jornal chapa

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Jornal de Campanha - Eleições PED - Outubro 2013 Por um DF mais justo e solidário! Em 68, foi a primeira vez em que corri da polícia e fui batizado pela fumaça de gás lacrimogêneo da ditadura que reprimia a Mani- festação dos 100 mil, no Centro do Rio de Janeiro, exigindo democra- cia. Ninguém esquece! A partir daí, me comprometi com a luta contra a ditadura e já tinha me apaixonado pelas idéias socialistas. Surge, então, com toda uma geração de jovens, a participação nas lutas reivindicando a criação de um partido operário baseado nos sindicatos. Assim, no final de 1979, ainda expulso da Universidade de Brasília, sob a acusação de promo- ver a luta de classes - do que me orgulho - foi com honra que par- ticipei de uma atividade no Teatro de Arena, onde se discutia - entre sindicalistas e estudantes - pela pri- meira vez ali, a idéia de formação de um partido dos trabalhadores. Era a mesma luta, a mesma caminhada, o mesmo sonho para transformar esta sociedade no interesse dos trabalha- dores, no rumo do socialismo. Anis- tiado, a volta para UnB, foi também a continuidade da luta política para que a universidade se sintonizasse novamente no sonho rebelde de Darcy Ribeiro: uma universidade necessária, comprometida com a liberação da Nação Brasileira. Ao ser indicado, agora, pela chapa “Queremos de volta o PT de Lutas” para disputar o cargo de pre- sidente do PT-DF, com a tarefa de representar um esforço coletivo de militantes petistas, lutadores de uma vida inteira, para não deixar o sonho de um partido de trabalhadores se perder, para recuperar suas melhores tradições de democracia, rebeldia, e o programa de transformação social, é como sentir crescer a mesma garra da juventude. Coração de estudante, como na canção, sempre batendo forte no peito, pelas mesmas causas, sonhos, ideais... Só que, dois governos do pre- sidente Lula e a eleição da presi- denta Dilma, colocam para o PT, desafios completamente novos. Pri- meiro o de defender as conquistas já alcançadas, a ampliação do trabalho formal, a redução do desemprego, a queda na mortalidade e na desnutri- ção infantil, a distribuição de renda. Defender a retomada da indústria naval, a inclusão de milhões de brasileiros ao acesso à luz elétrica, a expansão da educação pública em nível superior e técnico. Agora, defender com garra e persuasão o programa Mais Médicos, atacado por uma sofisticada manipulação informativa, em nome de interesses elitistas da medicina capitalista e de sua indústria farmacêutica transna- cional. O que implica em priorizar a construção de nossa mídia pró- pria, como tem ressaltado o compa- nheiro Lula, para termos capacidade de dialogar com a grande maioria que não lê jornais, especialmente os jovens, trabalhadores e estudantes. No plano local, onde o PT também governa, a sua função pode ser mais decisiva. Em razão da tra- gédia social e política herdada dos governos Roriz e Arruda, o PT assume numa situação complexa, governando o DF numa composi- ção que lhe dá maioria parlamentar, mas, também lhe limita, em muitos aspectos, a tomada de medidas que, mais ampla e rapidamente, atendam aos interesses dos setores mais sofri- dos do DF. Pagar esta a dívida social para com os mais pobres, é nossa prioridade como petistas. Investi- mentos importantes estão sendo realizados pelo GDF, em particu- lar nas áreas de saúde e transporte, mas, ainda assim, são exatamente estas as duas áreas que registram o maior grau de queixas populares. Praticamente, a cada dia há pro- testos populares irados e legítimos contra ônibus quebrados, indicando insatisfação explosiva, acumulada, o que recomenda uma prioriza- ção pela empresa estatal TCB para uma resposta rápida e radical no Beto Almeida é Coordenador do Núcleo de Base de Comunicação e Cultura do PT-DF, um dos raros em funcionamento. Jornalista mineiro, formado pela UnB, é presidente da TV Comunitária de Brasília e diretor- fundador da Telesur, a convite de Hugo Chávez. Sempre aliou sua atuação profissional na imprensa tradicional à militância na mídia alternativa. É concursado na TV Senado, na qual é âncora dos programas Cidadania , Agenda Econômica e Espaço Cultural. Foi vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas e também de vice- presidente da Federação Internacional dos Jornalistas. É membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz, da CNBB e fundador do Jornal Brasil de Fato. É articulista dos sites Carta Maior, Pátria Latina e Observatório da Imprensa. Coordena a Campanha em Defesa da Voz do Brasil, com o apoio do PT, da Cut, Contag, Fenaj, Fitert, CBJP e MST. Fundador da Casa da Amizade Brasil- Nicarágua, lá trabalhou nas Brigadas de Solidariedade e Coordenador do Comitê de Solidariedade ao Timor Leste, que visitou para montar uma Rádio Comunitária doada pelo Comitê. Foi condecorado em Cuba com a Medalha Félix Elmuza. Comentarista do programa Música e informação, da Cultura-FM, afastado na Era Roriz. Presidente: Beto Almeida 399 - Chapa: 499 Ronal Barroso

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Jornal de Campanha - Eleições PED - Outubro 2013

Por um DF mais justo e solidário!Em 68, foi a primeira vez em

que corri da polícia e fui batizado pela fumaça de gás lacrimogêneo da ditadura que reprimia a Mani-festação dos 100 mil, no Centro do Rio de Janeiro, exigindo democra-cia. Ninguém esquece! A partir daí, me comprometi com a luta contra a ditadura e já tinha me apaixonado pelas idéias socialistas. Surge, então, com toda uma geração de jovens, a participação nas lutas reivindicando a criação de um partido operário baseado nos sindicatos.

Assim, no final de 1979, ainda expulso da Universidade de Brasília, sob a acusação de promo-ver a luta de classes - do que me orgulho - foi com honra que par-ticipei de uma atividade no Teatro de Arena, onde se discutia - entre sindicalistas e estudantes - pela pri-meira vez ali, a idéia de formação de um partido dos trabalhadores. Era a mesma luta, a mesma caminhada, o mesmo sonho para transformar esta sociedade no interesse dos trabalha-dores, no rumo do socialismo. Anis-tiado, a volta para UnB, foi também a continuidade da luta política para que a universidade se sintonizasse novamente no sonho rebelde de Darcy Ribeiro: uma universidade necessária, comprometida com a liberação da Nação Brasileira.

Ao ser indicado, agora, pela chapa “Queremos de volta o PT de Lutas” para disputar o cargo de pre-sidente do PT-DF, com a tarefa de representar um esforço coletivo de militantes petistas, lutadores de uma vida inteira, para não deixar o sonho de um partido de trabalhadores se perder, para recuperar suas melhores tradições de democracia, rebeldia, e o programa de transformação social, é como sentir crescer a mesma garra da juventude. Coração de estudante, como na canção, sempre batendo forte no peito, pelas mesmas causas, sonhos, ideais...

Só que, dois governos do pre-sidente Lula e a eleição da presi-

denta Dilma, colocam para o PT, desafios completamente novos. Pri-meiro o de defender as conquistas já alcançadas, a ampliação do trabalho formal, a redução do desemprego, a queda na mortalidade e na desnutri-ção infantil, a distribuição de renda. Defender a retomada da indústria naval, a inclusão de milhões de brasileiros ao acesso à luz elétrica, a expansão da educação pública em nível superior e técnico. Agora, defender com garra e persuasão o programa Mais Médicos, atacado por uma sofisticada manipulação informativa, em nome de interesses elitistas da medicina capitalista e de sua indústria farmacêutica transna-cional. O que implica em priorizar a construção de nossa mídia pró-pria, como tem ressaltado o compa-nheiro Lula, para termos capacidade de dialogar com a grande maioria que não lê jornais, especialmente os jovens, trabalhadores e estudantes.

No plano local, onde o PT também governa, a sua função pode ser mais decisiva. Em razão da tra-gédia social e política herdada dos governos Roriz e Arruda, o PT assume numa situação complexa, governando o DF numa composi-ção que lhe dá maioria parlamentar, mas, também lhe limita, em muitos aspectos, a tomada de medidas que, mais ampla e rapidamente, atendam aos interesses dos setores mais sofri-dos do DF. Pagar esta a dívida social para com os mais pobres, é nossa prioridade como petistas. Investi-mentos importantes estão sendo realizados pelo GDF, em particu-lar nas áreas de saúde e transporte, mas, ainda assim, são exatamente estas as duas áreas que registram o maior grau de queixas populares. Praticamente, a cada dia há pro-testos populares irados e legítimos contra ônibus quebrados, indicando insatisfação explosiva, acumulada, o que recomenda uma prioriza-ção pela empresa estatal TCB para uma resposta rápida e radical no

Beto Almeida é Coordenador do Núcleo de Base de Comunicação e Cultura do PT-DF, um dos raros em funcionamento. Jornalista mineiro, formado pela UnB, é presidente da TV Comunitária de Brasília e diretor-fundador da Telesur, a convite de Hugo Chávez. Sempre aliou sua atuação profissional na imprensa tradicional à militância na mídia alternativa. É concursado na TV Senado, na qual é âncora dos programas Cidadania , Agenda Econômica e Espaço Cultural. Foi vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas e também de vice-presidente da Federação Internacional dos Jornalistas. É membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz, da CNBB e fundador do Jornal Brasil de Fato. É articulista dos sites Carta Maior, Pátria Latina e Observatório da Imprensa. Coordena a Campanha em Defesa da Voz do Brasil, com o apoio do PT, da Cut, Contag, Fenaj, Fitert, CBJP e MST. Fundador da Casa da Amizade Brasil-Nicarágua, lá trabalhou nas Brigadas de Solidariedade e Coordenador do Comitê de Solidariedade ao Timor Leste, que visitou para montar uma Rádio Comunitária doada pelo Comitê. Foi condecorado em Cuba com a Medalha Félix Elmuza. Comentarista do programa Música e informação, da Cultura-FM, afastado na Era Roriz.

Presidente: Beto Almeida 399 - Chapa: 499

Ronal Barroso

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2PT de Lutas

PT de Lutas

Queremos de volta o PT de lutas!

Beto Almeida, jornalista “Queremos de volta do PT de lutas!!!!”

 Brasília, 20 de agosto de 2013.

Leia mais sobre a Chapa

“Queremos um PT de Lutas” no blog: http://ptdelutas.blogspot.com.brFacebook:http://www.facebook.com/queremosdevoltaoptdelutas

Se conseguimos construir o PT enfrentando a ditadura, a cul-tura política tradicional e viciada, a tirania da mídia, o poder eco-nômico corrupto, e já por três vezes elegemos o Presidente da República e por duas vezes do governador do DF, também venceremos os novos obstáculos e desafios, revertendo a burocra-tização do partido, revigorando sua própria democracia interior, intensificando o debate político, e recuperando sua mística rebelde e mobilizadora junto aos movi-mentos sociais e à sociedade.

É esta a esperança e a cons-ciência que move e inspira os militantes que lançam a chapa “Queremos de Volta o PT de Lutas”, que concorre à direção do PT-DF nas eleições democrá-ticas internas de 10 de novembro

de 2013. E aqui estão as nossas idéias e propostas.

Vamos priorizar a democra-tização do partido, convocando o conjunto da militância a participar ativa e criativamente das sua ins-tâncias, a começar pelo estímulo ao renascimento e fortalecimento dos núcleos de base. Temos espe-rança e energia para posicionar o PT sempre solidário com os movi-mentos sociais, dos trabalhadores do campo e da cidade, da juventu-de,priorizando um diálogo demo-crático PT-Sociedade organizada, e, também, apresentando propos-tas ao GDF. Para isso, a própria sede do PT-DF deve se transfor-mar num intenso centro de deba-tes e de vida cultural, com um cine-clube, uma biblioteca política, num centro de informação e comuni-cação atrativo para a militância,

especialmente a juventude.O PT deve estar ombro

a ombro às legítimas deman-das populares, promovendo o seu debate democrático e, assim, encorajando o GDF a priori-zar e atender a essas reivindica-ções mais sentidas. É com debate democrático e vida política inte-rior intensa que faremos o PT ampliar sua autoridade na socie-dade. É o que permitirá dar uma base de apoio para que o GDF não seja travado pela complexi-dade das alianças que lhe susten-tam. Com mais protagonismo do PT, teremos força para exer-cer de fato uma hegemonia polí-tica democrática capaz de levar o GDF a ter mais audácia e deci-são, para transformar o Distrito Federal num território mais justo, democrático e mais solidário.

Coordenacao Politica de Campanha: Antonio Lisboa, Maria Lucia Iwanow, Carlos Saraiva, Rosilene Correa, Leonardo Max, Andrezza Xavier, Luis Domingos, João Carlos Machado e Beto Almeida.

atendimento à população das áreas pior servidas em transporte. O PT deve representar esta causa junto ao GDF. Com autonomia e indepen-dência. É o melhor apoio ao GDF.

Todos estes temas candentes e centrais da vida dura da maioria do povo do DF devem fazer parte da agenda política do PT-DF. Esse debate democrático não tem sido feito pelo partido. Sequer o PT possui um jornal para dialogar com a população. Está desarmado em matéria de comunicação. Uma prioridade que nossa chapa levanta, com força!

A notícia recente da libera-ção de recursos do Governo Fede-ral para obras de infra-estrutura e mobilidade no Centro Oeste, inclu-sive para a interligação ferroviária da capital com Goiânia e a moder-nização da ferrovia existente entre Luziânia e Brasília, revela uma dis-cussão que o PT-DF não realizou com a militância e a população. Essa ausência de debate, facilitou a deci-são por uma modalidade rodoviá-ria - também sem debate demo-crático promovido pelo PT-DF - fazendo com que uma opção ferroviária moderna, mais eficiente, ambientalmente correta e de amplo

alcance social, deixasse de ser uma das prioridades do GDF, embora tenha sido ponto da campanha elei-toral de 2010. Ou seja, não havia falta de recursos, o que não houve foi a mobilização do PT, solidário à população torturada por este sis-tema de transporte, com acidentes diários, perdas de vida, de tempo útil, de mobilidade, de preciosa con-vivência com a família. Neste epi-sódio, o PT-DF poderia ter feito a diferença, uma campanha, um plebiscito, mas, simplesmente, não atuou politicamente.

Tendo ocupado já cargos na direção do PT-DF, da CUT-DF, do Sindicato dos Radialistas, do Sindicato dos Jornalistas do DF, da FENAJ (vice-presidente) e da Fede-ração Internacional dos Jornalistas (vice-presidente) e participado da construção da TV Comunitária do DF, há 16 anos no ar, receber a hon-rosa indicação para ser candidato a presidente do PT-DF, pela chapa “Queremos de volta o PT de lutas” é dar continuidade a uma opção de vida militante pela vida afora. Foi com muita honra que partici-pei dos seminários “A imaginação a serviço do Brasil”, para elaborar o programa de Comunicação e Cul-

tura da Campanha de Lula Presi-dente, em 2002, e, depois, a con-vite do presidente Hugo Chávez, na construção da Telesur, televisão de integração latino americana, da qual sou diretor. Agora, em nosso coletivo, sentimos a responsabilidade de fazer intenso debate dentro do partido para recuperar muitas polí-ticas e programas que se encontram fora de nossa agenda. Em particular, dar a batalha para que avancemos na democratização da comunicação, como vem ocorrendo na Argentina, na Venezuela, no Equador e Bolívia, para citar apenas alguns exemplos mais próximos. Essa deve ser uma batalha preciosa para o PT.

Estamos convencidos de que o PT saberá mostrar à população sua capacidade de se superar, de revigorar suas lutas fundamentais, sabendo atuar nas alianças sem se deixar diluir, fortalecendo a presença dos movimentos sociais, dos traba-lhadores e da juventude na agenda do Partido e do GDF. Ampliar a luta pela Reforma Agrária no DF e no Brasil, recuperar a luta pela Esta-tização do Transporte, para que o DF tenha transporte dia e noite. Fortalecer a luta política pela sobe-rania sobre nossos recursos naturais

(petróleo), pela Telebrás e pela inter-net pública, gratuita e democrática. Nosso compromisso é, também, de democratizar a vida política e cultu-ral do próprio PT e do DF, criando um Fórum Petista Permanente de Debates sobre todos os temas que mais afligem o DF e impulsionar a vida política no PT, com iniciativas junto aos movimentos que lutam em defesa dos trabalhadores. Isso sig-nifica trazer para o interior do par-tido o espírito de rebeldia e debate vigoroso que as intensas manifes-tações sociais estão apontando. Ter humildade para aprender estas lutas do povo. E garra e decisão para não permitir que esta energia se perca num rotineirismo partidário injus-tificável, ainda mais para um par-tido que nasce exatamente da alma rebelde e combativa, da história de luta dos trabalhadores, intelectuais, jovens e artistas do Brasil.

Queremos de volta o PT de Lutas!

“Recuperar o PT”, último pedido de Gushiken (foto)

Lula revelou que Gushi-ken lhe pediu, poucos dias antes de partir, que trabalhasse para “recuperar” o PT. “O partido foi feito para ficar 24 horas por dia ajudando a organizar a luta do povo brasileiro. Se tem um par-tido nesse país que não tem que se esconder, esse partido é o Par-tido dos Trabalhadores, porque foi na rua que ele nasceu — afir-mou Lula, referindo-se à ultima conversa com Gushiken. Lula convocou os militantes a voltar às ruas com camisa vermelha e a estrela símbolo do PT no peito. “Precisamos ter orgulho do nosso partido”.

HOMENAGEMEDITORIAL

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3PT de Lutas

PT de Lutas

Queremos de volta o PT de lutas!

Ao longo da sua história o PT se consolidou como referência para os movimentos sociais e de traba-lhadores e num ciclo mais recente, nos governos, na implementação de bem sucedidas políticas sociais.

Somos um Grupo profunda-mente identificado com essa tra-jetória. Reunimos militantes que acreditam no papel estratégico do PT para a consolidação das mudan-ças necessárias ao Brasil e, por meio dessa Chapa, buscamos trazer uma reflexão sobre os rumos de nosso partido.

A hora e a vez da América Latina

A vitória de forças progressis-tas no Brasil, Argentina, Venezuela e outros, marcaram o declínio do pro-jeto conservador e o desenho de um novo “modelo de desenvolvimento” com distribuição de renda, preserva-ção dos interesses nacionais, conso-lidação de processos democráticos e integração do Continente com criação de diferentes instrumentos de coope-ração multilateral como o Mercosul, Unasul, Alba e outros. Já em termos globais, merece destaque o ativismo do Brasil pela Paz, que o colocou como protagonista da inflexão vista de maior equilíbrio entre os países.

O Brasil, as mudanças na última década

Nos últimos 10 anos, com Lula e Dilma, avançamos na redu-ção do desemprego, melhoria da renda e acesso a serviços públicos para milhões de brasileiros. Assim como, na implementação de políti-cas públicas de promoção da saúde e inclusão social por cotas e de prote-ção social às mulheres, jovens, popu-lação LGBT e outros.

A consolidação dessas con-quistas econômicas e sociais, trou-xeram o Brasil a um novo patamar.

Com novos anseios, evoluíram rápida e positivamente as reivin-dicações por direitos, cidadania e serviços públicos de qualidade. Situ-ação que exige uma política social e econômica que tenha lado, que dê passos largos rumo à consolidação de um projeto socialista e de eman-cipação social.

As jornadas de junho mos-traram que o PT só tem o caminho que segue à esquerda. As reivindi-cações apontam para as pautas dos movimentos sociais por melhorias no transporte público, saúde e educação. Assim como, indicaram a vontade da sociedade de fazer política e de res-saltar os limites da ética. Nos mostra-ram ser necessário que o PT se renove, que retome uma relação próxima aos movimentos sociais e à juventude.

Se é verdade que a instituciona-lização trouxe amadurecimento ao PT e avanços, também é preciso observar que fragilizamos nossos laços com os movimentos sociais aos quais recorre-mos apenas em eleições e crises.

No cenário atual observamos o recrudescimento das ações casuísticas da direita em ataque à democracia, quando age pela criminalização dos movimentos sociais, de jornalistas independentes do exercício da política. Exemplo máximo desta ação, num claro golpe ao arrepio da Constitui-ção, está na condenação de dirigentes do PT através da Ação Penal nº 470.

O PT e a democracia interna

Observamos com preocupa-ção o enfraquecimento de nossa democracia interna: os núcleos de base são raros, o PED suprimiu o debate nos encontros democráticos, os diretórios raramente funcionam com regularidade e os setoriais perderam sua capacidade de for-mulação. As instâncias, em grande medida, foram substituídas pelas

políticas de acordo e composições entre dirigentes. Foi suprimida a reflexão coletiva a partir do debate. O que afugenta quadros e militan-tes importantes, transformado o PT num partido cada vez mais tradicio-nal no pior sentido.

No diálogo com a sociedade não há vestígios de uma política de efetiva comunicação do partido. Assim como é débil e sem assertivi-dade na posição sobre a regulamen-tação do capítulo constitucional refe-rente à comunicação, especialmente pela democratização no acesso, plura-lidade de opinião e fim do oligopólio dos meios de comunicação.

Há problema também na rela-ção com os governos que elegeu. Aos quais, certamente deve dar sustenta-ção política, mas num processo dialé-tico, fraterno e equilibrado, mediado pelo debate e sem a subordinação. O que do contrário, fere a autonomia partidária, desidrata a capacidade for-mulação política e fragiliza o diálogo de ambos com sociedade.

O PT de volta ao GDFTemos uma longa história na

capital do país, desde as lutas contra a ditadura, por diretas-já, pela auto-nomia política do DF e nas lutas dos trabalhadores. Construímos um governo democrático e popu-lar entre 1995 e 1998, que concluiu seu mandato com 80% de aprova-ção popular. Na oposição, por doze anos, combatemos as máquinas de corrupção de Roriz e Arruda.

Retornamos ao GDF em 2010 à frente de uma coalizão ampla, que se queria de centro-esquerda e com apoio dos movimentos sociais. Venci-das as eleições, para além da já ampla composição, o governo extrapolou em muito o leque de alianças, trazendo para dentro do GDF forças inclusive oriundas do Bloco Rorizista. Ignorou que a população queria mudanças na

forma de fazer política e na recupera-ção dos serviços públicos sucateados.

Passados dois anos e meio, o nosso governo tem realizado grande esforço para tornar a nossa cidade melhor. Podemos destacar obras de mobilidade urbana, contratação de servidores públicos, investimentos em saúde, habitação e educação. Entretanto, a falta de diálogo com a sociedade, a paralisia do Partido como instrumento da ação polí-tica e a perda de identidade com o sentimento da sociedade, está nos levando a um forte desgaste.

Governar com Participação

Cabe ao PT-DF atuar de maneira sistemática para a consolida-ção das suas bandeiras para a cidade. E Chamar um amplo debate com a sociedade e movimentos sociais, o campo de esquerda e o campo polí-tico de apoio ao Governo para a for-mulação de forma participativa do Programa de Governo para as pró-ximas eleições. Sem o propósito de esgotar aqui os assuntos, mas com o cuidado de chamar a atenção para os desafios que nos esperam, des-tacamos: a implementação real do orçamento participativo, o fortale-cimento e a expansão da TCB e do Metrô-DF, ampliação dos programas de saúde preventiva, investimento em projetos que levem cultura à popula-ção de baixa renda, a criação da TV pública do DF e a implementação da educação de tempo integral e da Universidade Distrital.

O que está em jogo é o destino do DF e de seus cidadãos que ainda esperam pelos resultados não enxer-garam em nosso governo. É preciso agir e aprofundar as mudanças. Dar prioridade a pauta dos movimentos sociais: atender as legítimas reivindi-cações dos trabalhadores, implemen-tar  políticas que dialoguem com os setores mais excluídos da população. No campo das alianças políticas, o PT precisa deixar claro a identidade do campo de alianças que deve liderar para governar.

Queremos de volta o PT das instâncias em funcionamento, democráticas e seus núcleos de base; queremos de volta dirigentes, par-lamentares e executivos que respei-tem o programa do PT e as deci-sões de suas instâncias; queremos de volta os debates que nos preparem para liderar o campo democrático e socialista no enfrentamento das lutas políticas.

Desta forma, convidamos a todos/as que se identificam com nossa tese para estar conosco em busca do PT que seja, de fato, pro-tagonista na melhoria da vida de toda população brasiliense.

Queremos de volta o PT de lutas

Luís Inácio Lula da Silva na manifestação operária do ABC em 1978 dando impulso à criação do PT

Leia a tese completa no panfleto em anexo ou no Blog: http://ptdelutas.blogspot.com.br/

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4PT de Lutas

PT de Lutas

Queremos de volta o PT de lutas!

Rosilene CorreaDiretoria do SINPRO (Sindicato dos Professores - DF)

É preciso que não se perca o PT vivo e rebelde, que tornou possível o primeiro presidente operário e a primeira mulher na presidência, para garantir a luta contra as injustiças sociais. Como professores do PT, temos o desafio de ter um DF livre do analfabetismo, conquistando Educação integral e Cultura popular para combater a violência, o trabalho infantil e as drogas. Por isso, “Queremos de volta o PT de lutas”.

Por que um PT de Lutas?

Beth Carvalho, sambista.“Eu apoio Beto Almeida  por sua coerência, seriedade e luci-dez!   Com seu pensamento transformador vai dirigir o PT-DF promovendo as ações revolucionárias tão necessárias para este momento, apoiando a juventude que aí está cheia de vontade de participar e resgatando os valores, um tanto esquecidos, para a renovação deste partido que veio para mudar este país. É da força revolucionária deste homem que precisamos”.

 Beth Carvalho -  27/08/2013

Samuel Pinheiro GuimarãesEx-Ministro de Assuntos Estratégicos do Governo Lula,

Vencedor do Troféu “Juca Pato” com o livro “Desafios brasileiros na era dos gigantes”

A candidatura encabeçada por Beto Almeida nos traz a certeza de que o PT DF vai priorizar energicamente as lutas trans-formadoras para a superação da miséria, a defesa da soberania sobre nossas riquezas e território e, também, que travará o bom combate pela democratização urgente da comunicação e da cultura. Teremos mais pre-sença, vai animar e qualificar a vida política no DF e ter diálogo democrático e solidário com os movimentos sociais, para aprofundar as mudanças iniciadas pelo Lula.

Carlos SaraivaMédico, fundador do PT-DF e primeiro presidente do Sindicato dos Médicos do DF,

em 1979.

“A legitimação hegemônica do partido, junto ao executivo e legislativo.” A volta do pro-tagonismo político, combatente, ousado e conseqüente junto aos movimentos sociais; a academia, os intelectuais e a militância petista, tenho certeza, serão resgatados, com a eleição do histórico, Beto Almeida.

Antonio Lisboa Professor, Dirigente Nacional da CUT e da CNTE

O PT necessita, urgentemente, retomar sua trajetória de partido de lutas, que dialoga permanen-temente com sua base social. Por isso, nesse  PED, vote em um candidato a presidente que tenha história e compro-misso com as lutas sociais. Vote no com-panheiro Beto Almeida.

Maria Lúcia Iwanow Ex-vice presidente do PT/DF, pertenceu

ao seu primeiro núcleo de educação. Fundadora da CUT e do SINPRO-DF. Coordena a redação do Gabinete da Casa Civil da Presidência da República.

Direções imobilistas, omissas, currais elei-torais, caciquismos, rasteiras, toma lá da cá por cargos são coisas alheias ao nosso pro-grama e aos nossos princípios. O PT nasceu para ser ético na política e Beto Almeida, por sua seriedade, por seu comprometi-mento ético com um DF, um Brasil, um mundo de paz muito melhor para todas as pessoas, representa a possibilidade de retomada de nosso PT de lutas.

Mara Régia Jornalista e radialista

Nos anos 80 conheci Beto Almeida nas ondas do rádio. Direto dos estúdios da Nacional de Brasília, Viva Maria abriu os microfones para ouvir a voz que queria democratizar a comuni-cação e a cultura na luta por uma verda-deira democracia em nosso país. Fizemos até um programa de TV com esse nome: Cidadania! Um tema que é referência na história de lutas desse jornalista que tem como marca a coerência e a integridade. Virtudes que o PT – DF precisa resgatar, fortalecer e valorizar.

Luís Domingosmilitante do PT-DF

A construção do PT é um processo

que deve ter a solidariedade como valor permanente. Sem ela não faz sentido o tra-tamento: companheiros (as). Apoio o Beto porque é alguém que ousa fazer da vida uma caminhada não apenas com aqueles que lhes são próximos, mas com toda a humanidade.

Andreza Xavier Direção da Juventude do PT-DF

Apoio a candida-tura do companheiro Beto Almeida por seu compromisso histórico com o partido, com as pautas da juventude, e com as lutas tão necessárias à consolidação das transfor-mações sociais que o Brasil ainda precisa.

Leonardo Max militante do PT- Guará

Sou desta chapa para discutir o

papel do PT, as razões que levaram milha-res de trabalhadores e trabalhadoras a cons-truir esse partido. Se para ser um partido de quadros ou de massa, eleitoral ou capaz de mudar a política. Quero um PT que transforme a sociedade.

José Ivan Mayer de AquinoCoordenador do Comitê-DF da Ação da Cidadania

Contra a Fome, a Miséria e Pela vida.  Após 16 anos fora do PT-DF e próximo do povo e das ruas com a Ação da Cidada-nia Contra a Fome, a Miséria e Pela vida, desenvolvendo Microcrédito, Cooperativas de Catadores/as e de Capacitação Comuni-tária, fica difícil aceitar um PT distante dessa realidade e sem políticas públicas. Por isso, minha esperança nas propostas desta chapa.

Ricardo Pacheco PT Paranoá

Resgatar o modo petista de governar

privilegiando alianças de centro-esquerda, implementando políticas públicas que redistribuam renda e riqueza e apontem para a democratização política e social do país. É fundamental que o PT “abra as por-tas” oxigenando suas instâncias internas com participação militante e laços com os movimentos sociais. Por isso aqui no PT-DF, Beto Almeida para presidente.

Isabel PortuguezProfessora, Diretoria do SINPRO

Apoiar o compa-nheiro Beto Almeida é uma honra, pois sei de sua luta e seu compromisso com a classe trabalhadora. Devemos debater os rumos do partido constantemente e concretizar ainda mais nosso projeto social, dessa luta o Beto nunca se omitiu.

Carlos Cirane Professor, Diretoria do SINPRO

Tenho orgulho de apoiar o candidato

Beto Almeida. Ele é capaz de mobilizar a militância para debater os problemas de interesse da população.  

José Aristóteles Felipe Professor e militante do PT-DF 

É uma grande satisfação apoiar o nome do companheiro Beto Almeida à presidência do PT-DF. Sei que sua candidatura representa um grande ganho para a militância do PT. 

José Carlos Torves Jornalista e Diretor da FENAJ

Eu voto e declaro o apoio à Beto Almeida para a presidência do PT-DF  para que o partido retome  o caminho de lutas, de mobilização e da militância de base, com-promissado com as lutas dos movimentos sociais e sindicais, conforme as nossas ori-gens e princípios.

SoniaPalharesmilitante do PT-DF

O meu candidato é o companheiro

Beto Almeida!!! Tenho por ele profunda estima, respeito e confiança política. Sei da sua honestidade e do seu compromisso com os princípios do nosso partido. Se existe alguém que ainda seja capaz de resgatar os princípios do PT, é esse cara!!! Beto Almeida para Presidente do PT-DF!

MarcioBonfimMúsico e militante do PT-DF

Beto Almeida sig-nifica o resgate de

valores como aliança com o movimento de massas, discussão política, coerência e ação em harmonia com o pensamento. Tudo isso é fundamental para que o PT tenha vida longa como instrumento de progresso da sociedade Brasileira

Danielle VelosoSecretária da JPT--Guará

“É tarefa do par-tido pautar o

governo para que a sociedade candanga tenha de fato um governo democrático e popular. Precisamos de um presidente, como Beto Almeida, com sensibilidade, coerência e independência para enfrentar esses desafios.

Rodrigo RodriguesDiretor do Sinpro-DF

O Partido precisa resgatar seus princípios fundantes. Beto Almeida representa o desejo de um coletivo para reaproximar o PT das suas bases sociais e retomar as bandeiras de lutas por uma sociedade mais igualitária.

RomárioSchettino Membro do Conselho de Cultura do DF, ex-presidente do Sindicato dos

Jornalistas 

Voto no Beto Almeida para presidência do PT-DF porque é um militante que pode fazer a diferença no debate sobre a comuni-cação pública e comunitária. Confio na sua capacidade de reconduzir o partido no cami-nho da participação popular, na democracia interna e no respeito às instâncias decisórias.