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Lille • Outubro 2012 1 lille N°1 | NOVEMBRO 2012 COCO ROCHA Descubra o que fez desta jovem modelo a favorita dos maiores estilistas da atualidade A DEMOCRACIA DO JEANS MAQUIAGENS PARA O VERÃO Guia completo com as cores da nova estação CIRCUITO CULTURAL As melhores estreias do ano estão aqui ESTILOS DE VIDA Mulheres que inspiram ROUPAS PARA TODOS OS BOLSOS

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Lille is the magazine for young and modern woman. She works, is refined and likes to learn about fashion and up-to-dates. However, she does not have time to search for this information in different places. This is the proposal of Lille: gather all the information that a cool and busy young might want to know. Its graphic design is clean, with an urban footprint. Its content covers fashion, beauty, technology and culture in a direct and affordable way. The Lille should already be in your bag (if it existed, of course :D). This project was developed for the discipline of Development of Graphic Design Projects 2, in partnership with Ana Beatriz Novaes and Carolina Munemasa, and consisted on the development of a full magazine from market analysis.

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N°1 | NOVEMBRO 2012

C O C O R O C H ADescubra o que fez desta jovem modelo a favorita dos maiores estilistas da atualidade

A D E M O C R A C I A D O J E A N S

M A Q U I A G E N S P A R A O V E R Ã OGuia completo com as cores da nova estação

C I R C U I T O C U L T U R A L

As melhores estreias do ano estão aqui

E S T I L O S D E V I D AMulheres que inspiram

R O U P A S P A R A T O D O S O S B O L S O S

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S U M Á R I OCOLABORADORES04CARTA DA REDAÇÃO

ESTILINHOSMatérias rápidas com a tendência preto e branco e dicas de camisetas cheias de estilo

RAY BANA marca mundial celebra seu centésimo aniversário cercada de estrelas

COCO ROCHAConheça a modelo que é a nova sensação dos maiores fotógrafos. Depois de muito rodar o mundo, Coco é capa da Lille

LUCHA DE ESTILOSPantalona ou skinny?O que fica melhor, e em quais ocasiões

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EDITORIALSugestões de looks com a tendencia Jeans para todos os bolsos e gostos

ACESSÓRIOSA pantalona voltou? Sim!Descubra como usar certo essa tendencia

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N O V E M B R O 2 0 1 2ESMALTES30EDITORIAL

DICASPasso-a-passo de maquiagem, dicas de penteados, produtos e tratamentos estéticos

NELSON MOTAA vida e obra de um jornalista que der-rubou barreiras

DECORAÇÃOAprenda a decorar usando caixotes de feira que acrescentam charme

GUIA CULTURALAcompanhe o circuito e as dicas da Lille para todas as arte

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68INSPIRAÇÃOA filha de deputado que dedica sua vida pelas ondas perfeitas71TECNOLOGIAFique por dentro das novidades do mundo informatizado78

A nova moda das unhas bicolores e as cores da atual estação

Suave veneno: looks avassaladores

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Cid Castro • publicitário. Na Ar-tplan, criou a marca do Rock in Rio, quando ainda era ilustrador. Mudou-se para Portugal, onde foi diretor de criação da DDB Lisboa e hoje traba-lha como free-lancer, criando, entre outras, coisas, propagandas para marcas como Coca-Cola e Avon. (www.eutavala.com)

Chris Alvarenga • formada pela Univesidade São Paulo, a pós-mo-derna, designer, ilustradora, artista plástica e professora desorientadora da Universidade Mackenzie (SP) no curso de Programação Visual. Contribui também para a revista Superinteressante. (www.flickr.com/chris_alvarenga)

Cíntia Parcias • jornalista, foi edi-tora da revista Domingo, no Jornal do Brasil, onde exercia poder sobre um dos editores da Lille, Silvio Lach. Trabalhou também no Jornal do Brasil, na revista Claudia e no Globo Online, portal que, depois de ir a um numerólogo, tirou o “Online”.

Maurício Menezes • Jornalista e apresentador, formado pela Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro, criou o “Plantão de Notícias”, com casos engraçados da mídia, que estão também em seu site. Atua na Rádio Tupi, no programa do Clóvis Mon-teiro, de 6h às 9h.

l i l l eN°1 | NOVEMBRO 2012

Diretora de RedaçãoCARINE GOITFELD

REDAÇÃOEditor-Chefe

SERGIO ALENCARDiretora de Moda

TATI CAVALCANTIRedatora Moda

CAROLINA MUNEMASAProdutora

ANGELICA HOUSTONProdutor de Moda CAIO LOGATO

Coordenadora de Internet LARISSA PINHO

Repórter de Internet RAFAEL LIMA

Editora-Contribuinte de Maquiagem DANIELLE HIRSCH

Revisão ANA BEATRIZ NOVAES

ARTEDiretora de Arte VICTÓRIA SÁ

Designer YURI SANTOS

Assistente de Arte WALLACE JANUÁRIO

Consultor Criativo ÁLVARO FRANCAEstagiária de Arte

LUIZA WENZTratamento de Imagem

PAULA FIRMINO @ ESTÚDIO ESDI

A revista LILLE é uma publicação da EDITORA ABRIL LTDA.

Diretor Geral ANDRÉ GONÇALVESDiretora Editorial MERYL STREEPDiretor de Marketing WALLY WHO

www.revistalille.com.brRUA EVARISTO DA VEIGA 95, LAPA,

RIODE JANEIRO, CEP 22240-007TEL.: (21) 3845-1234

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CARTA DA REDAÇÃO

A palavra de ordem para essa tendência é modernida-de! O visual das unhas é composto por dois esmaltes de tonalidades diferentes, sendo cada um aplicado em partes específicas. Geralmente, o mais escuro fica na pontinha e o mais claro na parte inferior o que não significa que você não possa inovar ainda mais. Quase uma francesi-nha em cores ousadas, podemos dizer dessa forma.

Quem fica sempre em dúvida sobre qual cor de es-malte passar, vai adorar essa moda. Esse estilo ousado de pintar as unhas saiu das passarelas internacionais como promessa de sucesso para o verão.

Para entrar na moda das unhas de duas cores é só brincar com elas, fazendo combinações inusitadas e de-senhos como quadrados, listras, bolinhas, xadrez e o que mais a imaginação mandar.

Você pode também aproveitar as sugestões anteriores e brincar com os nudes, os verdes ou com combinações de turquesa e azul, laranja e vermelho, dourado e preto, amarelo e branco, nude e marrom.

Para deixar ainda mais interessante, misture esmaltes com acabamentos e texturas diferentes e para criar o efeito das unhas bicolores.

Beijos mil,

NOVA ESTAÇÃO, NOVOS ARES

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Moda, roupas, estilos, será que realmente é tão difícil ser ele-gante e ainda ter estilo próprio? Este caderno traz um editorial, dicas, as últimas tendências do mundo da moda e muito mais.

MM O D A

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PRETO NO BRANCO

A combinação de cores mais bá-sica de todas é um ícone de Coco Chanel. A dupla é clássica e difícil de errar. Preto e branco é atemporal, ou seja, ultrapassa a tendência e o modismo. A junção dos dois nunca sairá de moda, porque se tornaram cores essenciais no guarda-roupa de qualquer pessoa, independente do sexo. O branco é a mistura de todas as cores e o preto, a ausência das cores. Tem como uma combinação mais oposta que essa dar tão certo?

Para fugir um pouco da mesmi-ce, é legal investir em tecidos dife-rentes. Um short de couro preto, por exemplo, contrapõe e, ainda assim, complementa o look com uma blusa de seda ou tule, para dar um toque mais feminino. Estampas preto+branco também são super bem-vindas, mas ache uma estam-pa que seja proporcional ao seu corpo. Pode ser listrada, floral, de bolinhas, mas lembre-se: a parte estampada da roupa deve evidenciar

aquilo que você mais gosta no seu corpo, pois chama bastante atenção. O mesmo serve para a cor branca, use-a em partes que você gostaria de mostrar mais. Por exemplo, se você tem quadris mais largos, opte por saias godê ou retas pretas com blusas brancas ou estampadas, para chamar atenção para a parte de cima. Se você quer evidenciar mais os quadris para que pareçam maio-res, use o branco na parte de baixo ou estampas preto-e-branco.

ESTILOS

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DE CAMISETAConfortáveis e cada vez mais moder-nas, as camisetas conquistam espaço no guarda-roupa de jovens e adoles-centes onde, até então, eram proibi-das ou restritas à gaveta de pijamas.

Companheira, principalmente, durante a infância; a camiseta passa por uma fase em que sua demanda está em alta e seu uso virou febre nas ruas e entre o mundo das celebri-dades. Não só os homens, os quais sempre foram os principais usuários das t-shirts; mas o público feminino tem buscado o conforto dessa peça coringa para descontrair looks casu-ais, além de personalizar seu visual com estampas que retratem suas ideologias ou preferências.

Baby-look, dress t-shirt ou na modelagem tradicional mais largui-nha, a democrática camiseta fica bem para todos, independente do corpo e da idade. Nos dias de verão ficam óti-mas com shorts jeans e sandálias de salto grosso ou ainda com tênis e saia.

Das ruas para as passarelas, a moda da revitalização das t-shirts conquista estilistas renomados que veem nessa tendência uma oportuni-dade de atingir diferentes públicos, desenvolvendo assim um produto mais divertido e acessível.

Estampas de bandas, filmes, personagens reais ou fictícios, frases, músicas e opiniões polêmicas ganham destaque em diferentes camisetas. Bordados e aplicações valorizam ain-da mais as peças básicas que formam o par perfeito com jeans skinny.

R$ 109,00 Mob

R$ 159,00 Mob

R$ 119,00 Costume

R$ 229,00 Mob

R$ 59,90 Luigi Bertolli

R$ 22,90 Renner

R$ 189,00 Ellus

R$ 129,00 Ellus

R$ 59,90 Luigi Bertolli

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Ray-Ban celebra 75 anos com ícones do cinema e da música

Sob as lentesdo Sucesso

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A Calça skinny bombou a partir da década de 80, quando punks ingleses decidiram subverter a ordem hippie vigente. Cheia de atitude, a calça skinny deixa o qualquer visual mais estiloso. Porém, nem todas po-dem usá-la. Se estiver acima do peso, faça como Betty: coloque um salto de cor similar a da calça e cubra os quadris com um coletinho. Para um visual rocker, componha o look com tachas, sneakers e camisetas estonadas.

LUCHA DE ESTILOS

A pantalona teve seu reinado du-rante a década de 70, com a influên-cia dos hippies. É um dos cortes de calça que veste melhor, por atender a todos os corpos, disfarçando quilinho extras e trazendo elegância ao visual. Se quiser um visual boho-chic, jogue uma echarpe de modo displicente em torno do pescoço. Caso deseje um visual clássico para o trabalho, lance mão de um cinto largo uma elegante camisa.

Pantalona

Skinny

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COCO ROCHAQuem olha seu currículo não diz que Coco tem apenas 23 anos. Apesar da pouca idade, a top mostra que tem personalidade.

entre as mais bem cotadas da atualidade

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A top esteve na reinauguração da loja-conceito da Diesel, no bairro dos Jardins, em São Paulo, na noite desta quinta-feira (19) e falou rapidamente com a im-prensa. Coco, 23, é a garota-propaganda da grife conhe-cida pelo jeanswear e voz ativa por melhores condições de trabalho - algo raro entre as modelos que consegui-ram atingir o sucesso.

Para a modelo, a presença de fotógrafos nos cama-rins dos desfi les é uma das questões mais importantes e urgentes. “Queremos manter a nossa privacidade durante as trocas de roupas”, explicou. Em parceria com o Conselho de Moda Norte-americana, o CFDA, a Aliança quer se certifi car de que o ambiente de trabalho seja saudável e que as modelos não trabalhem longas jor-nadas até tarde da noite já na próxima temporada, entre 6 e 13 de setembro.

Nos últimos anos, a canadense admitiu ter sofrido pressão da indústria da moda em relação ao seu peso, afi rmou publicamente não se sentir confortável traba-lhando para Terry Richardson - famoso fotógrafo, en-volvido em polêmicas de abusos sexuais - e criticou uma revista brasileira de moda por ter alterado digitalmente

uma foto que estampava a capa da publicação.Suas opiniões ganham eco nas redes sociais como

Twitter e Tumblr, ferramentas constantemente utilizadas pela modelo, mas sempre de maneira pensada, afi rmou ela. “Sinto que quando você não fala nada para as pesso-as, é aí que elas tentam tirar mais de você. Assim, posso falar o que e quanto quero sobre mim”, disse.

Além do lado ativista na moda, Coco Rocha também é conhecida pelo trabalho de fi lantropia. Em apoio às vítimas do tráfi co de pessoas no Cambodia, ela dese-nhou uma coleção de joias para a ONG Senhoa. Ao lado do marido, James Conran, e da modelo e amiga Behati Prinsloo, produziu o documentário “Cartas para o Haiti” com o intuito de arrecadar fundos para o país caribenho após o terremoto de 2010.

Esta é a terceira vez que a modelo visita o Brasil. Em 2008, ela desfi lou para a Zoomp, no São Paulo Fashion Week, e no ano seguinte fotogra fou uma campanha para a catarinen-se Lança Perfume. Mas só agora conseguiu aproveitar um pouco a

CAPA

Coco em ensaio fotográ� co para a coleção prima-vera-verão 2013 da grife Gucci. Fotografada por Gilles Bensimon.

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capital paulista, com tempo para um almoço com a top Caroline Trentini e o fotógrafo Fábio Bartelt, seus amigos. Coco chegou acompanhada pelo marido e recebeu uma visita inesperada da mãe, Juanita, que é comissária de bordo da Air Canada e coincidentemente havia desembar-cado na cidade.

Coco Rocha, postou no seu tumblr que ela e Karolina Kurkova iriam se juntar a Naomi Campbell na equipe do novo programa da rede de TV a cabo americana Oxygen, “The Face”. O programa será uma espécie de competição em forma-to de reality show que dará a uma jovem modelo a oportunidade de ser o rosto de uma conhecida marca americana. A função das tops será treinar equipes de jovens promis-soras, e guiá-las ao longo de várias tarefas como sessões fotográfi cas, desfi les e anúncios, ao longo de etapas de eliminação.

Coco Rocha descreveu ainda no seu tumblr o entusiasmo que sente em trabalhar com as colegas mode-los: “Como a mais jovem mentora das três, sempre admirei o traba-lho da Naomi e da Karolina.”.

“Queremos tirar os fotógrafos dos camarins na próxima semana de Nova York”

Coco ainda em ensaio fotográ� co para a Gucci.

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CAPACoco Rocha é canadense, nasceu

em 1988 e é uma das modelos mais importantes da atualidade (atual-mente ocupa a sexta posição no ranking do site Models.com) . Coco fez ballet, jazz e sapateado irlandês – ela já até abriu um des� le de Jean Paul Gaultier dançando ao som da dança irlandesa.

Ao lado do marido, James Con-ran, a modelo só se mostrou descon-fortável quando questionada sobre a beleza dos homens brasileiros. “Meu marido está aqui do meu lado e você pergunta o que eu acho dos brasilei-ros?”, a� rmou a um jornalista. Coco, que acaba de completar dois anos de união, comenta que foi comemorar a data em Barcelona.

No entanto, já que ela posta todos os passos nas redes sociais, isso não era lá uma novidade para os fãs. Pri-vacidade, inclusive, foi outro assunto abordado no papo com ela. “Eu posto tudo o que quero justamente para ter os meus momentos de pri-vacidade quando desejo”, a� rmou.

Coco publica quase tudo o que acontece com ela. O uso de Photo-shop, também foi abordado. “Eu sou a favor do Photoshop. Se você está com alguma coisinha no rosto e tal, a correção é benvinda. Agora, tirar meu braço, fazer alterações irreais, isso não tem como concordar”, disse.

Coco, que foi descoberta aos 14 anos por um olheiro em um concur-so de dança irlandesa também falou de samba. “Sempre pedem para eu dançar nos editoriais de moda, mas quando falam para eu sambar, só � njo. Realmente preciso de aulas para aprender a sambar”, a� rmou em tom divertido.

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CAPA

De acordo com a modelo, “Uma mulher moderna toma a vida pelas rédeas e não espera que algo seja entregue a ela.”. É assim que ela responde quando perguntada o que faz de uma mulher moderna. Devido ao grande sucesso dessa menina de 23 anos até agora, devido em grande parte ao seu trabalho árduo e dedi-cação, é evidente que ela pratica o que prega. Mas, além de ser super cotada para campanhas e passarelas, Rocha canaliza seu sucesso para o um bem maior, também.

Sobre seu alcance global, ela diz humildemente, “Eu sou muito agradecida por ter esta pro� ssão. Isso me deu uma plataforma para me expressar. Agora que eu tenho um público, eu tento direcionar minha in� uência em um sentido positivo.”. Por meio disso, ela pretende guiar a at-enção dos fãs para além dos outdoors e marcas de roupas

a lugares menos públicos mas igualmente importantes, tal como o Camboja. Qual a sua defesa? Reabilitação para sobreviventes de trá� co humano que, apesar da aus-ência do assunto na mídia, permanece um tema presente e perigoso.

Através da Coco Rocha for Senhoa, uma linha de joias desenhadas pela modelo, cujas vendas são revertidas para a causa essa generosa garota da capa ajuda a proteger, educar e fortalecer crianças em necessidade.

Nos últimos anos, a canadense admitiu ter sofrido pressão da indústria da moda em relação ao seu peso, afi rmou publicamente não se sentir confortável traba-lhando para Terry Richardson e criticou uma revista bra-sileira de moda por ter alterado digitalmente uma foto que estampava a capa da publicação.

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“Eu sempre tive um lugar especial no meu coração para crianças, especialmente essas menininhas, os membros mais vulneráveis da sociedade”

A top também apoia conversações sobre distúrbios alimentares dentro da indústria. Quando perguntada sobre se dirigir publicamente sobre este problema, ela admite, “No início foi muito difícil. Eu falei abertamente e honestamente, mas por dentro eu estava amedron-tada.”. Enquanto muitos fazem vista grossa, outros dão boas vindas à longa discussão. “No � m”, ela diz, “eu encontrei muitos pessoas agradecidas por eu ter me pronunciado. Me encorajou muito. As modelos são julgadas quase que exclusivamente pela única coisa que elas não conseguem controlar: suas aparências. No início foi difícil aceitar críticas, mas percebi que não posso agradar a todos, então o melhor que posso fazer é agradar a mim mesma.”. Uma atitude admirável.

Em detalhe nas fotos, as joias desenhadas por Coco Rocha para a marca Senhoa, cuja parte dos lu-cros foi revertida para vítimas de trá� co humano, causa apoiada pela modelo

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Os chapéus são apostas certas para o verão. Tanto para quem prefere um modelo mais sóbrio quanto para quem adora uma op-ção mais colorida e divertida.

Os desfiles mostraram ambas as variações, sendo que aqueles de cores vibrantes foram destaques. O azul nos chapéus predominou em alguns desfiles, mas os mais discretos também fazem bonito em produções de verão elegantes.

OS ACESSÓRIOS DO VERÃO 2013

As temporadas de moda já pas-saram e deixaram pelo caminho as principais tendências em roupas e acessórios que serão usados no próxi-mo verão. Tanto o São Paulo Fashion Week quanto o Fashion Rio apre-sentaram referências semelhantes no que diz respeito aos sapatos, colares, brincos, pulseiras e bolsas que foram mostrados nos desfiles e já estão dis-poníveis nas lojas de todo o Brasil.

De acordo com o que foi visto nas tendências, o brilho continua em alta, assim como as cores vibrantes e maxiacessórios. As bolsas vêm mais estruturadas, sendo predominantes os modelos quadrados e retangulares.

De inspiração étnica, artesanal, geométrica, romântica ou moderna, os maxibrincos vieram para arrasar na próxima estação, deixando o look poderoso. Os modelos dourados também predominam na tendência com detalhes em pedras e vazados.

Chapéus também apareceram em vários desfiles, deixando o visual ainda mais charmoso e divertido para o verão. Confira abaixo as principais tendências para o verão 2013 em acessórios, bolsas e sapatos que o a nossa colunista, Maria Freitas, sele-cionou para você.

ESTILOS

Confira as tendências para a próxima estação

Chapéus de vários estilos e coresÓculos redondos

Se você adora os óculos de sol do tipo máscara, que por tantos anos reinaram nos figurinos dos apaixo-nados por moda, está na hora de fa-zer o luto e guardá-los no armário.

Os pares mais delicados e me-nores - principalmente os redon-dinhos - surgiram com tudo nos rostos dos participantes da semana de moda de Paris, que há mais de uma semana apresenta as tendência outono-inverno 2012/2013.

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Maxibrincos

Eles chegam a ser tão gran-des ou maiores que a metade da circunferência da sua cabeça. E descrevendo assim podem parecer um exagero, mas os maxi brincos estão bem próximos de tendência desejo para a próxima estação.

Das passarelas e editoriais de verão para as ruas, eles podem ser encontrados em qualquer boa loja de acessórios. Um nome pra ficar de olho é o do designer brasilei-ro Christopher Alexander. Em parceria com estilistas como André Lima e Ale Brito, ele criou semi-joias lindíssimas e enormes.

Uma dica pra não deixar a pro-dução over é combinar os brincos com roupas e maquiagem mais básicas. É a tal regrinha do hi-low: você sempre deve usar as peças exuberantes misturadas à outras peças mais comportadas.

Maxicolares

Apesar de parecer a última novi-dade do momento, o maxi colar já é o queridinho de muitas estrelas do cinema faz tempo. Foi peça destaque no look da personagem principal do filme Bonequinha de luxo e nunca mais parou de ganhar status na moda. As celebridades brasileiras também se apaixonaram por essas maravilhas e não perdem as novida-des de vista.

E nossa conterrânea Bárbara Pontello já marcou seu nome nessa área com seus modelos irreverentes. Muitas já usam os maxi colares dela. Perto de se formar, a designer nem imaginava que de uma simples brin-cadeira surgiria um grande negócio.

Incentivada pelas amigas, além de fazer os colares para uso próprio, ela passou a levar toda sua inspiração para outras mulheres. Para o sucesso rápido não tem segredos.

Pulseiras maxi e aos montes

Na hora de compor um look fashionista apostar em lindos acessórios faz toda diferença e justamente por isso o mercado anda cheio deles, são anéis, maxi anéis, brincos, maxi brincos, colares, maxi colares, pulseiras e maxi pul-seiras, enfim a variedade de opções é enorme e praticamente irresistível.

Esses acessórios e maxi aces-sórios já estão em alta há algum tempo e na moda do verão 2011 prometem invadir as ruas, festas e eventos. Como já falei dos maxi brincos e dos maxi colares, acredi-to que está na hora de conferirmos as pulseiras e maxi pulseira.

Nas semanas de moda do verão 2011 no Brasil muitas marcas apostaram nas pulseiras e maxi pulseiras na elaboração de seus looks. Elas apareceram tanto em composições para moda praia.

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Maquiagens, cabelos, unhas, não é tão complicado ter uma boa aparência! E aqui você en-contra um editorial de beleza, dicas, lançamentos e um passo-a-passo muito útil.

BB E L E Z A

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ESMALTES

BICOLORessa moda pega?

A palavra de ordem para essa ten-dência é modernidade! O visual das unhas é composto por dois esmaltes de tonalidades diferentes, sendo cada um aplicado em partes especí� cas. Geralmente, o mais escuro � ca na pontinha e o mais claro na parte inferior o que não signi� ca que você não possa inovar ainda mais.

Quem � ca sempre em dúvida sobre qual cor de esmalte passar, vai adorar essa moda. Esse estilo ousado de pintar as unhas saiu das passare-las internacionais como promessa de sucesso para o verão.

Para entrar na moda das unhas de duas cores é só brincar com elas, fazendo combinações inusitadas, desenhos e o que mais a imaginação mandar.

Você pode também aproveitar as sugestões anteriores e brincar com os nudes, os verdes ou com combi-nações de turquesa e azul, laranja e vermelho, dourado e preto, amarelo e branco, nude e marrom.

Para deixar ainda mais interes-sante, misture esmaltes com acaba-mentos e texturas diferentes e para criar o efeito das unhas bicolores, use um pincel de decoração, mas para quem não tem muita habili-dade: uma � ta adesiva pode ser de grande ajuda!

Acima, a combi-nação do amarelo com rosa.Ao lado, diversas opções de combi-nações de esmaltes que dão bons resultados.

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Mesmo que muitas mulheres acreditem que não, existem as cores mais corretas e que combi-nam mais com cada local e oc-asião. O verão vem se aproximan-do e a pergunta mais feita é, qual cor de esmalte devo usar na praia? Muitas mulheres nem ligam muito para a coloração das unhas na praia, mas a grande maioria se preocupa com a aparência dos dedos dos pés à cabeça.

Por isso, é importante saber quais são as cores ideais de esmaltes para ir a praia. Muitas pensam em usar cores fortes e mais chamativas, mas nem sempre é uma boa opção. A grande exposição ao sol e ao mar, acaba fazendo com os esmaltes desbotem e lasquem muito fácil.

Algumas mulheres não abrem mão de usar esmalte, inclusive na praia. As cores tropicais e os tons pastéis são algumas cores de es-maltes perfeitos para usar na praia e se manter linda sempre.

CORES DA ESTAÇÃO

Mesmo que a praia não seja o lugar ideal para se ir com unhas lindas e bem feitas, muitas mulheres não conseguem deixar o esmalte de lado nem nesses momentos. Então, para ir a praia e estar linda sempre, veja nessa pagina algumas sugestões de cores de esmaltes para praia, perfeitos para um dia de sol.

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Sem ÓleoEsse tipo de demaquilante não

contém óleo e é normalmente a base d’água. Ele retira a maquiagem sem deixar a pele oleosa. É muito indica-do para quem sofre com oleosidade na pele e não deseja acrescentar nem uma gota nesse problema.

Ele também é muito recomen-dado para tirar maquiagem somen-te do rosto, enquanto na parte do olho você usaria um outro tipo que removesse mais maquiagem.

Essas versões sem óleo costu-mam vir também em Gel ou em Creme. Escolha gel para menos oleosidade e creme para mais

BifásicosOs demaquilantes bifásicos são

uma média entre os dois outros tipos (a base d’água e oleoso). Ele não costuma deixar a pele tão oleosa na hora de retirar a maquiagem, mas costuma retirar muito bem a maquiagem. Eu gosto de usar o demaquilante normal no rosto e o bifásico na região dos olhos. Assim a pele fica bem limpinha.

É ótimo usar esse demaquilante nos olhos, porque como ele é um pouco mais oleoso ele também dá uma hidratada na pele. E como a região dos olhos é super sensível e precisa de hidratação extra, ele ajuda.

Com Óleo e em CremeOs demaquilantes oleosos são

puro óleo. São recomendados para retirar maquiagens muito podero-sas, eu não uso muito esse tipo de demaquilante porque ele é muito oleoso, e deixa a pele super oleosa também. Quem tem a pele seca pode até usar no rosto inteiro.

O demaquilante oleoso geral-mente é natural, então é ótimo para quem tem pele sensível ou com alergias.

Os demaquilantes em creme geralmente não contém óleo, mas são suaves e poderosos. É comum vermos demaquilantes para a região

DEMAQUILANTES

Muita gente tem dúvidas sobre demaquilantes, e eu quis muito fazer um post explicando os diferentes tipos. Além dos que vou mencionar aqui vocês vão encontrar outros tipos, como lenços demaquilantes, demaquilantes de banho etc. Mas o objetivo desse post era falar mais sobre as diferenças que o Óleo faz na composição do demaquilante. Então, para ajudá-las eu dividi os demaquilantes em 3 categorias.

Escolha o tipo certo

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PENTEADOS

Cabelos semipresos, também conhecidos por estilo princesa, não precisam ser sempre iguais!

A atriz Kristen Bell apostou em um penteado super lindo e fácil para o tapete vermelho do evento “Do Something Awards” na Califórnia.

Ele é mais uma opção prática para você variar seu cabelo do dia dia. Vamos aprender?

Depois da escova, o primeiro passo é aplicar um pouco de pomada em pó ou mousse e, com um pente � no, des� ar o comprimento para ele ganhar um leve volume. Em segui-da, bem perto da raiz comece a fazer uma trança embutida apenas com as mechas do topo da cabeça. Se você não sabe, diversos sites de internet possuem passo-a-passo ensinando. A partir do meio da cabeça, comece a trançar o cabelo normalmente, sem ser de maneira embutida, e prenda os � os com um elástico de silicone. Finalmente, com as mechas laterais, faça duas trancinhas bem � ninhas e, quando elas cruzarem com a trança principal, prenda-as com grampos – que vão � car escondidos embaixo da trança maior. Cuidado para manter os grampos bem escondidos.

E pronto! Não se preocupe muito com � os bagunçadinhos ou fora do lugar, eles proporcionam um ar mais casual pois se trata de um penteado mais leve e divertido mesmo.

Gostou do penteado ou achou muito difícil?

SEMI PRESOmais fácil do que parece

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O batom vermelho é e sempre foi um ícone de beleza. O sucesso dessa cor nos lábios atravessou décadas e ganhou fama e poder. Além, é claro, da tecnologia voltada para a hidratação, cor intensa e duradoura, fator de proteção solar e outros inúmeros benefícios.

Segundo os experts em maqui-agem, o mais importante na hora de optar por um batom vermelho é assumir o bocão. “É exatamente por isso que antes de colocar o batom na boca, precisamos preparar a tez, corrigindo pequenas imperfeições do rosto com corretivo, usar uma base � uida, um pó ultra� no, tudo para levar toda a atenção para os lábios”, a� rma Júnior Mendes (SP).

Os maquiadores são unânimes em a� rmar que o batom vermelho pode ser usado em todas as ocasiões. Mas vale atentar para algumas dicas como: no ambiente de trabalho e du-rante o dia, a dica é deixar o visual leve e natural, por isso, o batom em bastão poder ser substituído por um gloss vermelho para cobertura suave; à noite e em ocasiões especiais a cor pode ser mais intensa, esta é a ocasião ideal para ousar em tons vi-brantes, com textura opaca ou aceti-nada; já em casamentos, o batom vermelho está acessível a todas as mulheres, da noiva às convidadas e, aliás, é uma elegante alternativa para o olho escuro esfumado e boca nude. Ou seja, segundo os experts em maquiagem, é capaz de valorizar qualquer visual.

VERMELHO VIVOacerte na tonalidade

Vermelho PuroAvonR$14,90

Vinho BrilhosoMaybellineR$28,90

Orange FireMACR$ 59,90

RosadoAvonR$14,90

VinhoNaturaR$32,90

R$ 59,90 Luigi Bertolli

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Quem é que nunca se viu cansado e irritado no final de um dia corri-do? Situações de tensão acontecem frequentemente na vida de todos nós. Congestionamentos, problemas no trabalho, preocupações em casa, falta de tempo para fazer diversas coisas. Tudo isso e mais uma série de fatores, com certeza, deixam qualquer um estressado. Para aliviar essa tensão, nada melhor do que relaxar com uma massagem terapêutica.

Segundo a fisioterapeuta Vanessa Pereira, qualquer pessoa pode fazer, independente da idade. “Além de livrar os músculos das tensões, a massagem ajuda também a amenizar

ESTÉTICA

Massagens se espalham pelo Brasil para atender mulheres que querem um tempo só para si. Conheça as massagens mais populares e cuide-se!TEMPO DE BEM-ESTAR

alguns desequilíbrios como a dor, fadiga e má postura”, explica. Os únicos cuidados devem ser tomados com quem está em período pós-ope-ratório, com febre, inflamação e outras doenças graves.

A definição da palavra massagem é, segundo o Dicionário Aurélio, a “compressão metódica do corpo, ou de parte dele, para melhorar a circulação ou para que se obtenham outras vantagens terapêuticas”. E as vantagens se multiplicam com os diferentes métodos que prometem desde relaxamento até a conquista de um corpo mais torneado.

Algumas técnicas auxiliam ainda

no equilíbrio mental. “É pelo toque que a massagem desencadeia trans-formações físicas e emocionais que cria, por vezes, uma sensação de descanso, paz e realização tanto no corpo como na mente. A massagem não apenas alivia o estresse diário, como também a ansiedade”, diz Alessandra Gubeissi, diretora do Spa Setti+Nandi, em São Paulo.

Segundo ela, uma massagem cuidadosa feita por um profissional capacitado gera sensações de bem-es-tar, confiança e alegria e traz mudan-ças na postura e na expressão facial.

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Confira aqui as maiores es-treias e lançamentos do mês. Com uma entrevista exclusiva e muitas recomendações per-feitas para o seu estilo.

CC U L T U R A

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NELSON MOTTAA vida e obra de um jornalista que cruzou a fronteira entre a mídia e os artistas da MPB

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Dia desses, Nelson Motta virou-se para aquela que brinca ser “a mulher da minha vida” e disse: “Olha, Mari, o fim que nós tivemos! Você, babá de gato; eu, massagista de gato”. Mari é Maria de Jesus, empregada que o acompanha há 25 anos e pelo menos três casamentos. O felino a quem obedece por amor é Max, um pelo curto brasileiro dono de penetrantes olhos amarelos – “com uma listra verde”, faz questão de detalhar. É com ele que o homem de letras e música divide o apartamento na rua Prudente de Morais, atrás do Country Club carioca, com vista para o mar. Os dois dormem juntos na mesma cama, rolam pelo chão, correm pela sala... “Gatos têm uns cem tipos de miados diferentes. Eu já atendo a uns 20 comandos e estou sempre aprendendo mais. Acho que o Max deve me enxergar como uma pessoa domésti-ca, carinhosa, sossegada e razoavelmente paciente. É o que eu busco ser.”

Aos 67 anos, o ex-cabeludo que vendeu juventude ao longo de tantas décadas, eterno Nelsinho, mora só e pouco convive com os inúmeros amigos que colecionou. Pode parecer irônico que alguém cuja trajetória – pessoal e profissional – sempre foi pautada por um espírito conciliador e gregário chegue a essa idade assim. Mas está tudo bem, as-segura, com o velho sorrisão que lembra o sedutor bichano criado por Lewis Car-roll para Alice no País das Maravilhas. “Hoje eu tenho tantos amigos que não tenho nenhum. Assim, de conversar todo dia, não tenho. Porque tenho três filhas, três netos, tenho namorada firme, pai e mãe vivos – os dois com 92 anos!” O relacionamento com a publicitária pernambucana Paula Pessoa é a distância, alimentado pelo que compara a uma sucessão de viagens de lua de mel. “É só alegria.”

Nos últimos dez anos, o jornalista carioca nascido em São Paulo lançou três romances pop – O canto da sereia (2002), Bandidos e mocinhas (2004) e Ao som do mar e à luz do céu profundo (2006) – e um livro de contos, Força estranha (2010), o mais elogiado e mais vendido (cerca de 20 mil cópias, segundo a editora Objetiva) de seus esforços como ficcionista. Em 2007, Vale tudo – O som e a fúria de Tim Maia já saiu como blockbuster

(vendas hoje na casa dos 140 mil exemplares), superando fartamente o best-seller autobiográfico Noites tropicais (de 2000, 35 mil exemplares vendidos).

Com o velho parceiro Euclydes Marinho, foi coau-tor (ao lado de Guilherme Fiuza e Denise Bandeira) da minissérie O brado retumbante, exibida em janeiro pela TV Globo e agora lançada em DVD. E a essa altura da vida ainda arranjou outro trabalho inédito: está atuando como roteirista de cinema num filme biográfico (dirigido por Hugo Prata) sobre Elis Regina, com quem viveu um curto, porém intenso, romance, quando ela ainda estava casada com Ronaldo Bôscoli. Seu amigo, também. “Eu falo pra Paula, minha namorada: o estado que eu amo é

esse da paz em movimento. A paz não é um sentimento de parado no tempo, estagnado. Não, tem uma dinâmica interna, você vai pela vida e tem amor, tem amizade, tem aventura, viagem, surpresa, sexo, alegria, dinheiro... Tem tudo nessa paz.” Atento, ali do lado, o gato Max parece concordar dizendo com os olhos: “Falou, amizade...”.

Você disse que jamais perdeu um amigo para publicar uma notícia. Como vê a escola que prega que o bom jornalista cultural não pode ser amigo dos artistas?

Eu me lembro quando era um reporterzinho de cultura, com 21 anos, começando no Jornal do Brasil, e fui

chamado para fazer uma coluna jovem no Última hora, em 1966. Eu logo fiquei amicíssimo do Ronaldo Bôscoli, que me aconselhava: “Você tem que ser temido”. Mas jamais entrei nessa. Pelo contrário: as melhores coisas que consegui no jornalismo foram todas me colocando como amigo, as pessoas confiando em mim e passando exclusivas. O Vale tudo, sobre o Tim Maia, por exemplo, só foi ajudado pelo fato de eu ter sido amigo dele. O que pode haver de pior sobre o Tim que não está no livro? É claro que sei de muitos segredos dos artistas que não vou sair contando por aí. O Caetano já falou que eu sou o único crítico musical que fez carreira sem falar mal das pessoas. Não vou perder tempo falando mal de shows

“E procuro ajudar desde o mendigo, a quem você dá

um trocado sabendo que ele vai beber cachaça, até os

músicos, jornalistas e produtores”

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que não vão se repetir”. Isso é um reflexo também da minha vida. Eu nunca lutei nem por poder nem por dinheiro. Sinceramente... Quem me conhece sabe, nunca foi a minha onda. Sempre lutei por independência. Esse foi meu caminho, a minha liberdade como valor mais importante. Detesto liderar, ter que assumir responsabi-lidades em nome dos outros... Sou individualista demais pra essas coisas.

Mas muito depois, no começo dos anos 1990, em en-trevistas, você bateu firme na música sertaneja que fazia sucesso. Até hoje há artistas e fãs do gênero ressentidos com você.

O tempo passou pra mim, não sei se pra eles. Hoje eu tenho outra atitude. O sertanejo pra mim está associado com a trilha dos anos Collor. Aos meus ouvidos, foi o pior momento político, ético, econômico, social da histó-ria recente do país. E a hegemonia do sertanejo foi o refle-xo musical disso tudo. A história anda. Não é mais uma situação hegemônica e opressora como nos anos 1990. Fiz uma coluna televisiva recentemente sobre o assunto.

Como você avalia o sertanejo universitário, que está ganhando cada vez mais popularidade e alguns acredi-tam ser o novo pop brasileiro?

Eu não conheço muito bem. Ouvi a Paulinha Fernan-des, achei ótima, numa outra onda, mais pop na verdade. As duplas, com aqueles vocais em terças, musicalmente são um dos bodes da minha geração, a geração da bossa nova.

Você está escrevendo o roteiro de um filme sobre a Elis. Como é trans-formar em personagem alguém com quem você viveu um romance?

Eu adorava Elis como artista, como pessoa e como mulher. Os fi-lhos sabem do respeito que tenho por ela. Me dou bem com Pedro e Maria Rita, tenho o João Marcello como meu afilhado moral. Claro, Elis não era santa. Quem conviveu sabe. Mas agora eu li tudo sobre ela e, quanto mais leio, menos acho que a conheço. É uma personalidade muito comple-xa mesmo. A pesquisa abala todas as certezas. E tudo nesse trabalho depende do diretor [Hugo Prata], que é quem tem a decisão final.

Como é a sua amizade com mu-lheres com quem você foi casado?

Com a Marília Pêra me dou muito bem. Com a Adriana Penna também, ela é minha amiga. Com a Costanza Pascolato eu não falo, nem quero entrar em detalhes. Amizade pós-relacionamento é difícil, é raro você conseguir ter um bom rela-

cionamento pós-separação. Querendo ou não, é uma separação e isso gera mágoas... Com a Marília realmente é outra coisa, muitos anos se passaram.

Nossa filha mais nova, Nina, tem 32, pra você ver. Mas com quem eu me dou melhor com quem eu me dou hoje é com a Mônica Silveira, minha primeira. mulher, que é mãe da minha filha Joana e avó dos meus netos. Nós nos encontramos como avós. Ela é uma avó genial.

CULTURA

Nelson no estúdio da YV Globo, no Jardim Botânico. Foto de 1978.

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MARISA MONTE

Marisa Monte refuta os que a acusam de ceder à sonoridade fácil e se popularizar demais em seu novo disco. “Sempre cantei para muitos”, diz a intérprete, que está percor-rendo o país com o show “Verdade uma Ilusão”. Haverá paradeiro, para o nosso desejo, dentro ou fora de um vício? Uns preferem dinheiro, outros querem um passeio perto do precipício. Haverá paraíso sem perder o juízo e sem morrer? Haverá pára-raio para o nosso desmaio no momento preciso?

Uns vão de pára-quedas outros juntam moedas antes do prejuízo. Num momento propício, haverá paradeiro para isso? Haverá para-deiro para o nosso desejo dentro ou fora de nós?

Numa reportagem recente, você definiu seu novo álbum como existencialista. Confesso que não entendi. Quais trechos do disco es-pelhariam ideias de Jean Paul Sartre e de outros do existencialismo?

Pensando bem, a palavra mais adequada é “existencial”, e não “exis-tencialista”. Tentei produzir um CD que reflete sobre a existência, sobre como desfrutar o máximo de nossa passagem pela terra. Afinal, estamos aqui por uma temporada apenas. Já declarei antes e repito agora: “O disco trata do “bem-viver” mais que propriamente do viver.

Sonoridade fácil: Ela não está nem aí. Ela quer vida livre, vida fácil. Quer viver.

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CD “Verdade uma Ilusão” , de

2012

Marisa Monte em show do CD, “Verdade uma Ilusão” no Rio

Os críticos que desgostaram do álbum não enxergam nenhuma pro-fundidade nas canções. Reclamam exatamente do contrário: de que você sucumbiu às fórmulas fáceis, enchendo o disco de mensagens otimistas e banais.

Não tenho a menor pretensão de criticar a crítica. Eu comento o meu trabalho e assino embaixo. O crítico escreve o texto dele e assina embai-xo, pronto, cada um é cada um! A amizade permanece igual. (risos) Construo o que posso, o que julgo mais bacana, com imenso carinho e dedicação. Muitos se arrepiam e me agradecem: “Nossa, que coisa mara-vilhosa!” E há aqueles que torcem o nariz: “Negócio chato, meu Deus!” Numa boa. Quando eu chego em casa nada me consola, você está sempre aflita. Encantar alguns já me satisfaz. Na verdade, a opinião do público e da crítica deixou de me surpreender. Aprendi que, quando falam de mim, fãs e desafetos estão falando de si mesmos, do modo como encaram as relações, os proble-mas, os sonhos.

E você acredita nas mensagens oti-mistas que canta? Crê realmente que “a tristeza não resiste”, por exemplo?

Se nos mantemos em sintonia com nossos sentimentos, se nos conservamos íntegros, aumentam as chances de esbarrarmos na felici-dade. Além do mais, o ser humano possui uma capacidade incrível de recuperação. Claro que certas triste-zas nos abalam enormemente. Ainda bem que agora encontrei você, eu realmente não sei o que eu fiz pra merecer você. Ainda assim, acho

possível superá-las, não no sentido de eliminá-las, mas de transformá-las. Ou melhor: compreenda que a dor pode até continuar presente, desde que ela seja modificada.

Não, não soa. Já outros... “Seja feliz”, “Curta a vida”...

Pô, não vale! (risos) Você está citando os versos isoladamente, sem considerar o resto da canção. “Seja fe-liz/Com seu país/Seja feliz/Sem raiz.” Tem umas brincadeiras, uns jogos de palavras, não tem? “Tão largo o céu/Tão largo o mar/Tão curta a vida/Curta a vida.” Há duplo sentido, não há? A boiada seca, na enxurrada seca, a trovoada seca, na enxada seca. Curtir a vida curta.

Existe, mas talvez menor do que em discos anteriores

Será? Suas ideias não correspon-dem aos fatos. (Cantarola, rindo) Sempre gravei canções de letras muito simples. Pegue meu primeiro disco, MM. Trazia músicas simplís-simas, como o Xote da Meninas. “Ela só quer/Só pensa em namorar” é, por acaso, menos simples.

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STONE TEMPLE PILOTS“Stone Temple Pilots”Depois de nove anos de silêncio, que incluíram contratempos contratuais com a gravadora Atlantic Records e uma separação em 2003, o Stone Temple Pilots lança seu sétimo álbum -que leva o nome da ban-da- para representar seus 18 anos de carreira em uma nova fase.

Mixado e produzido por Chris Lorde-Age, que já trabalhou com Green Day e My Chemical Roman-ce, o álbum tem 12 faixas. Todas as letras foram escritas pelo vocalista Scott Weiland, que disse em entre-vistas ter aproveitado seu tempo para estudar composições de Leonard Cohen e Bob Dylan e se redescobrir em uma nova forma de escrever con-tando histórias.

O trabalho foi gravado durante pausas na agenda da banda e demo-rou 10 meses para ser finalizado. En-quanto a banda gravou nos estúdios dos produtores, Weiland preferiu gravar os vocais.

“RUNAWAYS, O FILME” Trilha sonora originalMC5, Sex Pistols, Stooges, David Bowie. As bandas que fizeram o cenário da década de 70 são o pano de fundo da história de uma das primeiras “girl bands” que o mundo viria a ouvir falar, The Runaways.

A cinebiografia “The Runaways, o Filme”, dirigida por Flora Sigis-mondi, que já trabalhou em clipes de Marilyn Manson, White Stripes e Björk, é protagonizada pelas atrizes teen Kristen Stewart --da saga “Cre-púsculo”--, que interpreta Joan Jett, e Dakota Fanning, que faz a guitar-rista e vocalista Cherrie Currie.

O álbum chegou às prateleiras an-tes mesmo do longa estrear no Brasil, onde esta previsto para ser exibido a partir do dia 20 de agosto de 2010. A lista de 14 músicas é dividida entre gravações originais e versões inter-pretadas por Stewart e Fanning. A trilha passaria despercebida se não fossem as regravações de “California Paradise” e “Cherry Bomb”.

BANGALAFUMENGA“Barraco Dourado”É com a mistura de ritmos brasi-leiros, como samba e funk, que o Bangalafumenga lança seu terceiro álbum, “Barraco Dourado”. Com a mesma qualidade dos discos anterio-res, “Bangalafumenga”, de 2001, e do EP “Vira-Lata”, de 2004, o novo trabalho confirma a qualidade do grupo carioca.

As palmas e o coro de “Mãe D’água”, faixa que abre o álbum, nos dão uma amostra da energia presente nas dez músicas que compõem o disco, entre elas “Barraco Dourado”, com sua batida funk, e “Baseado em Fatos Reais”, com elementos de hip hop. Há ainda duas regravações: “Loirinha Bombril”, dos Paralamas do Sucesso, e “Trilhos Urbanos”, de Caetano Veloso.

O “Banga” nasceu como um bloco de Carnaval, em 1998, e segue com a mesma vibração da época. É formado por Rodrigo Maranhão (cavaquinho, voz e composições).

LILLE RECOMENDAMÚSICA

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PRISCILLA, A RAINHA DO DESERTO

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Um ônibus colorido, quase que psicodélico, deve chegar a São Paulo em março do próximo ano. Mun-dialmente conhecido como Priscilla, do filme de mesmo nome, ele virá de navio, desde a Espanha, até desem-barcar em Santos e, de lá, ir para a capital paulista. E seu porto final será o Teatro Bradesco, onde, no dia 16, estreia o musical “Priscilla, Rainha do Deserto”. “Só essa trans-ferência vai custar R$ 1,5 milhão”, anunciou Leonardo Ganem, da GEO Eventos, empresa responsável pela produção.“É um investimento caro, mas justificável para trazer um espetáculo que estreou há pouco tempo na Broadway.”

Essa é a meta da parceria das duas empresas, dispostas a investir em grandes eventos culturais - em abril, por exemplo, será a vez do Lollapaloo-za, que vai acontecer no Jockey Club. “Nosso objetivo é trazer musicais novos, que não tenham ainda iniciado carreira lá fora”, emenda Ganem.

E “Priscilla” é o abre-alas: na Broadway, o musical estreou em março deste ano, depois de grande sucesso de público na Austrália e em Londres. A estrutura que vem ao Brasil é a que está atualmente em cartaz na capital inglesa. Leonardo Ganem não revelou valores mas, a julgar pelo custo do transporte do ônibus, é de se esperar uma produção próxima dos R$ 10 milhões. Afinal, o elenco brasileiro já está escalado com 27 integrantes, dos quais dois atores mirins.

Alguns estão ainda em atividade, como o jovem e talentoso André Torquato, de apenas 18 anos - ele está em “As Bruxas de Eastwick”.

por causa da cena em que é atacado. “Mesmo assim, já estou preparando a minha versão do papel.”

“Priscilla” foi um grande sucesso no cinema, nos anos 1990. A ideia partiu do diretor australiano Ste-phan Elliott que, inicialmente, pla-nejava um musical tradicional. Não encontrou produtores interessados no projeto. Fã de Carmen Miranda, ele mudou de planos e passou a pen-sar em drag queens. Imaginou duas drags e um transexual percorrendo o deserto australiano e encontrando a mentalidade interiorana. Uma imagem não lhe saía da cabeça: uma das drags, de pé sobre um ônibus cor-de-rosa, desfralda o manto de lamê, como se fosse uma bandeira. Recriada na tela grande, tornou-se um símbolo.

A transexual Bernadette será vivida por Ruben Gabira, enquanto a outra drag, Mitzi, por Luciano Andrey. Uma das divas ganha inter-pretação da atriz. Simone Gutierrez, que brilhou em “Hairspray”. A

Detalhe do ônibus utilizado na peça

E também um veterano, Saulo Vasconcelos, grande estrela do teatro musical brasileiro, em cartaz com “Mamma Mia!”. “O mercado está aquecido, a ponto de eu emendar um trabalho no outro”, comemora Vas-concelos que, antes do “Mamma”, esteve em “Cats”. Ele também viverá um papel inédito no palco: o de um homem que se apaixona por outro. “Serei Bob, o mecânico que embarca no ônibus das drags e que vai ter um relacionamento com Bernadette.”

Por conta do curto período entre a estreia mundial e a brasileira de “Priscilla”, nenhum ator do elenco conseguiu assistir ainda ao musical. “Pretendo ver agora em dezembro, em Nova York”, conta Torquato, que viverá Adam, conhecido como Feli-cia, a mais espevitada das drags. “No cinema, o papel foi interpretado por Guy Pearce, que deixou uma marca profunda”, comenta, principalmente

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VALSA Nº 6 - ERIC LENATE

De Nelson Rodrigues. O único solo do dramaturgo conta a história de Sônia, uma garota de 15 anos morta com uma facada, e ganha sua tercei-ra montagem na cidade em um ano. Sob a direção de Eric Lenate, Renata Calmon interpreta de forma esplen-dorosa a personagem que, em uma reflexão profunda, tenta reconstituir sua vida e entender como foi que aconteceu a sua morte.

Gênero Monólogo DramáticoPreço R$ 30,00Duração 55 minutosDireção Eric LenateElenco Renata CalmonCensura 12 anos

A BELA E A FERA

Adaptação de Linda Woolverton musicada por Alan Menken. O musical já visto em 2002 volta com elenco e produção renovados. No palco estão quarenta atores e uma orquestra de vinte instrumentis-tas. Ricardo Vieira vive o príncipe transformado na horrenda Fera. Para livrar-se do feitiço, ele deve conquis-tar o coração de uma mulher sem a ajuda de sua riqueza.

Gênero MusicalPreço de R$ 70,00 a R$ 240,00Duração 160 minutosDireção Robert RothElenco Ricardo Vieira, Lissah SilvaCensura livre

A AURORA DA MINHA VIDA

De Naum Alves de Souza. Escrita em 1981, a comédia se situa em uma sala de aula da década de 70. Passados 29 anos, o texto mostra ter envelhecido no que tinha de mais impactante: o retrato das deformações provocadas pelo regime militar no ambiente das escolas. Ao usar movimentações de cena que incluem dança entre as sequências, a peça perde ritmo e nada ajuda na sua renovação.

Gênero ComédiaPreço R$ 40,00Duração 80 minutosDireção Bárbara BrunoElenco Ana Arduin, João BarrosCensura 12 anos

LILLE RECOMENDATEATRO

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OS INTOCÁVEIS

Comédia que bateu recorde de bilheteria na França em 2011, com cerca de 30 milhões de espectadores, o filme, da dupla de diretores Olivier Nakache e Eric Toledano, também seus roteiristas, extrai sua graça dos contrastes, muitas vezes politicamen-te incorretos, entre um milionário branco, rico e tetraplégico (François Cluzet) e um cuidador negro, pobre e ex-presidiário (Omar Sy).

Filme mostra contraste entre tetraplégico milionário e ex-presidiário pobre.

Nenhuma comédia que se preze faz rir muito sem alguma provocação aos limites estabelecidos. E a boa notícia é que “Intocáveis” consegue andar na linha fina das próprias fron-teiras com mínima possibilidade de ofender a sensibilidade de alguém.

Não foi à toa que Sy conseguiu derrotar o franco favorito, Jean Du-jardin, que ganhou até o Oscar de melhor ator por sua performance em

“O artista”, roubando dele o César 2011 de interpretação masculina em sua própria pátria.

O jovem ator de origem senega-lesa, de 34 anos, é magnético e está completamente à vontade no papel de um provocador de mudanças, conseguindo uma ótima química com o premiado veterano François Cluzet (visto recentemente no drama “Até a eternidade”).

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A primeira sequência entrega o ritmo da história, mostrando Driss (Sy) dirigindo em alta velocidade pelas ruas de Paris o carro em que leva o patrão, Philippe (Cluzet).

Perseguidos por policiais, que não deixam de manifestar uma velada reação racista ao motorista, os dois desmontam sua pressão quando Philippe simula à perfeição um ataque epiléptico.

Depois do que se descobre que não é a primeira vez que os dois malandros aplicam o golpe, que invariavelmente termina com uma escolta da dupla até o hospital mais próximo, de onde saem pouco de-pois, às gargalhadas.

Esse tipo de aventura malcom-portada entrou na vida de Philippe depois que rompeu as próprias regras na hora de contratar um novo cuidador - profissional do qual ele, que ficou tetraplégico depois de um acidente, depende para as mínimas funções do cotidiano, inclusive sua higiene íntima.

Cansado de profissionais fofos e que gostam de cuidar de deficientes como ele, Philippe contrata Driss, que a bem da verdade nem queria o emprego. É que, como ex-ladrão

em condicio-nal, precisa periodicamente procurar traba-lho, senão perde

o seguro-desemprego. Sem querer, acabou contratado.

A decisão intempestiva põe de cabelo em pé a assistente de Phili-ppe, Yvone (Anne Le Ny) e todos os demais empregados do milionário,

que mora num apartamento fabulo-so. Todo mundo acha que o patrão enlouqueceu e que sua segurança está em risco.

Daí em diante, o roteiro dará conta da interação crescente entre dois homens que não poderiam ter experiências de vida mais opostas e que, gradativamente, sentem-se à vontade um na companhia do outro, a ponto de experimentarem

mutuamente as sugestões de gosto musical ou culinário um do outro - e que

são completamente opostas, como se pode imaginar.

Boas surpresas vão surgindo numa história cujo andamento contraria muitos clichês habituais em produ-ções hollywoodianas envolvendo deficientes físicos ou personagens.

Cena em que os personagens passeiam.

Cena em que os personagens vão a uma festa benefi-ciente

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LILLE RECOMENDA

007 - OPERAÇÃO SKYFALL

O roubo de um HD contendo informações valiosas sobre a identida-de de diversos agentes, infiltrados em células terroristas espalhadas ao redor do planeta, faz com que James Bond (Daniel Craig) parta atrás do ladrão.

A perseguição segue pelas ruas de uma cidade na Turquia e acaba em cima de um trem. Precisando impedir que a peça seja levada, M (Judi Dench) ordena que a agente Eve (Naomi Harris) dispare.

É o que acontece, fazendo com que o agente 007 despenque de uma altura incrível. Considerado morto, Bond passa a levar uma vida como “fantasma” até assistir, pela TV, o ataque terrorista sofrido pelo MI6 em plena Londres.Disposto a mais uma vez defender seu país, ele retor-na à capital inglesa.

7 DIAS EM HAVANA

Filmes divididos em capítulos têm se tornado comuns de uns anos para cá, buscando sempre um tema ou um lugar como enfoque que o norteie como um todo.

É assim com a série Cities of Love, que já rendeu Paris, Te Amo e Nova York, Eu Te Amo, e com fil-mes como Crianças Invisíveis e Cada Um Com Seu Cinema, feitos a partir de temas como a dura realidade das crianças e o amor ao cinema.

Por mais que filmes neste estilo sejam interessantes, devido à diver-sidade de olhares sobre o assunto em questão, a regra geral costuma ser a instabilidade. Episódios bons e ruins se mesclam com relativa facili-dade, também devido à diversidade dos diretores convidados para cada projeto, 7 Dias em Havana.

HOTEL TRANSILVÂNIA

Bem-vindos ao Hotel Transilvânia (Hotel Transylvania), o luxuoso re-sort “cinco estacas” de Drácula (San-dler), onde monstros e suas famílias podem viver livres da intromissão do mundo humano.

Mas há um fato desconhecido sobre Drácula: ele não é só o príncipe das trevas, mas também é um pai pro-tetor de uma filha adolescente, Mavis, e inventa contos perigosos para dissu-adir seu espírito aventureiro.

Como um refúgio para Mavis, ele abre o Hotel Transilvânia, onde sua filha e outros monstros famosos como Frankenstein e sua noiva, a Múmia, o Homem Invisível, uma família de lobisomens, e outros; podem relaxar com segurança e tranquilidade. Para Drac, servir à todos esses monstros lendários.

CINEMA

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Pela primeira vez, o Museu d’Orsay, um dos mais visitados do mundo e detentor da maior coleção impres-sionista, traz ao Rio de Janeiro obras seletas de artistas impressionistas em exposição que quer bater seu record de público e ultrapassar a meta de 300 mil visitantes em três meses

Vinda de São Paulo, a mostra “Impressionismo: Paris e a moderni-dade” que abre para visitação nesta terça-feira (23), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio, apresenta um panorama rico e de-talhado da pintura impressionista e pós-impressionista do século 19.

Trabalhos de mestres do Impressionismo chegam ao Rio

“Paris sempre foi uma Meca dos artistas, a exposição é um pas-seio por Paris sem precisar ir até a França” destacou o diretor-geral do CCBB no Rio, Marcelo Mendonça, em breve entrevista à revista durante o vernissage na noite desta segunda.

A expectativa para a exposição no Rio após desembarcar da capital paulista é “muito alta”, admitiu Mendonça. “Quando começamos a conversar com o Museu d’Orsay sobre este projeto há dois anos, nós pedimos que o museu fosse o cura-dor desta exposição impressionista no Brasil. É uma exposição de pri

IMPRESSIONISMO NO CCBB

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meira linha que inicia sua itine-rância internacional aqui no Brasil e, em seguida, vai para Madri”, afirmou.

Em menos de dois meses em São Paulo, o público foi de 320 mil visitantes. Já no Rio, a exposi-ção, que se inicia nesta terça (23), pretende alcançar a meta paulista e até superá-la. O diretor do CCBB no Rio garantiu que as enormes filas de espera de quase cinco horas em São Paulo não vão se repetir no Rio.

“Devido a experiência de São Pau-lo, a gente se preparou muito bem. A capacidade do CCBB no Rio é três vezes maior”. Segundo Mendonça, o tempo de espera pode ser de cerca de uma hora, pois cada uma das sete salas de exibição tem capacidade

para 150 visitantes.A exposição traz 85 obras de reno-

mados artistas franceses impressio-nistas que pintaram a Paris moderna e retrataram cenas do seu cotidiano, além de imagens do campo ocupa integralmente o primeiro andar do centro cultural. O segundo andar dará espaço à cronologia do movimento, à con-sulta bibliográfica e às atividades do CCBB Educativo. Uma mostra de cinema impressionista também fará parte da programação.

O público poderá conferir obras como “As Tuleries” (1875), “A Es-tação de Saint-Lazare” (1977), “Re-gatas em Argenteuil” (1874) e “O lago das ninféias” (1899) de Claude Monet, que não se preocupou com o desenho detalhista preferindo eli-minar os contornos para conseguir captar o efeito do instantâneo.

Lá estão obras de arte como as “Moças ao Piano” (1892) de Auguste Renoir que priorizava o retrato do feminino, mulheres de seu tempo, investindo no efeito do movimento que dava suas pinceladas. O pinto Auguste Renoir foi tido como o cronista da burguesia parisiense.

Já em “O Tocador de Pífano” (1866) e “A garçonete com cervejas” (18878/79) de Édouard Manet, o público poderá se deliciar com as pinceladas do artista que, em 1863, chocou a sociedade parisiense ao mostrar assuntos e personagens de seu tempo contrariando as tendên-cias naturalistas ou personagens da mitologia ou, até mesmo, recusando-se a pintar retratos de nobres.

Estão ainda algumas pinturas como “Dançarinas subindo uma es-

Acima:La Classe de Danse, Edgar Degas

No topo:Banhistas, Paul Cézanne

EXPOSIÇÕES

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LILLE RECOMENDA

BARBÁRIE E ESPANTO EM CANUDOSDe 17/9 a 11/11 na Caixa Cultural Rio de Janeiro

A mostra, com xilogravuras de Adir Botelho, é composta por 142 peças criadas ao longo de duas décadas - 1978 a 1998 -, sobre um dos episódios mais sangrentos da nossa história.

Inspirado no livro Os Sertões, de Euclides da Cunha – que completa 110 anos de publicação em 2012 –, o conjunto de peças nunca foi apresen-tado completo para o público.

A obra consiste numa sequência de impressionantes imagens sobre o drama ocorrido no sertão da Bahia no final do século XIX. A exposição reúne duas séries, Canudos, concebi-da em xilogravura, e a série Agonia e morte de Antônio Conselheiro, em desenhos a carvão, embora os traba-lhos possuam caráter independente, as séries se interligam.

ROGER BALLENDe 4/10 a 2/12 no Museu de Arte Moderna

Nascido em Nova York, mas radi-cado na África do Sul em 1982, o fotógrafo Roger Ballen apresenta a primeira retrospectiva de seu traba-lho na América Latina.

Filho de uma também fotógrafa americana, Ballen foi influenciado desde cedo pela mãe a ver o mundo sob a perspectiva de uma lente. Tra-balhando até hoje com uma câmera analógica, mais precisamente sua “velha” Rolleiflex, captura apenas imagens em preto e branco.

Roger Ballen começou sua carrei-ra em 1979, lançando o seu primeiro livro, Boyhood que reunia fotogra-fias de cenas cotidianas das ruas e imagens de manifestações em prol dos direitos civis americanos, depois do primeiro lançamento.

SALA A CONTEMPORÂNEA De 11/10 a 18/11 no Centro Cultura Banco do Brasil

Com organização de Mauro Sarai-va, a 2a edição do projeto Sala A Contemporânea apresenta, exposi-ções individuais e inéditas de artistas brasileiros contemporâneos, conce-bidas exclusivamente para o espaço no Centro Cultural Banco do Brasil. As obras apontam novas perspectivas estéticas e conceituais para a arte contemporânea brasileira.

Dividindo o espaço, também entra em cartaz uma mostra com obras iné-ditas de Fernando Lindote, criadas, em sua maioria, entre 2011 e 2012, especialmente para a exposição.

Na exposição, o artista transita do desenho à fotografia, da pintura ao vídeo, da escultura à performan-ce, opera conceitualmente em uma “quase” instalação.

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Você pode fazer o que quiser! Este caderno quer inspirar você a alcançar o seu melhor e che-gar onde quiser. Com dicas de fitness, viagens e decoração.

EE S T I L O S D E V I D A

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DECORAÇÃO

Nessa edição, nós da redação da Lille resolvemos falar um pouco so-bre organização. No fundo, no fun-do, todos gostamos daquela bagun-cinha saudável no quarto, aquela que dá um “quê” pessoal em um lugar que julgamos só nosso. Mas venha-mos e convenhamos, rola sempre um alívio quando nossa alguém passa e deixa tudo arrumado e limpo, vai dizer que é mentira? Principalmente

DECORANDO COM CAIXOTESquando temos que achar algum ob-jeto perdido o mais rápido possível na correria do dia-a-dia.

Primeiro é de extrema importân-cia que você saiba que se não quer tirar muito dinheiro do bolso, terá que por a mão na massa. Isso inclui colar, lixar, pintar, cortar, costurar, mexer com � ações e talvez até pre-gar. Humildade também é impor-tante! Encontramos muita coisa nas ruas que podem ser reaproveitadas. Então se você ver algo por aí, jogado do lado de um poste e achar que possa lhe ser útil, não tenha medo nem vergonha! Além de estar eco-nomizando, você estará fazendo um favor para a natureza.

Mas, antes de tudo, vamos falar um pouco sobre caixas organizado-ras. Com certeza vocês já as viram em muitos lugares, mas nunca chegaram a perceber a extrema

como organizar e tornar ambientes mais práticos usando caixotes

importância deste objeto. A vanta-gem de ter algumas dessas é que por estarem disponíveis em diversos tamanhos e cores, pode-se incluí-las em vários ambientes. Além disso, elas são totalmente versáteis e você pode colocar dentro delas todos os objetos possíveis, os mesmos que antes davam um peso visual no seu quarto. Com uma composição legal, até uma estante velha e bagunçada, � ca bonita.

Você pode encontrá-las em lojas de utilidades e/ou lojas de emba-lagens para presentes grandes. Em lojas de decoração também, onde geralmente são mais caras.En� m, agora que já conhecemos a magia dessas caixas vamos falar de recicla-gem. Como utilizar essas caixas que podem ser encontradas nos lugares mais simples e baratos. Procure por eles em sua proxima ida a uma feira.

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É claro que alguns cuidados devem ser tomados na hora de decidir como decorar:

- se tiver como escolher, opte pelas caixas usadas para transportar laranja; são mais resistentes;

- se quer construir uma estante, procure comprar todas as caixas no mesmo local para garantir a estabilidade;

- tome cuidado com as farpas. As madeiras dessas caixas são rústicas e podem até machucar. Logo, a dica é lixar os vãos, e toda a superfície;

- antes de pintá-las passe um produto anticupim, normalmente esses produtos são vendidos em lojas de material de construção;

A tinta mais indicada é a látex e duas demãos são su� cientes, e você pode revesti-las com tecido na parte. Para isso, utilize cola branca e pincel. Mas tenha cuidado na hora de aparafusar as caixas na parede, perceba que algumas ripas são mais frágeis e podem rachar. Lembre-se que a quantidade de peso in� ui na duração das caixas.

Se você gosta de reciclar e usar a criatividade para decorar sua casa sem gastar muito, uma dica para transformar caixotes de feiras é ir de acordo com sua vontade. Esses caixotes podem ser trans-formados em quase todo o tipode mobiliario como: em estantes, revisteiros, mesas de centro, criado-mudo, apoio de computa-dor, armários para vários tipos de utilidades e muito mais. E não é preciso muito para começar: ver-niz, tintas e mãos à obra. O custo desse tipo de acessório é quase zero, basta encontrar as caixas nas feiras dos bairros.

A disposição dos caixotes de-pende da sua preferência. Podem � car na vertical, horizontal ou até ajeitados nas duas posições confor-me a utilidade � nal.

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MAYA GABEIRAa jovem carioca, � lha de deputado que é especialista nas ondas maravilhosas e gigantes do Havaí

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Foi-se o tempo em que o surf era considerado um es-porte só para homens. Assim como em outras conquistas, as mulheres também aumentam sua presença em cima das pranchas, e não somente na areia acompanhando as manobras de seus companheiros, como o que acontecia há algumas décadas.

Cada vez mais elas são vistas invadindo as praias brasileiras e deslizando sobre as ondas. O surf feminino já é mais aceito e respeitado pela sociedade. Antigamen-te, um pai dar uma prancha para uma � lha pegar onda era raro. Hoje, as meninas recebem apoio da família e já estão presentes nas escolinhas pelo país. O esporte está ganhando mais adeptas, circuitos incluindo a categoria feminina e campeonatos e escolinhas exclusivas para as mulheres.

Para ajudar a formar novas sur� stas, começam a surgir no litoral brasileiro escolinhas de surf somente para mulheres. Uma delas é oferecida pelo Projeto Social Escolinha de Surf Feminina, que realiza aulas gratuitas do esporte para meninas de 07 a 17 anos, na cidade de Santos, litoral sul do Estado de São Paulo.

No Rio de Janeiro, elas lotam clínicas de surfe, mon-tam points em praias como Saquarema, Búzios e Prainha e criam um mercado consumidor diferente, com pran-chas mais coloridas e personalizadas, bijuterias e cover blocks (máscaras para bloquear os raios solares), apetre-chos raros entre os garotos pegadores de onda.

Um dos maiores exemplos de sur� stas mulheres bem-sucedidas é de Maya Gabeira, � lha do deputado federal Fernando Gabeira, que já conquistou diversos prêmios em competições do circuito mundial de surf. A jovem sur� sta já venceu o campeonato Billabong XXL Global Big Wave Awards, pela categoria Girls Overall Perfor-mance em quatro anos consecutivos: 2007, 2008, 2009 e 2010. Também conquistou o prêmio de Melhor Perfor-mance Feminina na competição. Atualmente a sur� sta é especialista em ondas grandes. Maya Gabeira começou a praticar o esporte em 2003, quando começou a fazer aulas de surfe em uma escolinha na praia do Arpoador, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Os fãs do surf já estão acostumados a ver Maya Ga-beira dropando as ondas gigantes. Mas, desde sexta-feira passada, ela tem sido o destaque por suas fotos para a edição “� e Body Issue” da revista americana ESPN.

Todos os anos a revista celebra as formas atléticas com fotos nuas de - mais ou menos – 12 grandes atletas. Maya foi uma das escolhidas para esta edição.

“A maioria das mulheres tem medo de � car muito for-

INSPIRAÇÃO

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te, musculosa. Quando você surfa, é normal que os músculos � quem maiores, especialmente os ombros”, disse Maya durante entrevista para a ESPN. “Quando estou debaixo d´água quase desmaiando, penso na minha família e isso me dá forças para me manter acordada e não perder o foco. Não há espaço para medo ou nervosismo. Consigo passar quatro minutos debaixo d´água na piscina, mas adoraria conseguir chegar a cinco ou seis...”

As fotos foram realizadas em fevereiro deste ano, no Havai.

Além do contato com a natureza, que já tem efeito relaxante, o surfe é um ótimo exercício cardiovascular, por trabalhar todos os grupos mus-culares e desenvolve a coordenação. O uso do protetor solar é indis-pensável, principalmente no rosto. Como o sol e o mar ressecam muito, é preciso sempre usar hidratantes corporais e capilares.

Ao lado, Maya em Laguna Beach na California onde a sur� sta possui uma casa e onde participou de en-saio para a revista Women s Health. Abaixo, foto de parte do ensaio de Maya para a revista Sports Illustrated, parte desse ensaio possui fotos dela nua embaixo d`agua. Todos esses ensaios podem ser visuali-zados nos sites das respectivas revistas norte-americanas

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FITNESS

SPINNINGa atividade aeróbica de maior gasto calórico

cionamento físico do praticante. “O emagrecimento é realmente o grande benefício que este exercício propor-ciona”, explica Jean Carlo, professor da Reebok Club.

Ele ressalta outros benefícios da prática regular de spinning, como a ativação cardio-respiratória, o for-talecimento dos membros inferiores (pernas e glúteos), do abdômen e da região lombar. “A atividade contribui ainda para a redução do colesterol, da pressão arterial, ajuda no con-trole do diabetes e diminui o risco de doenças coronarianas”, completa Jean.

Com tantos benefícios, é de se entender porque o ciclismo indoor se consagrou nas academias. Se você está começando agora, a dica é usar uma bermuda acolchoada, ou levar um banco de gel. O selim da bicicleta é muito duro e estreito para quem não está acostumado.

Conhecido como o “detonador de calorias”, o spinning é uma das aulas mais disputadas das academias. E não é por menos. Ele queima gorduras, fortalece os músculos e, de quebra, aumenta a resistência cardio-vascular e respiratória.

O gasto energético varia de 500 a 700 calorias por hora, dependendo da intensidade da aula e do condi-

Primeiro, coloque o banco na altura dos seus ossinhos do quadril. Depois, certi� que-se que ele não está muito para frente nem para trás. Para isso, sente-se no banco, com os pés paralelos ao chão, e veja se seus joelhos � cam alinhados com o tornozelo. Regular o guidão também é fácil. A distância dele para o banco deve ser do mesmo comprimento do seu antebraço, com os dedos estendi-dos. Lembrando que o guidão deve � car sempre mais alto que o banco. E lembre-se: a maior parte das lesões está relacionada à má regulagem do equipamento.

Se o seu objetivo é emagrecer, a atividade física deve ser praticada com o coração trabalhando en-tre 65% e 75% de sua frequência cardíaca. Se você tem 25 anos, por exemplo, sua frequência cardíaca mínima, para promover a queima de gordura, é 127, e a máxima, é 146.

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Professores revelam: atitudes simples, mas muito e� cientes, podem melhorar a performance e proporcio-nar mais segurança durante uma sessão de spinning

4 sugestões para turbinar suas pedaladas

-Respeitar o cronograma das aulas

Periodização é como os profes-sores chamam a programação das aulas. “Há sessões de montanha, e os treinos intervalados, para ganhar fôlego e melhorar o condicionamen-to físico”, diz Anderson. Ou seja: as aulas não são sempre as mesmas.

-Utilizar banco de gel ou bermuda acolchoada

Como você pedala sentada em vá-rios momentos da aula, o bumbum costuma doer. Uma capinha de gel que encaixa no banco da bicicleta ou uma bermuda especializada com proteção extra no bumbum são dois recursos que proporcionam mais conforto durante as pedaladas.

-Hidratar o organismoUma garra� nha com água ou

isotônico vai ajudá-la a manter um bom rendimento. O isotônico, além de evitar a desidratação, tem sais minerais e carboidratos, que auxiliam na reposição de energia, evitando a fadiga. Mas lembre que a bebida é calórica e quem quer perder peso não deve abusar.

-Manter uma toalha por pertoÉ sempre bom deixar uma toa-

lhinha pendurada na frente da bike. “Muitas mulheres transpiram bas-tante e é importante secar as mãos. Do contrário, elas podem escorregar no guidão durante a aula”, alerta o professor Ricardo Azuma, da acade-mia Competition.

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IPHONE 5

O QUE VAI MUDAR?dimensões (mm) 123.8 x 58.6 x 7.6

140 gramas

Dual-core Apple A5

8mpx

Retina de 4” Retina de 3,5”

$199 (16GB)

115.2 x 58.6 x 9.3

112 gramas

Apple A6

8mpx

$199 (16GB)

peso

processador

câmera

preço

tela

4S 5

Todos os rumores sobre o iPhone 5 se confirmaram na quarta-feira (12) durante a apresentação da Apple em San Francisco (EUA), para decepção de muitos fãs da companhia, que esperavam uma surpresa.

Pela primeira vez, a tela e o conector do smartphone mudaram. O aparelho também está mais fino e leve e conta com conexão à internet móvel de quarta geração LTE. A câmera não foi alterada, mas ganhou o recurso de imagens panorâmicas, função já existente por meio de apli-cativos. As novidades , no entanto, seguiram outros smartphones já disponíveis no mercado.

Em 21 de setembro, o iPhone 5 chegará às lojas dos Estados Unidos, Austrália, Canadá, França, Alema-

nha, Hong Kong, Japão, Cingapura e Reino Unido. Outros 22 países irão receber o aparelho em 28 de setem-bro, e outros 100 até dezembro - es-pera-se que o Brasil esteja na terceira lista de países.

Quase um ano após a morte de Steve Jobs, cofundador da Apple, e no seu quarto evento como presiden-te-executivo da Apple, Tim Cook disse que 400 milhões de dispositi-vos equipados com a plataforma iOS foram vendidos até junho deste ano, mesmo com as críticas.

“Eles [funcionários da Apple] estão fazendo o melhor trabalho das suas vidas, porque oferecer produtos revolucionários faz muita diferença na vida das pessoas”, afirmou Cook no fim da apresentação.

Porém, a plateia presente no cen-tro de eventos Yerba Buena Center for the Arts, que contou com o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore e o jornalista Walt Mossberg, ficou à espera de uma novidade revolu-cionária na apresentação. Após o seu término, os jornalistas puderam colocar as mãos no iPhone 5.

Feito inteiramente de vidro e alu-mínio, o iPhone 5 ganhou uma tela maior de 4 polegadas, na diagonal, com resolução de 1136x640 e 326 ppi. A sexta geração do smartphone também está 18% mais fina e 20% mais leve que o modelo anterior. À primeira vista, o tamanho do aparelho não parece ter mudado, só

O desejo do momento

TECNOLOGIA

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NOVIDADES

Nós já vimos diversos robôs com habilidades incríveis aqui no blog, mas até agora nenhum deles com habilidades equilibristas tão incríveis. Um engenheiro japonês apaixonado por robótica chamado Masahiko Yamaguchi – também conhecido por Dr. Guero – é o pai do robô que consegue atravessar de uma ponta a outra da corda sem que ele caia.

O nome do robô é Primer-V4. Para demonstrar sua capacidade seu criador gravou um vídeo com o robô realizando a passagem. A corda que ele atravessa mede apenas 4 mm de espessura.

Para manter o equilíbrio ele conta com acelerômetros, os mes-mos sensores que encontramos no controle Wiimote, do console Wii da Nintendo. Durante a travessia o robô realiza alguns mínimos ajustes para se equilibrar, sempre utilizando os braços, com movi-

Existem diversos acessórios para ajudar os que gostam ou precisam ficar o tempo inteiro na frente do computador, inclusive na hora de comer. E para os que gostam de manter suas bebidas quentinhas enquanto trabalham ou se diver-tem, nada melhor do que os aque-cedores USB. E se além de aquecer, o gadget também decorar a mesa de trabalho, melhor ainda!

Então já sabe né, este biscoito Oreo une o útil ao agradável man-tendo as bebidas aquecidas direta-mente da ao agradável mantendo porta USB do PC o une o útil ao agradável mantendo ao agradável mantendo as bebidas aquecidas diretamente da porta USB do PC e de quebra deixa a mesa com um visual divertido.

O aquecedor tem 10,5 cm de diâmetro por 2,5 cm de altura e vem com um cabo USB, super leve e prático. Seu preço é £8.99, cerca

Esqueça os interruptores ou sensores de presença, em breve você poderá acender as luzes de sua casa usando seu smartphone ou tablet. E para acioná-las tudo o que precisará ter será uma conexão Wifi em casa, além dos soquetes é claro.

As lâmpadas Greenwave não re-querem fios adicionais para funcionar, basta apenas rosqueá-las no soquete padrão de lâmpadas que temos em casa e conectar um aparelho ao seu roteador wireless. Esta é a principal vantagem delas em relação às demais, são fáceis de se instalar e usar.

As lâmpadas têm uma tecnolo-gia que permite que cada uma seja controlada de forma independente. O que mais chama a atenção é que cada lâmpada funciona também como repetidora de sinal Wifi, ou seja, com essas lâmpadas abrangên-cia do sinal de sua rede Wifi seria incrivelmente ampliado.

O preço sugerido do kit será de US$ 200, 00. www.greenware.com

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