endereço para correspondênciaCaixa Postal 42Diadema - SP

CEP: 09910-970Tel: (11) 4044-5889 com Eloisa

E-mail: [email protected] Editorial

Antonio Ceglia RibeiroCladi de Oliveira Silva

Eduardo PereiraFátima Maria Gambaroni

Geni Maria da SilvaIago Santos Muraro

Marcelo Russo LouresNereide Conceição Grecco Ribeiro

Reinaldo GimenezRoberto de Menezes Patrício

Rosangela Araújo NevesRuth Correia Souza Soares

Silvana S.F.X. GimenezVanda NovickasWilson Adolpho

Revisão gramaticalA. M. G.

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433Diagramação e Arte

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

Imagem da Capahttp://www.febnet.org.br/ba/image/Imagens%20

Presidentes%20da%20FEB/DrLOGuillonRibeiro.jpg

ImpressãoVan Moorsel, Andrade & Cia Ltda

Rua Souza Caldas, 343 - BrásSão Paulo - SP - (11) 2764-5700

CNPJ: 61.089.868/0001-02Tiragem

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

editorial

Grandes Pioneiros: Luís Olímpio Guillon Ribeiro - Pág. 3

Pegadas de Chico Xavier: A Mágoa - Pág. 8

Tema Livre: O Sacrifício Mais Agradável a Deus - Pág. 9

Canal Aberto: O Que o Cristo Jesus “Não” Espera de Nós? - Pág. 11

Família: Diálogo em Família - Pág. 12Clube do Livro: Sibéria, Berço da

Renovação - Pág. 13Kardec em Estudo: Recordação da

Existência Corpórea - Pág. 14Atualidade: Internet - Pág. 15Livro em Foco: O Ligeirinho - Pág. 16Contos: Reencontro no Natal - Pág. 17Cantinho do Verso em Prosa: Caridade

e Caminho - Pág. 18Calendário: Dezembro - Pág. 19

3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Luís Olímpio Guillon RibeiroApós a reencarnação de Allan Kardec, com a chegada

da Codificação, vinda por seu intermédio à Terra, começou-se a sentir que grandes transformações iriam acontecer à humanidade.

Desse período em diante, a Espiritualidade Superior, colaborando para que o Cristianismo chegasse com maior influência sobre os povos, enviou ao plano físico Espíritos de grande envergadura espiritual, para salientar e divulgar o Evangelho de Jesus em todas as expressões verbais.

O mundo, através de seus povos e de suas formas de crer, reverenciando a Deus, recebe e recebeu do Alto Espíritos que reencarnam para serem orientadores, tentando divulgar a compreensão sobre os processos reencarnatórios.

Foram muitos os vanguardeiros de épocas remotas que, através de exemplos, dignificaram a doutrina de Cristo para a Humanidade. E, entre esses, destaca-se no Brasil o nome de Guillon Ribeiro!

Reencarnou, trazendo importante tarefa a realizar, quando despertou ao chamado do Mestre.

Luís Olímpio Guillon Ribeiro reencarnou, sob a assistência do Plano Espiritual, no estado do Maranhão, em São Luís. Apesar do lar pobre, com muitas dificuldades financeiras do casal, o senhor Luís Antônio Gonçalves Ribeiro e a senhora Olímpia Guillon Gonçalves Ribeiro receberam-no com imensa felicidade. O calendário marcava o dia 17 de janeiro de 1875.

A infância de Guillon foi muito difícil. A cada ano, ele sentia as dificuldades pelas quais a família passava. Isso colaborou ainda mais para que seu espírito amadurecido o fizesse compreensivo e atento às imposições de não poder ter brinquedos, como todas as crianças almejam tê-los.

Com a chegada da idade própria para a alfabetização do menino, o senhor Luís Antônio, seu pai, conseguiu o curso gratuito no Seminário de São Luis do Maranhão, onde ele recebeu os primeiros contatos com as letras e os números, desenvolvendo ainda mais a sua inteligência.

Tudo parecia correr tranquilamente, quando o senhor Luís Antônio vem a desencarnar. Foi uma grande reviravolta na vida da família. Por esse tempo, o menino Guillon contava sete anos de idade. Embora sentindo imensa tristeza em seu íntimo, ele pouco saberia ou poderia fazer, a não ser confortar o coração materno e os irmãos mais novos, com seu carinho.

Pouco tempo depois, dona Olímpia, sua mãezinha, resolveu transferir-se com os filhos para o Rio de Janeiro, onde os recursos para a sobrevivência viessem a ser melhores.

A primeira preocupação de dona Olímpia foi a de não interromper os estudos de Guillon. Como não havia possibilidades dele ir para escola particular, ou ter professores que o instruíssem em casa, como era natural na época, ela conseguiu que Guillon fosse aceito na antiga Escola Militar, na Praia Vermelha, com o curso gratuito.

Guillon era ótimo aluno. Dotado de bons princípios, logo mereceu a admiração dos professores e dos colegas de estudos.

Não encontrando uma outra forma de custear os estudos, suportou, por anos, a vida militar. Aproveitou os conhecimentos que esse curso lhe ofereceu e, com sua brilhante inteligência, conseguiu matricular-se no 2º ano da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, deixando a Escola Militar.

Vista aérea da cidade de São Luiz, Maranhão

Escola Militar de Praia Vermelha, 1892

Escola Politécnica do Rio de Janeiro, 1920

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Precisando ajudar na manutenção da família, que até aquele momen-to vinha dos proventos obtidos pelos trabalhos domésticos que dona Olímpia fazia, Guillon empregou-se como reda-tor do Jornal do Comércio e escrevia também para outros periódicos cario-cas. Trabalhava exaus-tivamente e, durante os intervalos das refeições, estudava. Dessa forma, Guillon Ribeiro conseguiu formar-se em Engenharia Civil.

Sempre procurando au-mentar seus conhecimen-tos, achou por bem estu-dar vários idiomas, para sentir a cultura de outros povos. Assim pôde corres-ponder-se com jornais da Itália, França, Inglaterra e aperfeiçoar-se na língua portuguesa. O interessan-te é que ele não encontra-va dificuldades para es-tudar esses idiomas, pois pareciam-lhe familiares, como recordações, tão fá-ceis de entender.

Estava próximo o des-pertar para a Doutrina Es-pírita. Não que esse prin-cípio sobre a vida após a morte não o interessasse, mas como sua vida carnal fosse muito exigente, des-de criança, ele não tivera tempo para aprofundar-se no assunto. Mas o seu subconsciente o alertava de que sua vida teria ou-tros rumos a serem toma-dos.

Não conseguindo em-prego com a licenciatu-ra de Engenheiro Civil, e sendo convidado para ocupar a vaga de 2º Oficial da Secretaria do Senado Federal, foi praticamente obrigado a aceitá-la para poder sustentar-se e aos familiares.

Guillon Ribeiro, muito responsável, embora não exercendo a profissão que gostaria, dedicava-se, ao

máximo, no Senado. Todos o admiravam pelo seu caráter e serenidade em seu trabalho. Conquistou várias posições,

até chegar a Diretor Geral da Secretaria do Senado, onde ficou até aposentar-se, no ano de 1921.

Durante esse tempo, ele conheceu muitas pessoas que eram estudiosas do Espiritismo, que, por essa época, era muito discutido e levado mais por curiosidade.

Tivera notícias de que o famoso espírita Dr. Bezerra de Menezes fora um grande político e que, abandonando a vida pública, dedicara-se inteiramente à Doutrina Espírita. Estava Guillon querendo desvendar os mistérios da vida e sua criação divina.

Fizera profunda amizade com o senador Rui Barbosa, a quem admirava pelos ideais abolicionistas. Ambos se completavam na lealdade, tanto que Rui Barbosa, durante uma sessão realizada no Senado Federal, em seu discurso, elogiou e agradeceu a colaboração do então doutor Guillon Ribeiro como um dos auxiliares do Senado.

Dizia Rui Barbosa que, pela inteligência, competência e dedicação, o auxiliara na publicação de seus discursos, em que, como revisor, por muitas vezes, suprira suas falhas ao escrevê-los. E isso ficou registrado nos “anais do Senado Federal”, constando que esses trabalhos de revisão feitos por Guillon Ribeiro, de autoria do Senador Rui Barbosa, eram referentes ao “Projeto do Código Civil”, apresentado em sessão de 14 de outubro de 1903. Esse foi um dos marcantes acontecimentos na vida pública do doutor Guillon Ribeiro. Deixou, verbalmente, sua gratidão eterna ao maior estadista brasileiro, ao dedicar-lhe essa que considerou, sendo uma homenagem à sua insignificante pessoa no Senado Federal. Cumpria seu dever de responsabilidade como cidadão e companheiro. Mas não era só Rui Barbosa que admirava seu procedimento de lealdade, eram todos os senadores da época. Guillon Ribeiro era um observador nas atitudes verbais dos senadores. Gostava de ouvir os discursos de Rui Barbosa, que a todos cativava pela eloquência e objetividade em suas palavras. A maneira pela qual Rui Barbosa transmitia seus ideais abolicionistas, incentivava até mesmo aos que eram contrários a essa ideia, que chegavam a aplaudi-lo, embora após essa atitude, voltassem a se impor e demonstrar profunda antipatia pela causa de abolir a escravatura no Brasil.

Guillon notava que Rui Barbosa mudava sua expressão, parecendo-lhe que forças ocultas o dirigiam. Que seria? Haveria algo estranho que só mesmo essa discutida Doutrina Espírita poderia desvendar? Essas e outras questões ouvidas por ele, em diversos locais pelos quais passava, teimavam em ocupar sua mente.

Resolveu procurar e pesquisar livros, que sabia existirem e que o autor seria um renomado professor francês, sem conhecer-lhe o nome. Dessa forma, Guillon Ribeiro chega à Editora B.L.Garnier. Conversando com os editores daquela casa e expondo sua pretensão sobre a doutrina, indicam-lhe “O Livro dos Médiuns”. Procurando o nome do tradutor, achou o pseudônimo de Fortunio. Curioso, perguntou aos editores quem era ele. E foi informado, que toda obra kardequiana, em suas primeiras traduções, pertencia ao doutor Joaquim Carlos Travassos, desde 1875, ano do nascimento de Guillon.

Ele não só leu “O Livro dos Médiuns” como devorou todas as obras de Allan Kardec. Através dessas leituras, tomou consciência da doutrina e da seriedade do assunto, tão bem colocadas as teses doutrinárias pelo professor Kardec. E um novo caminho abriu-se em sua mente.

Comparando as traduções feitas pelo doutor Travassos, do francês para a língua portuguesa, viu a veracidade que ele empregara em não deturpar as obras tão bem escritas

Bezerrra de Menezes

Rui Barbosa

Allan Kardec

Léon Denis

5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

por Kardec. E Guillon sentiu que encontrara o verdadeiro sentido da vida. E a Espiritualidade Superior começara a despertá-lo para a sua tarefa.

Após estudos contínuos sobre as obras doutrinárias, ele resolveu praticá-las. Seu pensamento se fixara na máxima demonstrada por Kardec nas páginas de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “Fora da caridade não há salvação”. E seu pensamento voltou-se para os detentos, na Casa de Correção, no Rio de Janeiro. Deveria começar nesse local, onde a dor moral era de consequências gravíssimas, segundo os estudos feitos por ele sobre a reencarnação.

As primeiras visitas foram difíceis. Os presidiários, que o ouviam falar sobre o Evangelho, eram poucos. Mas suas palavras, seguras, os foram cativando e, aos poucos, muitos detentos o esperavam, ansiosos.

Muitos deles passaram a ver em Guillon, um amigo. E quantas lágrimas Guillon viu rolar pelas faces desses apontados como marginais, e que ele secou e consolou! Guillon conseguiu, entre muitos deles, fazê-los acreditar na reencarnação e na chance de melhoras, tanto nessa como em vidas futuras, incentivando-os a se libertarem dos instintos destruidores e a se renovarem para o Bem, trabalhando com honestidade e alicerçando a fé em Jesus. Muitos que de lá saíram, após cumprirem as penalidades judiciais, tornaram-se grandes amigos de Guillon.

Sempre responsável em seus afazeres, Guillon seguia seu rumo, estudando e trabalhando. Sua grande preocupação era o de poder fazer o melhor para sua mãezinha que, por esse tempo, dependia muito de sua dedicação. Porém, Guillon começou a sentir falta de uma companheira, de alguém que lhe servisse de apoio nas horas da ausência de diálogos. E buscando a presença feminina para consorciar-se, encontrou-a na figura de uma jovem, Raimunda Portela, que foi recebida de braços abertos por sua mãezinha, dona Olímpia.

Casaram-se no dia 11 de abril de 1910, numa cerimônia simples. Dessa feliz união nasceram cinco filhos, que completaram a felicidade do casal. A família ficou constituída de três meninos: Luís Antônio, Antônio Luís e Aloísio e de duas meninas: Olímpia Luísa e Mariana.

A vida seguia seu curso e Guilon procurando entender cada vez mais o Espiritismo. E o momento se aproximava para que ele pudesse sentir o quanto a Doutrina Espírita o confortaria diante do que estava por acontecer. É que dona

Olímpia Guillon Gonçal-ves Ribeiro, após longo período de enfermidade, veio a desencarnar. Para Guillon, o desencarne de sua mãezinha foi de ex-trema dor. Amparado por seus familiares e amigos, conseguiu, aos poucos, recuperar-se.

Voltou-se à leitura edi-ficante das obras karde-quianas. Passou a refletir com mais atenção sobre os problemas “do ser, do destino e da dor”, relem-brando já ter feito essa análise com o autor do livro, Léon Denis. Aí en-tendeu a existência terre-na e o significado da mor-te, que nada mais é que a libertação do espírito preso a um corpo carnal, após tentar se desvenci-lhar dos erros cometidos. Portanto, para ele, que falara muitas vezes para os detentos da Casa de Correção sobre a reen-carnação, só se certifi-cara dessa experiência passada, com o despren-dimento da vida carnal de sua mãezinha.

Guillon emocionou-se e agradeceu, pela primei-ra vez, em sentida prece a Jesus, por saber que um dia haveria o reen-contro. E abençoou o dia em que teve em mãos “O Livro dos Espíritos”.

Desse dia em diante, Guillon Ribeiro tornou-se verda-deiramente es-pírita e mais um aliado do Cristo.

Procurou conhecer a Federação Espírita Brasileira. Pesquisou todo o histórico da referida Casa Máter e ficou sabendo dos grandes espíritas que ajudaram a manter e divulgar a Doutrina de Jesus. Entre muitos, destacou-se a figura ímpar do doutor Adolfo Bezerra de Menezes, doutor Dias da Cruz, Inácio Bittencourt, Batuíra e tantos outros que continuavam a fazer crescer o Movimento Espírita. Soubera que muitos deles já haviam se transferido para o mundo espiritual, mas teve tempo de conhecer, pessoalmente, vários desses vanguardeiros em idades avançadas, aprendendo muito com todos eles, que deixaram suas passagens gloriosas, pelos trabalhos realizados em prol da doutrina.

Guillon, dando sequência aos trabalhos realiza-dos na Federação, dedicou-se inteiramente a dirigir

Inácio Bittencourt

Batuíra

Dias da Cruz

Sede da Federação Espírita Brasileira - SGAN 603, Conj. F, Av. L2 Norte, Brasília, DF

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e revisar a revista “Reformador”, órgão de divulgação dou-trinária, mantida pela Casa Máter. Ele, além dessas tarefas, também escrevia ar-tigos elucidativos so-bre vários assuntos pertinentes à dou-trina. Foram muitos anos de dedicação como diretor da FEB, e também como dire-tor da Livraria. E em 1937 tornou-se pre-sidente da FEB.

As dificuldades para a impressão do Reformador eram

cada vez maiores. Guillon soube que, desde a presidência do Dr. Bezerra de Menezes e do vice-presidente, Dr. Dias da Cruz fora tentado, por ambos, montar uma oficina tipográfi-ca para imprimir essa revista, mas a ideia foi totalmente des-

cartada. Ninguém quis ajudar porque achavam que ela não seria aceita, porque os espíri-tas não estavam preparados para isso. O livro espírita era escasso e desvalorizado.

Guillon também foi comba-tido, embora a época fosse outra. Mas ele não desistia, enfrentando todos os obstá-culos. Ele não se alterava, procurava esclarecer todos os frequentadores da FEB da necessidade urgente em fa-zer crescer a doutrina. E ele próprio se comprometeu em traduzir as obras de Kardec, para que fosse facilitada a lei-

tura delas com a finalidade de preparar o terreno e espalhar as sementes do Evangelho de Jesus.

Dois anos após, em seu mandato na FEB, ele conseguiu uma pequena oficina gráfica, entrando em funcionamento no dia 4 de novembro de 1939. E deu sequência ao seu trabalho, traduzindo as obras estrangeiras, várias delas

vindas das línguas francesa, inglesa e italiana. Com um português correto, traduziu as edições pela FEB dos li-vros de Allan Kardec: “O Li-vro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, “A Gênese”, “O Céu e o Infer-no” e “Obras Póstumas”. De Léon Denis traduziu: “Joana D´Arc, a Médium”, “O Além e a Sobrevivência do Ser”. De J.B.Roustaing: “Os Quatro Evangelhos ou Revelação da Revelação”, em 4 volumes. De Ernesto Bozzano: “A Cri-

se da Morte”, “Animismo ou Espiritismo?”, “Xenoglossia” e “Psicologia e Espiritismo”. De Gabriel Dellane: “O Espi-ritismo perante a Ciência” e “A Alma é Imortal”. De Arthur Conan Doyle: “A Nova Reve-lação”. De J.Arthur Findlay: “No Limiar do Etéreo”. De C. Picone Chiodo: “A Verdade Espiritualista” e “Espiritismo e Criminalidade”. De Pietro Ubaldi: “A Grande Síntese” e de Luíz Gastin a obra “Livre-Arbítrio e Determinismo”.

Foram muitas também as obras por Guillon Ribeiro prefaciadas, ricas em comentários, demonstrando com inte-ligência o conteúdo das obras. Foram muitas as correspon-dências trocadas por ele, para auxiliar nas dificuldades que os diversos povos estrangeiros tinham para o entendimento das obras espíritas. Com simplicidade, esclarecia e incenti-vava todas as leituras edificantes.

Guillon Ribeiro escreveu várias obras e artigos que foram publicados no “Reformador” e em outros periódicos es-píritas. São de sua autoria as seguintes obras: “Espiri-tismo e Política”, “A Mulher, sua Missão” e “A Federação Espírita Brasileira”. Fez ain-da uma reunião de estudos que foram editados como: “Trabalhos do Grupo Isma-el”, em 3 volumes e “Ensina-mentos do Além e Advertên-cias do Aquém”.

Guillon durante toda sua reencarnação, procurou vi-vê-la corretamente. Enfren-tou muitas dificuldades, não só na parte material, como também em relação às suas tarefas doutrinárias. Ciúmes, calúnias, principalmente junto ao poder público que sempre queria deturpar suas ideias, no Senado. Mas Guillon não se deixava abater, por mais difíceis fossem as questões que lhe apresentavam. Com sua inteligência e escrúpulos, muito rápido foi o seu sucesso no Senado, chegando a ser nome-ado Diretor Geral da Secre-taria do Senado. E aí perma-neceu até 1921, quando se aposentou.

Doutor Guillon Ribeiro exerceu o cargo de presiden-te da FEB em 1920/1921, e, depois de um período, re-torna na mesma função, de 1930 a 1943, ano de seu de-sencarne.

Junto de muitos espíritos reencarnados em sua época, Guillon Ribeiro foi dinâmico. Sua dedicação à Doutrina Espírita foi a da divulgação. Suas palestras reuniam cente-

Livro “O Livro dos Espíritos” Editora FEB

Livro “O Livro dos Médiuns” Editora FEB

Livro “O Evangelho segundo o Espiritismo”, Editora FEB

Livro “A Gênese”Editora FEB

Revista ReformadorEditora FEB

Livro “Obras Póstumas”Editora FEB

7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

nas de pessoas, pela sua co-municação simples, em tom didático e vibrante. Para ele não existiam problemas aos quais as mensagens do Alto não trouxessem consolo e esperança.

Guillon Ribeiro, assim como todos os missionários, sofreu perseguições tanto no seu trabalho doutrinário, como no material. Isso sem falar das calúnias sofridas por ele, desferidas pelos que, enciumados, tentaram invalidar as traduções dos livros básicos da doutrina, codificados por Allan Kardec.

A jornada física de Guillon Ribeiro foi interrompida no dia 26 de outubro de 1943, com 68 anos de vida produtiva e assistida pelos amigos espirituais. Foi ele recebido no plano espiritual por sua mãezinha, dona Olímpia que também, junto a espíritos amigos, colaborou para que seu desenlace fosse tranquilo e com preces fervorosas, pronunciadas pelos encarnados que acompanharam os momentos finais da vida terrena de Guillon.

Deixou seu último trabalho, intitulado de “Crisol de Purificação”. Foi publicado no Reformador no mês de dezembro, logo após o seu desencarne, em 1943. Nessa obra, Guillon escreve sobre a dor, demonstrando o quanto ela é proveitosa e “amiga” leal do homem, que poderá acatá-la como renovadora e freio para com os erros humanos.

Deixou um grande vazio no seio familiar e profunda saudade no meio espírita. Muitas cartas, telegramas e cartões vieram de todos os estados do Brasil, enviados à família e à FEB, enaltecendo a figura de Guillon Ribeiro.

A revista “La Idea”, órgão da Confederación Espiritista Argentina, descreveu a moral elevada de Guillon Ribeiro

dizendo: “Um hombre de estudio y de trabajo, cuja vida fué y será ejemplo de sacrificio y amor al Espiritismo”.

Dias após o seu desencarne, dona Raimunda Portela, sua esposa, encontrou entre seus escritos várias poesias. Ele também apreciava os poetas espíritas que traziam mensagens magníficas através da arte poética, contava dona Raimunda, aos amigos, sobre esses comentários feitos por Guillon. Pois bem, entre essas poesias ela encontrou a que Guillon gostava de ler para os filhos quando pequeninos. Era uma poesia de Leôncio Correia, intitulada Vida Eterna:

Jamais se apaga a luz... Se, acaso, voaA nuvem, e de um astro o brilho empana,Extingue-o? A nuvem vai: passa; e se irmanaDe novo ao astro a claridade boa.

Se sofre — o crente as dores abençoaComo uma esmola, que do céu promana;É benéfica a dor, pois a alma humanaNo sofrimento é que se aperfeiçoa.

A morte é uma ilusão; é eterna a vida,Por isso, antes me alegro, que me assusto,Quando a morte, a cismar nela, convida;

Porque sei que ao baixar meu corpo ao seioDa Terra, livre o espírito, sem custo,Já de outros mundos se achará no meio.

E dona Raimunda, completava aos amigos, após a leitura da poesia:

— Talvez foi essa poesia que o inspirou a deixar seu último escrito, “Crisol de Purificação”.

E dona Raimunda deixou que as lágrimas de saudade corressem pelo seu rosto.

Eloísa

Livro “O Céu e o Inferno” Editora FEB

Biblio

grafia • A Gênese – Allan Kardec, Editora FEB, 16ª ed., 1973.

• Grandes Espíritas do Brasil – Zêus Wantuil, FEB, 1ª ed., 1969.

• Imagens:• http://guiadolitoral.uol.com.br/albumfotos/praias-de-

sao-luis_782882122.jpg

• http://www.vivercidades.org.br/publique_222/web/media/pezerat_IFICS2.jpg

• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/34/Escola_militar_rio_de_janeiro_1888.jpg

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Federacao_espirita.jpg

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas

3ª e 6ª, às 15 horasDomingo, às 10 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniões

Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas

Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas

Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45

Rua das Turmalinas, 56 / 58Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345

LIVROS ESTUDADOSO Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan Kardec; Os Mensageiros – André Luiz*

O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador - Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Sabedoria de Paulo de Tarso – Roque Jacintho & J.Manahen; Cartas e Crônicas – Irmão X*; Das Leis Morais – Roque Jacintho

Terapia Espiritual; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec

O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho

O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

DIA2ª

Domingo

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

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O carinho que Chico Xavier tinha para com os animais era surpreendente. O relacionamento entre ele e os bichos de qualquer espécie parecia-nos racional, pois os animais retribuíam-lhe o afeto, participando de tudo o que Chico fazia ou sentia.

Gatos ou cachorros apareciam em sua casa e lá faziam moradia. Chico os abrigava como se fossem da família consanguínea.

Numa ocasião, ao chegar de seu trabalho da Fazenda Modelo, ao abrir o portão apareceu, vindo do interior do quintal, um cachorro arrastando a pata de trás e todo alquebrado. Seu aspecto era de que fora vítima de um atropelamento. Mas à chegada de Chico, o animal pôs-se a lhe fazer festa, como se fosse seu velho conhecido.

Chico alegrou-se, vendo o cachorrinho pular entre suas pernas. De imediato, recolheu–o em seu colo.

O cachorro estava muito debilitado em sua saúde. Chico comprou, com seu minguado ordenado, cobertor e remédios para abrandar as dores, pois à noite o animal gemia muito e sentia muito frio.

Durante muito tempo, esse cachorro deu bastante trabalho para o médium. Todas as noites, chegando do centro espírita, depois das tarefas e do atendimento ao público, ao entrar em seu quarto, encontrava–o todo sujo. Com todo carinho, o médium limpava o local, tratava do animal e depois de vê–lo tranquilo, é que se recolhia para dormir.

Isso se repetiu por muitos anos. Numa noite, ao chegar, estranhou por não ouvir o latido do cachorrinho, como sempre ocorria. Quando Chico acendeu a luz, viu que o animal estava morrendo. Aproximou–se, e já com lágrimas correndo pela face, Chico passou a mão sobre a cabeça do cachorrinho, que o olhou com muita ternura e abanando com dificuldade a cauda, suspirou profundamente e morreu.

Chico muito triste, enterrou o animalzinho no quintal de sua casa.

Após alguns meses, uma das irmãs de Chico soube algo que deixaria o médium arrasado, mas resolveu contar o que sabia, a respeito da morte do cachorro. Quando Chico chegou para almoçar ela falou:

— Chico, eu soube que a morte do cachorro aleijado não foi natural.

Ao ouvir isso, ele, espantado, perguntou:— Como?... Que negocio é esse?— Pois é, meu irmão... a nossa vizinha morria de dó,

por ver você chegar tarde da noite, cansado após tanto trabalho e de ter que cuidar daquele cachorro todo esquisito e doente. Então, ela resolveu apressar a morte do pobre animal, dando–lhe veneno num pedaço de carne. E veja que eu não estou caluniando não, foi ela mesma que contou.

Chico, levantando as mãos para o Alto, exclama:— Valha–me Deus, não me diga uma coisa dessas... Que

tristeza... nem sei o que dizer.E Chico chorou. A irmã, vendo–o nesse estado, achou

que as lágrimas poderiam ser de desprezo pela vizinha. Mas o coração de Chico não guardava esse sentimento, só de tristeza pelo ato consumado. Porém, esse fato estava interferindo em suas atividades mediúnicas, a ponto de Emmanuel lhe chamar a atenção, dizendo:

— Chico, essa mágoa que você insiste em conservar em seu coração, está atrapalhando o trabalho espiritual a ser realizado.

— Não sei como fazer, respondia Chico. Eu não consigo esquecer a morte trágica do animalzinho, envenenado pela vizinha.

— É preciso, Chico... — insistia Emmanuel e recomendou:— Você vai dar à sua vizinha uma grande alegria.Chico assustou–se:— O quê? Dar alegria a ela? Mas fui eu que sofri, não

ela...— Lembre-se do Evangelho, Chico, quando recomenda:

“Fazei bem aos que vos aborrecem...” As palavras são de Jesus, não minhas.

Chico ficou pensando. Obediente ao Evangelho e ao seu guia espiritual, lá foi ele descobrir qual seria a alegria que poderia ocasionar à vizinha.

Descobriu por meio de conversas, que sua irmã teve com ela, que a vizinha seria muito feliz se tivesse uma máquina de costura, pois a ajudaria muito nas despesas da casa, costurando para fora.

Chico comprou a máquina de costura comprometendo-se a pagá–la em longas prestações.

Quando a vizinha viu Chico chegar com o entregador e a máquina de costura, ela o abraçou com tanta felicidade e tanta ternura, que uma luz desprendeu–se de seu coração, que o envolveu da cabeça aos pés. Quando Chico conseguiu

Pegadas de Chico Xavierpegadas de chico xavier

A Mágoa

Chico Chavier e sua cachorra Boneca

9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

se soltar daquele abraço tão afetuoso, percebeu que seu coração estava livre daquela mágoa terrível. E Chico, vendo a presença de Emmanuel, chorou agradecido, pela receita que o havia curado.

Erika

Bibliografia: Adaptação do livro “Chico de Francisco” - Adelino da Silveira, Editora CEU, 1ª ed., 1987.Imagem:http://4.bp.blogspot.com/_nYhWub9uCQY/Sop4f9kIVII/AAAAAAAAAVg/EMy9CLpqick/s400/chico+e+a+cachorr.jpg

Etimologicamente, a palavra sacrifício se origina do latim sacrum officium, que significa sagrado ofício.

A origem da palavra vem da prática de se oferecer, como alimento, a vida de animais, humanos ou não, aos deuses, em agradecimento ou como culto.

Metaforicamente, é um ato de altruísmo, abnegação, desprendimento, renúncia em favor de outrem, como comumente denominamos.

Assim, compreendemos com mais clareza, determinadas passagens de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Por exemplo:

“Sim! há um grande mérito quando os sofrimentos e as privações tenham a finalidade de fazer o bem a seu próximo, uma vez que você vivenciará a caridade pelo sacrifício.”

“Se você suportar o frio e a fome para aquecer e alimentar aquele que necessita de agasalho e de alimento, e se o seu corpo disso se ressentir, você fará o sacrifício que é abençoado por Deus.”

“Mas essa caridade séria, que só pode ser exercida com abnegação, com sacrifício diário de todo e qualquer interesse egoístico, essa somente a fé pode inspirá-la.”

“Jesus espiritualizou o sacrifício, mas com isso o preceito ainda mais força ganha. O cristão oferece a sua alma a Deus e essa alma deve estar purificada.”

No capítulo X da obra citada, no item “O sacrifício mais agradável a Deus”, Jesus nos ensina que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faz do próprio ressentimento.

Os povos antigos costumavam imolar os animais, em ofe-renda, nos altares. Ainda hoje, muitas pessoas fazem pro-messas, colocando o corpo em expiação como pagamento das faltas cometidas. Mas o ensinamento é claro, o que nos cabe é a superação de nos-so orgulho, permitindo que a Centelha Divina, exis-tente em cada um, se faça presente, de modo a permi-tirmos a manifestação dos impulsos de compaixão e misericórdia. Por isso, disse Jesus que, antes de pedirmos perdão, perdoás-semos, primeiramente, o nosso semelhante.

E acrescenta, no capí-tulo XII: “O sacrifício a que vocês se obrigam para amar aqueles que os ul-trajaram e perseguem é penoso, mas é exatamente

esse sacrifício que os torna superiores aos que ferem vo-cês.”

Para nós, esse esforço ainda é um sacrifício, muito maior do que o sacrifício material, pois precisamos nos modificar interiormente, limpar o nosso coração dos instintos, ainda bem latentes, e ver no agressor o mesmo doente espiritual que Jesus vê em nós. O nosso senso de justiça, equivocado, ainda não consegue aceitar que nos apiedemos daquele que nos fez (ou faz) o mal.

Este o sentido da palavra sacrifício, renúncia ao nosso “eu” egoístico, para enxergarmos o outro como alguém necessitado de auxílio, tanto como nós, colocando-nos no seu lugar, tentando entender os motivos que o levaram a agir de determinada maneira conosco, até que o perdão, sinceramente, ocorra.

Para que alcancemos esse estágio, faz-se necessária a edificação dos nossos pensamentos, nas palavras e, por consequência, a melhoria nas nossas atitudes. Como no trecho evangélico acima citado, é imprescindível ter fé!

Quando Emmanuel nos afirma que o Calvário representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua passagem pelo planeta, faz-nos refletir o quanto o Cristo renunciou a favor dos homens, por amá-los.

Jesus, no significado mais puro da palavra sacrifício, cumpriu aqui na Terra, entre os homens, o sagrado ofício, qual seja, a Sua Missão, santificando todos os dias em que entre eles conviveu, com a prática de Seus Atos, para exemplificar o quão bendita e sagrada é a oportunidade da reencarnação.

E a nós, cabe vivermos cada dia da maneira mais digna e correta que pudermos, lutando contra os nossos vícios e de-sejando ao próximo o mesmo bem que almejamos, a fim de

encontrarmos o equilíbrio providencial nas provas e expiações do caminho.

NevesBibliografia: Novo Dicionário Aurélio - Aurélio Buarque de Holanda, Editora Nova Fronteira, 1ª ed.O Consolador - Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, Editora FEB, 25ª ed., 2004.O Evangelho segundo o Espiritismo - Allan Kardec, Tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 2004.Imgem:http://4.bp.blogspot.com/_pz3IXZCU6Sk/Sn421KYbvdI/AAAAAAAAA1A/DVMTuaUGz8s/s320/perdao.gif

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11Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

O Que o Cristo Jesus“Não” Espera de Nós?

Canal Abertocanal aberto

Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores. Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

Numa manjedoura simples, nasceu o nosso Salvador. Ele veio ao mundo para nos ajudar e mostrar o caminho para se chegar ao Pai. Quando retornou a pátria celestial, deixou para nós o Consolador Prometido, o Espiritismo. Uma doutrina cristã de amor, de alegria, de consolo e, sobretudo, de estudo. Ao mesmo tempo: religião, ciência e filosofia.

Passados mais de 2 mil anos, há ainda muita coisa a ser feita nesta seara. Por isso, espera-se que os trabalhadores da nova doutrina não se acomodem. Espiritismo é vivência na prática da caridade e do amor.

A uns foi dada a tarefa de trabalhar na divulgação da doutrina, a outros, assistir fraternalmente os mais necessitados, e a outros, o exercício de trazer as boas novas do Alto. Contudo, irmãos, na seara bendita de Jesus, vós que sois trabalhadores, não vos esqueçais, de que todos são igualmente importantes diante do Pai. Quanto à evangelização infantil, não se deve esquecer que ela é alimento espiritual para os pequeninos do Cristo e não apenas momentos de lazer e recreação. Ela existe para evangelizar espíritos, com base no amor.

Cada um dá aquilo que possui. Assim, deixemos de lado também a inveja e as disputas internas tão comuns nas casas. Nas maiores e menores. Vale recordar que o Mestre, humildemente, que lavou os pés de seus discípulos, lhes disse que o maior entre eles era o mais simples de coração. Infelizmente, o que se vê na doutrina é o contrário: é o personalismo exclusivista, o culto em torno de alguns irmãos movidos pelo orgulho, que se sentem intocáveis, cuja postura não é cristã e nem ética, que se colocam acima do bem. Por vezes, eles esquecem que são falíveis.

Que não se iludam! O Pai, justo e sábio que é, dá a seus filhos tempo para se corrigirem, mas em contrário, os bons espíritos se afastam deles e estes ficam reféns da espiritualidade inferior. Muitos médiuns de cura, por exemplo, se recusam a estudar as obras da Codificação e a seguir as orientações dadas pelos irmãos do Alto. A eles, muito cuidado! Sem o concurso dos irmãos do Alto, são meros joguetes das trevas.

Outra prática, comum entre muitos médiuns, é a abertura de novas casas, onde fazem valer suas próprias regras e agem como verdadeiros senhores feudais.

É sempre bom lembrar que o Espiritismo não é sacerdócio e nem uma religião de privilégios a quem quer que seja. É serviço voluntário em nome de Jesus! Com oportunidades iguais para irmãs e irmãos. Irmãos que agem assim prestam um desserviço à doutrina. Que não se enganem, pois lhes serão pedidas contas de seus atos. E receberão o que merecem. O Consolador Prometido não é uma religião para ser mercantilizada e não oferece a ninguém prerrogativas especiais. Ele é a ‘’voz do céu’’ e, como tal, não tem proprietários. Devemos dar a Deus o que Dele é!

Muitos companheiros trabalhadores se sentem na condição de ‘’donos’’ das casas de caridade e criam rituais e práticas exóticas que nada têm a ver com a doutrina. Vários querem ser venerados. A estes, cuidado! O Espiritismo em essência, como dito anteriormente, é simples e seus pilares são: o amor, a caridade e o desenvolvimento moral, que se dão através do estudo, do trabalho e do aperfeiçoamento.

Portanto, não vos enganeis. Aqui, do outro lado, grande número de companheiros que militaram na doutrina, estão em terrível sofrimento porque agiram como vós. Eles foram alertados, mas permaneceram surdos e cegos ante os avisos do Pai. Portanto, irmãos, fé e coragem! O Cristo vos espera nessa seara de amor e serviço ao próximo.

Psicografia de Ricardo Santos, pelo espírito, Irmão José.Imagem:http://espiritismo_mensagens.zip.net/images/jesus_natal_2001.jpg

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familia

A Família é a célula de sustentação da so-ciedade e, sem ela, a construção toda estaria em ruínas. O compromisso e a responsabilida-de dentro da família nos darão o alicerce para a vida, transformando-nos em pessoas segu-ras, sentindo-nos amadas, na certeza de que haverá sempre alguém a se preocupar conos-co e a nos esperar. Essa harmonia nos fará dividir as alegrias que, certamente, espalha-remos no nosso caminho e nos darão forças para superar tristezas e obstáculos naturais da caminhada.

Com a firmeza do propósito em darmos apoio e sustentação não subordinados ao nosso personalismo, ocorrerá que a expansão e abrangência dessa força serão tão grandes, a ponto de atingir horizontes não delineados, atendendo muitas necessidades.

Essa constatação se confirma em primeiro plano na ligação que existe com os familiares entre si e, posteriormente, entre as famílias e a sociedade como um todo.

Assim como a natureza não nos abandona nunca, permitindo que o Sol nos ilumine todo dia, cabe a cada um de nós identificar nossas possibilidades de participação nesse todo.

Existir é deixar marcas que são lembranças, realizações, descobertas, artes, receitas, fra-ses, formas, maneiras, enfim, não basta estarmos presentes ou ausentes, como seres, temos que SER.

É comum lembrarmo-nos de alguma frase, algum ditado popular, histórias que ouvíamos de nossos avós ou de outras pessoas mais idosas. O que deixaremos para que se lembrem de nós?

A vida é maravilhosa! Uma equação que nos desafia constantemente. Como é adorável viver a vida, apreciar cada com-ponente racional ou irracional na sua simplicidade, atuar, estar presente em cada momento, mesmo naqueles em que este-jamos em repouso, porque o Universo não para e nós somos parte dele!

A palavra, quando selecionada, isenta do propósito de ferir ou julgar alguém, tem uma força muito grande, pois aclara as situações e define soluções, sem qualquer imposição. Importante é saber quando falar. O momento mais adequado é aquele em que os ânimos estão mais serenos. Manter o tom mais baixo possível, sem gritos ou gestos agressivos. Em não havendo tal condição, o melhor é adiar a conversa para outro momento. Em nosso vocabulário, devemos eliminar palavras obscenas, já que nos enviam para um clima de desrespeito a nós mesmos e aos outros. Docilidade com energia, nas palavras, cria um clima de respeito, disciplina, entendimento e crescimento.

Buscar a boa leitura, enriquecendo o vocabulário. Firmar-se na decisão da resposta: o sim, sim e o não, não. A dúvida não resolve o problema e o adia desnecessariamente, alimentando ilusões ou fantasias. Deve-se primar pela sinceridade e, se necessário, acrescentando uma pitada de diplomacia, respeitando-se os devidos limites.

Na verdade, seria melhor ouvir mais do que falar. O que sai através das nossas palavras, às vezes, vem piorar, e muito, a situação. Saber ouvir é uma virtude. Raciocina-se sobre o que está sendo dito e a resposta, imediata ou não, será com certeza mais prudente. Despejar o verbo, apenas para dar retorno imediato, não permite que se passe pelo crivo da razão. O resultado, normalmente, não é o desejado.

Bom seria se tivéssemos boas palavras que levassem ânimo e conforto àqueles que necessitam; no entanto, para adquiri-las, precisamos de bom senso, preparo, experiência e treinamento. Nossas avós praticamente não tinham estudo, mas sabiam utilizar a palavra, nos confortando ou nos animando.

Conduzir pelas palavras exige muita responsabilidade. É um compromisso que assumimos perante aquele a quem nos dirigimos. Poderemos estar dando um impulso para que a pessoa se anime e vá em frente, mas, também, em contrapartida, nossa manifestação impensada poderá agravar a situação de quem nos ouve.

Família

Diálogo emFamília

13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Sabe-se que uma criança, rece-bendo críticas da mãe acerca de suas atitudes, achava-se totalmen-te incapaz. A mesma criança, po-rém, tendo sua letra elogiada pela professora do primário e sentindo-se incentivada, dedicou-se de tal forma que seguiu a carreira de es-critor. Temos que enxergar aquilo de bom que há em cada ser.

Podemos nos deter mais na força de nossas palavras e procurar utilizá-las de maneira a fortalecer e encorajar, consolar e confiar.

O diálogo é fundamental. É preciso provocar o diálogo constante com os filhos, companheiro (a), amigos, vizinhos. Nosso tesouro está representado pelas pessoas com quem convivemos, sempre acrescido, na medida em que melhorarmos nosso relacionamento.

“Todavia, não deixes o diálogo amigo tão-somente para os dias de aflição, quando a crise haja surgido, estabelecendo de-sastre e sofrimento nos trilhos da experiência doméstica. Mantém o hábito de conversar frequentemente com os seres ama-dos, praticando a caridade da cortesia e da tolerância, e reconhecerás sem dificuldade que, muitas vezes, alguns simples minutos de diálogo afetuoso, na paz do cotidiano, conseguem realizar verdadeiros prodígios de tranquilidade e segurança, francamente inabordáveis por longos e longos meses de azedume ou de discussão.” Emmanuel.

Vamos observar e valorizar mais a nossa palavra?Nereide

Bibliografa: Vida em Vida – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, Editora IDEAL.Imagem: http://blog.cancaonova.com/manhaviva/files/2009/01/familia.jpg

Clube do Livroclube do livro

Os associados do “Clube do Livro Espírita Joaquim Alves (Jô)” tiveram a oportunidade de receber no mês de setembro de 2009 a obra “Sibéria, Berço da Renovação”, um ensinamento básico e exemplificado de Espírito que passa por toda uma renovação, diante de desejo de crescer perante o Cristo.

Exemplo demonstrado através de passagens que descrevem a Lei Divina da Reencarnação e as maravilhosas oportunidades que ela nos permite.

O entendimento de Deus sobre o aspecto filosófico e científico, que traz a ligação racional entre a origem e a eternidade do ser, diante da ideia de que o homem não tem fim.

Destaque para questões sobre temas, como:• Quantos anos são necessários para preparar uma nova reencarnação?• Somos hoje o resultado de nossas escolhas antes de nascer na Terra?Com ricos detalhes sobre o processo de preparação que antecede nossa vida, Sofia, o

espírito-autor, escolhe narrar sua encarnação na Sibéria, onde o faz motivada pela impor-tância dessa vida em sua evolução como espírito imortal, possibilitando aprendizado sem os mesmos enganos e sofrimentos.

Traz relatos de experiências como o desencarne e a percepção de que não se encontra mais no plano físico.

A cada um é dado conforme seus próprios desejos, ninguém permanece em lugar errado por acaso. A bondade de Deus nos leva a oportunidades de refazimento, para correção dos vícios adquiridos. Somente o amor poderá reverter quadros tão dolorosos. A vontade de Deus é justa e soberana.

Vale a pena a leitura!Marcelo

Sibéria, Berço da Renovação

Marise Cebanpelo espírito Sofia

Editora CEAC352 páginas

2ª edição – 2009

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Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”CHICO

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Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”

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Ao morrermos fisicamente, isto é, deixarmos o invó-lucro da carne, nossa alma, conservando sua in-dividualidade e mantendo a aparência corpó-rea através do perispírito, retorna à pátria Espiritual.

A morte é causada pela desativa-ção das funções vitais do organismo. Cessada a força atuante, o perispírito se desprende da matéria. Essa sepa-ração pode ser rápida e suave ou len-ta e penosa. Quanto mais desapega-dos do mundo material, mais fácil será o nosso desprendimento, propiciando o equilíbrio após o desencarne.

Na transição para a vida espiritual, a qual chamamos morte, passamos por um torpor, ficando paralisadas nossas faculdades, temporariamente.

Dependendo da condição individual, esta perturbação pode perdurar horas ou anos. O que vai determinar o tempo é o estado moral da criatura.

Alguns levam pouco tempo para dissipar a confusão mental em que se encontram, mas muitos permanecem no desequilíbrio, a ponto de nem atinarem sobre o próprio desenlace carnal.

Nas obras de André Luiz, vemos casos que se adequam à ilustração. Por exemplo, em “Nosso Lar”, o autor relata a curiosa história da neta de Dona Laura, que se demorou no Umbral por 15 dias, em estado de sonolência; ainda nas primeiras páginas do mesmo livro, o próprio André Luiz relata seu último desencarne, ora transcrito: “...Per-dera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva absorviam-me todas as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera dos últimos laços físicos, em pleno sepulcro!”.

Em “Os Mensageiros”, livro que dá continuidade ao enredo de “Nosso Lar”, o tema do desencarne é também abordado com profundidade em diversos momentos. No capítulo 21, fala-se sobre Espíritos que desencarnaram e ficaram em sono profundo por muito tempo e após acorda-rem dementados, ainda se julgavam encarnados, retendo as mesmas pretensões criminosas; já no capítulo 22, dis-corre sobre Espíritos que após o desencarne, permane-cem em sono profundo durante anos, por nunca terem se dedicado ao serviço ativo no Bem e acreditado nada existir após a morte.

Com Frederico Figner (Irmão Jacob), temos o exemplo de um desencarne consciente. Presenciou seu desenlace carnal e se viu na companhia de sua filha. Após, dormiu um sono para refazimento das energias e acordou relem-brando os últimos acontecimentos. Cabe lembrar que le-vou uma vida dedicada a servir o próximo.

À medida que nos afastamos da influência da matéria e vamos conseguindo nos desapegar, a consciência vai se restabelecendo e as ideias se aclarando, favorecendo, assim, o retorno da memória.

No que tange às vidas pregressas, na obra, “E a Vida Continua...”, capítulo 11, há o seguinte esclarecimento: “A passagem pelo claustro materno, o novo nome escolhido pelos familiares, os sete anos de semi-inconsciência no ambiente fluídico dos pais, a recapitulação da meninice, o retorno à juventude e os problemas da madureza, com as responsabilidades e compromissos consequentes, es-truturam em nós – a individualidade eterna – uma perso-nalidade nova que incorporamos ao nosso patrimônio de experiências”.

Ao passar pela experiência terrena, adquirindo uma nova identidade, esta se faz mais evidente, e a memória profunda se encontra provisoriamente afastada, nos difi-cultando lembrar, de forma imediata, das vidas passadas.

O conhecimento do Espiritismo em muito pode auxiliar o delicado momento de transição. Mas, segundo os ensi-namentos doutrinários, em especial a questão 165 de “O Livro dos Espíritos”, o que neste momento vai pesar na balança da nossa consciência é o bem que se plantou.

Da semente do Bem, poderemos colher os frutos da paz interior que auxiliarão para um equilíbrio e despertar tran-quilos, neste instante inevitável para todos.

RosangelaBibliografia: O Livro dos Espíritos - Allan Kardec, Editora FEB, 68ª ed., 1987.Revista Seareiro - ano 9 - nº 77 - março/08 - coluna Grandes Pioneiros “Irmão Jacob - Última parte”Imagem: http://br.geocities.com/ajudeseuproximo/passagem.jpg

Kardec em Estudokardec em estudo

Recordação da Existência CorpóreaQuestão 305: A lembrança da existência corporal se apresenta ao Espírito, completa e inopinadamente, após a morte?“Não; vem-lhe pouco a pouco, qual imagem que surge gradualmente de uma névoa, à medida que nela fixa ele sua atenção”

O Livro dos Espíritos – 2ª parte – Capítulo VI

15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Atualidadeatualidade

InternetAtualmente, com o aumento da utilização

de e-mails e Internet, aumentou o número de mensagens que são repassadas.

São piadas, vídeos, imagens bonitas, fotos interessantes. Há material que vale a pena ver, como também há muito “lixo” que circula nesse meio.

Dentre tudo, há as mensagens de auto-ajuda.

Lemos e “deletamos”, sem ao menos pensar no que elas nos transmitem.

Iremos aqui, a título de exemplo, comentar uma dessas mensagens recebidas, à luz da Doutrina Espírita:

“DICAS PARA VIVER BEM”

“1 - Elogie três pessoas por dia.”Não devemos tecer elogios falsos. Exaltemos as qualidades das pessoas para que elas se sintam animadas a continuar melhorando, mas, se precisar, chame a atenção sobre algo que não está certo, tomando todo o cuidado para não humilhar e sim ajudar.

“2 - Menos novelas, mais diálogo.”Devemos ter equilíbrio, ao utilizarmos as diversões que nos são oferecidas. O diálogo é uma forte ferramenta para a união e entendimento da família. Utilize passatempos que possam ser realizados em conjunto. Assim, junta-se o útil ao agradável.

“3 - Saiba perdoar a si e aos outros.”Se, no passado, erramos, deixemos os lamentos de lado e partamos para refazer o que destruímos. Se gostamos de ser perdoados, por que não perdoarmos aqueles que erram? Novamente o diálogo ajuda muito nestas situações.

“4 - Trate a todos, assim como gostaria de ser tratado.”Gentileza e educação cabem em todas as situações. Sem percebermos, achamo-nos superiores aos outros, às vezes, somente porque temos um emprego mais remunerado ou por que moramos em lugares mais sofisticados. Devemos começar a olhar e reparar o que as pessoas levam dentro do coração e não dentro da carteira.Jesus nos ensinou que deveríamos fazer aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem para nós.

“5 - Faça novos amigos.”Não podemos viver isolados, pois somos seres es-sencialmente sociais. É necessário conviver com o

maior número de pessoas para po-dermos pôr em prática os ensina-mentos cristãos.

“6 - Saiba guardar segredo.”Quando alguém nos confidencia

algo, ele está depositando em nós confiança. Saibamos honrá-

la. Ninguém gosta do famoso “fofoqueiro”.

“7 - Aceite sempre uma mão estendida.”

O orgulho cria uma barreira entre nós e aqueles que nos querem bem. Achamos que seremos humilhados se aceitarmos ajuda, mas será

justamente o contrário, pois, ao aceitarmos ajuda, estaremos estreitando os laços da

verdadeira amizade.“8 - Reconheça seus erros.”

Quem se julga perfeito, já está errando.Todos nós erramos e, para não errarmos mais, é necessário reconhecer o que estamos fazendo. Como realizar a reforma íntima sem analisar os nossos atos?

“9 - Sorria, não custa nada e não tem preço.”Por mais difíceis estejam os nossos dias, precisamos alimentar o otimismo e o ânimo. Sorrir, ajuda e nos torna mais simpáticos.

“10 - Não reze para pedir coisas, peça sabedoria e coragem.”

Se transformarmos as nossas orações em lista de pedidos, nunca estaremos satisfeitos e, com certeza, se não formos atendidos, diremos que Deus se esqueceu de nós.O Pai já nos proporciona o que Ele tem de melhor para a nossa evolução moral. Peçamos sabedoria para solucionarmos as situações difíceis que nos são apresentadas e coragem para praticarmos sempre os ensinamentos vividos por Jesus.

“11 - Jamais prive uma pessoa de uma esperança, pode ser que ela só tenha isso.”

Muitos vivem somente da esperança e, com isso, vão caminhando em sua jornada evolutiva. Devemos ter em mente que cada um está em um estágio evolutivo.Não temos o direito de tirar a esperança que alimenta o coração de uma criatura. O respeito é algo que deve estar sempre em nossos atos.Ao invés de frustrar os esperançosos, levemo-lhes o esclarecimento do Evangelho de Jesus pois, além de esperança, estaremos plantando também o amor.

* * *Na próxima mensagem que for repassar através do e-

mail, coloque um comentário seu, exaltando o respeito, a esperança e o amor.

Agindo assim, transformaremos a “fria ferramenta” que é o computador em mais uma ferramenta de propagação dos ensinamentos de Jesus.

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Atualmente nossas vidas tomaram tal velocidade que muitas vezes nem temos tempo para acalmar nossos pensamentos. Na correria do dia-a-dia, muitas vezes, sentimos necessidade de algumas palavras de conforto e que nos façam refletir.

O título desse livro não poderia ser mais acertado:“O Ligeirinho”, livro de bolso lançado em 1992 pela editora GEEM – Grupo Espírita Emmanuel, é uma seleção de pensamentos dita-dos pelo próprio Emmanuel ao nosso querido Chico Xavier. Trata-se de um livrinho com 40 pensamentos, para ser aberto ao acaso – tanto que nem possui numeração de páginas e seu tamanho é para caber exatamente no bolso da roupa.

Como o próprio nome diz, são pensamentos rápidos. Mas não se engane pelas poucas pa-lavras, pois, como sabemos, as poucas palavras de Emmanuel escondem verdadeiras lições da Espiritualidade Maior, endereçadas a todos os que buscam perseverar na prática diária do Evangelho.

A exemplo do poder de síntese desse elevado Espírito, selecionamos dois pensamentos do livro em questão:

“A força tiraniza. O amor reina”.Nessas poucas palavras, Emmanuel sintetiza nossos hábitos infelizes quando agimos pela força e não pelo amor ao pró-

ximo. Comumente, esquecemos que somos responsáveis pela construção diária do amor na Terra.“Somente aquele que se dispõe a fazer as coisas pequeninas que sabe e pode, virá a saber e a poder realizar grandes

coisas.”Esta aí uma resposta para nossos questionamentos sobre não podermos fazer grandiosas obras do Bem em favor do

nosso próximo, por falta disso ou daquilo. Emmanuel aqui nos lembra que as pequenas tarefas são igualmente valiosas e consistem em escolas para aqueles que desejam operar nas grandes empreitadas do Bem.

“O Ligeirinho”, assim como tantos outros títulos de bolso que visam divulgar os ensinamentos edificantes de Jesus, é um lembrete da Espiritualidade sobre a importância em vigiarmos constantemente nossos atos e pensamentos e que Deus nos ampara sempre, onde quer que estejamos.

Iago

Livro em Focolivro em foco

O Ligeirinho Francisco Cândido XavierEspírito Emmanuel

Editora GEEM - 64 páginas1ª edição – 1992

17Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Maria José, funcionária dos correios de uma gran-de cidade, separava a correspondência, como fazia toda manhã. Era véspera do Natal. Estava entusias-mada com a festa marcada para a noite, onde en-contraria os amigos.

Separada do marido há dois anos, desquitou-se. Com ele, deixou o único filho que tiveram e, junto, os ideais mais lindos de mulher. Escolheu a profissão e vencia as dificuldades sozinha.

Enquanto trabalhava na separação da correspon-dência, pensava:

“Hoje, tomarei novo rumo em minha vida. Afinal, estou livre e posso aceitar compromisso com um ou-tro rapaz. Formarei um novo lar. Ele conhece toda a minha história, é compreensivo, também é separado e tão sofrido quanto eu”.

Enquanto isso, seus dedos examinavam cartas e jornais. Quase mecanicamente, conferia nomes, carimbos e anotações. Escolhia e separava todo o material.

De repente, um papel dobrado, sem envelope, caiu aos seus pés. Ela se abaixou e o apanhou. Era uma folha simples com um endereço escrito com letras desajeitadas: “Para Jesus – No Céu”.

A funcionária olhou o pe-queno documento que ago-ra estava completamente aberto e começou imediata-mente a ler o seu conteúdo, palavra por palavra:

“Querido Jesus.Soube que o Senhor é

quem distribui presentes para todos, no Natal. Mui-ta gente acredita no Papai Noel, mas tia Beatriz me disse que Papai Noel é o Senhor mesmo.

Vou colocar esta carta na caixa do correio, pedindo uma coisa:

Queria que o Senhor me trouxesse minha mamãe. Não queria que o Senhor me desse brinquedo, como aquele carrinho que vi na loja.

O Senhor sabe que ela nos deixou porque sofria demais. De noite, quando papai chegava em casa, batia a porta com força e a xingava muito, porque havia bebido bastante. Chutava as cadeiras, depois avançava contra ela querendo bater e, muitas ve-zes, até batia.

Mamãe chorava muito, abraçada comigo, mas, certa noite, ela saiu e não voltou mais. Eu e o papai ficamos muito tristes por ela ter ido embora. Papai é bom para mim, mas quando bebe diz que não presto, que vai me levar para um orfanato ou para o hospital.

Estou doente, querido Jesus, mas continuo fre-quentando a escola. Quando é de noite, sinto frio e tenho muita tosse. Tia Beatriz e dona Cida cuidam de mim, mas não é como minha mamãe.

O Senhor poderia encontrar a mamãe e trazê-la? Se o Senhor falar para ela que estou doente, sem dormir de noite e tomando muitos remédios, tenho certeza que ela voltará.

Querido Jesus, não precisa mandar brinquedos nem doces, como no ano passado. Por favor, traga a mamãe para mim.”

A senhora Maria José leu a carta, engasgada de tanta emoção. Afinal, era uma mensagem do filhinho de oito anos.

Recompunha o rosto, quando foi chamada ao te-lefone. Atendendo a ligação, disse:

— Sinto muito. Não me espere mais, pois tenho no-vos compromissos.

Naquela mesma noite, a senhora Maria José vol-tou ao antigo lar. Recebida alegremente pelas duas se-nhoras, passou pela sala, onde o esposo surpreso a cumprimentou, embora esti-vesse embriagado.

Rapidamente, a mãe che-ga ao quarto do filhinho, com a ansiedade de quem reen-contra um tesouro perdido. E o filhinho, ao vê-la, como que recuperado, ergueu-se do leito, feliz e exclamando:

— Ah! Mamãe!... Que felicidade mamãe!... En-tão Jesus recebeu a minha carta e trouxe a senhora de volta?!...

Ela, abraçando-o fortemente, com o peito se des-fazendo em lágrimas de alegria e emoção, somente respondeu:

— Ah! Meu filho!... Meu filhinho!...Silvana e Reinaldo

Bibliografia: Adaptação do livro Os Dois Maiores Amores – Francisco Cândido Xavier / Autores Diversos, capítulo “Reencontro no Natal - Irmão X”.Imagem: http://s3.images.com/huge.88.443687.JPG

contos

Reencontro no Natal

Contos

18

Alma querida, observaNa Terra que se aprimoraA vida fulge por foraNas trilhas da evolução.Em toda parte, no entanto,Sob ruído e disfarceA dor é chaga a ocultar-sePor dentro do coração.

Nunca existiu para os homensTanta cultura brilhando,Altas conquistas em bando,Inventos, palmas, troféus! ...Mas a violência campeia,No império do instinto bruto,Ouro e sangue, pompa e luto,Entremeiam-se ante os Céus! ...

O ódio incendeia povos,A ambição ruge no excesso,Desnorteando o progresso,A discórdia aflige o lar ...As criaturas se apartam,Sob o medo que as domina,A treva espalha em surdinaA guerra ativa no ar.

Mas sobrestando o tumulto,Reina a Divina Presença,Em Cristo, a luz se condensaE aponta o Sol no porvir ...Quanto a nós outros, obreirosDe qualquer tempo e lugar,A ordem é “trabalhar”E o lema é “sempre servir”! ...

Alma fraterna, sigamos!A voz do Céu nos confiaA base do novo diaNo campo renovador.Caridade! Caridade!Sem o cansaço ou retrocessoEis o caminho de acessoAo Reino do Eterno Amor.

Maria Dolores

(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública do Lar da Caridade (ex-Hospital do Pênfigo), na noite de 15/04/1980)

Caridade e CaminhoProgresso e caridade, duas ações humanas que parecem não se

ajustarem para caminhar juntas.O homem conseguiu, com muito trabalho e usando a inteligência, elevar

o progresso material a níveis excepcionais.A ciência evoluiu de uma forma que, para as pessoas de mais idade, não

é possível entender os mecanismos dos novos aparelhos ou a utilização das novas tecnologias, pois, para elas, é difícil aceitar até que exista tal avanço.

Mas, infelizmente, este progresso maravilhoso só se deu no campo material.

Moralmente não evoluímos na mesma intensidade, ainda reinando em nossos corações o orgulho e o egoísmo.

O ódio aflora através das guerras e, além do orgulho, há o egoísmo da posse de bens materiais que as motivam.

E o que dizer dos nossos lares, nos dias atuais?!Pessoas que se abrigam debaixo do mesmo telhado, mas que

não conseguem estabelecer o mínimo de convivência; não trocando experiências, nem se aprimorando em suas carências.

Muitos pensando em ter muito. Poucos fazendo pouco pelo semelhante.Nós ainda não encontramos a paz, mas Jesus reina com a sua paz

inalterável. Seus ensinamentos estão à nossa espera para que possamos fazer deles um guia de conduta.

Se desejamos trazer o reino de paz e felicidade para dentro de nosso coração, pratiquemos a caridade.

Auxiliando o próximo, estaremos movimentando os recursos do Amor que, por séculos, estamos segurando dentro de nós, por egoísmo.

WilsonBibliografia: Uma Vida de Amor e Caridade – Izabel Bueno – Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos, Editora Fonte Viva, 3ª ed., 2002.Imagem: fonte desconhecida

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso eM prosa

19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

DIA 041935 - Desencarna em Paris, Charles Richet, criador da

metapsíquica e sábio francês, pesquisador de fenômenos mediúnicos.

DIA 051934 - Desencarna no Rio de Janeiro, Humberto de Campos,

escritor, deputado estadual, membro da Academia Brasileira de Letras (1920). Ditou diversas obras espíritas, através do médium Chico Xavier, algumas com o pseudônimo: ”Irmão X”.

DIA 071953 - A polícia invade a sede da Federação Espírita

Portuguesa, em Lisboa; confisca todos os bens e destrói a biblioteca, com 12.000 volumes.

1957 - Fundado o Instituto de Cultura Espírita do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, por Deolindo Amorim.

DIA 081977 - Desencarna em Campinas, SP, Ângelo Santoni. Foi

um dos unificadores do espiritismo e fundador da UME.DIA 10

1835 - Nasce em Sevilha, na Espanha, Amália Domingo Soler. Fundou o jornal ”La Luz del Porvenir”. Escreveu ”Reencarnação e Vida”, ”Perdoa-me” e ”Memórias do Padre Germano”.

1874 - Nasce em Icó, Ceará, Manuel Viana de Carvalho, um dos maiores tribunos espíritas.

1911 - Inaugurada no Rio de Janeiro, a sede própria da Federação Espírita Brasileira, por Leopoldo Cirne.

1944 - Fundada no Rio de Janeiro, a Cruzada dos Militares Espíritas, divulgadora da Doutrina dentro das corporações militares.

DIA 111761 - Nasce Joanna Angélica em Salvador, BA. É uma

das encarnações conhecidas de Joanna de Ângelis, que foi abadessa no convento da Lapa.

1847 - A família Fox transfere-se para Hydesville, passando a morar na casa que seria palco dos memoráveis fenômenos de efeitos físicos.

1855 - Allan Kardec recebe a revelação mediúnica de que Zéfiro era seu espírito protetor.

1888 - Desencarna em Barcelona, Espanha, José Maria Fernandez Colavida. Foi tradutor das obras de Kardec para o espanhol.

1904 - Fundada a Federação Espírita Pernambucana, em Recife, sendo eleito e empossado, como primeiro presi-dente, o Sr. Clodoaldo Fernandes Viana.

DIA 131963 - Fundado o Instituto Brasileiro de Pesquisas

Psicofísicas - IBPP, em São Paulo, SP, presidido por Hernami Guimarães Andrade.

DIA 141956 - Fundada a Federação Espírita do Estado de Mato

Grosso.1884 - Nasce em Portugal, Maria Máximo. Espírito

edificante, inteligente e generoso, que a todos acolhia e confortava, espalhando a esperança, alegria e estimulando a fé. Entre suas realizações, destaca-se a fundação, em 1937, do Centro Espírita “Ismênia de

Jesus”, em Santos - SP que, desde então, continua a produzir frutos.

DIA 151859 - Nasce na Polônia, Lázaro Luiz Zamenhof, o criador

do Esperanto.DIA 16

1945 - Fundada a Sociedade Espírita Santo Agostinho, por Jésus Gonçalves, no Hospital-Colônia para Hansenianos em Pirapitingui.

DIA 181903 - Desencarna no Rio de Janeiro, Augusto Elias da Silva,

fundador da revista Reformador e um dos fundadores da FEB.

DIA 211916 - Desencarna no Rio de Janeiro, João Gonçalves

do Nascimento. Portador de inúmeras faculdades, destacando-se, sobretudo, como receitista e curador.

DIA 241872 - Nasce na República Checa, Francisco Valdomiro

Lorenz. Foi espírita, médium notável, esperantista, sendo o primeiro diretor de esperanto da FEB.

1906 - Nasce Yvonne do Amaral Pereira, em Rio das Flores - RJ, médium e prestimosa colaboradora do Movimento Espírita.

DIA 25Comemora-se o nascimento de Jesus, o Espírito mais perfeito

que Deus concedeu ao mundo para servir de modelo aos homens.

Imagem: http://ruydoulos.files.wordpress.com/2008/12/natal.jpg

DezembroCalendário

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