iton 2015 - 7a edição

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7 a edição • Janeiro de 2015 MAS AFINAL, O QUE É O SHNAT? A AVA DENTRO DA CIP A AVANHANDAVA NO JAMBOREE

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7a edição • Janeiro de 2015

Mas afinal,o que é o shnat?

a aVa DentRoDa CiP

a aVanhanDaVano JaMboRee

Mas afinal, o que é o Shnat?

Avanhandavano Jamboree

Nesta edição

Fotos do semestre

Fotos do semestre

Eleições em Israel

A Avadentro CIP

Mais um ano na Avanhandava que vai entrar para a história! Começando os 77 anos com o pé direito, mandamos seis pessoas para o shnat e vários projetos incríveis estão para acontecer!

Já me fizeram a seguinte pergunta inúmeras vezes: Porque trabalhar pela Avanhandava?

Para mim a Ava representa um dos maiores tesouros na minha vida hoje. Tornei-me mazkirá, a primeira mulher depois de oito anos, porque aqui fiz e continuo fazendo amizades pra vida toda; porque aqui estou constantemente aprendendo; porque aqui conheci pessoas de realidades tão diferentes, mas que compartilham do mesmo amor por suas tnuót, núcleos bandeirantes e grupos escoteiros que eu; porque na Ava aprendi que o judaísmo, o escotismo e o bandeirantismo tem tudo a ver e muitas vezes, querem transmitir muito dos mesmos ensinamentos; porque faço parte da comunidade judaica, que realiza coisas tão bonitas; porque pela Ava viajei pro México, pra Argentina, para o Rio de Janeiro e para Natal; porque quando vejo um chanich saindo feliz de um sábado ou de um acampô, tenho a sensação de dever cumprido; porque me orgulho de cada realização minha e dos madrichim; porque aqui aprendi a valorizar o trabalho em grupo e claro, a dar valor a minha cama depois de voltar do acampo!

O que quero transmitir é que cada um vive sua experiência única de Avanhandava, mas que no final, através de tudo que essa tnuá proporciona, espera-se moldar pessoas críticas e intensas. Que sejam movidas pelo que acreditam e valorizam, trabalhando duro para chegar a objetivos maiores e que as façam felizes, além de construir um mundo melhor. Tanto dentro da Ava quanto para a vida quando se tornarem bogrim e tiverem seus filhos. Espero que este ano, todos que estão dentro, que acabaram de chegar e que ainda vão experimentar a Ava tenham experiências que as marquem para vida toda e que um dia, se tornem Mazkirim também!

Uma vez Avanhandava, sempre avanhandava.

Servir

Vicky

Palavra do Mazkir

Queridos leitores,

Chegamos à sétima edição do nosso Iton! Nessa edição você encontrará matérias incríveis escritas por madrichim, chanichim e até pelo presidente da CIP! Fotos dos últimos eventos que aconteceram no segundo semestre de 2015, no começo do primeiro semestre de 2016 e muito mais.

Vocês conhecerão um pouco mais sobre a nova liderança, assim como os novos madrichim de cada ramo, que tem a missão de proporcionar ótimas peulot (atividades) com a educação que acreditamos, e mais do que isso, pela vivência na Ava tentamos ao máximo transmitir valores que tem um papel especial na formação de cada chanich ou pessoa que já passou por essa tnuá.

Não deixem de conferir nessa edição uma entrevista exclusiva com o presidente da CIP Sérgio Kulicovsky sobre o papel da juventude na comunidade, uma matéria especial sobre o Jamboree Nacional Escoteiro e outra sobre as eleições em Israel. E para mostrar um pouco mais sobre essa formação que a Avanhandava oferece não esqueçam de ler a matéria imperdível sobre o Shnat!

Boa Leitura

Kadima Avanhandava!

Carta da Redação

DavidBeraha

VictorSavatovski

AlexRutman

Redação

Redação

Direção de Arte

A Avanhandava é um Movimento Juvenil que surgiu em 1938 como uma resposta às proibições impostas pela ditadura Vargas à criação de grupos de reunião de judeus. Assim, desde a nossa criação, somos um grupo escoteiro, algo que era permitido e aprovado na época. Desde então, a Avanhandava sofreu diversas transformações, como a incorporação do Bandeirantismo através de uma mudança proposta pela própria Avanhandava para as Bandeirantes do Brasil, de forma que fosse possível aceitar mulheres judias no Movimento Bandeirante. Muitas outras mudanças aconteceram ao longo do tempo até chegarmos ao ponto em que estamos hoje.

Histórico

A educação e formação dos membros da Avanhandava é o nosso maior objetivo, e para alcançá-lo, acreditamos no método da educação não-formal do jovem para o jovem, o que significa que em nossos encontros aos sábados e nos acampamentos, fazemos atividades lúdicas e divertidas, mas sempre com o intuito de transmitir e discutir ideias e conteúdos que julgamos relevantes para nossos jovens. Através de

um Programa Pedagógico criado especialmente para a Avanhandava, criamos brincadeiras e discussões. Assim como Baden-Powell, o fundador do Escotismo e Bandeirantismo, acreditamos no método escoteiro como uma maneira de transmitir nossos valores e os valores universais de respeito ao próximo, cooperação e

trabalho em grupo.Tanto em sede quanto em acampamentos, sempre tentamos trabalhar para atingir estes valores com todos os nossos jovens.

Nosso Método

Por definição, somos um “Movimento Juvenil Judaico Sionista Comunitário Educativo Não formal, Político Apartidário e Bandeirante e Escoteiro”.

Tudo isso significa que, através da educação judaica não formal, ou seja, aprendendo através de brincadeiras, vivências e troca de informações entre os membros da Avanhandava, nós construímos nosso conhecimento e nossa forma de pensar.

Além disso, não seguimos nenhum partido político, atuamos dentro da comunidade judaica e não judaica e somos bandeirantes e escoteiros, por acreditar que os caminhos seguidos por estes dois movimentos e principalmente os seus valores, como respeito à natureza. trabalho em grupo e auxílio ao próximo, são muito condizentes com os valores do judaísmo e dos jovens do nosso movimento.

Ideologia

Sobre nós

Educamos para o pluralismo, ou seja, para a liberdade de pensamentos e escolhas, mas sempre voltados para a atuação na comunidade e para fazer o bem dentro da sociedade em geral.Somos sionistas culturais, o que significa que acreditamos que Israel é o centro cultural para todos os judeus do Mundo, e que, vivendo no Brasil, devemos atuar em prol de Israel.Estando dentro da CIP, somos judeus liberais, não ortodoxos, seguindo as tradições e os costumes do povo judeu e participando de eventos da comunidade.

Profissionais CIP

Nossa sede é na CIP, comunidade da qual participamos ativamente, formando parte da juventude.

A Juventude é um departamento dentro da CIP e conta com, além dos próprios jovens atuantes, profissionais formados em educação/psicologia e também um sheliach (enviado) de Israel, todos trabalhando com o objetivo de aperfeiçoar cada vez mais o trabalho dos madrichim (monitores/educadores) com os chanichim (crianças/educandos).

Além de realizar nossas atividades todos os sábados na CIP, também participamos das atividades da comunidade, como comemorações das festas judaicas, capacitações para os madrichim, campanhas sociais, palestras e passeios.

HanagáAlém dos Madrichim (monitores), nós também temos alguns jovens que lideram e organizam a Avanhandava. São eles:

Mazkir: é responsável pela organização geral do Movimento e pela nossa representação frente a pais, profissionais da CIP e comunidade. Vocês podem procurá-lo quando precisarem de informações gerais, como datas, preços, horários etc. Neste semestrea Mazkira é a Victoria Kimelman e Silva

Rosh Chinuch: é quem cuida de toda a parte de educação dentro da Avanhandava, o que inclui desde acompanhar as atividades aos sábados e saber tudo o que está sendo passado para os chanichim (educandos) até preparar capacitações para os próprios madrichim. Ele trabalha junto a uma comissão de educação (vaadat chinuch) e pode ser procurado em caso de problemas do seu filho com as outras pessoas do grupo ou com os madrichim e dúvidas em relação ao que está sendo trabalhado com cada idade. Este semestre o nosso Rosh Chinuch é a Julia

Kalili e a Vaadat é composta por Daniel Mattone, Hana Nusbaume Ariel Roemer

Guizbar: cuida de toda a parte financeira da Avanhandava junto à CIP. O Guizbar neste semestre é o Alan Barzilay

Rosh Vaadot: Além dos ramos (kvuztot) que vocês conhecem, os madrichim da AVA se organizam em Vaadot (comissões) responsáveis por diversos assuntos daa tnuá, e essas comissões são coordenadas pelo Rosh Vaadot. Nosso Rosh Vaadot esse semestre é o Nadir Steinmetz.

Relaçãocom a CIP

Além dos próprios madrichim, há profissionais e voluntários que nos ajudam na preparação de atividades, formação de novos madrichim, tomada de decisões e contato com a CIP.Como o nosso sheliach André Wajnberg, que nos auxilia com o nosso contato com Israel, a organizar o programa Shnat Harcshará, ajuda a buscar conteúdo para as peulot e a dar capacitações para os madrichim.Coordenadora do curso Manhigut (curso de liderança e hadrachá da CIP para preparação de novos madrichim) e do Maayan, central de recursos educativos da CIP: Taly Sister. Diretor de Juventude: Renato Sacerdote (Ganso). Faz o contato entre a Avanhandava e a diretoria da CIP, representando as opiniões da juventude na diretoria.

Ava no Jamboree- Não vou poder viajar para a praia, estarei no Jamboree-Jamboreee? O que é isto? Alguns madrichim e chanichim da Avanhandava ouviram várias vezes esta pergunta: O que é jamboree? Dos dias 10 a 17 de Janeiro, 16 membros da Avanhandava viajaram para Natal/RN para participar do IV Jamboree Nacional Escoteiro. A origem da palavra Jamboree é bastante discutida. No entanto, em 1920 ela foi usada pela primeira vez para designar um encontro mundial de escoteiros, que ocorreu na Inglaterra. O Jamboree Nacional acontece a cada três anos, e a cidade de Parnamirim, ao lado de Natal, foi a escolhida para 2015. Desde o processo de arrecadação de dinheiro para a viagem, começou a diversão. Chanichim e Madrichim se esforçaram duramente para participar do evento. Usando uma plataforma

de crowdfunding e vendendo doces e produtos, conseguimos diminuir o custo da viagem.

Já no aeroporto de São Paulo começamos a experienciar o jamboree. Com aproximados 4.000 escoteiros no evento, São Paulo foi o maior contingente. Quase 1.500 escoteiros saíram do estado para o encontro. Ao fazer escala no Aeroporto de Confins, pudemos conhecer mais escoteiros. Ao ver irmãos escoteiros no aeroporto, logo puxávamos assunto. Qual é o seu grupo? Posso ver seu lenço? Você tem distintivos para trocar? Aqueles que acabaram de se conhecer pareciam amigos há anos. Este clima de amizade e companheirismo acompanhou todo o acampamento.

Ao chegar ao local do acampamento, após conhecer um pouco do turismo de Natal, dirigimo-nos para nosso subcampo. As atividades no encontro eram dadas para

cada subcampo em um sistema de rodízio. Cada dia um grupo participava de um módulo diferente. Cada atividade nos ensinou alguma coisa importante para a vida com o objetivo de nos ensinar a criar o mundo que queremos, tema do evento. Aprender LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), conversar através de radioamador e fritar um ovo num forno solar foram algumas das atividades desenvolvidas.O tempo livre marcou muito nossa experiência no Jamboree. Nestes momentos aprendemos gírias e costumes dos escoteiros de outros estados, além de desenvolver fortes laços de amizade. Uma atividade desenvolvida durante o tempo livre foi o “Just Dance”. Em uma parceria com a Ubisoft, uma coreografia de “What Does The Fox Say”, da dupla norueguesa Ylvis, foi desenvolvida especialmente para o evento. Após várias performances no videogame surgiu a proposta de realizar um flasmob da dança, com o objetivo de entrar para o Guiness World Records.

Escoteiros Judeus Além do Jamboree Nacional ter sido uma grande experiência conhecer outros grupos de todo o pais, trocar historias e lenços também foi uma experiência muito interessante para qualquer judeu. Pelo que ficamos sabendo, em nenhum outro jamboree houve um momento de shabat e ficamos muito intrigados por esse fato. Em um país como o Brasil, com tantos escoteiros e tantos judeus, sempre achamos difícil de acreditar que não houvesse muitos escoteiros judeus. Então fomos para o jamboree com essa dúvida na cabeça, será que eles existem, mas estão espalhados demais? Será que somos os únicos?

Chegamos lá com a cerimônia de shabat preparada; nada muito diferente do que fazemos em nossos acampamentos. Esperávamos a sexta-feira chegar contando sobre a cerimônia para quem se interessasse e convidando nossos novos amigos. Chegando o dia, infelizmente não apareceu nenhum outro judeu que não fosse do nosso grupo, porém fomos surpreendidos por uma sala cheia de pessoas interessadas em conhecer mais sobre o judaísmo. Não esperávamos tanta gente, principalmente

porque era o último dia do Jamboree, logo antes do cerimonial de encerramento.O intercâmbio religioso foi um ponto extremamente positivo do acampamento. Aproveitamos para ensinar sobre Israel e nossas práticas judaicas. Todos os escoteiros de outras religiões sempre se colocaram curiosos e receptivos para aprender mais.

Estávamos no jamboree pela AVA, a tnuá que amamos. Representando-a e deixando a nossa marca. Como o único grupo escoteiro judaico no evento, também representamos nossa religião. Transmitimos nossos conhecimentos para os interessados, abraçamos nossa bandeira, sentimos orgulho de ser parte da AVA. Com certeza a viagem não teria sido tão especial se não estivéssemos com nossa família, Avanhandava. Para aqueles que convidaram-nos para a praia, garantimos que aproveitamos bastante as praias de Natal. Vale o convite, junte-se a nós para que possamos aproveitar todos juntos, cada vez mais aumentando esta família.

DepoimentosArthur Bekin - $eniorO jamboree foi incrível!!! Eu pessoalmente curti muito. Achei as atividades em grupo que nós fizemos lá muito divertidas. Eu realmente aprendi muito e tive experiências inesquecíveis (como bater o recorde mundial de mais pessoas dançando Just Dance ao mesmo tempo, juntos com os meus amigos da Ava). Outra coisa que eu gostei muito foram as saídas para praias, lagos, etc.. O melhor deles o Splash, um lago onde tivemos atividades aquáticas como pólo aquático, corrida de caiaque e passeio numa canoa. As atividades dentro do espaço Jamboree também foram muito boas. Aprendi sobre temas variados como desenvolvimento sustentável, robótica, foguetes, outras culturas de diferentes partes do Brasil, e o que eu achei mis interessante, aprendi sobre outras religiões das quais não sabia nada a respeito. Houveram alguns problemas de organização interna, como filas enormes no sol para chegar ao refeitório e alguns dos itens da “lojinha” já estarem esgotados no primeiro dia. Mas tirando isso, essa foi sem dúvida uma das melhores viagens da minha vida.

Julien Minerbo - $eniorPara mim, o Jamboree foi uma experiência única. Não é só o fato de serem 4200 escoteiros, ou ir a outro ponto do Brasil. Mas os laços de amizade que eu criei. A Tropa 808 para mim foi a mais pilhada, mais amiga e mais unida. Houve uma noite entre o subcampo que cada tropa deveria apresentar uma esquete, e a nossa ficou incrível, graças à união de todos. Com as atividades que tivemos, eu pude aprender mais sobre o Brasil, a sustentabilidade e sobre outras religiões. Claro que certas atividades marcam mais, como o Splash, que marcou meu braço de vermelho por causa do sol… Tirando as filas enormes para as refeições (afinal, 4200 pessoas para comer é muita gente), foi uma das melhores viagens que eu já fiz.

Fernanda Elimelek - B2O Jamboree foi uma viagem muito marcante pra mim… Foi um momento de conhecer pessoas de todo Brasil, na nossa patrulha haviam pessoas de outros dois grupos escoteiro, e na nossa tropa então, conhecemos escoteiros de Amparo, de Santos e de São Paulo, que eram de nossa tropa ou que conhecemos no nosso subcampo. Aprendi coisas no Jamboree que sempre quis aprender, como LIBRAS, radioescotismo, religiões que eu não entendia, enfim, outras milhares de coisas. Aprendi que é muito legal conhecer pessoas de lugares diferentes, que vivem de uma forma diferente da gente, mas que no fundo têm algo em comum: o amor

pelo escotismo! Isso não teria a mínima graça se não estivéssemos com a AVA. Percebi como a AVA é um movimento unido que aonde vai, anima as pessoas a sua volta, a AVA é como uma família pra mim, e tenho cada vez mais orgulho de ser dessa família!

Yoram Goldstein - $eniorEu adorei o Jamboree! Além de toda a experiência de acampar, tivemos a experiência de conhecer pessoas de outros grupos escoteiros. Eu achei que, do nosso subcampo, a tropa 808 foi a mais pilhada e da tropa 808, a Ava foi a que mais pilhou os outros. As atividades foram todas muito divertidas, barrando o Desafio e Aventura. Durante o tempo livre eu sempre caminhava pelo campo e, depois que o descobri, fiquei muito lá no Just Dance. Houve também a lojinha, que estava vendendo diversas coisas do escotismo. Apesar de alguns problemas, como encontrar o resto da Ava durante as refeições e ficar horas ardendo no sol (com marcas que estão descascando até hoje para provar), esse foi um acampamento incrível. Espero muito poder ir no próximo Jamboree também. Daqui a três anos, em Barretos, SP!

Como muitos de vocês já perceberam, 6 madrichim não estarão presentes esse ano pois estão neste momento em Israel, com planos de passar o ano. Não apenas por diversão ou um simples intercambio, mas para dedicarem este ano de suas vidas para a Avanhandava e para seu próprio crescimento. Mas o que estarão fazendo tão longe? O Shnat Hachshará, do qual estamos participando, acontece todo ano e é um programa de capacitação e de aprofundamento para madrichim, em que estudamos e fazemos trabalhos voluntários. Na primeira etapa, estudaremos temas como judaísmo, sionismo, liderança, historia do povo judeu e outros assuntos tnuati no Machon LeMadrichim, que tem sua sede no campus de Kyriat Moriah, localizado em Jerusalem.vJá na segunda etapa, realizaremos trabalhos voluntários nas áreas de ecologia, educação, educação especial ou serviços gerais, em Haifa, Carmiel ou em uma Fazenda Ecológica em Modin. Os que viverão nas cidades de Haifa e Carmiel serão alojados em apartamentos, e terão que cozinhar, limpar, ou seja, se virar. O maior objetivo, além de ajudar os outros, é desenvolver responsabilidade e independência. Entre as etapas ocorrem seminários, cuja intenção é finalizar o trabalho desenvolvido.

A terceira etapa consiste em Mokdim (grupos de estudo) de temas variados, escolhidos de acordo com os interesses dos chanichim do shnat (madrichim das tnuot). Além disso, continuamos desenvolvendo autonomia e fazendo amigos.No final, vamos para o kibutz Revivim, no sul de Israel, onde trabalhamos em diversas áreas juntamente com os moradores de lá. Esta etapa tambem é para desenvolver projetos para a Ava e refletir sobre as novas ideias, para voltarmos prontos para dar o melhor possível pela Avanhandava.

A importância desse ano, além do conteúdo aprendido, é o amadurencimento pessoal e reflexão, de modo a crescer e poder trabalhar na tnua. É um ano muito difícil, que não conseguiríamos enfrentar sozinhos. Por isso, agradecemos todo o apoio dado por vocês, madrichim, chanichim, pais e profissionais da CIP, que nos incentivaram cada dia mais. Estamos abertos e dispostos a conversar com todos e contar como esta sendo a experiência, para que cada um possa saber um pouco mais sobre esse ano incrível que estamos vivendo.

Beijos e saudades,

Kvutza Shnat 2015.

Mas afinal, o que é Shnat?

Lobos

David Beraha17 anosFEA-USPRamos anteriores: B1s Osher e B1s Iedidut

Ruth Nusbaum16 anosColégio I.L. PeretzRamos anteriores:B1s Iedidut e Lobos

Rudi Solon17 anosColégio Pueri DomusRamos anteriores: Fadase Jrs Ilan Ramon

Novos Madrichim

Fadas

B1’s Osher Zeca Homsi 16 anosPorto Seguro Ramos anteriores: Lobose Jrs A Ilan Ramon

Jr’s A Ilan RamonBeatrice Frudit15 anosColégio Santa CruzRamos anteriores: B1s Osher

Tamara Shavitt, 16 anos Santa CruzRamos anteriores: Fadas e Jrs Yonathan Netanyahu

Ariel Roemer17 anosColégio ALEFRamos anteriores: Jrs A Ilan Ramon e Jrs A Yonathan Netanyahu

Valentina Kacelnik16 anosGracinhaRamos anteriores: Jrs A Yonathan Netanyahu e Jrs A Ilan Ramon

Nathan Lederman 18 anosCursinhoRamos anteriores: Lobos

B1’s Iedidut

Victor Savatovsky16 anos Colégio São CarlosRamos anteriores: B1s Osher e Lobos

Paula Lottenberg18 anos FGVRamos anteriores: Lobos e Jrs A Ilan Ramon

Jr’s A Ioni Netanyahu

Jr’s B e B2

Rafael Goldstein17 anosColégio BandeirantesRamos anteriores: Jrs A Yoni e Lobos

Daniel Mattone17 anosFEIRamos anteriores: Jrs A Yoni e Fadas

Júlia Kalili 19 anos Cásper Líbero Ramos anteriores: B1s Iedidut e Lobos

Raphael de Taranto17 anosColégio IavneRamos anteriores: Lobos e Jrs A Yoni

Hana Nusbaum18 anosCursinho Pré- VestibularRamos anteriores: Fadas

Hanagá

$eniors e Guias

Nome: Júlia KaliliCargo: Rosh ChinuchIdade: 19 anosEstudos: Cásper LíberoRamos anteriores: B1s Iedidut e Lobos

Nome: Victoria Kimmelmann e SilvaCargo: MaskiráIdade: 20 anosEstudos: Psicologia, PUC-SPRamos anteriores: B1’s, Fadas, JrB e B2 e $eniors e Guias

Nome: Nadir SteinmetzCargo: Rosh VaadotIdade: 19 anosEstudos: Relações Internacionais - ESPMRamos anteriores: B1s Osher, Jrs A Ilan,Jrs B2

Nome: Alan BarzilayCargo: GuisbarIdade: 20Estudos: Ciências moleculares - USPRamos anteriores: B1’s Iedidut, Lobos

Nadir Steinmetz19 anosESPM - Relações InternacionaisRamos anteriores: Jrs A Ilan Ramon e Seniors e Guias

Victoria Kimmelmann20 anosPUC PsicologiaRamos anteriores: B1’s, Fadas, JrB e B2 e $eniors e Guias

A Ava na CIP

Como você chegou na CIP?

Frequento a CIP desde pequeno. Meus avós já frequentavam e minha mãe (e depois de casada meu pai) sempre frequentaram. A CIP sempre foi a principal referência de instituição judaica para mim e para minha família.

Qual é a função do presidente da CIP?

A função do presidente da CIP é, junto com a diretoria voluntária, orientar e supervisionar as atividades e a administração da Congregação. Junto com o Conselho Deliberativo, a diretoria estabelece as diretrizes da Congregação. Existe um equilíbrio importante entre o Conselho, a diretoria, o rabinato e os demais profissionais da CIP no sentido de juntos trabalharmos para cada vez mais melhorarmos as atividades da CIP. Como presidente escolho os diretores com quem trabalho e estabelecemos metas para cada uma de nossas diversas áreas.

Você frequentou a juventude?

Frequentei muito a Colônia e o Ensino da CIP. Aqui conheci meus melhores amigos e na Colônia conheci minha esposa, Tati, vice-

presidente de relacionamentos.Quais são as diferenças que você ve na juventude da CIP de hoje?

A juventude da CIP de hoje busca mais independência nos seus objetivos, ao mesmo tempo em que entende a importância do relacionamento entre a juventude e a CIP. O trabalho conjunto das Tnuot cria uma sinergia e integração que não existia no passado. Se no passado existia muita rivalidade entre as Tnuot, hoje elas entendem que têm muito em comum e mais ainda a ganhar se souberem trabalhar juntos. A CIP vê a juventude como o futuro (e presente) de nossa comunidade e isto é evidenciado pelo foco e liberdade de ação que é dado às Tnuot. Estamos muito satisfeitos com os resultados da integração das tnuot no Manhigut, curso para formação de liderança da CIP.

O que a juventude e a Avanhandava representam para a CIP?

A Avanhandava, como mais antigo movimento juvenil da CIP, é antes de tudo o mais atual com as necessidades do mundo moderno. Além da sempre presente mensagem judaica e sionista, ensina valores universais de

Entrevista comSérgio KulikovskiEntrevistamos o presidente da CIP para descobrir qual é a sua opinião sobre os principais assuntos da Avanhandava e da juventude.

respeito ao próximo e preservação do meio ambiente. Temos muito orgulho dos jovens do Avanhandava e de sua constante energia e bom senso. Estou cada vez mais bem impressionado com a qualidade dos líderes dos movimentos, e seu crescente contato com a diretoria nos energiza cada vez mais.

Qual é o próximo passo que a juventude da CIP deveria dar? Como você vê o futuro das tnuot dentro da CIP?

Acredito muito na manutenção e continuidade do processo de educação do jovem para o jovem. Quanto mais soubermos convergir atividades entre as Tnuot e entre estas e a CIP, mantendo a independência do jovem, mais conseguiremos potencializar os resultados. É importante reconhecer que a imensa maioria da liderança da CIP, seja na diretoria ou no conselho, participou ativamente das Tnuot. Acredito que quanto antes os jovens começarem a se envolver com a liderança da CIP melhor ficaremos como comunidade. Também preciso mencionar a importância das famílias da Avanhandava de conhecerem melhor toda a CIP, e tornarem-se associados. Esta parceria é essencial para que possamos continuar existindo e atuando como comunidade no futuro.

Como você ve o Shnat Hachshará dentro do processo tnuati?

O Shnat é um marco nas Tnuot e marca muito a vida do jovem. Jovens que passaram por Tnuot e fizeram Shnat são diferenciados. Os jovens da Avanhandava que estão participando do Shnat voltarão com uma bagagem judaica e sionista fundamental para o fortalecimento da Tnuá. Precisamos continuar a incentivar que cada vez mais jovens participem do programa.

O papel do sheliach é importante para o fortalecimento das tnuot?

O Sheliach, André Wajnberg, tem tido papel fundamental na convergência entre as Tnuot e na valorização da individualidade de cada uma delas. Foi importantíssimo o trabalho dele, e atualmente trabalhando alinhado com sua esposa, Rabina Deby Grinberg, tem conseguido um impacto importante juntos aso jovens que participam de nosso ensino religioso. Com a aproximação do final de seu período de Shlichut temos um enorme desafio em encontrar alguém para substituí-lo e continuar o maravilhoso papel que ele desempenhou até agora.

Fotos do semestre

Eleições em Israel

Definindo o destino doEstado Judeu e Democrático No próximo dia 17 de março quase seis milhões de israelenses poderão ir as urnas escolher um dos partidos que se inscreveram para as eleições de número 20 para a Knesset (parlamento israelense). Poderão ir porque o voto não é obrigatório em Israel, e votarão em um partido porque estamos falando do sistema parlamentarista. A grande novidade destas eleições é que os partidos só poderão ter representantes na Knesset se tiverem mais de 3,25% dos votos. Isto representa quatro mandatos e significa que os partidos menores têm menos chance de chegar ao parlamento. Isto fortalece os maiores partidos de centro esquerda e centro direita que respondem de forma mais ampla sobre os assuntos principais destas eleições:

1. Dialogo com a Autoridade Palestina e iniciativas para um processo de paz. Juntamente com as questões de segurança nacional, Irã nuclear, assentamentos judaicos nos territórios e o avanço do estado islâmico nos países vizinhos. 2. Divisão do fardo social. Isto significa principalmente a proposta de alistamento dos jovens ultra-ortodoxos ao exército e integração destes no mercado de trabalho. 3. Diminuição da pobreza em Israel e maior apoio ao jovens casais para a compra e aluguel de moradias. 4. Definição do caráter do Estado de Israel – mais para o judeu do Estado, ou mais para democrático.

Fixarei-me aqui no quarto ponto apresentado, apesar de que todos os pontos são cruciais para o futuro do Estado de Israel. O motivo é que este foi um dos principais motivos da queda da Knesset passada (n* 19) e como verão abaixo é

em minha opinião a base de resolução, ou não de todos os outros pontos.

Neste momento existem em Israel dois pensamentos sobre o significado de ser um Estado Judeu e Democrático. O pensamento mais ligado às origens do Sionismo e a declaração de independência diz que a democracia deve se manter de qualquer maneira e a participação das minorias deve ser total. Principalmente da minoria árabe. “Um Estado para todos os seus cidadãos”. O pensamento que choca com o primeiro diz que o caráter judeu do Estado deve ter prioridade e isto significa que devemos respeitar as minorias, mas o Estado não é de todos os seus cidadãos e sim daqueles que aceitam a língua hebraica como oficial, o Hatikva como hino e que a educação judaica e sionista deve ser prioridade em todas as escolas publica.

Eu acredito que estes dois pensamentos estão em choque nas eleições e provavelmente irão para o “ringue” na formação da coalizão para o próximo governo. Quem vencer o embate definirá em muito o caráter de Israel no futuro e influirá na resolução das questões internas e externas. De um lado um Estado Nacional com pouca flexibilidade e Tolerância baseando seus ideais no medo do antissemitismo. E do outro um Estado Democrático que quer se manter judeu junto com a flexibilização para o dialogo com as minorias árabes e com os vizinhos palestinos.

No final de março saberemos se os israelenses querem um Estado mais nacional, ou mais democrático. Como isto se refletirá nas outras questões chaves e na identificação dos judeus da diáspora com este Estado.

Por André Wajnberg