jornal dos bancários - ed. 421

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ANO XX Nº 421 16 A 31 DE MARÇO DE 2012 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR LEIA TAMBÉM Definida a data para a eleição do Sindicato Página 3 Campanha exige valorização dos bancários do Bradesco Página 6 Sindicato quer mudanças no programa de metas do BB Página 7 SEGURANÇA BANCÁRIO NÃO É ALVO Com a escalada de assaltos a banco que assolou Pernambuco neste início de ano, os bancários estão trabalhando apavorados, com medo de que sua agência seja o próxi- mo alvo dos bandidos. Mas a reação da so- ciedade, sobretudo do Sindicato dos Bancá- rios e do Ministério Público, têm colocado os bancos no alvo de ações que visam obri- gar as instituições financeiras a investirem em segurança e cumprirem as leis. O MP já tomou uma série de medidas, todas ouvindo o Sindicato, que trabalha para aperfeiçoá- -las. Como é o caso da medida que preten- dia responsabilizar os gerentes pela falta de segurança e que, graças à ação do Sindicato, será enterrada. Páginas 4 e 5 Esta edição inclui o encarte especial de quatro páginas sobre os Jogos do Sindicato

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ANO XX • Nº 421 • 16 A 31 DE MARÇO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

LEIA TAMBÉMDefinida a data para

a eleição do SindicatoPágina 3

Campanha exige valorização dos bancários do Bradesco

Página 6

Sindicato quer mudanças noprograma de metas do BB

Página 7

segurança

BAncárIonão ÉALvo

Com a escalada de assaltos a banco que assolou Pernambuco neste início de ano, os bancários estão trabalhando apavorados, com medo de que sua agência seja o próxi-mo alvo dos bandidos. Mas a reação da so-ciedade, sobretudo do Sindicato dos Bancá-rios e do Ministério Público, têm colocado os bancos no alvo de ações que visam obri-gar as instituições financeiras a investirem em segurança e cumprirem as leis. O MP já tomou uma série de medidas, todas ouvindo o Sindicato, que trabalha para aperfeiçoá--las. Como é o caso da medida que preten-dia responsabilizar os gerentes pela falta de segurança e que, graças à ação do Sindicato, será enterrada.

Páginas 4 e 5

Esta edição inclui o encarte

especial de quatro páginas

sobre os Jogos do Sindicato

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16 a 31 de março de 2012

editorial Tema livre

Trabalho fora de horaO Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada) acaba de divulgar um levantamen-to apontando que quase a metade (45,6%) dos trabalhadores não consegue se desligar totalmente do trabalho mesmo no seu tempo livre. O relatório evidencia uma contradição no que diz respeito ao novo papel desem-penhado pela introdução dos novos equipa-mentos de comunicação e informática no ambiente de trabalho.

fazendo hisTóriaOs bancos conseguiram um feito históri-

co em 2011 ao encerrar o ano na liderança do ranking de reclamações do Idec (Insti-tuto Brasileiro de Defesa do Consumidor) pela primeira vez desde que a listagem começou a ser divulgada, há doze anos. O setor conseguiu a proeza de desbancar os planos de saúde, que dominavam desde a primeira listagem.

isTo é um assalTo!O Idec também constatou que os maiores

bancos empurram para os clientes pacotes de tarifas mais caros do que o perfil do correntis-ta sugere. No caso do Santander, por exemplo, essa disparidade significou um acréscimo de 69% no pacote (R$ 33,60, ante R$ 19,90). No HSBC, o plano contratado custou 53% a mais do que o indicado para o perfil do cliente (R$ 37,50 em vez de R$ 24,50).

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi e Libório Melo. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosAlan PatricioBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorJoão Rufino

Secretaria da MulherSandra Albuquerque

FormaçãoTereza Souza

Ramo FinanceiroElvis Alexandre

IntersindicalCleber Rocha

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

Todos os trabalhadores brasileiros que têm carteira assinada terão neste mês de março um dia de traba-lho descontado na folha de pagamento. É o chama-do imposto sindical, criado em 1939 pelo presidente Getúlio Vargas. O desconto é com-pulsório e não é possível evitar esta cobrança, que é garantida por lei.

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco e a CUT são contra o imposto sindical e há anos estão lutando pelo fim dessa cobrança. Isso porque, nós, bancários e de-mais sindicatos cutistas, somos fortes e queremos manter estas entidades com as mensalidades pagas pelos associados.

Nossa central tem lutado em di-versas frentes, inclusive na Justiça, para acabar com esse imposto, mas até agora não conseguimos.

O movimento sindical bancário já chegou a conquistar uma liminar na Justiça que isentava os trabalhadores do imposto sindical. A liminar, ga-rantida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, durou mais de uma década, mas foi cassada pela Justiça em 2005.

A mais recente cartada da CUT para acabar com o imposto sindical é a pressão sobre o governo federal. Os sindicalistas da CUT chegaram a entregar à presi-denta Dilma Rousseff uma cópia do acordo assinado

em 2008 entre diversos sindicatos ligados à Central pedindo o fim do imposto sindical.

Vale destacar que, de todas as centrais, só a CUT defende o fim do imposto sindical. Nós considera-

mos que, para um sindicato ser forte, é preciso de sócios. Não podemos ficar dependendo de um imposto criado há quase um século para manter sindica-tos de fachadas.

ouTrA LuTAAlém de pressionar o go-

verno pelo fim do imposto sindical, a CUT está na luta para garantir a isenção do im-posto de renda (IR) na Parti-

cipação nos Lucros e Resultados (PLR). No último dia 14, representantes dos trabalhadores obtiveram compromisso do relator da Medida Provisória 556, deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), de que serão mantidas as emendas à MP que estabele-cem o fim da cobrança.

Durante audiência uma comitiva que representou bancários, metalúrgicos, químicos, eletricitários e pe-troleiros ouviu do parlamentar que a votação da MP 556 deve ocorrer a partir do dia 25 de março. Desde o ano passado essas categorias estão em campanha nacional pela PLR sem IR.

De todas as centrais, só a CUT defende o fim do imposto sindical. No nosso entendimento, os sindicatos devem ser mantidos pelos sócios

Pelo fim do imposto sindical

LIBÓrIo MELoHumor

- Participem,bancários!

coMEçA o procESSo ELEITorAL do SIndIcATo

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eleição do sindiCato

Bancários escolhem próxima diretoria em 16 e 17 de maioO prazo para inscrições de chapas já começou e vai até o dia 28 de março

A Comissão Eleitoral já mar-cou a data para a eleição do Sindicato, que vai escolher

a diretoria que comandará a entidade até 2015. O pleito ocorrerá nos dias 16 e 17 de maio e, caso haja neces-sidade de um segundo turno, a nova votação será realizada nos dias 30 e 31 de maio. O mandato da atual di-retoria termina em julho.

O prazo para inscrições de cha-pas já começou e vai até o dia 28 de março. A eleição que ficou agendada para maio será realizada das 8h às 18h, com exceção de uma única urna que terá seu funcionamento das 18h às 24h para que os bancários que tra-balham à noite possam votar.

coMISSão ELEITorAL Com quase 97% dos votos, a Co-

missão que comanda a eleição do Sindicato foi definida no dia 7 pas-sado, em votação que teve grande participação dos associados. “Foi surpreendente o número de votos que a Comissão teve. Isso aumenta ainda mais a nossa responsabilidade na condução do processo eleitoral”, afirmou Tereza Cristina Silva, uma das integrantes eleitas como titular para a Comissão. Tereza é diretora da CUT Pernambuco e do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais.

Além de Tereza Cristina Silva, são titulares da Comissão Eleitoral o bancário Jorge Perez (aposentado do

BB e ex-presidente do Sindicato) e Pedro Grego (aposentado do Bande-pe e ex-diretor do Sindicato). Na su-plência estão Marco Aurélio Farias Costa (bancário da Caixa e ex-di-retor do Sindicato e da Apcef-PE),

Eliana Rangel (bancária do BNB e ex-diretora do Sindicato) e Fer-nando Antonio Gonçalves de Lima (diretor da CUT-PE e do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Pernambuco).

Os bancários dos bancos pú-blicos elegem entre os próximos dias 20 e 22 os novos delegados sindicais do Banco do Brasil, Cai-xa, BNB e BNDES. O pleito vai

definir os representantes dos funcionários para o manda-to que começa no próximo dia 1º de abril e vai até 31

de março de 2013.De acordo

com a secretá-ria da Mulher do Sindicato,

Sandra Trajano, que é empregada do BB, o delegado sindi-cal é o elo de ligação

entre o Sindicato e os funcioná-rios da agência ou departamento do banco. “A função principal do delegado sindical é informar os colegas de trabalho sobre todas as ações do Sindicato e trazer para

nós as reclamações e problemas dos bancários para que a gente possa tentar resolver”, explica.

Os bancários da Caixa elegem 1 delegado para cada 100 emprega-dos. No BNB, a eleição será de 1 para cada 50 funcionários. No BB, a proporção é de 1 para 80 e a elei-ção será por grupo de agências.

ExEMpLoA eleição de delegados sindicais

nos bancos públicos foi uma im-portante conquista dos bancários nos anos de 1980, após muita luta e pressão. Hoje, o Sindicato bata-lha para estender esta conquista aos bancos privados.

“Os trabalhadores do Brasil têm

nos bancários uma referência de organização. Os nossos sindicatos se pautam, sempre, pelos bancá-rios da base e, neste sentido, o de-legado sindical é fundamental nes-ta organização”, explica Sandra.

organiZação

Funcionários dos bancos públicoselegem novos delegados sindicais

Bancários escolheram os membros da Comissão Eleitoral no último dia 7

Sandra Trajano

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O Ministério Público de Per-nambuco vai procurar a fe-deração dos bancos (Febra-

ban) para assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para garantir o cumprimento das leis municipais e federais que tratam da segurança bancária. A promotoria também quer criar um selo de “Agência Legal” para dar às unidades que es-tão cumprindo as leis e

investindo em segurança.O MP também pretende acionar o

Ministério Público do Trabalho para que os bancos sejam responsabiliza-

dos pela falta de condições de segurança no trabalho para os bancários.

Estas foram as princi-pais decisões tomadas na reunião realizada no últi-mo dia 9, pelo Ministério Público e que contou com

a participação do Sindicato. “Também estamos estudan-

do a possibilidade de responsabiliza-ção criminal dos representantes dos bancos no Recife por não cumprirem a legislação municipal e federal que determina o investimento na seguran-ça das agências”, explicou o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Ricardo Van der Linden Coelho.

Durante a reunião, a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, destacou que os bancos não têm responsabili-dade social e que é política das ins-tituições financeiras não investir em segurança. “As discussões aqui na reunião estão sendo muito boas. Só temos de tomar cuidado para não criminalizar os gerentes pela irres-ponsabilidade dos bancos. Hoje, to-dos os bancários estão fragilizados e

trabalham com medo”, afirmou Jaqueline.

O grupo, liderado pelo Ministério Público, volta a

se reunir no dia 30.

Cadê a responsabilidade soCial?

Ministério Público exige mais segurança dos bancosO Sindicato informou ao MP que é política das instituições financeiras nãoinvestir em segurança e exigiu que os gerentes não sejam responsabilizados

BAncárIoS E vIgILAnTES AprESEnTAM propoSTAS pArA o ESTATuTo dE SEgurAnçA prIvAdA

Itaú da 1º dE Março SofrE SEgundo ArroMBAMEnTo EM MEnoS dE uM MêS

A agência do Itaú da 1º de Março, no Recife, sofreu no dia 11 de março o segundo arrombamento em menos de um mês. Os bandidos que-braram o vidro, entraram na unidade e levaram seis mo-nitores, um bebedouro, um micro-ondas e cafeteira. Ar-rancaram fios e espalharam documentos. No dia 26 de fe-vereiro, a agência foi arrom-bada da mesma maneira. A poucos metros de distância, a agência Santo Antônio está fechada apenas por tapumes desde a quarta-feira de cin-zas, quando também foi ar-rombada e invadida.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) se reuni-ram no dia 8 com o secretá-rio de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Ma-rivaldo Pereira, em Brasília. Os bancários e vigilantes re-forçaram as principais reivin-dicações dos trabalhadores para o projeto de lei que cria o estatuto de segurança pri-vada, em fase de conclusão, que visa atualizar a lei fede-ral nº 7.102/83.

coMErcIAnTE quE ErA corrESpondEnTEBAncárIo É MorTo EM BArrEIroS

BAndIdoS ArroMBAM cAIxA ELETrônIcodo SAnTAndEr nAS grAçAS

Mais uma vítima fatal em assalto envolvendo bancos em 2012. Desta vez foi o comerciante José Sarto Brainer, 47 anos, dono de pa-pelaria, que era correspondente bancário, reagiu e terminou morto a tiros no dia 1º de março, em Barreiros, na Mata Sul de Pernambuco. Para os parentes, o fato de a loja funcionar como correspondente bancário atraiu os ladrões.

Mais uma agência bancária foi alvo da ação de bandidos no Recife. Na madrugada do dia 7, suspeitos ainda não identificados arrom-baram um dos caixas eletrônicos do banco Santander, em frente à Praça do Entrocamento, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. A agência não estava em horário de funcionamento e não havia se-gurança de madrugada. O alarme do banco também não disparou.

Jaqueline Mello

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Cadê a responsabilidade soCial?

A Confederação Nacio-nal dos Trabalhadores do Ramo Financeiro

(Contraf-CUT) e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) marcaram para quarta-feira, dia 21, a realização de um dia nacio-nal de luta por mais segurança nos bancos, com atividades de sindi-catos dos bancários e vigilantes envolvendo trabalhadores, clien-tes e sociedade.

O objetivo da mobilização é protestar contra a violência e a insegurança e chamar a atenção dos bancos, das autoridades e da sociedade para três questões cen-trais: a retirada das portas gira-tórias com detector de metais; o crime da “saidinha de banco”; e a proteção da vida de trabalhadores e clientes.

“Essa mobilização de bancários e vigilantes é fundamental, diante da nova onda de ataques a ban-cos em vários estados, colocan-do ainda mais em risco a vida de trabalhadores e clientes”, afirma o diretor da Contraf-CUT e coor-denador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wie-derkehr.

“Enquanto isso, as instituições financeiras acumulam lucros recor-des e não efetuam os investimentos necessários para garantir seguran-ça dentro dos estabelecimentos”, aponta o dirigente sindical.

Segundo pesquisa do Dieese, com base nos balanços de 2011 dos cinco maiores bancos, as des-pesas de segurança e vigilância somaram R$ 2,6 bilhões, o que representa uma média de 5,2% do lucro líquido de R$ 50,7 bilhões.

IMpASSE nAS nEgocIAçõESNo último dia 1º, o Sindicato e

a Contraf-CUT retomaram as ne-gociações com os bancos na mesa temática que debate a segurança bancária. Na primeira reunião do ano, não houve nenhum avanço e a falta de vontade dos bancos em re-solver o problema da insegurança ficou nítida.

O secretário de Saúde do Sindi-cato, João Rufino, que representou os bancários de Pernambuco na negociação nacional, disse que os bancos não quiseram assumir com-promisso algum com o movimento sindical. “A postura e a arrogância dos bancos atrapalharam o anda-

mento das negociações. As institui-ções financeiras só visam o lucro e não estão nem um pouco preocu-padas com a vida dos bancários e clientes. Esta primeira reunião do ano foi péssima, esperamos que os representantes dos bancos mudem de postura na próxima reunião, que está pré-agendada para maio”, co-menta Rufino.

Durante o encontro, a federação dos bancos (Fenaban) apresentou os dados estatísticos referentes aos últimos anos, que reforçaram a importância das portas de segu-rança para redução dos ataques. Os trabalhadores cobraram mais informações sobre arrombamentos

e “saidinhas” de banco, que vêm gerando preocupação, principal-mente entre os clientes.

Os representantes da Fenaban não quiseram debater o assunto, alegando tratar-se de um problema de segurança pública. O movimento sindical rebateu, argumentando que os caixas eletrônicos são expansão do sistema financeiro e, portanto, responsabilidades dos bancos, sim.

“Boa parte das reivindicações na-cionais do movimento sindical está prevista em várias leis municipais de segurança bancária que temos aqui em Pernambuco, a exemplo do Recife, Olinda e Abreu e Lima. Mas os bancos não respeitam essas leis. Conversamos isso com os ou-tros sindicatos que ficaram assus-tados com a escalada de assaltos a bancos que estamos vivendo em Pernambuco. Só nos primeiros dois meses do ano, tivemos dezoito as-saltos a banco, o mesmo número de ocorrências registradas no ano pas-sado inteiro”, explica Rufino.

Bancários e vigilantes na luta contra a insegurançaTrabalhadores farão manifestação nacional no dia 21. Segundo o Dieese, os cinco maiores bancos gastam, em média, apenas 5,2% do lucro com segurança

Bancários de Pernambuco estão protestando desde o início do ano

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O Sindicato acaba de re-tomar a Campanha de Valorização dos Funcio-

nários do Bradesco, feita anual-mente pelos sindicatos do Brasil inteiro. A decisão foi tomada no último dia 5, durante a reunião da Comissão Nacional de Organiza-ção dos Empregados do Bradesco, realizada na sede da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Tra-balhadores do Ramo Financeiro), em São Paulo.

A secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, representou os bancários de Per-nambuco na reunião. Segundo ela, o objetivo da Campanha é pressio-nar o banco para garantir o atendi-mento da pauta de reivindicações.

“Temos várias demandas que

estão em nossa pauta há muito tempo, mas o banco insiste em não atender. Por isso vamos am-pliar a mobilização dos bancá-rios para que o Bradesco sinta o nosso poder de pressão e negocie

com seriedade”, explica Suzi-neide, lembrando que a falta de condições de trabalho é gritante no Bradesco e o banco ainda por cima não garante aos funcionários alguns direitos que todas as outras

instituições financeiras têm, como o auxílio-educação. “Também temos muitos problemas com o plano de saúde que o banco não resolve”, afirma Suzi.

proTESToBEM-huMorAdo

“Bradesco, Bradesco, assim você me mata. Ai quantas metas, ai ai isso estressa...”. Foi assim, com uma paródia bem-humorada da música de Michel Teló e um trio de forró pé-de-serra, que o Sindicato levou seu protesto às agências do Bradesco no último dia 2, dando início à mobilização dos empregados. O ato agitou as unidades Imperador, Concórdia, Conde da Boa Vista e Maciel Pi-nheiro.

bradesCo

Nova campanha exige avalorização dos funcionáriosMobilização no Bradesco já começou com protesto realizado nas agências Imperador, Concórdia, Conde da Boa Vista e Maciel Pinheiro

itaú JurídiCo

sindicato negocia pCr, saúdee bolsas educação no dia 26

Sindicato convoca bancários parareceberem crédito de ação judicial

O Sindicato e a Contraf--CUT retomam no próximo dia 26 as negociações nacio-nais com o Itaú, em São Paulo. A rodada havia sido marcada inicialmente para o dia 16, mas foi adiada. Os trabalha-dores discutirão o Programa Complementar nos Resultados (PCR) e as bolsas educação para 2012, além do plano de saúde, com foco nos proble-mas dos convênios médicos.

“O Itaú acaba de registrar o maior recorde de lucratividade da história do sistema finan-ceiro nacional. Com isso, que-

remos negociar os parâmetros do nosso PCR com o objetivo de valorizar os funcionários, que também são responsáveis pelo lucro gigante que o banco teve”, explica o secretário de Saúde do Sindicato, João Ru-fino, que é empregado do Itaú.

Na última negociação, no dia 10 de fevereiro, os sindi-catos entregaram ao banco a pauta de reivindicações dos funcionários, que possui nove itens: emprego, remuneração, combate às metas abusivas, saúde e condições de trabalho, segurança bancária, liberdade

sindical, previdência com-plementar, plano de saúde e igualdade de oportunidades.

O Sindicato está convocando os ex--empregados da Cooperativa de Produto-res de Açúcar e Álcool de Pernambuco, que tem crédito a receber na 7ª Vara do Trabalho. Trata-se de trabalhadores subs-tituídos em ação para ressarcimento das diferenças do Plano Verão. Eles devem entrar em contato com a secretaria de As-suntos Jurídicos do Sindicato, pelos tele-fones: 3316.4220 ou 3316.4218.

Confira a lista com o nome dos bancá-rios que têm direito a receber o crédito em www.bancariospe.org.br/noticias_aparece.asp?codigo=3328

Suzineide rodrigues

João rufino

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Depois de muita luta, o Sindicato garantiu aos bancários da Caixa uma avaliação de promoção por méri-to mais justa e transparente. Mas o banco quer jogar fora todos os avan-ços conquistados pelos empregados e apresentou proposta para a avalia-ção do ano que vem com uma série

de retrocessos. Assim, terminou em impasse a reunião da Comissão Pa-ritária da Promoção por Mérito, rea-lizada no dias 12 e 13 passados, em Brasília.

Segundo a presidenta do Sindica-to, Jaqueline Mello, os representan-tes dos bancários e do banco deba-

teram exaustivamente a sistemática de avaliação para o ano base 2012, visando a promoção de janeiro de 2013. “Esperávamos avanços nesta reunião, mas a Caixa frustrou nossas expectativas”, conta Jaqueline.

A proposta apresentada pela Caixa contém muitos retrocessos em rela-

ção à avaliação feita no início deste ano. Entre os pontos considerados ruins pelo Sindicato estão a altera-ção dos pesos das modalidades de avaliação subjetiva e da mudança da linha de corte.

As negociações continuam nos próximos dias.

banCo do brasil

Sindicato quer mudanças no programa de metasO Sinergia está causando muita apreensão na rede de varejo, principalmente por conta das metas individuais e da forma de avaliação das dependências

O Sindicato e o Banco do Brasil voltaram a se reu-nir no último dia 13 para

discutir o novo programa de me-tas da empresa, chamado Sinergia BB. Durante o encontro, o banco fez uma apresentação sobre as li-nhas gerais do programa, que tem uma série de problemas na avalia-ção do Sindicato, que exigiu mu-danças imediatas.

Para o secretário-geral do Sindi-cato, Fabiano Félix, o Sinergia BB está causando muita apreensão na rede de varejo, principalmente por

conta da forma como as dependên-cias serão avaliadas em seus resul-tados ao final do semestre.

“O Sinergia tem muitos pro-blemas, mas o principal deles é a individualização das metas nas carteiras de clientes. Este ponto se choca com a luta do Sindicato, que sempre foi contra as metas in-dividuais. Temos feito muitas reu-niões nas agências e até os ges-tores se mostraram preocupados com o Sinergia”, explica Fabiano.

Durante a reunião, o Sindicato exigiu o fim das metas individuais

e outras mudanças no Sinergia que o BB ficou de estudar. “Esperamos que o banco atenda nossas reivin-dicações, pois do jeito que está o Sinergia vai abrir espaço para au-mentar a pressão e o assédio moral nas agências. E, se o banco insistir com este programa, vamos organi-zar o funcionalismo para a luta e usar de todos os meios para impe-dir que os bancários sejam prejudi-cados”, afirma Fabiano.

Além do debate sobre o progra-ma de metas Sinergia BB, o Sin-dicato e a Contraf-CUT cobraram que o banco negocie a jornada de 6 horas para os comissionados sem

redução de salário. Os represen-tantes dos bancários também co-braram uma resposta do banco so-bre a adesão da Cassi à Resolução 254 da Agência Nacional da Saú-de, que regulamenta as coberturas mínimas dos planos de saúde.

Entre os dias 2 e 13 de abril, os associados da Cassi participarão da eleição de novos diretores e conselheiros do plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil. O Sindicato e a Contraf-CUT apoiam a Chapa 1 - Cuidando da Cassi, encabeçada por Mirian Fochi, candi-data a Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e hoje secretária de Assuntos Jurídicos da confederação.

“Nós apoiamos a Chapa 1 porque entendemos que ela é a mais representativa nesta eleição, com candidatos da ativa e aposenta-dos de todas as regiões do país. Além disso, os integrantes da Chapa 1 possuem uma bela história de luta em defesa dos bancários do Banco do Brasil”, destaca a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

VotE Na ChaPa 1 NaS ElEIçõES da CaSSI

Caixa

retrocesso nas discussões sobre aavaliação para promoção por mérito

Fabiano Félix

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dia internaCional da Mulher

homenagem às bancárias e protestos contra os bancos

Ao som de violino e flauta, o Sindicato percorreu as agências bancárias de Boa

Viagem, Prazeres, Paulista, Olinda e Piedade para prestar uma homena-gem às bancárias pelo Dia Interna-cional da Mulher, comemorado em 8 de março. Além da música, as tra-balhadoras tiveram sua manhã ado-çada com a distribuição de bombons e outros brindes.

A homenagem também chegou ao interior do estado, por meio das subsedes do Sindicato de Arcoverde

e Salgueiro.Para a presidenta do Sindicato, Ja-

queline Mello, além de homenagear as mulheres, o Sindicato também levou às agências o debate sobre a importância da luta pela igualdade entre os gêneros. “Foi uma home-nagem mais do que merecida para as bancárias, que se desdobram nas agências e departamentos dos ban-cos para dar conta do trabalho. Mui-tas ainda têm dupla jornada e preci-sam cuidar da casa e da criação dos filhos. Mas, o Dia Internacional da

Mulher não é só para homenageá--las. A data é uma oportunidade para refletirmos sobre os problemas que as mulheres enfrentam e sobre a luta para garantir a plena igualdade de direitos e oportunidades entre os se-xos”, explica Jaqueline.

Para reforçar a luta, na sexta-feira, dia 9, as atividades da “Mobilização Permanente” do Sindicato foram fo-cadas na igualdade de oportunidades. “Toda sexta-feira o Sindicato realiza um protesto para exigir dos bancos a solução de problemas. Esta semana,

aproveitaremos o Dia Internacional da Mulher para exigir o fim da dis-criminação nos bancos. E olhe que esta discriminação não é pequena. As mulheres ganham menos que os homens, têm mais dificuldades para serem promovidas e ainda têm vida mais curta na carreira. Isto é inaceitá-vel no setor mais lucrativo do país e que ainda se considera moderno. Os bancos deveriam dar exemplo para o mercado de trabalho e acabar com esta discriminação. Este é o mote da nossa luta”, afirma.

O Sindicato fechou mais dois convê-nios para ampliar os serviços prestados aos associados. O primeiro é com a escola de idiomas Skill, no Recife, que oferece desconto de 45% para os ban-cários sindicalizados e seus dependen-tes. A escola utiliza o que há de mais moderno e eficiente no aprendizado de línguas estrangeiras. A Skill fica na rua das Graças, 345, Graças. Informações pelo telefone (81) 3222-3755. Acesse

também www.skillgracas.com.br.O segundo convênio é com a clínica

de psicopedagogia de Joana Bodelon. Bancários sindicalizados e seus de-pendentes têm 30% de desconto em cada sessão, que visa acabar ou ame-nizar as dificuldades do processo de aprendizagem. A clínica fica na rua Aviador Severiano Lins, n° 73, Boa Viagem. Mais informações pelo tele-fone (81) 9800-7090.

ConFraterniZação

Café dos aposentados será no próximo dia 27

O Sindicato realiza no próximo dia 27, terça-feira, mais um Café da Ma-nhã dos Aposentados. O evento, que deveria ocorrer no dia 16, foi adiado por uma questão de logística. O se-cretário de Aposentados do Sindicato, Luiz Freitas, convida todos os ex-ban-cários para participarem do evento.

“No mês passado, o café da ma-nhã dos aposentados completou dois anos de muito sucesso. A cada mês,

aumenta o número de participantes e hoje o Sindicato está ficando peque-no para receber tanta gente. Isso nos deixa muito orgulhosos, pois até pou-cos anos atrás os aposentados quase não tinham espaço para participar da vida sindical”, diz Freitas.

O café da manhã terá, mais uma vez, um delicioso cardápio regional. Um técnico em enfermagem estará à disposição dos participantes.

serviço

sindicato fecha mais dois novos convênios

Três caravanas do Sindicato percorreram as agências do recife

homenagens do Sindicato também

chegaram ao interior

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