hoje macau 14 dez 2011 #2513

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TEMPO MUITO NUBLADO MIN 14 MAX 21 HUMIDADE 40-70% CÂMBIOS EURO 10.5 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUARTA-FEIRA 14 DE DEZEMBRO DE 2011 ANO XI Nº 2513 PUB Ter para ler Violação dos direitos de autor DEPUTADOS QUEREM PENAS MAIS DURAS • Página 5 Sistema de metro ligeiro HONG KONG VEIO DAR UMA AJUDINHA • Página 7 Estrela de Hollywood do lado da China CHRISTIAN BALE DEFENDE FILME ACUSADO DE PROPAGANDA • Página 10 Departamentos do Governo são como tumores cancerígenos Deputado acusa líderes medíocres. Diz que quando confrontados com as falhas não se demitem ou procuram ajuda. Em vez disso, contratam assistentes ainda mais incompetentes. Como um cancro espalha metástases em vez de ser curado. > PÁGINA 4 Comparação demolidora de Au Kam San

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Edição do Hoje Macau de 14 de Dezembro de 2011 • Ano X • N.º 2513

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Page 1: Hoje Macau 14 DEZ 2011 #2513

TEMPO MUITO NUBLADO MIN 14 MAX 21 HUMIDADE 40-70% • CÂMBIOS EURO 10.5 BAHT 0.2 YUAN 1.2

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • QUARTA-FEIRA 14 DE DEZEMBRO DE 2011 • ANO XI • Nº 2513

PUB

Ter para ler

Violação dos direitos de autor

DEPUTADOSQUEREM PENAS

MAIS DURAS• Página 5

Sistema de metro ligeiro

HONG KONGVEIO DAR

UMA AJUDINHA• Página 7

Estrela de Hollywood do lado da China

CHRISTIAN BALEDEFENDE FILME ACUSADO

DE PROPAGANDA• Página 10

“Departamentosdo Governo são como tumores cancerígenos”Deputado acusa líderes medíocres. Diz que quando confrontados com as falhas não se demitem ou procuram ajuda. Em vez disso, contratam assistentes ainda mais incompetentes. Como um cancro espalha metástases em vez de ser curado. > PÁGINA 4

Comparação demolidora de Au Kam San

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QUARTA-FEIRA 14.12.2011

2www.hojemacau.com.mo ACTUAL

15 CRIANÇASMORTAS EM ACIDENTE Pelo menos 15 crianças morreram e outras oito ficaram feridas na província chinesa de Jiangsu na sequência de um acidente do autocarro escolar onde seguiam para a escola primária. Uma das crianças feridas encontra-se em estado grave. O acidente ocorreu na tarde de segunda-feira, quando o autocarro circulava numa auto-estrada fora da cidade de Xuzhou.

DETECTADO SURTODE GRIPE AVIÁRIA NO TIBETEUm surto de gripe aviária foi detectado perto de Lhasa, capital da região autónoma do Tibete. Os laboratórios confirmaram a presença do vírus H5N1 em 290 aves de fazenda, que morreram este mês. A epidemia está sob controlo, segundo as autoridades, e por enquanto não afectou humanos em contacto com os animais. A região do surto, na localidade de Sangda, foi isolada e esterilizada.

MODA DAS GRÁVIDAS FALSASA China e o Japão são conhecidos pelas modas insólitas. Depois do aumento dos dentes para ficar parecido com os vampiros da saga ‘Twilight’, no Japão, há agora na China uma moda surpreendente: barrigas de grávida falsas. O produto é feito à base de gel, custa 1200 patacas, e, diz quem compra, o objectivo é viver a experiência da gravidez. Segundo os vendedores, também é procurada por homens.

MAIS DE 200 BLOGSPORNO FECHADOSA China fechou mais de 200 microblogs que publicavam material pornográfico, mesmo depois serem denunciados pelo público. Mais de 100 possuíam conta no Weibo, o Twitter chinês. O governo tem empreendido ultimamente uma forte fiscalização sobre as redes sociais e conteúdos impróprios. O Weibo, segundo o governo, é um dos grandes focos disseminadores de materiais obsceno.

MULHER DE 27 ANOSFOI EXECUTADAO Presidente da África do Sul intercedeu junto do governo chinês para pedir clemência para uma sul-africana, mas sem sucesso - foi executada na segunda-feira pelas autoridades chinesas, por tráfico de estupefacientes.”O Presidente tentou intervir, ao mais alto nível possível”, disse à comunicação social o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Clayson Monyela.

A China tornou-se o principal parceiro do Brasil nas relações comerciais, mas isso não contribuiu para alterar o perfil dos investimentos directos brasileiros

no território. O Conselho Empresarial Brasil-China

identificou apenas 57 empresas brasileiras com investimento na China, sendo que 51% são prestadoras de serviços e 28% ligadas a indústria. Os outros 21% são sobretudo re-presentantes de companhias com produtos baseados em recursos naturais, como minério e energia.

“O volume de investimento é pequeno e pouco dinâmico”, diz Claudio Frischtak, con-sultor do conselho e coordenador do estudo,

acrescentando que os investimentos brasileiros se dividem em 26 diferentes actividades. “Mas não há profundidade. Ou seja, em nenhuma das actividades o investimento brasileiro pode ser considerado importante na China.”

Segundo o estudo, os brasileiros investem ainda muito pouco na China. Apenas 0,06% dos investimentos directos totais do Brasil no exterior nos últimos dez anos teve a China como destino. E entre os investimentos directos que a China recebeu no mesmo período, o Brasil tem uma fatia de apenas 0,04%.

ACTOR MARGINALO total de investimentos estrangeiros na China no fim de 2010 era de MOP 8,8 mil milhões, o

que mostra, diz Frischtak, que o comportamento do investimento brasileiro evoluiu de forma dissonante ao da evolução das exportações. “O Brasil é um actor marginal e as empresas brasileiras, além de serem em número pequeno, exercem papel secundário.”

O economista lembra que nas últimas dé-cadas a China passou a aplicar uma política de atracção de investimentos. O governo chinês, porém, diz, usa, dentro dessa política, “filtro e qualificação” do investimento externo. Ou seja, há uma forte regulação do governo, o que pode criar obstáculos para a implantação de investi-mentos. Para Frischtack, porém, o investidor brasileiro precisa planear e persistir para ter acesso a esse mercado.

O PAÍS QUE MAIS PENAS DE MORTE APLICA

Triste recordeA China é o país que mais aplica

penas de morte no mundo, com cerca de 4.000 execuções por ano, e mais de metade realizam-se antes de o Supremo Tribunal rever as senten-ças, afirmou na terça-feira o grupo de direitos humanos Dui Hua, com sede em São Francisco (EUA).

As autoridades chinesas re-velaram a queda no número de execuções durante um seminário com funcionários das Nações Uni-das e especialistas internacionais na cidade de Hangzhou, no início deste mês.

Segundo a organização de direitos humanos, as autoridades chinesas recusaram-se a informar quantas pessoas foram executadas anualmente, mas revelaram que o número caiu 50% desde 2007. Em 2006, a imprensa estatal e o Dui Hua estimam que houve 8.000 execuções.

O governo chinês diz que tenta garantir que a aplicação da pena de morte seja usada com menos fre-quência e apenas para punir crimes de maior gravidade. “A China fez um grande progresso ao reduzir o

número de execuções, mas ainda é muito alto e diminui muito lenta-mente”, disse o fundador da ONG, John Kamm.

Também instou a China a ser mais transparente em relação aos dados sobre as execuções, afir-mando que isso ajudaria o país a extinguir a pena de morte. “Se as autoridades e o público souberem a extensão das penas de morte na China, a abolição será alcançada mais rapidamente.”

As autoridades chinesas tam-bém disseram que o Supremo Tribunal revê anualmente cerca de 10% das sentenças. Segundo o jornal “China Daily”, o Supremo Tribunal reviu 15% das sentenças de morte expedidas em 2007 e 10% em 2008.

Apenas 57 empresas brasileiras investem na China

Este samba não abana nada

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QUARTA-FEIRA 14.12.2011

3www.hojemacau.com.mo

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PYONGYANG auto-rizou, pela primeira vez, uma empresa chinesa a explorar o

complexo turístico no Monte Kumgang, na Coreia do Norte, que era desenvolvido em conjunto com Seul até 2008, quando foi morta uma turista sul-coreana.

De acordo com a agên-cia noticiosa sul-coreana Yonhap, a empresa chinesa prevê organizar itinerários pelo Monte Kumgang, na costa leste da Coreia do Norte, para turistas chineses.

A empresa, que obteve autorização para explorar o negócio até ao final de 2026, prevê instalar no complexo norte-coreano um casino, uma loja livre de impostos e um hotel.

A Coreia do Norte consi-dera importante a revitaliza-ção deste projecto turístico pois supõe uma fonte de

O ex-presidente da comissão eleitoral das Filipinas Ben-jamin Abalos entregou-se ontem à Justiça na sequência

de um caso de fraude eleitoral no âmbito do qual era pro-curado e foi detida a ex-presidente do país Gloria Arroyo.

“Estou triste”, afirmou Abalos à sua chegada ao tribunal regional de Pasay, que emitiu um mandado de captura do responsável pelo seu envolvimento no caso de fraude eleitoral nas legislativas de 2007.

O mandado surgiu cinco dias depois de Abalos ter sido formalmente acusado de sabotagem eleitoral, juntamente com o responsável eleitoral da província de Cotabato do Norte Yogie Martirizar e o responsável do serviço de in-formações das Forças Armadas Peter Reyes.

A 18 de Novembro, o mesmo tribunal ordenou a detenção, no âmbito do mesmo caso, da ex-presidente Gloria Macapagal Arroyo, que passou três semanas sob custódia policial numa clínica exclusiva de Manila até ter sido transferida, na sexta-feira, para um hospital militar.

A mulher que governou as Filipinas entre 2001 e 2010 é alvo de vários processos judiciais, um deles pelo contrato que assinou, em 2007, com a empresa chinesa ZTE para a construção de uma rede nacional de Internet de alta veloci-dade, que alegadamente estava sobrevalorizado em 1,5 mil milhões de patacas face aos 2,6 mil milhões orçamentados.

Arroyo está também acusada de financiar as campanhas eleitorais de 2004 e 2007 com fundos públicos.

O ministro das Finanças do Japão, Jun Azumi, exortou ontem os

líderes europeus a envidarem mais esforços para aliviar a tensão nos mercados causada pela crise da dívida.

Em declarações citadas pela agência noticiosa japonesa Kyodo, o governante salientou que o Japão, a terceira econo-mia mundial, vai cooperar no que for possível, mas depois de a Europa apre-sentar um plano concreto e determinar o volume de recursos necessários para evitar o contágio da crise.

Na cimeira de Bruxelas na semana

passada, os líderes da União Europeia acordaram reforçar com 2 triliões de patacas, através de empréstimos bila-terais, os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para se poder fazer frente a eventuais novos resgates de países em dificuldades, e convidaram outras potências a fazer o mesmo.

O Japão, que possui a segunda maior quota do FMI depois dos EUA, “pode oferecer um certo grau de cooperação, depois de a Europa dar a conhecer um plano claro e os custos” para evitar que a crise se alargue, explicou Azumi.

O titular japonês da pasta das Fi-nanças reconheceu que a cimeira de Bruxelas alcançou “grandes progres-sos”, referindo-se ao acordo alcançado pelos países da União Europeia, com excepção do Reino Unido, para refor-çar a disciplina fiscal e combater a crise.

O acordo, porém, não conseguiu elevar os ânimos dos mercados, que receberam com desconfiança a notí-cia e a agência de notação financeira Moody’s reiterou na segunda-feira a sua intenção de rever em baixa o ‘ra-ting’ dos países da zona Euro.

Coreia do Norte | Exploração turística entregue a empresa chinesa

Kumgang para os amigos

JAPÃO | GOVERNO APELA A MAIS ESFORÇOS PARA ALIVIAR TENSÕES NOS MERCADOS

Tudo a remar para o mesmo lado

FILIPINAS | EX-PRESIDENTE DA COMISSÃO ELEITORAL ENTREGOU-SE

Por livre vontade

receitas para a sua economia empobrecida, que é alvo de uma crise permanente desde os anos 90.

Seul suspendeu as via-gens ao Monte Kumgang em 2008, quando uma turista sul-coreana entrou numa zona de acesso restrito du-rante a madrugada, tendo sido abatida a tiro por um soldado norte-coreano.

Desde então que a Coreia do Norte tem feito pressão para a retoma das viagens com destino ao complexo turístico, originalmente da responsabilidade exclusiva da empresa sul-coreana Hyundai Asan, mas o Gover-no de Seul vetou a iniciativa, considerando não existirem as garantias suficientes de segurança para os turistas.

Uma vez que as negocia-ções estavam bloqueadas, Pyongyang decidiu congelar este ano os bens sul-corea-nos, retirando a concessão

de exploração do complexo à Hyundai Asan, e anunciou a possibilidade de empresas de outros países poderem desenvolver o projecto.

A decisão de autorizar a exploração do complexo turístico por uma empresa chinesa chega poucos meses depois de a Coreia do Norte ter realizado um itinerário experimental para turistas chineses a partir da cidade portuária de Rasone, no noroeste, até Kumgang, numa tentativa de atrair os visitantes do seu grande aliado asiático.

A Coreia do Norte considera importante a revitalização deste projecto turístico pois supõe uma fonte de receitas para a sua economia empobrecida, que é alvo de uma crise permanente desde os anos 90.

PNTL PEDE A TIMORENSES PARA CONFIAREM NA POLÍCIAO comandante-geral da Polícia Nacional de Timor-Leste, Longuinhos Monteiro, pediu aos timorenses para confiarem na polícia do país, principalmente durante o período eleitoral de 2012. “Em nome da instituição que tem a tutela da segurança deste Estado, eu faço um apelo a toda a comunidade timorense, para os que têm o direito de voto e os que não têm por várias razões, que confiem na polícia”, afirmou. O comandante-geral da PNTL falava aos jornalistas em conferência de imprensa para explicar como as forças de segurança se estão a preparar para as eleições presidenciais, previstas para Março, e legislativas, que deverão decorrer em Junho.

ANÚNCIOConcurso Público para a Prestação dos Serviços de Inscrição

das Actividades de Férias 20121. Entidade Promotora

O presente Concurso Público é promovido pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, através do Instituto do Desporto e da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.

2. ObjectoO presente concurso, tem por objecto seleccionar a melhor proposta para a aquisição de todos os serviços relacionados com o processo de inscrições para o Programa das Actividades de Férias 2012.

3. Consulta do processo e dúvidas sobre as peças patenteadas no concursoLocal: Sede do Instituto do Desporto Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, s/n,

edifício Fórum de Macau, bloco I, 4.º andar.Prazo: 14 de Dezembro de 2011 até 28 de Dezembro de 2011.Os interessados podem solicitar cópia do processo, sendo cobrado por cada cópia o preço de $500,00 (quinhentas) patacas.Os pedidos de esclarecimento de quaisquer dúvidas surgidas na interpretação das peças patenteadas devem ser apresentadas, por escrito, na sede do Instituto do Desporto, até ao dia 28 de Dezembro de 2011; não serão aceites os documentos enviadas por correio.

4. Local e prazo para entrega das propostasLocal: Sede do Instituto do Desporto Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, s/n, edifício

Forum de Macau, bloco I, 4.º andar.Dia e Hora: Até às 12h00 do dia 11 de Janeiro de 2012.

5. Data, hora e local do acto público do concursoDia 12 de Janeiro de 2012, pelas 10H30 na Sede do Instituto do Desporto da RAEM sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, s/n, edifício Fórum de Macau, bloco I, 4.º andar.

6. Caução ProvisóriaNo momento da apresentação das propostas devem os proponentes apresentar caução provisória de 90 000,00 (noventa mil) patacas, como garantia do exacto e pontual cumprimento das obrigações assumidas na proposta apresentada. Deve ser apresentado o documento comprovativo de ter sido efectuada a caução provisória à ordem do Fundo de Desenvolvimento Desportivo, no Banco Nacional Ultramarino, ou prestada na Divisão Administrativa e Financeira do Instituto do Desporto, em numerário ou cheque, podendo ainda ser efectuada mediante garantia bancária.

7. Caução definitiva:5% do preço total da adjudicação.

8. Prazo válido das propostasAs propostas são válidas durante 90 dias contados da data do acto de abertura das propostas.

9. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes deverão comparecer no Instituto do Desporto, sito na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, Ed. Fórum de Macau, bloco 1, 4.º andar, até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais

Instituto do Desporto, ao 7 de Dezembro de 2011.

O Presidente, Substituto,José Tavares

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QUARTA-FEIRA 14.12.2011

4www.hojemacau.com.mo POLÍTICA

HOJE

MAC

AUVirginia [email protected]

“O Instituto de Ha-bitação (IH) está a procurar ossos dentro de um ovo.”

É assim que Au Kam San, deputado da ala pró-democrata, define o orga-nismo numa crítica lançada ao debate na sua página de Facebook. Para o membro da Assembleia Legislativa, o IH mostra-se entusiasmado com a ideia de reduzir a demanda de habi-tação pública, mas não liga à mínima à política de aumentar o número de fracções baratas.

Au Kam San vem também a pú-blico denunciar um caso que o está a incomodar. Um homem inscreveu--se na lista de espera para habitação pública há vários anos, indicando que vivia com a sua mulher – ambos já em idade avançada. No entanto, o homem simplesmente desapareceu de Macau. A mulher fez queixa à polícia, que confirma que o marido saiu e nunca mais regressou.

O Instituto de Habitação cance-lou a candidatura do casal, a defender que já não era possível localizar um dos membros da família para provar os rendimentos. A mulher, inconfor-mada após tantos anos de espera, entrou com um recurso judicial. A Justiça acabou por dar razão à senho-

Au Kam San critica montanhas de burocracia no Instituto de Habitação

Andamos todos muito ocupadosra, reconhecendo que ela continuava elegível à habitação pública.

“Como já está habituado a massacrar as pessoas, o IH não se preocupou com a revogação judi-cial”, denuncia Au Kam San. Em condições normais, com a decisão judicial a mulher teria apenas de entregar a sua documentação, para provar que teria direito a um tecto em conta, numa espécie de novo processo, mas sem perder seu lugar na fila. No entanto, o tempo passou e o IH esqueceu-se de solicitar a nova documentação à mulher – o que fez com que o processo fosse cancelado.

“Como é que o IH pode não estar tão ocupado? Anda a brincar com os mesmos processos e não sai do sítio”, apontou o deputado.

Durante a apresentação das Li-nhas de Acção Governativa (LAG) para 2012, o secretário para as Obras Públicas e Transportes, Lau Si Io, refe-riu que o Instituto de Habitação não tinha recursos humanos suficientes para reabrir a inscrição de novos can-didatos às residências económicas e sociais. “O IH anda muito ocupado, o Governo está muito atarefado... Mas não consigo perceber o que andam a fazer”, questionou Au.

“O Instituto de Habitação anda muito ocupado, o Governo está muito atarefado... Mas não consigo perceber o que andam a fazer”.

DEPUTADO FAZ COMPARAÇÃO ARRASADORA

Tumores e obras públicasA imagem apareceu na

página do deputado da Assembleia Legislativa (AL) Au Kam San: “Os departa-mentos do Governo são como tumores cancerígenos malig-nos que crescem livremente, mas sem qualquer melhoria na eficiência administrativa”. Para o pró-democrata, que voltou também a recorrer à Lei de Parkinson para descre-ver a situação, o crescimento maligno mais significativo é o verificado nos Transportes e Obras Públicas, um caso sintomático da ineficiência dos funcionários do Governo.

A Lei de Parkinson diz que “o trabalho se expande para preencher o tempo disponível para a sua con-clusão”. Uma vez mais, esse postulado foi utilizado por Au Kam San para descrever a atitude dominante no am-

biente administrativo dos departamentos do Governo em Macau, que continuam a crescer, cada vez com equipas mais cheias de gente, mas sem qualquer melhoria em termos de eficiência, que, em alguns casos, chega mesmo a diminuir. “A principal razão é que quando o chefe do de-partamento é incapaz, ele não irá utilizar as capacidades de alguém mais talentoso do que ele próprio”, explicou Au, descrevendo outro dos axiomas da Lei de Parkinson.

Confrontado com a sua própria incompetência, um líder de departamento tem duas opções desejáveis:

apresentar a sua demissão, permitindo que chegue ao seu posto alguém mais capaz; ou deixar que essa pessoa capaz o ajude no seu trabalho, garantindo que, pelo menos, este se realize de forma satisfatória. Mas, invariavelmente, o respon-sável irá tomar uma terceira opção, e a mais prejudicial para a organização em ter-mos globais: contratar ou-tros dois assistentes desde que sejam pessoas de um nível muito abaixo do seu próprio. Assim, em vez de abdicar de um poder para o qual é evidente que não está preparado, ou de delegar a

tarefa numa pessoa que de-vido ao seu talento poderá um dia vir a substituí-lo, o chefe medíocre arranja subordinados duplamente medíocres com quem par-

tilhar o fardo de uma tarefa que não consegue completar sozinho.

E, como se não bastasse a valorização da incompe-tência, o “cancro” também beneficia da penalização da competência. É que os fun-cionários competentes cos-tumem ter pontos de vista dissonantes e opiniões pró-prias sobre como cumprir

as tarefas, e não gostam de ser “yes-men”. No entanto, para o chefe incompetente, essas qualidades são vistas como insubordinação e desobediência que importa “eliminar”.

As consequências dessa filosofia, assinala Au Kam San, estão bem à vista: con-tratar sucessivamente su-bordinados incompetentes valorizando a sua incapa-cidade leva à formação de um inchaço funcional, auto--protector, num mecanismo de liderança de baixa efici-ência. Essa teoria, assinala o deputado, explica como o número de funcionários públicos aumentou desde a transferência de Macau, de 17 mil para 25 mil, sem que se observem quaisquer melhorias na eficiência da administração pública. - V.L.

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QUARTA-FEIRA 14.12.2011

5www.hojemacau.com.mo

PUB

Joana [email protected]

NÃO falta mais do que uma “decisão política” para que

esteja, finalmente, pronta a altera-ção ao Regime Jurídico do Direito de Autor e dos Direitos Conexos. A proposta apresentada pelo Execu-tivo no ano passado – e aprovada na generalidade em Novembro desse mesmo ano – está à espera da decisão do Governo sobre a imple-mentação ou não de agravamento de pena consoante os casos.

“A assessoria da Assembleia Legislativa (AL) considera que colocar a obra à disposição do público sem autorização do autor e para fins comerciais deve sofrer agravamento de pena”, frisou Cheang Chi Keong.

O presidente da 3ª. Comissão

COMEÇOU O ESTUDOPARA REORDENARO BAIRRO DO IAO HONO Conselho Consultivo para o Reordenamento dos Bairros Antigos anunciou ontem o início de um estudo de planeamento para o Bairro do Iao Hon. Ainda que em fase preparatória, o grupo propôs três fases para o desenvolvimento do local. Tornar a Zona Nordeste como motor de vitalidade, aperfeiçoar as instalações de apoio e transformá-las num bairro verde e agradável para habitação, assim como de baixo teor de carbono são alguns dos objectivos. “Através da criação de um bom ambiente pedonal e rede de transportes públicos convenientes, assim como do aperfeiçoamento dos serviços públicos e instalações culturais, recreativas e desportivas, podemos aumentar a vitalidade de todo o Bairro do Iao Hon pelas vertentes económica, de trânsito e comunitária”, frisa o Conselho em comunicado. Depois deste estudo prévio, será feito um concurso para o projecto arquitectónico do plano de reordenamento e um outro estudo mais aprofundado.

DEPUTADOS QUEREM AGRAVAMENTO DE PENA PARA QUEM COPIE COM FINS COMERCIAIS

Vender o que não é delesPermanente – grupo responsá-vel pela análise da proposta na especialidade que reuniu ontem com os membros do Executivo – explicou que, neste ponto, as opiniões de deputados e Execu-tivo divergem.

Enquanto a Comissão defende um agravamento de oito meses para a pena máxima de dois anos para quem “disponibilize ao públi-co e para fins comerciais” obras sem autorização do seu autor, o Gover-no marca uma posição diferente.

“O Executivo não faz, na sua proposta, menção a qualquer acréscimo de pena nestes casos. Apenas afirma a penalização em casos de distribuição de obras sem autorização, mas num âmbito mui-to abrangente. Deve acrescentar-se os fins comerciais”, defende o presidente da Comissão.

Para Cheang Chi Keong, a omissão deste factor na Lei poderá implicar consequências graves, num futuro onde o desenvolvi-mento da tecnologia é a certeza. O presidente assegura que a assesso-ria da AL propôs a alteração deste aspecto ao Executivo, a quem cabe a decisão final.

“Eu considero correcto existir o agravamento. Mas, a comissão entende que o assunto deve ser decidido pelo Governo, já que foi quem apresentou a proposta”.

Desde Novembro de 2010 que este regime está a ser analisado na especialidade. Agora, Cheang Chi Keong acredita que “o facto de não existirem muitas divergên-cias” pode fazer chegar a proposta final à AL.

“É tempo para o Governo apresentar quanto antes uma

versão alternativa ao texto da comissão. O objectivo é prote-ger os autores, mas falta decidir se as normas deverão ser mais rígidas ou mais brandas. Essa é uma decisão política, que cabe ao Executivo”. Se tudo correr bem, a proposta entra para votação dos deputados em breve.

PUBLICIDADE FALSA A ESTRAGAR O AMBIENTEA Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) recebeu recentemente informações de residentes, dizendo que uma empresa está a promover, em cooperação com a entidade, os seus produtos com certificações do Fundo para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética (FPACE), sublinhando que os consumidores, ao comprarem estes produtos, poderiam beneficiar do apoio financeiro correspondente a 80% do montante total dos produtos adquiridos. A DSPA reitera que não existe nenhuma cooperação com empresas privadas, bem como com o FPACE, para a promoção de planos, e que não foram emitidas nenhumas certificações especiais a quaisquer tipos e marcas de produtos. O governo apela a atenção da população.

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QUARTA-FEIRA 14.12.2011

6www.hojemacau.com.mo SOCIEDADE

Lia [email protected]

ENQUANTO se discute uma revisão da lei, o estatuto do jornalista e um organismo que regule a profissão, o

Hoje Macau voltou aos bancos da faculdade. A aula foi dada por dois coordenadores de licenciaturas de Comunicação, na Universidade de Macau (UMAC) e na Universidade de São José (USJ). Agnes Lam e José Manuel Simões falam num ensino onde se promove o pensamento cri-tico. Manuel Simões põe em causa o que nos dias de hoje é ser jornalista, numa “era em que se vende sexo e sangue”. Lam pede cuidado na hora de criar um conselho regulador.

O jornalismo como quarto poder tende a perder terreno, passando a ser o quarto do poder, argumenta Ma-nuel Simões. “O papel do jornalista está limitado pela acção dos grandes grupos económicos. As relações de convivência com os diferentes po-deres restringem e põem em causa a sua integridade.”

Para o docente, é importante ser definido um código de con-duta, que oriente o profissional. Contudo, defende que um có-digo deontológico não sanciona violações éticas. “É necessário ter princípios deontológicos que regrem a comunidade, mas este factor é normativo - visa apenas as relações entre as fontes e o jor-nalista enquanto quarto poder.” O problema que se levanta “é a falta de memória nas redacções, porque a maior parte dos profissionais do sector não sabem sequer o código deontológico, nem seguem linhas editoriais”.

Agnes Lam sustenta também a ideia de mudança – mas a nível técnico, não nos princípios básicos. “A protecção dada aos jornalistas é suficiente e isso não precisa de ser alterado.” A professora diz ainda que se os profissionais do sector sentem necessidade de criar a figura de um conselho então que o façam, mas com muita atenção - quem vai integrar o organismo e como vai funcionar. “O organismo pode receber queixas e fazer o seu papel, mas temos que ser cuidadosos com a forma como é criado. O Governo tem que ter isto em atenção.”

A outra alternativa que Lam dá é a regulação interna. Se uns querem outros nem por isso lhes agrada ser

Professor de Comunicação diz que liberdade de expressão está condicionada

O jornalista e a falta de (in)formação

regulado. A docente dá o exemplo da comunicação social chinesa, “que não quer mudanças, nem lhe agrada a ideia de um Conselho de Imprensa e de Audiovisual”.

QUEM É O JORNALISTA?José Manuel Simões afirma que os jornalistas de hoje já não cumprem

o papel que lhes é destinado – informar e formar. Algo está ser descurado pela classe, que deixou há muito de comunicar, passando agora a seguir a linha do que ven-de – o sensacionalismo. “Se não se informa não se cumpre o papel.”

Para quem está na área e põe em causa o seu próprio papel, o

docente apresenta uma solução: o jornalismo positivo. “Uma corrente na qual se confronta as relações com os poderes e se tenta contornar a acção do jornalista, que actualmente é muito focada na ideia de sensacionalismo. Eu chamo de positivo, porque os factos são construtivos.”

Esta solução mereceu a cri-tica dos jornalistas locais. “É utópico, não existe.” Contudo, o coordenador considera que é esta a via para resolver muitos dos problemas que a comunidade jor-nalística enfrenta. “Se o jornalista conseguir um comportamento que atraia sem violar – que o torne apelativo ao consumidor, sem que se quebrem as regras básicas de ética e deontologia. O consumidor agradece, está can-sado de ser violado com sangue e sexo. Já rejeitam a personagem do jornalista.”

O QUE ENSINA MACAUOs cursos de comunicação pri-mam por uma forte competente prática, descrevem ambos os coordenadores. A aposta é tam-bém desenvolver um sentido critico nos futuros profissionais da área. “Há disciplinas que os fazem pensar e que promovem a crítica social – porque o papel do jornalista não é escrever, nem aceitar tudo o que lhe é dito”, defende Agnes Lam.

Para ensinar a ser jornalista, os dois docentes falam de uma base teórica tradicional – para que se veja a comunicação como um instrumento para dar e receber informação. Da UMAC, a grande fatia de recém-licenciados em co-municação não segue o caminho do jornalismo. Com preparação para outras vertentes, como mul-timédia e relações públicas, são muitos o que optam por este tipo de trabalho. “O mercado é maior”, comenta Lam.

O curso de Comunicação e Media na USJ tem apenas três anos e, quanto a saídas profis-sionais, ainda é cedo para falar. Em estudo estão estágios, que Manuel Simões gostaria que fossem remunerados. Em sen-tido convergente está também a promoção da vinda de jornalistas de outras latitudes, “para que seja dada a oportunidade aos alunos de se aproximarem da profissão”.

As licenciaturas têm como língua de ensino o inglês. Na USJ, as cadeiras de português e chinês são obrigatórias. Na UMAC, o aluno pode optar por aprender em inglês ou chinês. “Não é o ideal, mas achámos que seria a melhor solução para Macau”, refere Agnes Lam.

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QUARTA-FEIRA 14.12.2011

7www.hojemacau.com.mo

FALECIMENTOA família de Adriano da Silva cumpre o doloroso dever de participar o seu falecimento no Centro Hospitalar Conde de S. Januário, no passado dia 4 de Dezembro, vítima de doença. O defunto era subchefe aposentado da PSP e viúvo de Alice Ferreira da Silva, ex-funcionária da Santa Casa de Misericórdia de Macau. As exéquias fúnebres terão lugar no dia 15 de Dezembro, pelas 15h00, na capela do Cemitério de S. Miguel Arcanjo, com missa de corpo presente, seguida de enterro. A família enlutada agradece antecipadamente a todas as pessoas que se dignarem acompanhar o funeral.

Lia [email protected]

O Gabinete para as Infra--estruturas de Transpor-tes (GIT) assinou ontem um memorando de co-

operação técnica com a empresa do Metro de Hong Kong (MTR), no âmbito do futuro sistema de metro ligeiro.

A finalidade é a cooperação com uma entidade experiente,

para que seja feito um acompa-nhamento devido à construção do transporte ferroviário. A formação de pessoal qualificado, assim como a optimização do projecto de cons-trução e gestão também são objecti-

A crise financeira criou “excelentes oportuni-

dades” de investimento no mercado imobiliário portu-guês, defende o economista Jorge Pereira que está em Macau com um portefólio de propriedades avaliadas em 6,2 mil milhões de patacas.

Com vários contactos na RAEM, fruto da sua passa-gem de vários anos em Ma-cau, onde foi vice-presidente executivo da Autoridade Monetária (AMCM) e admi-nistrador de empresas como a Nam Van ou o Finibanco, Jorge Pereira sustenta que a “crise abriu oportunidades únicas”.

“A China, sendo no seu todo um viveiro de investi-dores”, é um espaço que não pode ser ignorado em termos de captação de investimento, sublinhou. “Vive-se uma situação em que a crise, ao determinar uma grande falta de liquidez no mercado e a ausência de financiamento bancário, colocou tremen-dos problemas a todas as empresas portuguesas, no-

ECONOMISTA PROMOVEU PROJECTOS AVALIADOS EM 6,2 MIL MILHÕES DE PATACAS

Vender Portugal em Macau meadamente, às envolvidas no sector imobiliário.”

Com essa escassez de li-quidez, criaram-se excelentes oportunidades de investimen-to. “As empresas precisam de alienar património para

resolver as suas prementes necessidades financeiras. Além disso, aproveitou-se o facto de conhecermos bem o mercado da China, onde in-cluímos Macau e Hong Kong, para interessar e garantir aos

investidores as potencialida-des destes investimentos.”

DO DOURO AO ALENTEJONa carteira de investimentos, entre herdades no Alentejo, quintas no Douro, apartamen-tos de norte a sul de Portugal, centros logísticos ou edifícios de escritórios e habitação, Jorge Pereira tem apenas um projecto que não está concluído, mas sublinha aos interessados que as garantias do promotor são mais do que

suficientes para a conclusão da obra. “Para pessoas que estão longe, há que ter cuidados redobrados nos investimentos que se fazem em projecto. Por isso apostamos em coisas de qualidade, mas concluídas ou com elevadas garantias de conclusão.”

Com novas potencia-lidades de investimentos imobiliários em Portugal, Jorge Pereira explica que a promoção junto de investi-dores na China não é única

e o mesmo conceito está a ser replicado na Rússia, em Angola, no Brasil e no Mé-dio Oriente, cinco mercados que podem ser interessantes para as disponibilidades.

“À excepção dos imóveis para habitação, os que pre-tendemos colocar estão arren-dados, com longos prazos de arrendamento, a entidades de elevada credibilidade e garan-tem rendimentos muito atrac-tivos.” Isto porque, garante, na maioria das situações “só a crise financeira e a necessi-dade de realização de liquidez leva a que as empresas neces-sitem de se desfazer de alguns activos para garantirem o seu desenvolvimento”.

Transportes assumem cooperação técnica com Hong Kong

Tudo para melhorar o metrovos do GIT. “Esperamos promover continuamente a cooperação com a entidade da região vizinha.”

Isto será feito, de acordo com Lei Chan Tong, coordenador do GIT,”através de diversos projectos, programas e intercâmbios e apoio técnico, elevando o nível profissio-nal do pessoal local, para que esteja preparado a enfrentar eventuais problemas que possam surgir”.

Acrescentou ainda que o sistema da companhia de Hong Kong deve ser considerado uma referência para Macau, a nível de operação e desenvolvimento tecnológico.

EXPERIÊNCIA GARANTIDADavid Yam Pak Nin, chefe dos Negócios Internacionais da MTR, salientou que a empresa já prestou

serviços de consultadoria em mais de 40 cidades, incluindo Pequim, Londres e Estocolmo. Com expe-riência internacional, a MTR tenta prestar todo o apoio necessário para que o metro ligeiro de Macau venha a tornar-se num transporte colectivo de referência, referiu também.

O coordenador do GIT quis deixar definido que esta assinatura

não selou negócios, apenas uma troca entre quem sabe e quem precisa de aprender.

A primeira fase do metro ligei-ro de Macau, com início de opera-ções agendado para 2014, terá uma extensão de 21 quilómetros e um total de 21 estações, permitindo transportar um máximo de 14 mil pessoas por hora e em cada sentido entre Macau e a ilha da Taipa.

SERVIÇOS DE SAÚDE DE MACAU PREOCUPADOS COM IDOSOSDe acordo com as estatísticas de Macau, no ano passado, a população idosa - com 65 anos - representava 8% da população total e prevê-se que, em 2031, o número cresça para 19%. Com isto, os Serviços de Saúde (SS) realizaram o Curso de Certificação em Cuidados de Saúde Primários da Área Geriátrica, proporcionando uma plataforma de intercâmbio de conhecimentos para os médicos e enfermeiros locais. Os SS querem continuar a melhorar técnicas e capacidades para melhor responder às necessidades dos idosos, aperfeiçoando o serviço de cuidados de saúde e de reabilitação para a melhoria de vida.

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8www.hojemacau.com.mo vida

DENTRO em breve, o cancro do pulmão poderá deixar de ser o mais letal e

entrar para a lista das doenças crónicas. A boa notícia vem de Cuba, que acaba de patentear a primeira vacina terapêuti-ca contra a doença. Mais de mil pacientes estão a receber o novo tratamento.

A descoberta foi anun-ciada por Gisela González, responsável pelo projecto que desenvolveu a vacina. Em entrevista ao semanário cubano “Trabajadores” - publicada ontem por esse órgão de comunicação da Central de Trabalhadores de Cuba -, a investigadora disse que o objectivo da vacina é transformar o cancro do pul-mão numa doença crónica controlável.

De acordo com a inves-tigadora, a vacina foi de-senvolvida a partir de uma proteína que todas as pessoas têm.”Está ligada ao factor de

TIAN Tian e Yang Guang, os pandas gigantes que

deixaram a China no começo de Dezembro para viver na Escócia, habituam-se ao novo lar, no Zoológico de Edim-burgo. Imagens divulgadas nesta segunda-feira mostram o casal a alimentar-se no novo espaço montado para eles, que custou 290 mil euros.

O macho Yang Guang (Sol) e a fêmea Tian Tian (Doçura), ambos com oito anos, ficarão em terras escocesas pelo me-nos dez anos. A China, como é habitual, cobrou um aluguer de 815 mil euros pelos pandas, que chegaram num Boeing 777 da FedEx baptizado de Panda Express, num voo directo no dia 4 de Dezembro.

As autoridades escocesas esperam que Yang Guang e Tian Tian se reproduzam, o que é bastante raro em cati-veiro para estes animais em risco de extinção. Um porta--voz do zoológico disse que a Escócia é um habitat ideal para

Clickecológico

UMA CASA IDEAL PARA PASSAR O INVERNO• Um bando de flamingos levanta voo numa reserva natural em Celestun, no México. Numa altura em que a população mundial de flamingos selvagens está ameaçada com a sobre-exploração e o tráfico de animais no mercado negro, esta área protegida alberga centenas destas aves, que procuram um habitat ideal para passar o Inverno.

Foto: Victor Ruiz Garcia/Reuters

PANDAS QUE DEIXARAM A CHINA APROVEITAM LAR NA ESCÓCIA

Dois amigospara o Reino Unido

os pandas devido ao intenso frio, similar ao das montanhas de onde vêm.

Alimentados apenas por bambu, os pandas vivem em espaços diferentes, embora possam ver-se. Os dois ani-mais vão ser colocados no mesmo espaço na época de

acasalamento. A viagem dos pandas à Europa é resultado de cinco anos de negociações com a China, o que levou os responsáveis do zoológico escocês a considerarem a confirmação de sua chegada como “uma ocasião histórica” para o Reino Unido.

Cuba tem vacina contra cancro do pulmão

Cura pode estar pertocrescimento epidérmico, rela-cionado com os processos de proliferação celular. Quando há cancro, essa proteína está descontrolada.”

Gisela explicou que, como o organismo tolera “aquilo que é seu” e reage contra “o estranho”, foi preciso elaborar uma vacina que produzisse anticorpos contra essa pro-teína, que já é própria do organismo.

Desde o início das in-vestigações passaram-se 15 anos. De acordo com a cientista cubana, a vacina foi patenteada após se ter testado a sua eficácia em mais de mil pacientes, sem que tenham ocorrido efeitos colaterais.

A patente em Cuba per-mitirá aplicar a vacina maci-çamente no país, estando em curso o registo da CIMAVAX--EFG noutros países (como Malásia, para venda na Eu-ropa).

Segundo Gisela, a equipa de investigação avalia agora a forma de empregar o mesmo princípio desta vacina noutros tumores sólidos (cancro da próstata, útero e mama), que podem receber este tipo de te-rapia. “Obtivemos resultados importantes, mas é preciso esperar.”

A CIMAX-EFG é indica-da para os doentes que ter-minam o tratamento com ra-dioterapia ou quimioterapia e são considerados pacientes

terminais sem alternativa terapêutica. É nesta fase, pós-tratamentos, que a va-cina é aplicada para ajudar a controlar o crescimento do tumor, com a vantagem de não apresentar toxidade associada.

A vacina pode também ser usada como tratamento, como se de uma doença crónica se tratasse, já “que vai aumentar a expectativa e a qualidade de vida do paciente”.

Desde há alguns anos, o trabalho dos investigadores cubanos na área do cancro vem sendo acompanhado pela imprensa internacional, havendo várias referências sobre a descoberta da vacina agora patenteada.

EMPRESA PORTUGUESA TERCEIRA EM COMPETIÇÃO EUROPEIA A empresa portuguesa Waydip é uma das vencedoras dos prémios EEP Award 2011. A tecnologia Waynergy, um sistema inovador que permite captar a energia cinética libertada pelo movimento de pessoas e veículos e convertê-la em energia elétrica, permitiu a esta empresa alcançar o terceiro lugar da competição. Depois de ter vencido, em Portugal, o Prémio de Inovação Ambiental deste ano, a empresa portuguesa Waydip alcançou o terceiro lugar nos EEP Award 2011 com o sistema Waynergy.

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TEM havido esforços e a crise está a ajudar. Mas nenhum país está a fazer

o suficiente para combater o aquecimento global, segundo um ranking climático em que a China aparece em 57º lugar.

A lista é ordenada com base num índice criado pela organização não-go-vernamental GermanWatch e pela Rede Europeia de Acção Climática – o Climate Change Performance Index – e que leva em conta a evolução das emissões de CO2 e as políticas internas e externas adoptadas. Os maiores emissores mundiais de CO2 estão no fim da tabela. Os Estados Unidos ocupam a 52ª posição, com 48,5 pontos, devido “a uma avaliação negativa da sua política e a um nível muito elevado de emis-sões”, segundo o relatório do Climate Chan-ge Performance Index, divulgado ontem. Já a China, que ultrapassou os EUA como o maior emissor mundial de CO2, durge na 57ª posição, 44,6 pontos. Mas os am-bientalistas consideram que a situação no país está a mudar, com uma forte aposta nas energias renováveis e metas para reduzir a intensidade energética da sua economia. “A posição da China no índice vai melhorar dramaticamente, assim que essas tendências positivas influenciem a evolução das emissões”, avalia o relatório.

POUCAS horas após o final da Ci-meira de Durban sobre redução

dos gases de efeito estufa, o Canadá anunciou que abandona o Protocolo de Quioto, que assinou em 1997.

O ministro do Ambiente canadiano, Peter Kent, justificou a decisão com o facto de o Canadá se arriscar a pagar multas milionárias por vir a não cumprir as metas estabelecidas nesse protocolo, que foi prolongado além de 2012, no que diz respeito à emissão de gases de efeito de estufa.

“Quioto é passado para o Canadá, invocamos o direito legal de nos retirar-mos”, afirmou o ministro, defendendo que o Protocolo “não funciona”. Peter Kent exemplificou que para cumprir as metas estabelecidas no Protocolo de Quioto, o Canadá teria de retirar todos os veículos das estradas do país nos próximos 12 meses.

O Canadá é oficialmente o primeiro país a retirar-se do Protocolo assinado em 1997 e a vigorar desde 2005.

Nos termos do protocolo, o Canadá comprometeu-se a reduzir em 2012 as suas emissões em seis por cento face aos níveis de 1990. No entanto, as suas emis-sões poluentes aumentaram e o governo conservador de Stephen Harper rejeitou

Sabiaque...

CANADÁ ABANDONA QUIOTO PARA EVITAR MULTAS

Sem China, não funciona

abertamente as obrigações assumidas pelo governo liberal que o assinou.

Referindo-se à sua presença na con-ferência sobre as alterações climáticas em Durban, Kent afirmou que a plataforma alcançada “representa um caminho que permite avançar”, o que, aos olhos do Canadá, não sucede com o Protocolo de

Quioto. “Não abrange os dois maiores emissores, os Estados Unidos e a China, e por isso não pode funcionar.”

A China, que não subscreveu o proto-colo de Quioto, considerou “lamentável” a saída do Canadá deste acordo, consi-derando que esta situação “vai contra os esforços da comunidade internacional”.

CHINA É PENÚLTIMA NUM RANKING CLIMÁTICO

Dos maiores emissoresde gases poluentes

O poluente mais comum dos recintos fechados é o cigarro?

EMPRESA PORTUGUESA TERCEIRA EM COMPETIÇÃO EUROPEIA A empresa portuguesa Waydip é uma das vencedoras dos prémios EEP Award 2011. A tecnologia Waynergy, um sistema inovador que permite captar a energia cinética libertada pelo movimento de pessoas e veículos e convertê-la em energia elétrica, permitiu a esta empresa alcançar o terceiro lugar da competição. Depois de ter vencido, em Portugal, o Prémio de Inovação Ambiental deste ano, a empresa portuguesa Waydip alcançou o terceiro lugar nos EEP Award 2011 com o sistema Waynergy.

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10www.hojemacau.com.mo CULTURA

Nuno G. [email protected]

CHRISTIAN Bale, recente vencedor de um Oscar de melhor actor secundário em

“The Fighter - Último Round”, tem o papel principal no filme “As Flores da Guerra”, do realizador chinês Zhang Yimou. A película, apoiada pelo Governo de Pequim, foi

Christian Bale defende filme de Zhang Yimou acusado de propaganda

Estrela de Hollywood ao lado da China

Falso padre, herói verdadeiro

• “As Flores da Guerra” só é exibido nos EUA a 23 de Dezembro (para ir a tempo de se candidatar ao Oscar de melhor filme estrangeiro), com a estreia a ser propositadamente feita primeiro em Pequim, no último domingo. Christian Bale interpreta um americano que vai a Nanquim, em 1937, para ganhar algum dinheiro fácil, tratando do enterro de um padre na catedral da cidade. Apanhado no meio de uma guerra brutal, não consegue ficar indiferente aos horrores dos ataques japoneses que testemunha. Fazendo-se passar por padre, tenta proteger um grupo improvável, juntando raparigas estudantes a prostitutas, das atrocidades à sua volta.

O massacre que ainda separa China e Japão

• O Massacre de Nanquim foi um crime de guerra cometido pelo exército imperial japonês em Nanquim, então capital da República da China, após a cidade ter sucumbido ao ataque no dia 13 de Dezembro de 1937. Não há consenso entre os países beligerantes sobre os números exactos da chacina, mas sabe-se sem dúvida que os excessos marcaram muitas cenas de horror. Ainda hoje este é um tema tabu entre China e Japão, com o primeiro país enfurecido pela recusa do segundo em assumir o que considera ser a verdadeira dimensão dos factos. Durante a ocupação, o exército japonês cometeu numerosas atrocidades, de violações a execuções sumárias, tanto de prisioneiros como civis. De acordo com o Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, “estimativas feitas numa data posterior indicam que o número total de civis e prisioneiros de guerra assassinados em Nanquim e nas suas proximidades durante as primeiras seis semanas de ocupação japonesa foi de mais de 200.000”.

acusada de ser um veículo de propaganda da China, mas o actor galês negou com vee-mência essa teoria. “Se alguém diz isso é porque não viu o filme com atenção”, afirmou em declarações à imprensa, depois da estreia de “As Flores da Guerra”, no domingo, em Pequim.

O filme é sobre o massa-cre de Nanquim, um episó-dio negro das relações entre

China e Japão, quando as tropas nipónicas cometeram várias atrocidades e mata-ram cerca de 200 mil chineses (ver caixa). A leitura dos factos, pelo olhar de Zhang Yimou, é naturalmente feita com os sacrifícios heróicos das vítimas, dentro do tom épico que caracteriza a sua obra. Como é apoiado pelo Governo chinês, as acusa-ções de propaganda, em

particular vindas do Japão, vieram depressa.

O realizador já negou tal coisa, dizendo que a História está do seu lado. E Christian Bale veio de pronto defendê--lo, louvando o seu talento e o lado humano do filme, segundo ele muito mais forte do que a parte da guerra. “É muito mais um filme sobre seres humanos e a natureza das suas reacções às crises,

como essa pressão extrema faz sobressair o lado animal das pessoas, mas também o que de mais honrado têm.”

OBRA MEGALÓMANA?Zhang Yimou é conhecido pela ousadia dos seus fil-mes - além de uma estética própria, onde pontificam os cenários de cores estudadas ao pormenor e a abundân-cia de câmaras lentas -, que

trouxeram a cinematografia chinesa a conhecer êxitos de bilheteira fora de portas, como aconteceu com “Hero”, protagonizado por Jet Li.

Agora, com “As Flores da Guerra”, tem à partida um recorde garantido - nunca um filme feito na China foi tão caro, atin-gindo o orçamento de 750 milhões de patacas. À boa maneira das organizações exímias feitas por mão chinesa, foi rodado em 164 dias, com um horário de 18 horas diárias de trabalho.

É também a primeira vez que Zhang Yimou tem à disposição uma estrela de Hollywood - neste caso nascida no País de Gales -, conhecida pela intensidade que dá às suas interpreta-ções, mesmo quando são filmes de acção, como “Ex-terminador Implacável” ou “Batman”.

Sem surpresa, “As Flo-res da Guerra” foi a obra escolhida este ano pela China para se candidatar ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

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Gonçalo Lobo [email protected]

A escritora de litera-tura infanto-juvenil,

Alice Vieira, é uma das convidadas do “Rota das Letras” Festival Literário de Macau, região onde voltará depois de 22 anos volvidos. “Macau agrada--me. Estive aí em 1989, a convite do meu amigo Beltrão Coelho, para apre-sentar o livro ‘Contos e Lendas de Macau’. Macau deve estar tão diferente depois destes anos todos”, disse a escritora.

E Alice terá de beber toda essa diferença tem-poral. Cada participante terá de escrever um conto sobre Macau e a escritora

ROTA DAS LETRAS | ALICE VIEIRA VOLTA 22 ANOS DEPOIS

“Macau agrada-me”portuguesa vê no convite um desafio “a gosto”. “Es-tarei atenta. Tudo o que escrever agora não terá a ver com aquilo que vi há 22 anos. Nessa altura nem aeroporto havia em Macau”, afirma, sorrindo, Alice Vieira.

Menos expectante está na possibilidade de os seus livros serem traduzidos para chinês e a consequente entrada no mercado asiá-tico. “Claro que gostaria muito mas acho isso muito complicado. Os ‘Contos e Lendas de Macau” foram traduzidos para o chinês mas esse livro é especial. Apesar de ter vários livros traduzidos em diversas línguas, as minhas expec-tativas de traduções para

o chinês não são grandes mas posso tentar.”

Contudo, a Alice Vieira agrada-lhe o intercâmbio entre os países lusófonos e a China. “Quero muito ver como é que a literatura portuguesa é entendida na China. O intercâmbio é sempre importante.”

PAULO FAUSTINO APRESENTA LIVRO SOBRE OS MEDIA, EM MACAUDepois de Portugal e Brasil, o livro “Gestão Estratégica e Modelos de Negócio – O caso da indústria de media” chega a Macau para ser apresentado hoje na Livraria Portuguesa pelas 18h30. Escrito a duas mãos por Paulo Faustino e Ramiro Gonçalez, o livro aborda as transformações que ocorrem no sector da informação, em particular na indústria dos media. Paulo Faustino, actualmente no território a dar aulas no Instituto Politécnico de Macau, apresentará a obra numa iniciativa que contará também com a presença de Carlos Morais José, director do Hoje Macau, entre outros.

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12www.hojemacau.com.mo DESPORTO

Marco [email protected]

OCUPA um lugar especial no imaginário dos resi-dentes do território e é uma das poucas modali-

dades em que os atletas da RAEM se digladiam abertamente com os rivais do outro lado do Delta do Rio das Pérolas. Pelo segundo ano consecutivo, Macau levou a melhor sobre Hong Kong na partida que definiu o nome do vencedor da edição de 2011 do Interport de Fu-tebol de Sete. O desafio realizou-se no último fim-de-semana na antiga colónia britânica e a exemplo do que sucedeu há um ano, o sete da RAEM voltou a erguer o troféu, depois de brindar o adversário por dois golos sem resposta.

Sem uma selecção oficial de “Bolinha” para defender as cores do território, a Associação de Fute-bol de Macau voltou a recorrer ao mesmo expediente a que recorreu o ano passado e convidou o actual titular do Campeonato de Futebol de Sete para representar a RAEM no evento. Ao Lam Pak coube a responsabilidade de deixar o des-porto-rei do território bem visto e a formação oritentada pelo veterano Chan Man Kin não vacilou.

No início de Outubro, a forma-ção azul e branca vingou a derrota sofrida há um ano frente ao Ka I e conquistou o título na principal competição de futebol de sete do

Gonçalo Lobo [email protected]

A Lotus Renault apre-sentou uma proposta

ao piloto António Félix da Costa, que, apesar de já possuir dois pilotos, pretende contar nos seus quadros com o promissor piloto português. “Confir-mo que tenho uma propos-ta deles em cima da mesa”, referiu Félix da Costa ao Hoje Macau.

No ano passado, a ex-celente experiência de Abu Dhabi permitiu a Félix da Costa mostrar que é rápido também num carro de F1. “Quando andei num F1 provei que sei ser rápido. Fico muito contente pela Lotus se ter lembrado de mim.”

UMA empresa de tecno-logia digital da China,

a Shui Jingshi, venceu o con-curso para oferecer serviços de imagens digitais nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.

O director do depar-tamento de Publicidade e vice-presidente do muni-cípio de Pequim, Lu Wei,

Macau derrota Hong Kong e revalida ceptro na “Bolinha”

A sete, ninguém os bate

território, com um golo apontado por Iu Ka Lam a meio da segunda parte.

No domingo, em Hong Kong, o Lam Pak repetiu o feito alcançado há um ano pelo Ka I (então orientado pelo português Rui Cardoso) e trou-xe para a RAEM o segundo troféu consecutivo no âmbito do Interport de Futebol de Sete. A formação do território resistiu ao assédio inicial da equipa da casa e acabou por assumir as rédeas do encontro com

naturalidade, mas os golos só surgi-ram na segunda parte em iniciativas concluídas por Chan Tin Lok e pelo veterano Ho Man Hou.

Com menor tradição no futebol de sete, Hong Kong acabou por so-mar a segunda derrota consecutiva numa prova que foi recuperada em 2010, depois de vários anos de inter-regno. Depois de Macau, a selecção da vizinha RAEHK prepara-se para defrontar um colectivo da província

continental de Cantão, em partida a contar para a edição de 2011 do Interport Hong Kong/Guangdong em futebol de onze, que precede o tradicional braço-de-ferro que opõe as selecções do Lótus e da Bauhínia por altura do Natal.

Com uma maior projecção internacional, o futebol de Hong Kong vai estar representado pelas formações do Kitchee e do Citizen na segunda principal competição

continental de clubes, a Taça AFC. O campeão Kitchee vai defrontar os malaios do Terengganu, os vietnamitas do Song Lam Nghe An e os singaporianos do Tam-pines Rovers na fase de grupos da competição, ao passo que o Citizen esgrime argumentos com o Yangon United (Myanmar), o Home United (Singapura) e uma terceira equipa ainda a definir na primeira fase da prova.

LOTUS RENAULT É HIPÓTESE PARA ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA

Proposta em cima da mesaPara já a proposta

ainda não foi aceite e o piloto português quer experimentar o GP2 antes de entrar na montra da F1. “Sou novo. Acho que devo fazer todas as etapas até chegar à F1. Estou a trabalhar para correr em GP2 no próximo ano mas claro que não desperdiço oportunidades. Estar na Lotus como terceiro piloto e piloto de testes, apren-der com mecânicos, com técnicos, com o Raikko-nen. Tudo isso tem de ser devidamente acautelado e é preciso entender tudo o que rodeia a F1”, referiu Félix da Costa.

O sonho da F1 também carece de apoios. Apesar de a Lotus ser uma equipa

com bastantes patrocina-dores e uma forte estru-tura financeira por trás, Félix da Costa, se aceitar o convite da equipa, con-sidera que terá de bater em algumas portas. “A F1 é muito vista e qualquer patrocinador pode sair va-lorizado com isso. Mesmo num país em crise penso que Portugal pode e deve apostar num piloto de F1. A promoção do turismo, que é uma das melhores coisas que temos, pode ser o caminho.”

A Lotus Renault po-derá ser, deste modo, a porta de entrada para o sonho de voltarmos a ter um português no maior palco do automobilismo mundial.

EMPRESA CHINESA VENCEU CONCURSO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE IMAGENS DIGITAIS

Tecnologia olímpicareuniu-se na segunda-feira na sede da empresa com Sebastian Coe, presidente do comité organizador dos Olímpicos de Londres, a quem agradeceu o facto de o município de Pequim ter também conseguido a au-torização para a realização de uma semana cultural na capital britânica.

Segundo Coe, Pequim ajudou muito a organização de Londres 2012 ao salien-tar que os Jogos Olímpicos de 2012 serão uma ocasião para aproximar ainda mais as duas cidades.

A empresa de tecnologia chinesa oferecerá serviços de imagens digitais para os Jogos Olímpicos e Paralím-picos, depois de ter criado um gigantesco quadro digital para os Olímpicos de Pequim, em 2008, que representava as montanhas chinesas.

Coe percorreu ontem de bicicleta as ruas de Pequim para promover os Jogos Olímpicos de Londres como ecológicos.

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TDM13:01 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h14:30 RTPi DIRECTO18:30 That 70\’s Show (Que Loucura de Família)19:00 TDM Entrevista19:30 Amanhecer20:30 Telejornal21:00 Montra do Lilau21:30 Brothers and Sisters (Irmãos e Irmãs)22:15 Passione23:00 TDM News23:35 Em Fuga01:10 Telejornal (Repetição)01:40 RTPi DIRECTO

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira 14:30 A Hora de Baco15:00 Magazine Venezuela Contacto15:30 Ingrediente Secreto16:00 Bom Dia Portugal 17:00 O Elo Mais Fraco 17:45 Resistirei18:45 Trio D’Ataque20:00 Jornal Da Tarde21:15 O Preço Certo22:00 Magazine Venezuela Contacto23:00 Portugal no Coração

ESPN 3012:30 2011 Women’s Tournament Of Champions13:30 The Open Championship 2011 Day 216:30 Spar European Team Championships19:30 (LIVE) Sportscenter Asia 20:00 Chang World of Football 20:30 Emotions - Sports Magazine 21:00 X Games 17 22:00 Sportscenter Asia 22:30 Rugby World Cup 2011 Quarterfinal #3 South Africa vs. Australia

STAR SPORTS 31 13:00 Game 13:30 Spirit Of Yachting Series 201114:00 V8 Supercars Championship 2011-Highlights15:00 Best Of The Championships, Wimbledon 201117:00 (LIVE) Omega Dubai Ladies Masters 2011 Day 1 21:00 Mobil 1 The Grid 2011 21:30 (Delay) Score Tonight 22:00 F1 Classics - 2001 Brazilian Grand Prix 23:00 Best Of The Championships, Wimbledon 2011

STAR MOVIES 4011:40 Letters To Juliet 13:30 The Sorcerer’S Apprentice15:25 A Knight’S Tale17:40 The Lost Future19:20 Alien Hunter 21:00 Good Neighbours 22:40 Predators 00:35 Anaconda

HBO 4112:00 The Spy Who Loved Me14:00 Losing Isaiah15:45 The Astronaut’S Wife17:30 Empire19:00 Ace Ventura: Pet Detective20:25 Shrek Forever After22:00 Moonraker00:05 The Devil’S Advocate

CINEMAX 4212:45 Hercules And The Amazon Women14:15 Hardwired 16:00 The Invisible Man17:15 The Bridges At Toko-Ri19:00 Outlaw20:30 Icarus22:00 Chill Factor23:40 Candyman

[f]utilidadesQUARTA-FEIRA 14.12.2011www.hojemacau.com.mo

13

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SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Compact-.. . Relativo ao dorso dos insectos. 2-Narração ou discurso em louvor de alguém ou de alguma coisa. Planta oleagínea do Brasil. 3-Exclamação que exprime admiração. De Nor-nor-deste. Antiga medida oriental. 4-Papagaio da Amazónia. Elemento de origem grega que significa dente. Quarta corda do violoncelo 5-Magistrado superior de algumas antigas cidades da Sicília. 6-Correio electrónico. Dor nos rins. 7-Que tem bafio. 8-Primeira corda do violino. Move. Oh! 9-Associação Académica de Lisboa. Espécie de jogo. Designação de vários frutos. 10-Dirigir súplicas a Deus. Antigamente trazer. 11-Arca de roupa. Acuação. VERTICAIS: 1-Resolve. Indespensáveis ao tacto. 2-Terra cercada de água. Género de plantas. 3-Puequeno macaco. Animal que sendo, macho, deu o ser a outro animal. Lugar em que se acende fogo, na cozinha. 4-Símbolo de quilograma. Planta leguminosa de Diu. Rádio. 5-Aguele que trata de indologia. 6-Conserto em tonéis. Riso sarcástico. 7-Obstruir-se o orifício da ampulheta. 8-República Portuguesa. Medida francesa. Duas vezes a. 9-Vapor do estômago. Grande quantidade de líquido. União Geral dos Consumidores. 10-Consertador de redes. Acto de espantar caça. 11-Forma antiga de leão. Capital de Portugal.

HORIZONTAIS: 1-DISL. TERGAL. 2-ELOGIO. PATI. 3-CHI. NNE. SAA. 4-IA. ODONT. DO. 5-D. PROAGORO. 6-EMAIL. REIRA. 7-NIDOROSO. V. 8-MI. AGITA. OE. 9-AAL. OCA. UXI. 10-ORAR. TRAGER. SORACO. ACUO.VERTICAIS: 1-DECIDE. MAOS. 2-ILHA. MNIARO. 3-SOI. PAI. LAR. 4-KG. ORIDA. RA. 5-INDOLOGO. C. 6-TONOA. RICTO. 7-E. ENGROTAR. 8-RP. TOESA. AA. 9-GAS. RIO. UGC. 10-ATADOR. OXEU. 11-LIAO. AVEIRO.

[ ] CinemaCineteatro | PUB

SALA 1SEEDIQ BALE 2 WARRIORS OF THE RAINBOW [C](Falado em japanês & seediq)(Legendado em chinês)Um filme de: Te-Sheng WeiCom: Qing-tai Lin, Da-qing You, Zhixiang Ma14.30, 17.00, 21.30

YOU ARE THE APPLE OF MY EYE [C] (Falado em putonghua, legendado em chinês e inglês)Um filme de: Giddens KoCom: Zhendong Ke, Yanxi Chen, Siu-Man Fok19.30

SALA 2NUTCRACKER IN 3D [B]SRD DOBLY SURROUND SOUND SYDTEM

Um filme de: AndreiKonchalovskCom: Charlie Rowe, John Turturro14.30, 16.39, 19.30, 21.30SALA 3ARTHUR CHRISTMAS 3D [B](Falado em cantonense)Um filme de: Sarah Smith14.15, 16.00, 17.45, 19.30

STARRY STARRY NIGHT [A](Falado em putonghua)(Legendado em chinês e inglês)Um filme de: Tom Lin Shu-YuCom: Josie Xu, René Liu, Harlem Yu21.30

SERÁ QUE PASSA?

Acho espectacular os anúncios do IACM. São coloridos, caricatos e as vozes que lhes saem da boca não condizem realmente com os movimentos labiais. Temos os bonecos da “família de Alegria” – que juntam o Harmonioso, o Gorducho, a Sra. Bela, o Velhote, o Tio Mau ou o Cãozinho -, que são quem nos ensina a “não expectorar para o chão”, a “não deixar objectos na rua” ou até – alerta importantíssimo – “a limpar a casa”. Se a verdade é que a intenção é boa, também é verdade que faz rir pelo seu ridículo e. Não para mim, que, como sou gato, até gosto de ver sombras coloridas na televisão. Mas a pergunta que me fica pelo que ouço dos meus tios harmoniosos aqui da redacção é: a mensagem passa? Não passa, não passa. É impossível. É muito mais engraçado ver uma gota de suor ao estilo manga a descer da testa da Sra. Bela enquanto ela grita com o menino que põe uma caixa no meio da rua do que saber que isso dá multa. O assunto já foi tema de uma reportagem aqui do Hoje Macau. A resposta do Governo? Os bonequinhos servem como elemento de proximidade. Franzo os bigodes, que não tenho sobrancelhas. O que é certo é que são 18 pessoas que se responsabilizam pelas belas cores da Família de Alegria. Experimente entrar no Paraíso do Bom Cidadão, ou em linguagem mais comum: civicedu.iacm.gov.mo. É que o IACM garante que a Família de Alegria é mais cativante. Eu cá por mim, digo-vos que não. Os tios aqui do jornal são adultos. É que há cartoons e cartoons. E aqueles são tudo menos não-infantis. Mas, pronto. A maioria é quem vence, certo? A população chinesa, garante o IACM, “gosta muito das bonecadas”. Ainda bem. Assim, não cospem para o chão (?), nem deixam lixo nas ruas (?) e as casas estão sempre cuidadas (?). A mensagem é o que interessa e essa passa sempre. Será que passa?

Pu Yi

FADO PORTUGAL • Samuel Lopes A obra Fado Portugal é um conceito especial que integra um livro com a oferta de 50 fados em 2 CD. Uma edição de luxo comemorativa dos 200 anos de fado, traduzida em inglês para que possa ser apreciada por todos os entusiastas deste estilo musical espalhados pelo mundo. O livro inclui ainda um guia fadista com algumas das melhores casas de fado em Portugal e no estrangeiro, locais emblemáticos a visitar, alguns sítios recomendados na internet e sugestões de 10 discos, livros e filmes importantes.

O FUTURO DA SAUDADE • Manuel Halpern É uma grande reportagem ao renascimento da música mais nacional, o fado. Manuel Halpern ensaia uma viagem ao mundo do fado em que se cruza a renovação do género com uma nova atenção da indústria cultural sobre este fenómeno. O jornalista do JL privilegia os dados factuais e o discurso dos principais intérpretes. Descreve, numa escrita solta e rigorosa, as principais forças e correntes que atravessam esta canção, desde a galáxia Amália, passando pelos estrangeiros que cantam o fado. Uma obra de referência.

FADO, ESTÓRIAS NA NOITE • Rui Pimentel A morte de Amália, rainha incontestada do fado, abre lugar a uma disputa para ocupar o trono vago entre as restantes grandes damas da velha geração. No entanto, estas fadistas começam a ser atingidas por uma vaga de estranhos assassinatos. A partir daqui começam a surgir várias teorias sobre quem é o verdadeiro homicida e o que o move.

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PUB.QUARTA-FEIRA 14.12.2011

www.hojemacau.com.mo

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ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA

“EMPREITADA DA URBANIZAÇÃO DE SEAC PAI VAN, COLOANE, 1ª FASE–CONSTRUÇÃO DA PASSAGEM SUPERIOR PARA PEÕES C”

1. Entidade que põe a obra a concurso: Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.2. Modalidade de concurso: Concurso Público.3. Local de execução da obra: Seac Pai Van, Coloane.4. Objecto da Empreitada: Criar a condição do mais conveniente para passageiros da zona.5. Prazo máximo de execução: 480 dias (quatrocentos e oitenta dias).6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do Acto Público do

Concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por Série de Preços. 8. Caução provisória: $800.000,00 (oitocentos mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou

seguro-caução aprovado nos termos legais.9. Cauçãodefinitiva:5%dopreço totaldaadjudicação (das importânciasqueoempreiteiro tivera receber, emcadaumdos

pagamentosparciaissãodeduzidos5%paragarantiadocontrato,parareforçodacauçãodefinitivaaprestar).10. Preço Base: não há.11. Condições de Admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem

como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição / renovação, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimentodopedidodeinscrição/renovação.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: SecçãodeAtendimentoeExpedienteGeraldaDSSOPT,sitanaEstradadeD.MariaII,EdifícioCEM,nºs32-36,R/C,

Macau;Diaehoralimite:dia12deJaneirode2012(quinta-feira),atéàs12:00horas.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: SaladereuniãodaDSSOPT,sitanaEstradadeD.MariaII,EdifícioCEM,nºs32-36,4ºandar,Macau;Diaehora:dia13deJaneirode2011(Sexta-feira),pelas9:30horas.Osconcorrentesou seus representantesdeverãoestarpresentesaoactopúblicodeaberturadepropostasparaosefeitosprevistos no artigo 80º do Decreto-Lei n.º74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentosapresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: DepartamentodeInfraestruturasdaDSSOPT,sitanaEstradadeD.MariaII,Macau;Hora: horário de expediente (Das 9:00 às 12:45 horas e das 14:30 às 17:00 horas)Na Secção de Contabilidade da DSSOPT, poderão ser solicitadas cópias do processo de concurso ao preço de $430,00 (quatrocentos e trinta patacas).

15. Critériosdeapreciaçãodepropostaserespectivosfactoresdeponderação:-Preçorazoável60%;-Planodetrabalhos10%;-Experiênciaequalidadeemobras18%;-Integridadeehonestidade12%.

16. Junção de esclarecimentos:OsconcorrentespoderãocomparecernoDepartamentodeInfraestruturasdaDSSOPT,sitanaEstradadeD.MariaII,nº33,16ºandar,Macau,apartirde23deDezembrode2011(inclusivé)eatéàdatalimiteparaaentregadaspropostas,paratomarconhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Macau, aos 9 de Dezembro de 2011.O Director dos Serviços

JaimeRobertoCarion

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA

“CONSTRUÇÃO DO SEGMENTO DO COTAI DA1.ª FASE DO SISTEMA DE METRO LIGEIRO - C360”

1. Entidadequepõeaobraaconcurso:GabineteparaasInfra-estruturasdeTransportes.2. Modalidade de concurso: concurso público.3. Localdeexecuçãodaobra:DesdeaRuadoPaiKokdaTaipaatéàZonaEstedoCotai,incluindoaEstradadaBaíadeNossaSenhoradaEsperança

(PaiKok),aAvenidaCidadeNova,aRotundadeCotai,aEstradaFlordeLótus,aRotundaFlordeLótuseaAvenidadaNaveDesportiva.4. Objecto da Empreitada: construção de viadutos e estações de Metro Ligeiro.5. Prazo de execução: o prazo máximo de execução é de 1021 (mil e vinte e um) dias de calendário. O empreiteiro deve permitir acesso ao

estaleiro por parte de outros respectivos empreiteiros em cumprimento das datas chaves (parcelares vinculativos) estabelecidas na cláusula 14 das Cláusulas Complementares do Caderno de Encargos.

6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.

7. Tipo de empreitada: a empreitada é por série de preços.8. Caução provisória: é de $25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou

seguro-caução aprovado nos termos legais.9. Cauçãodefinitiva:5%dopreçototaldaadjudicação(dasimportânciasqueoempreiteirotiverareceber,emcadaumdospagamentosparciais

sãodeduzidos5%paragarantiadocontrato,parareforçodacauçãodefinitivaaprestar).10. Preço base: não há.11. Condições de admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como as que à

datadoconcursotenhamrequeridoasuainscrição,nesteúltimocasoaadmissãoécondicionadaaodeferimentodopedidodeinscrição.12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Local:RuaDr.PedroJoséLobonº1-3,Ed.BancoLusoInternacional, 26ºandar,EscritóriodoGabineteparaasInfra-estruturasdeTransportes,Macau. Diaehoralimite:dia23deFevereirode2012,(quinta-feira),atéàs17,00horas.13. Local, dia e hora do acto público: Local:RuaDr.PedroJoséLobonº1-3,Ed.BancoLusoInternacional, 11ºandar,GabineteparaasInfra-estruturasdeTransportes-SaladeConferência,Macau. Dia e hora:dia24deFevereirode2012,(sexta-feira),pelas9,30horas. Osconcorrentesouseusrepresentantesdeverãoestarpresentesaoactopúblicodeaberturadepropostasparaosefeitosprevistosnoartigo

80.ºdoDecreto-Lein.º74/99/Meparaesclareceraseventuaisdúvidasrelativasaosdocumentosapresentadosnoconcurso.14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo: Local:RuaDr.PedroJoséLobonº1-3,Ed.BancoLusoInternacional, 26ºandar,EscritóriodoGabineteparaasInfra-estruturasdeTransportes,Macau. Hora: horário de expediente; Preço: $ 15.000,00 (quinze mil patacas).15. Critériosdeapreciaçãodepropostaserespectivosfactoresdeponderação:

- Preço razoável 55%

- Plano de trabalhos 15%

- Experiência e qualidade em obras 26%

- Integridade e honestidade 4%

16. Junção de esclarecimentos: Os concorrentes poderão comparecer na sede do GIT, situada na RuaDr. Pedro José Lobo nº 1-3, Ed. Banco Luso Internacional,

26º andar, GIT, Macau, a partir de 14 de Dezembro de 2011, inclusive, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

GabineteparaasInfra-estruturasdeTransportes,aos9deDezembrode2011. O Coordenador Substituto

HoCheongKei

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QUARTA-FEIRA 14.12.2011

15www.hojemacau.com.moOPINIÃO

car toonpor Steff

QUEDAS

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Redacção Gonçalo Lobo Pinheiro; Joana Freitas; Lia Coelho; Nuno G. Pereira; Rodrigo de Matos; Virginia Leung Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Carlos Picassinos; Hugo Pinto; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros; Vanessa Amaro Colunistas Arnaldo Gonçalves; Carlos M. Cordeiro; Boi Luxo; Correia Marques; Hélder Fernando; Jorge Rodrigues Simão; José I. Duarte, José Pereira Coutinho, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia; Peng Zhonglian Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Laurentina Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

A União Europeia é um projecto artificial, foi um acto voluntarista de uma geração – e as dificuldades que atravessa têm que ver com a reforma da geração que ideologicamente a criou e não com a malvadez da odiada ‘senhora Merkel’.

José António Saraivain Sol

ENHO frequentemente dificulda-de em perceber a ingenuidade de muitos comentadores políticos.

Aquando da revolta no Egipto, saudou--se efusivamente a chegada da democracia.

Ora estava mesmo a ver-se que o mais provável era suceder o contrário: o Egipto ir de mal a pior.

Como é que um país instalado no coração do Islão, com uma classe média débil, podia passar de um momento para o outro a ter uma democracia igual à da livre Inglaterra?

Quando se falou da hipótese de uma so-turna entidade chamada Irmandade Muçul-mana vir a controlar os acontecimentos, logo esses comentadores se apressaram a afirmar que isso não passava de um papão – pois a Irmandade era uma força ultraminoritária e o levantamento popular era um fenómeno inequivocamente espontâneo e democrático.

ORA, MESMO sendo minoritária, a Irmandade Muçulmana era a força mais or-ganizada, mais homogénea e com objectivos mais definidos, e isso acaba sempre por ser determinante.

A realidade está hoje à vista: a Irmandade venceu a 1.ª volta das eleições com larga maioria, a 2.ª volta é disputada entre dois partidos islâmicos – e o Egipto vai regredir uns bons anos em matéria de democracia.

Estamos a assistir a um filme parecido com o que se passou no Irão, quando o xá Reza Pahlevi foi deposto por uma revolução (saudada por muitos ocidentais) que levou ao poder os fundamentalistas liderados por Khomeini, dando início a um regime sanguinário.

No que respeita à Europa, a ingenuidade da maioria dos comentadores foi semelhante.

A Comunidade do Carvão e do Aço, criada em 1951, que daria origem à Comuni-dade Económica Europeia, tinha uma lógica e um sentido.

Era formada por seis países que parti-lhavam interesses concretos.

Mas os passos seguintes, com a passagem de comunidade económica a União Europeia, e os sucessivos alargamentos, saltando de 10 para 27 países em 20 anos, foram actos de puro voluntarismo.

Tudo aquilo que está agora a acontecer na Europa era previsível.

O POder e a História

TComo pretender que países com passa-

dos diferentes, com alianças diferentes, com interesses diferentes, com idiossincrasias di-ferentes, com objectivos diferentes, criassem um espaço comum homogéneo?

Não era possível: mais tarde ou mais cedo as diferenças viriam ao de cima.

Como admitir que pudessem existir decisões comuns, definidas constantemente por consenso, entre 27 países?

Não era possível: mais tarde ou mais cedo os mais fortes assumiriam a liderança dos acontecimentos, para defenderem os seus interesses.

Como imaginar que economias em está-dios muito diferentes de desenvolvimento pudessem ter a mesma moeda?

Não era possível: mais tarde ou mais cedo os desfasamentos e as rupturas impor--se-iam.

A Europa entrou num voluntarismo des-vairado, numa fuga para a frente constante, que só podia acabar mal.

É contranatura uma aliança que não tem em conta a história, os interesses, o patamar de desenvolvimento económico e social dos respectivos Estados.

A União Europeia é um projecto artificial, foi um acto voluntarista de uma geração – e as

dificuldades que atravessa têm que ver com a reforma da geração que ideologicamente a criou e não com a malvadez da odiada ‘senhora Merkel’.

A verdade é que, como já se viu, esta Europa não se sustenta por si.

Ora, se Merkel não fosse agora inflexível, e entrasse num caminho de facilidade para salvar o euro, teria de andar daqui para a frente com os outros países ao colo.

E nenhuma nação aceita isso.No caso português, também houve vo-

luntarismo e ideologia a mais.Empurrados sobretudo pelo Partido

Socialista nos anos subsequentes ao 25 de Abril, os portugueses viraram costas ao mar e apostaram todas as cartas na Europa.

Estamos agora a ver que foi um erro.A fita da História não se corta com uma

tesoura.Um país não pode de um momento para o

outro renegar o passado e passar a ser outra coisa – com outras alianças, outros aliados, outros objectivos.

Agora, como sempre acontece, a realida-de está a impor-se – está a vir ao de cima, como o azeite.

Com a crise na Europa, começámos a abrir os olhos e a perceber que não podemos

olhar só para um lado – e que o nosso futuro também passa pelo mar, pelos países de língua portuguesa.

Oxalá não seja demasiado tarde.Mas repito: tudo isto era previsível – e

estranho que muitos comentadores não o tenham percebido.

Dir-se-á que é fácil fazer ‘previsões’ depois de as coisas acontecerem.

Sucede que tudo o que aqui fica dito escrevi-o na altura própria: a ilusão da democracia no Egipto e noutros países do Norte de África, o voluntarismo do projecto europeu à revelia da História dos povos, a fantasia de uma moeda única de países com economias muito diferentes, a impossibilida-de de governar por consenso uma união de 27 Estados, a aposta exclusiva de Portugal na Europa, esquecendo o mar e os países de língua portuguesa.

José Freire Antunes criticava-me há muitos anos, dizendo que eu analisava a sociedade como um espectador sentado na bancada assiste a um jogo de futebol.

Não sei se será assim.Mas uma coisa sei: para fazer uma análise

ajustada à realidade é preciso frieza, distância e descomprometimento ideológico.

E, já agora, algum conhecimento da História e da natureza dos seres humanos que a fazem.

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QUARTA-FEIRA 14.12.2011www.hojemacau.com.mo

OBAMA PEDE PARALHE DEVOLVEREM O AVIÃOO Governo dos EUA pediu formalmente ao Irão a devolução de um avião de reconhecimento não pilotado (classe ‘drone’), capturado pelas forças daquele país. O presidente Obama fez o anúncio da intenção, adiantando que esperava resposta. Mas na segunda à noite, o seu homólogo iraniano tinha gozado com a situação. Em declarações à TV estatal da Venezuela, afirmou: “se calhar os americanos decidiram dar-nos um avião-espião”.

ISRAEL AMEAÇA IRÃOMoshe Yaalon, Ministro de Assuntos Estratégicos do Governo israelita, disse que o Irão tem que resolver uma questão existencial sobre as suas ambições de possuir armas nucleares: “escolher entre ter a bomba atómica ou sobreviver”. Depois adiantou que é preferível ser a comunidade internacional, liderada pelos EUA, a confrontar o Irão com o dilema. A concluir, uma frase que não deixa dúvidas: “a nossa política é clara - de uma forma ou outra, o projecto militar nuclear do Irão tem de ser parado”.

BANDEIRA PALESTINIANA HASTEADA NA UNESCOA bandeira palestiniana foi esta terça-feira hasteada na UNESCO, a primeira agência das Nações Unidas a admitir a Palestina como membro. Para o presidente da Autoridade Palestiniana trata-se de “um primeiro reconhecimento”, que pode abrir portas à sua “admissão noutras organizações internacionais”. A decisão mereceu duras críticas dos EUA e de Israel.

PIB PORTUGUÊSÉ O TERCEIRO PIORO PIB por habitante manteve-se em 2010 em 80% da média da União Europeia (UE) em paridades de poder de compra (PPC). Portugal ficou em 21.º numa lista de 37 países europeus e constitui o terceiro pior valor da zona euro, sendo superado apenas por Eslováquia (74%) e Estónia (64%). No topo da lista dos 37 países europeus em análise estão Luxemburgo (272%), Noruega (181%) e Suíça (147%).

Macau precisa de regulamentação para a publicidade

O caos dos anúncios

Ciclone

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Um dos grandes problemas do povo português, pós 25 de Abril, é de passara vida a cobiçar os sapatos de outrem.Por Fernando STRIP EM TROCA

DE BRINQUEDOSUma popular casa de striptease em Chicago (EUA) lançou uma campanha de Natal cheia de boas intenções: quem trouxer um brinquedo novo, para ser depois oferecido a crianças necessitadas, ganha uma lap dance gratuita. Só avisam, para os mais afoitos não virem com sacos cheios, que o limite é de uma dança por cliente. No ano passado, quando estrearam a campanha - promovida com uma actuaçao erótica do clássico “Quebra Nozes” - conseguiram cinco camiões cheios de brinquedos.

AGARREM AS TUBASOs liceus de Los Angeles (EUA) enfrentam uma série de roubos recentes que estão a deixar a polícia local com a cabeça em água: tubas. Isso mesmo, aquele instrumento de som grave e característico. A razão é que há uma procura grande por tubas - no eBay, por exemplo - sendo vendidas por valores mínimos de MOP 20 mil, se forem usadas e estiverem em bom estado.

Virginia [email protected]

MACAU precisa urgentemente de legislação para a área da publicidade, bem como de um organismo unificado responsável pela regulação de todos os anúncios, afirmou

Wu Kam Hon, presidente da Associação de Publici-dade. Actualmente, a responsabilidade da verificação dos diferentes conteúdos publicitários recai sobre 10 diferentes departamentos, cada um com a sua política própria.

Existem hoje em dia em Macau várias políticas dife-rentes para a publicidade e uma grande falta de clareza no que diz respeito a direitos e responsabilidades. A situação torna-se ainda mais complicada quando, por exemplo, a publicidade médica é regulada pelos Servi-ços de Saúde (SSM); os anúncios em placar “outdoor”, pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM); os reclames de corridas automóveis, pela Comissão do Grande Prémio de Macau; etc.

Em declarações proferidas durante o Simpósio Internacional de Legislação Publicitária da Ásia, Wu Kam Hon disse considerar que toda a publicidade (independentemente de o suporte serem os meios de comunicação impressos, audiovisuais, ou os média “outdoor”), deveria ser regulada e fiscalizada por um único organismo, para tal designado. Isso permitiria uma maior eficácia na limitação de anúncios indese-jáveis, afirmou o responsável, sugerindo que a China Continental fosse tida como exemplo no que diz respeito ao organismo regulador.

O JOGO DA PUBLICIDADEOs anúncios dos casinos são dos mais importantes em termos quantitativos no mercado publicitário de Macau, observou Vong I Tat, secretario da Associação das Companhias e Serviços de Publicidade de Macau. Os casinos podem escarrapachar slogans pujantes ou forrar de ecrãs gigantes LCD os seus recintos de jogo. Mas fora da suas área de operação, têm de enfrentar restrições – os anúncios “outdoor” devem ser limitados e não podem conter mensagens directas que promovam o jogo em si ou as suas ferramentas. Não havendo ainda directrizes concretas, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos tem passado ao lado da questão dos anúncios, o que evidencia bem a lacuna provocada pela ausência de um departamento regulador e torna pertinente a discussão para a sua criação, de forma a garantir uma regulação dos anúncios a casinos e definir a sua área de publicitação, bem como as limitações aos seus conteúdos.

A legislação desactualizada para a publicidade em Macau não está a satisfazer as necessidades da indús-tria, atestou Bi Chi Kin, presidente da Associação das Companhias e Serviços de Publicidade de Macau. Para seguir uma tendência internacionalizadora, Macau precisa aliviar o sistema administrativo, e estabelecer regulações para cada tipo de anúncio, reduzindo a quantidade de passos de pré-aprovação. Para o respon-sável, seria interessante experimentar uma situação de auto-regulação pelo mercado, de forma a estabelecer mecanismos para a rápida resolução dos problemas dos anúncios.

Ding Junjio, vice-presidente da Associação Publi-citária do Comércio da China, fez notar que regular a publicidade não significa “governar” os anúncios, e que,

nalgumas regiões em que a regulação é mais rigorosa, isso acaba por criar obstáculos ao desenvolvimento. Mas actualmente, observou, ainda existem muitos lugares onde que não é dada a devida atenção à legis-lação publicitária. Por isso, sugere, o Governo deveria dar mais atenção ao tema e promover uma legislação o mais abrangente possível para a publicidade.