fertilização de mudas de pimenta de cheiro (capsicum...

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA CAMPUS DE PARAUAPEBAS MARIANA DE AQUINO SANTOS Fertilização de mudas de Pimenta de Cheiro (Capsicum frutescens) e Jiló (Solanum aethiopicum Gr. Gilo) com Osmocote ® . PARAUAPEBAS-PA 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

CAMPUS DE PARAUAPEBAS

MARIANA DE AQUINO SANTOS

Fertilização de mudas de Pimenta de Cheiro (Capsicum frutescens) e

Jiló (Solanum aethiopicum Gr. Gilo) com Osmocote®.

PARAUAPEBAS-PA

2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

CAMPUS DE PARAUAPEBAS

MARIANA DE AQUINO SANTOS

PARAUAPEBAS-PA

2019

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Federal Rural da Amazônia como parte das exigências do curso de Engenharia Agronômica, para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Agronômica.

Área de concentração: Produção de Mudas

Orientador: Prof. Robson José do Nascimento

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_________________________________________________________________________

Santos, Mariana de Aquino

Fertilização de mudas de Pimenta de cheiro (Capsicum frutescens) e Jiló (Solanum aethiopicum Gr. Gilo) com Osmocote / Mariana de Aquino Santos .- Parauapebas , 2019.

30f. ; il.

Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Agronomia) –Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Parauapebas, 2019.

Orientador: Prof. Dr Robson José do Nascimento

1.Fertilizantes – Pimenta de cheiro – aplicação 2.Hortaliças 3.Substrato 4.Osmocote I.Título II Nascimento, Robson José do (orient.)

CDD 23. Ed. – 631.81

____________________________________________________________________________

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AGRADECIMENTOS Á Deus pela vida, pela sabedoria, por todas as minhas conquistas pessoais e

profissionais, por ter guiado meu caminho até aqui e por ter colocado em meu

caminho pessoas tão especiais, que não mediram esforços em me ajudar durante a

realização deste trabalho e deste curso.

Aos meus queridos pais, Gilberto e Luiza, por todo amor e carinho, exemplos

de bondade, honestidade e perseverança, e que compartilharam comigo os valores que

foram fundamentais em minha formação como cidadã e profissional. À minha família, meu marido Marcelo pela compreensão dos momentos

solitários, por entender minha ausência em alguns momentos de nossas vidas,

enquanto eu mergulhava no mundo acadêmico da Agronomia e que, ao fazer parte da

minha história, vem me ajudando a alcançar meus sonhos. E em especial agradeço à

minha filha Lis Marcelle, luz da minha vida, que tem contribuído para eu me tornar

um ser humano melhor e em evolução constante.

Ao meu orientador Professor Robson José do Nascimento, um competente

profissional, pelos seus ensinamentos, pelo incentivo e disponiblidade em me ajudar

na elaboração deste trabalho e pelas valiosas dicas.

À Professora Josiane pela amizade e conhecimento que obtive durante o

período do estágio obrigatório supervisionado.

Aos amigos da turma por estarem presentes nos momentos importantes da

minha vida acadêmica e também por terem acompanhado minha formação, em

especial, Mayara Alves, Juliana Guimrães, Rita Araújo, Daylon,Thiago e Lucas.

Aos amigos de trabalho Elizete Xavier pelo total apoio e incentivo

flexibilizando os meus horários do trabalho para priorizar as atividades relacionadas a

universidade. Ao Dr. Roberto Sales, pelas orientações e conselhos pertinentes

ocorridos durante a elaboração do presente trabalho.

Ao meu amigo Dom, in memorian, que esteve ao meu lado em alguns dos

momentos mais difíceis da minha vida, sendo amável e companheiro, o animal mais

humano que eu já conheci.

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“A sabedoria da natureza é tal que não

produz nada de supérfluo ou inútil”. (Nicolau Copérnico)

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RESUMO

O objetivo deste trabalho foi produzir mudas de hortaliças com o fertilizante

Osmocote®, sendo avaliado o desenvolvimento das cultivares Jiló (Solanum

aethiopicum gr. GILO) e Pimenta (Capsicum frutescens) de cheiro. Utilizou-se como

substrato uma formulação. Na composição foram empregada vermiculita fina, casca de

arroz carbonizada e fibra de coco, na proporção de 1:1: 1. O fertilizante Osmocote

Plus na formulação 19-06-10 foi adicionado aos substratos nas seguintes dosagens: 0,0

g. l-1 (testemunha), 4gl-¹,8gl-¹, 12gl-¹,16gl-¹. Estes substratos foram depositados em

bandejas de polipropileno, contendo células de 50 cm3, sendo realizada a semeadura

em seguida. As bandejas foram levadas para um telado de 50 % de sombreamento,

onde permaneceram com uma irrigação de 20 mm diários até o momento da avaliação.

A germinação e desenvolvimento das mudas ocorreram dentro da normalidade. Aos 38

(trinta e oito) dias foram realizadas as avaliações, sendo adotada como unidade

experimental uma parcela formada por 05 (cinco) plantas e cinco repetições.

Verificaram-se como variáveis o número de folhas, diâmetro do caule, parte aérea, raiz

e o teor de matéria seca. Para análise estatística adotou-se um delineamento

inteiramente casualizado. Foram verificadas diferenças estatísticas significativas.

Sendo indicado a melhores doses na produção de pimenta e Jiló. No entanto,

observou-se visualmente um efeito positivo do Osmocote® para as mudas de pimenta e

jiló.

Palavras Chaves: Fertilizante, Substrato e Hortaliças.

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ABSTRACT

The objective of this study was to produce vegetable seedlings with the Osmocote®

fertilizer, being evaluated the development of cultivars Jiló (Solanum aethiopicum gr.

GILO) and Pimenta de Cheiro (Capsicum frutescens). Two formulations were used as

substrate, the first one being only coconut fiber. In a second composition were used

fine vermiculite, carbonized rice husk and coconut fiber in the ratio of 1: 1: 1. The plus

fertilizer in formulation 19-06-10 was added to the substrates at the following dosages:

0,0 g. l-1 (testemunha: zero dose), 4gl-¹,8gl-¹, 12gl-¹,16gl-¹. These substrates were

deposited in polypropylene trays containing 50 cm3 cells being sown afterwards. The

trays were taken to a 50% shading grille, where they remained with an irrigation of 20

mm daily until the moment of the evaluation. The germination and development of the

seedlings occurred within the normal range. The evaluations were performed on day

38 (thirty-eight), being used as experimental unit a plot formed by 05 (five) plants and

five replications. The number of leaves, stem diameter, aerial part, root and dry matter

content were verified as variables. For statistical analysis a randomized block design

was used. There were no statistically significant differences. However, a positive

effect of the Osmocote® was observed visually on the jiló seedlings. Being indicated to

better doses in the production of pimenta de cheiro and jiló. The seedlings of Pimenta

de Cheiro did not show a satisfactory development.

Key words: Fertilizer, Substrate and Vegetables.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Mapa de localização do experimento. Fonte: Google Maps. ................................. 16

Figura 2. Implantação dos tratamentos com substrato de vermiculita, casca de arroz e fibra de coco. .................................................................................................................................... 17

Figura 3. Efeito das doses de Osmocote® no número de folhas das mudas de pimenta de cheiro. .................................................................................................................................. 21

Figura 4. Efeito das doses de Osmocote® no diâmetro do caule das mudas de pimenta de cheiro. .................................................................................................................................. 22

Figura 5. Efeito das doses de Osmocote® no comprimento da raiz das mudas de pimenta de cheiro. .................................................................................................................................. 22

Figura 6. Efeito das doses de Osmocote® no comprimento da parte aérea das mudas de pimenta de cheiro. ................................................................................................................ 22

Figura 7. Efeito das doses de Osmocote® no massa seca da raiz das mudas de pimenta de cheiro. .................................................................................................................................. 23

Figura 8. Efeito das doses de Osmocote® no massa seca da parte aére das mudas de pimenta de cheiro. ............................................................................................................................. 23

Figura 9. Efeito das doses de Osmocote® no massa seca total das mudas de pimenta de cheiro. .................................................................................................................................. 23

Figura 10. Efeito das doses de Osmocote® no número de folhas das mudas de jiló. ............. 24

Figura 11. Efeito das doses de Osmocote® no diâmetro do caule das mudas de jiló. ............ 24

Figura 12. Efeito das doses de Osmocote® no comprimento da raiz das mudas de jiló. ........ 24

Figura 13. Efeito das doses de Osmocote® no comprimento da parte aérea das mudas de jiló. ............................................................................................................................................ 25

Figura 14. Efeito das doses de Osmocote® no massa seca da raiz das mudas de jiló. ............ 25

Figura 15. Efeito das doses de Osmocote® no massa seca da parte aérea das mudas de jiló. . 25

Figura 16. Efeito das doses de Osmocote® no massa seca total das mudas de jiló. ............... 26

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Combinações dos tratamentos avaliados. ...........................................................................17

Tabela 2. Valores de F para as características avaliadas em mudas de Pimenta de cheiro produzidas

com cinco doses de adubo de liberação lenta, aos 38 dias após a semeadura. .....................................19

Tabela 3. Valores de F para as características avaliadas em mudas de Pimenta de cheiro produzidas

com cinco doses de adubo de liberação lenta, aos 38 dias após a semeadura. .....................................19

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12

2. OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 14

3. OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................... 14

4. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 14

5. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................. 16

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 18

7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 27

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................. 28

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1. INTRODUÇÃO

Obter bons resultados na produção de hortaliças é indispensável à monitoração

e o manejo adequado para se produzir mudas de qualidade, inicialmente na escolha do

substrato, acondicionamento da semente na sementeira ou cultivo direto no local

definitivo (MINAMI, 1994). A utilização de fertilizantes que sejam capazes de nutrir

as plantas e reduzir consideravelmente a necessidade de adubações constantes e perdas

de nutrientes por lixiviação (WENDLING; GATTO 2012).

Entre as espécies de hortaliças as Solanáceas, como Jiló (Solanum aethiopicum

gr. Gilo), caracterizam-se como uma planta rústica que possui caule ereto e flores

brancas, oriundo da África, e que se adapta em clima tropical. Os maiores produtores

de jiló concentra-se na região sudeste, é uma hortaliça com 38 calorias,

nutricionalmente contém ferro, proteínas, fósforo, riboflavina, cálcio e muito rico em

niacina 1gm por 100g de fruto, superando a abóbora e berinjela.

A Pimenta de cheiro (Capsicum Frutescens) planta arbustiva autóica. Os frutos

da pimenta de cheiro apresentam um cheiro marcante que o destaca como condimento

alimentar, sendo comercializado nas feiras e mercados. Trata-se de uma cultura

cultivada em pequenos espaços, predominantemente por agricultores familiares que

promovem a integração desse produto à agroindústria de processamentos. (NAKAYA,

2012).

Para a produção de mudas de Jiló e Pimenta de cheiro, é fundamental a

utilização de fontes de nutrientes que auxilie em um bom desenvolvimento das

plantas. Nesse sentido, o Osmocote® caracteriza-se como um fertilizante de alto

potencial para a produção de mudas dessa espécie. Trata-se de fertilizante elaborado

com o objetivo de nutrir culturas durante todos os estádios de desenvolvimento,

liberando lentamente nutrientes vitais de forma controlada em termos de dosagem e o

momento exato de sua absorção. Em sua composição, contém nutrientes encapsulados

por uma resina orgânica biodegradável. Esse conjunto de cápsulas formam grãos

(BENNETT, 1996).

Ocorre que a tecnologia do Osmocote® permite que cada fórmula tenha

camadas com espessuras diferentes, tornando as partículas ativas. Assim, com o

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esgotamento dos nutrientes, elas se tornam biodegradáveis, e dessa maneira,

não prejudicam o meio ambiente (BOCKMAN; OLFS, 1998).

Ressalta-se que este tipo de fertilizante possui diversas vantagens, dentre as

quais podemos citar a redução de custos operacionais, já que é aplicada uma única

vez; a minimização dos problemas como a queima das raízes por excesso de adubação;

a nutrição constante das plantas durante todo o período de desenvolvimento, já que o

fertilizante é solúvel e agrupado em grânulos recobertos por um material que controla

a liberação dos sais contidos nos grânulos e consequentemente levando a redução das

perdas por lixiviação (MORAES NETO, 2003, MENDONÇA, 2004; MENDONÇA,

2008).

Os Fertilizantes de liberação controlada (FLC) vieram para suprir a demanda

de problemas em âmbitos econômicos e ecológicos no cultivo de hortaliças e árvores

frutíferas, com resultados positivos. Assim, segundo Rose, esse tipo de fertilizante se

estendeu para a área florestal e está sendo utilizado em espécies exóticas em vários

países (ROSE, 2004 pag. 89-100).

Existem fatores que contribuem para obtenção do sucesso da colheita. Entre

eles, o desenvolvimento de mudas sadias, um bom crescimento inicial, possuindo

relação direta com a precocidade da produção de frutos. Assim, a utilização de tubetes,

o manejo adequado da irrigação e a utilização de fertilizantes em doses adequadas e no

momento oportuno, tornam-se imperativos para a formação de mudas de qualidade

(MELO JÚNIOR, 2014 p.499-508).

A implantação de mudas em tubetes proporciona vantagens na produção das

mesmas e, posteriormente, na fase de transplantio para o campo. Fato que justifica

plenamente a sua adoção. Entretanto, a produção de mudas em recipiente, como

tubetes, exige um manejo adequado, desde a escolha das dimensões dos mesmos a

escolha do substrato, até as adubações e quantidade de água aplicada no sistema de

irrigações (YAMANISHI, 2004 pag. 276-279).

Atualmente, há buscas de alternativas onde se obtenha o aumento da

produtividade e, consequentemente, da qualidade do produto oferecido no mercado

que atenda aos perfis dos consumidores. Aliado a isso, visando boa produtividade, os

nutrientes precisam ser disponibilizados a planta durante seu desenvolvimento.

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A rentabilidade do produtor está associada diretamente à viabilidade

econômica e ao aumento da produtividade, de maneira sustentável. O fertilizante

Osmocote® caracteriza - se por conter em sua composição nutrientes de forma

peletizada, onde concentra formulações que durante o crescimento da planta vai sendo

liberada gradativamente, tornando-se eficaz e que possibilita ter investimento viável.

2. OBJETIVO GERAL

Objetivou-se avaliar o efeito de diferentes doses de fertilizante de liberação

lenta (Osmocote®) na produção de mudas de pimenta de cheiro (Capsicum frutescens)

e jiló (Solanum aethiopicum Gr. Gilo) em casa de vegetação.

3. OBJETIVO ESPECÍFICO

i. Avaliar o desenvolvimento das mudas em função das dosagens crescentes

do fertilizante Osmocote®;

ii. Verificar as correlações entre as dosagens crescentes de Osmocote® e a

variáveis analisadas;

iii. Ajustar os modelos de regressão para estimar as dosagens ideais de

Osmocote®, para as cultivares avaliadas.

4. REVISÃO DE LITERATURA

As hortaliças em sua composição química contêm elementos essenciais para a

nutrição humana, dentre elas podemos citar os sais minerais e as vitaminas, cujo

consumo é recomendado por especialistas na área da saúde para que componham o

cardápio diário de maneira que abasteça as necessidades básicas desses elementos no

organismo. Ressalta-se também, que o consumo frequente de hortaliças auxilia na

digestão dos alimentos (MAKISHIMA, 1992).

Ainda no que concerne produtividade no manejo de hortaliças, devemos

salientar que a mesma está diretamente associada à utilização de mudas de boa

qualidade, o que eleva a competitividade no mercado, contribuindo assim, para uma

diminuição dos riscos de produção. (MINAMI, 1995)

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Diante disso a técnica utilizada do cultivo em ambiente protegido é uma

alternativa na qual possibilita a inclusão de pequenos produtores, garantindo uma

parcela de contribuição na produção de hortaliças em seus espaços territoriais,

desempenhando no processo bons lucros (REICHEERT & CASALINHO, 2009).

A técnica do cultivo em ambiente protegido utilizado na agricultura

proporciona diversos benefícios para o agricultor, como o aumento da produtividade,

principalmente nos períodos de entressafra, permitindo maior regularização de oferta.

Este tipo de cultivo objetiva a produção de produtos de alta qualidade, precocidade de

culturas e possibilidade de menor consumo de mão de obra (REICHEERT &

CASALINHO, 2009; ANDRADE et al. 2011; REIS et. al., 2013)

No manejo de produção de mudas, os substratos têm como sua estrutura a

solidez e mistura e se adequam a condições propicias para o desenvolvimento do

sistema radicular da planta (ABAD & NOGUERA, 1998).

A utilização do substrato para o plantio tem como a função fornecer

sustentação à planta, e disponibilizar nutrientes como, água e oxigênio. Tais substratos

podem ter diversas origens dentre as quais são animal, vegetal, mineral e artificial. O

que se espera da utilização de substratos é o baixo custo, a disponibilidade, teor de

nutrientes, capacidade de troca de cátions, esterilidade biológica, aeração, retenção de

umidade, boa agregação às raízes (torrão) e uniformidade (GONÇALVES, 1995).

O substrato de Vermiculita é oriundo de um mineral praticamente inerte, de

estrutura variável, muito leve, não renovável, constituído de lâminas ou camadas

justapostas, com grande aeração, alta capacidade de troca de cátions e retenção de

água, e livre de micro-organismos patogênicos. Juntamente com a vermiculita, foi

administrada a casca de arroz que é um substrato oriundo da carbonização da casca do

arroz e é extremamente leve, estéril, de fácil manuseio, de alta porosidade, boa aeração

e baixa capacidade de retenção de água. E visando uma boa aeração foi acrescentada a

fibra de coco utilizada como substrato, que é um material resultante do processamento

industrial das cascas do coco. É um material muito leve, de estrutura homogênea,

praticamente inerte, de PH ligeiramente ácido variando entre 6,3 – 6,5 isento de

patógenos e também de sementes de plantas indesejáveis, de boa aeração, baixa

densidade e com grande capacidade de retenção de água 3 a 4 vezes o seu peso

(WENDLING; GATTO 2012).

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5. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em ambiente controlado (casa de vegetação)

localizado na área pertencente à Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

campus Parauapebas, situado no sudeste do Estado do Pará entre as coordenadas

6°4’2.37” (Latitude) e 49°49’14.53” (Longitude), conforme ilustrado na Figura 1. O

clima do município de Parauapebas, Pará, pela classificação de Köppen, é do tipo Aw,

ou seja, tropical chuvoso, com as chuvas concentradas no verão, de dezembro a março,

e estação seca no inverno, de junho a setembro. Podendo variar

para Aw’ apresentando chuvas de verão e outono, de dezembro a maio. Com

precipitação pluvial média anual de 1626 + 84 mm ano-1. Umidade relativa do ar

média de 78,2 + 0,8 %. Temperatura de ar média de 26,8 + 0,2 °C. A região de

Parauapebas, assim como a maior parte da Amazônia brasileira, não apresenta uma

amplitude térmica elevada durante o ano inteiro.

Figura 1. Mapa de localização do experimento. Fonte: Google Maps.

O delineamento experimental adotado para cada cultivar (Pimenta de cheiro e

jiló) foi o inteiramente casualizado com cinco níveis de tratamentos com 5 repetições.

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Os tratamentos consistiram em doses crescentes do fertilizante Osmocote® Plus

na formulação 19-06-10, nas seguintes dosagens: 0;4gl-¹, 8gl-¹, 12gl-¹, 16gl-¹,

incorporadas no substrato de vermiculita, casca de arroz e fibra de coco. Sendo

coletadas 25 amostras de cada tratamento cujas dosagens testadas foram formadas com

as seguintes combinações a seguir apresentada consoante Tabela 1.

Tabela 1. Combinações dos tratamentos avaliados.

Tratamentos Combinações

Tratamento 01 Vermiculita - Casca de Arroz - Fibra de Coco Dose 00

Tratamento 02 Vermiculita - Casca de Arroz - Fibra de Coco + 04 gl-¹ Dose 01

Tratamento 03 Vermiculita - Casca de Arroz - Fibra de Coco + 08 gl-¹ Dose 02

Tratamento 04 Vermiculita - Casca de Arroz - Fibra de Coco + 12 gl-¹ Dose 03

Tratamento 05 Vermiculita - Casca de Arroz - Fibra de Coco + 16 gl-¹ Dose 04

A semeadura foi realizada manualmente em tubetes de polietileno de 50 cm³ de

volume e, para tal fim, os recipientes foram preenchidos com substrato de vermiculita,

casca de arroz e fibra de coco. Sendo incorporadas as doses de fertilizantes nos

substratos. Logo após foi efetuado o plantio das sementes de Pimenta de cheiro e Jiló

(Figura 2).

Figura 2. Implantação dos tratamentos com substrato de vermiculita, casca de arroz e fibra de coco. Fonte: Autoral

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As mudas foram produzidas em bandejas, sendo mantidas em casa de

vegetação coberto com tela com sombreamento de 50% irrigadas diariamente por

micro-aspersores. A coleta foi realizada aos 38 (trinta e oito) dias após a semeadura,

sendo avaliado o número de folhas (NF), diâmetro do caule (DC), comprimento da

raiz (CR), comprimento da parte aérea (CP), para mensurar tais variáveis foi utilizado

uma régua graduada em cm e um paquímetro digital.

Após as plantas serem medidas, estas, foram cortadas na região do coleto,

separando-se a raiz da parte aérea, em seguida foram colocadas em sacos de papel

enumerados, levados à estufa regulada a 70 °C até atingir peso constante (24 horas) e

pesadas em balança analítica com precisão de 0,001 gramas, onde obtivemos a massa

seca da raiz (MSR), massa seca da parte aérea (MSPA) e a massa seca total (MST).

Os resultados foram submetidos à análise de variância conforme Pimentel

Gomes (2000). Em seguida realizadas análises de regressão com o auxílio do

programa computacional R, versão 3.3.1 (Team Core, 2017), encontrando os pontos de

máxima eficiência técnica (PMET) através da formula:

Equação 1. Pontos de máxima eficiência técnica (PMET): PMET = -Δ1 / 2Δ2

Em que: Δ1 e Δ2 são os valores estimados pela equação da regressão polinomial (STORK et al, 2006).

As correlações entre as doses crescentes do fertilizante de liberação lenta

(osmocote®) e as variáveis analisadas foram determinadas pelo método correlação de

Person a 5% de significância.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A emergência do jiloeiro ocorreu no oitavo dia após o plantio de maneira

uniforme e dentro da margem de tempo esperado. Caracterizando a qualidade da

semente e uma condição ideal do substrato sendo verificados 100% de plântulas nas

células independente do tratamento. Com a pimenta de cheiro, a germinação ocorreu

posteriormente de maneira uniforme 15 dias após o plantio.

Na Tabela 2 e 3 estão apresentados os valores de F de todas as características

avaliadas em mudas de Pimenta de cheiro e Jiló produzidos em substratos fertilizados

com cinco doses de adubo de liberação lenta (Osmocote® NPK 19-6-10).

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Os dados apresentados por ambas às espécies avaliadas mostram que houve

diferença significativa em nível de 5% de probabilidade entre os tratamentos para

todas as variáveis analisadas, exceto para o comprimento da raiz.

Tabela 2. Valores de F para as características avaliadas em mudas de Pimenta de cheiro produzidas com cinco doses de adubo de liberação lenta, aos 38 dias após a semeadura. Em que: * Significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F; ns = Não significativo; NF= número de folhas; DC= diâmetro do caule; CR= comprimento da raiz; CP= comprimento da parte aérea; MSR= massa seca da raiz; MSPA= massa seca da parte aérea; MST= massa seca total e C. V. (%) =coeficiente de variação.

Fonte da variação GL NF DC CR CP MSR MSPA MST Doses Adubo de Lib. Lenta

24,00 42,01* 46,37* 3,54ns 67,22* 24,12* 29,06* 28,09*

Media Geral 6,80 1,82 9,74 11,94 0,04 0,07 0,11 C. V. (%) 36,75 30,51 25,07 65,20 60,47 58,61 58,77

Em relação aos valores observados, nota-se que o Jiló apresenta os menores

coeficientes de variação (CV%) o que indica maior precisão na coleta das variáveis

analisadas, em referência a Pimenta de cheiro.

Tabela 3. Valores de F para as características avaliadas em mudas jiló produzidas com cinco doses de adubo de liberação lenta, aos 38 dias após a semeadura. Em que: * Significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F; ns = Não significativo; NF= número de folhas; DC= diâmetro do caule; CR= comprimento da raiz; CP= comprimento da parte aérea; MSR= massa seca da raiz; MSPA= massa seca da parte aérea; MST= massa seca total e C. V. (%)=coeficiente de variação.

Fonte da variação GL NF DC CR CP MSR MSPA MST Doses Adubo de Lib. Lenta

24,00 18,87* 47,60* 3,15 ns 119,80* 16,57* 54,88* 38,81*

Media Geral 4,59 2,42 11,26 18,11 0,10 0,22 0,32 C. V. (%) 20,60 27,87 15,59 57,28 52,25 51,78 51,02

A partir da análise das Figuras 3 a 16, pode-se observar o comportamento das

curvas de regressões para os parâmetros biométricos referentes à número de folhas,

diâmetro do caule, comprimento da raiz, comprimento da parte aérea, massa seca da

raiz, massa seca da parte aérea e a massa seca total. Diante da análise dessas variáveis

constata-se que todas apresentaram um comportamento cúbico frente às doses do

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20

fertilizante, em que, as doses extremas obtiveram desenvolvimento superior às

doses medianas e apenas o comprimento da raiz, observou-se efeito positivo das doses

medianas às doses extremas.

Para o número de folhas (Figura 3) o PMET foi de 9,54 gl-1 de Osmocote®, onde para essa dose pode-se atingir o maior número de folhas para a cultivar Pimenta.

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21

(Figura10). Esses resultados indicam que pode haver diferentes respostas em função da

espécie estudada.

Para o diâmetro do caule (Figura 4 e 13) os PMET foram de 8,84 gl-1 e 9,39 gl-

1 de Osmocote®, com um diâmetro de 5,42 mm e 5,90 mm, respectivamente. Para

Daniel et al. (1997), a altura e diâmetro de colo são as principais características a

serem levadas em consideração para a definição das doses de fertilizantes, pois estão

relacionadas com a capacidade de sobrevivência das mudas no campo.

Em relação à altura das mudas, o valor mais baixo (9,88 cm) foi observado

para a dose de 7,50 gl-1, referente a pimenta de cheiro (Figuras 6) e o mais alto foi

observado jiloeiro com dose de 7,98 gl-1 de Osmocote® e altura correspondente à 8,30

cm. A mesma tedência foi observada para as variáveis, MSPA e MST, apresentando

valores mais elevados para o jiló tanto para as doses (9,83 gl-1; 9,42 gl-1) quanto para a

biomassa (0,67g; 1,09g), respectivamente, em relação a pimenta de cheiro (7,83 gl-1;

7,67 gl-1), (0,28g; 0,41g) nessa mesma ordem.

Figura 3. Efeito das doses de Osmocote® no número de folhas das mudas de pimenta de cheiro.

y = 0,008x3 - 0,2289x2 + 2,0345x + 2,2343R² = 0,9314

02468

1012

0 4 8 12 16

Nº d

e Fo

lhas

Doses de Osmocote® (gl-¹)

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22

Figura 4. Efeito das doses de Osmocote® no diâmetro do caule das mudas de pimenta de cheiro.

Figura 5. Efeito das doses de Osmocote® no comprimento da raiz das mudas de pimenta de cheiro.

Figura 6. Efeito das doses de Osmocote® no comprimento da parte aérea das mudas de pimenta de cheiro.

y = 0,0023x3 - 0,061x2 + 0,4851x + 0,8383R² = 0,9546

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

0 4 8 12 16

Diâ

met

ro d

o ca

ule

(cm

)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

y = 0,0128x3 - 0,3662x2 + 2,8695x + 5,6017R² = 0,9195

02468

101214

0 4 8 12 16Com

prim

ento

da

raiz

(cm

)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

y = 0,0324x3 - 0,7289x2 + 4,8378x + 1,7145R² = 0,988

05

1015202530

0 4 8 12 16

Com

prim

ento

da

parte

rea(

cm)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

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23

Figura 7. Efeito das doses de Osmocote® no massa seca da raiz das mudas de pimenta de cheiro.

Figura 8. Efeito das doses de Osmocote® na massa seca da parte aérea das mudas de pimenta de cheiro.

Figura 9. Efeito das doses de Osmocote® na massa seca total das mudas de pimenta de cheiro.

y = 8E-05x3 - 0,0022x2 + 0,017x + 0,0027R² = 0,7293

0,000,010,020,030,040,050,060,070,080,09

0 4 8 12 16

Mas

sa se

ca d

a ra

iz (g

)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

y = 0,0002x3 - 0,0047x2 + 0,0356x + 0,0039R² = 0,8455

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0 4 8 12 16

Mas

sa se

ca d

a pa

rte

aére

a(g)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

y = 0,0003x3 - 0,0069x2 + 0,0527x + 0,0066R² = 0,8174

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0 4 8 12 16

Mas

sa se

ca T

otal

(g)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

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Figura 10. Efeito das doses de Osmocote® no número de folhas das mudas de jiló.

Figura 11. Efeito das doses de Osmocote® no diâmetro do caule das mudas de jiló.

Figura 12. Efeito das doses de Osmocote® no comprimento da raiz das mudas de jiló.

y = 0,0016x3 - 0,0504x2 + 0,5307x + 3,1806R² = 0,6221

0

2

4

6

8

0 4 8 12 16

Nº d

e Fo

lhas

Doses de Osmocote® (gl-¹)

y = 0,0018x3 - 0,0507x2 + 0,4713x + 1,2529R² = 0,8702

0,00,51,01,52,02,53,03,5

0 4 8 12 16

Diâ

met

ro d

o ca

ule

(cm

)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

y = 0,0061x3 - 0,1804x2 + 1,4906x + 8,8541R² = 0,551

02468

10121416

0 4 8 12 16

Com

prim

ento

da

raiz

(cm

)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

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25

Figura 13. Efeito das doses de Osmocote® no comprimento da parte aérea das mudas de jiló.

Figura 14. Efeito das doses de Osmocote® na massa seca da raiz das mudas de jiló.

Figura 15. Efeito das doses de Osmocote® na massa seca da parte aérea das mudas de jiló.

y = 0,0318x3 - 0,7614x2 + 5,9857x + 2,5804R² = 0,9546

05

10152025303540

0 4 8 12 16

Com

prim

ento

da

parte

rea(

cm)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

y = 0,0002x3 - 0,0054x2 + 0,0451x + 0,0117R² = 0,7729

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0 4 8 12 16

Mas

sa se

ca d

a ra

iz (g

)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

y = 0,0002x3 - 0,0059x2 + 0,0653x + 0,025R² = 0,8663

0,000,050,100,150,200,250,300,350,400,45

0 4 8 12 16

Mas

sa se

ca d

a par

te a

érea

(g)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

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Figura 16. Efeito das doses de Osmocote® na massa seca total das mudas de jiló.

As mudas cultivadas em substrato sem adição do fertilizante Osmocote®

apresentam uma coloração amarelada e tamanha reduzido, que é constatado em

situações em que ocorre deficiência de nitrogênio e fósforo. Ressaltando que a fibra de

coco utilizada como componente do substrato apresenta elevados índices de potássio,

uma fonte nutricional ao qual atende as exigências no cultivo do jiló.

A utilização de Osmocote® em espécies florestais e frutíferas tem sido relatada

como uma fonte de nutriente eficiente para o desenvolvimento de mudas. Como

exemplo da boa utilização do referido fertilizante, podemos citar o uso do Osmocote®

no cultivo do maracujazeiro doce (passiflora alata Dryand) que teve significância em

sua interação no desenvolvimento na parte aérea, diâmetro do caule e o teor de massa

seca (Revista Ceres, 2004).

Considerando os incrementos no desenvolvimento de mudas, bem como a

economicidade e a praticidade no uso desse fertilizante caracteriza-se pela liberação

lenta com período mais longo de atuação pode representar efeitos muito positivos. São

inúmeros benefícios na utilização do Osmocote® com uma liberação de nutriente a

médio longo prazo. Trata-se de um fertilizante que não representa risco para a cultura,

fornece elementos essenciais ao seu desenvolvimento que é o NPK, e sua estrutura

peletizada promove um bom aproveitamento dos nutrientes de maneira gradativa sem

deixar resíduos ao meio ambiente.

y = 0,0004x3 - 0,0113x2 + 0,1105x + 0,0367R² = 0,8462

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0 4 8 12 16

Mas

sa se

ca T

otal

(g)

Doses de Osmocote® (gl-¹)

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27

7. CONCLUSÃO

As doses de adubo de liberação controlada (Osmocote® NPK 19-6-10) na

composição de substrato vermiculita, casca de arroz e fibra de coco proporcionaram

incrementos em todas as variáveis avaliadas, com exceção do comprimento radicular

em função do ambiente que a planta foi acondicionada, não obteve espaço para

desenvolver.

Todas as vaiáveis apresentaram um comportamento cúbico frente às doses do

fertilizante, em que, as doses extremas obtiveram desenvolvimento superior às doses

medianas.

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