jornal inclusão 20a edição

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Sorocaba/SP Novembro de 2012 Ano 2 - n o 20 Pág. 04 Pág. 04 Pág. 16 Pág. 06 Pág.07 Pág. 10 CIÊNCIA E TECNOLOGIA FIQUE LIGADO EDUCAÇÃO ESPECIAL ESPORTE ADAPTADO ESPAÇO SOCIAL EVENTOS EM SOROCABA QUALIDADE DE VIDA Pernambucanos criam tradutor em tempo real do português para Libras Pág. 08 Pág. 13 Colégio Montesso realizou a 3° Feira Cultural- SER HUMANO! Um ser inteligente? Brasileiro quer criar o Google Street View dos cadeirantes Livro enfoca o desafio de ensinar crianças surdas a ler Menino que joga futebol sem os pés conhece jogadores do Barcelona ADDS é declarada como de Utilidade Pública Municipal Conheças as “doenças” que dão direito a isenções para compra de veículos Conheça os benefícios da “Hidroterapia” para pacientes vítimas de AVC Pág. 03 Odair Biker Show Ele trocou revolta pela diversão e foi destaque em vídeo promocional da Paraolimpíada de 2016.

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Inclusão, necessidades especiais

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Page 1: Jornal Inclusão 20a Edição

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Sorocaba/SP Novembro de 2012 Ano 2 - no 20

Pág. 04

Pág. 04 Pág. 16Pág. 06 Pág.07 Pág. 10

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FIQUE LIGADOEDUCAÇÃO ESPECIAL

ESPORTE ADAPTADO

ESPAÇO SOCIAL

EVENTOS EM SOROCABA

QUALIDADE DE VIDA

Pernambucanos criam tradutor em tempo real do português para Libras

Pág. 08

Pág. 13

Colégio Montesso realizou a 3° Feira Cultural- SER HUMANO! Um ser inteligente?

Brasileiro quer criar o Google Street View dos cadeirantes

Livro enfoca o desafio de ensinar crianças surdas a ler

Menino que joga futebol sem os pés conhece jogadores do Barcelona

ADDS é declarada como de Utilidade Pública Municipal

Conheças as “doenças” que dão direito a isenções para compra de veículos

Conheça os benefícios da “Hidroterapia” para pacientes vítimas de AVC

Pág. 03

Odair Biker ShowEle trocou revolta pela diversão e foi destaque em vídeo promocional da Paraolimpíada de 2016.

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[email protected]

EDITORIAL

Por Dra Dariene Rodrigues - Fisioterapeuta

A hora da família em uma sociedade inclusiva

[email protected]

Você que é pai ou mãe de uma crian-ça com deficiência já deve ter ouvido falar em educação inclusiva, inclusão

social ou sociedade inclusiva. O que isso vem a ser exatamente e o que tem a ver com seu papel de pai ou mãe?

A ideia de uma sociedade inclusiva nasceu da união de forças de pessoas no mundo todo. Na área da atenção às pessoas com deficiência, elas próprias, seus amigos e fa-miliares tiveram um papel fundamental, organizando grupos para cobrar da socieda-de a garantia de seus direitos. Esses direitos referem-se à educação, à saúde, ao trabalho, ao esporte e ao lazer.

No entanto, o desafio é transferir esses direi-tos do papel para a vida diária dessas pesso-as. Mas, para mudar essa atitude, é necessá-rio o envolvimento direto das famílias e que esse processo de mudança seja iniciado por elas, uma vez que a formação do cidadão co-meça em casa.

No caso da chegada de uma criança com de-ficiência, a falta de informações da família é ainda maior. Muitos pais não sabem como agir nem decidir o que é melhor para os fi-lhos, deixando para médicos, professores, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas essa responsabilidade.

Assim, numa sociedade inclusiva, a relação dos profissionais com os familiares deve ser de cooperação, juntos na direção do atendi-mento das necessidades especiais da criança.

Outra tarefa de grande importância dos pais é a escolha da escola, de como desejam que seus filhos sejam educados, devendo respei-tar os valores e as crenças da família.

Enfim, a família de pessoas com deficiência deve estar presente em todos os momentos, participar das decisões, fazer valer os seus direitos e lutar por melhores condições de vida para todos.

EXPEDIENTEEditora: Dra. Dariene Rodrigues Jornalista: Daliani Ribeiro - MTB 57360Diagramação: Comunika Propaganda e MarketingComunicação Visual: Jéssica Nascimento Furquim Comercial: Fernando BorbaAssessora de Comunicação: Luciana Suemi Matumoto e Gilmara Fleury Colaboradores: Dep. Mara Gabrilli, Kica de Castro, Vera Garcia, Edna Rodrigues e Ricardo Shimosakai.

Apresentação: Fernando Negrão Duarte. Participação: Ana Diniz, Christian Rafael, Raphael Nogueira e Lívia Granato.Técnica de gravação: Christian Rafael.

VERSÃO ÁUDIO Gravado nos estúdios da UNISO

LOCAIS DE DISTRIBUIÇÃOPrefeitura, Câmara, Secretarias, ONG´s, Hospitais, Casa do Cidadãp, Instituto Brasileiro do Sono, Profissionais Liberais, Empresas Participantes, Distrito Industrial, Padaria Real, Padaria Santa Rosália, Padaria Sabina, Shopping Granja Olga, Revistaria Recreio, Banca Esplanada, Book Ville Campolim, Banca Nova York, Banca Fórum Velho, Banca 9 de Julho, Banca Largo do Divino, Banca Wanel Ville, Banca Avenida, Banca América, Banca Amizade, e Corredores Comerciais.

MAIORES INFORMAÇÕES: Cel.: (15) 8142-8580 E-mail: [email protected] Site: www.inclusaobrasil.com

Por Daliani ribeiro - Jornalista

A deficiência está no coração das pessoas

Nestes onze meses como deficiente física, com minha pouca vivência e convivência nesta condição, afirmo

que a deficiência, vista de uma óptica macro e abrangen-do todas as esferas possíveis, vai muito além de ser classi-ficada como “mental” ou “física”; ela está no coração das pessoas.

Tem muita gente que ainda não despertou para uma cons-ciência de compaixão e igualdade quando fala-se sobre “Inclusão” e, os deficientes em questão, ainda têm precon-ceitos consigo mesmos e se colocam como “excluídos”; como um círculo vicioso, um comportamento atrai o outro e assim, não há fim que encerre isso porque o trabalho de conscientização, deveria ter principalmente seus pilares de sensibilização emocional.

Criticar quem estaciona nas vagas reservadas para idosos ou deficientes, por exemplo, é o que mais vemos nas re-des sociais ou reportagens. Ótimo! Vergonha alheia é uma forma de trabalhar o que não se deve fazer mas, mostrar a dificuldade de um cadeirante para se “safar” dessa quan-do a vaga foi ocupada por quem não deveria, trabalharia o emocional coletivo e abriria portas mais profundas.

Poderíamos aqui enumerar e exemplificar diversas situ-ações a serem trabalhadas para iniciar um trabalho de transmutação amorosa à inclusão mas, eu, com minha vi-são e compreendendo ambos os lados (como deficiente ou não) farei a minha parte; aliás, acredito já fazê-lo a partir deste momento, escrevendo a respeito e, no que depen-der de mim, meu exemplo de superação e orgulho de mim mesma, serão ferramentas para que eu seja instrumento de transformação no coração das pessoas.

Vamos juntos sair do “racional” e conscientizar o “emocio-nal”!

CRÔNICA

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História de Superação

NOTA DA REDAÇÃO:Se você tiver sugestões, informações ou conhecer pessoas que sejam Histórias de Superação, por favor, entre em contato com a redação do jornal pelo celular 15 8142.8580 ou nos envie um email com fotos para: [email protected]

Odair Biker ShowJosé Odair da Costa, morador de Cerquilho, trocou revolta pela diversão e foi destaque em vídeo promocional da Paraolimpíada de 2016.

Não é fácil ganhar a vida em cima de uma bici-cleta no Brasil, um país

em que o ciclismo está longe de figurar entre os esportes mais populares. E o que dizer então se o ciclista em questão nasceu com uma má formação congênita e precisa usar próte-se numa das pernas?

Pois José Odair da Costa sub-verteu essa “ordem natural” e, sim, mesmo precisando de uma prótese na perna direita, ele não só anda de bicicleta com desenvoltura como rea-liza manobras radicais e, sim, pode dizer que ganha a vida em cima da bicicleta.

Seu principal ganha-pão, hoje, são os shows, que Odair anun-cia em seu Blog. A habilidade em cima da “magrela” lhe ren-deu um convite especial: par-ticipar do vídeo que lançou a logomarca dos Jogos Paraolím-picos de 2016, que serão reali-zados no Brasil.

O vídeo foi gravado em outu-bro do ano passado, e lançado durante cerimônia de inaugu-ração da árvore de natal da La-goa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

Ele conta que o convite veio depois que uma produtora viu seu blog e entrou em contato. Ele aceitou o convite e viajou até o Rio de Janeiro para as gra-vações, mas engana-se quem pensa que a tarefa foi pura di-versão. Odair teve de treinar bastante, já que a bicicleta usa-da nas filmagens era diferente da que está acostumado a usar. As gravações demoraram um dia, e Odair conta com orgulho de sua participação.

- Eu nunca tinha pedalado em uma pista de ciclismo e em velocidade. Fiquei muito feliz. Quero ser chamado cada vez

mais para participar de ações assim para incentivar outros deficientes. Precisamos mos-trar cada vez mais que todos somos capazes de realizar o que quisermos. Eu já passei e sei que muitos outros ain-da passam pelo sentimento de incapacidade. Temos que mostrar que nada é impossível devido à deficiência - explica o ciclista.

Aprendizado difícil Caçula de 11 filhos, Odair foi o único dos irmãos que nasceu com deficiência, e disse que demorou para aprender a li-dar com as diferenças. Ele tem uma má formação congênita que desde a infância o obrigou a usar próteses.

- Eu não aceitava ser o único da minha casa a ser deficiente. Tive sérios problemas emocio-nais durante a infância e ado-lescência por conta disso. Eu queria poder usar bermuda, mas tinha vergonha das próte-ses. Também queria andar de bicicleta como todas as crian-ças, mas não conseguia – re-lembra.

Foi com o apoio da família que Odair conseguiu superar os obstáculos físicos e emocio-nais. Aos poucos, percebeu que conseguia fazer as atividades rotineiras de garotos, inclusive andar de bicicleta. Foi aí que ele ganhou a primeira bicicleta e começou a treinar manobras.

Hoje, ele utiliza uma prótese que é resistente e também per-mite os movimentos.

-Tudo o que eu tenho hoje, consegui a partir do momento que eu deixei de ter preconcei-to comigo mesmo. E ao fazer esporte, minha vida agora é ou-tra. O esporte mudou a minha vida - conclui.

Vídeo do Lançamento da Marca Paralímpica Rio 2016: www.youtube.com/watch?v=WcEwC-cowKM&feature=player_embedded

Mais Informações:

Blog: www.bikershow. blogspot.com.br

Faça do seu Evento um Show de Superação Contato: (15) 9112-5800

Fonte: Redação

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Ciência e Tecnologia

Brasileiro quer criar o Google Street View dos cadeirantes

A vida de um cadeiran-te não é fácil. Apesar dessa afirmação ser

verdadeira, ela não passa de uma suposição quando vinda da boca de um não--cadeirante. Só dá pra ima-ginar as dificuldades de lo-comoção que alguém nessas condições enfrenta todo dia, se sentirmos na pele esse de-safio. Entender e se sensibili-zar com o problema implica em assumir a perspectiva de um cadeirante, e é exata-mente isso que o Acessibility View propõe.

O objetivo é mapear São Paulo do ponto de vista da acessibilidade. Mostrar os pontos mais críticos, as ro-tas mais viáveis e tudo mais que possa facilitar a vida da pessoa com deficiência físi-ca. “O Accessibility View vai

funcionar como um Google Street View das calçadas”, explica Eduardo Battiston o homem por trás da ideia. Para realizar esse mapea-mento, Eduardo quer pegar um grupo de membros da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), equipá-los com câmeras fotográficas e mandar essa turma pra rua, pra tirar fo-tos panorâmicas como as do próprio Street View.

A ideia é uma das finalistas do Creative Sandbox, o pro-grama do Google que vai patrocinar uma grande ideia brasileira que utilize pelo menos um produto da em-presa em prol de um mundo melhor. A iniciativa vence-dora será anunciada dia 5 de dezembro e receberá R$ 35 mil para ser colocada em

prática. O Acessibility View será um processo colabo-rativo e que, aos poucos, vai colocando a questão da acessibilidade no centro do debate público. Em tempos de eleição, essa necessidade fica ainda mais escancarada, “até porque a maior parte das pessoas com dificulda-des de locomoção acabam não votando, pelo próprio problema de acessibilidade nas zonas eleitorais”, como bem lembrou Eduardo nessa conversa com a GALILEU.

Se você tivesse que explicar como o Acessibility View funciona na prática, para alguém que nunca ouviu fa-lar dele: o que você diria?

Eduardo Battiston: A ideia é ajudar os cadeirantes a es-colherem as melhores rotas para seus trajetos e, também,

sensibilizar as autoridades para fazer a manutenção e as adaptações necessárias. Afinal, ajudar essas pessoas a se locomoverem pelas ci-dades ajuda na sua inserção na sociedade e, por que não, no mercado de trabalho.

O objetivo do Acessibility View é fazer as pessoas sen-tirem na pele como é difícil para um cadeirante se loco-mover por conta própria?

Eduardo Battiston: Esse é apenas um dos objetivos. O objetivo principal é ajudar as pessoas com deficiências a se locomoverem com maior facilidade, levando em conta os obstáculos – muitas vezes intransponíveis – que seus trajetos apresentam. Mas claro que, ao acessar o Accessibility View, uma pessoa sem necessidades

especiais vai poder ver – em primeira pessoa – como cada pequeno obstáculo pode impactar a qualidade de vida de um cadeirante.

Existe alguma cidade que seja modelo de acessibili-dade?

Eduardo Battiston: No mundo temos Toronto e Berlim como alguns exem-plos de acessibilidade. Mas, em geral, todas as capitais europeias dão um baile nes-se quesito na maioria das nossas cidades. Não sou nenhum expert no assunto, mas sei que Curitiba e Uber-lândia talvez sejam as cida-des mais avançadas do Brasil na mobilidade das pessoas com necessidades especiais.Fonte: www.revistagalileu.globo.com

Ideia pode ganhar patrocínio do próprio Google. Membros da AACD irão percorrer São Paulo para fotografar e mapear as calçadas da cidade.

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Ciência e Tecnologia

Pernambucanos criam tradutor em tempo real do português para Libras

Imagine um surdo usan-do um telefone celular? Ou melhor: ter, no seu

smartphone, um tradutor de português, em tempo real, para a Língua Brasileira de Sinais (Libras)? Interpretado por um personagem anima-do em 3D, o ProDeaf é uma plataforma de comunicação criada por uma empresa pernambucana com o obje-tivo de facilitar as dificulda-des enfrentadas por quem tem necessidades auditivas especiais.

O que poucos sabem é que as línguas de sinais não são meramente intuitivas, nem partem de sinais de mímica. Elas possuem códigos com o mesmo nível de abstração dos idiomas, com sintaxe e regras gramaticais próprias. “Um surdo não entende tudo diretamente do portu-guês, mesmo se estiver len-do. É diferente a tradução de Libras para o português. Por exemplo, a frase ‘eu vou para a praia’ escrita em português fica ‘eu praia ir’. As preposi-ções são cortadas e o verbo só existe no infinitivo quan-do traduzimos para Libras”, explica Lucas Mello, cientis-ta da computação e um dos idealizadores do projeto de acessibilidade.

A ideia dele surgiu durante a observação de um episó-dio envolvendo um surdo durante uma viagem. “Em 2010, eu estava passando um tempo em Vancouver, no Canadá. E vi um surdo chegando na universidade e pedindo informações a um ouvinte, que não entendeu nada. Ele saiu de lá sem con-seguir se comunicar. Fiquei pensando naquilo, entrei no metrô, abri o meu caderno e fiquei imaginando em como a tecnologia poderia ajudar essa pessoas. Essa foi a pri-meira ideia do protótipo do

Software foi desenvolvido para melhorar a acessibilidade dos surdos. Os idealizadores e executores do projeto foram vice-campeões das Olimpíadas mundiais de computação realizadas em 2011

sistema”.

Segundo Mello, o software que realiza traduções, em tempo real, do som falado para língua de sinais hoje tem atraído empresas de to-dos os portes. O projeto, atu-almente, tem o foco voltado para traduzir textos do por-tuguês para as Libras. “Nos sites, por exemplo, o surdo vai poder selecionar a parte não compreendida do texto numa janela. Então, um ava-tar vai traduzir em Libras a parte que ele não entender do texto”, afirma Mello.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geo-grafia (IBGE) , em 2010, a de-ficiência auditiva atingia 9,7 milhões de pessoas (5,1%) da população do Brasil, sen-do que a deficiência auditiva severa (pessoas com grande dificuldade ou incapazes de ouvir) foi declarada por 2,1 milhões de pessoas, das quais 344,2 mil eram surdas (0,2%).

Os idealizadores e executo-res do projeto foram vice--campeões das Olimpíadas mundiais de computação realizadas em 2011, em Nova

Iorque, a maior competi-ção de tecnologia do mun-do promovida pela Micro-soft. Além disso, o ProDeaf já foi campeão nacional do prêmio Ciab, da Federação Brasileira de Bancos (Fena-bran) , premiado no “Partner of the Year Awards 2012”, no Canadá, como parceira da Microsoft na área de cidada-nia, e campeão do prêmio da Wayra Contest, na Campus Party Recife 2012. O sistema desenvolvido por Mello e pela empresa pernambuca-na Proativa – Soluções em Tecnologia também capta, de uma câmera instalada no

celular ou smartphone, os movimentos produzidos por quem se comunica por meio de Libras. Do outro lado do telefone, é possível ouvir a tradução feita pelo software. Esta fase do projeto ainda não está totalmente pronta. Mas em breve e após a apro-vação do financiamento de alguns clientes, deve entrar em cena, ajudando ainda mais as pessoas com defici-ência auditiva. Atualmente, a empresa já conta com 12 profissionais focados nas pesquisas de acessibilidade.Fonte: www.g1.globo.com/pernambuco

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Educação Especial / Esporte Adaptado

Livro enfoca o desafio de ensinar crianças surdas a ler

Ensinar crianças surdas a ler é o grande desafio que o li-vro ‘Formação de leitores

surdos’, de Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins, discute. Afinal, ao longo da história da educação especial é grande a expectativa que se estabelece no processo de letramento da criança surda, tan-to dos familiares como dos pro-fissionais que a acompanham. A obra pode ser baixada gratuita-mente pela internet.

O livro, que integra a Coleção Pro-pg ebook da Editora Unesp, deba-te como o surdo, ao se constituir a partir das relações sociais e de outras manifestações de lingua-gens (oral, expressão corporal, fa-cial, gestos e fragmentos de fala), consegue partilhar situações de produção da linguagem, por in-termédio da leitura. A autora con-sidera as crianças surdas como não indiferentes à criação cultural do mundo.

A pesquisa, nesse aspecto, reaviva discussões a respeito da comple-xidade dos fatores envolvidos nas propostas da educação inclusiva. O material empírico usado possi-bilita o debate de dados focados nos aspectos da prática educativa que pretende formar leitores sur-dos.

O material é de interesse para educadores que atuam no ensino regular e são chamados a prati-car a educação inclusiva. Discute

aspectos que incluem vocábulos como ousadia e ruptura. Isso se expressa no ato de selecionar o assunto leitura das crianças sur-das como objeto de atenção em uma perspectiva não biológica.

A autora - Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins é graduada em Pedagogia pela Unesp, mestre em Educação pela Unicamp e douto-ra em Educação pela Unesp, onde é professora do Departamento de Educação e Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Filo-sofia e Ciências, Câmpus de Ma-rília, SP.

Coleção – A Coleção Propg e-book é resultado do Programa de Edi-ção de Textos de Docentes e Pós--graduados da Unesp. Por meio do programa, criado em 1993, são publicados até 30 títulos por ano exclusivamente de cunho acadê-mico produzidos por docentes e pós-graduados da universidade nas três grandes áreas de conhe-cimento – humanas, biológicas e exatas.

Até 2011, o programa, concebido para dar visibilidade e alcance aos trabalhos produzidos na aca-demia, editava apenas livros im-pressos para comercialização em livrarias. Entre os títulos editados até agora, dois receberam o Prê-mio Jabuti.

A partir de 2012, as obras serão oferecidas somente em formato

digital, o que possibilitará ampliar de modo incalculável a distribui-ção, uma vez que os downloads são gratuitos. Os livros também poderão ser impressos, mas sob demanda. Todos os livros publi-cados pelo programa têm direitos autorais regulamentados pelo sis-tema copyleft. Detalhes das nor-mas gerais de copyleft podem ser acessadas em www.pt.wikipedia.org/wiki/Copyleft

O livro está disponível para do-wnload gratuito ou impressão sob demanda em

www.editora.unesp.br/

Fonte: www.unesp.br/

Publicação é de especial interesse para quem atua na educação inclusiva.

Bradesco lança Fan Page no Facebook para pessoas com deficiência auditiva

A Fan Page do Bradesco no Facebook vai apresentar um novo ambiente, onde serão disponibilizados víde-

os de diversos assuntos, entre tutoriais, serviços, campanhas e dicas de seguran-ça na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para acessar, basta clicar no ícone Bra-desco Libras.

De maneira lúdica, com a imagem de uma intérprete de Libras, o Bradesco marca mais um ponto na inclusão social e digital, suprindo a necessidade de co-municação com esse público nas Redes Sociais. “Somos pioneiros no Facebook com aplicativo de acesso à conta e equi-pe 24X7 focada norelacionamento com Cliente. Agora, apresentamos mais uma novidade inédita, que fortalece o nosso objetivo de atender todos os perfis de clientes do Bradesco”, afirma Luca Ca-valcanti, Diretor dos Canais Digitais do Bradesco.

Também foram criados emotions em Li-bras para que o visitante da página possa fazer comentários nos vídeos e intera-gir com o banco e com outros usuários. Atualmente, os clientes com deficiência auditiva também encontram o serviço de Libras no site do Bradesco, no campo “Abra sua Conta”, onde por meio de ví-deo, uma assistente ensina passo a passo como preencher o formulário para aber-tura da conta.

O ambiente, desenvolvido pela CD Clip, contará inicialmente com 10 vídeos em Libras acompanhados de legenda. “Este é um trabalho inusitado, muito especial e transformador para todos. Principal-mente para os usuários, que passam a ter um espaço direcionado para eles”, diz Claudio Odri, diretor de criação e opera-ção da agência.“O desenvolvimento de novos vídeos será realizado a partir de novidades que publicamos na nossa Fan Page, como lançamentos de produtos, dicas de aplicativos, entre outros”, com-pleta Cavalcanti.

Fonte: Vida Mais Livre

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Educação Especial / Esporte Adaptado

Menino que joga futebol sem os pés conhece jogadores do Barcelona

Um sonho realizado. Tudo começou em julho desse ano, no

interior do Rio de Janeiro, quando o Esporte Espeta-cular mostrou a trajetória de vida do Gabriel, um menino de 11 anos que joga futebol sem os pés. Só que desta vez a história foi outra. O encon-tro entre Gabriel e seu ídolo Messi tomou conta dos jor-nais do mundo inteiro.

“Oi, tudo bem? Estou encan-tado”. Essas foram as primei-ras palavras de Gabriel para Messi durante o aperto de mão. Envergonhado e sem entender espanhol, o meni-no pegou a bola e começou a jogar futebol com o ídolo. Com embaixadinhas, dribles

e até uma caneta no jogador, Gabriel recebeu elogios.

- Ele tem a graça de todo bra-sileiro - disse Messi.

Em minutos, os dois pare-ciam amigos. Gabriel deu bronca em Messi e afirmou que o jogador não foi bem no jogo contra o Celtic. Tam-bém disse que o atleta é mais baixo pessoalmente e que jogaria uma partida com ele. Entre fotos e brincadeiras, o menino ganhou uma cami-seta autografada e convidou o jogador para a Copa do Mundo de 2014.

- Messi, quero te encontrar no Brasil, na Copa do Mun-do - falou Gabriel.

Pedido aceito, mas com uma condição. O garoto brasilei-ro mudou de lado. Ele pro-meteu torcer para a Argen-tina só para ver o craque de perto mais uma vez. Gabriel também conheceu todos os jogadores do time do Barce-lona, ganhou elogios do téc-nico e bateu uma bola com o brasileiro Daniel Alves.

- Você é um exemplo aqui pra gente. Nós jogamos, mas o exemplo aqui é você - disse Daniel Alves.

A agenda estava lotada. Ga-briel conheceu toda a parte interna do estádio do Barce-lona, o Camp Nou. Ele teve como guia o diretor do mu-seu do Barça, Jordí Penas.

Entrou na tribuna de honra, sentou na cadeira do presi-dente do clube, passou pelo corredor de acesso e final-mente chegou ao campo.

- A grama está fofinha – disse Gabriel.

- É fácil jogar aí, Gabriel? – perguntou o repórter Mauro Junior.

- Muito fácil – respondeu o menino.

E ele jogou. Como todo bra-sileiro, Gabriel não deixou de bater uma bolinha. Trei-nou com as crianças da es-colinha do Barcelona por um dia. Driblou, fez gol e surpreendeu os meninos de

seis anos.

- Surpreende muito porque ele tem uma boa técnica, é coordenado e entende fácil o jogo – disse o professor.

Foi uma experiência ines-quecível para Gabriel. Na ba-gagem, ele leva a lembrança de jogar com seu ídolo, ca-misetas dos jogadores do Barcelona e uma inspiração para a vida toda.

- Mais do que no futebol, transmitimos valores de companheirismo e traba-lho em equipe – disse Quim Strada, tutor de formação do Barcelona.

Fonte: www.globoesporte.globo.com

Ele prometeu torcer para a Argentina só para ver o craque de perto mais uma vez.

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Eventos em Sorocaba

Colégio Montesso realizou a 3° Feira Cultural- SER HUMANO! Um ser inteligente?

No dia 10 de novembro o Colégio Montesso, lo-calizado a Rua Catulo

da Paixão Cearense, n° 97- Vila Jardini- Sorocaba, realizou a 3° Feira Cultural- SER HUMANO! Um ser inteligente? Envolveu a direção, professores, alunos desde a educação infantil até o ensino fundamental II e pais.

O objetivo da feira foi pro-mover uma reflexão sobre os valores humanísticos e incen-tivar a prática desses valores no dia-a-dia escolar, multipli-cando as oportunidades do sentir, do agir, do escolher e de comunicar, deixando cada aluno mover-se na conquista de si próprio, fazendo com que vivencie o aprendizado com suas percepções, expressões e suas críticas.

O 5° Ano apresentou o tema “Histórias de Superação”, onde os educandos puderam co-nhecer a vida e a história de pessoas com deficiência que superaram suas dificuldades através do esporte. Aprende-ram a valorizar as pessoas com deficiência, que deram a vol-ta por cima e conseguiram se superar até conseguir alcan-çar seus objetivos, mostran-do uma determinação e uma força interna impressionante. Segundo a professora Tamara Rodrigues, os alunos também descobriram um novo modo de ver, pensar, sentir e agir em relação a essas pessoas e perceberam que a superação através do esporte mostra que existem muitas maneiras de vencer as adversidades impos-tas pela vida.

Seguem os projetos que foram abordados na feira:

• Infantil 1/2/3- Eu, a Natureza e os Animais.

• 1° Ano- A importância do brincar- Brincadeiras e Brin-quedos.

• 2° Ano- Educação: A diversi-dade cultural em sala de aula.

• 3° Ano- Reciclar: A hora é agora- O futuro do planeta está

em nossas mãos!

• 4° Ano- Inteligência Emocional.

• 5°Ano- Histórias de Superação.

• 6° Ano- Adolescência: Um novo olhar.

• 7° Ano- Desigualdade Social: Uma responsabilidade de to-dos nós!

• 8° Ano- Transitar em harmo-nia: Lição de cidadania!

• Ao longo da feira também fo-ram ministrados algumas pa-lestras

Também estiveram presentes durante o evento, colaboran-do com os temas, os seguintes grupos:

CCR – Via Oeste: Companhia de Concessões Rodoviárias.

Cordeiro Pneus: Produtos e serviços automotivos.

Cortez Móveis: Móveis e arti-gos escolares.

FABET: Fundação Adolpho Bó-sio de Educação no Transporte.

FTD: As iniciais da editora são uma homenagem a Frère Thé-ophane Durand.

Integra: Profissionalização e Socialização do Deficiente Au-ditivo de Sorocaba.

Palestrante Jean Silva: Do Gru-po CCR.

Policia Militar Rodoviária: Pa-lestra sobre direção defensiva.

SAAE = Vídeo Institucional e folhetos explicativos

Zoológico Municipal de Soro-caba: Animais taxidermizados.

No final do evento, o Jornal Inclusão Brasil, representado pela Dra. Dariene Rodrigues parabenizou a escolha do tema e a sua importância e também fez uma breve explanação so-bre “SUPERAÇÃO”, levando a convidada Marinalva Almeida (deficiente física e atleta).

Page 9: Jornal Inclusão 20a Edição

P 9

Cultura, Lazer e Turismo Acessível

Butantan cria “museu em Braile” em SPIniciativa, em parceria com a Fundação Dorina Nowill, tem como objetivo aproximar a cultura científica e as pessoas com deficiência visual.

O Museu de Microlbio-logia do Instituto Bu-tantan, unidade da

Secretaria de Estado da Saú-de de São Paulo, acaba de implantar o programa Mi-croToque, voltado para pes-soas com deficiência visual parcial ou total. A iniciativa, inédita, tem como objeti-vo estimular a curiosidade científica e propiciar opor-tunidade de aproximação entre a cultura científica e as pessoas com deficiência vi-sual, por meio da produção de conhecimento, da pes-quisa e da educação.

Para a produção do material, o Butantan contou com a parceria da Fundação Dori-na Nowill.

O público com deficiência visual contará com uma ma-quete do Museu de Micro-

biologia, composta de ma-teriais de alta resistência ao toque e também coloridos com duas cores contrastan-tes, de forma a facilitar a vi-sualização por pessoas com baixa visão.

A exposição conta, ainda, com modelos do vírus HIV, da bactéria Escherichia coli, do protozoário Trypanosso-ma cruzi e do fungo Peni-cillium notatum, todos con-tendo legendas em Braille e em macrocaracteres, repre-sentados em modelos tridi-mensionais.

Há também a visita à Praça dos Cientistas, que abriga 11 bustos de renomados cien-tistas nacionais e estrangei-ros que de alguma forma contribuíram para o desen-volvimento da microimuno-logia.

Neste espaço, as pessoas com deficiência visual po-derão tocar nos bustos, ler seus nomes em Braille e ouvir uma pequena descri-ção de seus feitos por meio de áudio guias. Ao final do passeio, o Instituto Butantan presenteia o visitante com um CD-Lembrança.

Museu de Microbiologia

O Museu de Microbiologia abriga uma exposição de longa duração, pela qual os visitantes realizam uma via-gem interativa no mundo in-visível dos microrganismos.

Equipamentos, painéis, mo-delos tridimensionais de bactérias, vírus e protozo-ários explicam as bases da microbiologia e revelam o que são os chamados “ger-mes” ou micróbios.

De maneira interativa, é possível manipular micros-cópios e observar, por exem-plo, microrganismos vivos em uma gota de água não tratada. Neste mesmo espa-

ço há uma série de computa-dores apresentando filmes, animações, atividades inte-rativas, entre outros.

Fonte: Vida Mais Livre

Page 10: Jornal Inclusão 20a Edição

P 10

Espaço Social

ADDS - Associação Desportiva dos Deficientes de Sorocaba é declarada como de Utilidade Pública Municipal Título Original: O Encantador de

Cavalos (The Horse Whisperer)Lançamento: 1998Direção: Robert RedfordGênero: DramaDuração: 2h 27min

Sinopse: Uma adolescente em companhia de uma amiga sofrem um acidente quando andavam a cavalo e são atropeladas por um caminhão, sendo que sua colega morre e ela perde uma perna. Seu cavalo fica também bastante ferido e querem sacrificá-lo, mas a mãe da jovem, a editora de uma conhecida revista, não autoriza que o matem e tenta trazer para Nova York um es-pecialista em cavalos que se recusa a ir. Assim, a mulher deixa o marido em casa, põe a filha no carro, o ca-valo em um trailer e viaja até Mon-tana para conhecer este rancheiro, esperando que ele ajude a curar al-gumas feridas internas, tanto da sua filha quanto do animal. O processo de recuperação é lento, mas após al-gum tempo os resultados começam a aparecer e paralelamente a edito-ra e o rancheiro se apaixonam.

Dica de filme

Dica de Audiolivro

Título: Pergunte aos seus SonhosEditora: AudiolivroAutora: Rosa DeSouzaNarração: Aguinaldo Filho Formato: CD ÁudioDuração: 1 Hora

Descrição: Esta obra nos oferece o poder de transformar nossas vi-das e a nós mesmos. Ensina a focar e a facilitar a comunicação entre consciente e o inconsciente de for-ma tal que permitirá interagir com o Eu Superior durante os sonhos, abrindo uma porta muito especial do nosso Ser. O subconsciente será colocado a seu serviço, porque os sonhos podem ser fonte do mais profundo conhecimento, orienta-ção e proteção da vida diária. Rea-prendendo a pensar durante o dia, você será livre durante o tempo em que sonhar. Os pensamentos diur-nos afetam seus sonhos e o que so-nha afeta o seu dia-a-dia. Você deve afastar pensamentos negativos eenfrentar a vida com dignidade, no-breza, auto-estima e autorespeito para realizar seus sonhos.

Na 66° pauta da sessão ordinária do dia 18 de Outubro de 2012, na

Câmara Municipal de Soro-caba, a Associação Despor-tiva dos Deficientes de So-rocaba (ADDS) foi declarada como de Utilidade Pública Municipal. De autoria do ve-reador Rozendo de Oliveira (PV).

Fundada em 2010, a entida-de tem como objetivo inte-grar socialmente a pessoa com deficiência, através de ações relacionadas ao espor-te, trabalho, saúde, cultura e lazer, além de lutar pelos seus direitos.

Atualmente, localizada à Rua Vicente Lázaro Filho, 99- Sala 1- Wanel Ville II, oferece assistência jurídica, fisioterapia especializada, inclusão no mercado de tra-balho, consultoria em aces-sibilidade arquitetônica e outras informações ligadas aos direitos das pessoas com deficiência.

Já o condicionamento físico e o esporte adaptado (han-debol em cadeira de rodas), são desenvolvidos no Giná-sio do Sindicato dos Bancá-rios, localizado à Rua Itaque-ra, 217 – Vila Barão.

Os trabalhos são mantidos através da participação de eventos sociais realizados no município.

Por isso, contamos com a

sensibilização e colaboração da população para viabili-zarmos a manutenção e cus-tas dessa iniciativa

Para colaborar é bem sim-ples: a doação pode ser feita através do cadastro de sócio--contribuinte (mensalidade) e/ou doações de materiais ou equipamentos.

Estamos abertos a parcerias com pessoas voluntárias que desenvolvam ações sociais através de campanhas e

eventos em prol da entidade.

Além disso, buscamos em-presas interessadas em pa-trocinar o nosso Time de Handebol em Cadeira de Rodas através do custeio de uniforme e despesas com viagens para participações das Etapas dos Campeo-natos Paulista e Brasileiro, representando a cidade de Sorocaba.

Mais informações: (15) 8142-8580

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Leis, Jurisprudência e Políticas Públicas

Projeto prevê adaptação de bibliotecas a deficientes visuais

Projeto amplia prazo de duração de estágio para pessoas com deficiência

Para a implantação do programa, deverão ser firmados convênios entre a União, os estados e os municípios.

Está em análise na Câ-mara o Projeto de Lei 4141/12, do deputado

Onofre Santo Agostini (PSD--SC), que autoriza a União a instituir um programa nacional para inclusão das pessoas com deficiência vi-sual nas bibliotecas públi-cas. O objetivo do programa é organizar a estrutura e os espaços para acesso às obras literárias.

Segundo o projeto, as biblio-tecas deverão ter: prateleiras para os livros em Braille; in-dicações em alto relevo nas prateleiras, com autor, títu-

lo, editora e data de edição; e indicações em alto relevo no piso desse local, em mesas e escadas, para o direciona-mento até as prateleiras es-pecíficas.

Para a implantação do pro-grama, deverão ser firmados convênios entre a União, os estados e os municípios.

Onofre Santo Agostini afir-ma que o projeto pretende garantir a democratização do acesso à informação por um processo inclusivo. “Isso será alcançado por meio da facilitação de acesso aos

livros impressos em Brail-le disponíveis no mercado, assim como condições es-truturais e de comodidade local para a leitura de tais exemplares, em todas as bi-bliotecas públicas do Brasil, de forma obrigatória”, disse.

Tramitação

O projeto tramita em con-junto com a proposta que cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PL 7699/06). O estatuto aguarda inclusão na pauta do Plenário. Fonte: Agência Câmara de Notícias

A Câmara analisa o Pro-jeto de Lei 4443/12, do deputado Márcio Ma-

rinho (PRB-BA), que dobra de dois para quatro anos o prazo do estágio para aluno com deficiência.

A Lei do Estágio (11.788/08) estabelece que o estágio em uma mesma empresa para

pessoa com deficiência não pode exceder dois anos.

Segundo Marinho, não há vantagem em limitar a dois anos o período em uma mesma empresa. “A neces-sidade de troca do local do estágio pode interferir nega-tivamente em trajetória de formação bem sucedida.”

Tramitação

A proposta, que foi apensa-da ao PL 4579/09, será anali-sada conclusivamente pelas comissões de Educação e Cultura; Trabalho, de Admi-nistração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

A Lei do Estágio (11.788/08) estabelece que o estágio em uma mesma empresa para pessoa com deficiência não pode exceder dois anos.

Você já parou para pensar que a maioria dos espaços, serviços e produtos são projetados para o “homem

padrão”? Se você olhar ao seu redor vai perceber que o lugar onde compartilha todas as suas atividades - seja no trabalho, nos estudos, no lazer e até mesmo na sua casa - está preparado para receber plenamente apenas um tipo de pessoa, com uma única forma. Ou um mesmo dese-nho.

Repare nisto. Depois tente perceber se você consegue en-xergar nestes mesmos espaços as mesmas pessoas. Feito este exercício você irá enxergar a discrepância entre as formas que existem de acesso e as formas que cada ser humano apresenta. Basta que você pense no anão, no idoso, em um obeso, em uma criancinha ou em um tipo físico oposto, como um jogador de basquete. Você acre-dita que em meio a tanta diversidade, encontraremos as mesmas necessidades?

Se distanciar da nossa realidade é uma forma de conhe-cer um novo universo e fazer parte dele. Poder dividir o mundo com pessoas de peso, altura, cor e idade diferen-tes das nossas é único. Partindo deste ideal de igualdade e diversidade, conceitos que belamente se completam, por que não criarmos espaços e serviços que atendam a todos?

O Desenho Universal é um conceito que tem por objeti-vo definir produtos e ambientes, contemplando a diver-sidade humana: desde as crianças, adultos altos e bai-xos, anões, idosos, gestantes a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Em meu portal (www.maragabrilli.com.br/livros) é possível fazer o download da cartilha do Desenho Universal e aprender na prática como aplicar este conceito transformador.

Desde que assumi a Secretaria da Pessoa com Deficiên-cia, em seguida o cargo de vereadora e hoje Deputada Fe-deral, fiz questão de divulgar o conceito do Desenho Uni-versal, tanto no que diz respeito ao acesso físico, quanto à prestação de serviços e a própria atitude de quem o ofe-rece. Esse pensamento não deve fazer parte só da agenda dos gestores públicos, mas de toda a sociedade.

A acessibilidade de um espaço deve ser compatível com o serviço e o tratamento das pessoas. Construir rampas levantando também o respeito pelas pessoas que preci-sam passar por ali para terem acesso a determinado lu-gar ou serviço. Entender que uma instituição de ensino deve ser adaptada porque uma pessoa com os mesmos anseios que você também tem sede de conhecimento e sonha com um futuro profissional, mas para isso precisa de acessos.

Enfim, saber que a acessibilidade de espaços e produtos depende também da sua maneira de encarar a necessi-dade do outro. Uma sociedade justa oferece condições iguais a todos, respeitando e aprendendo com as diferen-ças de cada um. Este é o primeiro passo e depende de você.

Desenho Universal: um conceito de inclusão na prática

WWW.MARAGABRILLI.COM.BR

Por Mara Gabrilli- Deputada Federal (PSDB)

POLÍTICAS PÚBLICAS

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Inclusão, Moda e EstiloRetratos da Inclusão

[email protected]“Vida em Cena - Carina no dia do seu casamento” - Kica de Castro

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Saúde e Qualidade de Vida

Conheça os benefícios da “Hidroterapia” para pacientes vítimas de AVC

O Acidente Vascular Ce-rebral (AVC), chama-do popularmente de

derrame, é uma obstrução ou rompimento de um vaso sanguíneo cerebral, que pode evoluir com déficits neuroló-gicos. Dados atuais mostram que ocorrem cerca de 20 mi-lhões de novos casos de AVC no mundo, e que 1/3 dos casos não fatais evolui com seque-las, sendo essa enfermidade a maior causa mundial de inca-pacidade. As sequelas às quais as pessoas que sofreram AVC estão sujeitas variam confor-me a localização e a extensão da lesão. Tais consequências envolvem alterações senso-riais, cognitivas e limitações motoras, como a paralisia ou paresia de um lado do corpo, que dificultam a realização adequada das atividades da vida diária.

A dificuldade do paciente em dominar o início do movi-mento e o controle motor vo-luntário, gera redução da Am-plitude de Movimento (ADM) e da força muscular, podendo interferir inclusive no ‘cami-nhar’, através de alterações na velocidade, comprimento dos passos, equilíbrio e reações de proteção. Diante desse qua-dro, o fisioterapeuta tem como objetivo identificar as funções prejudicadas e estimulá-las vi-sando à melhora da funciona-lidade e da qualidade de vida do paciente, bem como a sua reinserção social.

A fisioterapia aquática ou hi-droterapia, recurso terapêuti-co realizado em uma piscina aquecida utilizando técnicas específicas, tem como obje-tivo reabilitar os distúrbios funcionais, manter as funções preservadas e prevenir novos agravos. Ela está fundamen-tada nos princípios físicos da água como flutuação, densida-de, pressão hidrostática e vis-cosidade. As técnicas empre-

Veja como as propriedades terapêuticas da água podem ajudar na recuperação de pacientes com Acidente Vascular Cerebral.

gadas vão desde movimentos passivos até exercícios ativos com ou sem cargas resistivas, além de técnicas particulares como Watsu e Halliwick.

O meio aquático proporciona estimulação sensorial global que envolve os sistemas visu-al, auditivo, tátil, vestibular e proprioceptivo. Esse ambiente favorece a reabilitação através da facilitação do movimento e da redução das sobrecargas articulares geradas pela dimi-nuição da ação da gravidade, proporcionando ao paciente uma maior ADM, permitindo a realização de atividades di-

fíceis no solo. Outro benefício da terapia aquática é a susten-tação causada pela viscosida-de da água juntamente com a pressão hidrostática, auxilian-do o paciente a manter-se em pé de forma mais indepen-dente e por um maior período de tempo.

As propriedades da água, os materiais utilizados e as con-dutas adotadas podem facili-tar ou dificultar as atividades durante a terapia aquática. A produção de turbulência, por exemplo, cria um meio instá-vel enfatizando o treino das re-ações de equilíbrio e proteção.

Por outro lado, a própria vis-cosidade desse meio permite um maior tempo de resposta motora, facilitando assim o aprendizado das reações nas situações de desequilíbrio. Dessa forma, é possível modi-ficar o meio aquoso de diver-sas maneiras, adequando-o a cada situação terapêutica de-sejada.

Dentre os diversos benefícios da hidroterapia, já comprova-dos cientificamente, encon-tram-se o aumento da ADM, a redução da tensão muscu-lar, reeducação dos músculos paralisados com consequente

melhora da força e da resistên-cia muscular, analgesia, ade-quação do equilíbrio, além da evolução do desempenho das atividades funcionais e da ca-minhada.

Essas razões e as recentes evi-dências científicas mostram a Fisioterapia Aquática como um importante recurso na re-abilitação dos pacientes com AVC, promovendo a melhora do desempenho funcional e a consequente devolução da autoconfiança e independên-cia desses indivíduos.

Fonte: Da Redação

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Serviços

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Mercado de Trabalho

O Projeto de Lei 4297/12, do deputado Ângelo Agnolin (PDT-

-TO), permite que pessoas com deficiência continuem a receber uma parte do Be-nefício de Prestação Conti-nuada (BPC) mesmo depois de empregados. Pelo texto, o pagamento poderá continu-ar por um ano após a assina-tura da carteira de trabalho, nos seguintes porcentuais:

-com redução de 15% para quem recebe até um salário mínimo;

-com redução de 30% para

beneficiários com até dois salários mínimos;

-com redução de 50% para aqueles que ganham até três salários mínimos.

Atualmente, a Lei Orgâ-nica da Assistência Social (8.742/93) prevê a suspen-são do benefício assim que a pessoa com deficiência for empregada formalmen-te. Por esse motivo, segundo Agnolin, as empresas encon-tram dificuldade para cum-prir a lei da reserva de vagas (8.213/91).

De acordo com o deputado,

essa realidade gera “um efei-to perversamente colateral: o pagamento de multas pelo não preenchimento de va-gas pelas empresas e, conse-quentemente, o ingresso das pessoas com deficiência na informalidade”.

Tramitação

Em caráter conclusivo, o projeto foi encaminhado às comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto de lei permite pagamento de parte do BPC à pessoa com deficiência empregada

Ricardo Shimosakai

[email protected]

TURISMO ADAPTADO

Os seguros viagem geralmente protegem passageiros em caso de acidente, extravio de bagagem, assistência

jurídica, entre outras ocorrências. Porém nenhum oferece assistência específica a problemas relacionados à pessoa com deficiência.

Em uma viagem à Europa, minha mochila foi roubada, e juntamente com ela as sondas uretrais, utilizadas para re-alizar a retirada da urina da bexiga periodicamente. Então sempre é bom procurar antes de viajar, contatos de lojas de materiais hospitalares no local de seu destino.

Para solucionar problemas de um pneu furado existem sprays tapa furos que resolvem esse problema em alguns segundos, mas também é simples aprender a consertar do modo convencional e levar um kit reparo.

Problemas podem acontecer em sua cadeira de rodas, tais como ajustes ou a necessidade de troca de peças, ou pro-blemas na parte elétrica, no caso de uma cadeiras moto-rizadas. Isso também requer serviço especializado, então sempre é prudente ter contatos de assistências técnicas.

Outro acessório importante para usuários de cadeira de rodas é a almofada utilizada no assento. A maioria é con-feccionada em espuma ou infladas a ar. Deixar uma almo-fada reserva em sua mala não ocupa espaço ou interfere no peso, o custo é pequeno e pode evitar maiores problemas.

Esteja seguro na viagem

Atualmente, a Lei prevê a suspensão do benefício assim que a pessoa com deficiência for empregada formalmente.

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Transporte, Adaptação e Veículos

Procuradoria quer transporte de cadeiras de rodas gratuito em aviões

A Procuradoria Regio-nal dos Direitos do Cidadão em São Paulo

(PRDC) quer garantir o trans-porte gratuito de cadeiras de rodas em todas as compa-nhias aéreas que operam no Brasil. O órgão entrou com uma ação civil pública con-tra a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para ga-rantir esse transporte. A ação tem pedido de liminar (me-dida provisória) e pede que seja aplicada uma multa di-ária, acima de R$ 1 mil, caso a Justiça dê ganho de causa à procuradoria e a Anac des-cumpra a decisão.

Na ação, a PRDC pede que a Anac seja obrigada a mudar a regulamentação “para ga-rantir o transporte gratuito e incondicional de cadeiras de rodas, independente de seu peso e local”. A procuradoria quer também que a Anac fis-calize e puna as companhias aéreas que cobrarem pelo transporte.

Segundo a procuradoria, a medida poderá beneficiar cerca de 4,2 milhões de bra-sileiros que possuem algum tipo de deficiência física. A entidade diz que a resolução atual da Anac, que está em

A procuradoria quer também que a Anac fiscalize e puna as companhias aéreas que cobrarem pelo transporte.

Conheças as “doenças” que dão direito a isenções para compra de veículos

FIQUE LIGADO

É considerada pessoa com física aquela que apresenta alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano. Ou seja, acarretando o comprometimen-to da função física, apresentando-se sob a forma de: paraplegia, paraparesia, mo-noplegia, monoparesia, tetraplegia, tetra-paresia, triplegia, triparesia, hemiplegia, amputação ou ausência de membro, para-lisia cerebral, membros com deformidades congênita ou adquirida.

As mulheres que sofreram mastectomia total ou parcial. Em virtude do câncer, po-dem pleitear o benefício, pois são conside-radas incapacitadas para dirigir um veícu-lo comum.

Ou seja, as pessoas que possuem: Síndro-me de Imunodeficiência adquirida (HIV), Câncer, Moléstia profissional, Tuberculose ativa, Alienação mental, Esclerose múlti-pla, Neoplasia maligna, Cegueira, Hanse-níase, Paralisia irreversível e incapacitante, Cardiopatia grave, Doenças desconhecidas degenerativas Hepatopatia grave, Estados avançados da doença de Paget (osteíte de-formante), Doença de Parkinson, Espondi-loartrose anquilosante, Nefropatia grave, Contaminação por irradiação, Síndrome de imunodeficiência adquirida, Fibrose cística (mucoviscidose), Problemas gra-ves na coluna (como hérnia de disco, bico de papagaio, lordose e escoliose graves), L.E.R.- lesão por esforço repetitivo (bursite e tendinite graves), Artrose, Artrite, Proble-mas nos joelhos (mesmo que tenham sido operados), paraplegia, paraparesia, mo-noplegia, monoparesia, tetraplegia, tetra-paresia, triplegia, triparesia, hemiplegia, amputação ou ausência de membro, pa-ralisia cerebral, membros com deformida-des congênita ou adquirida. (AVC, ampu-tações, nanismo - baixa estatura, próteses internas, externas, seqüelas de talidomi-das, paralisia infantil, poliomielite, doen-ças neurológicas, etc).

Em todos esses casos, desde que a pessoa tenha perca de mobilidade, ela poderá so-licitar esse benefício na compra de um car-ro. Lembrando sempre que deve haver a análise caso a caso por perito do DETRAN, não bastando apenas possuir a doença. As deformidades estéticas e as que não pro-duzem dificuldades para o desempenho de funções, não dão direito às isenções.

Finaciamento em até 60x pelo Banco do Brasil

Concessionário Cavenaghi

vigor, determina que as cadeiras de rodas devem ser transporta-das gratuitamente no interior da cabine de passageiros quan-do houver espaço disponível ou serão consideradas como baga-gens prioritárias. “O problema é que as companhias aéreas cos-tumam cobrar pelo transporte do equipamento no comparti-mento de bagagens”, diz a pro-curadoria.

O órgão de SP afirma ainda que consultou empresas aéreas e constatou que algumas delas oferecem isenção para o trans-porte de cadeiras de rodas até 15 kg e que outras não oferecem nenhuma isenção. “Esse peso, no entanto, é encontrado ape-

nas em alguns modelos mais simples do equipamento”, diz a PRDC.

“A cobrança do transporte de cadeiras de rodas pelas com-panhias aéreas começou a ser investigada em abril deste ano, quando a PRDC foi procurada pela mãe de um adolescente com atrofia cerebral. Ela reve-lou que sempre que viaja com o filho é obrigada a pagar pelo transporte da cadeira. O custo chegou a R$ 130 em uma das viagens”, diz o comunicado da procuradoria.

Procurada, a Anac informou que se manifestará apenas após ser notificada. Fonte: Terra da Diversidade