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Universidade Federal da Bahia Apontamentos – Por uma Arquitetura, Le Corbusier

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Page 1: Historia II, Fichamento Por Uma Arquitetura

Universidade Federal da Bahia

Apontamentos – Por uma Arquitetura, Le Corbusier

Autor: Lucas VicenteProfessora: Odete

História da Arquitetura II

Page 2: Historia II, Fichamento Por Uma Arquitetura

INTRODUÇÃO

Com base no livro Por uma arquitetura de Le Corbusier, será feito uma síntese sobre a crítica da arquitetura antiga, em contraste com a arquitetura moderna no inicio de 1923, abrangendo vários conceitos dessa fase, procurando estabelecer o arquiteto a reconhecer a arquitetura como habitação e tecnologia moderna. Usando para esse conceito de tecnologia moderna se ressalta as habitações em série, mostrando comparações com o carro, transatlântico, e os aviões, que possuem funções respectivas, ou seja, tenta situar a arquitetura como elemento funcional, não mais algo desnecessário.

No decorrer do livro se mostra a manifestação do homem criando seu universo, suas relações e percepções através da arquitetura. Essa percepção é dada por cálculos, que a torna precisa e segura.

Também é apresentada uma relação com volumes, superfície e planta, indispensável pelo arquiteto, esses elementos através do qual os nossos sentidos percebem e medem, e estão totalmente envolvidos. Sendo que a superfície está envolvida em um único volume, vêm os grandes problemas de construção moderna. E a planta geradora da volumetria. O estudo dos volumes tem um estatuto especial e importante na arquitetura, indicando plasticidade e beleza, onde a própria construção, com seus materiais, estruturas e formas representa algo novo, moderno e contemporâneo, age de decoração.

POR UMA ARQUITETURA

No primeiro capítulo do livro: ESTÉTICA DO ENGENHEIRO, ARQUITETURA pode-se perceber não só os elogios que Le Corbusier faz aos engenheiros, mas muito mais que isso, vê-se a preocupação do futuro da arquitetura, defendendo a sua classe profissional, há certa tentativa de chamar a atenção para que surja uma nova geração de arquitetos, aquela em que acompanha o processo de mudança da civilização, proporcionando pontos positivos numa sociedade que precisa de uma arquitetura que atenda as necessidades presente, e não mais uma arquitetura ultrapassada e repetida, através da economia, e conduzida pelos cálculos

“Os engenheiros são viris e saudáveis, úteis e ativos, morais e alegres. Os arquitetos são desencantados e desocupados, faladores ou lúgubre. É que em breve não terão mais nada a fazer. Não temos mais dinheiro para construir monumentos históricos. Precisamos nos justificar.” “O engenheiro, inspirado pela lei de economia e conduzido pelo cálculo, nos põe em acordo com as leis do universo. Atinge a harmonia.” – Le Corbusier.

Com isso podemos identificar o quanto Le Corbusier queria que, nós arquitetos, aprendêssemos com os engenheiros, visto que esses atingem a harmonia através das “leis do cálculo” e conseqüentemente, adaptada à época, às “leis da economia”. Também podemos ver a sua crença na ciência exata, com isso alcançariam as formas “melhores” e mais “progressistas”.

“A arquitetura é uma das mais urgentes necessidades do homem, visto que a casa sempre foi o indispensável e primeiro instrumento que ele se forjou. Os instrumentos do homem marcam as etapas da civilização,... Os instrumentos procedem de aperfeiçoamentos sucessivos.”

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“Máquina de morar”, umas das definições de casa que Le Corbusier emprega, estas tem que ser projetadas pelo calculo, pela economia, com o intuito de responder às necessidade habitação humana e também estética do edifício. Ao projetar esta máquina devemos levar em conta, além do programa arquitetônico atendendo as necessidades humanas, o processo social, econômico e urbano em que está inserido. Temos que usar a exatidão dos cálculos, juntamente com a economia, usados pelos engenheiros, porém não se esquecer das bases da arquitetura que é a imaginação e a ousadia pra fins de alcançar a sensação humana através da linguagem dos edifícios, transmitindo o máximo de bem-estar e sensações.

“As cidades felizes têm arquitetura.”

Le Corbusier faz alguns lembretes: “Volume, superfície e planta”. Estes lembretes são para que tenha uma boa arquitetura, porém, ele afirma: “Sabemos muito bem que uma grande parte da infelicidade atual da arquitetura é devida ao cliente, aquele que encomenda, escolhe, corrige e paga. Para ele, nós escrevemos: “OLHOS QUE VÊEM”.”

Então, estes lembretes servem para que faça uma boa arquitetura sem a interferência de seus clientes, eles devem apenas apreciar e usufruir das obras arquitetônicas, e deixar com quem tem conhecimento criá-la, deixar pronta aos seus olhos a arquitetura.

Por isso definir o volume como o primeiro dos lembretes, onde usar das formas simples e primárias causará, sob o efeito da luz, uma visão mais clara e perceber a beleza de suas formas. E que será feita a leitura mais claras diante da beleza de suas formas.

Envolvendo as formas do volume vamos encontrar o segundo lembrete: a superfície. Porém estas não devem ser apenas uma simples fachada, deve conter seus traçados reguladores, que trataremos mais a frente, deve então ter algum significado, onde ela junto ao volume comunicar com os humanos, onde os dois unidos despertarão nossos sentimentos e criar uma linguagem entre os mesmo. Por tanto a função gerando a forma temos a planta, o terceiro lembrete, esta sim a geradora da arquitetura, segundo Le Corbusier.

“O volume e a superfície são os elementos através dos quais se manifesta a arquitetura. O volume e a superfície são determinados pela planta. A planta é a geradora. Pior para aqueles a quem falta imaginação.”

Le Corbusier enfatizou que o inicio da criação de uma arquitetura é a definição de sua planta, e daí sobe-se as paredes (volumes) que se envolve posteriormente com a superfície. A planta é geradora. Sem planta há desordem. A planta traz em si a essência da sensação. A vida moderna pede uma nova planta, para a casa e para a cidade.

“A planta procede de DENTRO para FORA; o exterior é o resultado de um interior. Um edifício é como uma bolha de sabão. Esta bolha é perfeita e harmoniosa se o sopro é bem distribuído, bem regulado do interior. Os elementos arquitetônicos são a luz e a SOMBRA, a parede e o ESPAÇO”.

Le Corbusier exprime em suas palavras, claramente, a forma deriva de sua função. A ilusão do edifício será camuflada por sua superfície, eis ai uma solução, determinada por ele, se sua planta tem uma determinada distribuição, e ela obtém o resultado desejado, obterá então uma construção harmônica, uma arquitetura.

“Se arrancarmos do coração e do espírito os CONCEITOS imóveis da casa e se encararmos a questão de um ponto de vista crítico e objetivo, chegaremos à casa INSTRUMENTO, casa em série, sadia (inclusive moralmente) E BELA PELA ESTÉTICA.”

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Para ele, a arquitetura não tem nada a ver com os estilos. O volume e a superfície são elementos que se manifestam na arquitetura. Se o volume e as relações espaciais são proporções, transmitindo a idéia de coordenação ao olho e ao espírito, criando satisfação: é arquitetura.

A arquitetura tem que cumprir o seu papel colaborando com uma maior eficiência de funcionalidade, e que deixem de se preocupar com passado, de tudo aquilo que não pertence mais em uma nova fase de industrialização de preocupação com aquilo que é mais pratico e rápido para os tempos atuais.

Exijam que faça uma arquitetura econômica, ou seja, deixar de lado excesso de elementos decorativos e deixar o passado e todas suas lembranças através das malhas da razão, pôr o problema como fizeram os engenheiros de avião e construir em série maquinas de morar, que funcione conforme necessidades dos seus usuários não mais alem de sua função.

É preciso tender para o estabelecimento de padrões para enfrentar problema da perfeição. O padrão é uma necessidade de ordem trazida para o trabalho. O padrão de elementos da era industrial é uma forma, de economia de tempo, uma vez que é necessário, comparando com a arquitetura, é compreendido que se tenha a mesma mentalidade, uma vez que há uma necessidade de se resolver um espaço adequado pra nova sociedade que cresce no meio urbano, procurando construir habitações de fácil acesso, funcional, e formas simples, como uma máquina, que idealiza a sua característica através de sua função.

CONCLUSÃO

De acordo com o livro Por uma arquitetura, podemos observar o conflito da época em relação da engenharia e a arquitetura. Os engenheiros conduzidos pelo calculo atingem o nosso espírito através da harmonia, portanto suas construções de formas e estética simples são inspiradas pelas leis da economia, porém os arquitetos ordenando formas realizam uma ordem que é pura invenção de seu espírito, simplesmente essa é a base dos arquitetos, sentimos a beleza no despertar das formas, o seu maior objetivo é emocionar com o edifício e não somente construí-lo.

Visivelmente o desapontamento de Le Corbusier, em relação aos arquitetos, está impresso em suas páginas, fazendo um alerta aos senhores arquitetos moldam através de suas palavras três lembretes aos arquitetos, volume, superfície e a planta, contudo define então a forma devido à função.Le Corbusier defende o movimento moderno criando fontes que ressalta pensamento voltado ao funcionalismo, às necessidades encontradas do homem moderno. E posiciona-se contra a arquitetura repetida compondo se de elementos do passado, considerado por ele ultrapassado.

Com essa produção em série resultaria cada vez mais em criar elementos mais simples e econômicos como plantas de geometria primitiva, no qual proporcionaria uma visão mais ampla da arquitetura. Pois a planta que define seu volume.

O movimento moderno trás também novas tecnologia na construção, nesse período é importante que aborde funcionalidade, excluindo possibilidade de ornamentos, e que agora passa a se importar com a beleza da lei do cálculo que segue regras do universo e atinge a harmonia, quesito que se leva em consideração em arquitetura, compreendendo que possa existir beleza compatível à funcionalidade.