ANO 1 / NOVEMBRO 2012 / NÚMERO GRATUITO

por: Erick Silva | Foto: Osvaldo Morais

Thiago Cavalcanti de Almeida, ou simplesmente Thiago “Chapa Preta” começou sua carreira musical em

2006, com o grupo VSM (Virtude San Martin). De lá pra cá conheceu diversos produtores, fez inúmeros shows comu-nitários, participou de mutirões de grafi-tagem, e agora, está prestes a lançar seu primeiro disco solo, TODA HORA, de maneira independente pelas gravadoras Embolada Records e Dub Mar Records, além da gravação ter ocorrido no Estúdio Bizz Records. Ele será vendido ao valor simbólico de R$ 5,00 em seus shows,o que ele considera uma ótima forma de divulgação.

Segue um pouco da conversa feita com Thiago sobre rap, indústria cultural e cidadania.

INFORNATIVO – Nesse tempo de estra-da, como você está vendo a atual cena de rap na cidade?

Thiago – Está muito movimentada, com todos trabalhando. O que é bom nisso tudo, é que vários estão se qualificando para fazer um produto que valha a pena, e não qualquer coisa.

INFORNATIVO – Seu primeiro disco, TODA HORA, está quase sendo lançado. De que tratam as letras?

Thiago – O legal do estilo rap é que você pode diversificar. No álbum eu falo de amor, política, cidadania, tudo. Tento não me prender a temática nenhuma.

INFORNATIVO – Você ainda vê que existe muito preconceito em relação ao rap?

Thiago – Claro que ainda existe. Mas, eu considero normal, e a gente releva, afinal, o importante é fazermos bem o nosso trabalho. Sempre haverá pessoas que não gostarão.

INFORNATIVO – Sobre o bairro de San Martin, o que você acha em termos de divul-gação da cultura do bairro?

Thiago – Cara, espaço aqui em San Martin, te-mos, e muito. O que não temos, infelizmen-te, é patrocínio ou investimentos em eventos que possam mostrar o que está sendo feito aqui. Isso dificulta muito nosso trabalho.

INFORNATIVO – Se fosse pra você esco-lher uma mensagem de uma música desse seu disco, qual seria?

Thiago – Tem uma música que se chama “Momentos que Viram Eternos”, e que tem um trecho que diz assim: “São poucos os que acreditam, são poucos os campeões. Os ou-tros perderam o respeito e as oportunidades com nossos irmãos”.

É RAP QUE ELES QUEREM, LÁ VAI!

SANARTE

O ETERNO PESADELO DOS TERRENOS BALDIOS

PROGRAMA LEITE PARA TODOS

Mesmo com todos os apelos, o problema dos terrenos baldios continua constante na vida dos

moradores do bairro de San Martin. Além de atrair doenças, esses lugares, agora, es-tão servindo como pontos de violência na localidade. Exemplo disso, é um ter-reno, de 4 lotes, localizado nas esquinas da Avenida General San Martin, com as ruas Duarte Filho e Apulcro de Assunção.

No local o mato é alto, e mais algumas cercas proporcionam um cartão postal nada atrativo para os moradores. Quem reside nas proximidades conta que além do terreno servir de morada para ratos, baratas, cobras, e outros tipos de animais peçonhentos, ele ainda serve de esconde-rijo para marginais que praticam desde assaltos e tráfico de drogas até estupros, inclusive, de menores.

Um primeiro mutirão realizado por mo-radores próximos do terreno foi feito em 2010, quando foi retirado lixo em quanti-dade absurda, tendo que ser transportado em 5 caminhões da Prefeitura. Segundo depoimentos, o problema desse terreno é o de tantos outros espalhados pelo bairro: falta de manutenção do local pelos do-nos. Inclusive, houve diversas tentativas de compra ou aluguel do local, mas seus proprietários não se mostraram interessa-dos em se desfazer do terreno.

Um abaixo-assinado contendo 46 assina-turas, datado de abril de 2012 foi feito para tentar resolver a questão desse terre-no, mas o resultado ainda não apareceu. Como um dos problemas do local tam-bém é a violência houve outro abaixo--assinado que foi entregue à Secretaria de Defesa Social do Estado de PE, em dezembro de 2010, para a implantação de um projeto pioneiro chamado Centro de Polícia Comunitária, onde os policiais agiriam somente dentro dos limites bairro. Esta solicitação também continua sem resposta desde então.

Por todas essas dificuldades, não só o terreno entre a Duarte Filho e a Apulcro de Assunção é um problema, mas também diversos outros espalhados pelo bairro. Eles prejudicam a vida dos moradores, seja na sua saúde ou na sua segurança, e o que é pior, muitas vezes, seus proprietários não estão nem um pou-co interessados em resolver a questão.

Para quem tiver, próximo à sua residên-cia, um terreno baldio nessas condições, precisa insistir em seus direitos, e conti-nuar cobrando providências das autorida-des. Os telefones para denúncias são: (81) 3355-2265 / (81) 3355-2268, ambos pertencentes à DIRCON (Diretoria de Controle Urbano) - 5ª Regional.

O espaço Clube de Mães Futuro da Amanhã já existe há quase 15 anos, e há 6, passou a implantar em suas dependências o projeto Leite para Todos, que entrega esse produ-

to a pessoas de baixa renda. Atualmente, o Leite para Todos atende crianças de 6 meses aos 6 anos de idade, mas a diretora nacional do projeto já confirmou que futuramente haverá uma mudança em sua estrutura, onde a faixa etária passará a ser entre 2 e 7 anos. Em contrapartida, o programa passará a atender pessoas idosas que precisam do produto.

Os requisitos para receber o leite são que os pais das crianças e os idosos que serão aten-didos futuramente tenham renda de até um salário mínimo. O espaço Clube de Mães Futuro da Amanhã faz essas doações 3 vezes por semana (segunda, quarta e sexta), das 8h às 10h. Para quem quiser fazer qualquer doação ao espaço, ele fica localizado na Rua Pedro Melo, 792, ao lado da Igreja Nossa de Fátima, em San Martin, e funciona das 6h às 19h30. O telefone do local é 3445-0248, e basta falar com a coordenadora do espaço, Teresa Cristina. E, pra quem quiser participar do Programa Leite para Todos, o telefone é 0800-281-2090.

INICIATIVA

por: Erick Silva

ECOATIVIDADE

por: Erick Silva | Foto: Osvaldo Morais