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Julho/Agosto Que distância seu cliente está disposto a caminhar? SUSTENTABILIDADE Estacionamento solar: a ideia que faz bem ao planeta ENTREVISTA Nick Lester, presidente da European Parking Association TENDÊNCIA O surpreendente futuro dos estacionamentos 6 º P R Ê M I O A L L I A N Z S E G U R O S D E J O R N A L I S M O 6 º P R Ê M I O A L L I A N Z S E G U R O S D E J O R N A L I S M O V E N C E D O R A D O V E N C E D O R A D O Ano III - N. 13 - Julho/ Agosto 2013 Revista bimestral da Associação Brasileira de Estacionamentos ed13.indd 1 03/09/2013 14:16:42

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Julho/Agosto

Que distância seu cliente

está disposto a caminhar?

SUSTENTABILIDADEEstacionamento solar: a ideia que faz bem ao planeta

ENTREVISTANick Lester, presidente da European Parking Association

TENDÊNCIA O surpreendente

futuro dos estacionamentos

6º P

RÊMI

O AL

LIANZ SEGUROS DE JORNALISMO

6º P

RÊMI

O AL

LIANZ SEGUROS DE JORNALISMO

VENCEDORA DO VENCEDORA DO

Ano

III -

N. 1

3 - J

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/ Ago

sto

2013

Revista bimestral da Associação Brasileira de Estacionamentos

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Julho/Agosto

Publicação da Associação Brasileira de Estacionamentos - Av. Paulista, 2073 - Horsa I - 3º andar - Cj. 322 - CEP 01311-940 - São Paulo - SP - Fones: +55 11 2172.2120 / +55 51 3286.0011 - www.abrapark.com.br /Presidente: André Luís Kaercher Piccoli / Primeiro Vice-Presidente: Sergio Morad / Vice-Presidente de Finanças: Marcelo Alvim Gait / Vice-Presidente de Comunicação: Murillo Cerqueira / Vice-Presidente de Assuntos Institucionais: Luiz Carlos Ihity Adati / Vice-Presidente de Assuntos Jurídicos: Jorge Novaes/ Conselho Consultivo: Nilton Stellin Bagattini, Roberto Naman, Domingos Marchetti Rios, Germano Areal Lopes Mendes, Jorge Marcos Soares de Novaes, João Alberto Ferrão / Conselho Fiscal: Paulo Guioto Frascino, Cid Mesquita Garcia Filho, Marcio Augusto Tabet / Diretor Regional Norte/Nordeste: Jorge Marcos Soares de Novaes / Diretor Regional Santa Catarina: André Luiz Ostermann / Diretor de Estacionamentos Rotativos em Vias Públicas: Adélcio A. Antonini / Diretor do Comitê de Tecnologia: Gilberto da Silva /Núcleo Administrativo- nanceiro: Gilmara Sant’Anna ([email protected]) / Núcleo de Mercado: Patricia Miller ([email protected]) / Comercialização: [email protected]

Produção e Execução: Virtus Jornalismo e Comunicação +55 51 3328.5243 - www.virtusjornalismo.com.br / Jornalista Responsável: Isabel Pacini Teixeira – MTB 7374/33/11 / Redação: Isabel Pacini Teixeira, Gabriela Lontra de Lima e Ana Paula Hengist / Pro eto rá co: Luíza Protas / Taíssa Bach / Editoração: Carla Cadó Vielmo Dietrich/ Fotos: Divulgação, IPI / Capa: Prefeitura do Rio de Janeiro

André PiccoliPresidente da Abrapark

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Acontece EventoGaragens IncríveisProjetos IncríveisTendênciaCentralDestaqueSustentabilidadeEntrevistaVitrineAgenda

A Abrapark vem trabalhando para fortalecer a categoria e pro ssionalizar o setor de estacionamentos, que vem sofrendo enormes transformações nos últimos anos. A velocidade dessas mudanças torna a tarefa ainda mais difícil. A sociedade brasileira ainda não entende a educação como variável estratégica para desenvolvimento de nosso Brasil. Como consequência, não investe. Temos poucos eventos para o aprimoramento dos pro ssionais do nosso setor. E os poucos que acontecem não têm a adesão que mereceriam.

Nosso congresso brasileiro de estacionamentos está em sua terceira edição e temos alcançado o máximo em termos de número de inscritos, o que nos dá grande satisfação. Mas, para as dimensões do nosso Brasil, levando em conta o crescimento do nosso setor, as oportunidades e os desa os que vislumbramos num prazo relativamente curto e a carência de eventos, como mencionei, não deveríamos ter um congresso de dimensões bem maiores? Claro que sim.

“Se você acha a educação cara, experimente a ignorância”. Essa frase inteligente é de um ex-reitor da universidade americana de Harvard, em resposta a pais que reclamavam do custo do ensino. É preciso investir, sim, e cada vez mais, em treinamento e aprimoramento pro ssional. Educação deveria ser um item constante nas nossas agendas. E para todos os escalões de nossas empresas.

Além de eventos, muita leitura garante o aprimoramento, e nossa revista pretende ser mais uma ferramenta para

este m. Nesta edição modernizamos nosso layout para tornar a leitura mais agradável. Além disso, temos excelentes matérias, como a central, que aborda a questão da disposição de caminhar de nossos clientes, entre os estacionamentos e seu destino nal. Um resumo de entrevista concedida recentemente pela consultora norte-americana Mary Smith traz importantes e inquietantes dados sobre o futuro do nosso setor. Abordamos, também, os painéis solares, que trazem inúmeras vantagens para os estacionamentos e deverão se multiplicar nos próximos anos. Em termos de tendência, trazemos ainda uma matéria sobre os investimentos feitos pelas empresas brasileiras para facilitar o deslocamento de seus funcionários até o trabalho. Garagens e projetos incríveis, notícias variadas, informações atualizadas sobre o nosso congresso e outros eventos, na agenda, e muito mais. Boa leitura!

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Estacionamento para bicicleta se torna obrigatório em prédios de São Paulo

No dia 29 de maio de 2013, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, publicou um decreto que estabelece a oferta de estacionamento para bicicletas em todo o prédio novo ou que passar por reforma. No texto, ca estabelecido que a vaga deve ter um mínimo de 1,8 metro de extensão e 2 metros de altura. Além disso, é preciso que os espaços destinados s bicicletas quem isolados das áreas de carros ou motos e que estejam localizadas no piso mais próximo do acesso à rua. Todas as edi caç es sem estacionamento e em ruas com tráfego de bicicleta proibido cam dispensadas do cumprimento da norma.

Na planta das novas obras, a ser aprovada pela Prefeitura de São Paulo, deverá constar o plano para a garagem especial. Suportes para prender o veículo devem ser instalados pelos responsáveis pela obra, e devem estar posicionados a uma distância mínima de 75 centímetros um do outro.

O projeto, de autoria do vereador Marco Aurélio Cunha (PSD), havia sido promulgado em dezembro de 2012 pelo então prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, mas não havia sido regulamentada.

Acontece

O Estacionamento Regulamen-tado da cidade de Santos passou a adotar um novo modelo de bilhetes, a raspadinha. O processo é muito simples e o usuário deve apenas raspar os espaços que indicam o dia, o mês, a hora e os minutos. Com o novo formato, os cartões não podem

ser reutilizados, evitando fraudes. A orien-tação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) é que os motoristas comprem os bilhetes apenas de estabelecimentos credenciados ou de agentes de trânsito. O sistema também já é adotado em outros lugares, como na Zona Azul de Campinas, também no Estado de São Paulo.

Estacionamento raspadinhaé adotado em Santos

Mobilidade Urbana no foco de investimento do

Governo brasileiro

30% do orçamento do Governo Federal destinado à mobilidade urbana irá para o Estado de São Paulo. A informação é do titular do Ministério das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. O pacote de R$ 50 bilhões para obras da área em todo o país foi anunciado pela presidente Dilma Rousse , o que, segundo ela, resulta em mais tempo para a população. “Hoje damos um passo efetivo na forma como a população administra o tempo, porque vamos garantir um transporte de qualida-de”, a rmou. Para receber a verba federal, os municípios com mais de 20 mil habitantes devem elaborar o Plano da Mobilidade Urbana (PMU) até 2015.

ROBERTO STUCKERT FILHO

FOTOS: DIVULGAÇÃO

FOTO: DIVULGAÇÃO

Capital pernambucana testa solução inteligente da Digicon

A cidade de Recife está realizando teste piloto do Sistema de Controle Adaptativo de Trânsito da Digicon. A solução permite alterar automaticamente os tempos de verde dos semáforos, reduzindo as paradas de veículos em até 40%.

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Acontece

Os estacionamentos do Rio de Janeiro deverão esperar os proprie-tários dos carros por, no mínimo, 40 minutos depois que o estabelecimen-to for fechado. O Projeto de Lei, de autoria do deputado Marcos Soares (PSD), foi aprovado pela Alerj (As-sembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) no nal de junho. Além disso, foi determinado que o horário de funcionamento deve estar em local visível ou impresso no tíquete entregue ao cliente. “Não é raro o usuário ser surpreendido no momen-to em que vai buscar seu veículo e encontra o estacionamento fechado sem que tenha havido alerta ou aviso do horário de encerramento do expe-diente”, explica o deputado.

Vinci Park no Brasil

Depois da aquisição de 50% do capital da Moving, o grupo fran-cês Vinci Park, um dos maiores do mundo – atuando em 2,6 mil estacionamentos em 14 países –, se une à empresa brasileira através da gestão compartilhada. O objetivo da Vinci Park, que tem um faturamento anual de 700 mi-lhões de euros, é chegar à vice--liderança no mercado brasileiro. A nova empresa, agora chamada Moving Vinci Park, será presidida por Fernando Stein, sócio-funda-dor da Moving.

Lei do RJ determina sobre horário de

funcionamento de estacionamentos

Um estacionamento subterrâneo na cidade australiana de Sydney se transformou em um arco-íris cheio de formas diferentes. A geometria da pintura se relaciona com os ângulos da própria arquitetura da garagem. O 72DP Mural Project é o resultado de três semanas de trabalho da dupla Craig Redman e Karl Maier em uma residência. “O objetivo do projeto era dar vida nova ao espaço que, por ser feito em concreto e com pouca entrada de luz natural, parecia bastante escuro e pesado”, revelaram os colaboradores Craig & Karl, que têm a criatividade como marca, envolvendo ilustração, design e instalação.

Garagem caleidoscópica em Sydney, na Austrália

FOTOS: CRAIG KARL

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Evento

O 3º Congresso Brasileiro de Estacionamento será realizado nos dias 3 e 4 de dezembro, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). A abertura o cial acontece às 14h do dia 3, com a presença do presidente da Abrapark – Associação Brasileira de Estacionamentos, André Piccoli, e do CEO da Real Alliance, Sebas Von Den Ende. Realizado pela Abrapark, o congresso é

o único evento brasileiro voltado exclusivamente para o setor.A programação da edição de 2013 traz mudanças e melhorias.

Atendendo aos pedidos dos participantes, estão sendo incluídos mais palestrantes nacionais. Além disso, a novidade será a apresentação de cases, prevista para o dia 4 de dezembro. Um dos destaques será o Painel de Debates A Importância dos Estacionamentos na Mobilidade Urbana.

O evento ocorre dentro da ExpoParking, em paralelo com a TranspoQuip La-tin America. As empresas Estapar Estacionamentos e Nepos já con rmaram a sua participação no evento também como patrocinadoras.

3º Congresso Brasileiro de Estacionamento traz novidades em 2013

Programação

Dia 3 de dezembro14h –14h30 –

16h30 –

Dia 4 de dezembro9h – 10h –11h –12h – 14h30 –15h30 –16h30 –

Inscrições abertaspelo site

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Estudantes de graduação:

A edição deste ano traz mais palestrantes nacionais,

além de outras novidades

Congresso3º Brasileiro de Estacionamento

São Paulo - Brasil - 2013

3 e 4 de dezembro

Abrapark participa da ExpoParking, que ocorre em paralelo ao

Congresso, com seu estande

O maior evento do setor de estacionamentos do Brasil teve sessões de palestras lotadas nas duas primeiras edições

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Garagens Incríveis

ma propriedade particular em Hageveld, na cidade holandesa de Heemstede, passou por uma bela transformação em seu design. Anteriormente ocupado por um

seminário, o prédio tinha a sua parte frontal abandonada. Em 2002, o novo dono resolveu criar um bloco de apartamentos de luxo no local que começou a ganhar vida.

Mas o atrativo especial da propriedade cou por conta da garagem subterrânea. Para que cada um dos 60 apartamentos tivesse duas vagas à disposição, era preciso construir um estacionamento grande, que ocuparia boa parte do terreno. Buscando a manutenção das características ecológicas do lugar, foi necessário ir para baixo da terra.

Do projeto urbanístico do escritório de arquitetura Hesper, surgiu a ideia de um lago ornamental no “teto” da garagem. Com 730 metros quadrados e 60 centímetros de profundidade, o lago em formato de concha tem um corte invisível para a entrada dos carros. O resultado disso é a sensação de que os veículos estão sendo engolidos pela água. Os painéis de vidro coloridos usados na construção permitem que, de dia, o estacionamento tenha iluminação natural, e, de noite, o re exo crie um show de luzes na superfície.

A incrível garagem foi a campeã na categoria “Planos para Patrimônios Histórico-Culturais” do Prêmio Arie Keppler de 2009.

Beleza e originalidade nos Países Baixos

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Conhecida por seus ícones arquitetônicos, a cidade de Miami Beach, nos Estados Unidos, receberá um novo projeto da

arquiteta Zaha Hadid. Localizado no Collins Park, o edifício terá cinco níveis de estacionamento, lojas, restaurantes e uma praça pública. A área total do empreendimento é de 24.100 m². Com formato de espiral – inspirado nas ondulantes dunas de areia de Miami -, o projeto tem um orçamento de 18,5 milhões de dólares. “Os nossos edifícios-garagem são mais do que um grupo de lugares de estacionamento. Alguns se tornaram destinos dentro de si e atingiram o status de ícone individual. Cada edifício pode ser uma obra de arte”, declarou o prefeito da cidade, Matti Bower. As obras do edifício-garagem no Collins Park devem começar em 2014.

Edifício-garagem no Collins Park

Projetos Incríveis

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Tendência

Caronas, bicicletas e sites: apostas de empresas para satisfazer funcionários

Para ter funcionários dispostos e felizes, diversas companhias têm investido em programas que facilitam a locomoção, reduzem os engarrafamentos e contribuem enormemente para a mobilidade urbana das cidades

O expediente começa às 8h, mas para chegar ao trabalho muitas pessoas pre-cisam sair de casa às 6h da manhã. Nas grandes metrópoles brasileiras, essa re-alidade é motivo de descontentamento, queda de produtividade, aumento do turn over e problemas também na vida pessoal dos funcionários.

Para ajudar seus colaboradores e, consequentemente, melhorar a sua ren-tabilidade, muitas empresas estão inves-tindo em programas de transporte alter-nativo, incentivando o uso de bicicletas ou organizando caronas solidárias.

É o caso do Banco Mundial. Depois de selecionar empresas localizadas em regiões de difícil acesso e de pesquisar o tempo gasto pelos empregados, eles montaram uma lista de opções (incluin-do até home o ce) e agora estão moni-torando o processo de adaptação. Dos 1.054 funcionários pesquisados, 57% vão de carro para o trabalho, mas apenas 5% dão carona para alguém.

Pensando em resolver essa lacuna, a IBM Brasil lançou uma ideia que está dando muito certo. No café do prédio onde a empresa está instalada, exis-te um telão no qual são divulgadas as ofertas e as procuras por caronas. Bas-ta mandar uma mensagem de texto do celular e a informação aparece no painel junto com o número de telefone. Assim, é possível encontrar pessoas que vão para o mesmo lugar e que têm assentos à disposição no veículo.

As vantagens disso são muitas: me-nos carros nas ruas, divisão dos custos de estacionamento e menos emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Só o trânsito de São Paulo – uma das cidades brasileiras que mais polui – libera, anual-

mente, mais de 12,5 milhões de tonela-das de CO2 con ra na tabela dados de outras capitais].

Empresas adotam sites de caronas

Além de algumas empresas atentas a programas que possam melhorar a mobilidade urbana, atualmente existem diversos sites que facilitam o encontro entre quem quer ocupar as vagas no carro e quem quer economizar tempo e chegar mais cedo.

O Caronetas é um deles. Criada em 2011, a platafor-ma foi a escolha do Citibank, que conta com mais de 7 mil funcionários em todo o país. A op-ção de mobilidade urbana do banco, ativa desde outubro de 2012, deve ser expandida ainda nes-te ano. Para incentivar a adesão à ideia, foi criado um programa de benefícios: o caroneiro recebe uma moeda virtual que dá direito a presentes em lojas. “Ao investir em um processo corporativo de carona, a empresa reduz custos, por meio da redução da necessidade de va-

Márcio Nigro: investir em processo corporativo de carona reduz custos e emissões de carbono, e aumenta a integração entre os funcionários

Sandra Oseguranimpede crescimeprogramcarona s

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Quem prefere deixar o carro em casa também tem alternativas para evitar o trânsito. Embora ainda não disponha de uma malha ci-cloviária e ciente, o Brasil tem feito progressos. As três capitais com mais qui-lometragem de faixas desti-nadas ao meio de transporte são Rio de Janeiro (300 km), Brasília (160 km) e Curitiba (127 km). O Go-verno Federal pretende ampliar as ci-clovias em todo o país e já vem inves-tindo nas bicicletas públicas – com novas estações se multiplicando nas esquinas das grandes cidades. Mas é preciso que as empresas cumpram a sua parte. Criação de bicicletários e de vestiários são ações importantes, mas exigem tempo e dinheiro para projeto e execução.

Em função dessa lacuna, estão surgindo grupos interessados em ajudar as empresas a fazer a sua par-te por um trânsito melhor. A cidade de São Paulo, por exemplo, conta agora com um modelo diferente de loja de bicicletas, equipamentos e acessórios, o cina, café e o serviço

park ´n shower, semelhan-te aos que se vê na Europa e no Japão. O Aro 27 Bike Café, inaugurado no iní-cio de julho, permite que, por R$ 17, o ciclista esta-cione e tome um banho para chegar ao trabalho como se tivesse acabado de sair de casa.

Localizado a 50 metros da Esta-ção Pinheiros do metrô, também dá desconto de 5% para quem só quer aproveitar o espaço do café, mas chega de bicicleta. E para incentivar o uso de bikes, o Aro 27 também ofe-rece programa de capacitação de funcionários, com palestras e treina-mentos que mostram a viabilidade e a segurança do uso da bicicleta em cidades grandes.

De acordo com o proprietário do Bike Café, Fabio Samori, a aceitação da ideia pelos paulistas foi muito po-sitiva. “Como ciclista, o colaborador passa a ter um olhar diferenciado sobre a sua cidade. Costumo dizer que esse é um caminho sem volta, na concepção mais positiva desse termo”.

gas de estacionamento, gera integração entre os funcionários, e normalmente uma redução de carbono muito maior do que se imagina”, a rma Márcio Nigro, idealizador e diretor do Caronetas. “Um carro parado, que rode 22 km por percur-so, gera uma economia de uma tonelada de carbono por mês – uma redução mui-to maior do que a maioria das empresas consegue através de seus programas internos de reciclagem. Além disso, um funcionário que consiga compartilhar custos do seu carro com outro usuário tem a mesma sensação nanceira de um aumento de salário, com a diferença que a empresa não gastou nada”, comple-menta Nigro.

Existem várias outras op-ções de sites no mercado, como o Carona Brasil, o Caro-na Segura, o UniCaronas e o Eco-Carroagem. Quem aderiu a este último foi o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Com uma página perso-nalizada, os cerca de 3 mil fun-cionários podem combinar ca-ronas com muita comodidade. Em sua tese de mestrado na USP (Universidade de São Pau-lo), Sandra Oliveira entrevistou 256 trabalhadores do instituto e descobriu que apenas 1,5%

desse grupo são caroneiros ativos. Se-gundo a pesquisadora, a segurança é um dos principais motivos para a não adesão aos programas de carona solidária. Alia-da a isso também está a falta de vontade em assumir um compromisso, tendo de depender de outra pessoa para a organi-zação dos horários pessoais.

São Paulo 6.813.658 12.605.199 ton/ano 18.000 kmRio de Janeiro 2.339.932 4.574.864 9.464Belo Horizonte 1.525.858 2.840.285 4.529Brasília 1.430.782 3.190.676 10.500Curitiba 1.375.850 2.578.404 4.700Goiânia 1.001.159 1.706.818 Não disponívelFortaleza 852.881 1.273.178 3.887Porto Alegre 771.563 1.858.990 2.733Salvador 748.542 1.967.923 5.000Recife 582.533 985.143 Não disponívelManaus 541.337 2.202.307 Não disponívelFlorianópolis 291.698 Não disponível 1.809

* Dados do portal Mobilize Brasil

De bike para o trabalho

andra Oliveira: egurança mpede o rescimento dos rogramas de arona solidária

Aro 27 Bike Café: estacionamento para as bicicletas e banho para os ciclistas

Fabio Samori: caminho sem volta

Frota de veículos Emissão de CO2 Sistema viário

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Tendência

O surpreendente futuro dos estacionamentos

“Mudanças revolucionárias para o setor de estacionamentos estão visíveis no horizonte . o que a rma uma das maiores especialistas em estacionamentos e transportes dos Estados Unidos, a consultora Mary Smith, vice-presidente sênior da

Walker Parking Consultants. Sua provocativa palestra “Game Changers”, que abriu a Convenção do International Parking

Institute (IPI), realizada em Fort Lauderdale, Flórida, em junho, abordou o futuro do setor nos Estados Unidos, levando em

conta as questões demográ cas, as tendências culturais e as novas tecnologias. E a conclusão da consultora é: “estacionar

nos Estados Unidos poderá ser signi cativamente diferente em 2030”. Acompanhe a síntese dos principais trechos da entrevista

concedida por Mary Smith à revista americana Parking Today

uCerca de 88% das pessoas abai-xo dos 30 anos, a Geração Y, quer viver nas zonas urbanas, não nos subúrbios. Eles não estão mais na cultura do au-tomóvel do passado; o percentual de jovens abaixo de 20 anos que têm carteira de motorista caiu signi cativa-mente. A Geração Y quer smartphones e não carros. Há cinco anos, eu estava entre os que diziam que os americanos amam seus (enormes) carros e nunca irão abandoná-los. Não é mais assim.

uOs espaços para estacio-namento necessários por unida-de residencial irão diminuir e o de-senvolvimento será cada vez mais transit-oriented (modelo que prevê área residencial e comercial de uso misto projetado para maximizar o acesso ao transporte público). Isto signi ca mais estacionamentos compartilhados, o que normalmente resulta em uma redução de espaços de estacionamentos da or-dem de 20% ou mais.

uUm futuro desconhecido será re-almente sentido por volta de 2030 e é preciso redimensionar o que faremos na próxima década. Não sabemos o quanto a demanda sofrerá impacto, e com que velocidade a transição irá ocorrer.

uOs carros autodirigíveis mu-darão signi cativamente o setor de estacionamentos, pois o seu próprio carro poderá levá-lo para o trabalho e depois voltar e estacio-nar em casa. A Ford espera vender, em 2017, carros capazes de se di-rigir sozinhos. A Google é líder em veículos totalmente autodirigíveis, que já percorreram 300 mil milhas (482.000 km) em estradas públicas com zero acidentes. Espera-se que eles estejam disponíveis para o públi-co em 2020.

uO tamanho das casas dimi-nuiu signi cativamente nos últimos 20 anos e alterou a composição do tradicional núcleo familiar. Ape-sar do Census Bureau projetar um crescimento relativamente lento da população, – menos de 1% anual-mente até 2050 – nós ainda iremos precisar construir 38 milhões de novas casas nesta janela de tempo. A grande maioria vai ser urbana, e não suburbana.

uA revolução real será a “assinatura” de carros autodirigíveis. O custo do uso de carros autodirigíveis será menos da metade do custo de ter e operar um carro privado, por milha dirigida. Um estudo do Earth Institute at Columbia revelou que a cidade de Ann Arbor (Michigan) pode suportar 18 mil “assinaturas” de carros sem motoristas e que cada carro auto-dirigido substitui 15 carros privados. Considerando que existem múltiplas vagas de estacionamento para cada carro registrado em uma comunidade, estou sendo conservadora ao dizer que se eles realmente conseguirem 18 mil “assinaturas”, a necessidade de vagas de estacionamento seria reduzida em pelo menos 120 mil. Os carros sem motorista por assinatura podem ser ainda mais rentáveis do que os ônibus do campus universitário. Os aeroportos provavelmente irão necessitar de mais locais para embarque e desembarque de passageiros e muito menos estacionamentos.

uHaverá um declínio da deman-da por estacionamentos em locais de trabalho e áreas comerciais que será maior do que o declínio do uso residencial. Talvez a maioria dos es-tacionamentos on-street serão trans-formados em zonas de embarque e desembarque de 15 minutos para veí-culos autônomos.

uA grande maioria dos baby boomers (pessoas que foram jo-vens entre as décadas de 60 e 70) mora em subúrbios ou áreas rurais com pouco ou nenhum trânsito. Eles querem passar a velhice em suas casas.

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Central

Que distância seu cliente está disposto a

CAMINHAR?

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Qual a distância que é “aceitável” que uma pessoa percorra à pé do estacionamento ao seu destino -nal? A resposta varia e muito, já que é preciso levar em consideração uma série de fatores, principalmen-te o uso que se faz da garagem. As distâncias maiores são percorridas normalmente entre os estaciona-mentos e parques temáticos, está-dios e arenas. Se convencionou que o cliente pode caminhar, nestes ca-sos, mais de 610 metros. Em outras situações, no entanto, é considera-da normal uma distância de 90 a 180 metros para clientes, e de 365 a 455 metros para funcionários.

A discussão está longe de render uma resposta de nitiva, já que são vários os fatores a serem conside-rados, principalmente a dimensão e a localização do destino nal. Um shopping grande terá parâmetros e projeto arquitetônico diferentes de um centro comercial em uma cidade do interior. Consequentemente, as distâncias de caminhada não serão as mesmas, ainda que ambos sejam estabelecimentos comerciais. Se o projeto prevê uma distância gran-de, isso pode ser um problema para o casal que chega com um lho mais velho e um bebê no carrinho, um caminhando e outro sendo condu-zido sem fadiga. No aeroporto, por exemplo, deve-se pensar em um jovem explorando o mundo ou em um idoso viajando para rever os ne-tos? Jovens estudantes estão mais dispostos a andar. Assim, conside-rando quem é o usuário, por vezes o mesmo local terá diferentes parâ-metros.

Outro ponto a ser levado em con-ta é se o usuário irá ao local de qual-quer forma ou se deixará de ir por não achar conveniente o bastante para as suas necessidades. Diversos outros questionamentos surgem: com que frequência o usuário esta-ciona? Ele chega em uma situação

Estudos tentam de nir o quanto um motorista deveria andar do local onde estacionou o seu carro até o seu destino nal, e vice-versa. Inúmeras variáveis estão em jogo e diversas ferramentas têm sido desenvolvidas para ajudar a responder essa pergunta fundamental para o setor de estacionamentos. Acompanhe:

de pressão ou não? Existem outros estacionamentos mais cômodos nas proximidades? Quanto tempo ele irá permanecer?

E há ainda outro item crucial: a expectativa do usuário. Nesse caso, o que se deve considerar é a locali-zação do estacionamento, o período do ano, o dia da semana, o horário e a disponibilidade do motorista. A segurança é, também, essencial. Se o percurso for seguro, as pessoas tenderão a não se importar tanto em demorar um pouco mais a chegar até o veículo. Do contrário, é recomenda-do que o percurso seja menor.

Ferramentas

Segundo estudos realizados pela Walker Parking Consultants, dos Es-tados Unidos, em parte essa grande polêmica acerca da distância que os clientes estão dispostos a caminhar para chegar em seu destino e para retornar ao seu carro se deve ao fato de que os estacionamentos não eram considerados importantes há algum tempo. Apenas recentemen-te está se rmando a noção de que o espaço onde o cliente deixa o seu au-tomóvel é o cartão de visitas de uma empresa, associação ou entidade,

responsável por transmitir uma pri-meira e, de preferência, muito posi-tiva, impressão do estabelecimento como um todo. Pensar a estrutura, o design e a organização dos estacio-namentos é, portanto, indispensável também por este motivo.

Para avaliar as variáveis qualitati-vas que envolvem o design de estacio-namento, a consultoria desenvolveu o sistema de classi cação chamado LOS (Level Of Service, ou Nível de Serviço). Ele considera o conceito A como ótimo, B como bom, C como médio, D como abaixo da média, E como falho e F como ruim.

Outras variáveis

Baseados em vários estudos, os consultores da Walker Parking, Mary Smith, vice-presidente sênior, e Tho-mas Butcher, vice-presidente execu-tivo, a rmam ter sido possível de-terminar ao menos quatro variáveis relacionadas ao trajeto: clima, grau de proteção ao clima, linha de visão (se é possível enxergar o destino a partir do estacionamento) e a “fric-ção” (alterações e interrupções no caminho, como travessia de rua ou mudança de vizinhança). No entan-

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Central

to, para trabalhar com todas essas possibilidades, seria necessário fa-zer uma matriz muito extensa. O que se sabe é que em locais com “fricção”, a tendência é que a dis-tância aceitável de trajeto seja re-duzida em pelo menos 25%.

A variável mais crítica, no en-tanto, é a do grau de proteção ao clima, o que ca claro nos resultados obtidos pela Walker Parking. A partir de cinco catego-rias (Totalmente Desprotegido, Coberto para Reduzir Efeitos de Chuva e Neve, Controle do Clima, Caminhada em Estacionamento Aberto, e Caminhada em Estacio-

namento Fechado), se de-terminou a distância que

as pessoas estavam dis-postas a caminhar,

tendo em vista os níveis de serviço

de A a D. [veja a ta-bela acima]A questão do clima varia mui-

to de lugar para lugar. Em algu-mas cidades, a neve e o frio desa-nimam a população. Mas o calor excessivo de outros municípios pode ser igualmente ruim para longas caminhadas – especial-mente em estacionamentos des-cobertos. Em uma cidade como Chicago (EUA), 487 metros é a distância máxima que é boa para atingir o LOS D em condições de tempo ideais.

Muitas vezes, o caminho en-tre a vaga de estacionamento e o destino incluirá mais de

um tipo de condição. Nes-se caso, a soma total do percurso não pode ser

maior que a distância com Con-trole de Clima no nível de serviço inferior. Em um aeroporto, por exemplo, deve-se caminhar 91 metros da vaga ao elevador e, então, menos de 152 metros até o terminal e mais cerca de 305 metros até o portão. O total não vai exceder os 730 metros previs-tos para o LOS B em Controle de Clima.

Apesar de todas as variações que existem, a Walker Parking acredita que seja possível desenvolver pa-drões, criando algumas categoriza-ções gerais. O estacionamento de um aeroporto, por exemplo, deve chegar à classi cação LOS A. Shoppings também devem car no me-lhor nível, com exce-ção dos nais de sema-na, quando é aceitável que o índice chegue a B. Estacio-namentos usados por poucas horas podem ser projetados para atingir apenas a classi cação LOS C.

“Walk Appeal”

De acordo com o arquiteto e urbanista Steve Mouzon, uma distância “confortável” para se caminhar não é uma constante, mas variável. “As distâncias que estamos dispostos a caminhar dependem da qualidade do am-biente”, a rma, referindo-se ao conceito do “Walk Appeal” (ape-lo para caminhar), ferramenta que foca nas características do ambiente construído que deter-minam o aumento ou a redução

Condiç es do Nível de Serviço LOS A LOS B LOS C LOS DControle do Clima 304m 730m 1,1km 1,5kmCoberto/Sem neve e chuva 152m 304m 457m 609mTotalmente desprotegido 122m 243m 365m 487mEstacionamento Aberto 106m 213m 320m 426mEstacionamento Fechado 91m 183m 274m 365m LOS = nível de serviço

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na disposição de uma pessoa em ca-minhar. A escala do “Walk Appeal” usa determinados recursos de design para explicar as di-ferenças entre dis-tâncias “caminhá-veis”.

“Não tenho dúvi-da de que Roma tem muito mais apelo para quem caminha do que um estacio-namento típico localizado em fren-te a duas megalojas americanas”, a rma Mouzon. “As pessoas não irão cruzar um mar de carros es-tacionados para chegar em outra loja porque esta experiência de ca-minhada é simplesmente terrível”, exempli ca, e completa: “Um mar de carros estacionados é uma ilha de calor, capturando e armazenan-do o calor do sol por todo o asfalto escuro, aumentando a temperatura do ar em dezenhas de graus, no ve-rão”. Além do Level Of Service, da Walker Parking Consultants, e do “Walk Appeal”, de Steve Mouzon, existem várias outras ferramentas que estão sendo desenvolvidas para orientar pro ssionais cujos negócios são afetados pela disponibilidade do cliente para caminhar. Para o se-tor de estacionamentos, esta é uma análise fundamental.

O livro “Pedestrian Planning and Design”, de John Fruin, trata do polêmico tema das distâncias razoáveis para que o cliente ca-minho do ou para o estacionamento. Entre as ideias apresentadas pelo autor está a de que há indicaç es de que o limite tolerável de caminhada relaciona-se mais à situação do que à energia. Segundo ele, outros fatores que entram em questão são o objetivo da para-da, o tempo disponível e o ambiente. Um dos objetos de estudo de Fruin foram os aeroportos, onde ele avaliou a distância percorrida da calçada ao portão. Ao passo que em Atlanta se anda cerca de 527 metros e em São Francisco menos de 400 metros, no aeropor-tos de Los Angeles, Detroit e Miami a distância não passa dos 335 metros. O problema de longos trajetos, nesses casos, é o fato de os usuários estarem com pressa ou carregando malas.

Planejamento para Pedestres

Steve Mouzon: melhor caminhar em Roma

do que em um grande estacionamento dos

Estados Unidos

Roma: ambiente

que convida a caminhar

Estacionamentos das megalojas

americanas: mar de carros e

ilha de calor

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Parking Brasil

Destaque

PARK(ing) Day transforma vagas

por um diaEvento muda a cara da cidade e coloca o estacionamento mais perto da população

Com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de mais espaços urbanos abertos, gerar debates e melhorar a qua-lidade de vida das pessoas que vivem nas cidades, acontece, no dia 20 de setembro, mais uma edição do PARK(ing) Day. O projeto nasceu em São Francisco, Califórnia (EUA), em 2005, por iniciativa do estúdio de arte e design Rebar. Desde então, o PARK(ing) Day se tornou um movimento global, no qual cida-dãos, artistas, organizaç es sem ns lucrativos, comunidades e até mesmo empresas colaboram para transformar, tempora-riamente, vagas de estacionamento em espaços públicos, pa-gando normalmente pelo tempo de uso da vaga de estaciona-mento o -street. Com isso, os participantes conseguem, a um custo baixo, “alugar” preciosos espaços urbanos.

Em 2011, 975 vagas foram transformadas nos mais variados cenários, dos mais elaborados aos mais simples, em 162 cida-des, de 35 países. Dentre as atividades encontradas pelas ruas estão curso de minigolfe, o cina de arte, ponto de encontro entre amigos, espaço cultural, palco de dança, salão de beleza, livraria e até estúdio de ioga. No Park(ing) Day de Dallas (EUA), a administração do evento incluiu até mesmo um palco com shows musicais. De Long Beach (EUA), veio a ideia de formar grupos de ciclistas que percorrem os pontos onde há as diver-tidas vagas.

O projeto permite que as pessoas interajam com sua cidade e pensem em como atividades como essas podem promover transformaç es.

Para saber mais, acesse o site www.parkingday.org.

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Parking Brasil

As fontes de energia renovável já estão na pauta dos governos ao redor do mundo. A Parking Brasil mostra como e por que os estacionamentos devem começar a aplicar esse conceito no setor

Sustentabilidade

Estacionamento Solar: a ideia que faz bem ao planeta

Estacionamentos em coberturas de prédios e em grandes áreas ao ar livre podem ser vistos como desperdí-cio de espaço. O primeiro passo para que esses locais se tornem sinônimos de sustentabilidade e de comprometi-mento é a instalação de painéis sola-res sobre as vagas. A ideia, que ainda é onerosa, traz inúmeros benefícios, especialmente ambientais.

De acordo com Donald Shoup, pro-fessor de Planejamento Urbano na Uni-versidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), uma vaga coberta com painéis solares, na Califórnia, gera cerca de 5 KW/h, o que, em um dia, é su ciente para fazer um carro elétrico andar por mais de 32 quilômetros. Sendo assim, o pequeno sistema de energia solar pode abastecer um carro elétrico para fazer o trajeto casa-trabalho.

A empresa de informática Dell já aplicou essa ideia no estacionamento de sua sede nos Estados Unidos. Parte das vagas é, desde 2009, coberta com painéis solares que têm capacidade de gerar 130 KW. O benefício para a natu-reza já é visível: mais de 65.770 kg de gases causadores do efeito estufa são neutralizados por ano. Além disso, o

estacionamento da Dell tem estações de recarga para veículos elétricos.

A redução do impacto ambiental se dá não só pela geração de energia para a alimentação de carros elétri-cos, mas porque os painéis solares possibilitam a utilização da energia excedente em liais, através do Sis-tema de Compensação de Energia; são fonte de reserva de energia para casos como desastre natural; e garan-tem a redução dos efeitos da ilha de calor nos centros urbanos. Tudo isso resulta em uma importante melhoria na imagem da empresa, mas não é só. Aliado a isso, somam-se vantagens como a redução nas contas de ener-gia e até mesmo uma maior atrativida-de do estacionamento, pela questão arquitetônica.

O Brasil avançaEm abril de 2012, o Brasil deu um

passo importante para incenti-

var a geração e apro-veitamento da ener-gia solar. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) im-plantou o Sistema de Compensação de Energia, que funcio-na a partir da instalação de dois medi-dores: um que registra a energia gasta e outro, a energia gerada. O sistema de energia solar fotovoltaica é ligado à rede elétrica e, assim, todo o exce-dente (o que é produzido, mas não é consumido) é injetado na rede da dis-tribuidora e vira créditos para o usu-ário, que poderá abatê-los em contas futuras. Empresas com liais podem, inclusive, usar esse crédito para as contas de outros estabelecimentos, desde que dentro do prazo limite de 36 meses. O programa da ANEEL vale para microgeração (até 100 KW de potência) e minigeração (de

Shoup: pequeno sistema de

energia solar pode abastecer

um carro elétrico para

fazer o trajeto casa-trabalho

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100 KW a 1MW), sendo aplicado a geradores de energia hídrica, solar, eólica e de biomassa.

O poder pú-blico tem papel fundamental no processo de po-

pularização da geração solar de energia. Shoup acredita que as cidades possam oferecer àque-les que não querem instalar painéis solares uma maneira de com-pensar o valor gasto

com energia alternativa ou através de medidas de conservação. Outra ação possível de ser executada pela admi-nistração pública é a especi cação de um número mínimo de painéis solares para cada vaga de estacionamento.

O futuro da energia solar

A primeira grande esperança para o futuro é o fato de o custo de insta-lação do sistema fotovoltaico estar caindo. A tendência é que os preços baixem nos próximos anos devido à produção em larga escala de painéis solares por países como a China e a Alemanha.

Acusada de estar praticando dum-ping, a China, maior produtora mun-dial de placas solares, estava cobran-do valores até 50% menores para eliminar a concorrência. Em agosto de 2013, China e União Europeia entraram em acordo a respeito do preço cobra-do pelos painéis solares. Ficou deter-minado que as placas chinesas podem

Onde instalar? O telhado é a melhor opção

É possível ampliar o sistema? Por seu um sistema modular, é fácil expandir o sistema fotovol-

taico depois da instalaçãoQual é a duração? O sistema fotovoltaico gera

energia por pelo menos 25 anosQuanto de energia se pode

produzir? O ideal é car em torno de 90

da necessidade, para que você não gere energia além do que é capaz de consumir em um ano

CONSULTE:www.americadosol.org/simulador: com o Simulador Solar é possível calcular a economia que se tem com a instalação de painéis sola-res. A ferramenta online foi cria-da pelo Instituto para o Desenvol-vimento de Energias Alternativas para a América Latina (IDEAL).www.americadosol.org/fornecedores: no link, há uma lista com as em-presas brasileiras que prestam serviço no setor.Ti

re s

uas

dúvi

das

Painéis solares do estacionamento da sede da Dell, nos Estados Unidos: neutralização anual de mais de 65.770 kg de gases causadores do efeito estufa

Paula Scheidt: aumento do uso de sistemas fotovoltaicos no Brasil graças ao vasto potencial solar do país

custar no mínimo 56 centavos de euro por watt e que a potência má-xima importada não pode exceder 7 gigawatts por ano. Os fabricantes da China que não aceitaram a nego-ciação – correspondentes a 30% do total – pagarão tarifas alfandegárias antidumping.

Na opinião de Paula Scheidt, ge-rente de projetos do Instituto Ideal (Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina), o movimento internacional mostra uma participação cada vez maior da geração solar na matriz energética, devido à queda de pre-ços de equipamentos fotovoltaicos e à preocupação quanto às emissões de gases do efeito estufa.

Em 2011, o mercado fotovoltaico brasileiro apresentou um crescimen-to de 140%. A projeção da Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro para os próximos oito anos é a de que 4 mil megawatts de ener-gia solar estejam instalados no país. Alguns Estados brasileiros já estão criando programa de incentivo às energias alternativas. É o caso de Minas Gerais, que, em agosto de 2013, lançou o Programa Mineiro de Energia Renovável – Energias Minas. O decreto nº 46.296 incentiva a pro-dução e o consumo de energia de fontes renováveis e contribui com o desenvolvimento sustentável. “O decreto cria, por exemplo, um trata-mento tributário especial para a pro-dução de componentes, ferramen-tais e na própria geração de energia renovável, e linhas de nanciamento de longo prazo oferecidas pelo Ban-co de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG)”, esclarece Paula. O Rio de Janeiro também adotou medidas de incentivo. Lançada em

2011, a Carta do Sol é uma iniciativa do Governo do Estado. O texto versa sobre a produção e o uso de energia solar. Dentre as 14 propostas está a de formar mão de obra quali cada para trabalhar em todas as etapas da cadeia produtiva da energia solar fo-tovoltaica.

“Com o vasto potencial solar do Brasil, a tecnologia tende a se con-solidar a cada ano no país, com mais e mais sistemas fotovoltaicos se es-palhando pelos telhados dos lares e indústrias brasileiras”, garante Pau-la. Para o setor de estacionamentos o potencial é grande, já que são, muitas vezes, áreas extensas sem sombreamento. “Os painéis solares em estacionamentos teriam uma du-pla funcionalidade: sombra para os veículos ao mesmo tempo em que funcionam como minigeradores”, sugere. “Pensem em supermercados que consomem muita energia com refrigeração durante o dia. Ao ins-talar uma cobertura solar, irão gerar sua própria energia sem precisar de um terreno exclusivo para isso, e ain-da irão valorizar sua marca junto aos clientes, já que os módulos estarão visíveis para todos”, conclui.

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Parking Brasil

Como é hoje a situação dos esta-cionamentos na Europa?

O estacionamento está se tor-nando um problema cada vez mais importante para a mobilidade urba-na na Europa. Estratégias de mobili-dade bem sucedidas agora dão toda a atenção para o estacionamento, enquanto que, há 15-20 anos, o esta-cionamento era visto muitas vezes como uma ideia distante. As razões para isso residem na maior compre-ensão e aceitação de que o tráfego em nossas cidades precisa ser ge-renciado. Quando o uso do carro era relativamente baixo, as cidades podiam acreditar na construção de

Estacionamento é parte importante no futuroda mobilidade urbana no mundo

Presidente da European Parking Association (EPA), Nick Lester concedeu esta entrevista exclusiva à revista Parking Brasil, na qual expõe a sua visão sobre a situação dos estacionamentos na Europa e no mundo. A poucos dias do congresso da entidade, que ocorre em Dublim, na Irlanda, em setembro, ele acredita que a oportunidade será valiosa para a troca de experiências entre os participantes, de nindo o que funciona e o que não funciona no setor de estacionamentos

Entrevista

um caminho distante do congestiona-mento. Isso foi chamado de “prever e prover” – foi feita uma previsão de futuras necessidades de tráfego e de estacionamento, e estradas adicionais e espaços de estacionamento foram construídos para atender a essas pre-visões. Tornou-se cada vez mais difícil fazer isso, já que, em nossas cidades, a construção de novas estradas para o tráfego tornou-se muito mais com-plicado nanceira, ambiental e politi-camente. Os níveis de tráfego devem,

portanto, ser geridos, e gestão de estacionamento é um elemento-cha-ve da gestão de tráfego. Isso deve ser combinado com outras medidas para melhorar o acesso dentro de ci-dades – tais como o incentivo ao uso mais amplo de ciclismo, caminhadas e transporte público, o que nos permite garantir um bom acesso sem incenti-var os congestionamentos. Essa ques-tão era originalmente um problema apenas para as maiores cidades, mas agora se estendeu às menores, devi-

do ao crescimento da pressão de tráfego.

Como esse mer-cado estará em 10 anos?

Essa tendência para uma maior ges-tão do estaciona-mento irá continuar. Isso vai exigir mais atenção em estacio-namento por parte dos municípios e vai obrigar as empresas privadas a fazerem mais para apoiar essa ideia.

Quais são os pon-tos fortes do setor de estacionamentos na Europa?

Tivemos mais ex-periência de gestão de estacionamento e tráfego, especial-mente em cidades históricas. Em muitas

outras partes do mundo, parti-cularmente na América do Norte e do Sul, há espaço para as cida-

des se expandirem para o campo. O crescimento é, portanto, acomodado no desenvolvimento de áreas de re-lativa baixa densidade, dando espa-ço su ciente para o tráfego e para o estacionamento. Na Europa, não há espaço para fazer isso. As densidades são altas e criam a necessidade de melhores ferramentas para o geren-ciamento de estacionamento. Essas ferramentas não são apenas equipa-mentos e tecnologia – ainda que es-sas sejam bem avançadas na Europa

Nick Lester: “Em nenhum lugar do mundo

o nível de cobrança de estacionamento é

como na Europa, e tivemos de encontrar

mecanismos diferentes para a introdução

da cobrança, pensando em novas

maneiras de apresentá-la ao público de

modo a torná-la aceitável”.

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–, mas também desenvolvimento de políticas e aumento da aceitação do público.

Que medidas estão sendo toma-das para resolver o problema da falta de espaço para estacionar nas ruas dos países europeus?

As cidades em toda a Europa têm abordado isso de várias maneiras. Em primeiro lugar, a maioria delas agora busca melhores formas de incentivar as pessoas a usarem o transporte público, caminharem e usarem bicicleta para chegar aos seus destinos, ao invés de usarem o carro. Para incentivar essa ideia, a maioria das políticas de desenvol-vimento estipulam limite máximo para estacionamentos, e não mais um mínimo, como acontecia ante-riormente. Por exemplo, no coração de Londres, um novo empreendi-mento comercial só pode ter uma vaga de estacionamento para cada 1.500m². Em segundo lugar, os mu-nicípios devem gerenciar o estacio-namento próximo a estradas onde a demanda é alta. Em áreas residen-ciais (principalmente próximas a es-tações ferroviárias), se dá prioridade aos residentes e seus visitantes. Em áreas comerciais, a prioridade é para a paradas rápidas e entregas. Nas áre-as residenciais, normalmente a priori-dade é dada a quem tem permissão de estacionamento – moradores que pedem a licença para o carro parti-cular e a permissão temporária para visitantes. Nas áreas comerciais, a organização é normalmente feita pelo preço. As tarifas são de nidas de acordo com a demanda do mer-cado, de modo que garanta cerca de 85-90% de ocupação, deixando um ou dois espaços disponíveis para todos aqueles que estão procurando vaga. Ao mesmo tempo, é frequente a exis-tência de um limite máximo de 2 a 4 horas, para desencorajar o estaciona-mento pelo dia inteiro. Essas aborda-gens, juntas, produzem cidades mais acessíveis e nas quais as pessoas não precisam usar tanto os carros – em Londres, apenas 6% dos trabalha-dores chegam ao centro de carro – mantendo-se, ao mesmo tempo, eco-nomicamente bem-sucedidas.

De que maneira a tecnologia tem ajudado os estacionamentos?

Tecnologia é cada vez mais im-portante para o estacionamento. Para o pagamento de tarifas, o uso de telefones celulares, aplicativos e cartões já é bastante difundido. Em estacionamentos, essas tecnologias são combinadas com o uso de reco-nhecimento automático de placa, dando um melhor nível de serviço ao cliente. Sensores em estaciona-mento de rua estão começando a ser introduzidos para indicar os es-paços que estão sendo utilizados. A melhor parte é que um maior esforço está sendo colocado em informações no estacionamento. Isso vai desde informações em tempo real sobre o número de vagas disponíveis até informações precisas sobre preços e regras em estabelecimentos parti-culares especí cos. No futuro, será possível integrar tudo com navega-ção por satélite. Assim, os motoristas poderão ser guiados até o melhor lugar para estacionar, saber quantas vagas estão disponíveis no destino e pagar automaticamente. Não ter de pagar em dinheiro será uma vanta-gem para os motoristas (que não pre-cisarão procurar moedas para pagar pelo estacionamento no local) e para os operadores (que irão economizar custos e aumentar a precisão, evitan-do lidar com dinheiro).

Como o senhor avalia a presen-ça de bicicletas e de programas de compartilhamento de carro elétrico na Europa? Isso vai ajudar a resolver problemas de mobilidade urbana?

Andar de bicicleta (e a pé) está, cada vez mais, sendo visto como uma forma importante de fazer o tráfego em nossas cidades funcionar. Tradicionalmente nós olhamos para a Holanda, onde, em algumas cida-des, o ciclismo pode corresponder a mais que 50% das viagens. Mas isso não acontece apenas na Holanda. Os países escandinavos, a Alemanha e

a Suíça – bicicleta não é apenas usa-da em países planos – também têm uma longa tradição de provimento e uso de bicicletas. Em outros lugares, especialmente nas cidades, estão sendo feitos grandes esforços para incentivar o ciclismo. Programas mu-nicipais de aluguel de bicicletas em cidades como Paris, Bruxelas, Barce-lona e Londres provaram ser popu-lares, e o sistema está crescendo. O objetivo é incentivar o maior número possível de pessoas a andar de bicile-ta, tanto para tirar o volume de tráfe-go das estradas (reduzindo, assim, o congestionamento), quanto para aju-dar na saúde pública. Os carros elétri-cos estão em fase inicial e os núme-ros ainda são baixos. Mas também há esquemas para incentivar o seu uso, como uma forma de reduzir a polui-ção. Novos estacionamentos geral-mente têm pontos de carregamen-to, e mais pontos de carregamento estão sendo colocados nas ruas. No entanto, ainda existem dúvidas quan-to à possibilidade de crescimento do mercado de carros elétricos, com questões especí cas relativas à tarifa e ao alcance, que ainda precisam ser respondidas.

Quais temas serão destaque du-rante o Congresso da EPA, na Irlanda?

Destacaremos as formas espe-cí cas através das quais o estacio-namento pode ajudar a mobilidade urbana. Todas as cidades querem se tornar mais prósperas, mais ecoló-gicas e mais acessíveis, e as estra-tégias de estacionamentos são a chave para isso.

Nick Lester é presidente da Associação Europeia de Estacionamento (EPA), cargo que ocupa desde 200 . Responsável pelo Parking and Tra c Appeals Service (PATAS, o Serviço de Recursos de Tráfego e Estacionamento), atua, também, no setor de estacionamentos privados em toda a Inglaterra e no País de Gales. Atualmente, é membro do Chartered Institute of Logistics and Transport (Instituto de Logística e Transporte) e da Associação Britânica de Estacionamento – da qual foi presidente no biênio 1999-2000.

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ESTACIONAMENTOEM FOCO

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Para divulgar produtos na seção Vitrine da Revista Parking Brasil, entre em contato [email protected]

Vitrine

Nepos integrada à academia

A novidade da Nepos é o sistema de academia. O aplicativo controla o momento de acesso do aluno e o período de utilização do estaciona-mento em academias de shoppings. O produto permite, ainda, atribuir

períodos de isenção (que podem ser uti-lizados de for-ma integral ou

fracionada), com a obrigatoriedade de check-in e check-out na recepção da academia.

NeposTelefone: (11) 3018-5488www.nepos.com.br

SkidataTelefone: 43-6246-8880www.skidata.com

Aplicativo da HUB: facilidade em troca de dados

Com o objetivo de promover segurança em coleta, consolidação e interpretação de dados, a HUB desenvolveu o aplicativo SmsGateway. Na sua interface, qualquer aplicativo client faz a inte-ração com o software de gestão. Para isso, basta uma conexão IP. Com o SmsGateway, é possível se comunicar com um ou mais clientes e com um agendador para automatizar tarefas. O aplicativo possibilita, de for-ma fácil e e ciente, a transferência de arquivo, a leitura de dados e a inserção no banco de dados.

Parking Mobility tem aplicativo em prol dos de cientes

Um aplicativo para smartphone ajuda a denunciar pessoas que estacionam indevi-damente em vagas destinadas a de cientes. O Parking Mobility está disponível gratuitamente na App Store. Com ele, o usuário pode enviar um relatório às au-toridades contendo uma foto da placa e da janela frontal do veículo infrator e uma foto da vaga do estacionamento. Par-te do dinheiro da multa cobra-da pela Administração Pública pode ser encaminhada a uma entidade carente.

Parking MobilityTelefone: (512) 348-7775www.parkingmobility.com v

HUBTelefone: (11) 5660-8500wwww.hubparking.com

Skidata: pagamento automático, segurança e comodidade

Acessível a todos e feita de acor-do com os padrões internacionais, a máquina de pagamento automático da Skidata oferece transparência, se-gurança e comodidade. Com design moderno e tela sensível ao toque, o equipamento tem uma altura de 80

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Agenda

Envie informações para a agenda

de eventos da Parking Brasil. Entre em contato com

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3 a 5

O Intertra c India volta a Nova Déli para a sua segunda edição, que acontecerá no India Expo Centre. Na programação, mostras de produtos e serviços relacionadas a estacionamento, segurança na estrada, gerenciamento de tráfego e soluções inteligentes para os problemas do setor.

Onde: Nova Déli (Índia)http://www.intertra c.com/

intertra c-india

A Abrapark não se responsabiliza por mudanças nas datas e programação dos eventos.

11 a 13

O 16ª EPA Congress é um evento da European Parking Association realizado a cada dois anos, onde os problemas e as perspectivas de tráfego parado em conexão com o desenvolvimento do tráfego nas cidades da Europa são discutidos.

Onde: Dublin (Irlanda)www.epacongress.eu

21 a 25

O Canadian Parking Association 2013 Annual Conference & Trade Show é o encontro anual da Associação Canadense de Estacionamentos que reúne empresários e fornecedores do país para debates, conferências e apresentação de produtos e tecnologias. A edição de 2012 ocorreu em Calgary e teve como tema “A Evolução dos Estacionamentos”.

Onde: Montreal (Canadá)www.canadianparking.ca

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7 a 10

A 62ª edição do NPA’S Annual Convention & Expo, da National Parking Association, reunirá líderes do setor para discutir tecnologia com resultados em tempo real. As inscrições podem ser feitas a partir de maio.

Onde: Hyatt Regency Chicago (Estados Unidos)

www.npaconvention.org/2013/

19 a 21

Com o slogan “Cidades inteligentes mudam o mundo”, o Smart City Expo – World Congress reunirá especialistas dos setores público e privado para discutir as melhores ideias para uma cidade inteligente. Os participantes terão a chance de iniciar relações com líderes do setor, conhecer empresas que trabalham para criar as cidades e assistir a palestras de congressistas de todo o mundo.

Onde: Barcelona (Espanha)http://www.smartcityexpo.com/

03 a 05

A Expo Parking é a única feira voltada exclusivamente para a indústria de estacionamentos do Brasil e será organizada, pela terceira vez, paralelamente ao TranspoQuip Latin America, o maior evento de infraestrutura para transportes da América Latina.

Onde: Pavilhão Vermelho, Expo Center Norte, São Paulo (Brasil)

www.transpoquip.com.br www.expo-parking.com.br

14 a 18

A 20ª edição do ITS World Congress ocorre este ano em Tóquio, no Japão. O encontro reúne pro ssionais e pesquisadores do mundo inteiro engajados em temas sobre Sistemas de Transporte Inteligente (Intelligent Transport Systems). A expectativa para esta edição, cujo tema será “Open ITS to the Next”, é receber 8 mil pro ssionais provenientes de mais de 60 países para mais de 250 sessões de palestras e conferências já con rmadas. A cada ano o encontro ocorre em um local diferente, entre Europa, Ásia-Pací co e América do Norte.

Onde: Tóquio (Japão)www.itsworldcongress.jp

3 e 4

A Abrapark realiza a terceira edição do Congresso Brasileiro de Estacionamentos, reunindo palestrantes de renome nacional e internacional e operadores e colaboradores do setor de todo o Brasil. Inscrições abertas no site www.congressoabrapark.com.br

Onde: Pavilhão Vermelho, Expo Center Norte, São Paulo (Brasil)

www.abrapark.com.br

Congresso3º Brasileiro de Estacionamento

São Paulo - Brasil - 2013

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Page 31: Julho/Agosto 2013

Julho/Agosto

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