levítico (moody)

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LEVTICOIntroduo Esboo Captulo 1 Captulo 2 Captulo 3 Captulo 4 Captulo 5 Captulo 6 Captulo 7

Captulo 8 Captulo 9 Captulo 10 Captulo 11 Captulo 12 Captulo 13 Captulo 14

Captulo 15 Captulo 16 Captulo 17 Captulo 18 Captulo 19 Captulo 20 Captulo 21

Captulo 22 Captulo 23 Captulo 24 Captulo 25 Captulo 26 Captulo 27

INTRODUO Titulo. O livro de Levtico obteve o seu nome Leviticus, da Vulgata, derivado de Levitikon, "relativo aos levitas", o ttulo que tem na LXX. Os judeus o conheciam por sua primeira palavra, o hebraico wayyiqrei', "E ele chamou", segundo o costume judeu de intitular muitos dos livros do Velho Testamento por sua primeira ou primeiras palavras. O uso do "E" (E.R.C.) no comeo deste livro no significa que ele forme um apndice de algum outro segmento das Escrituras. O pensamento do xodo continua, mas o livro uma unidade e fica parte. Sob este aspecto, observe que diversos outros livros do Velho Testamento comeam com "E" no texto hebraico, como por exemplo, xodo, Josu, Juizes, Rute, etc. Levtico apresenta o plano de Deus para ensinar o Seu povo escolhido a se aproximar dEle de maneira santa. Destaque especial foi dado s funes sacerdotais, tomando reverente e santa esta aproximao a Deus. Assim, este livro apresenta o ofcio sacerdotal ou 'levtico", ao qual foram feitas referncias no Novo Testamento em Hb. 7:11, onde o termo "sacerdcio levtico" se encontra.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 2 Data e Autoria. "Estabeleceram os sacerdotes nos seus rumos e os levitas nas suas divises para o servio de Deus em Jerusalm; segundo est escrito no livro de Moiss" (Ed. 6:18). Esdras, o escriba, refere-se ao cdice do Levtico ao descrever a fonte usada em seu tempo para determinar o procedimento prprio na dedicao do Templo reconstrudo. O livro de Levtico destaca continuamente o papel de Moiss no registro dos regulamentos que lhe foram dados por Deus referentes devida adorao nos rituais do Tabernculo. O fato da necessidade dos regulamentos para que houvesse adorao conveniente pelos sacerdotes e pelo povo exige uma fora controladora centrar e um tempo determinado. Portemos entend-lo melhor no papel de Moiss quanto introduo da adorao no Tabernculo. As naes no tempo de Moiss tinham rituais de adorao elaborados e fixos muito tempo antes dele entrar em cena. No h necessidade de crermos que esta fixao dos rituais na adorao de Jeov fosse uma evoluo gradual ou que o registro de Levtico fosse uma inveno posterior do tempo de Esdras. Antecedentes. A simplicidade de forma do Levtico tem preocupado os crticos. Alguns vem em sua segunda metade (caps. 17-27), a qual descreve a base humana para a comunho com Deus, um acrscimo posterior de um "Cdigo de Santidade". Contudo, mudana de nfase o que basta para explicar as diferenas existentes entre as duas divises principais do livro. Algum poder bem dizer que o Levtico nos foi dado atravs de Moiss para antecipar o "sacrifcio eterno" Jesus Cristo da Nova Aliana. O livro de Hebreus apresenta este quadro da Nova Aliana, e o Levtico fornece os antecedentes para os aspectos mais importantes de "um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque". Na realidade, um estudo em Levtico tem valor duradouro, s quando aponta para Jesus Cristo - nosso Sumo Sacerdote.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) ESBOO I. Como algum se achega a Deus. 1:1 16:34. A. As leis do sacrifcio. 1:1 7:38. 1. Regras gerais. 1:1 6:7. a. Introduo. 1:1, 2. b. Ofertas queimadas. 1: 3-17. c. Ofertas de manjares. 2:1-16. d. Sacrifcios pacficos. 3:1-17. e. Sacrifcios pelos pecados. 4:1 5:13. f. Sacrifcios por sacrilgio. 5:14 6:7. 2. Regras mais detalhadas sobre estas ofertas. 6:8 7:38. B. O Testemunho da histria. 8:1 10:20. 1. Inaugurao das ofertas. 8:1-36. 2. Quando foram oferecidas pela primeira vez. 9:1-24. 3. O abuso das ofertas (Nadabe e Abi). 10:1-20. C. As leis da pureza. 11:1 - 15:33. 1. O que podia ser comido ou tocado. 11:1-47. 2. O parto. 12:1-8. 3. A lepra. 13:1 14:57. 4. Pureza sexual. 15:1-33. D. O Dia da Expiao. 16:1-34. II. Como manter-se em contato com Deus. 17:1 27:34. A. A santidade do povo. 17:1 - 20:27. 1. Com referncia ao alimento. 17:1-16. 2. Com referncia ao casamento. 18:1-30. 3. Com referncia ordem social. 19:1-37. 4. Os castigos pela desobedincia. 20:1-27. B. A santidade dos sacerdotes e suas ofertas. 21:1 22:33. C. A santidade do tempo. 23:1 25:55. 1. O uso santo dos dias. 23:1-44. 2. O uso santo dos objetos. 24:1.23. 3. O uso santo dos anos. 25:1-55.

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Levtico (Comentrio Bblico Moody) D. Promessas e advertncias. 26:1-46. E. Os votos. 27:1-34. COMENTRIO I. Como Algum Se Achega a Deus. 1:1- 16:34. A. As Leis do Sacrifcio. 1:1 - 7:38. 1) Regras Gerais. 1:1 6:7.

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Levtico 1a) Introduo. 1:1, 2. 1. Chamou o Senhor a Moiss. O ambiente est explicado em xodo 40. Deus fala a Moiss da tenda da congregao, 'ohelmo'ed, "tenda da reunio", isto , no lugar onde Deus se encontra com o Seu povo. Este no era um lugar de reunio no sentido da posterior sinagoga, pois s os Sacerdotes e levitas tinham permisso de se aproximar dele. 2. Oferta. O hebraico qorbein, vem da raiz qrb, "aproximar-se". aquilo com que algum se aproxima de Deus. Um homem trazia alguma coisa como preparativo para se apresentar diante de Deus. O que estas ofertas eram est explicado nos captulos de 1 a 7. b) Ofertas Queimadas. 1:3-17. 3. Se a sua oferta for holocausto. O holocausto ou oferta queimada ('olei) podia consistir de uru grande animal macho, beiqeir (v. 3), ou de um animal pequeno, sob (v.10). O pensamento central aqui que nem o ofertante (cons. caps. 13; 14) nem a oferta podiam ter defeito. A oferta era trazida para que ambos, oferta e ofertante, fossem aceitos por Deus.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 5 4. E por a mo. No hebraico (seimak yeido) implica em pressionar com fora a cabea do animal. No conhecemos todo o ritual envolvido, mas a inteno era provavelmente a de mostrar a energia fsica e mental envolvida na transferncia, e no que ela implicasse. O propsito final era a expiao ou cobertura (kapper) do pecado. 6. Ele esfolar. Depois que a vtima era sangrada, o ofertante tirava-lhe a pele e a dividia pelas juntas. Em prtica posterior (II Cr. 29; 35) os sacerdotes e os levitas que esfolavam a carcaa. 10. Sua oferta . . . de gado mido. No eram s os animais grandes que podiam ser usados mas tambm os pequenos, isto , carneiros ou cabritos. O mesmo ritual devia ser observado pelo ofertante e pelos sacerdotes. Acrescenta-se aqui que o animal devia ser morto no lado setentrional do altar. 14. A pequenez das aves exigia algumas alteraes no ritual usado com os animais maiores. O ritual foi manejado somente pelo sacerdote. 17. Aroma agradvel. Deus achava bom o aroma, isto , ele Lhe agradava.

Levtico 2c) Ofertas de Manjares. 2:1-16. 1. Oferta de manjares. A palavra hebraica minhei aqui usado significa "um presente", e algumas vezes, "tributo". Quando usado em relao a um sacrifcio, pode indicar tanto um animal como oferta de cereais (como no caso de Abel e Caim., Gn. 4). Comumente significa uma oferta de cereais (em espiga), farinha fina ou alimento cozido. A oferta de farinha fina, solet, era misturada com azeite, incenso e sal. 3. O que ficar. Depois que os sacerdotes queimavam a flor de farinha no altar, o que sobrava era deles. Era queimada como um memorial. 'azkarei para que Deus fosse lembrado (cons. Atos 10:4). 4-10. Oferta. o hebraico qorbein (cons. 1, 2). Esta oferta podia ser assada no forno, numa assadeira (mahabat, v. 5), ou numa frigideira

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 6 (marheshet, v. 7). O que sobrava depois da cerimnia era para alimentao do sacerdote. 11. Nenhuma oferta de manjares... com fermento. O manjar era feito sem fermento. O uso do mel tambm no era permitido. Fermento e mel, ambos so sujeitos fermentao. O fermento como sinal de corrupo era usado nas ofertas sobre os altares pagos. S as ofertas feitas aos sacerdotes (7:13,14) podiam conter fermento. 12. Primcias. O re'shit, "primeiros" (frutos), aqui contrasta com o bikkurim do versculo 14. Ambos significam o mesmo. O primeiro no devia ser oferecido sobre o altar, enquanto aquele que est mencionado no versculo 14 era queimado sobre o altar. 13. Toda oferta . . . temperars com sal. O sal era considerado uma preciosidade no Oriente Prximo da antiguidade. Era considerado um acessrio necessrio ao alimento oferecido a Deus como tambm usado pelo homem. 14. Espigas verdes. . . gro esmagado. O gro, tanto na espiga como debulhado (geres karmel) era tostado e oferecido como um memorial, ficando o restante para os sacerdotes.

Levtico 3d) Ofertas Pacficas. 3:1-17. 1. Oferta de.. . sacrifcio pacifico. O hebraico zebah sheleimim poderia ser traduzido para "o sacrifcio da unidade ou inteireza". Inteireza d idia de um relacionamento ntimo ou comunho entre Deus e o homem. No ritual esta oferta era quase idntica oferta queimada (cap. 1), exceto que, enquanto na primeira toda a oferta era queimada, na oferta pacfica o adorador reunia-se ao sacerdote na refeio sacrificial daquilo que restava. Nas outras ofertas manjares, pecado e sacrilgio s o sacerdote participava da refeio sacrificial (cons. 7:11-38). 4. O redenho sobre o fgado. O hebraico yoteret, provavelmente "o dedo do fgado" (lobus caudatus).

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 7 6. De gado mido, seja macho ou fmea. Uma ovelha ou carneiro sem defeito era o sacrifcio costumeiro do gado mido, para diferenciar do "gado" (v, 1). 12. Se . . . uma cabra. Uma cabra tambm podia ser sacrificada. Nem a gordura nem o sangue devia ser comido. No se faz meno de uma oferta de aves, devido, sem dvida, ao fato de pouco restar para uma refeio sacrificial, os pobres deviam participar dos sacrifcios do gado mido que os outros traziam. e) Sacrifcios pelos Pecados. 4:1 - 5:13.

Levtico 42. Quando algum pecar por ignorncia. A palavra hebraica hattei't pode significar "pecado" ou "oferta pelo pecado". Este fato esclarece a declarao de Paulo referente a Cristo em II Co. 5:21a: " . . . o fez pecado por ns (isto , oferta pelo pecado) . . . " A oferta pelo pecado aqui se aplica apenas queles que pecam (bishegeigu) "por ignorncia", sem inteno. Para o pecado cometido conscientemente (ou rebeldemente), nenhum sacrifcio expiador existia (Nm. 15:30,31). luz disso, considere o lamento do Salmista (Sl. 51) e o clamor dos profetas contra os pecados do povo (Mq. 6:6-8 por exemplo). Quanto mais Cristo, nossa Oferta pelo Pecado, faz por ns! (Hb. 7:26, 27). 3-7. Se o sacerdote . . . pecar. O sacerdote ungido ou o sumo sacerdote representava a comunidade e portanto a culpa do seu pecado recaa sobre toda a comunidade. Um novilho sem defeito era a oferta. A cerimnia era muito parecida com a da oferta queimada, exceto que o sangue era usado para aspergir diante do vu do santurio e sobre os chifres do altar (cons. Vs. 14-18). 8-12. Toda gordura. . . tirar dele. Observe que depois da queima da gordura e certos rgos sobre o altar, a carcaa era levada a uru lugar limpo, fora do campo para ser queimada. Cons. Hb. 13:10-13.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 8 13. Mas, se toda a congregao. . . pecar. O pecado da congregao de Israel era coberto em um ritual muito parecido ao do pecado do sumo sacerdote. A cerimnia pode ser um pouco diferente desta descrio, como a narrativa da cerimnia em Nm. 15:22-26 parece indicar. 22. Quando um prncipe pecar. O prncipe, como ungido de Deus, responsvel por um comportamento piedoso diante do seu povo. A oferta pelo pecado prescrita para o prncipe era um bode. O sangue no era introduzido na tenda da congregao, como nos casos acima citados, mas colocado sobre os chifres do altar da oferta queimada e derramado sobre a base do altar. 27. Se qualquer pessoa do povo da terra pecar. O cidado particularmente tambm era responsvel diante de Deus. Ele no podia se esconder no grupo e fingir inocncia. Ele devia trazer uma cabra ou ovelha. O ritual era o mesmo do prncipe.

Levtico 55:1-5. Agora so apresentados trs exemplos de oferta pelo pecado. l. Quando algum pecar . . . tendo ouvido . . . no o revelar. O primeiro exemplo o da testemunha que se recusa a falar. O caso de um homem que temia visto um crime sendo cometido ou tenha ouvido algo que ajude na soluo de um crime. Ele deve pagar a penalidade do Silncio se escondeu o que sabia. Isto no faz pensar no castigo do cristo por sua falta de testemunho? 2. Quando algum tocar em alguma coisa imunda. O segundo exemplo a contaminao cerimonial acidental. Algum que acidentalmente tocasse em um animal imundo, selvagem ou domesticado, ou em alguma coisa rastejante era culpado. A imundcia do homem tambm no devia ser tocada. Isto est mais explicado nos captulos 12-15.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 9 4. Quando algum jurar. O terceiro exemplo o caso de um homem que faz um juramento ou uru voto precipitado em qualquer ocasio. Embora o homem possa no momento no perceber que errou, culpado quando a verdade se lhe descortina. 6-13. Diversas ofertas eram permitidas para a expiao. H alguma dvida sobre se a oferta pelo pecado e a oferta pelos pecados ocultos (5:14,15) no se sobrepem. H, contudo, algumas diferenas as quais o leitor cuidadoso notar. Uma ovelha ou cabra devia ser oferecida pelos pecados mencionados em 5:1-4. Para aqueles que no tinham possibilidade de oferecer um animal, duas rolas ou pombinhos (v. 7) eram os prescritos. Para os muito pobres uma medida de flor de farinha (v. 11) era o suficiente. O Sacrifcio pelo Sacrilgio. 5:14 - 6:7. 15. Quando algum cometer ofensa. A oferta pelo pecado (cap. 4) destacava o pecado do qual algum tomava conscincia. A oferta pelo sacrilgio enfatizava aquela situao na qual algum se sentia culpado, mas no era capaz de especificar sua culpa exatamente. Aqui na oferta pelo sacrilgio ('eisheim), caso parte daquilo que era devido ao Senhor fosse retido tal como o dzimo, era preciso restitu-lo em dobro. Tambm se oferecia um carneiro no valor mnimo de dois siclos. O ato do pecado chamado no hebraico de ma'cal, 'lidar com mentira". 17. Se alguma pessoa pecar. .. ainda que o no soubesse. Se algum fizer inadvertidamente o que Deus ordenou ao Seu povo que no fizesse, trazia um carneiro como oferta pelo pecado (como acima). Mas no fazia restituio, uma vez que o pecado exato era desconhecido. Esta oferta voluntria ajudava a aliviar mentes e coraes perturbados.

Levtico 66:1-7. Quando alguma pessoa pecar, e cometer ofensa. Esta seo faz parte do captulo 5 no texto hebraico. O pecado neste caso um dano

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 10 propriedade de outrem por fraude ou violncia. Este o caso em que o pecado se toma conhecido por meio da confisso. Os aspectos legais de tais pecados so discutidos em x. 22:7, 8. 2) Regras Mais Especficas sobre Estas Ofertas. 6:8 7:38. O comentrio sobre as ofertas na seo anterior foi da perspectiva do adorador que se aproxima do altar com o seu sacrifcio. A perspectiva agora considerada a do sacerdote, conforme a Lei instrui Aro e seus filhos, a exercerem devidamente, o seu ofcio no que se referia ao ritual do sacrifcio. 8-13. Instrues para a Apresentao da Oferta Queimada. A oferta de dois cordeiros, um ao nascer do sol e outro ao pr-do-sol (x. 29; Nm. 28), foi ordenada em benefcio de todo o povo mais o uso das vestimentas adequadas pelos sacerdotes no cumprimento do seu servio. 14-18. Instrues para a Apresentao da Oferta de Manjares. Este comentrio das ofertas de manjares uma reiterao de 2:2 e segs. As especificaes so sobre a alimentao dos sacerdotes com os manjares remanescentes depois do sacrifcio. O trio da tenda da congregao o lugar da refeio. 19,20. Oferta de maniates contnua. A proviso para uma oferta de manjares continua foi feita, na qual Aro dava incio a uma refeio que continuaria atravs dos seus sucessores. Por ocasio do segundo Templo, a oferta foi oferecida diariamente. Era totalmente queimada. Nada era comido. 24,25. A lei da oferta pelo pecado. O restante deste capitulo uma discusso da oferta pelo pecado conforme j anteriormente apresentada de 4:1 a 5:13.

Levtico 77:1. A lei da oferta pela culpa. Os dez primeiros versculos do capitulo 7 recapitulam as leis relacionadas com a oferta pela culpa dadas de 5:14 a 6:7. Aqui, contudo, so, acrescentados mais detalhes.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 11 2. No lugar onde imolam o holocausto. As ofertas pela culpa e pecado deviam ser imoladas no mesmo lugar da oferta queimada (cons. 6:25; 1:11), isto , do lado setentrional do altar. 6. No lugar santo se comer. O ritual da refeio da oferta de igual modo segue a da oferta pelo pecado (cons. 6:26, 29). 8. O sacerdote . . . ter o couro. O couro ('or) da oferta queimada ficava em poder do sacerdote oficiante. Com base na declarao do versculo 7, o Mishna estendia este privilgio aos sacerdotes ofertantes de ambas as ofertas, pelo pecado e pela culpa. 9. Como tambm toda oferta de maniates. Os sacerdotes deviam receber a oferta de manjares. 11-36. Instrues para a Apresentao da Oferta Pacfica. A oferta pacfica podia ser feita como um ato de gratido, toda, ou como resultado de um voto, neder, ou como oferta voluntria, nedeiba. 12. Por aes de graa. A toda, ao de graa, era suplementada por trs tipos de bolos preparados com azeite. Um bolo de cada tipo era uma oferta alada, teruma, levantada em direo do cu vista da congregao e ento apresentada ao sacerdote oficiante. 15. A toda tinha de ser totalmente comida no dia do sacrifcio, mas permitia-se que uma poro do neder e nedeiba ficasse e fosse comida no dia seguinte. Qualquer poro que restasse ento devia ser queimada. 19. A carne que tocar alguma carne imunda. A carne sacrificial no podia tocar qualquer coisa imunda nem ser comida por uma pessoa imunda. O que tornava um indivduo imundo est comentado nas leis da pureza, captulos 11-15. 22,13. No comereis gordura. Gordura e sangue estavam proibidos como alimento. Os regulamentos referentes gordura s se aplicavam s pores de gordura dos animais sacrificados, a qual era reservada como oferta a Deus. A restrio foi estendida s mesmas pores de gordura de animais considerados inadequados para o sacrifcio por terem morrido de morte natural ou por terem sido mortos por feras. O sangue de animais e aves no devia ser comido de forma nenhuma.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 12 28,29. Quem oferecer . . . trar a sua oferta. O indivduo ofertante devia traz-la ao altar. Esta poro que servia de oferta movida, tenupa, era levantada e movida na direo do altar e ento afastada do altar e oferecida aos sacerdotes. Os versculos seguintes (30-34) falam dos elementos do sacrifcio da oferta pacifica que deviam ser separados para os sacerdotes. 37. A lei do holocausto. Os dois ltimos versculos do captulo concluem a seo das Leis do Sacrifcio. B. O Testemunho da Histria. 8:1 - 10:20.

Levtico 81) A Inaugurao das Ofertas. 8:1-36. 2. Toma a Aro e a seus filhos. Os antecedentes deste material encontram-se em xodo 28 e 29, onde se apresenta o procedimento do vestir e ungir dos sacerdotes, seguido pelo sacrifcio a ser feito por ocasio de sua consagrao. Em Lv. 8:1-4 somos informados de que Moiss devia reunir todo o material exigido, junto com os sacerdotes, porta da tenda da congregao na presena do povo. 8,9. O Urim e o Tumim. No se sabe qual era a natureza do Urim e do Tumim, nem qual o seu exato significado, embora haja indicaes de que podia ser um meio primitivo de se determinar a vontade do Senhor (cons. I Sm. 28:6; Ed. 2:63; Ne. 7:65; e a LXX de I Sm. 14: 41). 10. O leo da uno. A investidura dos sacerdotes com as vestimentas prescritas era seguida pela uno com o leo santo (vs. 1013, 30). O leo santo (shemen hammishha) era smbolo da uno com o Esprito de Deus e o resultante poder espiritual (cons. I Sm. 16:13; Is. 61:1; Atos 10:38). Do mesmo modo separava pessoas e objetos ungidos, consagrando-os para o servio de Deus. 14. Novilho da oferta pelo pecado. O novilho da oferta pelo pecado era sacrificado de acordo com x. 29:10-14.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 13 15. Derramou o resto do sangue base do altar. A reconciliao (kaper) ou expiao para o altar era necessria para remover dele a profanao dos sacerdotes que faziam os sacrifcios sobre ele. 18. Fez chegar o carneiro. O carneiro da oferta queimada era sacrificado de acordo com x. 29:15-18 e Lv. 1:3-9, implicando assim em completa dedicao dos sacerdotes para o servio do Senhor. 22. Fez chegar o outro carneiro. O carneiro da consagrao ou "enchimentos" (millu'im) era sacrificado como no caso da oferta pacfica, exceto quanto ao uso do sangue, conforme descrito em 8:23,24. Nesta oferta, o sangue do carneiro era colocado sobre certas extremidades: a orelha que ouve as palavras do Senhor, a mo que realiza as tarefas do Senhor, e o p que se apressa a cumprir as ordens do Senhor. 27. E tudo isto ps nas mos de Aro. Os "enchimentos" (millu'im) comeavam quando os elementos do sacrifcio eram colocados nas mos dos participantes. O termo usado para a consagrao ou designao do sacerdote era "encher a mo" (Jz. 17:5, 12). 31. Aro e seus filhos a comero. Certas pores da carne e do po tinham de ser comidas pelos sacerdotes. Assim eles se alimentavam enquanto guardavam os sete dias consecutivos do procedimento da consagrao, que era repetido, sem que deixassem a tenda da congregao.

Levtico 92 ) Quando Foi Oferecida Pela Primeira Vez. 9:1-24. 2. Toma um bezerro. Embora Aro fosse consagrado durante sete dias, perodo em que a oferta pelo pecado e a oferta queimada foram oferecidas repetidamente, havia necessidade de mais sacrifcios. A perfeio ainda no fora alcanada (Hb. 10:1-4). Aro tinha de fazer sacrifcios adicionais por si mesmo e, alm desses, sacrifcios pelo povo.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 14 22. Aro levantou as mos. Antes de descer da salincia que rodeava o altar do sacrifcio, Aro abenoou o povo com as mos levantadas.23. Entraram Moiss e Aro na tenda da congregao. A entrada de Moiss e Aro na tenda da congregao podia ser com o propsito de instruir o novo sumo sacerdote em seus deveres. Saindo da tenda, o mediador da lei de Deus e o sumo sacerdote uniram-se para abenoar o povo.

24. E eis que saindo fogo de diante do Senhor. A glria do Senhor apareceu como um fogo milagroso (cons. x. 3:2-4; 13:21; 19:18, etc.) que se juntou ao que j estava queimando sobre o altar e completou a consumio do sacrifcio. O povo reagiu manifestao divina prostrando-se em admirao e humildade.

Levtico 103) O Abuso das Ofertas (Nadabe e Abi). 10:1-20. 1. Nadabe e Abi ... trouxeram fogo estranho. O fogo estranho ('esh zeira) no est explicado. Os elementos usados, ou o procedimento adotado, ou ambos podem ter contrariado a prescrio. Fosse qual fosse a motivao e o abuso, o ato aos olhos de Deus foi merecedor do castigo da morte. 3. Mostrarei a minha santidade. Oferecimento imprprio de sacrifcio da parte do sacerdote aviltaria a glria de Deus, e esta glria Deus determinara manter. 4. Ento Moiss chamou. Cons. x. 6:18, 22, 23 sobre os mencionados membros da famlia de Abrao. 6. No desgrenheis os vossos cabelos. Fica melhor: No deixem seus cabelos despenteados. As costumeiras expresses de luto foram negadas ao sumo sacerdote e seus dois filhos remanescentes, neste caso para que no desse a impresso da insatisfao com o juzo divino. Antes, deviam permanecer recolhidos no santurio, enquanto outros realizavam o sepultamento e expressavam a dor.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 15 9. Vinho nem bebida forte . . . bebereis. Os que estavam consagrados ao servio divino deviam realizar suas obrigaes com a mente clara, no anuviada pelo lcool. A presena deste versculo no implica necessariamente em que Nadabe e Abi estivessem, segundo a opinio de alguns, exercendo suas obrigaes em estado de embriaguez. 12. Tomai a oferta de manjares. Moiss recapitulou com Aro e seus filhos as leis referentes ao comer dos sacrifcios. 16. E eis que j era queimado. A poro da oferta pelo pecado que deveria ter sido comida pelos sacerdotes fora queimada. A explicao de Aro parece implicar que o juzo imposto sobre seus dois filhos, implicava em que ele e seus outros dois filhos no estavam suficientemente livres do pecado para merecerem comer a poro designada da oferta pelo pecado. Moiss ficou satisfeito com a explicao. C. As Leis da Pureza. 11:1 - 15:33. Os meios de manuteno e restaurao da pureza cerimonial so apresentados nos captulos seguintes. As instrues referem-se ao comer da carne dos animais, contato com os mortos (tanto seres humanos como animais), parto e imundcia das pessoas, vestimentas, mobilirio e casas. Embora um dos resultados de todos esses regulamentos fosse a preservao da sade, no a mesma coisa que dizer que a preservao da sade fosse a motivao. As leis no podem ser assim racionalizadas. Em todas as naes e religies da antiguidade encontra-se um contraste divisrio entre a pureza e a imundcia de certas criaturas, substncias e situaes. Havia uma propriedade relacionada com algumas e uma impropriedade relacionada com outras. No se declara nenhuma razo para tal especificao e ao que parece no havia necessidade disso. No muitas destas restries se aplicam aos dias de hoje, mas podem ser lidas com interesse e pode-se reconhec-las como regulamentos que ajudavam a manter tanto a sade fsica de Israel quanto, ao mesmo tempo, separ-

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 16 la na qualidade de nao diferente das outras naes idlatras ao seu redor.

Levtico 111. O Que Podia ser Comido ou Tocado. 11:1-47. 2. So estes os animais que comereis. Cons. Dt. 14:3-8. Embora a passagem em Deuteronmio apresente uma lista dos animais limpos (teihor) como tambm dos imundos (teime), a passagem correspondente em Levtico apresenta apenas a lista dos imundos. O critrio da pureza, contudo, est indicado em ambas as passagens; o animal tinha de possuir casco fendido e tambm ser ruminante. 5. O arganaz (sheipein) um coelho ou texugo encontrado em lugares rochosos, um animal muito tmido, que habita em cavernas ou fendas. Nem o coelho nem a lebre (v. 6) so ruminantes, embora o constante movimento de seus maxilares d esta impresso. 8. Da sua carne no comereis. O animal imundo no devia ser comido, nem o seu cadver devia ser tocado (v. 39 inclui o cadver de animais limpos que morreram de causa natural). 9. De todos os animais que h nas guas, comereis. Cf. Dt. 14:9, 10. As restries nos versculos seguintes referentes a criaturas que vivem nas guas, ao que parece excluem todos os mariscos e as enguias. 13. Das aves estas abominareis. Cons. Dt. 14:11-18. Certas aves so proibidas, sendo citadas por nome, mas sem a explicao do fator que as desqualifica. Nem todas as aves mencionadas podem ser identificadas com certeza. 20. Todo inseto que voa, que anda sobre quatro ps, embora os insetos na realidade andem sobre seis ps. Cons. Dt. 14:19,20. 21. Mas de todo inseto que voa, que anda sobre quatro ps. O grilo, a locusta e o gafanhoto so permitidos. Em algumas partes do mundo continuam sendo usados como alimento.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 17 24. Qualquer que tocar os seus cadveres. Contato com as carcaas dos animais proibidos, criaturas aquticas e criaturas aladas produzia contaminao at o fim daquele dia, e exigia a lavagem das vestes. 29. Estes vos sero imundos. Animais imundos de tamanho menor so acrescentados lista. 32. Ser imundo at a tarde. Qualquer objeto se tornava imundo quando entrava em contato com as criaturas imundas enumeradas, e tinha de ser lavado para poder ser novamente usado. 33. E todo vaso de barro. Se o objeto fosse de cermica, entretanto, no bastava ser lavado. Tinha de ser destrudo. 36. A fonte . . . ser limpa. O poo ou fonte tinha um suprimento continuo de gua limpa que tendia a purific-los. 39. Cons. comentrio sobre o versculo 8. 44. Eu sou o Senhor vosso Deus. A motivao para a observncia das restries enumeradas acima era a glria de Deus, que fora visto por Israel em atos poderosos realizados em seu beneficio. Tinham de ser um povo peculiar, guardando uma aliana que lhes lembraria sempre o seu relacionamento com Deus. Atravs de Jesus Cristo ficou inteiramente revelado que o esprito de um individuo determina a sua obedincia. (Mt. 15:11).

Levtico 122) Parto. 12:1-8. 2. Se uma mulher conceber. Atravs de todo o captulo a mulher e no a criana recm-nascida que considerada imunda. 3. E no oitavo dia se circuncidar. Cons. instrues em Gn. 17:12. Este ritual era um sinal externo indicando que uru relacionamento contratual ficava estabelecido entre o indivduo e o Senhor, com todos os privilgios e responsabilidades resultantes desse relacionamento. 4. Nenhuma coisa santa tocar. O estado de sua imundcia proibia o contato com todos os objetos santos e a sua presena na casa de adorao durante o perodo designado.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 18 5. Mas, se tiver uma menina. O perodo da imundcia tinha o dobro de durao no caso do nascimento de uma criana do sexo feminino. Isto pode se atribuir a uma crena antiga de que o perodo de recuperao para a me era mais longo no caso do nascimento de uma menina. 8. Se as suas posses no lhe permitirem trazer um cordeiro. Maria, a me de Jesus, usou do privilgio que era dado aos que tinham meios limitados (Lc. 2:24). 3) A Lepra. 13:1 14:57. A condio designada por lepra (seira'at) neste captulo e no prximo nem sempre se refere doena conhecida por este nome na atualidade. Por outro lado, a verdadeira lepra certamente est includa nas irregularidades fsicas descritas. Com os diagnsticos limitados no tempo de Moiss, os regulamentos registrados tratavam com a maior eficincia possvel dos problemas que surgiam com a verdadeira lepra e condies anlogas. Hoje em dia no se d menos importncia do que naquele tempo ao isolamento e acurada observao das vitimas suspeitas de lepra.

Levtico 13Levtico 13 trata da identificao da lepra e condies anlogas no homem e suas roupas. O captulo 14 trata dos mtodos de purificao a serem seguidos quando o seira'at era constatado no homem e nas paredes de sua casa. 13:2. Ser levado a Aro, o sacerdote. Aro ou um dos seus filhos foi designado para examinar o indivduo suspeito de lepra. Se houvesse um inchao, erupo ou mancha sobre a pele, seria designado como lepra se o cabelo crescendo sobre o local estivesse branco e se o local aparentasse uma depresso. Se o pelo no tivesse mudado de cor e a leso fosse superficial, impunha-se uma quarentena para observao. Se a condio no piorasse no tempo designado, o individuo era

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 19 considerado limpo; se, contudo, houvesse um progresso na erupo, a condio era declarada de lepra pelo sacerdote. 11. lepra inveterada. Se o sacerdote fosse capaz de determinar, pela aparncia do homem, que sofria de uma lepra antiga, este poderia ser declarado imundo sem quarentena ou qualquer observao adicional. 12. Se a lepra se espalhar de todo na pele. Se a doena da pele tiver se espalhado por todo o corpo, o homem deveria ser considerado limpo at que aparecesse carne viva. Ento seria declarado imundo. Se a carne viva sarasse, seria declarado limpo novamente. No sabemos se esta uma referncia lepra verdadeira. 18. A carne, em cuja pele houver uma lcera. O estado de lepra poderia aparecer no local de uma ferida recentemente curada. Se houvesse dvida quanto ao diagnstico, empregava-se a quarentena e a observao. 24. Queimadura de fogo. O local de uma queimadura tambm podia ser o ponto onde a lepra viesse a se manifestar. O sacerdote devia tomar medidas apropriadas para fazer o diagnstico correto. 29. Praga na cabea ou na barba. Se uma coceira ou sarna (neteq) aparecesse na cabea ou na barba, devia ser observada pelo sacerdote. Se, aps um certo perodo, no se espalhasse e no contivesse pelo amarelo, o individuo era declarado limpo. Empregava-se ento uma lavagem. 35. Se tiver espalhado muito. Se, depois da lavagem, a sarna tivesse aparentemente avanado, o homem devia ser declarado imundo, quer houvesse nela pelos amarelos, quer no. 38. Manchas lustrosas. Se a pele (bohaq) apresentasse uma inflamao com manchas brancas opacas, a imundcie no estava envolvida. 40. Quando os cabelos . . . carem. A queda de cabelo propriamente dita no implicava em imundcie. Se, contudo, a condio fosse acompanhada de inflamao, a pessoa devia ser declarada leprosa. 45. O leproso, em quem est a praga. A situao do leproso era angustiante. Ficava em completo exlio fora da cidade (Nm. 5:2-4),

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 20 sendo considerado como morto (Nm. 12:10-12). Contudo, como nem todas as doenas de pele que obrigavam esse exlio fossem realmente lepra, havia ao que parece, aqueles que se restauravam, eram declarados limpos e tinham permisso de retomar ao seu lugar na sociedade. 47. Em alguma veste houver praga de lepra. Ao que parece a referncia aqui a algum tipo de mofo ou a vestes que foram usadas por um leproso. O primeiro caso o mais provvel. 49. Se a praga for esverdinhada ou avermelhada. Se as manchas fossem verdes ou vermelhas, as vestes deviam ser deixadas de lado durante sete dias. Se elas aumentassem de tamanho, o tecido sobre o qual se apresentava devia ser destrudo pelo fogo, porque era uma praga "corrosiva", isto , maligna. 54. E o encerrar por mais sete dias. Se a praga no se espalhasse durante os primeiros sete dias de observao, as vestes deviam ser lavadas e colocadas parte por mais sete dias. 55. Com fogo a queimars. Se a lavagem no fizesse desaparecer a praga, as vestes deviam ser queimadas. Lepra roedora se refere tendncia do bolor ou mofo de "comer" o couro ou o tecido, quer se espalhe por todo ele, quer no. 56. Ento a rasgar da veste. Se a mancha tivesse diminudo de intensidade, o sacerdote devia remover aquela parte do tecido contaminado. 57. Com fogo queimar aquilo em que est a praga. Se a remoo da mancha no viesse a evitar que a praga se espalhasse, toda a veste contaminada devia ser queimada. 58. . . . se lavar segunda vez. Se a lavagem removesse a praga, o item devia tornar a ser lavado e ento considerado limpo.

Levtico 1414:1-57. Purificao de Leprosos e Coisas Leprosas. A primeira parte do captulo (vs. 1-32) foi dedicada purificao do leproso. A segunda parte (vs. 33-57) apresenta o processo a ser seguido no caso da lepra existir nas casas.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 21 2. Ser levado ao sacerdote. Quando o leproso apresentava-se aparentemente curado e buscava sua restaurao na sociedade, devia ser levado ao sacerdote, que se encontraria com ele fora da cidade. 4. Duas aves vivas. Para mais referncias a estas aves (sipporim), veja Gn. 15:10, onde est registrado que Abrao usou tais aves para sacrifcio, e x. 2:21, onde a esposa de Moiss foi chamada de Zpora ('sippora). A espcie das aves no foi declarada. Carmesim (shenit to la'at), literalmente, "estofo carmesim", um pequeno pedao de fazenda vermelha. 5. Mandar tambm o sacerdote que se imole uma ave. O sangue da ave imolada devia ser misturado com gua no vaso de barro. 6. Tomar a ave . . . e o estofo carmesim. A fazenda vermelha provavelmente era usada para manter juntos o pau de cedro e o hissopo com o fim de mergulh-los na mistura de gua e sangue. 7. E soltar a ave viva. Talvez significasse que assim como uma das aves dava sua vida como smbolo e em lugar do leproso, a outra simbolizava a liberdade recm-adquirida do homem de retomar ao seu lugar entre o povo e na casa de adorao, de onde fora excludo. No versculo 53 o mesmo ritual chamado de "expiao" (kipper). 8. Aquele que tem de se purificar. O homem no tinha ainda permisso de entrar na comunidade. Depois de se lavar completamente e s suas vestes e de remover o seu cabelo, devia ficar fora mais sete dias. Depois desse perodo a lavagem e a raspagem do cabelo tinham de ser repetidas. 10. No oitavo dia. No oitavo dia devia trazer os elementos necessrios para uma oferta pela culpa, uma oferta pelo pecado, uma oferta queimada e uma oferta de maniates. Quantidade de farinha era de cerca de trs dcimos de uma efa. O sextrio continha cerca de um quartilho de azeite. 11. E o sacerdote. A oferta pela culpa devia ser feita pelo sacerdote representando o homem na maneira indicada.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 22 15. O sextrio de azeite. O azeite, depois de aspergido diante do altar para ser consagrado ao Senhor e santificado para uso posterior, devia ser empregado de modo idntico ao sangue no versculo 14. 18. O restante do azeite. O azeite restante devia ser usado para uno da cabea do homem. 19. O sacerdote far a oferta. A oferta pelo pecado, a oferta queimada e a oferta de manjares, todas as trs eram feitas. 21-32. Proviso especial pelos pobres. Estes versculos explicam como se providenciavam todos os elementos indicados em 14:10 para aqueles que no tinham posses para obt-los. Permitia-se uma reduo no caso da oferta pelo pecado, na oferta queimada e na oferta de manjares; mas a oferta pela culpa permanecia a mesma, isto , um cordeiro. Os versculos 23-32 simplesmente repetem o procedimento descrito nos versculos 11-20 a ser observado na oferta dos sacrifcios, indicados para a restaurao do homem ao estado de pureza. 34. A praga da lepra a alguma casa. A presena de uma praga nas paredes internas de uma casa exigia o exame de um sacerdote. Poderia ser uma espcie de mofo ou alguma forma de podrido, mas indicava ao especfica da parte de Deus e no podia ser ignorada nem tratada sem a superviso e instruo sacerdotal. Problemas sanitrios deviam estar envolvidos, mas o acontecimento no deixava de ter tambm um significado religioso. 36. Que despejem a casa. Ao que parece aqueles que moravam na casa e o mobilirio podiam estar contaminados pela praga que se apresentava nas paredes. Conseqentemente a casa tinha de ser esvaziada antes da inspeo sacerdotal. 37,38. E examinar a praga. Sob certas condies a casa tinha de ser fechada por sete dias para se observar o desenvolvimento da praga. Em caso positivo, as pores contaminadas das paredes tinham de ser removidas e aquelas partes deviam ser completamente reparadas.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 23 43. Se a praga tornar a brotar. Se, contudo, a praga continuasse a se espalhar pelas paredes, devia-se tomar medidas mais rigorosas. Toda a estrutura devia ser derrubada e o material abandonado. 46. Aquele que entrar na casa. Durante o perodo de observao, qualquer pessoa que entrasse na casa tulha de ser considerada imunda, e medidas adequadas de limpeza tinham de ser adotadas.48. Porm, tornando o sacerdote a entrar. Se depois da reforma da sesso atingida, a praga no se espalhasse, a casa podia ser considerada limpa.

49. Para purificar a casa. Na purificao da casa deviam ser usados os mesmos elementos sacrificiais e o mesmo procedimento seguido na purificao do leproso curado (vs. 4 -7).

Levtico 154) Pureza Sexual. 15:1-33. 2. Fluxo (zeib), ou "emisso", do verbo zub, "fluir". A emisso do seu corpo (mibbeseiro) subentende-se que dos rgos genitais, embora a natureza exata da doena discutida no seja conhecida. 3. Esta, pois, ser a sua imundcia. A imundcia existia se a emisso fosse contnua ou se o estado desenvolvesse uma obstruo que causava cessao temporada do fluxo. 4. Tudo . . . ser imundo. Qualquer um que tocasse o homem imundo, a emisso ou qualquer coisa sobre a qual ele se assentasse ou deitasse durante a sua imundcia, teria de se lavar e tambm as suas vestes e se considerar imundo at a tarde. 11. Todo aquele em quem tocar. Se o imundo tocava em alguma pessoa sem ter lavado as mos antes, a imundcia era transferida para a pessoa tocada. 13. Contar-se-o sete dias. No final da enfermidade e depois de sete dias adicionais, o homem devia se lavar, como tambm as suas roupas para ser considerado limpo novamente. 14. Ao oitavo dia. Depois deste procedimento devia levar duas aves ao sacerdote para oferec-las como oferta pelo pecado e oferta queimada.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 24 16. Banhar todo o seu corpo em gua. Enquanto os versos 2-15 referem-se a uma enfermidade, os versculos 16-18 referem-se a uma secreo natural. Embora o homem ficasse imundo por algum tempo, no tinha de fazer um sacrifcio. A imundcia proibia a participao nos servios religiosos (cons. v. 31). 19. A mulher, quando tiver o fluxo. Outro fluxo natural discutido nos versculos 19-24. Durante o perodo da separao da mulher, aplicavam-se as mesmas regras de 15:2-10. No havia necessidade de ofertas sacrificiais neste caso. 25. Muitos dias fora do tempo da sua menstruao. Mais de acordo com os versculos 2-15 est a condio de enfermidade descrita em 15:25-30. Neste caso a mulher devia trazer duas aves ao sacerdote, que as oferecia como oferta pelo pecado e oferta queimada.

Levtico 16D. O Dia da Expiao. 16:1-34. Apesar de todos os sacrifcios feitos durante o ano pelos membros da congregao de Israel e pelos prprios sacerdotes, ainda ficavam pecados e imundcias que exigiam expiao para que houvesse um relacionamento adequado entre Deus e o Seu povo. Por isso um dia particular foi inaugurado, no qual o ritual executado pelo sumo sacerdote realizaria a reconciliao da nao com o seu Deus. Hebreus 9 d o significado da cerimnia para o cristo dum quadro claro que Lv. 16 pode verdadeiramente ser chamado de pinculo do sistema sacrificial do V.T. 2. No entre no santurio em todo tempo. Aro no tinha permisso de freqentes entradas no Lugar Santo por trs do vu (paraket) ou "divisor", diante do propiciatrio (kapporet) descrito em x. 25:17-21. Este kapporet vem do verbo keipar, "cobrir, perdoar ou expiar". Por isso a tampa da arca, ou propiciatrio, podia ser assim chamada. Conforme prescrito nos versculos 29, 30, a entrada s devia acontecer uma vez por ano. E s devia ser feita de acordo com o que fora prescrito.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 25 3. Entrar Aro no santurio com isto. Uma vez que o prprio sacerdote tinha de ser purificado antes de poder oferecer sacrifcio pelo povo, tinha de trazer um novilho como oferta pelo pecado e um carneiro como oferta queimada. Do povo (v. 5) tinha de tomar dois bodes para uma oferta pelo pecado e um carneiro para uma oferta queimada, a serem oferecidas pelo povo. 4. Vestir ele a tnica de linho. Depois de se lavar, o sacerdote devia vestir as vestes sacerdotais. 6. Aro trar o novilho da sua oferta. O novilho devia ser uma oferta pelo pecado do sacerdote e sua famlia (cons. v. 11). Compare esta descrio com a de Jesus em Hb. 7:26, 27. 7. Tambm tomar ambos os bodes. Os dois bodes, depois de serem "apresentados ao Senhor" eram escolhidos por sorte, uru para o Senhor e outro como "bode emissrio" ('azei'zel). A identidade e significado de 'azei'zel no so explicados, mas as referncias tornam claro que era alguma espcie de demnio que representava para o povo judeu aquilo que se opunha a Jeov. Deve-se notar, contudo, que enquanto um bode devia ser sacrificado ao Senhor (vs. 9,15), o outro no devia ser sacrificado a 'azei'zel, mas simplesmente solto no deserto depois de ter sido apresentado vivo diante do Senhor (cons. vs. 20-22). Outra interpretao do 'azei'zel que a palavra hebraica um substantivo abstrato significando "remoo completa" (cons. ASV traduo marginal). Neste caso 'azei'zel formado de um radical intensivo da raiz verbal 'azal encontrado na linguagem rabe cognata com o significado de "remover". Levtico 17:7 probe expressamente qualquer sacrifcio aos demnios. A funo real do bode vivo era levar para longe todos os pecados de Israel e tornar evidente o efeito da grande obra da expiao. Esta cerimnia nica envolvendo o segundo bode ensina a remoo completa dos pecados expiados pelo sacrifcio (cons. Sl. 103:12; Is. 38:17; 43:25; Jr. 31:34; Mq. 7:19; Jo. 1:29; Hb. 9:26).

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 26 12. Tomar tambm o incensrio. A primeira entrada do sumo sacerdote no Santssimo Lugar era com o propsito de introduzir o incensrio com brasas vivas e dois punhados de incenso. 13. O testemunho (hei'edut) um termo usado com referncia s duas tbuas dadas a Moiss no Sinai e subseqentemente colocadas na arca (cons. x. 25:16; 31:18; 32:15). A nuvem resultante do incenso tinha o intuito, talvez, de esconder aos olhos do sacerdote a manifestao de Deus sobre o propiciatrio para que no morresse (x. 33:20). 14. Tomar do sangue. Entende-se aqui que o sumo sacerdote devia sair do Santssimo Lugar a fim de buscar o sangue do novilho, voltando ento uma segunda vez para aspergir o sangue sobre e diante do propiciatrio conforme indicado. 15. Depois imolar. Depois devia sair novamente, matar o bode da oferta pelo pecado do povo, entrando no Lugar Santssimo uma terceira vez, repetindo com o sangue do bode o procedimento descrito no versculo 14. 16. Far expiao. Assim o sumo sacerdote expiaria os pecados do povo, e a conseqente imundcia do Lugar Santo e do Tabernculo, que exigia uma purificao peridica. 20. Far chegar o bode vivo. O bode vivo do versculo 10 devia ser trazido, depois do que, Aro colocada as duas mos sobre ele, e confessaria todos os pecarias do povo de Israel. Considerava-se que este ato simbolizava a transferncia dos pecados para o bode, o qual era depois solto no deserto, presumivelmente para morrer. J dissemos (v. 8) que 'azei'zel representava para os judeus aquilo que se opunha ao Senhor. Assim como o primeiro bode era o meio de expiao dos pecados de Israel com referncia ao Senhor, o segundo bode era um meio de expiao com referncia ao que se opunha ao Senhor, fazendo voltar para ele, com o bode, os pecados pelos quais era responsvel. Mas, enquanto o bode designado para o Senhor era sacrificado, o bode designado para 'azei'zel no era. Se, na realidade, considerava-se o

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 27 segundo bode portador de todos os pecados (isto , os pecados arbitrrios como tambm os involuntrios) dos filhos de Israel no est claro. 23-25. Depois Aro vir tenda da congregao. Aro devia entrar no Tabernculo, remover suas vestes de linho, lavar-se, e vestir outra roupa. As vestes usadas a esta altura no so descritas, embora parea que eram as vestes formais do sumo sacerdote (cons. x. 28). Depois devia sacrificar sobre o altar um carneiro como oferta queimada pelo povo, depois do que a gordura da oferta pelo pecado. (cons. Lv. 16:11, 19) devia ser queimada. 26. Aquele que tiver levado o bode. O homem que se tornara imundo ao levar o bode para o deserto (v. 21) tinha de lavar suas roupas e banhar-se antes de retomar comunidade. 27. O novilho e o bode . . . sero levados. As partes restantes do novilho e do bode usados nas ofertas pelos pecados deviam ser levadas para fora do acampamento e destrudas pelo fogo. Aqueles que tomassem esta providncia deviam lavar suas vestes e corpos antes de retornar. 29. Afligireis as vossas almas. O estabelecimento perptuo do Dia da Expiao, yom hakkippurim (cons. 23 : 27), e sua comemorao pelo sumo sacerdote e o povo o que se segue nos demais versculos do captulo. O dia dcimo do stimo ms foi indicado para a comemorao, e nesse dia o povo devia se humilhar (te'annu) e abster-se de todo trabalho. Este humilhar-se ou afligir-se costumava ser feito atravs do jejum (cons. Sl. 35:13 ; Ez. 8:21; Is. 58:3, 5 ), subjugando os apetites terrenos a fim de manifestar-se penitente pelos erros cometidos. 31. Sbado de descanso. As palavras shabbat shabbaton significam "um sbado de solene descanso" (RSV), isto , um sbado importante, um sbado especial 32. Quem.. . far a expiao. Devia-se seguir o ritual prescrito uma vez por ano (v. 34) pelo indivduo que ocupava o posto de sumo sacerdote. Todo o ritual, imperfeito e sujeito repetio como era, tinha apenas o objetivo de tornar o devoto ansioso pela vinda do Sumo

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 28 Sacerdote e do Mediador Perfeito que cumpriria, de uma s vez para todo o sempre, todas as exigncias necessrias para efetuar a perfeita reconciliao com o Pai. II. Como Manter-se em Contato com Deus. 17:1 - 27:34. Uma vez estabelecido o desejado relacionamento com Deus, este devia ser mantido. Os captulos restantes apresentam claramente o meio do judeu individualmente andar, a fim de ser diferente dos pagos e aceitvel ao Senhor. A. A Santidade do Povo. 17:1 - 20:27.

Levtico 171) Em Relao ao Alimento. 17:1-16. 1. Deus d instrues a Moiss e ento ao povo por meio de Aro e seus filhos. 3. Qualquer homem . . , que imolar ... no arraial ou fora dele. Todos os animais a serem imolados, apropriados para o sacrifcio, deviam ser trazidos ao sacerdote e sacrificados porta da tenda da congregao. Nessa ocasio o sangue e a gordura deviam se tomar parte de uma oferta pacifica ao Senhor (v. 5). 4. E os no trouxer. Se a ordem fosse desobedecida, o homem devia ser considerado como tendo derramado sangue indevidamente e devia ser eliminado do seu povo. A palavra eliminado vem da raiz krt, que tambm significa "arrancar", "mutilar" ou "destruir". No sabemos com certeza se o termo implicava em sentena de morte ou simples excomunho. xodo 31:14 parece implicar em sentena de morte, pois os dois termos so mencionados como penalidade pela mesma ofensa. 5-7. Nunca mais oferecero os seus sacrifcios aos demnios. O propsito desta punio severa est nos versculos 5 e 7. Os animais deviam ser mortos porta da congregao e no sacrificados aos "demnios" (se'irim). Estas criaturas, chamadas de "stiros" na RSV,

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 29 foram mencionadas em Lv. 4:23 no singular e traduzidos simplesmente para "bode". O mesmo termo, contudo, conforme usado em II Cr. 11:15; Is. 13:21; 34:14 (em Is. a E.R.C. tambm usa o termo "stiro") se refere obviamente a demnios, objetos da adorao pag. Ao que parece algo da idolatria do Egito, que invadira as fileiras dos judeus (Js. 24:14), ficara com eles no xodo. Josefo (Against Apion, 11. 7) fala da adorao de bodes no Egito. Estatuto perptuo foi adaptado por Moiss conforme apresentado em Dt. 12:15, em antecipao entrada na Terra Prometida, onde a disperso das tribos tomaria tal restrio impraticvel. 9. Esse homem ser eliminado. A penalidade pela oferta imprpria de qualquer animal sacrificial referia-se tanto aos hebreus como aos estrangeiros que habitassem no meio deles. 10. Que comer algum sangue. Nem o hebreu nem o estrangeiro residente devia comer sangue sob qualquer forma. As razes esto apresentadas em 17:11. A primeira era que o sangue o fluido que leva a vida pelo corpo e por isso representa a vida ou a alma (nepesh) do animal. A segunda era na realidade a principal, a primeira sendo apenas a base da segunda: Expiao de pecados era feita atravs do sacrifcio de animais, oferecendo-se a vida do animal como substituto da vida do individuo; o derramamento de sangue como fluido de vida era o oferecimento da poro que mais claramente apresenta o quadro da expiao. 13. Derramar o seu sangue. O sangue da caa comestvel que fosse morta devia ser derramado sobre o cho e no devia ser comido. 15. O que morre por si. O animal que morresse de uma morte natural, ou tivesse sido morto por outros animais, ou retinha o seu sangue ou o tinha derramado de maneira cerimonialmente imprpria. Assim, embora o animal pudesse comumente ser considerado limpo, a natureza de sua morte proibia que fosse comido. Quando por ignorncia, ou inadvertncia, tal animal fosse consumido, devia-se seguir a purificao indicada.

Levtico (Comentrio Bblico Moody)

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Levtico 182) Em Relao ao Casamento. 18:1-30. 3. Segundo as obras da terra de Cana. O povo hebreu, escolhido por Deus para ser a nao que daria origem ao Salvador de toda a humanidade, no teria permisso de se entregar s prticas imorais e idlatras do povo do qual acabara de se separar, nem da terra na qual breve entrariam. 4. Fareis segundo os meus juzos. Antes, teriam de andar segundo o caminho que lhes fora traado por seu Lder, o Senhor Deus de Israel. E foi com a autoridade do seu Lder e seu Deus que os mandamentos abaixo lhes foram dados, reforando assim as obrigaes resultantes da aliana. 5. Viver por eles. Os mandamentos no foram dados sem uma promessa. O indivduo obediente viveria. A mesma expresso se encontra em Ez. 20:11; 13:21 sem tornar claro o significado exato. Sente-se, entretanto, que o significado se encontra no N.T. (Lc. 20:38; Rm. 10:5 ; Gl. 3:12), onde a vida "abundante", "cheia", ou "verdadeira" parece estar implcita. 6-15. Mandamentos Referentes Pureza no Relacionamento entre Pais e Filhos. 6. Parenta da sua carne. Literalmente, carne da sua carne (she'seiro be'seiro), isto , consanginidade que se opem ao simples relacionamento conjugal. Para lhe descobrir a nudez. Expresso idiomtica hebraica para indicar relao sexual. Com isto probe-se o incesto. 7. A nudez de teu pai. Estas leis dirigiam-se a homens. Portanto este versculo contm uma proibio no contra o incesto entre pai e filha, mas contra o incesto entre filho e me somente. A vergonha da me tambm seria do pai. Sendo uma s carne (Gn. 2:24), qualquer ato cometido contra a me poderia ser considerado tambm cometido contra o pai.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 31 8. nudez de teu pai. Mesmo que a madrasta no seja parente consangneo, a condio de marido e mulher obrigava mesma proibio e pelos mesmos motivos apresentados no versculo 7. 9. A nudez da tua irm. Encontramos aqui a referncia meia irm ou enteada do pai ou da me. Nascida em casa, ou fora de casa parece mais ser uma referncia moa filha de um casamento subseqente ou anterior quele que produziu o filho. 10. Da filha do teu filho. Relao sexual entre av e neta proibido. 11. Da filha da mulher de teu pai. Novamente a referncia a uma meia irm, uma vez que existe consanginidade (veja tambm v. 9). 12,13. Irm de teu pai .. . irm de tua me. Estes versculos se referem a uma tia, irm de pai ou me. 14. Irmo de teu pai. Relao sexual com a esposa de um tio por parte de pai tambm proibida, uma vez que isto desonrada o relacionamento consangneo. 15. Tua nora. Relaes ilcitas entre pai e nora resultariam em desonra para o filho. 16-18. Mandamentos Referentes Pureza em Outros Relacionamentos Familiares. 16. Mulher de teu irmo. A referncia a uma cunhada. Isto, entretanto, no prevalecia onde o irmo falecido no tivesse filhos. Antes, o homem era obrigado a se casar com a viva do irmo (Dt. 25: 5) a fim de que ela pudesse ter um filho que preservasse o nome do falecido. 17. Relaes sexuais com uma mulher e . . . sua filha, ou com uma mulher e sua neta esto proibidas. 18. Com tua mulher outra (irm). O casamento com duas irms vivas estava proibido, embora a lei, ao que parece, no proibia o casamento com a irm da mulher falecida. Cons. o caso de Jac, Lia e Raquel (Gn. 29: 23, 30) que prova que a lei no era conhecida anteriormente.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 32 19. Durante a sua menstruao. Outros tipos de impureza e crimes contra a natureza so mencionados nos versculos 19-23. Durante os dias da menstruao da mulher, o homem no devia se aproximar dela (cons. 15:24; 20:18). 21. O fogo (E.R.C.) no consta do texto hebraico mas uma simples interpolao dos tradutores, com base em passagens tais como II Reis 16:3; 17:17; 21:6. Na verdade, a natureza da dedicao indicada podia envolver fogo e sacrifcio humano, embora no fosse declarado. Moloque era um deus pago (Ams 5:26) tambm chamado Milcom (I Reis 11:33 e Sf. 1:5). Em I Reis 11:5 ele chamado de "abominao dos amonitas" e em I Reis 17:17 diz-se que Salomo edificou-lhe lugares altos na colina diante de Jerusalm. Em Jr. 32: 35 Moloque era adorado nos lugares altos de Baal, mostrando assim que havia ntimo relacionamento entre os dois deuses. Adorando a Moloque os filhos de Israel profanariam o nome de Deus. Profanar (hillel) "desprezar, macular, tornar comum". interessante notar que a palavra hebraica muito parecida na ortografia com outra palavra que significa o oposto (hillel), "louvar, celebrar, glorificar. 22. Com homem no te deitars. As perverses mencionadas aqui e no versculo 23 no podiam produzir descendncia. e assim anulavam o propsito para o qual a humanidade recebeu tal responsabilidade e capacidade. Isto, portanto, rebelio contra Deus e contra a sociedade estabelecida por Deus. 24. Com nenhuma destas coisas vos contaminareis. Cons. o versculo 3. O quadro nos versculos restantes do captulo o de uma pessoa, enojada pela corrupo e vileza nela existente, vomitando violentamente aquilo que s poderia contamin-la mais ainda. Fazendo um contraste, Deus faz o Seu povo se lembrar que devia olhar para Ele como o seu Deus e que os israelitas deviam se afastar dos costumes das naes pagas para se apegarem a Ele.

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Levtico 193) Referentes Ordem Social. 19:1-37. 1,2. Este um dos maiores captulos do V.T. uma antecipao mosaica do prprio esprito do Sermo da Montanha. O contedo se relaciona intimamente com os Dez Mandamentos na afirmao, Eu sou o Senhor vosso Deus, que se repete freqentemente como um refro. O Livro da Aliana (x. 21.23) revela do mesmo modo alguns dos mandamentos que se encontram aqui. Santos sereis. O motivo e a inspirao para obedincia aos mandamentos que se seguem devia ser a santidade de Deus. O povo hebreu devia medir a sua prpria santidade pela de Deus. Obedincia aos mandamentos divinos garantiria que permanecessem uru povo de Deus separado e peculiar. 3. Cada um respeitar a sua me e a seu pai. Este mandamento deve ter sido colocado em primeiro lugar reconhecendo a verdade que, se uma criana aprende a respeitar seus pais e o Dia do Senhor, mais prontamente respeitar os mandamentos do seu Senhor. 4. No vos virareis para os dolos. A ordem para no se achegarem aos dolos ('elilim, "vaidade", "vacuidade", "nada") certamente os separava de seus vizinhos idlatras. 5. Oferec-lo-eis para que sejais aceitos. Cons. 7:15-18. 9-18. Mandamentos Referentes ao Relacionamento de um Homem com o Seu Prximo. O amor e a generosidade deviam motivar o curso da ao a ser seguido. 9,10. No rebuscars a tua vinha. Proviso para o pobre e o forasteiro devia ser feita deixando que um pouco da colheita ficasse nos campos para eles. (Cons. Dt. 24:19-21, onde as azeitonas esto includas no mandamento.) 12. Nem jurareis falso pelo meu nome. Jurar falsamente pelo nome de Deus seria faz-lo com o intuito de enganar ou defraudar algum, ato esse que profanada (heileil, "desacreditar, tomar comum") o Seu Santo Nome.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 34 13. A paga do jornaleiro. Ordena-se o pronto pagamento do salrio devido. 14. No amaldioars ao surdo. Ridicularizar o surdo e o cego proibido. Uma vez que Deus sabe de tudo, o temor do castigo devia impedi-lo. 15. No fars injustia . . . nem favorecendo o pobre. No devia haver dois padres de justia: um para os ricos e outro para os pobres (cons. Dt. 25:13 e segs., onde dois tipos de peso e medida so mencionados). A administrao da justia devia ser igual a todas as classes sociais. Isto aparece com o tributo de Ams (veja 2:6, 7; 4:1; 5:11, 12, 24). 16. No atentars contra a vida do teu prximo. Um homem no devia tentar contra a vida do mu prximo, nem pela acusao, nem pelo silncio. 17. Mas repreenders (de yeikah) envolvia dizer-lhe onde estava o seu erro. Faz-lo com sinceridade revelaria no apenas ausncia de dio mas tambm um desejo sincero de progresso. Uma palavra de repreenso que no foi dita poderia encoraj-lo a permanecer no pecado, fazendo o outro participar do seu pecado. 18. No te vingars, nem guardars ira. Um homem no devia se vingar (neiqam), nem guardar rancor contra (neitar) seu prximo. Neitar significa literalmente observar e assim alimentar a malcia no corao contra algum. Antes, o amor devia ser a regra (cons. Mt. 19:19; 22:39; Rm. 13:9; Gl. 5:14). 19-25. Orientao para Salvaguardar a ordem Moral. De acordo com Keil e Delitzsch, este grupo de mandamentos dados ao Povo Escolhido tinham o intuito de "manter a ordem fsica e moral do mundo sagrado" (KD, Pentateuch, II, 421). No versculo 19 o povo instrudo a deixar como esto as coisas separadas pela criao. Diversos tipos de animais no deviam ser cruzados. Como tambm diversos tipos de sementes no deviam ser semeadas juntas. No se devia fiar tambm fazendas com fios de linho e l juntos.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 35 20. Uma mulher, se for escrava. O fato da escrava, embora desposada, no ter sido resgatada nem libertada serviria de proteo para ela contra a sentena de morte pelo pecado mencionado (cons. 20:10). E o homem deveria trazer uma oferta pela culpa ao Tabernculo para obter o perdo pelo seu pecado (vs. 21, 22). 23. Ser-vos- vedado o seu fruto. Na terra na qual iam entrar, no deveriam comer os frutos das rvores durante os quatro primeiros anos. Os frutos dos trs primeiros anos teriam de ser considerados imundos ou proibidos, enquanto os do quarto ano seriam dedicados ao Senhor como oferta de ao de graas. 25. No quinto ano. Permitiam comer o fruto no quinto ano, e de acordo com a obedincia do povo, as bnos do Senhor seriam sobre a futura produo de frutos. O motivo nico para a proibio dos quatro anos no estava na dedicao do fruto aos espritos do campo ou aos espritos da fertilidade, mas simplesmente, "Eu sou o Senhor vosso Deus". 26. A primeira parte deste versculo em grande parte uma repetio de 17:10 e segs. Agourar e adivinhar era praticar feitiaria. 27. No cortareis o cabelo em redondo. Um antigo costume rabe religioso exigia que o cabelo e a barba fossem aparados dessa maneira. A proibio do costume tomou-se necessria para que os judeus fossem distinguidos dos pagos. 28. No ferireis a vossa carne. Probe-se qualquer desfiguramento voluntrio da pessoa. Incises e tatuagens no corpo eram praticadas pelos pagos. 29. No contaminar a tua filha, fazendo-a prostituir-se. Tal atitude resultaria na dissoluo do lar, o centro da sociedade. 30. Guardareis os meus sbados. Honrando o Dia do Senhor e a Casa do Senhor, estabelece-se o alicerce para uma nao santa. 31. Necromantes. . . adivinhos. Procurar mdiuns e feiticeiros indicaria falta de confiana e dedicao ao Senhor.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 36 32. Cs. Respeito pela autoridade e sabedoria terrenas um prrequisito do respeito pelo julgamento e mandamentos do Senhor. 33. Se o estrangeiro peregrinar. Por causa do tratamento divino dos judeus no Egito, eles tambm deviam ser gentis e bondosos com o estrangeiro que viesse morar entre eles, amando-o como se fosse um deles (v. 34). 35. No cometereis injustia. Justia e honestidade escrupulosa deviam constituir a regra em todos os negcios com o prximo.

Levtico 204) Castigos pela Desobedincia. 20:1-27. 3. Deu de seus filhos a Moloque. Com tal declarada rebeldia da parte de algum dentre o Povo Escolhido, a casa e o nome de Deus seriam desmoralizados. 4. Fechar os olhos. Se o povo no cumprisse com o seu dever de executar a sentena de morte, Deus aplicada o juzo sobre o homem e a sua famlia, e todos os seus companheiros que se lhe juntaram nessa prostituio (de zeina) espiritual, apostatando. 6. Necromantes e feiticeiros. Deus trataria da mesma maneira aquele que procurasse mdiuns e feiticeiros, uma vez que isto, tambm, era uma forma de adultrio espiritual. A sentena a ser imposta por seus companheiros est no versculo 27. 7. Santificai-vos (hitqaddishtem de qeidash, "ser santo, consagrado, devotado") tambm pode ser traduzido para consagrai-vos (RSV) ou mostrai-vos santos. 9. O seu sangue cair sobre ele significa que a lei da vingana de sangue no seria vlida no caso daqueles que lhe tirassem a vida. Cons. x. 21:17 e Dt. 27:16 10-21. Recapitulao de Algumas Leis Referentes aos Pecados Sexuais. Veja o captulo 18 para a primeira declarao destes estatutos. Aqui se acrescenta as respectivas punies.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 37 12. Fizeram confuso (cometeram incesto, RSV) pois se rebelaram contra a ordem divinamente criada. 14. Queimaro com fogo. Tal como em Js. 7:15, 25, a morte no era pelo fogo, mas a destruio dos restos mortais do individuo executado era feita pelo fogo. 19. Sobre si levaro a sua iniqidade. Castigo executado pelo povo por causa dos pecados que se encontram em 20:19-21 no foi prescrito. Ao que parece Deus mesmo resolveria a questo. 22. Guardai, pois, todos os meus estatutos. Uma vez que Deus tinha separado os judeus para si (v. 24,26), eles tinham de se apartar completamente das prticas dos pagos que foram expulsos da Terra Prometida (v. 23). Esta Terra Prometida seria onde "mana leite e mel" (v. 24), mas no reteria os judeus se eles no continuassem sendo um povo dedicado (v. 22). Deviam ser santos porque o Senhor a quem pertenciam era Santo. B. A Santidade dos Sacerdotes e Suas Ofertas. 21:1 22:33.

Levtico 2121:1-9. Instrues aos Sacerdotes em Geral. 1,2. No se contaminar por causa de um morto. Exibir sinais exteriores de luto e tocar um morto desqualificavam o sacerdote para a execuo de suas obrigaes sacerdotais. Conseqentemente, era-lhe negado este privilgio, exceto em caso de sua famlia imediata. 3. Isto inclua uma irm virgem, a qual, no sendo casada, no tinha famlia prpria. No sabemos por que a esposa no foi mencionada aqui, particularmente considerando Ez. 24:15 e segs., onde parece que o profeta pranteou a morte da esposa e o Senhor no o repreendeu na ocasio. 4. O significado deste versculo obscuro. Homem principal (ba'al) poderia com toda probabilidade ser traduzido para marido (RV marg. e

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 38 RSV) ou senhor da casa. Assim, por causa de sua posio na famlia e comunidade, o sacerdote devia tomar o cuidado de no se contaminar, exceto nos casos permitidos acima. 5. No faro calva na sua cabea. Eram sinais de luto entre os povos pagos (cons. 19:27, 28). Ficava proibido ao sacerdote judeu, o qual, ao oferecer o "po (lehem; tambm traduzido para "carne" e "alimento" em outras passagens) do seu Deus" no devia se encontrar em condies de impureza cerimonial para que o nome de Deus no fosse profanado (v. 6). 7. Desonrada (Haleila) significa "uma mulher que foi contaminada", uma mulher imoral. Uma mulher abandonada pelo mando, isto , uma mulher divorciada, tambm no era aceitvel como esposa de sacerdote. 10-15. Ordens Referentes ao Sumo Sacerdote Especificamente. 10-12. Sobre cuja cabea foi derramado o leo da uno. O termo leo da uno, shemen hammishha, vem do verbo, meishah, significando "ungir ou consagrar". O substantivo meishiah "o ungido", o Cristo, o Messias. Um homem na posio de sumo sacerdote tinha de manter tal pureza a ponto de evitar a demonstrao dos costumeiros sinais de luto por algum; e ele no devia se afastar do santurio para participar das lamentaes, pois isto provocaria a contaminao do santurio do Senhor. 13. Por mulher uma virgem. S devia desposar uma virgem israelita. 15. Sua descendncia (zar'o, "posteridade") no devia deixar de ser santa contraindo um casamento imprprio, pois ele devia se lembrar do seu status que era o de algum separado pelo Senhor para um ofcio particular. 16. O restante do captulo refere-se s imperfeies e deficincias que desqualificavam o homem para o exerccio das obrigaes de um sacerdote. A declarao geral feita em 21:17 est mais detalhada em 21:18 e segs.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 39 18. Rosto mutilado uma traduo melhor do que nariz chato (E.R.C). Desproporcionado. Qualquer coisa fora do normal. 20. Que tiver belida no olho. Viso defeituosa. Sarna, coceira. 21. Para oferecer o po do seu Deus. Oferecer um sacrifcio a Deus no papel de sacerdote. Algum com este defeito podia, contudo, participar das pores dos sacrifcios comumente concedidos aos sacerdotes (v. 22). No devia ter permisso de realizar qualquer funo sacerdotal. Estas restries se baseavam na crena hebraica de que a natureza espiritual do homem se refletia em sua condio fsica. S algum que fosse fisicamente perfeito podia ser considerado suficientemente santo para realizar as funes de uru sacerdote.

Levtico 2222:2, 3. Coisas sagradas consistiam dos sacrifcios feitos pelo povo e oferecidas pelos sacerdotes. A separao mencionada era exigida durante o estado da impureza ritual. Nenhum sacerdote podia manejar essas ofertas dedicadas se estivesse imundo. As pores do alimento sacrificial concedidas aos sacerdotes eram de grande importncia para eles, mas no podiam ser preparadas nem comidas se o consumidor no estivesse limpo. 6. Para o judeu, o novo dia comea ao por do sol. Portanto, estar imundo at tarde significava estar imundo pelo restante do dia - at posto o sol (v. 7). 10,11. Nenhum estrangeiro (zeir, "de fora", "leigo") podia participar do alimento santo, mas um membro da casa do sacerdote podia faz-lo, como um escravo por exemplo. 12,13. Se a filha do sacerdote se casasse com um zeir, no poderia comer do alimento consagrado; mas se ela retornasse casa de seu pai como viva sem filhos ou divorciada, poderia faz-lo. 14. Estas no tomars. Aqui se faz referncia quele que no sacerdote. Cons. 5:14-16, mas no captulo 22 o regulamento se refere especificamente ao comer das coisas sagradas acidentalmente por um zeir.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 40 17-25. Ordens Referentes s Condies dos Animais Oferecidos em Sacrifcio. Estas regras se referem ao pagamento de votos e ofertas espontneas (cons. 7: 16). 22. Ulceroso. Que tem lcera ou fenda aberta. 23. Desproporcionados. No caso de uma oferta voluntria podia-se oferecer um animal que no fosse perfeitamente proporcionado; como por exemplo, aquele que tivesse alguma parte do corpo mais comprida ou mais curta que o normal. Contudo, em cumprimento de voto, tal coisa no era permitida. 24. Testculos machucados. A referncia aqui especialmente aos animais castrados, tendo a operao sido executada de um dos quatro modos mencionados. 25. Da mo do estrangeiro. Um estrangeiro que quisesse oferecer um sacrifcio ao Senhor tinha de observar as mesmas regras referentes qualidade do animal, tal como os judeus. 27. O boi, ou cordeiro, ou cabra. Os animais mencionados precisavam ter pelo menos sete dias de idade antes que pudessem ser oferecidos ao Senhor. Cons. x. 22:30. 28. No imolars a ela e ao seu filho, ambos no mesmo dia. Cons. Dt. 22:6. O propsito deste mandamento no est claro, mas talvez fosse dado para impressionar os israelitas com a importncia do sagrado relacionamento entre os pais e a sua descendncia. 29. Cons. 7:15; 19:5, 6. 31-33. Exortaes finais. C. A Santidade do tempo. 23:1 25:55.

Levtico 231) O Uso Santo dos Dias. 23:1-44 Certos dias e perodos deviam ser dedicados ao Senhor. Este captulo apresenta a lista dessas ocasies.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 41 2. As festas . . . do Senhor e as minhas festas eram aquelas "santas convocaes" ou assemblias religiosas separadas pelo Senhor e dedicadas a Ele para lembrana de alguma fase particular da vida religiosa de Israel. Mo'ed, a palavra traduzida para "festa", significa "uma ocasio determinada", "um perodo de festa", "uma assemblia" e vem do verbo yei'ad, "determinar", ''reunir por pacto ". 3. O termo sbado do descanso, shabbat shabbeiton, vem da palavra sheibat que significa "cessar", "descansar", "chegar a um fim". Conforme indicado, a observncia do dia pressupe seis dias de trabalho. O dia do descanso ainda chamado de sbado do Senhor, isto , determinado por Ele e dedicado a Ele. Sua origem, conforme apresentada em Gn. 2:2, 3, relaciona o dia criao do mundo por Deus, colocando-o em uma posio indispensvel nessa criao, e torna a sua guarda um imperativo incontestvel. Marcos 2:27 no pode ser usado para enfraquecer o imperativo. "O sbado foi feito por causa do homem" porque havia uma necessidade absoluta que o homem tivesse um e que o guardasse no devido esprito. 5. No primeiro ms era Abibe (mais tarde chamado Nis, como em Ne. 2:1 e Et. 3: 7) e correspondia aos fins de Maro e comeo de Abril. Os detalhes da Festa da Pscoa e da Festa dos Pes Asmos encontram-se em xodo 12. Aqui s se apresenta um simples esboo. 6. Pes asmos chama-se massa, na forma do plural, massot, que ainda hoje indica as hstias vendidas para guarda judaica deste dia santo. 7. Obra servil, ao que parece, era trabalho relacionado com os afazeres da apicultura e outras ocupaes definidas. Que o preparo do alimento era permitido est implcito em x. 12:16. 8. Oferecereis oferta queimada. Nm. 28:19 e segs. d detalhes do sacrifcio. 9-14. Instrues para a Oferta das Primcias. Cons. Dt. 26 : 2 e segs. 10. Quando entrardes na terra. Esta ordem previa o tempo quando os israelitas comeassem as colheitas na Terra Prometida. O molho, 'omer, era de cereais, mas no se especifica se de trigo ou cevada.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 42 Presume-se que fosse do ltimo porque colhia-se primeiro. A oferta devia ser levantada pelo sacerdote e movida em direo do altar, e depois afastada do altar. Isto o que se entende por mover. . . perante o Senhor. Indicava que era oferecido ao Senhor e recebido de volta. O dia especfico para a oferta, no dia imediato ao sbado (v. 12), incerto, uma vez que o stimo dia da semana no era o nico dia chamado de "sbado". O Dia da Expiao tinha esta designao (16:31; 23:32), no obstante, o dia da semana no qual ocorria. O mesmo acontece com o primeiro dia da Festa dos Pes Asmos. Era um dia de descanso, shabbeit. Parece antes, que a oferta das primcias devia ser trazida ao sacerdote no dia, aps o primeiro dia da Festa dos Pes Asmos. Isto o colocada no dcimo sexto dia de Abibe (cons. v. 6). Assim esta festa apresenta por antecipao a ressurreio de Cristo como as primcias dentre os mortos (I Co. 15:23 ; Rm. 8:29). 13. Duas dzimas de uma efa (5,26 litros), enquanto a quarta parte de um him representava cerca de 1,49 litros. 15-22. Instrues sobre a Guarda da Festa das Semanas. Cons. x. 34:22. Tambm conhecida como a Festa da Colheita (x. 23: 16). O termo "Pentecoste", que se encontra em Atos 2:1; 20:16; 1Co. 16: 8, vem do grego, pentekoste, significando "qinquagsimo" (dia). A Festa das Semanas foi mais tarde conhecida como a "Festa do Pentecoste". 15. O dia imediato ao sbado. Veja observao em 23:11. 16. Contareis cinqenta dias. No versculo 15 a ordem de contar sete semanas (desde a "Festa das Semanas") mais um dia ("at o dia imediato ao sbado"), ou um total de cinqenta dias. Devia haver uma nova oferta de manjares que devia ser da nova colheita. 17. Levedados se cozero. Cons. observao sobre 23:13. Esta a nica oferta de manjares a ser feita com levedura. muito provvel que fosse feito assim, para que o produto pudesse ser apresentado ao Senhor na condio em que pudesse ser til e desfrutado pelo povo. 18-20. Holocausto, oferta pelo pecado e oferta pacfica deviam ser oferecidas nesta ocasio. "Deste modo o todo da colheita anual era

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 43 colocado sob a graciosa bno do Senhor pela santificao do seu comeo e seu fim ; e o desfrute do seu alimento dirio tambm era santificado desse modo" (KD, Pentateuch, 11 444 ). 22. Para o pobre . . . as deixareis. Cons. 19: 9, 10. Ao de graas ao Senhor pode freqentemente ser melhor demonstrada por meio de atos de bondade para com os menos privilegiados. 24,25. No stimo ms. No primeiro dia do stimo ms os israelitas deviam observar um dia de descanso (shabbeit), com tocar de trombetas (provavelmente o chifre de uru carneiro, ou shopeir), uma reunio religiosa (v. 24), e um holocausto. Estas comemoraes separavam todo o ms como um ms sabtico, no somente importante por causa de sua ordem numrica, mas tambm porque o ms continha o perodo quando Israel recebera o perdo dos seus pecados. Nos tempos do V.T. o ms era chamado Etanim (1Reis 8: 2), mas mais tarde passou a ser chamado de Tishri. 26-32. Instrues para o Dia da Expiao cons. 16:1-34. 27. O dia indicado como o dcimo dia de Etanim (Tishri). 32. O dia judeu ia de sol a sol, duma tarde a outra tarde. 33-36. Instrues para a Guarda da Festa dos Tabernculos. 34. Tabernculos. O hebraico sukkot, "cabanas". Esta festa devia durar sete dias, comeando com o dcimo quinto dia do stimo ms, isto , cinco dias depois do Dia da Expiao. 36. Certos aros tais como o 'asenet ou "assemblia solene", deviam ser realizados no oitavo dia, verdade, mas estes simplesmente forneciam um encerramento para a festividade. A Festa dos Tabernculos (Cabanas) comemorava a peregrinao dos israelitas no deserto do Sinai quando o Senhor os livrou da escravido do Egito (v. 43). 37,38. So estas as festas. . . do Senhor. Esta uma declarao conclusiva que retrocede introduo em 23:4. Os versculos precedentes no captulo falaram de dias santos especiais a serem observados alm dos sacrifcios, ofertas e dias santos regulares indicados em outras passagens.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 44 39. Celebrareis a festa do Senhor. Uma descrio mais completa da Festa dos Tabernculos foi dada no restante do captulo. Em x. 23:16; 34:22 chamada de "Festa da Sega" (hag hei' eisip, de 'eisap, "colher ou juntar"), e h uma referncia neste versculo ao tempo em que os israelitas tivessem "recolhido os produtos da terra". 40. Cons. Ne. 8:15. Ramos de formosas rvores (E.R.C.) seriam, literalmente, o fruto (peri, assim na E.RA.), embora Keil e Delitzsch defendam que "fruto" refere-se aos "brotos e ramos das amores, alm das flores e frutos que crescem neles" (Pentateuch, II, 448). A terceira palavra traduzida "ramos" na E.R.C. 'eineip, que significa especificamente "broto" ou "galho". Os israelitas deviam construir as cabanas de 23:42 com os diversos tipos de ramos aqui mencionados. 43. Eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas. A guarda desta festa especial no era para fazer o povo se lembrar das privaes sofridas durante a peregrinao no deserto. Era, antes, para que se lembrasse da proviso de suas necessidades feita por seu Criador e Libertador durante o mais importante perodo de sua histria, o nascimento da nao hebraica como resultado da interveno direta do Senhor seu Deus.

Levtico 242) O Uso Santo dos Objetos. 24:1-23. O captulo pode ser dividido ora trs tpicos: 1) o azeite para o candelabro (vv. 1.4); 2) o po da proposio (vv. 5-9); e 3) blasfmia e vingana (vv. 10-23). 2. Azeite puro de oliveira. O azeite para o candelabro tinha de ser fornecido pelo povo para que se tivesse certeza de que este seria mantido aceso o tempo todo. Cons. x. 27:20, 21, onde as mesmas instrues so apresentadas conforme nos versculos 2 e 3 aqui. Para a obteno deste azeite, primeiro era preciso bater ou espremer as azeitonas, para lhes extrair o liquido. Depois coava-se o liquido para remoo da polpa. Depois, quando o azeite subia superfcie do lquido, era retirado.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 45 3. Testemunho. Uma referncia s Tbuas da Lei colocadas na arca por trs do vu (x. 25:16; cons. Dt. 31:26. Na primeira, 'edut foi usado, como em Levtico. Na segunda, usou-se 'ed, Ambas significam "testemunho"). 4. Castial (E.R.C.), Antes, candeeiro, uma vez que so lamparinas que esto envolvidas e no velas. 5. Duas dzimas de uma efa. Duas dzimas de uma efa, como em 23:13, 17. Isto significa que cada filo de po asmo continha cerca de 2,84 kgs. 7. Incenso. Possivelmente era colocado em pequenos recipientes de ouro que ficavam sobre cada fileira (cons. Jos. Ant. iii. 10:7), no diretamente sobre o po. Estava com o po como lembrete ('azkeira; cons. comentrio sobre 2:3), enquanto o incenso propriamente dito era provavelmente jogado sobre o fogo do altar. 8. Da parte dos filhos de Israel. Como no caso do azeite (v. 2), o po da propiciao devia ser fornecido pelo povo. 9. E ser de Aro e de seus filhos. Depois que o incenso tinha sido oferecido atravs do fogo ao Senhor, o po devia ser comido pelos sacerdotes. 10. O filho de uma israelita. O filho do egpcio, acompanhado de sua me judia, inclua-se, ao que parece, entre o "misto de gente" de x. 12:38. De acordo com Dt. 23:7,8, ele no era considerado, como tudo indica, parte da "congregao do Senhor". A natureza da discusso entre ele e o israelita no ficou declarada. 11. A palavra traduzida para blasfemou vem de neiqab e literalmente significa "aborrecer, ferir, marcar, distinguir ou designar". No indica uma falta de reverncia em si mesmo (cons. Nm. 1:17, onde foi traduzido para "designar") mas no contexto desta passagem no h dvida quanto inteno do significado. Os judeus usaram a palavra no seu sentido geral e no pronunciavam o nome sagrado de Yhwh sob hiptese alguma substituindo-o por 'Adonay, "Senhor" Do Senhor no est no hebraico porque entendia-se que "o nome", hashshem, neste contexto referia-se ao Senhor.

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 46 12. At que se lhes fizesse declarao pela boca do Senhor. At esse momento no havia especificao quanto ao castigo por blasfmia contra o nome de Deus. 14. Poro as mos sobre a cabea dele. Uma vez que o pecado do homem poderia ter envolvido toda a comunidade no castigo, a culpa que poderia haver na comunidade foi transferida para o pecador pela imposio de mos. (Cons. 16:21, onde os pecados da comunidade foram simbolicamente transferidos para o "bode expiatrio".) Ele era ento executado pelo povo. 15,16. Estes versculos declaram a lei que foi naquela ocasio ordenada por Deus com referncia ao pecado que foi cometido. Levar sobre si o seu pecado. Assumir toda a responsabilidade e ficar sujeito ao castigo indicado para o caso. 17-21. Recapitulao de um Grupo de Leis Anteriormente Ordenadas. Para declarao anterior das leis veja x. 21:12 e segs. A situao em 24:18 , contudo, indiretamente tratada na passagem de xodo. 17,18. Quem matar a algum , literalmente, aquele que destruir a alma (nepesh) de qualquer homem. No versculo 18 encontra-se a mesma construo geral: "aquele que destruir a alma de um animal, restitui-la-, alma por alma". O animal da E.R.A. prefervel vida por vida mais literal da E.R.A. (cons. v. 21a). 19,20. Cons. x. 21: 24, 25. Olho por olho, dente por dente. Esta lei de retaliao, lex talionis, foi mencionada por Jesus Cristo em Mt. 5:38 e segs., quando condenou, no o princpio envolvido aqui, mas o esprito da retaliao e vingana que mais provavelmente se lhe associava. 22. Uma e a mesma lei havereis. O princpio mencionado no versculo 16 destaca-se aqui. A lei devia ser aplicada ao estrangeiro como tambm ao israelita.

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Levtico 253) O Uso Santo dos Anos. 25:1-55. Discute-se o Ano Sabtico (vs. 2-7); ordena-se a observncia do Ano do Jubileu (vs. 8-12); e refere-se ao efeito do Ano do Jubileu sobre a propriedade (vs. 13-34) e pessoas (vs. 35-55). 2. Ento a terra guardar um sbado. Em 23:3 ficamos sabendo que o povo devia guardar um dia do sbado. Neste versculo ordena-se que a terra tenha permisso de guardar um sbado (wesheibeta shabbeit) ao Senhor. 4. Sbado de descanso solene para a terra. Tal como o stimo dia foi designado para ser o dia do sbado, cada stimo ano seria o ano sabtico, no qual no se devia nem semear nem podar. 5. O que nascer de si mesmo. O proprietrio da terra no devia colher o que nascesse por si mesmo durante o alio sabtico. A vinha no podada chamava-se nazir, a mesma palavra hebraica para nazireu, individuo cujos cabelos no eram cortados ou aparados. 6. Mas os frutos da terra em descanso vos sero por aumento. A colheita no seria feita pelo proprietrio, mas forneceria alimento para todos, ricos e pobres igualmente (cons. x. 23:11). 8,9. Depois de sete semanas de anos, ou quarenta e nove anos, Israel devia fazer soar a trombeta (shopeir) para que fosse ouvida por toda a terra. O soar da trombeta devia acontecer no Dia da Expiao, e ao que parece era nesse momento que o ano especial comeava. Trombeta do jubileu (E.R.C.) , literalmente, trombeta do brado ou trombeta vibrante (E.R.A.). A palavra traduzida para jubileu no versculo 9 teru'a. Em outra passagem a palavra "jubileu" de yobel, uma palavra de derivao incerta (v. 10 e segs.; 27:17-23; Nm. 36:4; veja comentrio em Js. 6:4). Esta passagem hebraica entrou na Vulgata como Jubilaeus e dai para o portugus "jubileu". 10. O ano qinquagsimo apresenta a dificuldade de dois anos sabticos sucessivos, o quadragsimo nono e o qinquagsimo, com a terra inculta por dois anos. Esta dificuldade tem levado alguns a supor

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 48 que a coisa era calculada de forma a fazer o qinquagsimo ano coincidir com o stimo ano sabtico. E o ano do 'jubileu" parece ter comeado no Dia da Expiao, que caia no dcimo dia do stimo ms do sagrado ano judaico, o Etanim ou Tishri. Este stimo ms, contudo, era tambm o primeiro ms do calendrio civil judeu. Eis como um ano poderia ser considerado como tendo comeado no stimo ms. Outra explicao que o toque da trombeta do Dia da Expiao dava o aviso do comeo do Ano do Jubileu com seis meses de antecedncia. Entretanto, a inferncia que a trombeta realmente introduzia o ano especial. Detalhes insuficientes so fornecidos para que nos proporcionem a soluo do problema. No mnimo devia ser um ano que fornecesse liberdade a muitos que viveram sem ela durante algum tempo. A declarao geral que todo homem podia retomar sua propriedade e famlia, e a declarao define-se mais claramente nos versculos 23-34, 39-55. 13. Tomareis cada um a sua possesso. O primeiro dos dois efeitos do Ano do Jubileu novamente declarado generalizadamente e as instrues do versculo seguinte so dadas em preparao para o ano. A base para estas instrues que a terra realmente pertencia ao Senhor mais do que ao individuo. O Senhor dividiria a terra entre as vrias famlias, e estas no poderiam vend-la em perpetuidade porque ela deveria finalmente voltar famlia qual fora entregue (cf. vs. 23, 24). 14-16. Oprimas (de yeina) significa "fazer mal ou maltratar" deturpando o valor de um pedao de terra. Segundo o nmero dos anos. Uma vez que a terra pertencia ao Senhor, s as colheitas que ela produzia que podiam ser vendidas. Portanto o tempo que faltava para o prximo Ano do Jubileu devia ser considerado na estipulao do preo de venda de toda a terra, uma vez que quanto mais perto do ano especial acontecesse a realizao do negcio, menor nmero de colheitas haveria antes que a terra revertesse ao proprietrio israelita original. 18,19. Quando os israelitas guardassem os mandamentos do Senhor, habitariam seguros (betah, "segurana e confiana"). A terra produziria bastante para comerem a fartar (soba', "abundncia").

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 49 20-22. Que comeremos no ano stimo? Como naturalmente os israelitas iriam se preocupar com a diminuio das colheitas por causa da terra permanecer inculta, Deus prometeu que as colheitas do sexto ano seriam suficientes para mant-los at que o Ano Sabtico e o Ano do Jubileu terminassem (vs. 21, 22). 24. Resgate terra. Havia diversas maneiras para a terra ser resgatada (de gei'al, "redimir". Boaz cumpriu com o dever de parenteremidor, go'el, quando se casou com Rute. Cristo Jesus foi o nosso go'el na cruz.) 25. Se teu irmo empobrecer. A pobreza era a nica situao que foraria um israelita a vender sua terra (cons. l Reis 21:3). Em tal caso um parente-remidor viria e compraria de volta o que fora vendido e o restauraria ao seu proprietrio original. 26,27. No tiver resgatador. Se a pessoa no tiver parente achegado para redimir sua terra e tivesse ganho uma quantia suficiente, ela mesma podia comprar a terra de volta, levando em considerao o nmero de colheitas ainda por fazer at o Ano do Jubileu e pagando por elas. 28. No lhe permitirem reav-la. Se ele no tivesse um parenteremidor, nem a possibilidade de redimi-la por si mesmo, a terra simplesmente reverteria ao seu poder com a chegada do Ano do Jubileu. O comprador no perdia nada atravs deste arranjo, pois ele s tinha pago pelas colheitas a serem obtidas at o Ano do Jubileu. 29. Quando algum vender uma casa de moradia. Numa cidade murada, se uma casa era vendida e permanecia de posse do comprador por um ano inteiro (isto , sem que algum a resgatasse), tornava-se ento propriedade definitiva do comprador (cons. uma exceo em v. 32). O Ano do Jubileu no afetava sua propriedade. 31. As casas das aldeias que no tm muro. Uma casa em uma aldeia sem muro, contudo, estava sujeita ao mesmo regulamento da terra propriamente dita (vs. 25-28). 32-34. As idades dos levitas. No caso dos levitas, as leis do Ano do Jubileu que comumente se aplicavam terra, eram tambm aplicadas s

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 50 suas casas, quer estivessem em cidade murada quer no. Suas terras no podiam ser jamais vendidas. 35-55. O segundo efeito do Ano do Jubileu apresenta-se nos versculos restantes do captulo. 35-37. Teu irmo. Refere-se a um indivduo israelita. Emprstimos feitos a amigos necessitados no deviam envolver juros. Antes, os necessitados deviam ser ajudados, permitindo-se-lhes que residissem com algum da comunidade e que desfrutassem dos mesmos privilgios de um estrangeiro ou peregrino, o qual, embora no pudesse possuir a terra, tinha permisso de acumular propriedade e viver confortavelmente como homem livre. 38. Eu sou o Senhor vosso Deus. Como Aquele que os criara, e que os libertara da escravido do Egito, Deus tinha autoridade para impor estes regulamentos aos israelitas. 39-43. Se teu irmo empobrecer. O israelita que se via obrigado a vender-se como escravo de outro, no devia ser considerado como tal, mas como o empregado contratado, e devia ser tratado com bondade. Quando chegava o Ano do Jubileu, tinha de ser libertado, a no ser que renunciasse seus direitos liberdade. O contedo destes versculos no discorda de x. 21:2-6, porque a passagem do levtico confina-se a uma discusso dos efeitos do Ano do Jubileu sobre a liberdade de uru homem. Se o israelita vendia-se como escravo mais de sete anos antes do Ano do Jubileu, aplicavam-se as instrues de x. 21:2. De qualquer maneira, seis anos era o mximo de tempo que algum poderia exigir que ele servisse antes de retomar aos seus filhos, sua famlia, e propriedades. 44-46. Escravos ou escravas. O trabalho escravo devia se restringir queles que eram comprados nas naes estrangeiras e aos estrangeiros estabelecidos entre os judeus. Esta categoria de escravos ('ebed, de 'eibad, "servir ou trabalhar"; cons. 'obadya, Obadias, lit., servo do Senhor) e escravas ('eima, "serva"), passavam como herana de pais para filhos (v. 46).

Levtico (Comentrio Bblico Moody) 51 47-54. E teu irmo . . . vender-se. Se um israelita se vendesse para o servio de um estrangeiro estabelecido, podia ser redimido por um parente prximo (vs. 48,49; veja coment. sobre v.24), ou ele mesmo podia se resgatar