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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS VEGETAIS FITOPATOLOGIA I ÍTALO GUALBERTO ARRAIS Mossoró, RN 2013

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HERBÁRIO Ramularia areola – Mancha-de-Ramulária Verticillium dahliae – Murcha-de-Verticillium Lasiodiplodia theobromae – Podridão Pós-Colheita em Banana Erwinia chrysanthemi – Podridão Bacteriana do Colmo

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Page 1: HERBÁRIO Ramularia areola – Mancha-de-Ramulária Verticillium dahliae – Murcha-de-Verticillium Lasiodiplodia theobromae – Podridão Pós-Colheita em Banana Erwinia chrysanthemi

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS VEGETAISFITOPATOLOGIA I

ÍTALO GUALBERTO ARRAIS

Mossoró, RN2013

Page 2: HERBÁRIO Ramularia areola – Mancha-de-Ramulária Verticillium dahliae – Murcha-de-Verticillium Lasiodiplodia theobromae – Podridão Pós-Colheita em Banana Erwinia chrysanthemi

HERBÁRIO

Ramularia areola – Mancha-de-Ramulária

Verticillium dahliae – Murcha-de-Verticillium

Lasiodiplodia theobromae – Podridão Pós-Colheita em

Banana

Erwinia chrysanthemi – Podridão Bacteriana do

Colmo

bean common mosaic virus (BCMV) – Mosáico comum do

feijoeiro

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CULTURA

ALGODÃO

MANCHA-DE-RAMULÁRIA

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ETIOLOGIA• PATÓGENO: Causada pelo fungo Ramularia aréola (Atk.) (sinônimos:

Ramularia gossypii Speg. Ciferi, Cercosporella gossypii Speg.), forma anamórfica de Mycosphaerella aréola Ehrlich e Wolf;

• Sobrevive no solo, em restos de cultura;

• Comum o fungo sobreviver em plantas nativas de algodão perene;

• Produz esporos, constituindo o inóculo inicial;

• Conídios do fungo germinam em água livre em temperaturas que variam de 16°C a 34°C, com temperatura ótima entre 25°C e 30°C;

• A penetração, via estômatos, é maior em ciclos de noites úmidas e dias secos do que em ciclos de umidade contínua;

• Algumas infecções ocorrem após dois ciclos de noites úmidas com infecção máxima após quatro ciclos (Rathaiah, 1977);

• Dispersão: Vento, chuva e a movimentação de implementos agrícolas promovem a disseminação dos esporos dentro da lavoura (Kimati et al., 2005);

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• Os sintomas são manchas brancas, poligonais, de aspecto pulverulento em ambas as superfícies das folhas;

• As características de uma epidemia severa são coalescência de lesões e toda a folha tomada por uma massa branca (esporos). A folha, então, fica amarela e cai;

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CULTURA

TOMATE

MURCHA-DE-VERTICILLIUM

FOTO: Ítalo G. Arrais

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ETIOLOGIA• PATÓGENO: Fungo Verticillium dahliae

• Em meio de cultura, hifa inicialmente hialina, septada e ramificada, conidióforos com ramificações verticiladas em cujas extremidades são produzidos conídeos unicelulares, hialinos e ovóides;

• A medida que a cultura envelhece, forma-se clamidósporos em grande número que aglutinam-se, constituindo microescleródios de cor preta;

• A formação de microescleródios é favorecida por temperaturas na faixa de 10 a 20°C;

• A doença encontra melhores condições na faixa de 22 a 25°C, em solos levemente ácidos a neutros;

• O ótimo de umidade para a cultura favorece o fungo, pois penetra na planta pelas raízes;

• O fungo coloniza os vasos lenhosos de forma ascendente;

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• Ocorre em todas as regiões onde se cultiva tomateiros;

• A severidade dos sintomas e redução da produtividade varia muito com o local e época do ano;

• É um patógeno polifágo, que parasita cerca de 200 especies de plantas;

• Pode sobreviver no solo em forma de microescleródios por vários anos;

• A velocidade da colonização pode ser inluenciada pelo nível de resistência genética, estado nutricional e temperatura ambiente;

• Estudos mostram que no Brasil, existem pelo menos 2 raças fisiológicas do fungo e possívelmente uma terceira;

• Os sintomas podem variar de acordo com variedades, estado nutricional, temperatura e umidade do ar e solo;

• Sintoma típico são manchas localizadas no ápice ou lateralmente aos folíolos, com o contorno externo em forma de V;

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• As áreas amareladas tendem a necrosar num estádio mais avançado da doença;

• Em geral, as plantas não morrem, mas apresentam menor desenvolvimento e redução no tamanho dos frutos;

• Embora seja uma doença vascular, não é comum ocorrer alteração na cor do sistema vascular;

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PODRIDÃO BACTERIANA DO COLMO

CULTURA

MILHO

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ETIOLOGIA

• PATÓGENO: Bactéria Erwinia chrysanthemi pv. Zeae

• Associada a condições de alta umidade do solo;

• É gram-negativa, possuindo flagelo;

• O aparecimento súbito de plantas tombadas é um dos sintomas caracteristicos da doença;

• A podridão de colmo pode ocorrer em um ou em vários internódios acima da superfície do solo;

• Os internódios ficam com tecidos encharcados perdendo a firmeza ou rigidez;

• O patógeno pode atingir as espigas, causando podridão mole;

• O tecido afetado exalam odor desagradável característico;

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Lasiodiplodia theobromae

CULTURA

BANANA (PÓS-COLHEITA)

FOTO: Ítalo G. Arrais

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ETIOLOGIA• Pleno desenvolvimento do fungo em temperaturas entre 12°C e 25 ºC;

• Patógeno típico das regiões tropicais e subtropicais, onde causa sérios prejuízos a numerosas espécies;

• Em cultura pura de BDA, as colônias são acinzentadas a negras, com abundante micélio aéreo e ao reverso da cultura em placa de Petri são foscas ou negras;

• Formam picnídios simples ou compostos, freqüentemente agregados, estromáticos, ostiolados, subovóides para elipsóides – oblongos, com parede espessa e base truncada;

• Os conídios maduros tornam-se uniseptados e de coloração castanho – amarelados, sendo longitudinalmente estriados;

• As paráfises quando presentes são hialinas, cilíndricas, algumas vezes septadas;

• Nas folhas, caules e frutos de plantas infectadas por este fungo, os picnídios são imersos, tornando-se erumpentes;

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• Podem ocorrer isoladamente ou agrupados, apresentando 2 a 4 mm de largura. São ostiolados e freqüentemente pilosos e podem apresentar extrusão de conídios com aspecto de uma massa preta;

• Em sua fase sexuada o referido fungo foi identificado como Physalospora rhodinaBerk e Curt. Apud. Cooke;

• Existem 19 sinonímias para Botryodiplodia theobromae(Pat.), incluindo Diplodia gossypinaCooke e Lasiodiplodia theobromae(Pat.) Griffon & Maubl. (Punithalingan, 1976;

• Para Sutton (1980), Lasiodiplodia é o nome genérico a ser adotado para este patógeno em substituição a Botryodiplodia theobromae(Pat.);

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MOSÁICO COMUM DO FEIJOEIRO - BCMV

CULTURA

FEIJÃO

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• Pertence ao genêno Potyvirus, família Potyviridae;

• Possui particulas alongadas, flexuosas;

• Seu ácido nucléico é do tipo RNA de fita simples;

• Existem vários estirpes de BCMV que diferenciam-se de acordo com o tipo da reação induzidas em cultivares de feijoeiro diferenciadores;

• É transmitido pela semente, o que constitui um importante meio de introdução do vírus na lavoura;

• A percentagem de transmissão pela semente pode varia de 3% a 95%;

• A transmissão entre plantas pode ser por inoculação mecânica e por insetos;

ETIOLOGIA

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Dentre os sintomas estão:

• Mosáico foliar acompanhando as nervuras;

• Formação de bolhas nas áreas verde-escuras, enrolamento, retorcimento, e diminuição do tamanho dos folíolos;

• Brotações com folhas pequenas e internódios curtos;

• Em algumas cultivares ocorre amarelecimento generalizado e folhas grossas curvadas para baixo;

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KIMATI, H.;AMORIM, L.; REZENDE, J. A. M.; FILHO, A. B.; CAMARGO, L. E. A. Manual de Fitopatologia. 4 ed. Piracicaba:ESALQ. 1997.

FIALLOS, F. R. G. Doenças Causadas por Vírus na Cultura do Feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) Publicado como Artículo de Revision en Ciencia y Tecnología 3(2): 1-6. 2010

SARTORATO, A; DE FARIA, J. C. Resistência de Cultivares de Feijoeiro ao Vírus do Mosáico Comum Necrótico. Summa Phytopathologica, v.30, p.394-397, 2004.