jornal escrito nº 22

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Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro Director: Renato Albuquerque Directora-Adjunta: Ana Santiago Ano IV N.º 22 DEZ 08 Preço: 0,50 • página 5 Catarina Furtado Passámos uma noite com a Catarina Furtado e ainda tivemos direito a entrevistá-la. Contamos essa experiência neste número. páginas 7-11 Carlos Humberto Quisemos saber todas as novidades que estão a surgir no Barreiro. Quem melhor que o Presidente da Câmara para nos responder? página 20 VoVó MaTilde A VoVó arranjou emprego na Secretaria de uma escola. Adepta apaixonada da política do Ministério, pratica-a até às últimas consequências. Vejam na BD deste número. BARREI FUTU RO do Foto original de Pedro Gonçalves para esta edição do ESCrito

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Jornal da Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro - Portugal

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Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro Director: Renato Albuquerque Directora-Adjunta: Ana Santiago

Ano IV N.º 22 DEZ08

Preço: 0,50 •

página 5

Catarina FurtadoPassámos uma noite com a Catarina

Furtado e ainda tivemos direito aentrevistá-la.

Contamos essa experiência nestenúmero.

páginas 7-11

Carlos HumbertoQuisemos saber todas as

novidades que estão a surgir noBarreiro.

Quem melhor que o Presidente daCâmara para nos responder?

página 20

VoVó MaTildeA VoVó arranjou emprego na

Secretaria de uma escola.Adepta apaixonada da política do

Ministério, pratica-a até às últimasconsequências.

Vejam na BD deste número.

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2 DEZ.2008 N.º 22 ESCrito

Ficha técnica ESCrito Proprietário: Escola Secundária de Casquilhos – Barreiro Director: Renato Albuquerque (prof. G. 400) Director--Adjunto: Ana Santiago (prof. G. 300) Redacção: Catarina Encarnação, Danillo Lopes, Elisabete Castro, Joana Ferreira, Soraya Silva, Vanessa Batista(12ºF) Colaboraram neste número: Carina Rocha (12ºF); Joana Vieira (12ºF), Jorge Santos (12ºD); José Costa (ex-aluno); Mária Correia (prof. G. 500);Mestre Coelho (ex-prof. G. 510); Paulo Nunes (prof. G. 600); Sara Heitor (ex-aluna); Sara Tobias (12ºF); Steven Centeio (12ºD); Susana Rego (12ºD) Fotos:Carmen Oliveira (prof. G. 510); Isabel Lopes (prof. G. 520); Mª Anjo Albuquerque (prof. G. 510); Orlando Nunes (prof. G. 420); Paulo Nunes; PedroGonçalveses; Renato Albuquerque Maquetagem: ReAl. Impressão: Serviços de Reprografia da Escola Capa: ReAl sobre foto original de PedroGonçalves Correspondência: Jornal ESCrito. Escola Secundária de Casquilhos. Quinta dos Casquilhos. 2830-046 BARREIRO Telef.: 212148370 Fax:212140265 E mail: [email protected] Horário: Sala C6 - terças, das 14:45 às 16:15 Tiragem desta edição: 350 exemplares Publicação anotada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Os textos não assinados são da responsabilidade da Direcção

A professora Alda Barata foi a primeira, emJulho. Esta professora de Físico-Química era, naaltura, a professora com mais tempo de serviçona escola, tendo passado aqui grande parte dasua vida profissional.

Nessa altura, foi aprovado, por unanimidade,o seguinte louvor em reunião de ConselhoPedagógico de 10 de Setembro:

“Na hora em que a professora Alda Baratacessa as suas funções lectivas nesta escola, oConselho Pedagógico da Escola Secundária deCasquilhos – Barreiro vem publicamente louvaresta professora por toda a dedicação que ao longodos anos manifestou ao ensino, em geral, e a estaescola, em particular.

É da mais elementar justiça reconhecer aqualidade do ensino desenvolvido por estaprofessora que marcou gerações de jovensbarreirenses e lhes desenvolveu o gosto pela Físicae pela Química, assim como a energia dedicada àescola em que exerceu, após o 25 de Abril,inúmeros cargos, destacando-se, entre outros, aPresidência do Conselho Directivo.”

Dia 22 de Setembro foi a vez da professoraIsabel Seruca, de Artes Visuais. Para além dassuas funções lectivas, esta professora foi,ultimamente, a grande divulgadora na escola da

A reforma da educaçãoA verdadeira reforma da educação foi, finalmente, conseguida por vários professores e funcionários que, desde Abril, passaram à situação de

aposentados, isto é, passaram “à reforma”.

arte de Origami, uma arte tradicional japonesa dedobragem de papel.

No início de Outubro cessou também funçõesna nossa escola a professora Manuela SeixasChagas. A referida professora desempenhoufunções docentes no grupo de Físico-Química danossa escola durante algumas décadas, assumindo,entre outros cargos, a Coordenação dosDirectores de Turma.

No Conselho Pedagógico de 15 de Outubrofoi aprovado o seguinte texto:

“No momento em que as professoras IsabelSeruca e Manuela Seixas cessam as suas funçõeslectivas, dado terem passado ao regime deaposentação, o Conselho Pedagógico da EscolaSecundária de Casquilhos reconhece a dedicaçãoe o empenho que as docentes demonstraram aolongo dos anos em que estiveram ao serviço desteestabelecimento de ensino e dos seus alunos.”

No início de Novembro, passou também àsituação de aposentada a D. Maria OlíviaRodrigues. Ao longo de vários anos, a D. Olíviadesempenhou o cargo de cozinheira, cuidandocom enorme competência e carinho da alimentaçãode alunos, funcionários e professores, realizando,com a ajuda das suas colegas, autênticos milagrescom os poucos recursos que o Ministério daEducação coloca à disposição da nossa escola.Bem haja.

Dia 26 de Novembro foi a vez do professorJosé António Dias, do grupo de Economia quedesempenhava, actualmente, as funções de Vice-Presidente do Conselho Pedagógico. Este órgãoaprovou o seguinte Louvor:

“ O Professor José António Ferreira Dias, aolongo da sua actividade docente, revelou sempregrande competência, rigor, verticalidade e

dedicação na leccionação das diversas disciplinase cursos que lhe foram atribuídos.

Revelou essas mesmas qualidades nodesempenho das funções que assumiu pordiversas vezes, entre as quais avultam aPresidência do Conselho Directivo, a Presidênciado Conselho Pedagógico e a Coordenação deDepartamento desta escola.

No momento em que o professor José Antóniocessa funções lectivas e passa à situação deaposentado, é da mais elementar justiçareconhecer estas qualidades e louvarpublicamente todo o trabalho por eledesenvolvido em prol da escola pública, em geral,e da Escola Secundária de Casquilhos, em par-ticular.”

Dois dias depois, chegou a reforma para oprofessor José António Mestre Coelho, do grupode Físico-Química.

O Professor Mestre Coelho acumulou, até háalguns anos atrás, as suas tarefas docentes comoutras actividades profissionais, desempenhandoambas com grande profissionalismo.

Mestre Coelho

Alda Barata

Manuela Seixas

Isabel Seruca

José António Dias

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ESCrito N.º 22 DEZ.2008 3

Editorial

Ana Santiago

Dia do Diploma

A primeira realização deste eventoocorreu no dia 12 de Setembro de2008, quando em todas as escolassecundárias de Portugal os alunosfinalistas receberam o seu diploma.

Para além da entrega dos diplo-mas, o Ministério da Educaçãosurpreendeu os alunos ao entregar500€ ao melhor aluno dos cursosCientífico-Humanísticos e ao melhor alunodos Cursos Tecnológicos.

Na nossa escola, a cerimónia realizou-seàs 18 horas, no bar dos alunos, estandodispostas várias mesas com comida ebebidas para os alunos e para osencarregados de educação que seencontravam presentes.

Numa cerimónia formal, “o mais informalpossível”, como disse, na abertura, opresidente do CE, professor Jorge Paulo,recebemos os nossos diplomas das mãosdos directores de turma, naquele que sepode chamar o nosso último dia como alunosda Escola Secundária de Casquilhos (apesarde, oficialmente, já não o sermos).

Entregues todos os diplomas e lidos osnomes dos alunos do Quadro de Honra de2007/08 (alunos com média superior a 16), oprofessor Jorge Paulo procedeu à entregados 500€ aos dois melhores alunos dosCasquilhos.

Foi com um enorme orgulho e felicidadeque recebi o meu segundo diploma da tardee o cheque de 500€ com o meu nome.Naquele momento, todos os esforços ehoras que dediquei a trabalhar foramrecompensados, o que foi um sentimentoindescritível: ver que havia pessoasorgulhosas e felizes por mim foi fantástico.

O segundo cheque foi para a alunaSusana Gaspar, do CursoTecnológico de Marketing, quecertamente se sentiu da mesma formaquando o recebeu passados unsdias.

Mas, apesar da felicidade geral quese sentia no bar dos alunos durante a

hora em que decorreu a cerimónia, sentia-setambém algum pesar: aquele era o nossoúltimo dia nesta escola, mas, acima de tudo,o último dia no secundário, ou, digamosassim, na “boa vida”.

Agora, para estes alunos, abria-se umnovo capítulo, chamado Faculdade, umcapítulo de desafios, de dificuldades eesforços muito mais elevados, que faz comque sintamos uma enorme saudade dos“Cascos”. Uma escola com excelentesprofissionais, boas condições mas, acimade tudo, uma escola onde fizemos osmelhores amigos que já tivemos. Além disso,entrámos como a base de uma hierarquiaonde no topo se encontram os professorese saímos num nível de certa igualdade, ondeaqueles que outrora foram os nossosprofessores se tornaram verdadeiros amigoscom quem poderemos sempre contarquando necessário.

Despeço-me dos Casquilhos com um“adeus e até breve”, desejando boa sorte atodos os que agora lá se encontram, naesperança que tenham resultados tão bonsou melhores que os meus, sentados nascadeiras onde já me sentei, escrevendo nasmesas em que já escrevi e ouvindo osprofessores e os conteúdos que já ouvi.

Boa sorte e até breve!

No ano lectivo de 2007/08, o termo Dia D adquiriu um novo significado: para além de sero vocábulo militar que todos conhecemos, passou também a ser, em Portugal, o dia daentrega do diploma de finalista aos alunos que terminam, em cada ano, o 12º ano.

JoséCosta *

* Finalista nos Casquilhos em 2007/2008; colaborador do ESCrito entre2005 e 2008; a frequentar actualmenteo 1º ano da Faculdade de Direito deLisboa.

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José Costa com o prémio por ter sido o melhor aluno dosCursos Científico-Humanísticos

Susana Gaspar, melhor alunados Cursos Tecnológicos

Para muitos de nós, o Barreiro éfamília: podemos querer-lhe mal, de vezem quando, mas não aceitamos queoutros o façam. Chegamos mesmo a de-fender o indefensável ou a lançar foguetescom pequeninas conquistas,insignificantes aos olhos de parentesdistantes ou de filhos ilegítimos. OBarreiro é família por ser a terra dos paise também dos avós. A família quereencontramos nos passeios pela Avenidaou que lembramos nas ruas cinzentas daantiga C.U.F.

Tal como as famílias, as cidadesmudam. O Barreiro é, hoje, outra cidade,diferente das memórias que teimam empermanecer até nas palavras de todos osdias. Por isso, quisemos trazer a estaspáginas o Barreiro em mudança eantecipar o que o futuro lhe reserva. Paratal, conversámos com o Presidente daCâmara Municipal, Carlos Humberto deCarvalho, cujas palavras fazem a ponteentre o presente e o futuro, também elemarcado por outras pontes.

Atenta à cidade, a escola fervilha deactividade. Desde a publicação do últimonúmero do ESCrito, vários foram osprojectos desenvolvidos dentro e fora deportas. Aqui procuramos dar-lhes voz ecor, para que nada caia no esquecimento.É certo que, nalguns casos, já passaramvários meses e alguns dos intervenientesterminaram o seu percurso nosCasquilhos, mas é sempre bom ter umregisto para mais tarde recordar, comodizia um anúncio de uma infânciaqualquer.

Atentos à crise, fazemos o quepodemos para ajudar os nossos leitores:baixámos o preço do ESCrito para os0,50€.

Uma última palavra para aqueles queajudaram a escola a crescer e agora lhedisseram um adeus voluntário: fazem--nos falta todos os dias.

O Barreiro é família

4 DEZ.2008 N.º 22 ESCrito

Muitos foram os jantares de turma e assaídas à noite que ocorreram ao longo dostrês anos de secundário; no entanto, estejantar foi especial – e isso era visível.

Elas, muito bem arranjadas, capricharamno visual com os seus penteadosresultantes de longas horas no cabeleireiro(o sacrifício!) e os seus vestidos de gala.Eles, igualmente bem arranjados, de fato,gravata e sapatos (por uma noite, os ténisficaram em casa).

O fotógrafo contratado fez questão deregistar cada chegada e cada momento.

Em noite de jogo da selecção nacional defutebol para o Euro 2008 (que, para felicidadegeral, venceu a Turquia por 2-0), nada po-dia correr mal naquela que seria a nossaúltima noite como turmas do secundário, o

culminar de três anos todos juntos.O jantar começou por volta das 20:30 e

todos se deliciaram com a sopa, o bacalhaucom natas, o lombo de porco lardeado, asobremesa e os cafés. Para beber?! Sumos,água, sangria e vinhos branco e tinto. Comoseria de esperar… as águas ficaram por abrir.

Entre muitos brindes, boa comida e umavitória da selecção nacional celebrada como salão todo a cantar o hino nacionalacompanhados pelo acordeão de ManuelaBorges, o jantar foi extremamente animado.

Após o jantar, foi hora de pôr algumamúsica para os finalistas cantarem edançarem até chegar o momento maisemotivo da noite – a entrega das faixas.

Cada turma, à vez, foi chamada ao palcopara, aluno a aluno, receber das mãos dos

Gala de FinalistasNo dia 7 de Junho de 2008, os alunos finalistas de 2007/08 da Escola Secundária de

Casquilhos realizaram, no restaurante Manuela Borges, a sua gala de finalistas.

padrinhos ou das madrinhas a sua faixa definalista. Claro está que muitos foram os quenão contiveram as lágrimas e se abraçaramaos amigos mais próximos prometendonunca se afastarem e manterem para semprea amizade – o tempo o dirá.

De faixa ao peito, lágrimas limpas e fotostiradas com os padrinhos e a turma, à 1:00da manhã saímos do restaurante, mas a festanão parou; aliás, prolongou-se all nightlong no Cuba Livre onde se dançou (e segastaram mais uns euros para complementaro vinho e a sangria, se me faço entender),literalmente, até de manhã.

E foi assim a última noite que os finalistasde 2007/08 passaram enquanto turma:divertida, animada e, acima de tudo, umanoite em que tudo valeu a pena!

9º CEF, apadrinhado por Carlos Coentro

Texto: José CostaFotos: Renato Albuquerque

12º A, apadrinhado por Isabel Lopes

12º B, apadrinhado por Conceição Pimenta

12º C, apadrinhado por Zelinda Cunha eMestre Coelho

12º D, apadrinhado por Graça Carvalhoe Henrique Tavares

12º E, apadrinhado por Helena Oliveira

Os apresentadores

ESCrito N.º 22 DEZ.2008 5

DanilloLopes

A professora contou-nos que a ideiasurgiu no ano passado: fez um primeirocontacto com o Banco que se mostrouinteressado em implementar esse projectonos Casquilhos visto terem uma política decolaborarem com as escolas.

No ano lectivo passado realizou-seapenas uma campanha que correurelativamente bem. Em relação a este ano,Célia Soares afirma que foi contactada peloBanco no início do ano lectivo para acampanha do leite porque, apesar dascampanhas nos hipermercados, precisamsempre de mais apoios: nunca têm alimentossuficientes para todas as pessoas que vãopedir ajuda a essa organização.

A campanha deste ano decorreu no finalde Outubro. Infelizmente, a campanha nãoteve tanta receptividade como a anterior,principalmente da parte dos alunos, apesardos apelos feitos.

Durante este ano lectivo vai-se realizaruma nova campanha, talvez em Maio,provavelmente para pedir mais leite vistoque é o alimento de que mais precisam,

Banco Alimentar Contra a FomeO Banco Alimentar Contra a Fome é unanimemente

reconhecido como uma das entidades mais credíveise mais importantes na distribuição de alimentos poraqueles a quem efectivamente fazem falta.

Por isso, foi organizada na nossa escola uma recolhadirigida à comunidade escolar que culminou com a idaaos armazéns desta instituição, em Palmela, no dia 28de Abril.

Satisfeita com os resultados destainiciativa, que tinha coordenado nessaaltura com a professora Fátima Serrano,a professora Célia Soares repetiu arecolha de alimentos durante o final domês de Outubro. Fomos ouvir as suasrazões.

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principalmente por causa dos bebés e dosidosos: eles consomem muito leite e como éum alimento que tem um prazo de validademais curto em relação aos outros alimentos,nunca conseguem ter muito em stock.

A professora lembrou que o leite esgotasempre nos meses de Agosto e Setembro epor isso este ano, para tentar diminuir essafalta, vão fazer 2 campanhas nas escolas.

Fez ainda um convite a que todos osinteressados se inscrevam como voluntáriosporque o Banco Alimentar precisa muito depessoas, principalmente no período dascampanhas.

Em Reunião Geral de Professores,realizada dia 19 de Novembro, osprofessores aprovaram um extenso textosobre o processo de avaliação previsto noDecreto Regulamentar nº 2/2008.

Depois de 14 considerandos, o textoafirma que “(...) os professores da EscolaSecundária de Casquilhos, decidem sus-pender a participação neste processo deAvaliação de Desempenho até que seproceda à substituição do actual modelo poroutro, através de uma negociaçãoconcertada do mesmo, que o torne exequível,justo, transparente, ou seja, capaz decontribuir realmente para o fim quesupostamente persegue, uma Escola Públicade qualidade.”

Dos 79 professores a leccionar, estiverampresentes 75 (94,9%). Votaram a favor 68professores (90,7%), contra, 4 (5,3%) eregistaram-se 3 abstenções.

O texto integral do documento pode serlido no sítio da escola na página de Notíciasde dia 19 de Novembro.

Professoressuspendem avaliação

António VenturaConcluiu, dia 20 de Junho, o seu doutoramento

o professor António Ventura que se encontra aleccionar História na nossa escola há vários anos.O referido professor defendeu a tese A Bandad'Além e a cidade de Lisboa durante o AntigoRegime: uma perspectiva de História EconómicaComparada, tendo obtido do júri, porunanimidade, a classificação máxima.

Ao referido professor, o único que nestemomento detém este grau académico na escola,os nossos parabéns.

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Câmara homenageiaGuilhermina Lobato

No dia 28 de Junho, Dia da Cidade doBarreiro, foi agraciada a ex-professora destaescola, Guilhermina Lobato, aposentada hácerca de 4 anos. A Câmara Municipal tomouesta decisão no âmbito da iniciativa BarreiroReconhecido, enaltecendo a sua longacarreira enquanto professora de Matemática,nascida e crescida nesta terra (“Camarra”,como ela própria se define).

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António VenturaGuilhermina Lobato

6 DEZ.2008 N.º 22 ESCrito

básicas: o trabalho e oser exigente: isto faz comque eu tenhapermanentemente de mereciclar, informar-me eestudar tal como vocês.

ESC – Era o seusonho de pequena?

CF – Não, eu erabailarina, mas tive uma

lesão lombar quando acabei o curso ereformei-me: saí do ballet clássico. Fiz umestágio de jornalismo e acabei por serapresentadora. Não era de todo um sonhomas hoje em dia sinto-me muito bem naprofissão porque posso aprender mais. Asegunda grande razão que me faz estarsempre tão entusiasmada com cada tarefa éque gosto muito de ver nascer as coisas,com várias cabeças, várias mãos e váriasvontades: é maravilhoso trabalhar emequipa.

ESC – Como sabe, antigamente era vistacomo a “namoradinha de Portugal”. Como éque se vê actualmente?

CF – [Ri-se e começa a cantar, adaptandoo refrão dos Polo Norte: “1, 2, 3, vou cresceroutra vez”] Sinto um enorme carinho porparte do público, não posso negar, e partilho--o com muito agrado... Acho que tem a vercom o facto de ter começado muito cedo atrabalhar (comecei com 19 anos no ecrã) e,portanto, eu própria fui crescendo expostaaos olhares do público e isso criou uma certaempatia. Sinto um carinho especial, viram--me crescer: de adolescente para adulta,depois para casada, depois para mãe,qualquer dia para avó [risada geral]... Esseacompanhamento tem feito que haja, de facto,uma relação profunda com o público que medá ânimo, estímulo e motivação para

continuar a trabalhar e tentar dar sempre omeu melhor e não desiludir. Isso é feito cadadia que passa no trabalho e em casa paraque não desiluda, nem o público, nem a mim,que sou muito exigente.

ESC – Gostou do público de hoje?CF – [abana negativamente a cabeça

antes de desatar numa gargalhada:] Adorei!E essa pergunta tem uma resposta maiscompleta que é: nós não somos nada se não

tivermos um público que está a olhar paranós e que diz “Continua, que isto é bom!”

E hoje no programa, o facto de sentirmosque vocês estão a vibrar com o que estamosa oferecer aqui no palco é meio caminhoandado para darmos o nosso melhor. Evocês sentiram aqui que isto é uma espéciede concerto, como se estivéssemos ali noEstádio de Alvalade ou mesmo no Rock inRio.

Uma noite com Catarina FurtadoNa emissão de A Minha Geração

No dia 12 de Outubro, a nossa escola esteve presente no programa de televisãoapresentado por Catarina Furtado, “A Minha Geração”. Trata-se de um programa emdirecto, transmitido à noite, na RTP-1, que fala das diferentes décadas do séc. XX.Aquele a que assistimos, gravado nos estúdios da Venda do Pinheiro, abordava adécada de 90, aquela em que a maioria de nós nasceu.

Após o programa tivemos a oportunidadede estar em contacto com Piet-Hein Bakker,um dos responsáveis da empresa produtorado programa, CBV Produções Televisivas,com a apresentadora do programa, a famosaCatarina Furtado, e, apesar de não termosfeito qualquer entrevista, conversámos como estilista Nuno Baltazar, criador do vestidoda apresentadora.

A pequena conversa que tivemos com oprodutor do programa, levou-nos a

perguntar se tinha gostado do públicodaquela noite. Piet-Hein respondeu quetinha adorado, que o público estavamuito dinâmico e que isso fez com que oprograma tivesse tido um grande êxitonaquela noite. Salientou ainda que o factode estarem lá caras jovens como as nossas,despertou mais interesse pelo programa eque conseguimos dar-lhe muito maisenergia. Teve ainda tempo para nos convidarpara voltarmos mais vezes, pois gostou

ESCrito – Que tipo de programas gostamais de apresentar?

Catarina Furtado – Essa pergunta écomplicada, talvez a pergunta correcta seja:Que tipo de programas não gosta deapresentar? Não me vejo a apresentarreality shows, a invadir a vida privada daspessoas, em que o único interesse são asaudiências e, portanto, acho que não dãograndes exemplos à sociedade,nomeadamente à malta mais nova, que sãovocês. Com esses formatos eu não meidentifico. Gosto de programas de estilosdiferentes. Identifico-me com programasque contam a vida das pessoas, como umem que acompanhávamos o trabalho dosvoluntários portugueses espalhados peloMundo. Também gosto de programas degrande entretenimento, como é o caso dode hoje que envolve música, dança,conversas, ... Gosto de dar a oportunidadeàs pessoas de partilharem com o público assuas histórias. E é isso que acontece nesteprograma em que são contadas históriassobre coisas que achamos tão curiosas eque não conhecemos. É bom, de vez emquando, reciclarmos a nossa História e anossa memória com estas histórias.

ESC – O que é que a atrai mais nestaprofissão?

CF – O trabalho! Há aqui duas coisas

muito do nosso desempenho.Rodeados por todo aquele ambiente de

satisfação, alegria e energia, tivemos o prazerde fazer uma pequena entrevista a CatarinaFurtado e tirar uma foto de grupo com ela.

Catarina Furtado responde às perguntas doESCrito

Com todo o grupo

Durante a emissão ao vivo

Texto: Catarina Encarnação, ElisabeteCastro, Joana Ferreira, Vanessa Batista

Fotos: Renato Albuquerque

ESCrito N.º 22 DEZ.2008 7

ESCrito – Porque é que o Fórum vempara o Barreiro? Quais as vantagens?

Carlos Humberto – Em primeiro lugar, éimportante salientar que este espaçocomercial não é comparável com o FórumMontijo ou o Fórum Almada. É maispequeno. E tem uma grande vantagem, estáno centro da cidade. Com as grandesinfra-estruturas, hipermercados ecentros comerciais, instalados longedas cidades, a tendência é levar aspessoas para fora.

Este tem vantagens e teminconvenientes. Mas, seconseguirmos resolver os problemasde trânsito e de estacionamento, pensoque são mais as vantagens do que osinconvenientes porque traz as pessoasao centro e dá-lhe mais vida. Essa éuma grande vantagem.

O Barreiro, apesar de tudo, apesarda perda de população, é uma cidadede média dimensão em que podemosdizer que não há nenhum centrocomercial. Existe a Feira Nova, mas nãoé um centro comercial.

Por outro lado, existem estudos quedemonstram que uma parte dos clientesdo Fórum Montijo e do Fórum Almadasão provenientes do Barreiro. Estasmarcas (presentes nos referidoscentros comerciais) estão muitoatentas e, naturalmente, estão sempre àprocura de encontrar soluções para obtermais-valias.

ESC – Como pensa que este espaçocomercial vai afectar o comércio local?

CH – Mesmo antes de ser Presidente daCâmara, houve três interrogações quecoloquei em relação à construção do Fórum.

Por um lado, em que medida iria afectar ocomércio tradicional; por outro, se o trânsitodo Barreiro e a circulação automóvelestavam em condições de receber umequipamento com esta dimensão; e,finalmente, como é que se articulava estaconstrução com a zona das Cordoarias, o

crescimento da cidade para o território daQuimiparque e com a globalidade doconcelho do Barreiro. Tinha estasinterrogações e preocupações que, dealguma forma, mantenho.

Mas o facto é que a sua construçãoestava decidida e não valia a pena discutir:vinha para o Barreiro. Era preciso ponderar

sobre como é que se atenuavam osproblemas. Então, tomámos uma decisão quejulgo muito importante e que pode mesmoser determinante para toda esta zona decomércio tradicional.

ESC – E que foi…?CH – Decidimos manter o Mercado

Municipal onde sempre esteve, aoinvés de o instalar no edifício do Fórum.

Com o Mercado naquele sítio, oembelezamento e a renovação daAvenida Alfredo da Silva e, se possível,da Rua Miguel Bombarda [a rua daCâmara] e a criação de uma bolsa deestacionamento na zona do Mercado(com cerca de 250 lugares em cave)estamos a contribuir para o reforço docomércio tradicional.

Tudo isto permite que o centro doBarreiro se alargue, em vez de sedeslocar.

ESC – Como é que o centro vai,como disse, “alargar-se”…?

CH – Fica com dois fortes pólos deutilização pelas pessoas: o Fórum e oMercado. E no Mercado, passam afuncionar o Espaço J e o posto deTurismo (no primeiro andar). Queremosainda colocar mais pontos de atracçãoneste local, particularmente em toda azona voltada para o Parque(restauração, cafés, esplanadas…).

Queremos instalar um outro ponto deatracção, no fim da Avenida Alfredo da Silva,junto ao rio.

O projecto não está completamenteexecutado, mas quando estiver, será evidentea filosofia aplicada à intervenção na Avenida,tornando-a muito apelativa. À noite, a

Uma cidade em movimentoEntrevista ao Presidente da Câmara Municipal do Barreiro

Obras, projectos e transformações. Um monte de questões que saltitam todos os dias na rua, na escola, em casa. Um jornal escolar eum grupo de alunos queriam respostas. Sobre tudo. Falar com alguém. Escolheram o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro,Carlos Humberto. Ele correspondeu. Não “fugiu”. As alunas fizeram as perguntas que quiseram no final de Outubro. Simples ecomplicadas. Sobre coisas de agora e de amanhã. Da escola e de todos. Aqui estão as respostas. Directas. Como o discurso. Fomosrecebidas com imensa simpatia e com a atenção que merecia o tamanho da nossa curiosidade. Preparámo-nos para as notas ecomeçámos a gravar. Abrimos logo com o assunto que fazia a ordem do dia no Barreiro: o centro comercial Fórum.

[O Fórum] tem uma grandevantagem, está no centro

da cidade

O que pensam os comerciantes do centrodo Barreiro de todas as alterações que estazona está a sofrer?

Andámos, de porta em porta, a colocaresta questão.

As funcionárias da Algifa com quemfalámos, Cármen Santos e Natividade Pires,informaram-nos que esta loja de louçaspermanecerá ali e que talvez sofra perdaseconómicas e de clientes no início, mas quedepois tudo estabilizará, pois também hámuitos clientes fiéis à loja. Também nosconfidenciaram a provável concorrência daslojas Casa e Loja do Gato Preto.

Vanessa Gonçalves, a funcionária queentrevistámos na Biju, disse-nos que estaloja de bijutaria também se manterá no mesmolocal, continuando com os clienteshabituais. Informou-nos ainda que a lojasofreu muito com as obras que foram feitas,pois o acesso ao estabelecimento foicompletamente destruído. Terminou,dizendo que não deverão sofrer muitasperdas, devido aos clientes fixos.

8 DEZ.2008 N.º 22 ESCrito

iluminação estará reforçada de forma muitopotente, junto ao cruzamento da Rua MiguelPais, junto ao Mercado e na zona da Ro-tunda nova, junto ao Fórum. O objectivo éque tudo isto seja uma zona de comércio acéu aberto, pedonal, onde as pessoastenham um papel muito importante e oscarros tenham um papel secundário.

ESC – Com tudo isto, o que acha queacontecerá às actuais lojas de comérciotradicional?

CH – Ninguém consegue prever o futuro,mas a ideia que tenho é que com estaatractividade se pode transformar a AvenidaAlfredo da Silva e a própria Rua MiguelBombarda numa zona de passeio, delojas. A ideia que nós temos é que aslojas não vão fechar. Pelo contrário,vão-se transformar numprolongamento natural da oferta doFórum. Actualmente, na AvenidaAlfredo da Silva, na zona que estápraticamente acabada, há algumas lojasa serem remodeladas e arranjadas. Aspróprias lojas estão a reconhecer nestadinâmica uma oportunidade para serenovarem.

ESC – Então, o benefício do Fórumé trazer um grande espaço comercialpara o Barreiro…

CH - E o emprego! Embora não crieo tipo de emprego que desejávamos,com outra segurança e qualidade.Queremos, e defendemos, iniciativasque gerem riqueza, mais ligadas às no-vas tecnologias de informação ecomunicação. Mas o óptimo é inimigo dobom. Se o Fórum criar 1000 postos detrabalho, apesar de não ser aquele tipo deemprego que mais desejamos, é emprego.Isso é importante.

ESC – Como já referiu, o trânsito vaiaumentar. O que está previsto para resolveresse problema?

CH – Há uma nova acessibilidade, ainda

que provisória, que deverá estar concluídaantes do Natal e ligará a rotunda nova (juntoao Fórum) ao Largo das Obras (LargoAlexandre Herculano/entrada daQuimiparque) onde já está em construçãouma outra rotunda. No final do primeirotrimestre de 2009 haverá uma nova via queligará a rotunda do Largo das Obras aoLavradio, junto à zona entre a Feira Nova ea estação de serviço. Não resolve todos osproblemas de trânsito, mas é um contributomuito importante.

ESC – Outro problema é oestacionamento. Para além do

estacionamento dentro do Fórum há maiszonas para este fim?

CH – Há. Estarão à disposição duas zo-nas de estacionamento. Ficamos com pertode 1000 lugares em cave: mais de 700 noFórum e mais de 200 no Mercado. Por outrolado, embora esteja mais demorado, seráconstruído um edifício, onde era o Estádiodo Futebol Clube Barreirense, que tambémterá estacionamento em cave.

Estava na hora de “puxarmos a brasa ànossa sardinha”, que é como quem diz,trazer a conversa mais para o lado dosnossos leitores. Também queríamos “sairdo Centro” e levar a entrevista a outrasparagens. Começámos pelos transportes.

ESC – Vai haver algum transporte danossa escola que se dirija para o Fórum?Neste momento só o 14 é que passa noParque Catarina Eufémia e vai para o Termi-nal…

CH – Vai haver alteração nos transportes.Alguns servirão a Rua Stara Zagora, na zona

do Fórum. Penso que directamente daporta da escola dos Casquilhos paraaqui não haverá. Mas as carreiras 9 e10 irão passar no Fórum. [N.R. Em finaisde Novembro foram apresentadas asalterações às carreiras dos TCB noconcelho do Barreiro. Está tudo nosite da CMB e da escola.]

ESC – Mas para além dosautocarros, o Metro Sul do Tejo está“sobre rodas”? Quando podemoscontar com esse meio de transporte?

CH – Temos uma reivindicaçãomuito forte que consiste em que oMetro Sul do Tejo chegue ao Barreiro.A parte que se localiza em Almada estápraticamente concluída, em fase final.Penso que a última fase vai serinaugurada em Novembro e toca nolimite do concelho do Seixal, na“fronteira” com Almada.

Existe um estudo que define comoobjectivo que o Metro passe pelo Seixal evenha, em ponte, para o Barreiro. Nósreafirmamos essa reivindicação. Temosfalado com o Governo, particularmente coma Senhora Secretária de Estado dosTransportes e com o Senhor Ministro dasObras Públicas que nos têm dito que o Metrovai chegar ao Barreiro. A nossa expectativaé que possa chegar em 2013.

Se o Fórum criar 1000 postos detrabalho, apesar de não seraquele tipo de trabalho quemais desejamos, é emprego

Entrevistámos o dono das duas livrarias“Letra 12” que existem no Barreiro. RuiAfonso confirmou a permanência das duaslojas no local onde estão actualmente (junto

Rui Afonso, proprietário daslivrarias Letra 12

à câmara e no antigo Centro ComercialFórum), pois também não tem possibilidadespara ir para o novo Fórum, devido àsdificuldades económicas.

Falou ainda duma livraria de grandeprestígio que irá abrir no Fórum, a Bertrand,livraria esta que virá fazer concorrência àssuas lojas pois é uma livraria muito conhecidaa nível nacional. Contudo, também nos disseque existem pessoas que se queixam dosserviços da Bertrand e que do serviço nassuas lojas não se queixam. Logo, é uma

questão do Fórum deixar de ser umanovidade.

Referindo, mais uma vez, a criseeconómica, salientou que os livros não sãoum bem essencial e, por isso, são sempredeixados para 2º, 3º ou 4º plano.

ESCrito N.º 22 DEZ.2008 9o campo do Galitos Futebol Clube. A obraque mais poderá afectar os Casquilhos será,eventualmente, a profunda alteração aefectuar na Rua Calouste Gulbenkian.

Pretendemos que esta via se prolonguee passe por cima do IC21 para se ligar à zonada urbanização dos Fidalguinhos.

ESC – Com tantos pormenores, podeafirmar que o projecto da ponte Barreiro-Chelas é irreversível?

CH – Gostaria de dizer com todas asgarantias que é irreversível. A cada dia quepassa é mais difícil voltar atrás mas julgoque ainda há problemas. Não diria tanto nosector ferroviário (alta velocidade e comboiotradicional) onde é muito difícil voltar atrás,mas sim no sector rodoviário, onde não soucapaz de ter tantas certezas de que não

recue. A nossa convicção é trabalharpara que não haja recuos.

ESC – No Barreiro, a ponte Barreiro-Chelas vai localizar-se onde,concretamente?

CH – O local exacto não está aindadefinido. A zona está definida, mas sócom o projecto propriamente dito é quepodemos saber. Neste momento estãoa ser definidos os dois corredores, ou“trajectos” que a constituem. A pontetoca no solo, aproximadamente, na zonaonde está a Feira Nova. Pode não

afectar este espaço comercial, mas é essa azona.

ESC – Os “corredores” que estão emestudo implicam alterações nas escolaslocalizadas na zona da construção daponte…

CH – Há 2 soluções em discussão nestemomento: a solução A e a solução B. Asolução A afecta a Escola Álvaro Velho; asolução B incide na Escola Padre AbílioMendes [escola azul]. Uma das escolas ésempre afectada. Com a solução A, a estaçãodos comboios será construída onde

Isto também porque defendemos que,para desenvolver o chamado arco ribeirinhosul constituído pelos concelhos da margemesquerda do Tejo (Almada, Seixal, Barreiro,Moita, Montijo e Alcochete) é necessárioque Lisboa cresça para sul e que a região deLisboa seja um todo. Para tal, sãonecessários transportes não apenas nosentido Lisboa-Margem Sul mas tambémentre os próprios concelhos da Margem Sul.E o Metro é essencial neste aspecto.

ESC – Mas, neste momento, a Ponte parao Seixal resume-se a um projecto?

CH – Neste momento está em discussãopública o estudo de impacto ambiental daTerceira Travessia do Tejo. E esse estudoengloba a ponte do Seixal.

Não é apenas uma ideia, não é apenasum desejo. Tudo indica que a Pontepara o Seixal será construída aquandoda construção da Ponte Barreiro-Chelas. É perceptível que, com assoluções rodoviárias na PonteBarreiro-Chelas, as ligações ao Seixalsejam muito importantes para ofuncionamento da própria ponte e paraa ideia do arco ribeirinho sul de quefalei.

ESC – A sua localização noBarreiro já está definida?

CH – Já. É, sensivelmente, entreSanto André e Palhais.

ESC – E quando estará construída?CH – Em princípio, a Ponte Barreiro-Seixal

estará concluída ao mesmo tempo que aPonte Barreiro-Lisboa, ou seja, em 2013. Estáneste momento em concurso público o ante-projecto das vias Barreiro-Seixal e Barreiro-Moita que depois farão a ligação à ponte.Está também em concurso público o ante-projecto do prolongamento do IC21 atéSesimbra.

ESC – Com todas estas transformaçõese obras previstas, o Barreiro, durante uns

tempos vai parecer um estaleiro…?!CH - Completamente! Nos próximos 4

anos o Barreiro poderá vir a ser um estaleiro.É tudo ao mesmo tempo. Embora as obrasse iniciem em 2010, serão desenvolvidasquase todas ao mesmo tempo. Umas vãoterminando e começam outras.

Estamos a falar destas grandes infra-estruturas e não podemos deixar de entenderque há outro grande problema associado àsua construção. Construímos a ponte paraLisboa, construímos a ponte para o Seixal,mas depois precisamos de construir as viasinternas que nos levem até lá! Ou seja, temosde acrescentar essas vias para aceder a estasobras. Vão ser de facto tempos de estaleiroe isso vai afectar a diversos níveis o dia-a--dia no Barreiro. É inevitável.

ESC – Na Escola Secundária deCasquilhos, vamos sentir muito o efeito dasobras?

CH – Não. Os trabalhos vão serdesenvolvidos à volta daquela zona. Ocomboio de alta velocidade penetra em túnele sai em túnel por trás da Cidade Sol e daVila Chã. A rodovia também vai em túnel esai numa zona entre o Hospital do Barreiro e

Nos próximos 4 anos oBarreiro poderá vir a ser um

estaleiro

Carla Alves, funcionária da Parfois, lojade acessórios de moda e bijutaria, garantiuque a loja se manterá no mesmo local, semque haja mais alguma igual no Fórum.Afirmou que vão sofrer consequênciaseconómicas menos positivas, mas que nãotêm possibilidade de se mudarem para dentro

Carla Alves, funcionária da Parfois

do Fórum, devido às rendas que sãodemasiado elevadas. Porém, pensa que,daqui por mais ou menos 3 anos, o Fórumdeixará de ser novidade e a loja continuará aser procurada, pois os clientes que confiamna loja e nos seus produtos vão continuar alá ir.

A gerente do McDonalds da Rua MiguelBombarda, Andreia Tavares, afirmou que esterestaurante se irá manter no mesmo local, masque abrirá um outro também no Fórum. Am-bos os McDonalds terão o mesmoproprietário e a gerente afirmou que aabertura do Fórum não deverá trazer muitasconsequências negativas pois o antigoestabelecimento, o que ficará fora do Fórum,vai ser um restaurante de rua que servirá parafestas de anos, algo que o outro não fará. Épossível que, segundo a gerente, sofra umaquebra nas vendas mas o estabelecimentotambém está acessível a todos, mantendoassim um bom número de clientes.

10 DEZ.2008 N.º 22 ESCrito

prolongada e sair numa rotunda na Avenidados Fuzileiros Navais, em frente à RuaCalouste Gulbenkian. Será quase umprolongamento da Avenida da Liberdade.Se tudo correr bem (está dependente de uminvestidor levantar o alvará), admito queainda este ano esteja em obras. É uma obratipo Polis, cujos efeitos serão mais sentidospelas pessoas da Verderena.

ESC – Para terminar, o que está previstoem relação aos espaços verdes?

CH – O território da Quimiparque vai terzonas verdes; estamos ainda a elaborar oplano de urbanização, mas vai ter zonasverdes significativas.

Há um outro espaço, é pequeno,mas tem significado: o edifício que vaiser construído no antigo campo doFutebol Clube Barreirense, permiteprolongar o actual Jardim dosFranceses para o seu interior, porqueé um edifício vazado, e permite passarda nova rotunda para o Jardim dosFranceses sob o mesmo. É uma zonapequena mas tem este significado depermitir recuperar e alargar o Jardim dosFranceses e trazer ao centro doBarreiro mais um espaço verde.

Depois, o espaço verde maissignificativo é o prolongamento do Pólis.Vamos ter uma zona verde no Pólis, idênticaaquela que já existe hoje; vai quase duplicarnuma segunda fase para Norte, no sentidodo terminal. Numa terceira fase, o Pólis seráalargado até à Seca do Bacalhau e TelhaVelha, em prolongamento da zona verde.Pelo menos aquela que se dirige em direcçãoda estação está prevista para o curto prazo.

Desligámos o gravador. Arrumámos asideias. Agradecemos cordialmente aamabilidade e disponibilidade docidadão, Presidente da Câmara, CarlosHumberto. Ficamos a ver luzes ao fundodo túnel e a matutar naquelas tantasperguntas que ainda ficaram por fazer.Uma coisa é certa, o Barreiro está a quererganhar tempo e nenhuma de nós deu o seupor perdido.

actualmente se situa a escola Álvaro Velho.Com a solução B, a estação da ferrovia estáprevista para o local onde se encontram asoficinas dos Transportes Colectivos doBarreiro.

Por baixo da escola Abílio Mendespassará a rodovia e o comboio de AltaVelocidade e, como o túnel é construído acéu aberto, nesta opção, a escola serásacrificada.

ESC – E em termos de habitação?CH – Se for a solução A, a da escola

Álvaro Velho, afectará algumas habitaçõesna Praceta dos Lusíadas e um pouco doBairro dos Engenheiros. Se for a solução B,poderá afectar 2 ou 3 moradias. Comodisse, ainda não está bem definido opercurso.

ESC – Este esforço a que serásujeito Barreiro, será compensado porbenefícios trazidos pela nova ponte?

CH – Claramente! A fase deconstrução vai ser um pouco difícil.Não queremos a Ponte apenas parachegar mais depressa a Lisboa mastambém como um factor deconcretização de uma estratégia dedesenvolvimento. Queremos que aspessoas de Lisboa também cheguemao Barreiro e à margem Sul.

A Ponte é indispensável para que se crieno Barreiro, e na Margem sul,particularmente no território da antiga CUF(actual Quimiparque), um conjunto de infra-estruturas que promovam o emprego e odesenvolvimento económico. Do ponto devista urbanístico, a ponte facilita e fomentao aproveitamento daquele território, comquase 10% da área do concelho. É quasetão grande como o conjunto das freguesiasdo Barreiro, do Alto Seixalinho, daVerderena.

ESC – Qual é a previsão para a conclusãoda ponte…

CH – Deverá estar concluída em 2013. Aconstrução deve iniciar-se em 2010. Pensoque em 2009 já poderão começar a fazeralgumas infra-estruturas no rio, mas em terra

só em 2010.ESC – Qual é a relação entre a ponte

Chelas-Barreiro e o novo Aeroporto deLisboa?

CH – O Barreiro pode ter aqui um papelmuito importante porque a principal estaçãoserá no Barreiro – nós chamamos-lhe a Garedo Sul – e será, talvez, a maior estaçãomultimodal a Sul do Tejo. Ficará a 10 minutosda Gare do Oriente, a 10 minutos deEntrecampos e a 20 minutos do novoaeroporto. Não será em comboio de altavelocidade mas sim num comboio rápido (umshuttle, como é chamado), que fará a ligaçãoLisboa-Aeroporto e passará por estaestação.

ESC – Quando é que todo este ciclo deobras vai abrandar?

CH – Nas próximas décadas, sublinhodécadas, o Barreiro vai ser uma terra demuitas obras e profundas mudanças.Queremos todos que seja melhor. Em relaçãoa estas obras que afectam muito a população,vai haver agora um período de acalmia.

Há ainda uma obra muito grande, na zonada Verderena, onde estavam os campos detreino do Barreirense, mas que penso quenão afectará muito. Nessa zona vão ocorrerprofundíssimas alterações. A Avenida daLiberdade, que vem do terminal, vai ser

Uma das escolas [ÁlvaroVelho ou Abílio Mendes] é

sempre afectada

As funcionárias da Algifa com quemfalámos, Cármen Santos e Natividade Pires,informaram-nos que esta loja de louçaspermanecerá ali e que talvez sofram perdaseconómicas e de clientes no início, mas quedepois tudo estabilizará, pois também têmmuitos clientes fiéis à loja.

Também nos confidenciaram a provávelconcorrência das lojas Casa e Loja do GatoPreto.

Rosa Cruz, uma das funcionárias daMarionnaud, confirmou-nos que aperfumaria se vai manter onde está, semperda de clientes, pois é uma multinacionalque usa um sistema de cartões que mantémos clientes fiéis à loja. Vai haverconcorrência com as lojas Sephora e Doug-las que vão abrir no Fórum, mas garantiuque as perdas económicas serão mínimas.

Pedro

Rodrigues

ESCrito N.º 22 DEZ.2008 11

Carlos Humberto – (risos) Eu entro aqui(nos Paços do Concelho) às sete da manhã,todos os dias, e saio à meia-noite, à umahora da manhã, ou às nove ou dez da noite.

ESC – É um horário incerto...!?CH – O horário diário de saída

é sempre incerto, sim. Entro nosPaços do Concelho, geralmenteàs sete, sete e um quarto, sete emeia. Tenho muitos documentospara ler e analisar, assinar muitascoisas e fazer muitos contactos.Tenho muitas reuniões: muitas,muitas, reuniões…

ESC – E também muitasentrevistas…?

CH – Algumas. Eu tentoescapar um pouco às entrevistascom os jornalistas. Sempre queposso “fujo”. Mas poucas vezeso posso fazer. A questão é quetenho muitas reuniões e os diasmuito preenchidos com aactividade diária da autarquia. Porexemplo, sobre o Fórum,possivelmente, estive numacentena de reuniões. Temos defalar com os empresários, com osconstrutores… Quando falo doFórum, não me refiro apenas aoFórum. Trata-se do Fórum e doCentro do Barreiro. Porque estaquestão inclui a Avenida Alfredoda Silva, o Mercado, etc. Ou seja, estaintervenção acaba por ser uma coisa única,que engloba tudo…

Em relação à nova Ponte, outra centenade reuniões. Quimiparque, também mais deuma centena de reuniões. Para além destescontactos e encontros, temos de falar como ministro de uma determinada pasta, com osenhor tal, com determinado administrador.

No meio de tanta conversa sobre obras, projectos e outrascoisas mais, não foi difícil perceber que o Presidente de umaautarquia não tem mãos a medir. Mesmo assim, lançámosuma última questão que muitos leitores “gostariam de verrespondida, mas não têm coragem de fazer”: o que faz umPresidente de Câmara? Como é o seu dia? Vamos lá saber.

A equipa do ESCrito que conduziu a entrevista (da esquerda para a direita):Catarina Encarnação, Soraya Silva, Joana Ferreira, Elisabete Castro e

Vanessa Batista. Fotos: Renato Albuquerque.

Um dia na vidade um Presidente

Muita gente. As Comissões deTrabalhadores (da FISIPE, da Quimiparque,do Amoníaco) também querem saber comoestão a decorrer os trabalhos; a CP, aFerrovia.

Também há pessoas que querem,

simplesmente, falar comigo. Trocar opiniões,ideias. Por exemplo: vim agora de um almoçocom um munícipe, um cidadão que gostavamuito de falar com o Presidente.

Também tenho de falar com ostrabalhadores da Câmara, ir às freguesiasfalar com as pessoas, ir às escolas (já fui àvossa escola fazer duas ou três reuniões).Tenho de fazer, ou melhor, devo fazer todas

estas coisas. Já fiz uma ou duas dezenas dereuniões com os vendedores do MercadoMunicipal. Já reuni várias vezes com osvendedores do Mercado do Levante, juntoaos Casquilhos…

São estas coisas…

Para “termos uma ideia”, CarlosHumberto, descreveu-nos, minuto aminuto e “de memória”, o dia emque nos recebeu.

CH – Hoje, por exemplo, chegueiàs sete horas e saí para as obras docentro do Barreiro. Meia-hora depoisestava aqui a tratar de um despacho,aqueles documentos que tenho deler e assinar todos os dias. Às oito evinte, fui para Setúbal onde estivedas nove às dez e, de seguida, tiveuma reunião até depois do meio-dia.Às treze horas estava aqui presentenum almoço e às catorze e trinta cáestava para vos receber. Às quinze etrinta estarei presente num funeral,um momento de solidariedade em quedevo estar presente, e às dezasseishoras tenho uma entrevista com umajornalista que acompanharei às obrasdo centro do Barreiro. Depois tenhomais uma reunião com um grupo depessoas, outra reunião interna e às21 horas estarei presente num de-

bate.Isto é o exemplo de um dos dias de um

Presidente de uma autarquia. Os dias nãosão todos assim, ou com estas coisas, massão muitos, muitos. É um trabalho muitodesgastante, muito cansativo… Do pontode vista de construir uma cidade é muitoentusiasmante. Do ponto de vista da vidapessoal, não queiram ser Presidentes.

Do ponto de vista da vidapessoal, não queiram ser

Presidentes.

12 DEZ.2008 N.º 22 ESCrito

Marcha pela Saúde

II Colóquio dos Jovens Filósofos

A Marcha pela Saúde, que se realizou nodia 29 de Abril, entre as 10:00 e as 12:00, noParque da Cidade, é um Projecto deEducação para a Saúde que envolve todasas Escolas do concelho do Barreiro, aDelegação de Saúde e a Câmara Municipal.

Na nossa escola foi nomeada aprofessora Ana Torres para acompanhar amarcha que integrou todos os membros dacomunidade educativa: alunos, pais,professores e funcionários.

Exposição de Teatro

Nos dias 14, 15 e 16 de Abril decorreumais uma Feira das Profissões na nossaescola.

Organizada pela dr.ª Lígia Varandas, estainiciativa traz à escola diversas instituiçõesligadas ao ensino superior e à formaçãoprofissional, apontando perspectivas defuturo aos alunos dos Casquilhos.

No Bar dos alunos foi impossível ficarindiferente, durante o 3º Período, às duasdezenas de painéis que pendiam do tecto eque compõem a exposição O que é oteatro?, uma iniciativa da Direcção-Geraldas Artes.

Cada painel possui informaçõesautónomas, por vezes cronológicas, sobrea história do teatro, associando o texto àforça das imagens. Citando Maria JoãoBrilhante, uma das responsáveis, o maiorvoto que fazem todos os que participaramna árdua e excitante tarefa de prepararesta exposição é de que ela seja fonte dedescoberta, de surpresa e de estímulo parair ao teatro.

No dia 17 de Abril, realizou-se, na nossa Escola, o II Colóquio dos Jovens Filósofos quecontou com a participação de alunos de diversas turmas do Secundário.

O Colóquio dos Jovens Filósofos é umainiciativa imprescindível para converter osalunos à Filosofia. Nos dias de hoje, em queos jovens preferem alimentar-se de ideiasque lhes são inculcadas pelos vários meiosde comunicação (como, por exemplo, atelevisão) sem sequer as porem em causa, afilosofia cai em desuso. Com este tipo deactividades, em que os alunos lêem obrasfilosóficas e expressam o seu ponto de vistaperante o auditório, cria-se um ambiente deargumentação e consegue-se, assim, umaonda de interesse, quebrando-se opreconceito de que a filosofia é inútil.

O Colóquio constou da apresentação dediversas obras aconselhadas pelosprofessores de Filosofia, como, por exemplo,Política para um Jovem, de FernandoSavater, O Senhor Walser , de GonçaloTavares, O Discurso do Método, de

Descartes, Quando Sócrates vestiu Jeans,de Lucy Eyre, e Alice no País dasMaravilhas, de Lewis Carrol.

Esteve presente, além de professores ealunos da Escola, a Sr.ª Vereadora da Culturada Câmara Municipal do Barreiro, ReginaJaneiro.

Foi assim que funcionou o colóquio esteano: mesmo que não tenham havido muitasparticipações por parte do auditório,pensamos que voltou a ultrapassar todasas expectativas.

O Colóquio dos Jovens Filósofos é umainiciativa do Grupo de Filosofia, coordenadapela professora Maria Emília Santos.

Susana RegoSara HeitorJosé Costa

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Feira das Profissões

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Estiveram presentes, entre outras, aUniversidade Internacional, o InstitutoPiaget, a Lusófona, o Politécnico de Setúbal,a Autónoma e o IADE.

Este foi o tema da conferência proferidano dia 18 Abril, pelas 10:20, no Auditório danossa escola. A autora, a ProfessoraDoutora Fátima Morna, do Departamentode Literaturas Românicas da Faculdade deLetras de Lisboa, veio à escola a convite daprofessora Esmeralda Lopes.

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Professora Fátima Morna

Geração de Orfeu

ESCrito N.º 22 DEZ.2008 13

SudokuSoluções da página 15

Voltas à cabeçaVamos representar a cara pela letra C e a coroa

pela letra F.Com apenas 5 deslocamentos resolvemos o

problema:

A nossa escola foi uma das seleccionadaspara participar no TreeParade’08, apóscandidatura formalizada pelo DEPA(Departamento de Expressões Plásticas eArtísticas).

O TreeParade é um concurso promovidopela Direcção-Geral de Recursos Florestaise pela Direcção-Geral de Inovação eDesenvolvimento Curricular, no âmbito doPlano Nacional de Defesa da Floresta con-tra Incêndios. O objectivo desta iniciativa éalertar toda a população escolar para aproblemática dos incêndios com base nostrabalhos desenvolvidos nas escolas.

Após ter sido uma das escolasseleccionadas, a “árvore” foi entregue naescola no passado dia 28 de Março, sendoa intervenção orientada pelo Prof. Ilídio Pinacom a turma 12º E, tentando responder damelhor forma ao tema Floresta, fonte derecursos, tema definido para estar de acordocom a designação pela UNESCO do ano de2008 como o Ano Internacional do PlanetaTerra.

Após a recolha dos projectos a 5 de Maio,os trabalhos foram expostos em Lisboa (18de Maio a 15 de Junho), seguindo depoispara o Porto, Coimbra e Évora. No final, asobras foram leiloadas, revertendo para asescolas metade das licitações.

ESC na TreeParade

Paulo Nunes

O professor Ilídio Pina explicando o projecto aoSecretário de Estado Adjunto e da Educação,

Jorge Pedreira

Os autores da nossa árvore com osresponsáveis pela iniciativa

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No âmbito da disciplina de Área deProjecto, os alunos da turma D, do 12º ano,apresentaram, nos dias 7, 8, 9, 15 e 29 deMaio, a peça Felizmente há Luar, de Luísde Sttau Monteiro. Este projecto,coordenado pela professora Ana Santiagoe encenado por Ana Santos, antiga alunada escola, contou ainda com a colaboraçãoda professora Fernanda Martins e dosalunos do 12º E na elaboração dos cenários.

As apresentações realizaram-se noAuditório da escola e, no dia 29 de Maio, nasala do Teatro de Ensaio do Barreiro. Cercade 220 espectadores assistiram a estesespectáculos, sendo o último integralmentegravado em vídeo. Uma cópia foi distribuídaa todos os participantes neste projecto.

Felizmente Há LuarNo dia 28 de Outubro decorreu uma

reunião de professores de Matemática nanossa escola. Na reunião estiverampresentes professores de Matemática dasescolas da Quinta da Lomba, Quinta Novada Telha, Santo António, Álvaro Velho e,claro, Casquilhos que definiram o calendárioe fizeram o balanço do ano lectivo anterior.Estes encontros realizam-se no âmbito doPlano da Matemática (anteriormentechamado Plano de Acção para aMatemática).

Estas reuniões, disse-nos o professorAntónio Augusto, são muito úteis paraintercâmbio e troca de materiais e fichas enelas fala-se de experiências e técnicas detrabalho.

O objectivo, disse o mesmo professor, émotivar mais os alunos e fazê-los aceitar quea Matemática não é um “bicho de setecabeças” e que o aluno tem de trabalhar aesta disciplina.

Os resultados podem-se considerarsatisfatórios, tendo muitos alunosmelhorado o seu aproveitamento.

As próximas reuniões do Plano daMatemática realizaram-se dia 11 deNovembro, em Santo António, e dia 21 deAbril, de novo na nossa escola. Nestasreuniões irá falar-se sobre os métodos etécnicas usadas entretanto.

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Matemáticos na ESC

Carina Rocha, Joana Vieira e Sara Tobias

Dia da AlimentaçãoO Dia da Alimentação foi comemorado,

na nossa escola, no dia 16 de Ourtubro coma distribuição de fruta, a plantação de kiwise outras iniciativas.

Próximo númeroNo próximo número contamos incluir uma

completa reportagem fotográfica sobre aSemana da Ciência e Tecnologia quedecorreu no final de Novembro.

Isab

el L

opes

14 DEZ.2008 N.º 22 ESCrito

A ARTE deve também questionar. Oprocesso artístico e criativo deve serinteractivo e interventivo. “volto já”pretende, desta forma, questionar sobre aexistência das coisas aliadas ou não à suamobilidade. O como era? Para onde foi? Oque foi fazer? São as questões que nospomos a nós próprios perante situações deausência.

A realidade é o presente. E o futuro, pelosimples facto de pensar nele, já é presente.

A arte resulta da faculdade inventiva eexpressiva do homem para a criação deformas, imagens e objectos destinados a criarefeitos puramente estéticos.

ISTO NÃO É UMA PORTA apresenta-noso objecto destituído da sua função naturale integrado num contexto que lhe conferenovos sentidos e significados.

Num trabalho que não escondereferências à ironia do surrealismo ou aoparadoxo da Arte Conceptual, devemossublinhar a frase limite do Dada: “Isto nãosignifica nada!”

ISTO NÃO É UMA PORTA questiona arelação permanente entre a “representação”e “apresentação” que resultam dofenómeno artístico: a porta, o desenho daporta e a negação explícita na frase inscritana parede remetem para a reflexão estética.A OBRA justifica-se a si própria.

Decorreu na Galeria Municipal de Artedo Barreiro, entre 20 de Junho e 12 de Julho,a 1ª Mostra do Curso de Artes Visuais daEscola Secundária de Casquilhos.

Esta Mostra assumiu dois objectivosfundamentais: por um lado, contribuir paraa aproximação dos alunos à comunidade emque a escola se insere, numa dinâmica dereciprocidade; por outro lado, estimular aprodução, a recepção e o consumo deobjectos e manifestações artísticas eculturais, ao mesmo tempo que se promoveuma interacção entre todos os agenteseducativos, alunos, pais e agenteseconómicos da cidade.

1ª Mostra de Artes

Renato

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Galeria d’ ArteA Galeria d’Arte mostra os projectos desenvolvidos pelos alunos de artes, renovando

periodicamente o espaço da nossa escola situado em frente à sala de professores

Out.2008 | Volto já | 12º D

Coordenador: professor Ilídio Pina

Nov.2008 | Isto Não É Uma Porta | 12º D

Coordenador: professor Paulo Nunes

Renato

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Abate de chouposA pedido da escola, a Câmara Municipal

começou a cortar, no dia 12 de Novembro,os choupos que existem junto das salas “B”.Estas árvores, de grande porte, para alémde poderem colocar em risco a nossasegurança, são causadoras, na Primavera,dos “algodões” que invadem a nossaescola, provocando também perturbaçãonos prédios que têm vindo a ser construídosnas imediações.

Os “algodões”, que transportam assementes destas árvores, podem provocarproblemas alérgicos, causando dificuldadesem respirar e obrigando a fechar todas asportas e janelas.

Rock in CascosCart

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Eleições para a AEAs eleições para a Associação de

Estudantes decorreram dia 20 de Novembro,quinta-feira. Nos dias 17 e 18 decorreu acampanha eleitoral. Os resultados foram osseguintes:

Eleitores: 690; votantes: 402 (58,26%);votos nulos: 12 (2,99%); votos brancos: 0.Lista D: 132 votos (32,83%); Lista I: 258votos (64,18%).

Assim, o Braima Cassamá, da lista I,passou a ser o novo Presidente daAssociação de Estudantes.

O novo Presidente da Direcção daAssociação de Estudantes,Braima Cassamá, do 12º C

ESCrito N.º 22 DEZ.2008 15

Sudokufornecido por Mestre Coelho

No Sudoku* é preciso preencher osespaços em branco de forma a que cada umdos quadrado possua os 9 algarismos (de 1a 9) apenas uma vez. Depois de preenchidos,cada linha, vertical ou horizontal, tambémterá os mesmos 9 algarismos, sem repetições.

Grau de dificuldade: difícil.

Soluções na página 13

* Abreviatura da expressão japonesasuuji wa dokushin ni kagiru que significaos dígitos devem permanecer únicos.

Voltas à cabeçafornecido por Mária Correia

Alinharam-se dez moedas, 5 viradas coma cara e outras 5 com a coroa para cima.

Pretende-se, com um mínimo dedeslocamentos, conseguir uma sériealternada de caras e coroas.

O único tipo de deslocamento permitidoconsiste em pegar em 2 moedas contíguas ecolocá-las, na sua ordem original, em doislugares contíguos vazios. Neste caso, porexemplo, são permitidos os doisdeslocamentos representados ao lado.

Rock in Cascos

A 3ª Edição do festival Rock in Cascos, um festival de músicamoderna aberto à participação de bandas de garagem em início depercurso artístico, decorreu dia 4 de Junho. Depois do sucessoalcançado nas edições anteriores, o festival regressou este anocom um interesse acrescentado já que todas as bandas vãoapresentar projectos próprios e todo o reportório é original.

Toda a concepção e organização do Rock in Cascos esteve acargo da mesma equipa do ano transacto: os alunos Toni Peres(12º E), Rebeca Pereira (12º E) e Jorge Santos (11º D) e o professorPaulo Nunes.

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16 DEZ.2008 N.º 22 ESCrito

O nosso jornal é reproduzido em fotocopiadoras Nashuatec fornecidas pela empresa Beltrão Coelho

VoVó MaTildeA juventude vista pelaJorge Santos

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* com Steven Centeio