leão turmac611n

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O veículo que não tem foca I N F O R M A Ç Ã O DEMOCRACIA SEGURANÇA DIREITOS IMPARCIALIDADE RESPONSABILIDADE POLÍTICA CIDADANIA CULTURA SOCIEDADE ÉTICA Leão Marinho

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Page 1: Leão turmac611n

O veículo que não tem foca

INFORMAÇÃO

DEMOCRACIA

SEGURANÇA

DIREITOS

IMPARCIALID

ADE

RESPONSABILIDADE

POLÍTICA

CIDADANIACULTURA

SOCIE

DADE

ÉTIC

ALeão Marinho

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Editorial

Expediente

Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n No-nonono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nonono-no no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n

Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n No-nonono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nonono-no no n on ononono nono non on on ono no no non ono n

Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n No-nonono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n

Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n No-nonono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nonono-no no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ono-nono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n No-nonono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nonono-no no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ono-nono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono nono non on on ono no no non ono n Nononono no n on ononono.

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TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULOLuciano Zarur, 46 anos, formado em Jornalismo, com pós- graduação e mestrado em Filo-

sofia. Ele que trabalha na área de jornalismo cerca de 20 anos, professor a mais de 15 anos, concede entrevista a Revista Leão Marinho. O tema abordado nesta entrevista é o papel jorna-

lístico, histórico das Organizações Globo, princípios editoriais e sua passagem na redação do grupo Marinho.

Qual é a sua opinião sobre o jornalismo praticado pelas organizações Globo?

Zarur _ As organizações Glo-bo é uma marca muito impor-tante no jornalismo e também naquilo que se declarou comu-nicação e cultura de massa. O Jornal O Globo tem mais de 80 anos. Já há muito tempo é um dos principais periódicos de imprensa no Brasil. Contu-do, em suas primeiras décadas não era, havia concorrência maior, pois aqui no Rio de Ja-neiro era a capital federal e o Jornal do Brasil sempre foi um periódico mais importan-te. Desde que o JB, há uns 20 anos para cá começou a ter proble-mas financeiros e teve mudança, nos pretentores do periódico, O Globo foi avançando e se tornou o princi-pal do Rio de Janeiro e um dos me-lhores do país, ao lado da Folha de São Paulo e Estadão.

Como que você analisa o histórico da Rede Globo?

Zarur _ As organizações Globo e os órgãos de imprensa que pertencem a ela, eu diria, têm no mínimo uma historia controvérsia. Irineu Mari-nho tinha o jornal que se chamava “A Noite”. Depois fundou O Glo-bo e logo depois faleceu. Então, o jovem Roberto Marinho, assumiu o jornal e teve a competência de torná-lo extremamente importante para o Brasil. Em seguida conse-guiu a concessão para operar uma

estação de rádio, ainda no Estado Novo de Getúlio Vargas, em 1944. Em 1964, após o golpe militar, ob-teve também a licença de um canal do Estado para explorar a parte co-mercial de televisão, que veio a se chamar TV Globo. Presta um bom serviço na área de entretenimento e, desde sempre, o competente empre-sário Roberto Marinho, formado em jornalismo, se alinha aos governos de ocasião. Alguns líderes mencio-nam isto, como Chateaubriand (As-sis), que teve problemas com o mili-tarismo por denunciar a TV Globo, e o grupo estadunidense TIME Wafe, por ejetar dinheiro para fazer uma televisão que fosse “simpáti-ca, amiga, ao regime militar”. Com isso, a TV entrou no ar quase que precisamente um ano ano depois do golpe, ou seja, foi parceira mesmo do regime ditador.

Após o militarismo, como você analisa o papel político da Globo?

Zarur _ Depois da democra-cia, a nova república do go-verno Sarney e os governos que o sucederam, Collor em seguida, o impeachment e Fernando Henrique Cardo-so, as Organizações Globo se pautam por quase 9 anos sobre oposição ao gover-no de esquerda capitaneados por Lula e agora por Dilma Roussef. Apoiadores sempre do PSDB, caracterizando um apoio de sua linha editorial, o jornal de direita, deixa trans-parecer, que assim como foi

na ditadura, o seu apoio ao par-tido, chamada social democracia.

Legenda Legenda Legenda

Legenda Legenda Legenda

FOTOS: CREDITO

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Como você analisa a Carta de Princípios Editoriais proposta pe-las Organizações Globo?

Zarur _ Está bem redigido. As inten-ções parecem ser as melhores possí-veis, e eu que trabalhei no jornal O Globo, na rádio CBN e na TV Glo-bo e posso dar um depoimento com alguma propriedade. Eles têm seu manual de ética profissional, e me parece que isto já vem até com cer-to atraso. Talvez se cause estranha-mento que isto venha sido gestado por tanto tempo e venha a público, agora. Muitos dos tópicos aqui são de uma obviedade absoluta. Qual-quer estudante de jornalismo sabe-ria. Nós da graduação universitária de jornalismo, estudamos ética pro-fissional, ética filosófica, sabemos o que deve ser a fundamentação do jornalista, que mesmo que trabalhe como uma imprensa particular ele é um agente público que visa melho-rar a cidadania, ajudar a sociedade a se desenvolver com seu trabalho e apuração das informações, pu-blicação. Contudo, saibamos que existem alguns princípios óbvios no jornalismo, como por exemplo, a questão da chamada linha edito-rial, que vejo como algo importan-te sim. Eu só não sei se esta sendo posto em pratica.

Você tem algum exemplo que com-prova a lealdade ou a deslealdade?

Zarur _ Um exemplo há alguns me-ses antes de ir a público o editorial, que o jornal O Globo cometeu um erro colossal, uma fraude ao fazer uma reportagem domingo chama-do carta, ou seja, a principal ma-téria daquela edição, do dia 15 de maio de 2011. Desde o congresso do Holding, o legislativo estaria a deixar que o executivo fizesse o seu trabalho, então, em entrevista a al-guns parlamentares, o jornal traça um gráfico, sobre quais presiden-tes de Sarney até Lula, de 1989 a

2010, teriam usado mais as medidas provisórias, ou seja, teriam tentado mais governar sem ter de esperar que o congresso legislasse e fizes-se as leis. E aqui há um equivoco. Uma reportagem principal do jor-nal, em que o ano em que houve o maior número de medidas provisó-rias foi 2001, que foi posto na conta de Lula. O ex-presidente Fernando Henrique que teve o mandato do mesmo tamanho, dois mandatos na verdade de 95 a 2002, eleito e ree-leito, e no ano de 2001 atingiu 129 medidas provisórias e o pico mais alto da estatística. No entanto, o pe-riódico informa que o governo Lula como tido 10 anos, de 2001 a 2010. Deve ter sido uma falha? Sim. Eu diria que é menos provável. O possí-

vel é uma fraude efetivamente, como é algo negativo. E 129 medidas em 2001, quem legislou no governo foi FHC. Ah! É um detalhe? No proces-so para o receptor da mensagem, o leitor do jornal Globo, o que ficará, se algo se mantiver na sua memória, será que tal presidente equivocada-mente Lula, que foi quem mais usou medidas provisórias, quando na ver-dade em 2001, era o penúltimo ano do governo do Social Democrata.

Você trabalhou na Rede Globo? Como foi sua passagem?

Zarur _ Sim. Eu não fui ser jorna-lista para trabalhar na Globo, ali-ás eu nem pensava em televisão. Na década de 80, decidi a ser jor-nalista. Entrei na faculdade aos 18 anos e gostaria de trabalhar no JB. Tinha pretensão de ser correspon-dente em Paris, embora eu tivesse me formado em francês, Inglês, es-panhol e italiano. Mas comecei até a lecionar nesta área no laboratório de idiomas da UERJ. Fui para no jornal Globo através de uma prova para estagiários de cultura geral, uma redação e uma entrevista com um dos editorialistas que está lá até hoje. E eu passei entre centenas de

“Olho olho olho Olho olho olho Olholho olho Olhoho olho

Olho olho olho Olho oolho”

Legenda Legenda Legenda

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candidatos, só 28 foram aprovados. Comecei como repórter iniciante, acompanhando repórter, escreven-do meu texto, depois trabalhei na Agencia de Notícias fui repórter, chefe de redação da antiga agên-cia de Esporte Express, que hoje em dia faz parte do Lance. Fui para TV Globo, depois de trabalhar na tele-visão Manchete, onde aprendi muito sobre televisão. Fui para o jornal O Globo e era repórter de bairro. Já profissional, a TV Globo me cha-mou para fazer o curso lá dentro de reportagem e edição, eu já houvera sido produtor e editor de texto na Manchete, mas repórter não. Então, depois a emissora, me mandava co-brir missões no interior, antiga Ser-ra Mar, Friburgo, Teresópolis, eu era professor, com isso, não conse-gui conciliar.

Como você se sentia na Redação? Você tem algum relato de mudan-ças de lá para cá?

Nunca sofri nenhum tipo de censu-ra direta, mas hoje em dia sei que é muito difícil trabalhar lá, por relato de colegas por conta de ser difícil extrair algo positivo de uma notícia negativa que tenha sido algum mé-

“Olho olho olho Olho olho olho Olholho olho Olhoho olho

Olho olho olho Olho oolho”

“Olho olho olho Olho olho olho Olholho olho Olhoho olho

Olho olho olho Olho oolho”

rito dos governos de PT. Por exem-plo, redução do desemprego: eles procuram uma minúcia para dizer que embora nunca tenha existido tanto emprego como agora a maio-ria das vagas que há não é de alto salário. O que eu costumo dizer é: pergunte a um desempregado se ele estaria melhor parado esperando algo melhor? Enfim a pessoa pre-cisa sobreviver. Manter o naciona-lismo mantido pelo partido e suces-sivamente pela presidente Dilama, enfim, acho que está muito difícil trabalhar lá. Mas eu não tive essa experiência porque trabalhei lá en-tre 1994 a 1998. Com o governo do PSDB era tudo mais simples, mais fácil, o objetivo deles era falar bem, não criticar.

O que você espera dos princípios editoriais para a sociedade?

Zarur _ Não espero efetivamente nada. Não creio que haja nenhu-ma guinada editorial no sentido de sermos ontologicamente corretos, porque é isso que o público quer. Tomara que eu esteja enganado. Há muita pressão aos jornalistas que querem desenvolver seu trabalho corretamente e são pressionados por chefias diretorias a editoriali-zar a sua noticia.

Legenda Legenda Legenda

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Correção é aquilo que dá credibilidade ao trabalho jor-nalístico: nada mais danoso para a reputação de um veí-culo do que uma reportagem errada ou uma análise feita a partir de dados equivocados.

Deve-se perseguir o furo jornalístico, a informação

exclusiva, em primeira mão, mas jamais se descuidar

dos outros atributos da in-formação de qualidade: a

isenção com que é produzida, ouvindo-se todos os lados

nela envolvidos, e a correção dos dados nela apresentados. Notícia errada ou enviesada

não é furo; é um golpe na credibilidade do veículo;

“O jornalismo é aquela atividade que permite um primeiro conhecimento de todos esses fenômenos, os

complexos e os simples, com um grau aceitável de fidedig-nidade e correção, levando-se em conta o momento e as cir-cunstâncias em que ocorrem.

É, portanto, uma forma de apreensão da realidade.”

“ “Em aspectos gerais a tentativa de melhorar a credibilidade ou projetar uma imagem e reputação positiva é uma tendência de todas as organizações de comunicação, não só a Globo.”

“A perda de credibilidade de qualquer organização que tenha uma parti-cipação efetiva na sociedade está acontecendo principalmente pelo novo paradig-ma comunicacional que desenvolve cidadãos, já não tão submissos aos desman-dos e arrogância das organizações.”

“Hoje, não somos mais, somente, receptores, mas produtores de conte-údo que trocam idéias e opiniões criam fóruns de discussões, graças a interface democrática da WEB. Sendo assim, existi essa tendência do mercado em criar ca-nais de comunicação de acordo com as particularidades dos públicos de interesse com objetivo de projetar e consolidar uma imagem e reputação positiva, que na maioria das vezes não condiz com o que se efetivamente faz.”

Ricardo Bressanm,

“ “Os veículos de comunicação são empresas de comunicação, elas aten-dem os interesses comerciais de seus donos. E a Globo não é diferente disto. Ela atende aos interesses econômicos políticos e financeiros da Rede Globo e faz jornalismo baseado nisto e não baseado no que realmente deveria ser a questão da mediação.”

“O poder de fiscalização, chamado quarto poder, deveria ser obrigação da mídia, tornar público os acontecimentos, mas este poder acaba que simples-mente se torna mais um poder.”

Ivana Gouveia, 43 anos, mestre em comunicação e cultura e coordenadora de jornalismo da Faculdade CCAA

TÍTULO TÍTULO

falta imagens!

Texto de apresentação texto de apresentação texto de apresentação texto de apresentação texto de apresentação texto de apresentação texto de apresentação texto de apresentação

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TÍTULO TÍTULO

“As informações precisam ser sempre apuradas e aprofundadas, para que não seja dada margem a dúvidas e contradições. A credibilidade é primordial.”

“Já houve, como sabemos, manipulação, principalmente, quando falamos do período das Diretas Já e da era Collor, apesar dos mais ferrenhos defensores da “Vênus platinada” negarem e mascararem um pouco esses acontecimentos. Po-rém, a partir do governo FHC, essas questões começaram a mudar um pouco, pois a ética e a democracia começaram a ser mais levadas em consideração”.

“O Jornalismo foi obtendo uma essência mais investigativa e defensora dos direitos da sociedade. A cidadania, a ética, o combate à corrupção, foram sendo cada vez mais incorporados aos meios midiáticos, até se tornarem o que são hoje, não só meios de informação, mas também, de revelação de falcatruas, tornando-se defensores da verdade, contribuindo para uma maior transparência. A imprensa está mais livre, estando em seu pleno direito”.

“Qualidade é essencial e a sede pelo “furo” pode descambar para uma informa-ção incompleta e precipitada. O fato precisa ser mostrado, mas, posteriormente, deve ser destrinchado para uma melhor compreensão da notícia”.

Felipe Simão, 29 anos, Jornalista. Editor-chefe da Folha Dirigida

“Pratica jornalismo todo veículo cujo propósito cen-tral seja conhecer, produzir conhecimento, informar. O

veículo cujo objetivo central seja convencer, atrair adeptos, defender uma causa, faz pro-

paganda. Um está na órbita do conhecimento; o outro, da luta

político-ideológica.

“Isenção é a palavra-cha-ve em jornalismo. E tão pro-blemática quanto “verdade”. Sem isenção, a informação

fica enviesada, viciada, perde qualidade. Diante, porém,

da pergunta eterna – é pos-sível ter 100% de isenção? – a resposta é um simples

não. Assim como a verdade é inexaurível, é impossível que alguém possa se despir total-mente do seu subjetivismo.”

“Nenhum veículo das Organizações Globo fará uso de sensacionalismo, a

deformação da realidade de modo a causar escândalo e explorar sentimentos e emo-ções com o objetivo de atrair uma audiência maior. O bom

jornalismo é incompatível com tal prática. Algo distinto,

e legítimo, é um jornalismo popular, mais coloquial, às vezes com um toque de hu-mor, mas sem abrir mão de

informar corretamente”

“Segundo a Legislação Brasileira, o jornalismo é um serviço voltado ao meio social, para a nação. Portanto é uma prestação de serviço “municiar” a sociedade com informação.”

“Em minha tese de doutorado, derrubei muitos mitos do jornalismo, como a imparcialidade e a subjetividade; e o que a Globo tinha como pensamento era que a verdade era a matéria prima do jornalismo. Mas agora, estão priorizando a realidade como coisa explorada. Não há mal algum em tomar parte das coisas, pois acho absolutamente normal o veículo ter uma determinada posição política e manifestar isso, portanto que seja no lugar correto, ou seja, no editorial ou em artigos. O que não acho errado é manifestar no lugar da notícia, pois assim dis-torce os fatos para chegar a posição do veículo. Não é ético misturar informação com opinião”.

Peri Cota, jornalista, professor e coordenador do curso de jornalismo das Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA).

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O QUE É JORNALISMO?Por Camila dos Reis Santos

Os três poderes da Repú-blica, o legislativo, o judiciá-rio e o executivo, têm como objetivo organizar a socie-dade para garantir os direi-tos dos cidadãos. Segundo o historiador Rainer Sousa, o Poder Executivo tem a fun-ção de observar as demandas da esfera pública e garantir os meios cabíveis para que as necessidades da coleti-vidade sejam atendidas no interior daquilo que é deter-minado pela lei. Por sua vez, o Poder Legislativo congre-ga representantes políticos que estabelecem novas leis. Dessa forma, ao serem elei-tos pelos cidadãos, os mem-bros do legislativo se tornam porta-vozes dos anseios e in-teresses da população como um todo. Além de poder fis-calizar o cumprimento das leis por parte do Executivo. O Poder Judiciário tem por função julgar, com base nos princípios legais, de que for-ma uma questão ou problema será resolvido.

O Jornalismo é o Quarto Poder. Tem o papel de guar-dião dos direitos dos cida-dãos e atua na mediação de tornar público o que é pú-blico. A expressão foi cria-da para qualificar, de modo livre, o poder das mídias ou do jornalismo em alusão aos outros três poderes do Estado democrático. Se referindo a uma multiplicidade de formas de fazer jornalismo, as Organizações Globo publicam o que é o “seu” jornalismo:

“De todas as definições possíveis de jornalismo, a que as Organizações Globo adotam é esta: jornalismo é o conjunto de atividades que, seguindo certas regras e princípios, pro-duz um primeiro conhecimento sobre fatos e pessoas.”

O jornalismo tem a notícia como sua matéria prima. A notícia tem como principais características a periodicidade, atualidade, publicidade e universalidade.

Periodicidade - consiste no espaço de tempo fixo e determinado entre uma edi-ção e outra de um veículo jornalístico. Há jornais diá-rios, semanais e até mensais, mas é a regularidade que de-fine a periodicidade.

Atualidade – consiste na veiculação de notícias atuais, ou seja, fatos que te-nham acontecido no espaço de tempo entre uma edição e outra do jornal.

Publicidade – é a capaci-dade que um veículo tem de tornar os assuntos públicos.

Universalidade – Con-siste na diversificação dos assuntos que devem ser vei-culados em jornal.

Em síntese a notícia é um relato de fatos ou acon-tecimentos atuais de inte-resse e importância para sociedade. Ela não é um acontecimento, ainda que assombroso, mas a narração desse acontecimento.

O jornalismo é dotado de três teorias, a Teoria do Espe-lho, A teoria Organizacional e a Teoria do Newsmaking.

A Teoria do Espelho pres-supõe que as notícias são como elas são, porque a rea-lidade assim as determina.O dever do jornalista é de in-formar e informar significa

buscar a verdade acima de qualquer coisa. “É para contornar essa simplificação em torno da

“verdade” que se opta aqui por definir o jornalismo como uma atividade que produz conhecimento. Um co-nhecimento que será constantemente aprofundado, pri-meiro pelo próprio jornalismo, em reportagens analíti-cas de maior fôlego, e, depois, pelas ciências sociais, em especial pela História. Dizer, portanto, que o jorna-lismo produz conhecimento, um primeiro conhecimen-to, é o mesmo que dizer que busca a verdade dos fatos.” Organizações Globo.

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Pela Teoria Organizacional, o trabalho jornalístico é dependente dos meios utilizados pela organi-zação. E o fator econômico é exa-tamente o mais influente de seus condicionantes. O jornalismo é um negócio e como tal busca o lucro. Por isso a organização está mais fundamentalmente voltada para o balanço contábil.

A Teoria do Newsmaking é constituída através dos critérios de noticiabilidade. Isto é, fatores que influenciam a produção de notí-cias. Diante da imprevisibilidade dos acontecimentos, as empresas jornalísticas precisam colocar ordem no tempo e no espaço. Para isso, estabe-lecem determinadas práticas unificadas na produção das notícias e dessas práticas que se faz ocupar a teoria do newsmaking. Dentre os critérios de noticiabilidade estão os critérios relativos ao conteúdo, critérios relativos ao produto e os critérios relativos ao público.

Nos critérios relativos ao conteúdo deve-se levar em conta o grau e nível hierárquico das pessoas envolvidas no acontecimento; impacto sobre a nação e seu interesse nacional; quantidade de pessoas envolvidas no aconteci-mento.; relevância e significatividade do acontecimento

Para as Organizações Globo seus profissionais devem estar afinados com isenção, agilidade e correção. A indicação veio através da carta de princípios. Mas embora tenham sido divulgadas em agosto com grande re-percussão, uma enquete com os alu-nos da Facha Méier comprovou que maioria não leu e nem sabe do que se trata.

Foram ouvidos 60 alunos dos cur-sos Jornalismo e Publicidade, sendo que 46% afirmaram não conhecer o conteúdo carta. Porém mais de 60 % concorda que os profissionais da casa são excelentes, talentosos, compe-tes dentre outras qualidades, mas que 15%, portanto, acreditam que os “glo-

quanto a evolução futura.Quanto ao grau e nível hierárqui-

co das pessoas envolvidas, estamos falando de pessoas públicas. Veja-mos as considerações para estes:

_ “Pessoas públicas – celebrida-des, artistas, políticos, autoridades religiosas, servidores públicos em cargos de direção, atletas e líderes empresariais, entre outros – por de-finição, abdicam em larga medida de seu direito à privacidade. Além dis-so, aspectos de suas vidas privadas podem ser relevantes para o julga-mento de suas vidas públicas e para

a definição de suas personalidades e estilos de vida e, por isso, merecem atenção. Cada caso é um caso, e a decisão a respeito, como sempre, deve ser tomada após reflexão, de preferência que envolva o maior número possível de pessoas” Organizações Globo.

Já nos critérios relativos ao produto, deve-se levar em conta a brevidade e objetividade; atualidade e novidade; qualidade da história a ser contada; equilíbrio e capaci-dade de entretenimento.

Quanto a atualidade e novidade entramos no assun-to agilidade, que é de vital importância para o exercí-cio da profissão.

bais” do jornalismo atuam de maneira tendenciosa, manipuladora as infor-mações para interesses particulares, como políticos e econômicos.

Ao expressarem o que pensam dos profissionais “globais”, alguns estudantes entrevistados se manifes-taram dizendo:

- “Tecnicamente eficientes, mas a ética nem sempre é exercida com o profissionalismo”.

- “Grandes profissionais, mas em sua maioria, marionetes articuladas pelos princípios da organização”.

No editorial é imposto que o pro-fissional deve sempre ser isento e leal com a informação. “Os veículos das Organizações Globo devem ser

transparentes em suas ações e em seus propósitos”.

Dentre outros, os princípios Pau-ta o mito da imparcialidade no jor-nalismo carta faz referencia a este assunto. “Os veículos jornalísticos das Organizações Globo devem ter a isenção como um objetivo cons-ciente e formalmente declarado. Todos os seus níveis hierárquicos, nos vários departamentos, devem levar em conta este objetivo em to-das as decisões”.

Os estudantes na pesquisa não concordam com a carta, pois aponta-ram que 83,3% acreditam que a rede Globo é parcial, logo 16,7% acha que é imparcial.

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