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Guia da Raposa

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Produto desenvolvido na disciplina de Redação 1 do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano

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Page 1: Guia da Raposa

Guia daRaposa

Page 2: Guia da Raposa

Guia da Raposa

‘Lead’, ‘off’ e ‘deadline’ são alguns dos jar-gões utilizados no cotidiano das redações jornalísticas. O ‘foca’, nome dado ao nova-to, precisa conhecer estes e outros termos para compreender e se inserir na cultura profissional da ‘raposa’, termo usado para definir o jornalista que tem ‘faro’ para as notícias. O Guia da Raposa é constituído de defini-ções destes e de outros jargões. Os textos foram produzidos pelos bixos de Jornalis-mo do Centro Universitário Franciscano a partir da leitura de manuais de redação e da produção de entrevistas com profissio-nais e professores de Comunicação Social.

Page 3: Guia da Raposa

A raposa“Penso que é legal termos a raposa como símbolo, em especial a nossa raposa, esta que foi desenhada como marca do nosso Curso de Jornalismo. Ela está olhando de frente, nos olhos de quem a vê, represen-tando o jornalista atento, empenhado em

perceber com clareza aquilo que lhe falam, aquilo que pode ser observado no ambiente

em que está, toda a série de aspectos que vão lhe ajudar a decifrar o contexto dos

fatos”, explica a coordenadora do Curso de Jornalismo, professora Sione Gomes.

Caroline Costa

Page 4: Guia da Raposa

Centro Universitário Franciscano

Reitora: professora Iraní Rupolo

Pró-reitora de Graduação: professora Vanilde Bisognin

Coordenadora do curso de Jornalismo: professora Sione Gomes

Produção da cadeira de Redação Jornalística 1

Edição: professor Maurício Dias (Mtb/RS 9681)

Projeto gráfico e diagramação: Francesco Ferrari (Laboratório de Impresso e Onli-

ne)

Revisão: acadêmico Marcos Kontze (monitor de Redação 1)

Redação: acadêmicos Alex Batista, Amanda Santos, Arcéli Ramos, Bruna Milani, Brunno Job, Caroline Costa, Cassiani Carvalho, Dara Silva, Fabian Lisboa, Gabriel Finatto Alves, Gabriela Martins, Gilberto Barbosa, Julia Fleck, Karen Borba, Laisa Cides, Marcelo Lacerda, Maria Luisa Viana, Matheus de Mattos, Mauro Somavilla Junior, Nadine Vieira, Oly Rosa Neto, Tatiéli Costa, Tiago Teixeira e William Ignácio Oliveira

Expediente

Page 5: Guia da Raposa

Apuração

Artigo

Assessoria de imprensa

É uma etapa do processo de produção jornalística para a busca de informações que podem ou não ser utilizadas no texto final.Normalmente a apuração está associa-da à reportagem. Mas qualquer conteúdo jornalístico requer apuração. Algo que exemplifica o ato de apurar é quando o jornalista vai até o local em que ocorreram os acontecimentos, entrevista as fontes, ou quando realiza pesquisas de qualquer tipo para obter ou checar dados. A pauta pode ser considerada o ponto de partida da apuração. Ela é, basicamente, a verificação dos fatos apresentados. O jornalis-ta apura a veracidade do que irá apresentar, seja notícia ou reportagem impressa, radiofônica, televisiva ou digital.

Tiago Ferreira

Publicação escrita que tem como característica apresentar a opinião ou o ponto de vista do autor. Geralmente ocupa espaço pré-determinado para publicação em jornais e revistas impressas ou digitais, podendo também ser lido em telejornais ou radiojornais.

William Ignácio

A assessoria de imprensa é desenvolvida para as organizações. Nada mais é do que o fortalecimento da imagem de organização,marca, produto ou serviço junto aos seus públicos de interesse por meio de publicações na imprensa.O objetivo do assessor é ajudar a organização a ser bem citada na mídia para que se torne conhe-cida e tenha sua imagem associação a causas importantes. O assessor de imprensa pode atuar em três tipos de organizações: públicas, privadas ou pertencentes ao terceiro setor (organizações não governamentais, associações, sindicatos e entida-des de classe). A assessora Simone Frota explica que o assessor de imprensa precisa ter amor e total dedicação por seu trabalho. Independentemente da área de atuação, como gastronomia, artes, música, política e religião, é preciso estar em sintonia com o cliente ou a empresa a quem o profissional vai dedicar seu tempo.Simone ainda tem algumas dicas para quem vai seguir este caminho: “bastante paciência, acredi-tar no potencial do cliente e perseverar”.

Karen Borba

Page 6: Guia da Raposa

BarrigaNo jargão jornalístico, barriga ou barrigada é quando se publica uma informação falsa, geralmente por desleixo e falta de compromisso com o que se notícia. Pode ser considerada barriga uma matéria mal apurada, equivocada. A história do Boimate, derivado da fusão da carne do boi e do tomate, constituiu--se no “fato cientifico” de 1983, pelo menos para a revista Veja na edição de 27 de abril. Na verdade, trata-se da maior “barriga” de divulgação científica brasileira. Veja acreditou e caiu na brincadeira da revista inglesa New Science, que no dia 1º de abril inventou e fez circular esta matéria.Durante a Copa do Mundo, o jornalista Mario Sergio Conti, discretamente, aproxi-mou-se do técnico da seleção brasileira e fez com uma entrevista exclusiva com “Felipão”, que, na verdade, era o sósia, Vladimir Palomo. O jornalista Flavio Gomes escreveu no seu blog: “vivemos hoje o dia da maior “barriga” da história do jorna-lismo esportivo do Brasil”. O jornalista Leandro Ineu, assessor de imprensa da Prefeitura de São Sepé diz: “acredito que a ‘barriga’ é um de nossos maiores riscos. A pressão e a necessidade de “sair na frente” oferecem a possibilidade de uma ‘barrigada’. Para minimizar os erros, a receita é checar, checar e checar. Nunca esquecendo que o furo que pode alavancar sua carreira também pode terminar com ela em poucas linhas”.

Fabian Lisboa

Imagem: Reprodução /VEJA

Page 7: Guia da Raposa

Boneco

Box

Fotografia de um entrevistado em plano americano, que é o posionamento de câ-mara para enquadrar a pessoa de joelhos para cima. A expressão “fazer um bone-co” se refere à produção de imagem de uma pessoa em plano americano.

Elemento do jornal impresso formado por uma caixa que delimita um espaço den-tro de uma matéria para a inserção de conteúdo jornalístico relacionado à matéria em questão. O box pode ser usado para complementar, explicar, destacar ou dife-renciar uma determinada informação. A sua formatação depende do projeto gráfico do jornal. Pode ter, por exemplo, contraste, fundo ou nenhum desses.

Gilberto Barbosa

Tatiéli Costa

Page 8: Guia da Raposa

Charge

Coletiva

Coluna

A charge é um estilo de ilustração que tem por objetivo a sátira. Feita por meio de caricaturas e traços sem muita precisão, o chargista tem por objetivo criticar algo que está acontecendo no mundo.Criada no princípio do século XIX, a charge apa-receu com pessoa que eram críticos políticos e queriam se expressar de uma forma ainda não apresentada para o mundo. Mas acabaram sendo reprimidos por gover-nos - principalmente pelos impérios. Porém, chamou a atenção da população o que faz o fato se tornar popular e acarretou na sua existência até os tempos de hoje.

É um evento convocado por uma assessoria de imprensa, uma personalidade ou uma pessoa de destaque, que reúne vários jornalistas com o propósito de entre-vistar ou questionar alguém sobre um tema de relevância. Para o jornalista Samuel Pretto, pode-se convocar uma coletiva para comunicar, esclarecer ou mesmo infor-mar algo de caráter importante.

William Ignácio

O modo de escrever em colunas surgiu em virtude da diagramação original dos textos publicados regularmente em espaço determinado no jornal. No século XIX, tudo que não era notícia era dia-gramado em uma única coluna vertical, de cima para baixo, ocupando todas as colunas da esquer-da até a direita. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), Roberto Cervo, colunista em um jornal do interior do Rio Grande do Sul, “a coluna tem que falar diretamente para o leitor. Ela não “pode” ter a linguagem mais técnica que o restante do jor-nal tem, pois uma boa coluna tem que fazer o leitor entender o ponto de vista do colunista”.O colunista é um profissional que nem sempre é jornalista, mas tem por função escrever regular-mente para veículos de comunicação, produzindo textos não necessariamente noticiosos, denomi-nados de colunas. Nas palavras de Cervo, “o colunista tem que escrever sobre o seu ponto de vista de determinados tema. Com a responsabilidade de muitas vezes ser o principal nome do jornal, ou o motivo que leva as pessoas os comprarem”.

Mauro Somavilla Junior

Mauro Somavilla Junior

Page 9: Guia da Raposa

CrônicaTexto em que o autor trata, de forma mais literária, os assuntos do cotidiano. É escrita de forma simples e curta, sendo assim apreciada por diversas faixas etárias A crônica é um gênero muito apreciado pelos leitores de jornais e revistas, pois interage com o dia a dia fazendo com que o pú-blico se identifique com o tema. Aproxima o jornalismo da literatura. Segundo o jornalista Marcelo Canellas, a crônica é uma outra forma de expressão, pois trabalha com o subjetivo. Canellas acredi-ta que a crônica conquista o leitor quando escrita de forma simples, fácil de ser compreendida.

Sobre mangas e cajus*

Não me lembro de ter visto caju no pé quando eu era guri. As frutas da minha infância _ que a gente apanhava em árvore _ eram bergamota, laranja-de-umbigo e pitanga. Lá em casa tinha também uma parreira, um pessegueiro e uma pereira altíssima. Todas carregavam fartamente, mas os pêssegos davam bicho, uma larva branquinha que o

piazedo catava para aporrinhar as gurias.Caju e manga eram frutas de supermercado, vinham de longe e custavam os olhos da cara. A primeira manga que eu apanhei do pé e comi foi em Ribeirão Preto. Eu tinha 22 anos e ficava embasbacado com o mangueiral abundante nos quintais e nas ruas, o

chão coalhado de pelotas ovaladas e amarelecidas, já passando do ponto de maturação, espalhando o aroma adocicado da fruta pela cidade inteira.

Não tinha isso no Sul, e eu não me continha em meu alumbramento solitário diante da festa de cheiros da frutificação. Como é que ninguém liga? Como é que ninguém

ao menos se compraz da fertilidade quase pornográfica da natureza exibindo seu viço? Manga era café-pequeno para os ribeirão-pretanos, acostumados à orgia tropical das

plantas. Mas, para um jovem sulista, acostumado às frutas de origem europeia, manga era manjar.

Na minha lista de iguarias vegetais, a manga está bem colocada, mas o caju está no topo, só perde para o palmito, que, obviamente, não é um fruto. Aliás, vim a saber _ o que não me parecia tão óbvio assim _ que o caju também não é um fruto. O fruto do

cajueiro é a castanha, e o que eu pensava que era fruto é, na verdade, um pseudofruto. Essa informação não abalou o prestígio do caju junto ao meu paladar. O gosto desse acepipe não tem nada de pseudo, e pouco me importa o que os botânicos pensam a

respeito.Eu já era um barbado quando avistei, numa praça do interior de Goiás, no alto de

uma árvore de folhas largas e tronco retorcido, uma pepita dourada, gigante, lustrosa, suspensa pelo pedúnculo, com a indefectível amêndoa em forma de feijão na extremi-dade. Ei-lo! O caju em estado natural, como os pêssegos e as peras da minha meninice.Num zás, eu voltei a usar calças curtas. Não me importei com os passantes. Havia um doido trepado numa árvore da praça para apanhar um caju maduro. Apanhei. Mordi. Sorvi. E o gosto daquele primeiro caju apanhado ainda revolve minha memória pala-

tal, que, no fundo, é o sabor da própria vida se manifestando. Um sabor que a gente, às vezes, se esquece de desfrutar.

Marcelo Canellas

*Crônica extraída do livro “Províncias – Crônicas da alma interiorana”

Arcéli Ramos

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DeadlineDeadline é o horário limite para finalização/entrega de uma matéria ou página.Questionada sobre o significado e a importância da deadline na rotina de um jor-nalista, Letícia Fagundes, repórter do Grupo Record, declarou: “fazer uma matéria com correria pode ocasionar faltas graves e destruir vidas. Lembrem-se que somos, nós jornalistas, um poder avassalador na sociedade. Por vezes julgador - o que acho errado. Imaginem se na redação tenho que correr ao ponto de dar um nome errado de fonte? Não se apressem. Quem não namora, não se apaixona pelo que está produzindo, não pode ser jornalista. Eu não gosto de deadlines. A deadline não é positiva nas redações. É importante uma data e um horário para nos adminis-trarmos, nos organizarmos, mas jamais regados a pressões”.

Matheus de Mattos

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Editorial

Enquete

Espelho

O editorial é o texto em que o veículo de comunicação expressa sua opinião sobre um assunto em particular. Este texto é redigido pelo editor-chefe e representa a posição oficial da empresa jornalística. A Folha de S. Paulo apresentou, neste ano, a campanha ‘O que a Folha pensa’. A campanha revela a ‘linha editorial’, isto é, o posicionamento do jornal sobre temas como apoio ao casamento homoafetivo e à liberação da maconha. Em Santa Maria, o Jornal A Razão, como explica o editor-chefe José Mauro Batista, tem posições claras sobre o desenvolvimento do município, defesa da democracia e defesa da liberdade de comércio. Portanto, são assuntos que estarão nos edito-rias da empresa.

Cassiani Brum Carvalho

Conjunto de testemunhos ou pesquisas ordenadas por uma autoridade ou organi-zadas por um jornal, uma empresa, com o fim de elucidar uma questão de interesse geral.

Brunno Job

É uma previsão do jornal a ser montado. Um esboço que mostra a posição e o es-paço a ser ocupado pela matéria e, em alguns casos, algumas empresas, preveem os espaços a serem ocupados pelos anúncios. De acordo com o professor Iuri Lam-mel, do Curso de Jornalismo, o espelho é um recurso que auxilia na organização e gerenciamento da produção de um jornal. Em algumas redações o espelho é uma planificação das páginas do jornal e em outro é uma miniatura (boneco).

Gilberto Barbosa

Page 12: Guia da Raposa

Foca

Furo

Faro

Fonte

Freelancer

No jargão jornalístico, foca é aquele profissional ainda inexperiente. É todo o jor-nalista recém-formado, em início de carreira, que busca seu espaço no mercado de trabalho. Também é o nome dado ao novato na redação.

Caroline Costa

Em jornalismo, furo significa ineditismo. É o jargão para a informação publicada em primeira mão por um veículo de comunicação. Aplica-se a qualquer conteúdo, ou seja, notícia, foto, vídeo ou entrevista publicadas com exclusividade, antes dos concorrentes. Tanto pautas frias quanto quentes podem render um furo. Tudo de-pende das fontes e do ‘faro’ do jornalista. Alguns jornalistas, por medo de serem furados por outros veículos, acabam publicando matérias antes de realizar uma boa apuração. A internet passa a sensação de instantaneidade e, de certa forma, permite que erros de apuração sejam corrigidos.

Karen Borba

É o talento de buscar a notícia. Para a jornalista Taís Zanon, o faro jornalístico tal-vez seja um dom que o jornalista precisa ter ou desenvolver ao longo de sua carrei-ra. É com o faro que se consegue boas notícias.

Alex Batista

É o texto, documento, instituição ou pessoa que constitui a origem de uma infor-mação. Segundo Márcia Denardin, apresentadora e produtora da rádio Guarathan, fonte é “de onde se retiram as informações, com elas que se fazem as notícias. Não se faz notícia sem fonte”.

Oly Fagundes Rosa Neto

Palavra inglesa que significa: pessoa que presta serviços profissionais autônomos, especialmente para a imprensa, publicidade, design, tecnologia da informação e música. Conhecido popularmente no Brasil pelas expressões frila ou freela, é uma tendência no mercado de trabalho. A expressão freelancer, traduzida literalmente como “lanceiro livre’’, deriva dos cavaleiros medievais mercenários, que se coloca-vam a serviço dos nobres que lhes pagassem mais para guerrear. Segundo Gabriel Haesbaert, estudante de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano, ser free-lancer é: “um trabalho comum, sem vínculos empregatícios com a empresa”.

Maria Luísa Viana

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Gancho O gancho é algo que justifica a matéria em termos de atualidade e importância. Trata-se de um modo de contextualizar a notícia a partir de um fato anterior. O gan-cho pode ligar o assunto da pauta à realidade do leitor. Também propicia matérias mais profundas, com um olhar para além do acontecimento.“Na Rádio Supernova, onde nós, da Revista O Viés, temos o programa O Ruído, fazemos ganchos porque os debates são ancorados em discussões e fatos atuais que repercutem. Sobre os ataques de Gaza, fizemos um programa sobre a questão palestina. Um femicídio (assassinato de mulher em razão do sexo), por exemplo, me motiva a fazer uma matéria sobre violência doméstica, usando como pano de fundo, o assassinato”, declara Nathália Drey Costa, jornalista de A Razão e do Viés.

Gabriel Finatto Alves

Page 14: Guia da Raposa

Jabá O jabá é uma prática de suborno que acontece quando os jornalistas recebem ofertas para suas matérias falarem bem de uma organização, pessoa ou evento. Trata-se de quando as fontes e/ou personagens da matéria oferecem benefícios materiais aos jornalistas em troca de exposição na mídia. Esse benefício pode ser um jantar, uma garrafa de vinho ou uma viagem para a Bahia. O mesmo termo, de origem francesa (‘jabacule’), é empregado quando ocorre suborno para que uma emissora de rádio toque repedidas vezes músicas de um determinado artista ou gravadora. Normalmente essa “propina” acontece de forma implícita, para que nenhuma das partes sofra acusação formal. O radialista Márcio Grings relata a prá-tica do jabá: “Eu nunca tive especificamente uma ordem direta para tocar Fulano ou Beltrano por causa disso (jabá). Mas eu acompanhei planilhas de outras rádios, sejam da mesma empresa que trabalhava ou não, que tinham horários X, Y e Z para tocar as músicas de tais artistas, como se fosse um contrato comercial. Tá aí o fa-moso jabá! A gravadora até pode ter algum enlace com as rádios e o som de seus artistas tocarem nesta estação. Mas isso é parte do jogo. É natural”.

Tiago Ferreira

Page 15: Guia da Raposa

Lide É o resumo da notícia, apresentado no início do texto. O lide (do inglês, lead) traz as informações mais importantes sobre um fato ou acontecimento e deve responder as seguintes perguntas: Quem?, O quê?, Quando?, Onde?, Como?, e Por quê?

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Mancha gráfica É a área delimitada para impressão e distribuição de elementos gráficos ou textuais. Segundo Paulo Chagas, editor de arte do Diário de Santa Maria, a mancha gráfica, em toda sua área delimitada, cria uma hierarquia entre as matérias da página, faci-litando a identificação da importância de cada notícia ou foto, no momento em que o leitor abre o jornal. Chagas também aponta que o seu formato de jornal – definido pela área da mancha – preferido é o tablóide (26,5 x 29,7 cm) por questões de cul-tura no nosso estado e por ser seu objeto de trabalho como editor de arte.

Amanda Souza

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Off

Olho

É um direito garantido, tanto do informante quanto do jornalista, que visa evitar desconfortos e problemas pessoais à fonte. E em parâmetros legais nada pode ser feito para forçar o jornalista a entregar uma fonte que passou informações em off (do inglês, off the record), exceto em casos nos quais a fonte queira se identificar.

Matheus Matos

Olho é um trecho do texto que recebe destaque na página. O olho faz a ligação en-tre título e texto, geralmente ressalta a mensagem principal. Pode aparecer antes, acima ou abaixo do título. “Eu, como conservador das tradições jornalísticas, con-sidero importante o olho, porque me dá noção daquilo que vou encontrar ao longo do texto. E como os textos estão cada vez mais curtos, o olho está deixando de existir. O jornalista está ficando cego”, comenta o professor Carlos Alberto Badke, do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano.

Tatiéle Costa

Page 18: Guia da Raposa

Pingue-pongue

Pirâmide invertida

Matéria em forma de perguntas e respostas. Uma entrevista onde são separados por parágrafos as perguntas do jornalista e as respostas do entrevistado. Porém, antes disso, é produzido um texto de apresentação do entrevistado e/ou do assun-to abordado. Vemos exemplos disso nas página amarelas da Veja.

Gabriel Finatto Alves

É uma técnica de redação jornalística. É uma fórmula que normatiza como as informações devem ser organizadas e apresentadas dentro da notícia. Segundo o professor Maicon Elias, do Curso de Jorna-lismo do Centro Universitário Franciscano, as informações são dispostas em ordem decrescente de importância. “O lead, que é o primeira parágrafo, é uma espécie de resumo da notícia. O título é uma espécie de resumo do lead. E assim, temos uma pirâmide invertida”, explica.

Informações por ordem decrescente de importância

Lide

Fecho

Corpo danotícia

Bruna Milani

Page 19: Guia da Raposa

Pauta É o que guia os repórteres durante a apuração. Na pauta estão as pessoas com quem se deve falar sobre um determinado assunto e quais são os principais ques-tionamentos a serem feitos. É o ponto de partida para qualquer notícia ou reporta-gem. Não precisa ser seguida rigidamente, pois podem acontecer mudanças con-forme as circunstâncias. A pauta é desenvolvida por editores ou subeditores em reuniões de pauta ou de produção. Em casos de desastres ou acidentes, as pautas não podem ser pensadas com antecedência. Segundo o professor Maicon Kroth, do curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano, a pauta é a “produção de uma informação, que requererá toda uma processualidade, um processo de pesqui-sa, de coleta, de apuração, de investigação, para formar um conjunto de elementos que se tornarão, lá na frente, depois da produção, uma notícia ou uma reporta-gem”.

Gabriela Martins

Page 20: Guia da Raposa

Reportagem É um gênero de texto jornalístico que transmite informação por meio da televisão, do rádio, do jornal, da revista, de portais ou de sites jornalísticos. Tem como obje-tivo, levar os fatos ao público de maneira abrangente. No entendimento de Mar-celo Salzano, repórter esportivo da Rádio Bandeirantes, reportagem é a alma do bom jornalismo. Nos grandes fatos, o bom repórter sempre aparece. Ter fontes é o princípio de tudo. Quanto mais fontes de confiança, mais sucesso e credibilidade o repórter poderá atingir. O jornalista precisa estar bem informado sobre tudo.A primeira atuação de Salzano foi cobrir um jogo do campeonato gaúcho em Ijuí. Segundo o repórter, foi maravilhoso, por ser a decisão de um campeonato. A inau-guração da Arena do Grêmio em Porto Alegre foi o trabalho que mais marcou o jor-nalismo. Salzano sempre trabalhou com jornalismo esportivo, fazendo reportagens e transmissões para rádios do estado. O fato de ser um apaixonado por futebol o faz se sentir realizado com o que faz, e também destaca seu empenho em qualifi-car-se, caso contrário, será ‘’engolido’’ pelos que buscam pelo mais.

Laisa Cides

Page 21: Guia da Raposa

Suíte É uma espécie de desdobramento da matéria principal. A suíte geralmente é um texto complementar ao que já foi publicado anteriormente com novas informações e adendos.

Nadine Vieira

Page 22: Guia da Raposa