foca - 9ª edição

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Ano 3 - 9ª Edição. Outubro 2012 Distribuição Gratuita Intercâmbio: viagem, estudo e cultura em um único pacote Antigo prédio da Brasital e atual campus V do Ceunsp vira livro E mais: Homenagem a Hebe Camargo Especial Halloween: fotos do que rolou no intervalo FCAD Aerportos: corrida para a Copa Gabriel Balista/FoCA Gabriel Balista/FoCA E-lixo: você sabe o que fazer com o seu? Gabriel Balista/FoCA

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O FoCA é o jornal realizado, como parte das atividades da Aeca, pelos estudantes de Jornalismo da Faculdade de Comunicação, Arte e Designer, do Ceunsp.

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Page 1: FoCA - 9ª Edição

Ano 3 - 9ª Edição. Outubro 2012

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Intercâmbio: viagem, estudo e cultura em um único pacote

Antigo prédio da Brasital e atual campus V do Ceunsp vira livro

E mais: Homenagem a Hebe Camargo ᴥ Especial Halloween: fotos do que rolou no intervalo FCAD ᴥ Aerportos: corrida para a Copa

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E-lixo: você sabe o que fazer com o seu?

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Page 2: FoCA - 9ª Edição

Caros leitores,

Já estamos na reta final e logo logo, termina mais um ano. Mas antes disso, o FoCA chega em sua 9ª edição com matérias quentes, só para vocês.

Nossa matéria de capa traz um assunto que é desejo de dez, entre dez universitários: intercâmbio. Quem não pensa em passar um tempo fora do país conhecendo outras culturas, visitando lugares fantásticos e, ainda de quebra, aprendendo, na prática, uma nova língua? E saiba que o contrário também já acontece: descobrimos um aluno que veio da Angola estudar no Ceunsp.

Também visitamos um orfanato e conhecemos um pouco da rotina de pessoas que trabalham em prol de crianças e adolescentes, muitas vezes sem ganhar nada por isso. Na coluna Proseando tivemos acesso ao canteiro de obras do aeroporto de Viracopos e discutimos: fica pronto ou não até 2014? Essa discussão vai pegar fogo!

E se você quer entender porquê nessa época do ano é tão comum darmos de cara com tantos pernilongos voando por aí, não deixe de ler o nosso editorial sobre saúde. Além disso, descubra o que fazer com seu lixo eletrônico e não deixe de conferir a homenagem do FoCA a ela que foi a diva da TV brasileira: Hebe Camargo.

O FoCA está imperdível!

Boa leitura,Gisele Gutierrez

FoCA FoCAEDITORIAL

EXPEDIENTE

VIDA UNIVERSITÁRIA

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O FoCA está no Face! Curta

Foca Ceunsp

NA MURETA

MURAL FCA+D

Especial Halloween - Intervalo do Terror

FoCA - 2012Professor Orientador - Roberta SteganhaEditora chefe - Gisele GutierrezEditora assistente - Adla Machado

Repórteres - Adla Machado, Hugo Antoneli, Juliana Sandres, Lenita Lerri, Luiz Vicentin, Ricardo Santos.

Fotógrafo: Gabriel Balista

Colaboradores: Marcelo Porfirio

O FoCA é um produto da Agência Experimental de Comunicação e Arte (AECA), da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) - CEUNSP

ContatoEmail [email protected] - Foca Ceunsp

Os textos publicados são de responsabilidade de seus autores.

O professor da Faculdade de Comunicação, Artes e Design (FCAD)

Jackeson Vidal, criou um projeto onde o campus do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp) Salto é o protagonista. Será um livro com fotos e informações sobre o prédio histórico.

O projeto integra a Agência Experimental de Comunicação e Artes (AECA) e tem participação de alunos de Jornalismo e Fotografia. A ideia é produzir um livro, que consiga resgatar a história desde a construção do prédio, até os dias atuais. “Esse campus é um patrimônio tombado, a ideia do livro é resgatar isso”, comenta o professor.

As instalações, que agora abrigam diversas faculdades do Ceunsp, já pertenceu a casa da fábrica Brasital na década de 1920 e mais recentemente da Santista.

A primeira parte de pesquisa do livro histórico já foi concluída, contendo mais de 200 fotos do prédio, referentes às décadas de 1920 e 1930.

Segundo Vidal, foram pesquisados vários livros nesta primeira etapa, entre eles alguns do professor e historiador Elton Zanoni. “Tem livros que contam sobre a cidade de Salto, sobre a parte antiga, como algumas obras do professor Zanoni, mas não tão focados no campus”, diz Vidal.

Segundo o Zanoni, o prédio começou a ser construído em 1873. “O prédio que hoje abriga o centro universitário, pode-se dizer que a parte mais antiga dele (a fábrica de José Galvão de França Pacheco Júnior), começou a ser construída em 1873, ano da chegada da ferrovia a Salto”, explica o historiador. Para ele, a fábrica foi essencial economicamente

Prédio histórico do Ceunsp Salto vai virar livroProjeto visa resgatar parte histórica e visual do campus

Juliana Sandres

para a região. “Quanto à antiga fábrica, de forma geral, penso que sua presença foi positiva no final do século XIX - se levarmos em conta a economia local - já que foi a presença das primeiras indústrias que levou à emancipação de Salto em relação à vizinha Itu”, revela.

A construção imponente atraiu os olhos de Vidal desde a primeira vez em que ele esteve no campus. “Eu tive a ideia assim que cheguei aqui. Eu vi esse campus e pensei: isso merece um livro. Merece um

Operários da Brasital, década de 1920

E já tem data a segunda edição do Insônia: 14 de novembro. O tema da

vez é "Máfia" e serão exibidos, durante a madrugada três filmes que animarão os fãs da sétima arte: Os Intocáveis, o clássico O Poderoso Chefão e um terceiro, que será a surpresa da noite. Além de bandas, DJs e muito café para espantar o sono. Quem quiser saber mais sobre o Insônia para não ficar de

Que venha o segundo!

fora dessa, é só acessar o site da galera que organiza o evento (planosequencia.com), se inscrever e aproveitar a noite.

Chega também a sua 2ª edição o Lip Dup FCAD, com filmagem marcada para o dia 10 de novembro. Com música do J Quest e muita empolgação, a galera já anda ensaiando pelos corredores e promete fazer uma grande festa. Imperdível!

As bruxas estavam a solta no Intervalo do Pavor da FCAD

Fotos: Hugo Antoneli e Gisele Gutierrez

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projeto que mostre a história dele e o que ele é hoje”, relembra ele, que já trabalhou em outro projeto semelhante. “Eu fiz um projeto parecido em Campinas. Lá tem um lugar chamado Vila Industrial (de 1915), que era uma vila de operários e nós fizemos um projeto resgatando e fotografando essa parte histórica”, diz.

Após a fase de coleta de dados será iniciada a fase de diagramação do livro. Isso, num módulo a frente, vai envolver uma equipe também de alunos para formatação do projeto cultural, com a intenção de conseguir patrocínio, através de leis estaduais de incentivo a leitura ou por meio da lei Rouanet, lei federal que tem por objetivo incentivar a produção cultural do país através de incentivos fiscais a pessoas físicas e jurídicas.

Este é um projeto tem previsão de duração entre 1 ano e meio a 2 anos, com expectativa de término no fim de 2013. Caso não consiga nenhum patrocínio, o livro vai ficar apenas em formatação digital.

"Eu vi esse campus e pensei: isso

merece um livro"Jackeson Vidal

Page 3: FoCA - 9ª Edição

FoCAVIDA UNIVERSITÁRIA

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Com o aumento do poder econômico das famílias, o estudo que antes era deixado de lado, agora é visto

como primordial para o crescimento social e profissional. Isso se deve ao fato do investimento feito em educação superior no Brasil ter aumentado nos últimos anos.

Segundo dados do Governo Federal, durante o governo Lula, o investimento em educação superior cresceu, chegando a mais de R$ 100 bilhões por ano. Novos centros universitários foram construídos e os antigos passaram por reformas. Já as faculdades privadas conseguiram incentivos fiscais para adequar as necessidades de seus alunos: diminuindo o valor da mensalidade dos cursos, financiando os custos através do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e distribuindo bolsas de estudos através do Prouni. Com todas essas facilidades de acesso, o que antes era impossível devido aos altos custos de uma vida universitária tornou-se uma possibilidade: o intercâmbio. “O governo assumiu a educação superior que estava um pouco de lado na administração anterior. O ProUni foi criado e beneficiou os mais pobres, que antes não pensavam em fazer faculdade e, apesar de distante ainda, o intercâmbio passou a ser visto com mais carinho pelas pessoas, vislumbrando um futuro melhor”, diz Pedro Courbassier, professor universitário.

Com o aumento das instituições de ensino, muitas faculdades criaram convênios com universidades de outros países para o intercâmbio de alunos, o que facilita a viagem, ainda que todos os custos fiquem por conta do aluno. Segundo um orçamento feito na agência Egali, especializada em intercâmbio, uma viagem para a Austrália, por exemplo, para um període de seis meses, não sai por menos

Experiência para a vida todaIntercâmbio já faz parte dos desejos de muitos universitários

Álbum de viagem

Ricardo Santos

por Juliana Sandres

Fotos: Arquivo pessoal

"Uma coisa que ficou ainda mais forte em mim foi

ter a certeza de que ninguém é melhor do que ninguém"

Juliana Sandres"O intercâmbio passou a ser visto com mais carinho

pelas pessoas, vislumbrando um futuro melhor."

Pedro Courbassier

de R$ 15 mil, sem contabilizar o as passagens, valor ainda fora da realidade da maioria das famílias brasileiras. Mas como a viagem tem o objetivo de aprimorar conhecimentos e relações com outros povos, idiomas e culturas, além da valorização que o mercado de trabalho dá aos profissionais que fizeram intercâmbio, principalmente as empresas multinacionais, é válido que o aluno faça um esforço para se aprimorar. “Guardo dinheiro todo mês para poder fazer intercâmbio. Acho importante para o currículo acadêmico, e com certeza agrega muito conhecimento tanto pessoal, quanto

profissionalmente”, afirma Rebeca dos Santos Penha, 25, estudante de Administração.

Made in Angola - Com o crescimento da economia, o Brasil, antes visto como país de terceiro mundo, tem outro status na visão mundial das universidades e, antes o que era difícil de imaginar já é realidade: muitos alunos estrangeiros vem para o país em busca de conhecimento e trocar experiências com os universitários brasileiros. É o caso do angolano Bráulio Costa, 28, estudante de Engenharia Mecatrônica no Ceunsp, que, com a ajuda do governo de Angola, saiu de seu país natal para buscar melhor formação acadêmica. “Não me arrependo de ter vindo para cá. O ensino superior angolano é fraco, senti que eu

"Senti que poderia alçar voos maiores e decidi vir para o

Brasil"Bráulio Costa

poderia alçar voos maiores e decidi vir para o Brasil”, relata Costa, “vim em busca de mais conhecimento. Sou muito feliz, o país cresceu muito e tem muitas oportunidades”, enfatiza.

Do Brasil para o mundo - Muitos alunos brasileiros poderão ter a mesma experiência que o angolano Bráulio, já que o Governo Federal criou seu próprio programa de intercâmbio: Ciência sem Fronteiras. Segundo o site do governo, o programa busca “promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional.” Pretende-se dispon ibilizar, por meio do programa, 101 mil bolsas de estudo, possibilitando que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação.

O mais visitado - Antes dos atentados de 11 de Setembro, os Estados Unidos eram o destino mais procurado por brasileiros. Mas, depois da tragédia, uma série de restrições foi imposta pelo governo, dificultando a entrada de estrangeiros no país. Atualmente, dentre os países de língua inglesa, o Canadá é o destino mais procurado pelos brasileiros interessados em fazer intercâmbio. São vários os motivos: atrativos turísticos, preços mais baixos, estadia mais acessível do que nos Estados Unidos ou Inglaterra, passagens aéreas mais baratas. Por tudo isso, o país tem se tornado primeira opção para quem quer aprender uma segunda língua. Segundo a agência Conexão Global, uma viagem de um ano para o Canadá fica em torno de R$17 mil, contra os R$24 mil na Inglaterra. Outro destino muito procurado por brasileiros que têm como objetivo aprender a língua inglesa, são países da África e Oceania.

E foi a Oceania, especificamente Austrália, o destino da estudante de Jornalismo Juliana Sandres, 32, que reuniu tudo o que tinha, e o que não tinha, e partiu para a terra do canguru. “Fazer intercâmbio é uma experiência única e muito enriquecedora”, afirma Juliana. Para ela, o convívio com outras cultura, com pessoas de lugares e hábitos completamente diferentes dos seus é uma experiência única, "faz com que você abra muito a mente e aprenda a respeitar mais as outras pessoas e os outros povos”, conta. Mesmo realizando a viagem dos sonhos, nem tudo foi fácil para Juliana. Antes do embarque ela vendeu o carro e sua metade de um apartamento para o irmão e, já no exterior, teve que trabalhar para se sustentar, mas diz que todo o esforço valeu à pena. “Uma coisa que ficou ainda mais forte em mim foi ter a certeza de que ninguém é melhor do que ninguém, e mais, as pessoas não podem ser julgadas pelas funções que ocupam. Absolutamente todos precisam ser tratados da mesma maneira e com o mesmo respeito e isso serve tanto para a vida profissional quanto para todo o resto”, conclui Juliana.

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Page 4: FoCA - 9ª Edição

FoCAFoCA 76SAÚDE

“O que a sociedade não adota, o tráfico e a criminalidade adotam.”

A frase de Paulo Sérgio, fundador de um projeto social que faz parte da Associação Beneficente Irmã Dulce (ABID), em Indaiatuba, exemplifica para que foi criada a instituição. Atuando desde 1999, a ABID luta para garantir os direitos da criança e do adolescente na convivência em sociedade e em família.

A associação cuida de uma média de 26 casos de crianças e adolescentes que moram com suas famílias, mas são consideradas em risco de situação social. Segundo projeto de pesquisa Criança em situação de risco: limites e necessidades da atuação profissional de saúde, de Nivaldo Carneiro Junior, por situação de risco “entende-se a condição de crianças que, por suas circunstâncias de vida, estão expostas à violência, ao uso de drogas e a um conjunto de experiências relacionadas às privações de ordem afetiva, cultural e socioeconômica que desfavorecem o pleno desenvolvimento bio-psico-social.”

Geralmente, essas crianças chegam até a ABID encaminhadas pelo Conselho Tutelar e Poder Judiciário. Atualmente, seis estão abrigadas na Associação, fazendo parte das atividades diárias normais: frequentam a escola, têm acesso a internet e redes sociais, recebem visitas de parentes - mas sempre perante acompanhamento de profissionais (psicólogos ou assistente social). “Conforme a idade, os adolescentes têm maior liberdade para sair e até mesmo namorar. Tentamos proporcionar uma vida comum para elas”, explica Alice Martins, presidente da ABID.

"Tentamos proporcionar uma vida comum para

elas”Alice Martins, presidente da

ABID

Inclusão - Trabalhando com a prevenção, o objetivo da instituição é, não apenas receber jovens, mas sim reintegrá-los a sociedade. “É gratificante o baixo número de crianças no local, isso mostra que o projeto de prevenção está dando o devido resultado”, afirma Alice, reforçando que o foco social não pode se perder.

Experiência - O jovem Luccas Alvez, 18, morou na casa por praticamente toda sua vida e mesmo morando em outro lugar, o rapaz faz constantes visitas ao grupo. “É uma grande família, é como se a gente tivesse várias mães cuidando de nós. É minha casa, é onde me sinto com maior liberdade, as pessoas sempre me trataram com carinho”, conta.

Sobre a ABID - Dia a dia, são mais de 24 funcionários remunerados e uma média de 80 voluntários fixos, que ajudam desde cuidados com a saúde até a limpeza e manutenção da associação. Vanessa Locatelli, 19, trabalha como voluntária na instituição e ressalva: “a

Luiz Vicentin

As instalações da ABID

Quarto das meninas...

... e dos meninos

Berçário

ABID: voluntariado e solidariedade mudando vidas

gente aprende a dar mais valor ao abraço de nossa mãe e do pai.”

A instituição não tem fins lucrativos. 50% da verba que mantém o lugar provêm do poder público, a outra parte da renda, vem de doações, bazar da pechincha, contribuições e eventos.

Para a presidente, todo esse trabalho é de

grande importância, mas ainda é necessário que as pessoas se comovam cada vez mais e passem a olhar para situações do tipo com olhos de aceitação e não de rejeição. “Se cada um fizer um pouco para melhorar, ficaria mais fácil para todos, porque as pessoas só sentem a dor quando atinge nossa casa ou alguém da família. Vamos cobrar, organizar e articular”, sensibiliza.

ABID - Quem quiser conhecer ou ajudar a instituição é só entrar em contato pelo número: (19) 3834-8851 ou (19) 3885-3476

DEBATE

Mosquitos: vilões do verãoAdla Machado

Eles são pequenos, feios, fazem aquele barulho insuportável,

gostam de sangue (mas não são vampiros) e, para piorar a situação, estão em todos os lugares. São de várias espécies e, em alguns casos, podem até transmitir doenças. Entenda porque nesta época do ano estamos sendo devorados por eles: os mosquitos.

Com a proximidade do verão é comum vermos uma quantidade excessiva de mosquitos incomodando a população e os universitários da FCAD, vizinhos do rio Tiête, não escaparam dessa. A bióloga Ana Paula Santana, 38, explica que, quando o verão está se aproximando, a enorme quantidade de mosquitos, principalmente próximo a rios, se dá devido às altas temperaturas e ao grande regime de chuvas. “Algumas espécies se proliferam em águas paradas, e isso é o que não falta quando o tempo está quente” comenta a bióloga. Ela enfatiza o fato das pessoas, de forma irresponsável, jogarem sujeiras, estercos, esgotos domésticos nos rios, lagos e lagoas. “Tudo isso serve de alimento para os mosquitos”, explica. Segundo ela, águas poluídas são o ambiente ideal para a reprodução deles. “Para algumas espécies, basta uma película de água para

que as fêmeas depositem seus ovos”.

Para dona de casa Carla de Oliveira, 29, que reside em Salto, perto do Tietê, a quantidade de mosquitos é gritante. “Mesmo com tela de proteção e repelentes, é difícil evitar o contato desagradável com eles”. Carla, que tem dois filhos, ainda comenta a falta de responsabilidade social da população.“Sempre vejo pessoas jogando lixo na beira do rio, dessa forma é inevitável não ter um acúmulo de mosquitos”, declara. A dona de casa finaliza dizendo que a prefeitura já tomou providências,

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Fotos: Luiz Vicentin

dedetizando a área. Mas para ela, se as pessoas não pararem de poluir o local, não vão adiantar essa medidas.

Não é fácil matar ou espantar um mosquito. Mas existem medidas que podemos tomar para evitar o contato, o infortúnio e a transmissão de doenças por parte desse bichinhos que medem poucos milímetros, mas fazem um estrago enorme. Evitar jogar lixo nos rios é um bom começo. Quanto menos lixo, menos água acumulada e assim menos lugares possíveis para eles se reproduzirem.

E quanto aqueles que nos perturbam no conforto de nossos

lares ou nas salas do Bloco K? Ana frisa que não devemos deixar acumular lixo ou água parada. Se o problema continuar, ela indica a contratação de uma dedetizadora para limpar o local. Ela finaliza fazendo um alerta muito importante: “É necessário manter os lugares arborizados. Não desmatar para que os mosquitos permaneçam nessas regiões e achem abrigos em árvores”. E se mesmo com essas medidas os mosquitos tomarem posse, o que é comum nessa época, é indicado também fazer uso de um bom repelente, afinal, ninguém quer ficar brigando com mosquito.

Atenção redobrada

Que eles incomodam já sabemos, que são irritantes também. Entretanto, mais do verdadeiros chatos, alguns podem transmitir doenças gravíssimas e que, se não tratadas a tempo, podem até matar. É o caso da dengue.

Grande vilão entre os insetos, a dengue, é causada por um vírus que é trasmitido pelo Aedes. É considerada, hoje, a principal doença viral transmitidas por insetos. Os primeiros casos, no Brasil, foram mapeados na década de 1980, mas há registros sobre a doença que remontam o ano de 1846.

Aedes aegypti O Aedes é encontrado, principalmente, no meio urbano e se reproduz rapidamente em locais de armazenamento de água, principalmente em meses de altas temporaturas e mesmo com forte trabalho de conscientização, no Brasil, esse ano, já foram registrados cerca de 290 mil casos confirmados da doença, segundo dados do Ministério da Saúde. A dengue causa dores e manchas pelo corpo, febre e, em casos mais graves, até hemorragia (veja quadro abaixo).

Como fugir? Ação preventiva ainda é a melhor solução: deve-se eliminar possíveis criadouros.

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Goiás

Page 5: FoCA - 9ª Edição

FoCA 8MEMÓRIA FCAD

Só mesmo uma gracinha como ela, apareceria na TV Globo com todo

destaque, mesmo sem nunca ter assinado um contrato com a emissora mais popular do país. Loira, autêntica, linda de viver, microfone de brilhantes e salto alto, lá estava ela semanalmente nas casas dos brasileiros. Se há males que vem para o bem, o câncer teve esse papel para a rainha da TV: “Eu não sabia que eu era tão querida. Depois da doença eu pude perceber o quanto o Brasil me ama”, revelou.

Para o professor Pedro Courbassien Hebe não foi indispensável para a TV. “Ela não criou nenhum modelo novo, nada de inovador”, explica, mas assume a importância da apresentadora: “O carisma e simpatia dela é inegável”, completa Pedro.

Ativista política, tinha sempre os melhores

artistas sentados no seu sofá branco. O sofrimento da infância pobre da menina do interior paulista, os amores e até o aborto, não ofuscaram o brilho de quem nasceu para ter destaque. Geniosa, ela não cantou na inauguração do brinquedinho do Chatô, a televisão, na década de 1950: “Eu menti que estava doente para namorar e a Lolita Rodrigues que cantou a música oficial da televisão brasileira”, revelou muitos anos depois, “ainda bem que eu não cantei, porque o hino era horrível”, completou.

A professora Roberta Steganha diz que encontrou-a em Bauru. “Ela foi num show do Julio Eglesias, foi a única vez que eu a vi

Hebe Camargo - Emblemática e maravilhosaHugo Antoneli

pessoalmente”, relata. Para a coordenadora do curso de Jornalismo, a característica mais marcante é a simpatia, “a comunicação dela não era algo aprendido, era natural”, analisa. Segundo Roberta, o maior legado que Hebe deixou é a exploração do lado humano da comunicação, sem roteiros prontos ou caras e bocas, “Ela fazia uma comunicação mais solta”, completa Roberta.

Personalidades desse calibre parecem parentes muito próximos de quem está do

outro lado da telinha. “Era como uma pessoa da família”, revela a estudante de Jornalismo Luana Oliveira, “a gente se acostuma com famosos assim e não espera que eles morram”, explica. Ela nos deixou, mas ficará para sempre viva nos corações de quem a admirava. O seu legado está na essência. A simplicidade e cumplicidade eram marcas registradas. Fez da vida um palco e, segundo ela mesma, “ninguém ama a vida mais do que eu”.

Hebe Camargo (1929 - 2012)

VIDA ONLINE

Lixo eletrônico: Destino Certo

Quando citamos lixo eletrônico, não nos referimos a lixeira de um desktop ou spams na caixa de entrada de emails, mas de um outro lixo: computadores antigos, acessórios, monitores, celulares, câmeras digitais e eletrodomésticos que já não têm utilidade.

No mundo hoje é produzido cerca de 50 milhões de toneladas desse tipo de lixo, segundo o Greenpeace. O Brasil figura entre os países que mais produzem e-lixo por habitante: meio quilo ao ano. Todo esse lixo vem sendo descartado de modo incorreto

pelo país, sem que seus usuários se dêem conta dos danos que esses objetos podem causar ao planeta e também à saúde.

Grande parte desses aparelhos fica guardada em gavetas ou em um cantinho qualquer. “As pessoas desconhecem esse assunto e acabam descartando em lixo comum”, comenta Bruno Vinicius de Oliveira, 19, 2º semestre de Fotografia. É ai que entra o Recicloteca (www.recicloteca.org.br). No site é possível localizar 50 cidades que recolhem esse tipo de material no estado de São Paulo.

Lenita Lerri

Blog

Estad

ão

As mais próximas são: Sorocaba, Paulínia, Limeira, Jundiaí, Itu, Itapeva, Campinas.

Já o site do programa e-lixo, específico para o descarte de lixo eletrônico, é ainda mais prático: basta acessar o site (www.elixo.org), digitar o CEP, endereço e cidade, selecionar o tipo de lixo, que ele busca o local de descarte mais próximo. Mas, infelizmente, os municípios menores ainda não contam com esse tipo de serviço. É o que afirma Edson Alexandrino Junior, 19, morador de Salto. Segundo ele não existe nenhum tipo de coleta ou campanha que conscientize a respeito do lixo eletrônico, “não conheço nenhum ponto de coleta”, afirma.

Para Luciana Gomes de Moura, gerente de uma empresa de internet, é possível sim dar uma solução ao problema de recolhimento destes materiais. Para ela, os supermercados deveriam ter postos de coletas. “É um grande centro, onde circulam muitas pessoas ”, afirma Luciana. Mesmo sabendo da necessidade de descarte correto, ela conta que nem sempre isso é possível: “Já coloquei esse tipo de lixo no lugar indevido, pois não encontramos o lugar para seu descarte.” Hoje, porém, ela diz que toma mais cuidado. Mesmo assim, é possível se conscientizar e agir de modo mais sustentável, de forma a ser menos prejudicial ao meio ambiente. É o que aconteceu com Luana Corte Moreira, estudante de Jornalismo. “Após muitos anos descartando de maneira incorreta, hoje tenho consciência dos riscos que traz para o meio ambiente”, afirma Luana.

Gab

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