iberê camargo

Upload: minerustom

Post on 20-Jul-2015

375 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Fundao Iber Camargolvaro siza

ufc/ arquitetura e urbanismo/ projeto arquitetnico V/ prof. romeu duarte/ ana carolina dos s. barros; hortnsia gadelha maia; 2010.2

2

sumrioo projeto 04 o artista a fundao o arquiteto 05 o stio o programa 06 o partido 07 o espao 08 09 soluo estrutural 10 instalaes prediais 11 concluso 12 bibliografia 13

3

o projetoA Fundao Iber Camargo inaugurou em maio de 2008 sua nova sede, primeira edificao do arquiteto portugus lvaro Siza no Brasil. O projeto, que recebeu o Leo de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2002, configura-se como um referencial arquitetnico no apenas para a cidade de Porto Alegre, como tambm para o Brasil. Com a Fundao nasceu a inteno de erigir uma sede a altura das necessidades de proteo e exposio do acervo deixado pelo pintor, mais de quatro mil obras entre pinturas, desenhos, guaches e gravuras. O acervo principal formado pela Coleo Maria Coussirat Camargo, viva do pintor. Com o objetivo de ser um centro difusor da arte moderna e contempornea, a Fundao realiza exposies das obras de Iber Camargo e de artistas do Pas e do exterior, funcionando como um centro cultural em que so realizados cursos, mostras temporrias, seminrios e estudos sobre a produo artstica contempornea. O museu recebe ainda vrias exposies itinerantes dos principais museus do mundo em Porto Alegre, o que antes era dificultado pela falta de espaos adequados no que se refere a condies tcnicas e de segurana.1

21 e 2. o espao interno da nova sede da Fundao Iber Camargo. projetada por Siza, a Fundao abriga o pensamento e obras do grande pintor brasileiro, Iber Camargo. nessa obra o arquiteto teve o mrito de se reinventar e retomar temas e solues formais da arquitetura de Corbusier, Wright, Aalto, Mies, Loos e de Niemeyer e Lina.

7

4

1998-2008 porto alegre rio grande do sul, brasil rea do terreno: 7107,29m rea construda: (total) 9363,59m (subsolo) 6097,68m (trreo) 960,38m (2 pav.) 726,96m (3 pav.) 617,92m (4 pav.) 617,92m (pav. tc.) 342,73m arquitetura: lvaro siza, (coordenadores) Barbara Rangel, Pedro Polnia estrutura: eng. jorge nunes da silva paisagismo: fundao gaia direo tcnica da obra: (coordenador) eng. jos luiz canal (equipe) arq. camila lazzari, eng. carla dos santos, eng. roberto ritter construtora: camargo corra

o artistaIber Camargo um dos grandes nomes da arte brasileira do sculo XX. Possui uma obra extensa que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras. Nasceu em Restinga Seca, no interior do Rio Grande do Sul, em novembro de 1914, tendo passado grande parte da sua vida no Rio de Janeiro. Suas obras so conhecidas principalmente pelos temas com carretis, ciclistas, idiotas. O artista nunca se filiou em nenhum movimento ou corrente. Alguns crticos falam que suas ltimas telas pem em evidncia o drama do sujeito moderno e compreende uma ascese com fortes conotaes ticas. Aproxima-se do estilo expressionista por essas caractersticas, porm sempre busca simplicidade e causalidade, recusando tudo que estiver fora do alcance das mos e dos olhos. Ao longo de sua vida, Iber Camargo exerceu forte influncia e liderana no meio artstico e Intelectual. Teve sua obra exposta em exposies de renome internaciona, recebeu diversos prmios e integrou inmeras mostras no Brasil e em outros pases como Frana, Inglaterra, EUA, Esccia, Espanha e Itlia. O pintor morreu aos 79 anos, em Porto Alegre, em agosto de 1994. Deixou um acervo de mais de sete mil obras.

6

Criada em 1 de dezembro de 1995, a Fundao Iber Camargo uma instituio sem fins lucrativos que tem como objetivo fundador promover o estudo e divulgao da obra de Iber Camargo. A Fundao pretende se tornar um centro de excelncia em programas culturais, educativos, de pesquisa e documentao, dedicado obra do pintor e reflexo sobre arte moderna e contempornea. trabalhos de preservao do acervo documental e artstico de Iber Camargo,so coordenados pela equipe da Fundao, que, alm disso, promove o estudo e a divulgao da obra e do pensamento desse pintor brasileiro, alm de estimular a interao do pblico com as artes visuais, a partir de programas interdisciplinares que incentivam a reflexo sobre a cultura e a educao artstica.7

a fundao

o arquiteto3

4

5

3. o artista: Iber Camargo; 4. o arquiteto: lvaro Siza; 5. Fundao Iber Camargo, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, lvaro Siza, 1998-2008; 6 e 7. obras icnicas de autoria de Iber Camargo. segundo Peter Testa, a frutfera assimilao por Siza da linguagem expressionista do pintor, que justifica a existncia da obra, permitiu elaborar os conceitos essenciais que fundamentaram o desenho do museu Iber Camargo

lvaro Siza nasceu em 1933, na cidade portuguesa de Matosinhos. Formado pela Escola de Arquitetura da Universidade do Porto, o arquiteto desde cedo se empenhou no projeto de no ser tradicionalista sem abandonar suas razes, construindo uma obra caracterizada pela incessante busca do novo. So prprias dos projetos de Siza a complexidade formal e a simplicidade do desenho, com investidas constantes nos planos horizontais, na clareza das formas e no requinte dos espaos; sua geometria e a obstinao em distorcer, comprimir, moldar, em analogia com os terrenos e o seu desenho acidental. O arquiteto recebeu vrios prmios, entre eles, o Prmio de Arquitetura da Comunidade Econmica Europia, o Prmio Mies van der Rohe, a Medalha de Ouro da Fundao Alvar Aalto, o Prmio Pritzker e o prmio Leo de Ouro da Bienal de Veneza em 2002 (conquistado pelo projeto da nova sede da Fundao Iber Camargo).

1

2

3

5

o stioLocalizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o pequeno terreno escolhido para ser a sede da Fundao Iber Camargo limita-se a sul com uma escarpa ngreme e norte com a av. Padre Cacique, s margens do rio Guaba. As glebas vizinhas ao rio, por motivos histricos, foram sendo formadas sem aproveitar o potencial paisagstico de seu entorno. O terreno escolhido, por exemplo, era o local de uma antiga pedreira; seus 8.250m foram cedidos formalmente em pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, alm dos outros 12.000m de rea verde preservada, cedidos formalmente pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente localizados na encosta do terreno.

18 11

8

a arquitetura, escreve Siza, quanto mais se compromete com as circunstncias da sua produo, mais delas se liberta. porque no quer efabular nem voluntarista, necessita da preciso topogrfica dos stios; sabe que quem convida no pode correr o risco de no ter morada, de estar em lado nenhum. por isso, Siza milimtrico na sua apreciao contextual; no para ser contextualista, mas para poder ser convictamente universal Jorge Figueira (arquiteto e professor na universidade de coimbra), Um Mundo Coral, in Fundao Iber Camargo.

19 12

o programaO novo edifcio sede da Fundao deveria ser capaz de preservar e divulgar as obras e pensamentos do prestigiado pintor brasileiro, alm de oferecer programas educativos que aproximam o pblico da produo artstica contempornea. Por isso, o museu deveria comportar reas para a organizao de mostras, oficinas, cursos, seminrios, encontros com artistas e estudos diversos sobre as obras artsticas de Iber e da contemporaneidade. O programa proposto inclui reas de exposio, depsitos, reserva tcnica, biblioteca e videoteca, livraria, cafeteria, pequeno auditrio e reas de administrao e de oficinas artsticas. Sob a via marginal, ainda se desenvolve um estacionamento com quase 100 vagas. Nas reas destinadas exposio e guarda do acervo, se fazia necessria a devida precauo com relao segurana e melhor estratgia de exposio das obras. Dois ateliers atendem a demanda da Fundao: um deles dedicado gravura e o outro est destinado a atividades dos programas educativos do museu.

13

9

leenda da fotos

10

8, 9 e 10. o projeto do museu da Fundao Iber Camargo em vistas areas. o edifcio, nas margens do rio Guaba, foi implantado da maneira a possibilitar o menor impacto possvel na rea de preservao ambiental de sua encosta. 11, 12 e 13. detalhes dos equipamentos presentes no programa de necessidades do museu: 11. a livraria/loja, 12. a cafeteria, 13. o auditrio.

6

o partido14

o stio

Por meio da forma ele sintetiza programa e lugar de um modo que d aos seus projetos um carter de inevitabilidade, ou seja, de que a sua organizao inquestionvel, a melhor possvel em uma dada situao. Revista AU

15

A proposta de Siza se apresenta como uma gigantesca escultura branca voltada para o pr-do-sol no rio Guaba. Sua proposta respeitou a paisagem local, adaptandose a topografia, sem interferir no entorno, acomodando o conjunto na depresso da encosta.

16

Pensou num espao que possibilitasse mostras de diferentes abordagens, optando por flexibilidade de uso, sem diferenciar os ambientes destinados a exposies temporrias e permanentes. Esse estilo de museologia bem atual, se adequa a tendncia dos novos museus em que o prprio acervo d origem a mostras de curta durao com diferentes temticas.

17

18

interessante perceber a maneira de conceber e projetar empregada por Siza. Buscou, diz o crtico Edson Mahfuz, estabelecer uma geometria ortogonal como ponto de partida, adaptada ao terreno, respondendo ao programa para s depois ento deform-la at chegar a configurao final. A organizao bem clara: as salas de exposio formam um L em seus dois extremos h escadas, elevadores, sanitrios e acesso s rampas. O passeio pelo museu se d por esse sistema de rampas, que ora integram o espao interno, ora projetam-se para fora do prdio alternadamente, criando a inquietante sensao que arrancam e acessam os diferentes nveis a partir de um mesmo ponto. As salas de exposio se abrem para o trio que o verdadeiro foco espacial do edifcio, por ele que entra a iluminao natural.

20

19

14, 15, 16 e 17.obras que tiveram influncias diretas sobre o projeto de Siza para o museu da Fundao: 14.o museu Guggenheim de NY de Wright; 15. as passarelas de Lina Bo Bardi no Sesc Pompia; 16. a Oca de Niemeyer; 17. o Museu de Braslia, tambm de Niemeyer. 18 e 19. as rampas de circulao enquanto elementos estruturadores do espao no projeto de Siza para a Fundao

Apesar da organizao fcil de ser entendida, a forma do edifcio no apreendida facilmente. Este tipo de arquitetura considerada estereotmica, em que a gravidade se estende de maneira contnua por conta da arquitetura macia, ptrea, pesada, como se tivesse nascido da terra. Aquela que busca a luz, perfurando as paredes para que se possa entrar. Arquitetura da cavernas. Essa bem caracterstica da arquitetura da Fundao Iber Camargo.21

Inspirou-se, tambm, em suas memrias de infncia que estimularam a sua imaginao ao traar os primeiros croquis. Filho de pai brasileiro, lvaro Siza, transmitiu suas lembranas do Brasil para a arquitetura da Fundao Iber Camargo. Bebeu de

20 e 21. esboo inicial de Siza que deu origem ao projeto do museu que, uma vez, construdo, manteve ainda as caractersticas iniciais proposta.

7

...Os quatro pisos que sucedem a plataforma so sobrepostos irregularmente e formam um volume principal que recorta a vegetao da escarpa, ocupando uma concavidade. Esse volume desenhando por paredes retas e quase ortogonais, a Sul e a Oeste; e por uma superfcie ondulada, a Norte e a Leste, que confina em toda a altura do edifcio o espao do trio - este rodeado pelas salas de exposies ( trs em cada pavimento), ele responsvel pela recepo e conduo de luz natural. Atravs da clarabia no terrao e de aberturas na parede ondulada, o espao constantemente clareado. A luz natural proveniente do trio tambm ilumina as salas de todos os pisos.24 24

24

1 entrada do estacionamento 2 acesso a pedestres 3 estacionamento 4 sada do estacionamento 5 oficina de gravura 6 oficina artstica 7 sala de reunies 8 administrao 9 biblioteca10 reserva tcnica 11 rea tcnica 12 auditrio 13 sala de controle 14 rea tcnica 15 cafeteria 16 mezanino 17 entrada do museu 18 bilheteria 19 guarda-volumes

4planta 3 pavimentos/ escala

24

24

20 recepo 21 trio 22 livraria 23 almoxarifado 24 sala de exposio23

As salas possuem tamanhos e formas diferentes, o acesso feito por passarelas, rampas contnuas que percorrem o volume de cima a baixo, que ora entra no trio, ora destaca-se do edifcio. Existem nelas, aberturas pontuais que emolduram a belssima paisagem do rio Guaba, criando ainda um percusso dinmico e interessante.

24

16

pavimento planta 1 5planta 4pavimento 2s/ escala s/ escala 22

25

26

24

24

316 2427

6planta coberturas/ escala

22

25, 26 e 27. as rampas so os elementos de estruturao tanto do espao interior quanto exterior, caracterizando-se ora por seu carter de contemplao e isolamento, ora por seu carter de circulao e integrao com o espao interno.

9

o espaoO museu no foi concebido como estrutura funcional esttica, baseada na mostra do acervo de Iber, mas como um centro ativo, em constante movimentao, com claros objetivos pedaggicos. Contrariando uma tendncia comum nos museus recentes, que hipervalorizam a importncia de lojas, bares e restuarantes, neste as funes secundrias possuem espaos menores. Os elementos principais so as salas multifuncionais de gravura e de experimentao plstica, localizzadas nos dois volumes baixos ao longo do acesso principal; o auditrio para cursos e palestras no subsolo; o sistema de circulaao e as salas de exposio. (Roberto Segre, Metforas Corporais, in Fundao Iber Camargo, 2008)5 2 6 8 7 9 3 1

10

10

10

12

13 4 14 4

1 entrada do estacionamento 2 acesso a pedestres 3 estacionamento 4 sada do estacionamento 5 oficina de gravura 6 oficina artstica 7 sala de reunies 8 administrao 9 biblioteca10 reserva tcnica 11 rea tcnica 12 auditrio 13 sala de controle 14 rea tcnica 15 cafeteria 16 mezanino 17 entrada do museu 18 bilheteria 19 guarda-volumes 20 recepo 21 trio 22 livraria23

4

1planta subsolos/ escala

19 17 18 15

20

22

23

21

23 almoxarifado 24 sala de exposio

O programa de necessidades disposto na diviso em dois blocos, apesar de no serem separados, possuem funes distintas: uma parte voltada para servios, localizada no subsolo e primeiro pavimento; e uma rea destinada as exposies e fruio, do segundo ao terceiro pavimento. Fincada na rocha, a base do edifcio constituda por uma plataforma longa, elevada 1,40m em relao avenida, onde se situa o auditrio, biblioteca, atelis, administrao, depsitos e estacionamento, alm do sistema de ar-condicionado e rede de tratamento de esgoto.

16

2

planta 1 pavimentos/ escala

22

23

24

24

316 2424

...

3planta 2 pavimentos/ escala 22

22, 23 e 24. o trio define os espaos de exposio do acervo, favorecendo a iluminao natural dos ambientes e caracterizando esses espaos como flexveis e permeveis entre si.

8

soluo estrutural28

29

O prdio foi erguido em concreto armado branco em toda a sua extenso, sem o uso de tijolos ou elementos de vedao para formar os contornos arredondados. As paredes so autoportantes. Siza especificou o concreto branco para realar a construo em relao ao verde da encosta. Embora o Brasil seja um pas que tem histrico de trabalhar bem com o concreto, esse tipo necessita de cuidados maiores na cura de na moldagem para se obter um bom resultado, pois mais lquido tendo que ser executado em camadas muito uniformes. "Foram realizadas composies de lanamento e de vibrao pr-definidos. Cada uma com 50 cm. As frmas eram muito lisas, feitas com painis novos, sem marcas de pregos, e estanques", explica o engenheiro Jos Luiz Canal, coordenador do empreendimento. Para finalizar, aplicou-se um endurecedor de alta performance, que cria uma pelcula protetora. Esta etapa, a de concretagem, demandou 12 meses de profundo empenho. As rampas exteriores funcionam como tubos de concreto foram realizadas no final do processo executivo, nessa etapa, a equipe j estava dominando vrios aspectos relacionados ao concreto branco. O que parecia ser muito difcil, a princpio, foi erguido com resultado superior s expectativas iniciais.

30

mas o edifcio - corpo e pedra - manifeta-se como uma representao do contemporneo na sua complexidade misteriosa e provocativa. Siza rejeita a simplicidade das formas regulares, dsa geometrias elementares (P. Venncio Filho, in Fundao Iber Camargo, 2008)

31

28, 29 e 30. fotos da maquete estrutural do museu. nelas nota-se a relevncia e importncia do terreno na configurao espacial e volumtrica da Fundao; 31. foto tirada quando da construo das rampas externas, ltimos elementos do esqueleto estrutural a serem construdos e elemento mais impactante da volumetria do mesmo.

10

instalaes prediais32

o stio

- isolamento trmico Todas as paredes e lajes exteriores foram revestidas com l de rocha com 5cm de espessura. -tratamento das fachadas Para proteger o concreto branco contra as intempries e poluio, aplicou-se um endurecedor australiano de alta performance criando maior impermeabilidade.

33

34

- instalaes de climatizao O sistema de climatizao automatizado. basicamente, composto por chiller, fancoils industriais e bancos de gelo. foram instalados, tambm, umidificadores importados de ltima gerao para controlar a umidade. outra novidade foi a implantao de mantas radiantes nas paredes externas das rampas e no teto do trio do edifcio. tais mantas incrementam a inrcia trmica do edifcio, trazendo economia de energia. no estacionamento foram instalados ventiladores axiais comandados por uma central de co, fazendo, assim, as trocas de ar necessrias -instalaes de automao Foi aplicado sistema gerenciador para controle total dos pontos de cada sistema, como drenagem, eletricidade, elevadores, iluminao, ar-condicionado e segurana. o sistema permite a um s operador supervisionar todo o edifcio da sala de controle, alm de aumentar a segurana e durabilidade de todos equipamentos controlados. - esquadrias So aplicadas na face interna dos vos de concreto branco. na parte inferior recebem soleira de mrmore e revestimento externo de ao inox jateado. - instalaes contra incndios Foi aplicado sistema de deteco de incndio de alta sensibilidade nas reas de exposio. o sistema aspira constantemente o ar, identifica e alerta qualquer variao na qualidade do ar por impregnao de fumaa. como agente extintor, alm de hidrantes, foi criada uma central de extino a gs argonite, que um redutor de oxignio que no ataca as obras de arte. - revestimento em gesso - tratamento acstico interno O isolamento trmico e o tratamento acstico interno , somados s instalaes embutidas, obrigaram que todas as paredes e tetos fossem revestidos com placas de gesso acartonado. As placas perfuradas, utilizadas no revestimento do teto em geral para qualificar acusticamente os locais expositivos e de trabalho, receberam revestimento de tecido veloglass e pintura base de gua para no comprometer a absoro acstica - reuso de guas Como medida de economia, adotamos o reaproveitamento da gua das torneiras e chuveiros, proveniente da concessionria local. junto com as guas captadas nas cobertas e nos ptios internos, passam por tratamento e so utilizadas nos vasos sanitrios. - parque O partido adotado foi o de manter e incrementar a paisagem natural, identificando os diferentes ambientes e fomentando sua diversidade. um parque, com quase dois hectares, foi valorizado desde o inicio, quando surgiu a premissa por parte do arquiteto de que deveriase preservar toda a vegetao da encosta. a fundao gaia deu prosseguimento obra.

38

35

36

39

37

32, 33 e 34. detalhes da implantao das instalaes auxiliares durante a construo do edifcio 35, 36 e 37. importncia da luz no projeto, o arquiteto tira partido da iluminao para configurar os espaos internos 38 e 40. instalao das mantas trmicas de l-derocha em todas as paredes e lajes externas 39. criao de iluminao indireta nas salas de exposio.

40

11

conclusonada mais se prope alm do abandono dos balbucios e grunhidos no significativos emitidos por 'arquitetos' comerciais e 'antiarquitetos', substitudos que podem ser assim, esses sons horrveis, por um discurso ao mesmo tempo lgico e potico (e nada mais adequado arquitetura do que o conceito de poesia, pois poesia e construo, recorde-se, eram designadas por um nico e mesmo termo na antiguidade grega, foco central da arquitetura ocidental) ou, mais simplesmente, um discurso humano. Exigir essa linguagem consciente e livremente criativa exigir o respeito ao direito arquitetura, idntico ao direito prpria pele. (Jorge Teixeira Coelho, A construo do sentido na arquitetura)

12

bibliografiaj. teixeira coelho netto. a construo do sentido em arquitetura flvio kiefer (org.). fundao iber camargo - varo siza.. cmara brasileira do livro, SP, Brasil: Cosac Naify, 2008. carlos eduardo comas. a fundao iber camargo: a transparncia do concreto. Revista AU, junho 2008, n171

http://alvarosizavieira.com/ http://www.iberecamargo.org.br/

13