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IEL E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: 2012-2017 CINCO ANOS DE PROJETOS INOVADORES E SUSTENTÁVEIS BRASÍLIA 2017

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SUSTENTÁVEL: 2012-2017CINCO ANOS DE PROJETOS

INOVADORES E SUSTENTÁVEIS

BRASÍLIA2017

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IEL E O DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL: 2012-2017CINCO ANOS DE PROJETOS

INOVADORES E SUSTENTÁVEIS

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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNIRobson Braga de AndradePresidente

Diretoria de Educação e Tecnologia - DIRETRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor de Educação e Tecnologia

Instituto Euvaldo Lodi – IELRobson Braga de AndradePresidente do Conselho Superior

IEL – Núcleo CentralPaulo Afonso FerreiraDiretor-Geral

Paulo Mól JúniorSuperintendente

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IEL E O DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL: 2012-2017CINCO ANOS DE PROJETOS

INOVADORES E SUSTENTÁVEIS

BRASÍLIA2017

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IELInstituto Euvaldo Lodi Núcleo Central

SedeSetor Bancário NorteQuadra 1 – Bloco CEdifício Roberto Simonsen70040-903 – Brasília – DFTel.: (61) 3317-9000Fax: (61) 3317-9994http://www.portaldaindustria.com.br/iel/

I59i

Instituto Euvaldo Lodi. Núcleo Central.IEL e o desenvolvimento sustentável : 2012-2017 : cinco anos de projetos

inovadores e sustentáveis. Brasília : IEL/NC, 2017.

68 p.

1. Sustentabilidade I. Título

CDU: 502

© 2017. IEL – Instituto Euvaldo LodiQualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

IEL/NCInstituto Euvaldo Lodi – Núcleo Central

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030 19

Figura 2 – Diagrama do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 23

Figura 3 – Programa IEL de Estágio 30

Figura 4 – Programa de Imersões em ecossistemas de inovação 44

Figura 5 – Programa de Imersões em Ecossistemas

de Inovação – Depoimentos 45

Figura 6 – Programa Imersões em Ecossistemas de Inovação –

Anfitriões e participantes 46

Figura 7 – Guia online de Práticas Nacionais em Gestão da Inovação 49

Figura 8 – Aplicativo para Mapeamento da Maturidade

em Gestão da Inovação 50

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – PQF – Ações de Interação e Promoção de Negócios

nos Estados 34

Tabela 2 – Status dos projetos do Programa de Gestão Empresarial 34

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SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO ................................................. 9

1 INTRODUÇÃO ...................................................131.1 ATUAÇÃO ..................................................................................15

1.2 OBJETIVOS DO FASCÍCULO .........................................................16

2 PRÁTICAS EMPRESARIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – PAPEL DO IEL E O SEU IMPACTO SOCIOAMBIENTAL .............................................212.1 MAPA ESTRATÉGICO DA INDÚSTRIA 2013-2022 .........................21

2.2 DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA O IEL NO CAMINHO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ..............................................23

2.3 PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO DO IEL ...........................................28

2.4 PROGRAMAS DE INOVAÇÃO DO IEL ...........................................35

2.5 ATUAÇÃO INTERNACIONAL ........................................................53

3 CASOS DE SUCESSO ...................................... 553.1 PROGRAMA INOVA TALENTOS ....................................................55

4 PUBLICAÇÕES ................................................ 634.1 INOVA TALENTOS: RELATOS DE UMA GERAÇÃO DE INOVADORES ..............................................................63

4.2 INOVA TALENTOS: PROGRAMA RHAE TRAINEE CNPQ-IEL – CASOS DE SUCESSO .........................................................................64

4.3 METODOLOGIA IEL NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EM GESTÃO ......................................................64

4.4 BENCHMARKING GESTORES INDUSTRIAIS ....................................65

4.5 BENCHMARKING LIDERANÇA PARA INOVAÇÃO ..........................66

REFERÊNCIAS ................................................... 69

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OAPRESENTAÇÃODesde o lançamento do primeiro fascículo IEL e o Desenvolvimento

Sustentável, em 2012, ocorrido logo após o Encontro da Indústria

para a Sustentabilidade, promovido pela Confederação Nacional da

Indústria (CNI) durante a Conferência Rio+20, o Instituto Euvaldo

Lodi (IEL) tem aperfeiçoado suas práticas para a incorporação do

tema sustentabilidade em suas ações institucionais.

Ao longo de quase cinco décadas, o IEL desenvolve programas para

contribuir com o aumento da competitividade da indústria brasileira.

O desenvolvimento sustentável vem sendo considerado um fator

essencial para a competitividade das organizações e está cada vez

mais presente na pauta estratégica da agenda empresarial. Dessa

forma, as indústrias brasileiras estão cada vez mais conscientes da

necessidade e da importância estratégica de adotarem práticas

de gestão que contribuam com a responsabilidade socioambiental

em seus processos produtivos.

Diante desse cenário, as lideranças empresariais têm papel impres-

cindível na disseminação e na adoção de processos baseados

nos pilares que são os elementos centrais do desenvolvimento

sustentável: crescimento econômico, inclusão social e proteção

ao meio ambiente. Nesse contexto, o IEL vem fortalecendo sua

atuação em ações de capacitação empresarial, com o objetivo

de aperfeiçoar a gestão, ao promover a qualificação de gestores

para a inovação e para novas práticas empresariais demandadas

por um mercado globalizado.

O IEL está alinhado às diretrizes estabelecidas pela Organização das

Nações Unidas (ONU) desde a Agenda 21, construídas na Eco-92 e

reforçadas na Rio+10 e Rio+20, e agora atualizadas pela Agenda

2030 para Desenvolvimento Sustentável, que inclui os Obje-

tivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), lançados em 2015.

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Como forma de atualizar a última publicação do IEL sobre o

assunto, o presente documento apresenta as recentes ações do

instituto, realizadas nos últimos cinco anos, que contribuíram para

o desenvolvimento sustentável da indústria, além dos desafios e

oportunidades para o IEL no caminho da sustentabilidade.

Boa leitura.

Robson Braga de Andrade

Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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OINTRODUÇÃOAo longo de quase cinco décadas, o IEL vem trabalhando para contri-

buir para o aumento da competitividade da indústria brasileira. Seja

pela oferta de cursos de formação de pessoas ou de serviços de

capacitação empresarial e apoio à inovação, o IEL busca responder

de forma dinâmica às demandas do setor industrial e, consequente-

mente, participar do processo de desenvolvimento do país.

Ser referência no desenvolvimento de competências em gestão e na

promoção da inovação para aumentar a competitividade da indús-

tria brasileira é a visão que o IEL desenvolve em parceria com suas

unidades regionais.

Concebido com uma estrutura descentralizada de gestão, em seu

primeiro ano de operação, o IEL organizou uma rede de Núcleos

Regionais, inicialmente estabelecida em 17 estados. O modelo de

atuação valoriza a autonomia de gestão de suas unidades regio-

nais, que seguem as diretrizes gerais, respeitando as realidades

regionais. Essa atuação sistêmica é resultado da consolidação

institucional iniciada em 2003, que transformou a rede de Núcleos

Regionais em um sistema presente e articulado nas 27 Unidades da

Federação, tendo o IEL Nacional como líder desse processo.

Criado pela CNI, SESI e SENAI, o IEL nasceu com o objetivo de

ampliar o potencial de atendimento à indústria, complementando

a atuação de seus mantenedores. Promover a competitividade da

indústria brasileira sempre foi o principal compromisso das refe-

ridas instituições. À CNI e às Federações coube a agenda da defesa

de interesses do setor industrial. Ao SENAI, a formação de mão de

obra técnica e tecnológica para a indústria, e ao SESI, o desafio

de proporcionar melhorias das condições de trabalho e saúde do

trabalhador, bem como da sua qualidade de vida e de sua família.

Faltava cumprir uma agenda voltada para a capacitação de lide-

ranças, realização de estudos, seminários, pesquisas e de programas

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de estágio. O cumprimento dessa agenda demandava o preenchi-

mento de uma lacuna existente entre a indústria e a universidade.

Essa lacuna era percebida tanto pelo setor empresarial como pela

academia. Assim, a academia criou instrumentos próprios para faci-

litar sua aproximação à indústria. De outro lado, a indústria agiu no

mesmo sentido, criando o Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Com a nova

entidade, a CNI ganhava um espaço voltado para a formação de

novos perfis profissionais requeridos pela indústria e pelo mercado.

Entre os empresários tradicionais e os trabalhadores que operavam

as máquinas surgia a demanda por técnicos treinados para pensar

o funcionamento das empresas e aptos para as funções de direção

e gerenciamento.

Em seus primeiros dez anos, o IEL priorizou a missão original

de promover a integração indústria-universidade, por meio de

programas de estágio, de cursos complementares à formação

universitária e da integração de técnicos recém-formados no

mercado de trabalho. No início da década de 1990, no entanto, teve

de ampliar seu escopo de atuação para atender às novas demandas

da indústria em um cenário de abertura de mercado, em que a

qualidade passou a ser condição para a competitividade. Naquele

período, houve um realinhamento estratégico da instituição, que

direcionou seu foco para a difusão de novas tecnologias e formu-

lação de projetos de apoio às pequenas e médias empresas, além

da capacitação de recursos humanos necessários à gerência de

processos e de qualidade.

Na última década, o IEL inseriu, como item estratégico de suas

ações, o conceito e a disseminação da gestão da inovação e sua

prática nas empresas. Fortaleceu as cadeias produtivas por meio

de programas de qualificação de fornecedores, além de oferecer

educação executiva em parceria com as melhores escolas de

negócios do mundo. Com 88 postos de atendimento distribuídos

pelo país, o IEL expande seu negócio e garante a capilaridade

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Onecessária para cumprir a missão de aperfeiçoar a gestão e a capa-

citação empresarial em todas as regiões do Brasil, oferecendo à

indústria nacional as principais ferramentas para seu desenvol-

vimento pleno e sustentável: estímulo à inovação, eficiência em

gestão e treinamento de lideranças afinadas com os desafios da

nova ordem econômica mundial.

1.1 Atuação

A sociedade moderna identifica o conhecimento como a base de

sustentação de uma indústria dinâmica e como o principal insumo

para o desenvolvimento de um país. Sob essa visão, sempre atual,

o IEL atua há 48 anos com seu programa de estágio, com o qual

promove o desenvolvimento de pessoas e o intercâmbio do conhe-

cimento, valorizando o talento e a dedicação dos jovens que se

tornarão profissionais diferenciados nas empresas.

Pouco mais de 20 anos depois de sua criação, quando o país

precisou dar resposta à defasagem tecnológica de sua indús-

tria, o IEL assumiu o desafio de diversificar suas atividades para

responder também ao desafio de apoiar a modernização dos

negócios e preparar empresários e empresas para um novo modelo

de gestão do empreendimento. A competição em nível mundial

impõe desafios cada vez maiores aos países e às organizações.

Países competitivos requerem empresas competitivas, que, para

tanto, precisam aprimorar permanentemente sua gestão, por meio

da inovação de processos, produtos, atuações no mercado e dos

próprios negócios. Nesse mesmo processo, organizações competi-

tivas exigem lideranças atualizadas em práticas de gestão.

Dessa forma, a partir de meados de 2000, o IEL assumiu uma nova

incumbência: a de qualificar gestores para a inovação e para novas

práticas empresariais, demandadas por um mercado globalizado

que reforça a importância da sustentabilidade e do respeito ao

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meio ambiente em seus processos produtivos. Portanto, na linha

de educação empresarial, o IEL oferece o programa de educação

executiva, que consiste na capacitação de lideranças e executivos

de empresas brasileiras, desenvolvido dentro dos mais modernos

conceitos e práticas de gestão de negócios. Para isso, mantém

parcerias com as melhores escolas de negócios do país e do mundo

e realiza programas no Brasil e no exterior com conteúdos voltados

à realidade das empresas e do mercado brasileiro.

Aliado à educação empresarial, o IEL desenvolve também programas

de suporte às indústrias a fim de garantir a competitividade dos

negócios, seja de empresas isoladas ou inseridas em arranjos

produtivos locais ou em cadeias produtivas. Dentre as iniciativas

para vencer esses desafios destaca-se o Programa de Desenvolvi-

mento e Qualificação de Fornecedores (PQF), que fortalece a cadeia

produtiva e gera ganhos de eficiência e produtividade por meio do

fomento à interação entre empresas de grande e médio porte e

seus fornecedores.

A capacitação e consultoria em gestão da inovação e a assessoria

às empresas na captação de recursos para o desenvolvimento de

projetos também estão na agenda estratégica do IEL, com o objetivo

de apoiar a indústria brasileira no desenvolvimento de produtos e

processos inovadores.

1.2 Objetivos do fascículo

As indústrias brasileiras estão cada vez mais conscientes da necessi-

dade e da importância estratégica de adotarem práticas de desen-

volvimento sustentável que contribuam com a responsabilidade

socioambiental em seus processos produtivos. A discussão mundial

sobre as questões ambientais tem pressionado as empresas a consi-

derarem, com comprometimento cada vez maior, o impacto de

suas operações sobre o meio ambiente e a forma com que suas

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Oações podem contribuir com o desenvolvimento social e econômico

da sociedade.

Os debates internacionais sobre as questões ambientais e desen-

volvimento sustentável iniciaram com as duas grandes Cúpulas da

Terra realizadas pela ONU – Eco-92 e Rio+10 – e foram de funda-

mental importância para a sensibilização da sociedade sobre a

necessidade de integrar meio ambiente e desenvolvimento susten-

tável. Em 2012, com a Conferência Rio+20 e, em 2015, com o

lançamento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável,

o IEL e todo o Sistema Indústria nacional se alinharam aos esforços

da ONU para assegurar um comprometimento político renovado

com o desenvolvimento sustentável.

Nesse sentido, o IEL tem trabalhado para avaliar o progresso feito

até o momento e as lacunas que ainda existem na implementação

dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento

sustentável, além de abordar os novos desafios emergentes.

A nova Agenda de Desenvolvimento da ONU, da qual o Brasil é

signatário, propõe uma ação mundial coordenada entre os governos,

as empresas, a academia e a sociedade civil para alcançar os 17

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e suas 169 metas,

de forma a erradicar todas as formas de pobreza e promover vida

digna para todos, dentro dos limites do planeta. Os esforços devem

satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a

capacidade das futuras gerações. Para que esse nível de desenvol-

vimento sustentável seja alcançado, é fundamental harmonizar e

interligar três elementos centrais: crescimento econômico, inclusão

social e proteção ao meio ambiente.

Os novos objetivos globais abordam questões como desigualdade,

crescimento econômico, trabalho decente, cidades e assentamentos

humanos, industrialização, oceanos, ecossistemas, consumo e

produção sustentáveis, paz e justiça.

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Dos 17 ODS propostos, seis estão relacionados aos programas e

projetos desenvolvidos pelo IEL. No capítulo que trata dos Casos de

Sucesso, apresentaremos alguns exemplos de empresas brasileiras

que tiveram o apoio do IEL para alcançar resultados que, direta ou

indiretamente, perpassam pelos seguintes ODS da Agenda 2030:

• ODS 7 – Energia limpa e acessível: assegurar a todos o acesso

confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia;

• ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico: promover

o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável,

emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos;

• ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura: construir

infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e

sustentável e fomentar a inovação;

• ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as cidades

e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e

sustentáveis;

• ODS 12 – Consumo e produção responsável: assegurar padrões

de produção e de consumo sustentáveis;

• ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima: tomar medidas

urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos.

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Figura 1 – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030

ERRADICAÇÃODA POBREZA

FOME ZEROE AGRICULTURASUSTENTÁVEL

SAÚDE EBEM-ESTAR

EDUCAÇÃO DEQUALIDADE

IGUALDADEDE GÊNERO

ÁGUA POTÁVELE SANEAMENTO

ENERGIA LIMPAE ACESSÍVEL

TRABALHO DECENTEE CRESCIMENTOECONÔMICO

INDÚSTRIA, INOVAÇÃOE INFRAESTRUTURA

REDUÇÃO DASDESIGUALDADES

CIDADES ECOMUNIDADESSUSTENTÁVEIS

CONSUMO EPRODUÇÃORESPONSÁVEIS

AÇÃO CONTRA AMUDANÇA GLOBALDO CLIMA

VIDA NA ÁGUA

VIDA TERRESTRE

PAZ, JUSTIÇA EINSTITUIÇÕESEFICAZES

PARCERIAS E MEIOSDE IMPLEMENTAÇÃO

Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – Pnud.

Para tanto, o IEL apresenta, neste fascículo, suas ações ao longo

das últimas décadas que contribuíram para o desenvolvimento

sustentável da indústria. Apresenta, também, os desafios e opor-

tunidades no caminho da sustentabilidade nos últimos cinco anos

após o lançamento de seu último fascículo.

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TAL PRÁTICAS EMPRESARIAIS PARA O

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – PAPEL DO IEL E O SEU IMPACTO SOCIOAMBIENTAL O desenvolvimento sustentável é um fator essencial para a competi-

tividade das organizações, sendo a nova lógica que rege o universo

empresarial. A ecoeficiência tem deixado de ser vista somente

como a preocupação com a economia de recursos e prevenção da

poluição para tornar-se um instrumento de inovação e competiti-

vidade nos setores industriais, e essa percepção tem refletido nas

ações e programas do IEL.

Além de um adequado resultado financeiro, a sustentabilidade

envolve uma gestão empresarial pautada na governança corpora-

tiva que inclua os princípios de ética, transparência, equidade, pres-

tação de contas e cumprimento de leis. Inclui também as medidas

sociais adotadas e a maneira como as empresas agem, como

impactam e como se relacionam com o meio ambiente e as partes

legitimamente interessadas. Dessa forma, o IEL apresenta as ações

desenvolvidas nos últimos cinco anos, desde a publicação de seu

último fascículo sobre o tema, as quais envolvem o comprometi-

mento do Instituto com o desenvolvimento sustentável da indústria

brasileira em torno dos pilares social, econômico e ambiental.

2.1 Mapa estratégico da indústria 2013-2022

O objetivo principal do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022

é a competitividade com sustentabilidade. A essência da visão é

que, até 2022, a indústria brasileira alcançará um elevado grau de

competitividade internacional, respeitando critérios de sustentabi-

lidade. A sustentabilidade tem uma relação direta com a produti-

vidade e a inovação. Os ganhos de produtividade reduzem o uso

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de recursos naturais e eliminam desperdícios. A inovação, por sua

vez, introduz novos produtos, processos e modelos de negócios

que geram menos impacto ambiental e social.

A busca pela competitividade sustentável deve orientar decisões, estra-

tégias e ações do Sistema Indústria, bem como influenciar as ações e

posições das empresas industriais brasileiras e das demais entidades

de representação da indústria, do governo e de outras organizações

relacionadas direta ou indiretamente à questão industrial.

O referido documento definiu como eixo das ações do IEL o desen-

volvimento empresarial, por meio de seus programas de educação e

inovação. Além disso, o Mapa trouxe objetivos que contribuem para

as estratégias de inovação e de responsabilidade social e ambiental

das indústrias, contribuindo assim para o alcance da visão da indús-

tria voltada ao desenvolvimento sustentável, ao alinhar crescimento

econômico a aspectos ambientais.

Assim, destacam as ações realizadas por estas instituições para a

promoção da inovação tecnológica nas empresas e do aprimora-

mento da gestão empresarial para a melhoria da educação básica

e profissional e para a ampliação do bem-estar social dos trabalha-

dores da indústria e seus familiares. Em suma, para o desejado e

necessário desenvolvimento do Brasil. Portanto, o cenário requer

um esforço permanente e coordenado de promoção da inovação

voltado para o desenvolvimento sustentável.

A estrutura do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 está expli-

cada na figura a seguir:

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Figura 2 – Diagrama do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022

Mapa Estratégico da Indústria • 2013-2022

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figura 4. DiagraMa DO MaPa ESTraTégiCO Da iNDÚSTria 2013-2022

COMPETiTiViDaDE COM SuSTENTabiliDaDE

• Acesso a mercados• Internacionalização• Cadeias produtivas

globais• Políticas setoriais• Desenvolvimento

regional

• Previsibilidade das normas

• Agilidade do Judiciário

• Desburocratização• licenciamento

ambiental

DESENVOlViMENTO DE MErCaDOS

SEguraNça jurÍDiCa E burOCraCia

• gestão do gasto público

• Estabilidade e previsibilidade

• Taxa de investimento

aMbiENTE MaCrOECONôMiCO

EfiCiÊNCia DO ESTaDO

• Modernização das relações de trabalho

• Custo do trabalho

rElaçõES DE TrabalhO

fiNaNCiaMENTO

• Financiamento bancário

• Mercado de capitais• Micro, pequenas

e médias empresas

• logística de transportes• Energia • Telecomunicações• Saneamento

iNfraESTruTura TribuTaçãO

• Carga tributária• Desoneração de

investimentos e exportações

• Simplificação e transparência

• Ambiente institucional e estrutura de incentivos à inovação

• Serviços tecnológicos• gestão empresarial

iNOVaçãO E PrODuTiViDaDE

EDuCaçãO • Educação básica •Educação profissional • Formação de engenheiros e tecnólogos

Fonte: Confederação Nacional da Indústria – CNI.

2.2 Desafios e oportunidades para o IEL no caminho do desenvolvimento sustentável

Os últimos cinco anos decorridos após a Conferência das Nações

Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, inspiraram o

IEL a fazer um balanço sobre suas ações neste tema. A avaliação

do sucesso dessa empreitada está fortemente vinculada à nossa

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capacidade de transformar o país numa nação efetivamente compe-

titiva, em um mundo de economia globalizada e de concorrência

cada vez mais acirrada.

Em 2016, o Brasil experimentou um quadro político e econômico

adverso, marcado por um processo de impeachment, mudança de

governo, aumento do desemprego e encolhimento da indústria.

Períodos de crise, como este, tendem a pressionar e arrefecer as

atividades inovativas em prol de ações com resultado de curto

prazo. Por essa razão, é preciso maior determinação do setor indus-

trial e do governo para dar seguimento à promoção e realização de

projetos inovadores pautados no desenvolvimento sustentável.

Esse esforço torna-se ainda mais urgente tendo em vista a queda

acumulada pelo Brasil no Ranking Global de Competitividade

(Global Innovation Index – GII). Em 2015, o país caiu seis posições

no ranking, sendo que nos últimos seis anos perdeu 22 posições,

saindo de 47º para 69º. Esses dados demonstram que o Brasil está

atrás de todos os países do BRICS e de boa parte dos países da

América Latina. Além disso, o país teve resultados pouco animadores

para o setor industrial na Pesquisa Nacional de Inovação – Pintec, do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Os dados mais

recentes indicaram estabilidade da taxa de inovação entre 2012 e

2014, porém, houve uma discreta diminuição nos investimentos do

setor industrial em Pesquisa e Desenvolvimento – P&D.

Neste cenário de economia recessiva pelo segundo ano consecu-

tivo, a indústria continua apresentando indicadores preocupantes.

Em 2016, a atividade sofreu uma série de obstáculos em seu

objetivo de retomada do crescimento. De acordo com o IBGE, a

produção industrial brasileira registrou queda de 6,6% no último

ano – a terceira queda seguida. Em 2015, a redução foi de 8,3%

– considerada a maior da série histórica –, enquanto, em 2014,

houve retração de 3%. Entretanto, apesar das incertezas políticas

e econômicas iniciadas em 2015 terem se estendido por 2016, o

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TAL Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela

CNI, apresentou reversão de sua tendência contínua de queda,

observada em 2015, abrindo espaço para o retorno do investi-

mento do setor empresarial em projetos inovadores e sustentáveis.

As megatendências para o século XXI apontam que, em 2025,

a população mundial atingirá a marca de nove bilhões de habi-

tantes, sendo a faixa etária acima de 65 anos bastante expressiva.

As perspectivas para o futuro preveem a expansão do processo de

urbanização, com mais de 70% da população vivendo nas grandes

cidades; mudança climática, impondo novos processos sustentáveis

de produção, consumo e convivência; consolidação do processo

de globalização, principalmente com a mudança do eixo econô-

mico dos Estados Unidos e Europa para os países do BRICS e da

Ásia e África; necessidade de mudança da atual matriz energética

mundial, agora para uma produção energética limpa, econômica e

sustentável. Essas megatendências representam um desafio para a

humanidade e uma oportunidade para as nações.

O risco de aquecimento global conduz países, órgãos multilaterais,

empresas e ONGs a se preocuparem com a redução da emissão de

gases de efeito estufa. As práticas produtivas sustentáveis já são

reconhecidas pelos consumidores como fontes de valor adicional

aos produtos. A busca por uma economia de baixo carbono implica

priorizar o uso de fontes não fósseis de produção de energia,

reduzir o desflorestamento e adaptar o processo industrial e o

sistema de transporte.

A tendência mundial rumo a uma economia sustentável e de

baixo carbono representa oportunidades e riscos para a indústria

brasileira. Para o horizonte de 2022, os riscos estão relacionados

às barreiras no comércio internacional impostas com base em

requisitos e padrões ambientais mínimos. O Brasil não pode estar

ausente desse debate, precisa participar e influenciar nas definições

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dos requisitos e padrões tendo em consideração as especificidades

de nossa economia.

Como oportunidade, destaca-se a matriz energética brasileira (com

elevada participação de fontes renováveis) e o pioneirismo no uso

de biocombustíveis. Novos negócios ambientais relacionados ao

mercado de créditos de carbono e à biodiversidade também apre-

sentam oportunidades para o Brasil.

A gestão ambiental é uma ferramenta importante para se obter

ganhos de produtividade com, por exemplo, maior eficiência ener-

gética e reutilização de materiais. Serão necessários investimentos

crescentes em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas

que minimizem os danos ao meio ambiente, além da adaptação da

produção a padrões internacionais de ecoeficiência. Novos negócios

ambientais relacionados ao mercado de créditos de carbono e à

biodiversidade também podem apresentar oportunidades para o

setor industrial.

Contudo, o cenário global impõe urgência de melhorarmos nossa

produtividade e competitividade e, por isso, precisamos acelerar

a qualificação da nossa força de trabalho. O Brasil só poderá se

desenvolver e ganhar competitividade neste mundo globalizado se

a maioria de suas empresas, inclusive as médias e pequenas, conse-

guirem avançar na capacidade de gestão, de agregação de valor e

no desenvolvimento tecnológico.

Para desenvolver o Brasil, é preciso capacitar o trabalhador empre-

sário de todos os portes, de todas as áreas e regiões, para levar a

inovação para dentro das empresas. Esse cenário impõe desafios não

só ao país como, principalmente, às empresas. Países competitivos

requerem empresas competitivas que, para tanto, precisam apri-

morar permanentemente sua gestão, buscando inovar processos,

produtos, atuações no mercado e os próprios negócios.

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TAL E para serem competitivas, nos dias de hoje, as empresas precisam

inserir cada vez mais a sustentabilidade em todos os processos

que geram negócios. Hoje, uma empresa que não incorporar a

sustentabilidade em sua cultura perderá competitividade, princi-

palmente porque os consumidores estão atentos à importância de

escolher empresas que buscam as melhores práticas com os seus

funcionários e comunidades, que preservam o meio ambiente e

que adotam não só medidas compensatórias para minimizar os

seus impactos ambientais e sociais, mas que realmente demons-

tram seus compromissos assumidos em relação aos riscos que seus

negócios representam.

Mais do que acreditar em causas sociais e ambientais, a empresa

contemporânea tem que absorver o conceito de sustentabilidade,

divulgá-lo por meio de seus líderes e promover ações nessa área.

Nesse aspecto, as lideranças têm papel estratégico na competi-

tividade das empresas: são responsáveis por difundir a cultura

da sustentabilidade empresarial, por gerenciar pessoas, atender

demandas dos clientes, prospectar oportunidades de negócios

e implementar processos que promovam inovação e criem valor

para as companhias.

É fundamental que os líderes entendam que investir em sustentabi-

lidade traz retorno financeiro aos seus negócios e percebam o valor

em seus negócios, tais como: produtos com maior valor agregado;

redução de custos de seguro em função da redução dos riscos do

negócio; economia nos insumos (matérias-primas, principalmente

as naturais não renováveis); redução de gastos com multas fiscais e

ambientais; ganhos de imagem de sua marca; maior credibilidade

para os acionistas; engajamento com os stakeholders; maior facili-

dade a financiamentos e perenidade do negócio.

Diante dessas perspectivas, o IEL tem um importante papel no

desenvolvimento do Brasil. Responsável pela capacitação em gestão

de empresários, executivos, empreendedores e gestores, bem como

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pelo desenvolvimento de empresas e sua cadeia de valor, o IEL tem

no futuro um grande desafio e oportunidade de contribuir para

o aumento da competitividade da indústria brasileira, pautado no

desenvolvimento sustentável.

2.3 Programas de educação do IEL

No segmento de Educação, o IEL manteve forte atuação na

promoção de capacitações para empresários, gestores e execu-

tivos de companhias de todos os portes, desde micro e pequenas

empresas (MPEs) até grandes indústrias. Na articulação entre

empresas e estudantes, o Programa IEL de Estágio inseriu mais de

52 mil pessoas no mercado de trabalho apenas em 2016.

O Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores

(PQF), importante ferramenta para ampliar a competitividade de

cadeias produtivas, promoveu projetos, palestras, consultorias e

seminários, entre outras atividades, em diversos estados brasileiros,

beneficiando mais de 11 mil empresas e 1.000 profissionais, como

veremos detalhadamente a seguir.

2.3.1 Programa IEL de carreiras

Primeiro programa desenvolvido pelo IEL, o estágio permite, desde

1969, a inserção do jovem no mercado de trabalho, contribuindo

com inclusão social, proporcionando oportunidades e geração de

emprego. O estágio é o primeiro nível da carreira dos jovens, um

passo decisivo em sua trajetória profissional. As oportunidades

oferecidas pelo mercado e as escolhas dos estudantes formam um

círculo virtuoso que favorece o ingresso do jovem no mundo do

trabalho e traz benefícios para as empresas.

A prática do estágio é uma oportunidade inquestionável para

os estudantes vivenciarem, no dia a dia de uma organização, os

desafios do mercado de trabalho e aplicarem os conhecimentos

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TAL adquiridos em sala de aula. É uma ferramenta capaz de, verda-

deiramente, contribuir para que o estudante possa complementar

seu aprendizado, decidir sobre sua atuação futura e conhecer a

dinâmica das empresas, tornando-se um profissional competente.

O Sistema Indústria, por meio do IEL, proporciona essas experiên-

cias nos programas de estágio desenvolvidos em parcerias com

empresas e instituições de ensino.

O estágio proporciona diversos benefícios a todos os agentes envol-

vidos, como podemos ver a seguir:

Para os estudantes:

• Preparação para atuação no mercado de trabalho;

• Melhor compreensão da prática real de sua profissão;

• Apoio na escolha profissional;

• Complemento da formação acadêmica;

• Construção de um profissional diferenciado, a partir da

experiência adquirida no estágio;

• Desenvolvimento de competências essenciais ao mundo do

trabalho.

Para as empresas:

• Formação de capital humano;

• Atração e retenção de novos talentos;

• Absorção de novas ideias e métodos inovadores, com a

oportunidade de arejar seus processos.

Para as instituições de ensino:

• Auxílio na definição dos currículos;

• Atestado de sua importância como difusora do conhecimento

e teste para a aplicação prática dos conteúdos acadêmicos;

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• Favorecimento da aplicação prática de novas metodologias

desenvolvidas em pesquisas;

• Oferecimento do melhor conhecimento do mundo produtivo e

suas transformações e demandas.

Nessas últimas décadas, o IEL já inseriu mais de 1,5 milhão de estu-

dantes no ambiente de trabalho, alunos de mais de 10 mil institui-

ções de ensino conveniadas, em cerca de 40 mil empresas em todo

o país. Apenas em 2016, o IEL inseriu, no mercado de trabalho,

52.969 estagiários, além de manter convênio com 6.004 institui-

ções de ensino e parceria com 19.710 empresas no Brasil.

Figura 3 – Programa IEL de Estágio

1,5 milhão de estudantes no ambiente de trabalho

10 mil instituições de ensino conveniadas

40 mil empresas em todo o país

52.969 estagiários

6.004 instituições de ensino

19.710 empresas no Brasil

Fonte: IEL – Núcleo Central.

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TAL 2.3.2 Fórum IEL de carreiras

O Fórum IEL de Carreiras é um encontro itinerante cujo objetivo

principal é provocar o debate sobre a construção de carreiras. O

projeto visa apontar tendências, ressaltando a atuação do IEL nesse

contexto e posicionando o Sistema IEL como entidade de refe-

rência para jovens em processo de formação em temas associados

à carreira.

O evento é destinado aos jovens, preferencialmente universitários

ou recém-formados, numa faixa etária de 17 a 25 anos. Também

tem atendido a profissionais em conflito, que estão predispostos a

alterar suas escolhas e construir uma nova carreira. Em 2016, o IEL

realizou o evento em 5 estados brasileiros: Paraná, Goiás, Espírito

Santo, Bahia e Pernambuco, mobilizando um público de aproxima-

damente 5.000 jovens.

As atividades que compõem o Fórum são: palestras, oficinas de

treinamento e coaching de carreiras.

2.3.3 Desenvolvimento empresarial

A educação empresarial atua de forma customizada, de modo a

aprimorar as competências em gestão das empresas. Em 2016,

20.251 gestores foram capacitados em âmbito nacional, em cursos

com carga horária mínima de quatro horas, e 6.623 atendimentos

a empresas foram prestados.

Os cursos de capacitação empresarial oferecidos pelo IEL, que

desempenham papel estratégico no aumento da competitividade

industrial e no desenvolvimento sustentável do Brasil, têm sido

imprescindíveis no combate às principais causas da mortalidade

de empresas, tais como a falta de conhecimentos sobre gestão de

negócios e de informações estratégicas para a tomada de decisões.

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As capacitações, que abordam o tema sustentabilidade de maneira

transversal, foram realizadas por meio dos seguintes programas:

2.3.3.1 Capacitação empresarial para pequenos negócios

Programa de Capacitação Empresarial para Pequenos Negócios,

realizado em parceria com o Sebrae: 44 cursos presenciais, capa-

citando 500 empresários e gestores empresariais nas temáticas

Mercado, Processos e Pessoas. O programa visa capacitar empre-

sários e gestores empresariais de pequenos negócios em todo o país.

2.3.3.2 MBA em Gestão Industrial

Programa de MBA em Gestão Industrial, ofertado nacionalmente,

em parceria com a Faculdade da Indústria IEL e os Núcleos Regionais

do IEL. O programa desenvolve competências em gestão industrial

para excelência na tomada de decisão. Em 2016, o programa capa-

citou 300 gestores industriais nos estados de Alagoas, Amazonas,

Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Paraná, Pernambuco, Rio Grande

do Norte e Paraná.

2.3.3.3 Educação Executiva

Em 2016, no Programa de Educação Executiva, o IEL – Núcleo

Central realizou 4 cursos, sendo 3 deles em parceria com os Núcleos

Regionais do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. O programa

propôs uma abordagem prática de aprendizagem, por meio dos

cursos “Relações governamentais na estratégia corporativa” e

“Compliance e eficiência empresarial”. Os cursos foram criados

para executivos de alto nível, responsáveis pelas definições estra-

tégicas de suas empresas ou instituições, sendo elas de pequeno,

médio e grande porte. No total, foram capacitados 87 empresários

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TAL dos mais variados segmentos, mas, primordialmente, do setor

industrial, dentre eles: Avon, Sanofi, Exxon Mobil e Novartis.

2.3.3.4 Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (PQF)

O Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores

(PQF) foi criado, em 2007, para aumentar a competitividade de

cadeias produtivas ao fomentar a interação entre empresas de

grande e médio porte. O PQF foi implantado em 17 Núcleos

Regionais: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás,

Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco,

Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina,

Sergipe e Tocantins.

O programa contribui com o aumento da competitividade e produti-

vidade da indústria, fortalecendo as cadeias produtivas. As empresas

são qualificadas em áreas de gestão demandadas pelas grandes

e médias empresas compradoras que integram o programa, tais

como: qualidade, meio ambiente, saúde e segurança no trabalho,

responsabilidade social empresarial, inovação, produção e macro-

gestão – gestão estratégica, comercial e financeira.

Em 2016, foram desenvolvidos projetos do PQF nos seguintes

estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas

Gerais, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo. Foram atendidas

578 empresas, sendo 41 âncoras e 537 fornecedoras. Em palestras,

seminários e oficinas, os Núcleos Regionais do IEL realizaram 11.188

atendimentos a empresas e 1.026 atendimentos a profissionais. Já

com consultorias, diagnósticos, auditorias e avaliações, foram 347

atendimentos a empresas, com carga horária total de 1.973 horas.

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Tabela 1 – PQF – Ações de Interação e Promoção de Negócios nos Estados

UNIDADE IELEMPRESAS

PARTICIPANTESPROFISSIONAIS ENVOLVIDOS

Bahia 79 115

Espírito Santo 236 432

Minas Gerais 10 219

Mato Grosso do Sul 123 340

Pernambuco 32 76

Santa Catarina 249 615

Fonte: Unidade de Desenvolvimento Empresarial – IEL/NC.

2.3.3.5 Programa de gestão empresarial

O Programa de Gestão Empresarial tem como meta oferecer à

indústria brasileira soluções em gestão empresarial, integrando

capacitação, serviços de consultoria e ferramentas para desenvolver

as empresas e gerar valor às organizações.

Em 2016, foram executados oito projetos. Desse total, sete foram

finalizados no mesmo ano.

Tabela 2 – Status dos projetos do Programa de Gestão Empresarial

PROJETO STATUS

Apoio ao desenvolvimento institucional, com a implementação do Plano de Ação de Melhoria da Gestão do Sistema Fiesc

Finalizado

Apoio ao desenvolvimento institucional, com a implementação do Plano de Ação de Melhoria de Gestão do Sistema Fieto

Finalizado

Concepção de Modelo de Autodiagnóstico para os Processos Corporativos do Sistema Indústria – Guia Básico Gepeo

Finalizado

Diagnóstico da situação atual e elaboração do Plano de Transformação do SESI-DR/AC Finalizado

Diagnóstico dos processos da área de suporte do SESI/AC, com vistas à implementação do ERP Finalizado

Estruturação organizacional do Sistema Comércio RJ – Fecomércio e Senac/RJ Finalizado

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PROJETO STATUS

Revisão do Planejamento Estratégico do Sistema Fiema, apoio na execução da sistemática de acompanhamento do Planejamento Estratégico do Sistema Fiema

Finalizado

Compilação dos resultados do Autodiagnóstico dos DRs para os Processos Corporativos do Sistema Indústria – Guia Básico Gepeo

Em execução

Fonte: Unidade de Desenvolvimento Empresarial – IEL Nacional.

2.4 Programas de inovação do IEL

Em um contexto global, no qual as mudanças tecnológicas e o

desenvolvimento de processos inovadores ocorrem em intervalos

de tempo cada vez menores, o Brasil ainda tem um longo caminho

a percorrer. O investimento em novas tecnologias e o estímulo à

criação precisam estar de forma permanente nas agendas do poder

público, das empresas e da academia.

Nesse sentido, o IEL apresenta suas iniciativas relacionadas à

inovação: programas de apoio à formação e à atração de recursos

humanos qualificados para a indústria (Inova Talentos); programa

de apoio à inovação no campo da manufatura avançada e inserção

da base produtiva em redes globais de inovação (Imersões em Ecos-

sistemas de Inovação e Parcerias Empresariais em Inovação Interna-

cionais); iniciativas de apoio à criação de competências em gestão

da inovação (Consultoria em Gestão da Inovação).

2.4.1 Ações voltadas para a inovação

Em 2016, o IEL apoiou a realização das ações da Mobilização

Empresarial pela Inovação – MEI, movimento coordenado pela CNI

em diversos programas e projetos voltados para a inovação. Dentre

eles, cabe destacar:

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2.4.2 Programa Inova Talentos

O Programa Inova Talentos busca ampliar o quadro de profissionais

qualificados em atividades de inovação no setor empresarial brasileiro.

Fruto de uma parceria estratégica entre o IEL, o Conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com o apoio

do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

(MCTIC), o programa conta com bolsas de fomento tecnológico

e extensão inovadora, custeadas pelas empresas e ofertadas pelo

CNPq. Conta, além disso, com a assessoria do IEL, para atrair, sele-

cionar e capacitar estudantes no penúltimo ano de curso e profis-

sionais egressos da academia para o mercado de trabalho.

O Inova Talentos se dá por meio da apresentação, recrutamento e

seleção de pessoal qualificado, capaz de atender a um desafio de

inovação proposto por empresas, institutos de pesquisa, desenvolvi-

mento e inovação (P,D&I) públicos e privados, órgãos de governos e

entidades do terceiro setor. Os selecionados têm a oportunidade de

vivenciar o desenvolvimento de projetos de inovação no ambiente

empresarial e recebem, por 12 meses, treinamentos supervisio-

nados para ampliar seus conhecimentos relacionados à dinâmica

empresarial. Além disso, são acompanhados por psicólogos do

IEL para desenvolver e aprimorar características comportamentais

desejadas no ambiente corporativo.

Cada talento participante conta com a tutoria de um executivo da

empresa, para orientar na execução dos trabalhos e compartilhar

seus conhecimentos relacionados à cultura da organização e ao

segmento de atuação. O tutor também recebe do programa treina-

mento de coaching, criatividade e inovação.

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TAL Diferenciais do programa:

• Realiza a qualificação dos profissionais bolsistas durante a

execução de projetos de inovação, realizados por empresas ou

institutos privados de P,D&I;

• Oferece às micro e pequenas empresas oportunidade de

contar com recursos humanos altamente qualificados de forma

eficiente, desburocratizada e com custos atraentes em projetos

de inovação;

• Permite agregar valor ao negócio por meio da execução de

projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação;

• Possibilita o incremento da competitividade a partir da inovação;

• Oferece aos jovens talentos condições de aplicar o seu

conhecimento e de avançar em suas carreiras;

• Acompanha e capacita os jovens talentos com o apoio dos

tutores das empresas e dos profissionais selecionados em

competências comportamentais, gerenciais e técnicas;

• Premia, ao final do programa, os melhores profissionais com

uma missão internacional em centro internacional de inovação.

A quem se destina:

• Empresas e institutos de P,D&I privados;

• Estudantes, a partir do penúltimo ano de graduação, graduados

e mestres em até cinco anos.

Com o intuito de atender às demandas das empresas, mapeadas

na primeira fase do programa, o IEL/NC e o CNPq assinaram novo

acordo de cooperação com o objetivo de ampliar as oportunidades

para estudantes e egressos da academia vivenciarem a execução de

projetos de P,D&I no ambiente empresarial. Além disso, proporcionou

às empresas recursos humanos qualificados para o fortalecimento

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das estratégias de inovação, produtividade e competitividade.

Nesse novo formato, as empresas e institutos participantes são

responsáveis pelo custeio da bolsa dos talentos participantes. Em

2016, foram custeadas 125 bolsas pelas empresas, repassando ao

CNPq mais de R$ 4 milhões, superando a meta pactuada com o

CNPq em 60%.

A procura empresarial por recursos humanos do Inova Talentos

superou as expectativas. Em 2016, mais de 390 bolsas foram soli-

citadas pelas empresas. As dez participantes que mais solicitaram

bolsas foram: Bosch, Bradesco, Embraco, Whirlpool, Johnson &

Johnson, Votorantim, Rhodia, Natura, Unilever e Jeep.

2.4.2.1 Reconhecimento e premiação Inova Talentos 2016

Em um universo de mais de 1.000 projetos executados no âmbito do

Inova Talentos, inúmeros projetos se destacaram pela preocupação

em encontrar soluções para os desafios de inovação e, ao mesmo

tempo, contribuir com os pilares do desenvolvimento sustentável.

Em outubro de 2016, foram apresentados, em Salvador (BA), os

vencedores do Prêmio Inova Talentos 2016, nas categorias Equipe

Destaque e Artigo Destaque.

Na categoria Equipe Destaque, foi avaliado o desempenho do grupo,

formado por bolsista, tutor da empresa e profissional do IEL, respon-

sável pelo acompanhamento do pesquisador. Foram analisados,

ainda, os resultados do projeto para a organização, a qualidade do

plano de trabalho, a capacidade de relacionamento e a realização

das capacitações oferecidas pelo IEL, ao longo do programa.

A equipe vencedora nessa categoria, da empresa Robert Bosch, do

Paraná, elaborou o projeto “Desenvolvimento de tecnologia para

substituição do diesel por gás natural, em motores de veículos

comerciais”. O objetivo do projeto foi a criação de um sistema capaz

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TAL de viabilizar a substituição de parte do diesel por gás natural, em

motores de veículos comerciais – basicamente caminhões e ônibus –,

mantendo-se a performance e a durabilidade do veículo original.

Como resultados principais, a inovação viabilizou o depósito de

patente e a comercialização do novo conceito de motores diesel-

-gás em veículos comerciais. Hoje, há uma frota de 150 veículos

rodando no transporte público da cidade de Johannesburg (África

do Sul), onde os conhecimentos adquiridos foram empregados com

excelentes resultados.

O projeto tem impacto ambiental, estratégico e econômico, pois

reduz a emissão de gases promotores do efeito estufa, fomenta a

introdução de novo combustível na matriz energética e viabiliza a

redução dos custos operacionais do transporte, haja vista que, em

geral, o gás natural tem preço menor do que o diesel.

Já a equipe vencedora em segundo lugar, da empresa Votorantim

Metais, de São Paulo, apresentou o projeto “Alucoque® – Apli-

cações Siderúrgicas”. Com a meta “Resíduo zero, 2020”, a Voto-

rantim Metais, que realiza pesquisas nas áreas de sustentabilidade,

meio ambiente e inovação, desenvolveu o referido projeto, que

consiste em tratar o Alucoque®, subproduto gerado no processo

de produção do alumínio primário, para posterior utilização pela

indústria siderúrgica.

Simulações computacionais e testes em escala-piloto e industrial

foram realizados para validar a aplicação do Alucoque® como

fluidificante de escórias, como um possível sucedâneo à fluorita

(mineral escasso e de alto custo). Além da viabilidade técnica

da aplicação, a proposta, inédita em âmbito mundial, originou o

depósito de patente-verde, além de trazer ganhos tanto para a

empresa como para as siderúrgicas nacionais.

Na categoria Artigo Destaque, foram avaliados, no trabalho

elaborado pelo bolsista, o conteúdo voltado para a inovação, a

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originalidade e a relevância do tema, a qualidade e a eficácia da

metodologia utilizada, além da conexão entre assunto proposto e

plano de trabalho executado no âmbito do programa. Os artigos

mais bem pontuados estão reunidos na publicação “Inova Talentos:

relatos de uma geração de inovadores”.

2.4.2.2 Resultados do Programa Inova Talentos

Com três anos de atuação nacional, o Inova Talentos obteve os

seguintes resultados:

• 596 empresas participaram do programa; desse total, 32% são

pequenas empresas;

• 673 projetos executados e/ou em execução;

• 1.164 bolsistas inseridos em projetos de inovação;

• 40% dos participantes são contratados pelas empresas que

submeteram projetos, iniciando sua carreira (2 a cada 5 bolsistas);

• Mais de 50 novos produtos e patentes já estão sendo registrados;

• 1.876 profissionais capacitados nos temas de gestão, liderança,

criatividade e inovação, tendo um total de 150 mil horas;

• Atuação de base nacional, possibilitando atendimento

padronizado a empresas multiplantas, como Ford, Natura,

Vale, Bosch e Whirlpool. Entre os bolsistas que estão atuando

em projetos de inovação nas empresas, 9% são graduandos,

66% são graduados e 25% são mestres;

• Publicação de artigos elaborados pelos bolsistas, em coautoria

com seus tutores, descrevendo o projeto, seus desafios e os

principais resultados alcançados para inspirar e apoiar empresas

a inovarem cada vez mais.

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TAL • Total de empresas participantes do Inova Talentos: 596,

32% são pequenas empresas;

• Perfil dos bolsistas do Programa Inova Talentos: 66% graduados,

25% mestres e 9% graduandos;

• 40% dos participantes são contratados pelas empresas que

submeteram projetos, iniciando sua carreira (2 a cada 5 bolsistas);

• Mais de 50 novos produtos e patentes no âmbito do Programa

Inova Talentos.

2.4.3 Imersões em Ecossistemas de Inovação

As Imersões em Ecossistemas de Inovação foram uma das priori-

dades definidas pelo IEL em 2016. A iniciativa integra a agenda de

Inserção Global via Inovação e viabiliza arranjos público-privados

em ciência, tecnologia e inovação, incentivando a colaboração de

empresas brasileiras com centros de P,D&I que atuam na fronteira

do conhecimento e no desenvolvimento de talentos para inovação.

Em programas que duram de cinco a sete dias, organizados a partir

de um tema relevante para a competitividade da indústria, empre-

sários cumprem agenda dividida em duas etapas: alinhamento

conceitual e visitas técnicas. Na primeira fase, são realizadas pales-

tras, debates e estudos de caso sobre o tema-norteador, condu-

zidos por profissionais globalmente reconhecidos. Os palestrantes

para essa primeira etapa são sempre lideranças de grandes univer-

sidades, empresários, empresas de consultoria de atuação global,

centros de P,D&I de referência, think-tanks e oficiais de governo.

Na segunda fase, são realizadas visitas técnicas a centros de P,D&I

de classe mundial, sempre iniciadas em reuniões com os escritó-

rios de cooperação com a indústria. Nesse momento, as empresas

são informadas sobre como colaborar com as instituições visitadas,

conhecem infraestruturas, equipes disponíveis para cooperação,

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bem como sites de desenvolvimento de projetos em realização ou

já concluídos que ilustrem, concretamente, o benefício desse tipo

de cooperação.

A iniciativa é inédita tanto em termos de formato como de conteúdo.

Além do cumprimento de seus objetivos precípuos, as imersões

são ferramenta de alavancagem das empresas brasileiras para

sua inserção em redes globais de inovação. Adicionalmente, é um

programa autossustentável em termos financeiros. Para o empresa-

riado, em especial para o público da MEI, é também uma novidade,

pois avança na direção do atendimento direto às empresas, além da

atuação pelo aperfeiçoamento de políticas públicas.

As Imersões têm despertado o interesse de diversos atores, para

além do setor empresarial, dadas as vantagens de cumprimento de

uma agenda densa, de curta duração e a preço acessível. Não se

trata de um produto clássico de educação executiva, replicável para

vários grupos, uma vez que a iniciativa é totalmente orientada aos

interesses e demandas dos grupos formados a cada edição. Nesse

sentido, a ação garante grande aprendizado em tempo reduzido,

bem como acesso e interlocução com grande diversidade de players

globais na área de inovação.

Em 2016, foram realizadas três edições do Programa – Brasil,

Estados Unidos e Alemanha –, sendo que duas delas tiveram como

tema norteador “inovação e manufatura avançada”. Esse assunto

adquiriu grande relevância para a Agenda da MEI, em função dos

grandes impactos que a digitalização dos processos produtivos

pelo uso de sistemas cyber-físicos e a mudança de paradigma da

produção podem gerar para a economia brasileira. Toda a expe-

riência vivenciada e informações coletadas nos EUA e Alemanha

contribuirão para a produção de um documento de posiciona-

mento da MEI, que já conta com uma versão preliminar publi-

cada, e também para a formulação do Programa de Aceleração em

Inovação e Manufatura Avançada.

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TAL Mais relevantes ainda, sob a perspectiva dos objetivos e resul-

tados esperados, são os outcomes mapeados após as imersões.

Por questões de confidencialidade ou em razão de tratativas ainda

estarem em curso, não é possível detalhar cada parceria firmada,

mas é possível enumerar:

i. A revisão de estrutura de governança para inovação de empresa

participante, em função da experiência vivida na imersão;

ii. A promoção de parceria do tipo B2B entre empresa participante

da imersão e outra empresa parceira da MEI;

iii. A revisão de currículos de graduação e pós-graduação

de universidade participante da imersão, que passarão a

incorporar a dimensão da inovação, inclusive em atividades

práticas obrigatórias;

iv. O planejamento de universidade participante para investimentos

em equipamentos de ponta para a realização de pesquisa

colaborativa com a indústria;

v. O fechamento de parceria entre empresas participantes e a

Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial – Embrapii;

vi. O fechamento de projetos de pesquisa entre empresas

participantes e centros de P,D&I visitados;

vii. O fechamento de projeto de pesquisa colaborativa entre um

ente do 3º setor participante e um centro de P,D&I visitado;

viii. A negociação de transferência de tecnologia de um ente do 3º

setor participante para um centro de P,D&I empresarial visitado;

ix. A estruturação de um programa de educação executiva a ser

realizado em parceria por dois centros de P,D&I visitados.

Somente em 2016, foram movimentados cerca de 70 atores com poder

de decisão em atividades orientadas a resultados. O fortalecimento

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de elos entre diversos players em diferentes ecossistemas de inovação

também deve ser, por si só, considerado como um resultado.

Vale registrar um desdobramento importante das Imersões: a estru-

turação do Programa de Aceleração em Inovação e Manufatura

Avançada. Fruto de uma parceria entre a MEI e anfitriões e partici-

pantes de duas imersões, a Ohio State University e o SENAI-Cimatec,

o programa visa apoiar as empresas no desenho de planos de ação

para a implantação de tecnologias relacionadas à manufatura

avançada. Serão levadas em consideração suas necessidades, nível

de maturidade, capacidade de investimento e gestão. As empresas

passarão, portanto, de uma etapa exploratória, em que a pergunta

central é “O que está acontecendo no mundo?”, a uma etapa mais

objetiva, em que a pergunta central é “Como podemos aplicar esse

conhecimento e utilizar essas tecnologias nas empresas brasileiras

e qual é o passo a passo para isso?”.

Figura 4 – Programa de Imersões em ecossistemas de inovação

100%Sustentabilidade financeira

68Participantes de 41 organizações

23Centros de PD&I visitados

até out./2016

3Imersões concluídas

(EUA, Brasil, Alemanha)

3Imersões previstas em 2017 (Japão + Coreia, EUA, Brasil)

10Outcomes mapeados

(Parcerias institucionais e em P,D&I, revisão de portfólio etc.)

Fonte: Diretoria de Inovação – IEL Nacional.

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Figura 5 – Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação – Depoimentos

Fonte: IEL – Núcleo Central.

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Figura 6 – Programa Imersões em Ecossistemas de Inovação – Anfitriões e participantes

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Estados Unidos

Palestrantes e anfitriõesPALESTRANTES E ANFITRIÕES

PARTICIPANTES

Participantes

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Brasil – Embrapii

AnfitriõesANFITRIÕES

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Participantes

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Alemanha

AnfitriõesANFITRIÕES

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Participantes

ANFITRIÕES

PARTICIPANTES

Fonte: IEL – Núcleo Central.

2.4.4 Gestão da inovação

Em 2016, foi disponibilizado ao Sistema IEL um Guia on-line com

o Processo de Referência Nacional em Gestão da Inovação (GI). A

ideia é ampliar o atendimento do IEL em GI e promover a dissemi-

nação da inovação como fator de alavancagem da produtividade e

competitividade da indústria.

Para apoiar os Núcleos Regionais do IEL no atendimento às

empresas para o planejamento estratégico e execução de ações

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inovativas, como mapeamento, consultorias, capacitações, entre

outros, o Guia foi desenvolvido a partir das melhores práticas em

GI dos regionais: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande

do Sul e Santa Catarina.

O material contempla nove etapas, seis soluções, 17 práticas e

cinco capacitações em GI, de forma padronizada e sistematizada,

em ambiente responsivo e multiplataforma. Além do Guia de

Referência, foi desenvolvido um aplicativo para a realização de

mapeamento resumido da maturidade em gestão da inovação – um

instrumento que sintetiza a metodologia completa, para sensibili-

zação de empresas e posicionamento da marca IEL, sobretudo nos

ambientes sociais virtuais.

Foram realizadas duas capacitações sobre o Processo de Referência:

para gestores e para consultores. A capacitação dos gestores do

Sistema IEL, realizada em abril de 2016, em Brasília (DF), para

46 participantes de 26 estados, buscou internalizar a lógica de

concepção do processo, utilizar o repositório e aplicativo e assimilar

as formas de comercialização. Já a capacitação dos consultores do

Sistema IEL teve por objetivo utilizar o Processo de Referência a

partir dos conhecimentos dos Núcleos Regionais por meio de

vivência das práticas. Esta ação foi realizada em junho de 2016,

em Fortaleza (CE), com 37 participantes de 17 NRs. Foi realizada,

também, capacitação para 11 profissionais da equipe do IEL/RN, em

outubro de 2016.

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Figura 7 – Guia online de Práticas Nacionais em Gestão da Inovação

Fonte: Diretoria de Inovação – IEL Nacional.

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Figura 8 – Aplicativo para Mapeamento da Maturidade em Gestão da Inovação

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Fonte: Diretoria de Inovação – IEL Nacional.

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2.5 Atuação internacional

Entendemos que somos parte do mundo. O Brasil deve observar

exemplos de outras nações, a nossa referência não pode ser nós

mesmos. Nesse sentido, o Mapa Estratégico da CNI enfatizou a

necessidade de nos compararmos com os demais países. A veloci-

dade e o alcance das nossas reformas e avanços devem ser subme-

tidos a comparações internacionais.

Em 2016, o SESI, o SENAI e o IEL contabilizaram 73 parcerias, sendo

10 novas, com instituições no exterior. Esforços conjuntos atingiram

40 atividades prospectadas em 23 países, das quais oito se transfor-

maram em novos projetos. A carteira de atividades internacionais,

no último ano, foi formada por 28 projetos de transferência de

tecnologia e prestação de serviços em Educação Básica, Educação

Profissional, Educação e Carreira, Gestão, Inovação e Tecnologia e

Qualidade de Vida. Essa atuação no exterior alcançou uma taxa de

conversão de projetos de 88%, em 45 países, nos cinco continentes,

totalizando R$ 184 milhões, sendo R$ 127 milhões em captação de

recursos internacionais em benefício do SESI, SENAI e IEL.

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CASOS DE SUCESSO

3.1 Programa Inova Talentos

Você está prestes a conhecer cinco casos de sucesso, voltados para o

desenvolvimento sustentável, que irão inspirar sua empresa ou sua

instituição a inovar. Para esses casos, foi preciso um bom projeto ou

produto a ser lançado, um processo a ser estruturado, um desafio

ou a busca de uma solução. Não houve restrição de área, setor ou

mesmo de porte da empresa. O apoio necessário para viabilizar

essas ideias veio pelo Programa Inova Talentos.

Aproximadamente 50% dos bolsistas que participaram do programa,

coordenado pelo IEL, foram contratados em um cenário adverso e

de amplo desligamento de pessoal, em um dos momentos críticos

da história econômica do país.

1) AMAZONAS: RECONHECER ANTES DE EXTRAIR DA NATUREZA

Empresa: SENAI/AM

Sede: Manaus/AM

Website: www.fieam.org.br/2015/senai/instituto-senai-de-inovacao-

microeletronica-isi/

Nome do projeto: Desenvolvimento de Sensor Bioeletrônico para

Qualificação de Extratos Antioxidantes da Amazônia

O Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica, localizado em

Manaus, reconheceu importante necessidade de mercado: identi-

ficar, de maneira efetiva e sustentável, a presença de compostos

antioxidantes em óleos vegetais da região amazônica. Esses extratos

podem ser incorporados a cosméticos e fitoterápicos, que, por sua

vez, irão regular a quantidade de radicais livres, prevenindo o orga-

nismo contra doenças crônicas e degenerativas.

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Com o apoio do Programa Inova Talentos, o SENAI Amazonas

desenvolveu sensores bioeletrônicos capazes de reconhecer, com

segurança, moléculas antioxidantes em uma fonte vegetal, sem a

necessidade de retirá-la de seu próprio ecossistema. Esses disposi-

tivos são altamente sensíveis, precisos, acessíveis, de fácil desenvol-

vimento e prontos para uso.

As empresas que utilizarem antioxidantes qualificados pelos

sensores do SENAI terão a total segurança de que seus produtos

produzirão os efeitos desejados. Com a inovação, essa garantia é

obtida com menores custos e tempo, se comparada aos métodos

anteriores, desenvolvidos em projetos fechados e para substâncias

específicas. Para o SENAI, o programa resultou na formação de

novos profissionais da área de dispositivos eletrônicos; na produção

de conhecimento para outros projetos de eletrodos para óleos e

controles ambientais e também na criação de tecnologia capaz de

aumentar a competitividade da indústria brasileira.

2) CEARÁ: PLÁSTICO RECICLÁVEL

Empresa: Impacto

Sede: Fortaleza/CE

Website: www.impactoprotensao.com.br

Facebook: www.facebook.com/ImpactoProtensao

Nome do projeto: Sistema PavPlan

Fundada em 1996, a Impacto trouxe, dos Estados Unidos para o

Brasil, a tecnologia de protensão – recurso para aumentar a resis-

tência de vigas e lajes – na forma não aderente. Para reduzir o uso de

madeira e diminuir resíduos, a empresa passou a desenvolver formas

plásticas e cimbramento metálico – estruturas de suporte provisórias.

A meta era implementar a técnica em outros elementos, como

vigas e pilares, para ganhos de produtividade. Inspirado nos brin-

quedos de módulos de plástico encaixáveis, foram desenvolvidos

dispositivos plásticos para encaixe na estrutura de construção das

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lajes de edificações, em substituição às estruturas improvisadas de

madeira. Até então, esses produtos não eram vendidos por uma

mesma empresa por serem vistos como aplicações diferentes.

O Sistema PavPlan foi criado para conectar esses produtos e, assim,

oferecer uma solução mais completa aos clientes. A ideia é reunir

informações coletadas pelos funcionários relacionadas à mão de

obra, tempo de montagem e área. Essas informações, ao serem

comparadas, ajudam na identificação de características capazes de

aumentar os índices de produtividade.

Desde a montagem da estrutura até a colocação das formas plás-

ticas, o processo de construção de laje ficou mais ágil e simples,

com redução de 32% no uso de material – mediante a substituição

de até 80% de madeira por plástico reciclado – e de até 45% na

utilização de mão de obra.

3) RIO GRANDE DO NORTE: REDUZIR O DESPERDÍCIO DE ENERGIA

Empresa: Coteminas

Sede: Macaíba/RN

Website: www.coteminas.com.br

Nome do projeto: Recuperação da água do condensado

A Coteminas é uma empresa têxtil brasileira fundada em Minas

Gerais, em 1967, que produz desde fios e tecidos até itens de

cama, mesa e banho e uniformes profissionais. Possui 15 fábricas

no Brasil, cinco nos Estados Unidos, uma na Argentina e outra

no México. A unidade da empresa sediada em São Gonçalo do

Amarante (RN), na região metropolitana de Natal, participou do

Programa Inova Talentos, com o objetivo de implementar metodo-

logias para o desenvolvimento de projetos de inovação. O principal

desafio era solucionar problemas do dia a dia da fábrica, principal-

mente aqueles relacionados ao desperdício de energia.

O projeto resultou em uma série de ações visando à eficiência ener-

gética. As mais expressivas foram o isolamento térmico dos tanques

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de alimentação de água das caldeiras, a instalação de trocador de

calor para aproveitamento do vapor das descargas das caldeiras

e a substituição dos purgadores e filtros nas redes de vapor. As

iniciativas tomadas levaram à redução da utilização de insumos

energéticos para a produção.

A forma de modelagem do programa atendeu à principal demanda

da unidade para o projeto: um profissional qualificado, focado

100% do tempo no desafio, com visão de fora da organização,

detentor de conhecimentos acadêmicos e experiência para propor

soluções factíveis e, ainda, capaz de estimular a interação entre os

membros da equipe.

4) RIO GRANDE DO SUL: ÁGUA TRATADA EM SETE MINUTOS

Empresa: Lics Super Água

Sede: Selbach/RS

Website: www.licssuperagua.com.br

Facebook: www.facebook.com/lics.lics.5

Nome do projeto: ETA Móvel – Estação Móvel de Tratamento de Agua

Apesar de deter 12% de toda a água existente na superfície do

planeta, o Brasil tem enfrentado, nos últimos anos, crises de forne-

cimento em quase todas as suas regiões. A Lics Super Água, do setor

de tratamento microbiológico de água e saneamento ambiental,

está atenta a essa questão.

Com o apoio do Programa Inova Talentos , a empresa desenvolveu a

Estação Móvel de Tratamento de Água (ETA Móvel) – um conjunto de

equipamentos para sucção, bombeamento, desinfecção microbio-

lógica e aplicação de flúor em águas de superfície, como córregos,

rios, represas, açudes e cisternas. A água tratada, adequada para

consumo humano, pode também ser utilizada na produção animal

e industrial.

A nova tecnologia pode ser levada por reboque aos mais variados

pontos, inclusive em casos de calamidade pública. O sistema não

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depende de energia elétrica para funcionar e são necessários

somente sete minutos para que água captada se torne potável. A

estação também possui inteligência artificial, capaz de interpretar a

qualidade da água e ajustar seu funcionamento de forma autônoma.

A ETA Móvel tem forte apelo social, pois é capaz de aumentar

a qualidade da água para consumo humano e produção dos

alimentos de origem animal, em condições sanitárias ideais. Com

isso, contribui para a melhoria dos indicadores de saúde, para o

desenvolvimento econômico e sustentável e para a inclusão social.

5) RIO GRANDE DO SUL: POLÍMEROS BIODEGRADÁVEIS

Empresa: Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros

Sede: São Leopoldo/RS

Website: www.institutossenai.org.br/instituto/engenharia-de-polimeros

Nome do projeto: Síntese de Poliésteres a partir de monômeros de

fontes renováveis

Os polímeros, matéria-prima derivada do petróleo, um insumo

reconhecidamente não renovável, estão presentes em uma infini-

dade de produtos que usamos no dia a dia, tais como garrafas PET,

sacolas plásticas, roupas, utensílios domésticos e tubulações. Nesse

contexto, as indústrias de produção e transformação de plásticos

vêm buscando, na última década, alternativas de produtos polimé-

ricos mais sustentáveis, paralelamente ao rápido desenvolvimento

das pesquisas e patentes envolvendo a síntese de polímeros produ-

zidos a partir da biomassa.

Consciente dessa tendência, o Instituto SENAI de Inovação em Enge-

nharia de Polímeros (ISI Eng. de Polímeros), em São Leopoldo/RS,

buscou o Programa Inova Talentos para desenvolver tecnologia

própria de produção de polímeros biodegradáveis a partir de fontes

renováveis. O projeto exigiu a busca das mais atuais tecnologias

disponíveis para a síntese de polímeros renováveis e sua adaptação

aos sistemas, processos e insumos disponíveis.

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Graças ao Programa Inova Talentos foi possível desenvolver

competência nessa nova área tecnológica e obter filmes de polí-

meros biodegradáveis, a partir da síntese de insumos da biomassa,

material até então inovador para o mercado nacional. Devido às

suas características diferenciadas, o material minimiza o impacto do

plástico no meio ambiente, pois, além de utilizar insumos renová-

veis, a degradação ocorre em menor período de tempo.

Após a conclusão da bolsa Inova Talentos e do desenvolvimento

do projeto, o ISI em Eng. de Polímeros pôde então oferecer e

incrementar a tecnologia desenvolvida, por meio de projetos de

inovação em parceria com empresas industriais.

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ÇÕESPUBLICAÇÕES

O IEL tem contribuído, ao longo dos anos, para subsidiar decisões estra-

tégicas das empresas, por meio de publicações que têm como objetivo

auxiliar o debate sobre temas relacionados à educação, inovação,

empreendedorismo, entre outros, e por meio de estudos e diagnósticos

de problemas específicos. Neste capítulo, mostramos algumas publica-

ções desenvolvidas no âmbito do tema desenvolvimento sustentável.

4.1 Inova Talentos: Relatos de uma geração de inovadores

Coletânea de relatos, composta por dez artigos, na versão impressa, e 17

artigos, na versão digital, escritos por alguns dos mais de 600 profissio-

nais que passaram pelo programa. Neles, os bolsistas descrevem como os

projetos desenvolvidos solucionaram desafios produtivos, criaram novos

produtos e contribuíram decisivamente para a melhoria da competitivi-

dade da indústria.

Além de apresentar resultados nas mais diversas áreas do conhecimento –

o que traduz a versatilidade e o alcance do Programa Inova Talentos é o

testemunho vivo da capacidade dos profissionais e das empresas brasileiras

de desenvolver práticas diretamente vinculadas à inovação. As experiên-

cias relatadas demonstram claramente que o futuro da indústria brasileira

reside, mais do que nunca, na agenda da ciência e da inovação.

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4.2 Inova Talentos: Programa RHAE Trainee CNPq-IEL – Casos de Sucesso

A coletânea reúne mais de 40 casos de sucesso de projetos impor-

tantes e estratégicos para a indústria brasileira cujas pesquisas

foram realizadas dentro das empresas no âmbito dos projetos

selecionados pelo programa Inova Talentos. A publicação apre-

senta o resumo das iniciativas, seus resultados e depoimentos

dos bolsistas e dos tutores responsáveis pela execução das ideias.

Em cada projeto, os bolsistas contribuíram com a aplicação prática

do conhecimento acadêmico para desenvolver uma inovação que

ganhará mercado, gerando, consequentemente, emprego e renda

para o nosso país.

4.3 Metodologia IEL nacional de desenvolvimento de competências em gestão

A publicação assinala mais um compromisso do IEL com a busca

constante pela superação de desafios quanto à necessidade de

inovação, modelos de gestão adequados e uma educação de quali-

dade no mundo empresarial. Destaca o desenvolvimento do capital

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ÇÕEShumano e do conhecimento como elementos fundamentais para

as organizações serem competitivas e produtivas em um determi-

nado contexto. Promove o desenvolvimento de pessoas para que se

tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir

melhor com os objetivos organizacionais.

4.4 Benchmarking Gestores Industriais

A publicação, utilizada na construção dos programas de MBA

em Gestão Industrial e Liderança em Inovação, tem o objetivo de

elaborar as bases de um programa de capacitação para gestores

industriais das maiores empresas brasileiras, por meio de um estudo

da oferta nas melhores instituições do mundo e também por meio

de uma pesquisa junto aos possíveis usuários do programa.

O programa de capacitação foi criado com base nas seguintes

premissas: é possível se valer das experiências das melhores insti-

tuições do mundo; o conhecimento do público-alvo faz grande

diferença na elaboração de uma capacitação porque permite incor-

porar as preferências e o perfil dos participantes na estruturação do

curso; na pesquisa de campo, a participação dos núcleos regionais

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do IEL se mostra fundamental; e a metodologia desenvolvida para

a estruturação do curso pode ser utilizada para a elaboração de

outros programas de capacitação.

4.5 Benchmarking Liderança para Inovação

A publicação, utilizada na construção dos programas de MBA

em Gestão Industrial e Liderança em Inovação, tem o objetivo de

elaborar as bases de um programa de capacitação nas áreas de

empreendedorismo e inovação, complementar à estrutura ofere-

cida pelo programa Inova Talentos, por meio de um estudo sobre

o que as melhores instituições do mundo oferecem nesse sentido

e também por meio de uma pesquisa junto aos possíveis usuários

do programa.

O programa de capacitação foi criado com base nas seguintes

premissas: é possível se valer das experiências das melhores insti-

tuições do mundo; o conhecimento do público-alvo faz grande

diferença na elaboração de uma capacitação porque permite incor-

porar as preferências e o perfil dos participantes na estruturação do

curso; na pesquisa de campo, a participação dos núcleos regionais

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do IEL se mostra fundamental; e a metodologia desenvolvida para

a estruturação do curso pode ser utilizada para a elaboração de

outros programas de capacitação.

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REF

ERÊN

CIA

SREFERÊNCIASCONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI. Mapa estraté-

gico da indústria 2013-2022. Brasília: CNI, 2013.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI. MEI: ações e

resultados 2016. Brasília: CNI, 2017.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE. Balanço energético

nacional 2011: ano-base 2010. Rio de Janeiro: EPE/MME, 2011

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. 40 anos do IEL na trajetória da

indústria no Brasil. Brasília: IEL, 2009.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Estudo para formatação de curso

de especialização: programa Inova talentos. Brasília: IEL/NC, 2016.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Gestores industriais: benchmar-

king para formatação do curso. Brasília: IEL, 2015.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. IEL e o desenvolvimento sustentável:

encontro da Indústria para a sustentabilidade. Brasília: CNI/ABCP, 2012.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Inova talentos: relatos de uma

geração de inovadores. Brasília: IEL/NC, 2016.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Metodologia IEL nacional de

desenvolvimento de competencias em gestão. Brasília: IEL, 2015.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Relatório anual 2012. Brasília: IEL, 2012.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Relatório anual 2013. Brasília: IEL, 2013.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Relatório anual 2014. Brasília: IEL, 2014.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Relatório anual 2015. Brasília: IEL, 2015.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Relatório anual 2016. Brasília: IEL, 2016.

INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Relatório de 40 anos de ativi-

dades. Brasília: IEL, 2009.

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PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO –

PNUD. Acompanhando a Agenda 2030 para o Desenvolvimento

Sustentável: subsídios iniciais do Sistema das Nações Unidas no

Brasil sobre a identificação de indicadores nacionais referentes aos

objetivos de desenvolvimento sustentável. Brasília: PNUD, 2015.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO –

PNUD. As perguntas mais frequentes sobre os Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável (ODS). Brasília: PNUD, [2016].

SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA. departamento Nacional. Relatório

Anual SESI-SENAI-IEL. Brasília: SESI, 2017.

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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNIRobson Braga de AndradePresidente

Diretoria de Relações Institucionais – DRIMônica Messenberg GuimarãesDiretora de Relações Institucionais

Gerencia Executiva de Meio Ambiente e Sustentabilidade – GEMASShelley de Souza CarneiroGerente-Executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade

Cíntia de Matos Amorim VianaDaniela CestarolloElisa Romano DezoltErica dos Santos VillarinhoJosé Quadrelli NetoLucia Maria de SoutoMarcos Vinícius CantarinoMário Augusto de Campos CardosoPercy Baptista Soares NetoPriscila Maria Wanderley PereiraRafaela Aloise de FreitasRenata Medeiros dos SantosSérgio de Freitas MonforteWanderley Coelho BaptistaEquipe

Diretoria de Comunicação – DIRCOMCarlos Alberto BarreirosDiretor de Comunicação

Gerencia Executiva de Publicidade e Propaganda – GEXPPCarla GonçalvesGerente-Executiva de Publicidade e Propaganda

Diretoria de Serviços Corporativos – DSCFernando Augusto TrivellatoDiretor de Serviços Corporativos

Área de Administração, Documentação e Informação – ADINFMaurício Vasconcelos de CarvalhoGerente Executivo de Administração, Documentação e Informação

Alberto Nemoto YamagutiNormalização

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRETRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor de Educação e Tecnologia

IEL/NCPaulo Afonso FerreiraDiretor-Geral

Paulo Mól JúniorSuperintendente

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Diretoria de InovaçãoGianna SagazioDiretora de Inovação

Unidade de Desenvolvimento Empresarial Eduardo Alves FayetGerente-Executivo de Desenvolvimento Empresarial

Gerencia de InovaçãoSuely Lima PereiraGerente de Inovação

Julieta Costa CunhaPaula Duarte Bosso SchnorRenaide Cardoso PimentaSamara Martins da SilvaEquipe Técnica

Bliss ProduçõesCarolina ValenteElaboração de texto

Denise GoulartRevisão Gramatical

Editorar MultimídiaProjeto Gráfico e Diagramação

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