humanismo (1434-1527) séc. xv e xvi · humanismo (1434-1527) – séc ... renascimento; na poesia...
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Apostila – II unidade
Colégio Estadual Profa Simone Simões Neri
Série/turma: 1AM, 1BM, 1CM e 1DM
Componente Curricular: Língua Portuguesa
Discente:_____________________________
Docente: Isabel Lima
Humanismo (1434-1527) – séc. XV e XVI
Contexto histórico:
- Crise do feudalismo
- Teocentrismo x Antropocentrismo
- Grandes Navegações
- Surgimento da burguesia (formação de cidades e
comércio)
- Revolução de Avis (Portugal e Castela)
Entre as principais características do humanismo
destacam-se:
Período de transição entre Idade Média e
Renascimento;
Valorização do ser humano;
Surgimento da burguesia;
Nascimento do antropocentrismo, ou seja, o homem no
centro do universo;
As emoções humanas começaram a ser mais
valorizadas pelos artistas.
Estilos literários mais comuns:
Três atividades mais destacadas compõem esse período:
a produção historiográfica (crônicas) de Fernão Lopes,
a produção poética dos nobres, por isso dita Poesia
Palaciana, e a atividade teatral de Gil Vicente.
A) Crônicas ou Historiografias
“O cerco de Lisboa”, de Fernão Lopes
“Andavam os moços de três e quatro anos pedindo
pão pela cidade pelo amor de Deus, como lhe
ensinavam sua madres...” (Ler o fragmento completo na
página 63 do livro de Língua Portuguesa, da 1ª série).
Com base na leitura da obra “O cerco de Lisboa”,
pode-se notar que, divergindo do ideário medieval, em
que se tinha como centro dos acontecimentos históricos
os reis e nobres, com narrativas sempre em torno dos
grandes cavaleiros, cuja idealização reunia força,
integridade de caráter, honra e, sobretudo, heroísmo.
Na escrita de Fernão Lopes, encontra-se
a presença da humanização das personagens,
ou seja, crônicas de pessoas que não eram
vistas comente como heróis, a saber, pessoas
com menor poder aquisitivo, desprezados pela
sociedade, dentre elas até crianças.
É possível notar também com a leitura
acima, uma das características do cronista
Fernão Lopes, a criação de quadros da vida
medieval com grande riqueza de detalhes, o
que torna possível “vivenciar” a cena descrita.
B) Poesia palaciana
“Cantiga sua, partindo-se”,
de João Ruiz Castelo Branco
“Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem...” (Ler na
página 55, do livro de Língua Portuguesa, da
1ª série)
Na poesia acima, algumas
características podem ser percebidas, a saber:
1. O seguinte esquema rimático: ABAB
CDCCDABAB.
2. O tema (tristeza decorrente da partida) é
expresso em alguns versos ("Senhora, partem
tam tristes / meus olhos por vós...")
3. O discurso poético dirige-se de um "Eu" (o
sujeito poético – eu lírico) para um "vós -
você”. Tal escrita ilustra o desejo do eu lírico
em exprimir os seus sentimentos, bem como
comover, com a exposição deles, a amada.
O sujeito poético adota, portanto, uma
postura de dependência - de quem não ousa
pedir, mas apenas sugerir - que faz lembrar a
dos trovadores face à sua dama, “senhora”.
No entanto, o sujeito poético é apenas
explicitamente referido no segundo verso
("meus olhos"), para logo se diluir, centrando-
se o discurso, a partir daí, nos olhos, que, para
o efeito, são personificados. De fato, são os
olhos que partem (“...partem tam tristes / meus
olhos...”) e é deles que o poeta fala sempre, no
decorrer do poema.
A utilização dos "olhos" como elemento
polarizador da vida afetiva, tão frequente em
poesia, tem uma evidente justificação
psicológica. Sendo, objetivamente, a principal
porta de comunicação com o mundo exterior,
tendemos todos a ver neles como que uma
janela através da qual podemos vislumbrar o
interior do outro.
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Não é por acaso que são considerados o
"espelho da alma". Quando as palavras são
insuficientes, é nos olhos que procuramos a
confirmação do que desejamos ou receamos.
Mas é com as palavras que os poetas trabalham e,
antes de chegar ao fim, o sujeito poético procura
exprimir a intensidade do seu sofrimento de forma
exagerada, usando de uma hipérbole ("...nunca tam
tristes vistes / outros nenhuns por ninguém" [...] "da
morte mais desejosos / cem mil vezes que da vida")
Mas essa hipérbole é reforçada pela combinação com a
antítese que opõe morte e vida.
C) Peças teatrais: autos e farsas
“Auto da lusitânia”, de Gil Vicente
“Narrador(a): Entra Todo o Mundo, rico mercador, e
faz que anda buscando alguma cousa que perdeu; e
logo após, um homem, vestido como pobre. Este se
chama Ninguém e diz: [...]” (Ler nas páginas 64 até 66,
do livro de Língua Portuguesa, da 1ª série)
No texto acima, Gil Vicente deu o nome de Todo
o Mundo e Ninguém às suas personagens principais
desta cena. Pretendeu, com isso, fazer humor,
caracterizando o rico mercador, cheio de ganância,
vaidade, petulância, como se ele representasse a
maioria das pessoas na terra (todo o mundo). E
atribuindo ao pobre, virtuoso, modesto, o nome de
Ninguém, para demonstrar que praticamente ninguém é
assim no mundo. "Todo o Mundo" era um rico
mercador, e "Ninguém", um homem pobre. Belzebu e
Dinato tecem comentários espirituosos, fazem
trocadilhos, procurando evidenciar temas ligados à
verdade, à cobiça, à vaidade, à virtude e à honra dos
homens.
Leia uma adaptação que Carlos Drummond de Andrade
fez de parte da obra “Auto da Lusitânia”
“Todo Mundo e Ninguém”, de Carlos Drummond
de Andrade
. .
Ninguém: Tu estás a fim de quê ?
Todo Mundo: A fim de coisas buscar
que não consigo topar.
Mas não desisto, porque
O cara tem de teimar.
Ninguém: Me diz teu nome primeiro.
Todo Mundo: Eu me chamo Todo Mundo e
passo o dia e o ano inteiro correndo atrás de
dinheiro, seja limpo ou seja imundo.
Belzebu: Vale a pena dar ciência
e anotar isto bem, por ser fato verdadeiro:
Que Ninguém tem consciência
e Todo Mundo, dinheiro.
Ninguém: E o que mais procuras, hem?
Todo Mundo: Procuro poder e glória.
Ninguém: Eu cá não vou nessa história.
Só quero virtude...Amém.
Belzebu: Mas o pai não se ilude
e traça: Livro Segundo.
Busca o poder Todo Mundo
e Ninguém busca virtude.
Ninguém: Que desejas mais, sabido?
Todo Mundo: Minha ação elogiada
Em todo e qualquer sentido.
Ninguém: Prefiro ser repreendido
quando der uma mancada.
Belzebu: Aqui deixo por escrito
o que querem, lado a lado:
Todo Mundo ser louvado
e Ninguém levar um pito.
Ninguém: E que mais, amigo meu?
Todo Mundo: Mais a vida. A vida, olé!
Ninguém: A vida? Não sei o que é.
A morte, conheço eu.
Belzebu: Esta agora é muito forte
e guardo para ser lida:
Todo Mundo busca a vida
e Ninguém conhece a morte.
Todo Mundo: Também quero o Paraíso,
mas sem ter que me chatear.
Ninguém: E eu, suando pra pagar
minhas faltas de juízo!
Belzebu: Para que sirva de aviso,
mais uma trama se escreve:
Todo Mundo quer Paraíso
e Ninguém paga o que deve.
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Todo Mundo: Eu sou vidrado em tapear,
e mentir nasceu comigo.
Ninguém: A verdade eu sempre digo
sem nunca chantagear.
Belzebu: Boto anúncio na cidade,
deste troço curioso:
Todo Mundo é mentiroso
e Ninguém fala a verdade.
Ninguém: Que mais?
Todo Mundo: Bajular
Ninguém: Eu cá não jogo confete.
Belzebu: Três mais quatro igual a sete.
O programa sai do ar.
Lero lero lero lero,
curro paco paco paco.
Todo Mundo é puxa-saco
e Ninguém quer ser sincero!
“Auto da barca do inferno”, de Gil Vicente
[...] FIDALGO: Que deixo (leixo) na outra vida
quem reze sempre por mi.
DIABO: [...] E tu viveste a teu prazer, cuidando cá
guarecer por que rezem lá por ti!... [...]” (Ler na página
73, do livro de Língua Portuguesa, da 1ª série)
O fidalgo é condenado por sua tirania (como pode
ser visto na fala do anjo) e por sempre desprezar os que
ele julgava pequenos (“cuidando na tirania / do pobre
povo queixoso; / e porque, de generoso, / desprezaste
os pequenos, / achar-vos-eis tanto menos / quanto mais
fostes fumoso”). Já o sapateiro é condenado por ser
desonesto em seus serviços e roubar seus clientes
(“Esperavas de viver, /calaste dous mil enganos.../ tu
roubaste bem trint’anos”).
A obra de Gil Vicente tem foco na denúncia de
posturas incorretas dos que se dizem cristãos e da
sociedade da época por meio do humor (como já diz a
frase “A rir se corrigem os costumes”). Em comum há
o orgulho de ambos, no fidalgo por considerar superior
aos outros (“Para senhor de tal marca/ nom há aqui
mais cortesia?) e no sapateiro por pensar que, como
frequenta a missa, está imune aos seus pecados.
(“Quantas missas eu ouvi, não me hão elas de
prestar?”)
Gil Vicente escreveu o Auto da Barca
do Inferno, em 1517, no momento que
representa a transição da Idade Média para o
Renascimento, guardando traços dos dois
períodos. Também eclodia, na Alemanha, a
Reforma Protestante com a crítica veemente de
Lutero ao mau clero dominante na Igreja
Católica. Nessa obra, há a figura do frade,
severamente censurado como um sacerdote
negligente.
Sobre as obras de Gil Vicente vê-se
que se trata de um grande painel que satiriza a
sociedade portuguesa do seu tempo. Ele
compõe peças de caráter sacro e satírico e que
o moralismo vicentino localiza os vícios, não
nas instituições, mas nos indivíduos que as
fazem viciosas.
OBS: A pesquisa desta apostila foi feita em
diversos sites, dentre eles: “Passei Web”,
“Toda Matéria”, “Resumos de Literatura” e
muitos outros, os quais serão especificados no
final.
FONOLOGIA
1. FONOLOGIA É a parte da Gramática que estuda o
comportamento dos fonemas de uma língua,
tomando-os como unidades sonoras capazes de
criar diferença de significados.
2. FONEMA E LETRA Fonema é a menor unidade sonora e distintiva
de uma língua. Os fonemas dividem-se em
vogais, semivogais e consoantes. Convém
reforçar que o fonema é uma realidade
acústica.
Letra é o sinal gráfico que, na escrita,
representa o fonema. A letra é uma realidade
gráfico-visual do fonema.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
a) Uma mesma letra pode representar fonemas
diferentes. É o que ocorre com a letra “x” em
palavras como sexo (x = ks), feixe (x = ch),
exato (x = z) e próximo (x = ss).
b) Um mesmo fonema pode ser representado
por letras diferentes. É o que ocorre em flecha
(ch = x) e lixo (x = ch).
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c) Uma única letra pode representar dois fonemas. A
esse fenômeno, chama-se dífono. Exemplo: táxi (lê-se
“táksi” – x = ks).
d) Duas letras podem representar um único fonema. A
esse fenômeno, chama-se dígrafo. Exemplo: chave (lê-
se “xávi” – ch = x).
É válido ressaltar que, por se tratar de um
conteúdo já visto em séries anteriores e pedido a
pesquisa em sala, abaixo seguem questões para
exercitar os conhecimentos sobre ele.
QUESTÕES DIALOGANDO FONÉTICA E
HUMANISMO
01) (UFRGS – adaptada) Considere a afirmativa
abaixo e assinale a alterantiva incorreta:
“Gil Vicente critica as desigualdades sociais ao apontar
o desprezo do fidalgo aos pequenos, aos
desfavorecidos.”
a) Todas as palavras destacadas são paroxítonas.
b) Apenas o sintagma “desfavorecidos” não é trissílabo.
c) A palavra fidalgo possui um ditongo fonético.
d) Há encontro consonantal em todas as palavras
assinaladas.
e) Pequenos possui dígrafo.
02) (FUVEST – adaptada) Considere a afirmativa
abaixo e assinale a alternativa correta:
“O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas
instituições, mas nos indivíduos que as fazem
viciosas.”
( ) Há dígrafo vocálico em todas as opções destacadas.
( ) Há 08, 10 e 09 fonemas, respectivamente.
( ) Todas as palavras são proparoxítonas.
( ) Todas as palavras são polissílabas.
03) (UFRGS – adaptada) Leia o texto abaixo, sobre a
obra de Gil Vicente e responda:
“Representa a transição da Idade Média para o
Renascimento, guardando traços dos dois períodos.
Trata-se de um grande painel que satiriza a sociedade
portuguesa do seu tempo.”
a) Destaque a quantidade de fonemas das palavras
destacadas: ________________________________
b) Pontue os encontros consonantais e dígrafos da
palavra: “representa”.________________________
c) A palavra “sociedade” possui ditongo ou hiato?
_________________________________________
04) (FUVEST - adaptada) “Sobre a poesia
palaciana é possível afirmar que a poesia, que
no trovadorismo era canto, separa-se da
música, passando a ser fala. Destina-se à
leitura individual ou à recitação, sem o apoio
de instrumentos musicais.”
Quantos ditongos e hiatos há na expressão
destacada?
_____________________________________
_____________________________________
GABARITO:
1)D 2 )V F F V 3) 9 / 10 / 9 /9 fonemas / pr -
encontro consonantal; en - dígrafo vocálico/
hiato - so-ci-e-da-de
5) po-e-si-a pa-la-ci-a-na - Três hiatos.
REFERÊNCIAS: http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/humanismo
http://literaturadecamoes.blogspot.com.br/2012/04/percebendo-os-
caracteres-de-fernao.html http://literatura-humanismo.blogspot.com.br/2011/11/ exercicios-
sobre-humanismo.html
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/a/auto_da_lusitania
http://www.resumosdeliteratura.com/2014/03/resumo-de-humanismo-
literatura.html http://www.significados.com.br/humanismo/
http://www.todamateria.com.br/poesia-palaciana/
CLASSICISMO – SÉCULO XVI (1527-1580)
Contexto histórico:
-Ascensão da burguesia
- Centralização do poder
- Reforma Protestante - Grandes Navegações
- Invenções e progresso científico: bússola,
pólvora, imprensa, papel, relógio, mapa
múndi.
Características:
- Preocupação formal: uso dos sonetos, a
maioria dos versos são decassílabos (dez
sílabas poéticas)
- Culto e imitação dos clássicos
- Neoplatonismo
- Mitologia greco-latina
- Antropocentrismo
- Racionalismo
- Universalismo
A cultura e a arte se voltam para o
homem e suas potencialidades, como o
raciocínio, a análise, a crítica.
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A arte do Renascimento (Classicismo na
literatura) dialoga com a Antiguidade Clássica,
considerada modelo de civilização, tendo como uma das
características, a imitação dos modelos greco-latinos,
como por exemplo, quando em “Os Lusíadas” o eu lírico
tece referências da mitologia grega.
A individualidade perde terreno para o aspecto
universal, isto é, os artistas passam a se preocupar com
ideias relacionadas às verdades universais.
Vê-se uma objetividade em decorrência da
preocupação com temas universais, posturas científicas
com base na observação da realidade.
A atividade literária reflete essa atmosfera de
exaltação épica e independência econômica, em obras
que apresentam Portugal como grande nação vitoriosa.
Tem como maior representante o escritor Luís de
Camões com seus poemas líricos e épicos, destacando-se
a obra épica “Os Lusíadas” e as líricas “Tanto de meu
estado me acho incerto” e “Soneto 11”.
POESIA LÍRICA – CAMÕES
Na poesia lírica, novas formas poéticas vindas
da Itália foram assimiladas, como o verso decassílabo
(dez sílabas poéticas) e o soneto (dois quartetos e dois
tercetos, ou seja, duas estrofes com quatro versos e duas
estrofes com dois versos).
Os poemas líricos de Camões evidenciam as
contradições (uso de antíteses, paradoxos ou oximoros),
ambivalências (conflitos) da época em que ele viveu,
quando a busca pela razão estava ao lado de valores
medievais como a subjetividade.
Ele busca falar do amor de forma universal e
aborda a efemeridade da vida (o quanto a vida é
passageira), os conflitos existentes entre o que acredita
ser correto, racional, e as injustiças e contradições do
amor.
Em diversas poesias líricas a contradição em meio
a antíteses e paradoxos se faz presente, de modo que em
uma de suas poesias ele denomina-se coitado mediante a
intensidade do sofrimento devido à oposição de
sensações, de forma que sente piedade de si mesmo.
“Coitado! Que em um tempo choro e rio;
espero e temo, quero e aborreço;
juntamente me alegro e entristeço;
de uma cousa confio e desconfio. [...]”
“Amor é um fogo que arde sem se ver...
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer. [...]”
“Tanto de meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o mundo todo abarco e nada aperto. [...]”
Em “Tanto do meu estado me acho incerto”,
observa-se predominantemente sensações
contraditórias, caracterizadas pelo uso da
antítese / oxímoro / paradoxo, figuras de
linguagens possíveis de perceber a partir das
expressões: ardor x frio; choro x rio; abarco x
aperto.
Sobre a lírica camoniana é correto afirmar
que:
+ boa parte de sua realização se encontra na
poesia de inspiração clássica.
+ sonda o mundo do “eu”, da mulher, de Deus.
+ muitas vezes o poeta procura conceituar o
amor, utilizando antíteses e paradoxos.
+ há utilização de versos livres, sonetos, dentre
outras estruturas clássicas como versos
decassílabos.
POESIA ÉPICA – CAMÕES
Portugal atingira, no século XVI, o
apogeu, o máximo de glória pelas conquistas
ultramarinas. Desta forma, havia a necessidade
de registrar tais feitos.
Na épica camoniana destaca-se a
célebre narrativa “Os Lusíadas”, obra
construída em estrofes e versos clássicos. O
poema divide-se em dez cantos, tendo 1.102
estrofes de oito versos em cada.
É uma epopeia clássica, ou seja, um
poema narrativo em que prevalece o
fantástico, a mistura de fatos históricos e
ficcionais, em especial com mitos, heróis.
Há a presença de dois narradores no
poema: o eu-épico, Camões fala através dele, e
o outro, Vasco da Gama, que é quem dá conta
de toda a História de Portugal.
Tendo elementos da cultura greco-
latina (mitologia) e da ocidental (fé cristã), o
referido texto destaca a coragem do povo
português no período das grandes navegações,
destacando a viagem de Vasco da Gama às
Índias.
O tom dado ao poeta Luís de Camões
na epopeia citada é de grandiosidade, porque
ele canta os mais altos valores do povo
português.
Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/
classicismo.htm