jornal chapa caco 2015

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chapa um convite à ousadia 2 CACO 2015 4, 5 e 6 de novembro Estamos próximos a mais uma eleição do CACO, nossa entidade histórica. A Nacional passou por mudanças significativas, fruto das mobilizações dos estudantes, como a derrubada do Armênio e a luta pela reforma elétrica. Mas será que não precisa mais lutar? A UFRJ passou por uma grande transformação, resultado da reivindicação do movimento estudantil e do movimento negro: as cotas sociais e raciais. Elas mudaram o perfil dos estudantes e também suas demandas. O motivo da evasão na UFRJ é reflexo da falta de políticas básicas de assistência estudantil que permitam que o estudante permaneça. Hoje os estudantes sofrem com os aluguéis exorbitantes, a alimentação cara, o transporte precário e o preço da xerox e a cobrança acadêmica que não leva em conta essas dificuldades. Como se já não bastasse ser mulher, ser negro, ser LGBT e ter um sotaque diferente, ainda temos que conviver com a invisibilidade, a opressão. Além disso, neste ano, a reitoria provocou um grande ataque aos estudantes, diminuiu o número das bolsas-auxílio e de bolsa moradia. A Reitoria se comprometeu a entregar 4000 bolsas,mas apenas pouco mais de 500 foram entregues. Para o Alojamento, neste período, foram abertas irrisórias 18 vagas. Como resposta, a Superest enviou uma carta afirmando que não iria garantir a permanência dos estudantes vindos de fora do estado. Podemos transformar essa realidade juntos com organização e mobilização e garantir uma FND democrática. Convidamos você a um diálogo, através das próximas páginas, sobre a defesa do acesso e permanência estudantil; pela luta contra o machismo, racismo e homofobia; por um CACO com a participação de todas e todos, independente, transparente e combativo. Fazemos a você um convite à ousadia!

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Page 1: Jornal Chapa CACO 2015

chapa

um convite à ousadia 2CACO 20154, 5 e 6 de novembro

Estamos próximos a mais uma eleição do CACO, nossa entidade histórica. A Nacional passou por mudanças significativas, fruto das mobilizações dos estudantes, como a derrubada do Armênio e a luta pela reforma elétrica.

Mas será que não precisa mais lutar? A UFRJ passou por uma grande transformação, resultado da reivindicação do movimento estudantil e do movimento negro: as cotas sociais e raciais. Elas mudaram o perfil dos estudantes e também suas demandas.

O motivo da evasão na UFRJ é reflexo da falta de políticas básicas de assistência estudantil que permitam que o estudante permaneça. Hoje os estudantes sofrem com os aluguéis exorbitantes, a alimentação cara, o transporte precário e o preço da xerox e a cobrança acadêmica que não leva em conta essas dificuldades. Como se já não bastasse ser mulher, ser negro, ser LGBT e ter um sotaque diferente, ainda temos que conviver com a invisibilidade, a opressão.

Além disso, neste ano, a reitoria provocou um grande ataque aos estudantes, diminuiu o número das bolsas-auxílio e de bolsa moradia. A Reitoria se comprometeu a entregar 4000 bolsas,mas apenas pouco mais de 500 foram entregues. Para o Alojamento, neste período, foram abertas irrisórias 18 vagas. Como resposta, a Superest enviou uma carta afirmando que não iria garantir a permanência dos estudantes vindos de fora do estado. Podemos transformar essa realidade juntos com organização e mobilização e garantir uma FND democrática.

Convidamos você a um diálogo, através das próximas páginas, sobre a defesa do acesso e permanência estudantil; pela luta contra o machismo, racismo e homofobia; por um CACO com a participação de todas e todos, independente, transparente e combativo.Fazemos a você um convite à ousadia!

Page 2: Jornal Chapa CACO 2015

Já se perguntou o porquê de não termos bandejão no Centro ou um Alojamento digno que atenda nossa demanda? A verdade é que falta prioridade da reitoria e do governo federal em investir na educação a fim de suprir nossas necessidades. Por isso, só vamos conquistar se os pressionarmos com nossa mobilização.

Infelizmente, a atual gestão não está à altura de nossos desafios e de nossa história e nunca pressionou a reitoria para que ela atenda as demandas da FND. Mas por que não o faz? Porque rep-resentam, na FND, a parcela do movimento estudantil base de apoio das políticas da reitoria e do governo federal.Esta parcela compõe atualmente a direção da União Nacional dos Estudantes(UNE), entidade que por exemplo, chamou os estudantes a serem voluntários na COPA, enquanto estáva-mos nas ruas lutando contra suas injustiças, além de defender a privatização do Pré-sal.

Por isso, precisamos de uma gestão independente da reitoria e do governo, porque só assim poderemos defender o interesse do estudante até o fim. Nosso coletivo não deve se limitar aos seus membros, nossa luta deve ser uma luta de todo estudante, combativa e sem amarras.

Por que ousadia?

Em defesa da Universidade Pública? Hoje as principais políticas da educação são: O Plano Nacional de Educação tem a duração de 10 anos e estipula as metas e os princípios que

irão nortear a política educacional nesse período. O PNE votado esse ano teve alguns problemas: No art. 5º §4 ele considera público o conjunto das parcerias público-privadas, instituindo a trans-

ferência de verba pública ao setor privado mercantil, através de programas como Prouni e Fies, ou seja, está a contramão de uma Universidade 100% pública.

Além de validar o destino de verba pública para iniciativa privada, o PNE não garante o investi-mento de 10% do PIB para educação, pois não há no plano definição sobre a origem dos novos recursos, a não ser os dos royalties que equivalem a 0,5 % do PIB.

Royalties...Educação? Recentemente foi aprovado a destinação de 75% dos royalties do Pré-sal pra educação. Porém,

esses royalties são resultados da privatização da maior riqueza de nosso país, o Pré-sal, além de incidir apenas sobre 15% do petróleo extraído.

Nossa chapa se soma aos professores, técnicos e estudantes que exigem mais investimento na educação pública, com 10% do PIB pra educação já e com 2,5 Bilhões para o PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil),só assim conseguiremos garantir uma universidade pública, laica, gratuita e de qualidade. Pois este é um passo fundamental para a costrução de uma educação que não esteja voltada para a lógica meritocrática, mercantil e que seja efetivamente emancipadora.

Por um outro projeto de educação

Permanência? Esqueceram de Avisar a SUPEREST

Já se perguntou o porquê de não termos bandejão no Centro ou um Alojamento digno que atenda nossa demanda? A verdade é que falta prioridade da reitoria e do governo federal em investir na educação a fim de suprir nossas necessidades. Por isso, só vamos conquistar se os

Infelizmente, a atual gestão não está à altura de nossos desafios e de nossa história e nunca pressionou a reitoria para que ela atenda as demandas da FND. Mas por que não o faz? Porque rep-resentam, na FND, a parcela do movimento estudantil base de apoio das políticas da reitoria e do governo federal.Esta parcela compõe atualmente a direção da União Nacional dos Estudantes(UNE), entidade que por exemplo, chamou os estudantes a serem voluntários na COPA, enquanto estáva-

Por isso, precisamos de uma gestão independente da reitoria e do governo, porque só assim poderemos defender o interesse do estudante até o fim. Nosso coletivo não deve se limitar aos seus membros, nossa luta deve ser uma luta de todo estudante, combativa e sem amarras.

A Superintedência Geral de Políticas Estudantis lançou uma nota dizen-do: “Estudar em outra Universidade, mais próxima de casa, pode minimizar custos e significar a diferença entre concretizar um sonho ou vê-lo frustrado por toda a vida.” Essa nota está repleta de preconceito regional e de classe, representando o que há de mais elitista; garantir a permanência do estu-dante que vem de fora é um dever da reitoria, pois assistência estudantil é um direito.

Page 3: Jornal Chapa CACO 2015

Por que ousadia? Enegrecer a Nacional!

O machismo presente na Universidade é um reflexo das relações patriarcais que vemos todos os dias serem reproduzidas na sociedade. Nós o sentimos na pele quando não podemos usar a roupa que queremos, quando continuamos a receber salários menores que o dos homens, quando não sentimos segurança ao andar na rua... Aqui na FND, percebemos o machismo desde o momento do trote, com brincadeiras que muitas vezes nos envergonham e expõem, passando por nossas aulas nas quais, apesar de sermos maioria, temos na bibliografia estudada pouquíssimas mulheres, culminando em um grupo da faculdade no facebook que diminui a importância do debate e ainda nos afasta dele, criando um ambiente inóspito para as mulheres se expressarem.

Queremos uma FND aberta ao debate do feminismo, construída por nós e para nós, dialo-gando com nossas necessidades. A causa feminista é de todas!

Opressões - Protagonismo nas lutas!

Discutir um direito crítico é, também, discutir a “guerra às drogas” que na prática é uma guerra aos pobres, alimentando o encarceramento e o genocídio da juventude negra, militarizando as áreas periféricas, como vemos no RJ com as UPP´s. Por isso, nossa chapa defende o fim da guerra aos pobres maquiada de guerra às drogas, pela legalização das drogas!

Antiproibicionismo

Será que é coincidência termos mais brancos que negros na Nacional? Não, a popu-lação negra foi alijada dos serviços públicos e foi inferiorizada na sociedade. Sua cor,

seu cabelo e sua cultura são desvalorizados. As cotas raciais foram uma conquista muito importante do movimento negro e garantiu que hoje tenhamos uma uni-

versidade mais negra, mas ainda é preciso garantir a permanência dos cotistas. Além disso, precisamos valorizar a cultura negra nos espaços da FND com uma

semana negra na FND, com rodas de capoeira, jongo, Afrobeat...Assim como re-alizar um curso do CACO com temática racial e iniciar um grupo de estudos na FND sobre a questão racial.

Um convite ao Feminismo!

Discutir um direito crítico é, também, discutir a “guerra às drogas” que na prática é uma guerra aos pobres, alimentando o encarceramento e o genocídio da juventude negra, militarizando as áreas periféricas, como vemos no RJ com as UPP´s. Por isso, nossa chapa defende o fim da guerra aos pobres maquiada de guerra às drogas, pela legalização das drogas!

A opressão as LGBT’s esta em todos os âmbitos da sociedade e da vida. Beijar quem quisermos ain-da não é um direito, além disso convivemos com o preconceito e com ameaça de violência homofóbica. Por isso, precisamos lutar contra a homofobia, transformar a Nacional num centro de referência da luta LGBT, fortalecendo os coletivos da Nacional e repudiando toda forma de opressão. - Semana da Diversidade: Uma semana de atividades que discutam gênero e sexualidade realizado em parceria com os coletivos LGBTs da Universidade.

Uma FND sem lesbo-homo-transfobia

Será que é coincidência termos mais brancos que negros na Nacional? Não, a popu-lação negra foi alijada dos serviços públicos e foi inferiorizada na sociedade. Sua cor,

Além disso, precisamos valorizar a cultura negra nos espaços da FND com uma semana negra na FND, com rodas de capoeira, jongo, Afrobeat...Assim como re-alizar um curso do CACO com temática racial e iniciar um grupo de estudos na FND sobre a questão racial.

Page 4: Jornal Chapa CACO 2015

AcadêmicaA Nacional é uma faculdade de referência acadêmica, mas ainda precisamos melhorar. Por isso propomos: - Seminário de profissões- Cartilha sobre estágios - Manual da pesquisa- Semana da pesquisa- Fortalecer a revista Allumni- Vamos resgatar a proposta que a gestão nunca cumpriu, O curso de idiomas do CACO!

ExternasInterdisciplinalidade!A FND é isolada dos outros cursos da UFRJ e isso dificulta nossa formação, pois não temos contato com outras ciên-cias que também são importantes, além de não trocarmos experiências com outros estudantes. Por isso, nossa chapa vai integrar a Nacional com outros cursos. - Seminário interdisciplinar: Iremos realizar uma semana acadêmica onde iremos convidar profissionais de outros cursos. Já imaginou um seminário que discuta Filosofia, Economia ou Relações internacionais na FND?- Ampliar o NIAC (Núcleo Interdisciplinar de Ações Para Ci-dadania),que atualmente se encontra no Fundão, para out-ras comunidades próximas ao Centro. Na nossa concepção, atividades de ensino, pesquisa e extensão são fundamen-tais para uma formação completa e humanizada de todo e qualquer jurista e essencial para prepará-lo para o contato com diferentes realidades sociais e perspectivas ao longo de sua carreira.

Cultural- Eventos culturais e acadêmicos com outros cursos: Além de eventos acadêmicos, vamos também realizar atividades culturais e festas com outros cursos, até porque somos to-dos estudantes da UFRJ.- Orfãos temáticos, com valorização da cultura negra, nord-estina e de luta contra as opressões.- Mostra de Artes do CACO: Iremos promover a produção cul-tural e artística dos estudantes da Nacional!- CineCaco mensais seguidos de debates

Assistência Estudantil- Elaboração do questionário de gastos dos estudantes da FND “Quanto custa estudar na FND?”- Luta por bandejão da FND no espaço da praça da república. - Fortalecer a luta por um alojamento digno e para todos que necessitem de assistência.

Comunicação- O site do CACO é desatualizado e não contém as infor-mações que necessitamos. Por isso vamos atualizar o site do CACO centralizando as informações de estágio, notí-cias e decisões dos departamentos, congregação, CEG e CONSUNI. Além disso, vamos informar as datas das provas em parceria com representante de turmas.- Iremos voltar com o jornal do CACO

Finanças- Divulgação do Balanço Financeiro bimestral - Na nossa gestão, parte do orçamento será decidido em reunião para onde vai e como será gasto.

O que faremos?

Diretoria Acadêmica: Laila Natal 9º, Vinicius Lima 4º , Samuel Andreata 4ºDiretoria Administrativa: Carlos Aragão 7º, André Molinaro 3º, Alessandra Gusmão 4ºDiretoria de Assistência estudantil: Jordana Almeida 9º, Julia Menezes 6º, Kathleen Feitosa 8º, Lucas Muinos 6ºDiretoria Executiva: Gabriela Gusmão 5º, Renan Salles 4º , Guilherme Azeredo 4ºDiretoria de Externas: Felipe Lisboa 9º, Robson de Araújo 6º ,Kat Rosa 7ºDiretoria Financeira: Raisa Rocha 5º, Gabriel Ferreira 8º, Arthur Peccin 5ºDiretoria de Impressa: Luís de Andrade 6º, Wellington Pimentel 5º, Maria Clara Gama 1 ºDiretoria LGBT:Patric Fernandes 2º, Isabela Shimizu , Luciene Cunha 8ºDireitoria de Movimentos Sociais: Mariana Monteiro 2º, Rafael Marcal 4º e Breno Rocha 1º"Diretoria de Mulheres: Carol Hennig 2º, Mariana Schittino 3º, Larissa Pessanha 2ºDiretoria de Negras e Negros: Luiz Tiberio, Taina Reis 4ºDiretoria Sócio-Cultural: Roberto Couto 4º , Romulo Souto 5º, Luan Yannick 7º

Diretorias:

Quem também tá resistindo!Adler Costa Alessandro Ayres Alice Martins Aline Vogel Amanda FioreAmanda LeticiaAmanda LopesAna Carolina CantoAna Carolina Guilhon Ana Clara MilitãoAndressa Labrujó Bárbara Ferraz da CostaBarbara KjaerBernardo Marinho MarquesBruna Araujo Bruna PedroniCaio AlbuquerqueCaleb PeresCamila CostaCamila MeloCamilla Gutierrez Carolina Albim

Carolina Azevedo Movilla Daniel CheidaDaniel DuarteDaniel GomesDaniele Libório Débora dos Santos Cavalcanti Deborah Alvarez MendesElimar CiprianoFabio custodioFabio RezendeFânora Almeida Campos Felipe Bahuan Felipe CepedaFernanda Henriques de Azeredo Fernando CunhaGabriel ArrudaGabriel Mendonça Gabriella Batalha Gustavo Sanches Heloisa Melino - MestradoHenrique LimaHugo Campos

Hugo Chaves da SilvaIan Cabral Fernandes Igor MartinsIgor RoqueIgor Timbó Martino Isabela Blanco - MestradoIsabela Trivino Ribeiro Isadora RodriguesIsis Lucchesi- 1Jackeline Cristina da SilvaJamila D’almeidaJean LouzadaJean NicacioJoyce MüllerJulia CastroJúlia Fernandes ArcasJuliana V FernandesJulio Crelier Junior QuintinoKaina VieiraKarolline PaivaLaís Moreira

Laís Silva de Vasconcelos Larissa DuarteLaura CamposLaura HerediaLeonardo GasparLígia LoureiroLorraine Dona Lucas de SouzaLucas MalevalLuciana Belo SoaresLuísa Cabral Carvalho Maíra Cury dos Santos Marcos Parente Maria Eduarda Azeredo Marianna Alves Martin Neves Mateus FrizzeraMauricio Rodrigues Mauro Borges Mike Chagas Natalia Rocha Paiva Natália Sant’Anna

Patricia de Castro Paulo Falcão Paulo Ribeiro Pedro BrazPedro Doná Pedro Montenegro Phillipe Rodrigues Pollyana Torres Priscilla Valim Rafael de Moura Leão Carvalho Raissa Chaves Raphaela Lopes - Mestrado Raul PimentaRichard GomesRoberta Martins de Araújo Sergio Volaro Soraya Gomides Tatiana Cruz Thiago Godim Thiago Luiz Pereira Vanessa Tocantins Vitor Alceu Filho