fala, garoto! sou migrante - colégio cruzeiro · tive dois filhos, que já estão casados, e tenho...

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Publicação do Colégio Cruzeiro - Jacarepaguá . ano III . número 4 . novembro de 2008 Aqui você começa bem Fala, garoto! Pesquisa desenvolvida pelos alunos do Ensino Médio revela o que pensam os adolescentes do Cruzeiro Jacarepaguá. Páginas 8 a 13 Sou migrante Sou migrante Sou migrante Sou migrante Sou migrante O Ensino de Jovens e Adultos do Colégio Cruzeiro recupera as histórias de migração dos alunos pág. 04

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Publicação do Colégio Cruzeiro - Jacarepaguá . ano III . número 4 . novembro de 2008

Aqui você começa bem

Fala, garoto!Pesquisa desenvolvida pelos alunos do Ensino Médio revelao que pensam os adolescentes do Cruzeiro Jacarepaguá.Páginas 8 a 13

Sou migranteSou migranteSou migranteSou migranteSou migranteO Ensino de Jovens e Adultos do

Colégio Cruzeiro recupera ashistórias de migração dos alunos

pág. 04

2 . Bom Dia Cruzeiro

E D I T O R I A L

COLÉGIO CRUZEIRO - JACAREPAGUÁDiretorValdomiro Dockhorn

Vice-DiretoraNorma Benjamin

Coordenadora do 2º ao 5º anoDulce Motta

Orientadora Educacional do 2º ao 5º ano

Lílian Guimarães

Coordenadora do 6º e 7º anosFátima Lopes Acar

Orientadora Educacional do 6º e 7º anosVânia Vasconcelos

Coordenador do 8º ano ao Ensino MédioJoão Aprígio

Orientadora Educacional do 8º ano aoEnsino MédioMaria Cecília Moreira da Costa

BOM DIA CRUZEIRO BOM DIA CRUZEIRO BOM DIA CRUZEIRO BOM DIA CRUZEIRO BOM DIA CRUZEIRO éproduzido pelos alunos doColégio Cruzeiro - JPA,sob a orientação deprofessores e funcionários

Jornalista responsávelCarla Baiense -

Mtb 18788EdiçãoCarla Baiense

RevisãoFátima Lopes Acar

Projeto Gráfico eDiagramaçãoFabiana Antonini

Fotolito e impressãoJulio Bezerra

Tiragem

1.800 exemplares

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

SUMÁRIO

03Meio Ambiente

Fogão à lenha

Este projeto tem o apoio dos nossos parceiros

O que se passa na cabeça do ado-lescente? Esta é uma das perguntas quemais intrigam pais e educadores. Foi apartir dela que os jovens pesquisadoresdo Ensino Médio realizaram a pesquisaPerfil do Adolescente do ColégioCruzeiro, que procurou identificar aopinião dos estudantes sobre algunsdos temas que mais afetam esta fasetão rica e complexa da vida.

Claro que não há uma resposta únicae direta para questões tão complicadas,tampouco é nossa pretensão esclarecereste mistério. Antes, procuramos sim-plesmente ouvir o que nossos alunos têm a dizer. O resultado está na matéria decapa, que revela um pouco dos sonhos, desejos e projetos dos adolescentes.

Mas atenção: a chave de leitura pode não estar nas respostas e sim nasperguntas. São elas que revelam, de fato, o que estes adolescentes consideramimportante em relação à política, à religião, à sexualidade, à afetividade, à família,às drogas, ao futuro e à própria adolescência. Na sua forma de abordar os temas,eles definem o que importa e como estas diferentes dimensões da vida sãoexperimentadas. Experimentação, aliás, tem tudo a ver com adolescência. Ounão? Confira as respostas da pesquisa e dê também sua opinião.

Boa leitura.

Por dentro da adolescência

Intercâmbio

Nas terras da rainha

06

Solidariedade

Aprendendo a compartilhar

14

Matéria de Capa

Auto-retrato

08

04Educação

Viver e aprender

Bom Dia Cruzeiro . 3Meio Ambiente

Por Ana Flavia Delarue, Carolina Damasceno e Giuliana Possidente (turma 42)Numa das aulas do professor José Henrique (famoso J.H. – professor de Educação

ambiental), a turma 42 foi levada para amassar o barro com a intenção de ajudar aconstruir tijolos para confecção de um forno à lenha.

Nós amassamos o barro descalços (com o pé) e todas as turmas, desde o infantil atéo 5º ano, participaram também.

Depois desse processo ter terminado, nas aulas seguintes fomos ver o fogão pronto, erealmente foi construído um belo fogão à lenha. Esperamos usá-lo em breve.

Fogão à lenha

“Cozinha da Roça” foi inspirado no projeto defogão à lenha, desenvolvido pela UniversidadeFederal de Viçosa

Na primeira etapa do trabalho, o terreno foiaplainado e, com o barro retirado, os alunosiniciaram a produção dos tijolos. Feitos comterra crua, eles são ecologicamente corretos eprovocam um impacto ambiental mínimo

Depois de 15 dias, os tijolosestavam secos e prontos para

construção do fogão à lenha. Oprojeto assegura que a maior parte

dos gases emitidos durante aqueima da lenha será consumido

durante a própria utilização

A cozinha da roça vai permitir que todos osalimentos produzidos na horta do Colégio Cruzeiro –frutas, legumes, hortaliças e ervas medicinais – sejamprocessados com a participação dos alunos. Tambémserá um ponto de apoio às atividades pedagógicas,enriquecendo o conteúdo tratado em sala de aula.

O 5º ano, por exemplo, está estudando a históriados engenhos e a utilização de mão-de-obra escravana economia do período colonial. Para aprender umpouco mais sobre o tema, vai processar a mandiocaplantada no Colégio e produzir farinha, um dosprodutos fabricados pelos escravos. Depois depreparado, o alimento será torrado no fogão à lenha eservido aos alunos.

Quitutes da fazenda

O 4º ano também está estudando o Brasilcolônia. Para enriquecer as aulas, vaiconhecer o processamento da cana deaçúcat, desde o plantio até a produção domelado, que será feito no fogão à lenha emtachos de cobre. A Educação Infantil vaipreparar o Pão de Minuto, relembrando asreceitas deliciosas de Tia Anastácia, do Sítiodo Pica-pau Amarelo

4 . Bom Dia Cruzeiro Educação

Viver e aprenderA partir das suas próprias histórias de vida, jovens e adultos do programa

de alfabetização do Colégio Cruzeiro desenvolvem o gosto pela escrita

Por Liliana Pereira de Freitas

Dona Maria José tem 43 anos, nasceu no Nor-deste e só veio para o Rio de Janeiro aos 17 anos.Romário, de 32, é baiano, e chegou ao Rio ainda nainfância. Além do fato de serem migrantes, elestêm uma outra história em comum: não tiveram,quando crianças, a oportunidade de freqüentar aescola regularmente. Agora, eles fazem parte doEJA, o programa de Educação de Jovens e Adultosdo Colégio Cruzeiro Jacarepaguá.

As aulas do EJA acontecem, todas as noites,numa sala do Retiro dos Artistas e os alunos estãoem diferentes estágios de aprendizado. Oprograma utiliza a metodologia e os materiaisdidáticos adotados pela rede municipal naalfabetização de adultos.

Ao longo do primeiro semestre, o grupo desen-volveu um trabalho sobre migrações. Através dele,os alunos puderam contar suas histórias de vida,trocando informações sobre a cultura local e apro-priando-se da palavra escrita.

O trabalho teve início com a proposta do livro“Viver e Aprender”, utilizado pela turma de alfa-betização. A partir do significado das palavrasMiMiMiMiMigragragragragraçãoçãoçãoçãoção e MigranteMigranteMigranteMigranteMigrante e da diferença entre elas,vários alunos relataram suas lembranças dos lu-gares e dos acontecimentos que viveram antes dechegarem ao Rio de Janeiro. Outros, já nascidosna cidade, contaram suas lembranças de família.Os registros destas histórias aparecem nos textos,nos desenhos e também nas cores e sabores daculinária regional, como revelam os relatos, asimagens e as receitas que selecionamos.

História de um migranteHistória de um migranteHistória de um migranteHistória de um migranteHistória de um migrante“Valdi Rodrigues de Santana nasceu em Recife.

Aos 62 anos, pernambucano, tem a profissão demotorista. Veio morar no Rio de Janeiro em 1954.Foram oito dias de viagem no navio “Raul Soares”,com os pais e 10 irmãos pequenos. O pai, motoristae mecânico, como não tinha casa própria, foi morarem Bangu e depois em Jacarepaguá, de aluguel.Foi muito difícil a vida com as crianças pequenas,mas venceram. Os filhos cresceram e estudaram ese formaram. Os quatro filhos maiores casaram, amãe morreu e os filhos menores ficaram morandocada um com um dos irmãos casados. Passaram-se anos, casaram todos e formaram suas famílias.”

“Eu sou migrante. Marenita de Souza Vidal, 73anos, nasci em Campos, vim para o Rio de Janeirocom os meus pais para melhorar o modo de vida etrabalhei muito como doméstica. Com 25 anos mecasei. Tive dois filhos, que já estão casados, e tenhoquatro netos. Somos muito amigos. Sinto saudadeda roça e da lavoura, mas foi muito sacrificado. Acidade do Rio é muito bonita e sou muito feliz. Estoumuito contente por ter esta oportunidade de estarestudando neste projeto do Colégio Cruzeiro”.

“Eu sou Romário Juracy Chaves, nascido naBahia. Eu tenho 32 anos. Moro na Cidade de Deus,mas fico no Retiro dos Artistas, onde trabalho. Vimpara o Rio de Janeiro criança, com meus pais. Vivitoda infância no Rio. Fui morar na Cidade de Deus.Depois, a minha irmã veio para cá com a minhatia. Eu ia para o Jardim Botânico, onde eu engraxavasapato. As belezas do Rio de Janeiro são oCorcovado, Barra, Recreio, Jardim Botânico, SãoConrado, Cristo Redentor e Praia de Copacabana”.

Na Festa da Migração, alunos e professores comemoraram o sucesso do projeto que resgatou as históriasde vida dos migrantes que vieram para o Rio em busca de melhores condições

Bom Dia Cruzeiro . 5Educação

“Luzia Wandermurem, 73 anos, costureira,moradora da cidade do Rio de Janeiro. Sou nascidano Espírito Santo, morei 30 anos naquele lugar, mecasei e em 1966 mudamos para o Rio. Aqui chegando,morei na casa da minha cunhada por seis meses ecomecei a costurar para uma alfaiataria. Em seguida,aluguei uma quitinete e morei lá por sete anos. Foium sufoco, porque eu estava costurando por contaprópria. As freguesas tinham que provar as roupasno banheiro, mas mesmo assim continueitrabalhando muito e consegui comprar a minha casa.Fiz uma grande reforma, que ficou muito boa. É láque estou morando, feliz da vida, até hoje”.

“Sou Matilde Ramona de Oliveira, mato-grossense e comerciante. Sou casada, tenho um filhode 14 anos e vim para o Rio de Janeiro em 1981.Conheci o meu marido numa boate, no centro dacidade. Trabalhava na casa do doutor Ivan comoempregada doméstica, na Rua Vieira Souto, em Ipa-nema. Morava no meu emprego e nos fins de sema-na eu ia para casa de amigos. Nós saíamos para oPão de Açúcar e também para a praia. Trabalhei nacasa do doutor Ivan até me casar e comecei umanova vida! Já estou no Rio de Janeiro há 29 anos.Hoje sou uma microempresária”.

“Maria José da Silva Dias, nasci em Passo deCamaragibe, em 1982. Vim para o Rio de Janeiroem 2007, para trabalhar. Eu vim com o meu maridoe a minha filha. Nós viemos para a casa do meucunhado. Depois, conseguimos emprego esaímos da casa dele e fomos para a nossa casa. Eucomecei uma nova vida. Eu coloquei minha filhano colégio e o colégio é muito legal. Eu estou muitosatisfeita. O meu marido está trabalhando nafábrica da Coca-cola e eu estou em casa, mas estouprocurando emprego. Estamos bem, muitomelhor do que lá em Maceió”.

História de um migrante em AlagoasHistória de um migrante em AlagoasHistória de um migrante em AlagoasHistória de um migrante em AlagoasHistória de um migrante em AlagoasA minhã irmã se chama Jane Barbosa e tem 70

anos. Ela é casada, tem 5 filhos e não trabalha,porque tem uma pensão que é do pai, porque meupai era militar. Ela gosta muito de Alagoas, porquea minha vovó morava lá.

O esposo da minha vovó tinha um sítio e nósíamos todos para o sítio. A minha irmã gosta dacidade que ela mora, porque ela está acostumadacom o lugar, mas o lugar é muito calmo para ela,porque lá tem um rio.

Eu fui para lá e ela estava doente e eu tive que irde avião para chegar mais rápido na casa dela.Quando ela me viu, ficou alegre. Eu tive que andarde barco e subir na pedra para chegar ao Rio SãoFrancisco e fiquei com muito medo. Eu passei dezdias na casa dela e foi muito bom.

“Eu sou Maria José, tenho 43 anos e sou nascidana região Nordeste. Vim para o Rio com 17 anos.Moro na Rua Retiro dos Artistas, tenho dois filhos euma neta. Ela vive com a vovó e tem quatro anos.O nome dela é Maria Clara. Os nomes dos meusfilhos são Devid e Jeferson e meu esposo se chamaFrancisco. Eu nasci em Campina Grande, vim paracá com a minha tia Tereza. Fiquei na casa dela trêsmeses, depois fui trabalhar no restaurante Viena,no shopping da Barra da Tijuca. Fui visitar minhamamãe uma vez em Campina Grande e fiqueimuito feliz. Aqui no Rio de Janeiro é melhor paratrabalhar. Eu agradeço a Deus pela minha vida.Bendito seja o Senhor, minha rocha e meu rei!”

“Maria Silva do Nascimento, nasci em Muriaé.Eu vim da minha terra com quatro anos de idade. Aminha mãe me deu para uma família do Rio. Eusou filha da dona Iza, a pessoa que me criou.Cheguei aqui na rua Luiz Beltrão. Não tinha nada,era uma roça, nem rua tinha. Só tinha sítio, fazendae muito gado. Até hoje eu moro no mesmo lugar”.

CanjicaCanjicaCanjicaCanjicaCanjicaReceita escolhidapor Luiz Fabiano

IngredientesIngredientesIngredientesIngredientesIngredientes· 500g de milho paracanjica· 1 lata de leite condensado· 2 paus de canela· 1 litro de leite· 200 ml de leite de coco· 1 colher (sopa) de manteiga· sal a gosto

Modo de PreparoModo de PreparoModo de PreparoModo de PreparoModo de PreparoColoque o milho de molho de um dia

para o outro, troque a água e ponha na panelade pressão juntamente com os paus decanela, de 30 a 40 minutos. Resfrie e observese o milho está macio. Se necessário, ponhano fogo mais alguns minutos.

Quando o milhor estiver macio,acrescente o leite condensado, o leite de coco,o sal e a manteiga. Misture bem e acrscente oleite fervente. Deixe ferver e desligues o fogo.

Aguarde que esfrie um pouco e sirvasalpicado de canela em pó.

O caldo fica bem cremoso, mas, quandoesfria, torna-se muito grosso; para reaquecer,será necessário colocar mais um pouco de leite.

6 . Bom Dia Cruzeiro Intercâmbio

Nas terras da rainha

“In the Madame Tussauds, I could ‘meet’ Will Smith,although it wasn’t real I felt safe with a handsomecowboy beside me, and famous like a Hollywoodactor. There were many others famous personalitiesin Madame Tussauds and I took pictures ofeverything. I had a lot of fun taking pictures of mynew friends in the museum. When we were in thehorror camara, I felt very scared, but in general, Iloved the Madame Tussauds and the whole trip.”Liz Marques, turma 91Liz Marques, turma 91Liz Marques, turma 91Liz Marques, turma 91Liz Marques, turma 91

“I won’t ever forget this trip. It was thebest ever. It means a lot to me becauseI was with my friends. They made thislast month perfect. The British cultureis amazing. They are very polite andnice. My host family was very friendly,and the mother very happy. I visitedmany cool places. We used to go everyMonday and Thursday to the disco.And at the end of the trip we went to

Paris. The hotel was perfect and Paris is very beautiful. I met people fromevery country in the world. And I met other students from Brazil.”Maria Fernanda Brum Ribeiro, turma 93Maria Fernanda Brum Ribeiro, turma 93Maria Fernanda Brum Ribeiro, turma 93Maria Fernanda Brum Ribeiro, turma 93Maria Fernanda Brum Ribeiro, turma 93

“I think this is the best Picture to describewhat was happened to me in England. Ofcourse going to another country, knowingits culture and some really nice places ofit was amazing, being with my bestfriends and knowing new ones waswonderful, but finding my true love waspriceless. It was, is and will always be love.But, that’s not the point. This was my case.What you really should know is that nomatter your gender, if you are in a groupor alone, how old you are or who you are, an interchange is always a uniqueexperience in with you’ll find out more about either, other people and evenabout yourself, learn another language as well as how to take care of your oneand realizing what is to be independent. It’s really worth trying.”João Gabriel Thiebaut Jardim, turma 93João Gabriel Thiebaut Jardim, turma 93João Gabriel Thiebaut Jardim, turma 93João Gabriel Thiebaut Jardim, turma 93João Gabriel Thiebaut Jardim, turma 93

“My trip to England was perfect. I couldmake friends from other countries whoI’m still in touch with. There and I alsohad the opportunity to get to knowother friends better. I learnt more aboutmyself and another culture.”Mateus Alves, turma 93Mateus Alves, turma 93Mateus Alves, turma 93Mateus Alves, turma 93Mateus Alves, turma 93

Por Rosane ThiebautPassar semanas fora de casa, conhecer outras culturas,

falar uma língua diferente. Viagens de imersão em outroidioma trazem sempre uma série de novas experiênciaspara jovens e adolescentes que se arriscam a pisar emterras estrangeiras em busca de conhecimento.

Em julho, um grupo de 27 estudantes do 9º ano doColégio Cruzeiro embarcou rumo a Salisbury, Inglaterra,para uma viagem de três semanas, acompanhado dasprofessoras Rosane Thiebaut e Eneida Scherer.Hospedados em casas de família - homestay - ou nocampus da escola, cumpriram uma rotina diária de trêshoras de aula na Salisbury School of English, pela manhã,e atividades culturais, esportivas e sociais, com jovensde diferentes nacionalidades, à tarde e à noite.

Além disso, os alunos tiveram a oportunidade defazer vários passeios e excursões pelo Reino Unido, taiscomo Cardiff, Stonehenge, Oxford, Bournemouth, Bath,Winchester e Windsor. Ao final, alguns alunos aindafizeram um tour por Paris e Amsterdam.

Foi uma excelente oportunidade para todos aper-feiçoarem a língua inglesa e agregarem uma enormeexperiência de vida, uma visão de mundo diferente, commais tolerância, sem preconceitos. Ao final, todos adqui-riram certificados reconhecidos internacionalmente. Grupo do 9º ano que participou da Viagem de Imersão à Inglaterra em julho de 2008: novos conhecimentos

e muitas histórias para contar na volta ao Brasil

fotos de arquivo pessoal

Bom Dia Cruzeiro . 7Intercâmbio

“In July 2008 I have gone to England and toParis and everything was very good, reallyperfect! I met people from Spain, Kazakhstan,Italy and others. In England, I have stayed inSalisbury with a host family with another girlfrom Spain. She is very funny, and special. Myhost mum is very nice. Every day I went to theschool, then all of my friends and I went to thecenter to eat and to buy a lot of things. Afterleaving the center, I went to my host house totake a shower and to change my clothes. Then

I went to the Disco or to a Barbecue. This trip was really important for me, andI will never forget it.” Joana Figueira, turma 93 Joana Figueira, turma 93 Joana Figueira, turma 93 Joana Figueira, turma 93 Joana Figueira, turma 93

“This Trip was amazing! I learned a lotabout British people and the Englishlanguage. I made lots of friends: Spanish,Italian and Russian. Salisbury is awonderful city and I had a good time inthis trip. I had a lot of fun with my Brazilianand Spanish friends. I still talk to mySpanish friends through MSN. AfterSalisbury I went to Paris. It was great. Iloved the trip and I had a great experienceof life.” Rebecca Jardim, turma 93Rebecca Jardim, turma 93Rebecca Jardim, turma 93Rebecca Jardim, turma 93Rebecca Jardim, turma 93

“This trip was wonderful. I lovedtravelling with my friends and sharingeach moment with them. Each laugh, thefamous English rain, the fast-food, havingmet new friends, purchases and photoswere memorable! This trip will beunforgettable in all ways, and certainlywill be kept in my heart for the rest of mylife, mainly for having started dating.”Juliana Ramos Vianna, turma 92Juliana Ramos Vianna, turma 92Juliana Ramos Vianna, turma 92Juliana Ramos Vianna, turma 92Juliana Ramos Vianna, turma 92

“Well, I was wondering which would bea typical photo of England, so I’vechosen this one. In this photo there’s asoldier wearing the Windsor uniform. Itis common for people to confuse theuniform of the guard of Buckingham andthe uniform of the Windsor guard.Nowadays the soldiers are not so seriousas people say. In fact they’re like a statuethat people can take photos with.Something interesting is that the official

castle of the queen is the Buckingham one, but she also has the summercastle which is for me much more fascinating than the Buckingham one.In the Buckingham castle it is prohibited to go inside it, but in the Windsorone is free and we can visit it. All the rooms into the Windsor castle weremade of gold and there were a lot of pictures of lords, kings and queens.”Thales Barbosa, turma 92Thales Barbosa, turma 92Thales Barbosa, turma 92Thales Barbosa, turma 92Thales Barbosa, turma 92

“This trip was amazing for me, I meetnew friends and went to new places,but people in St. Mary’s were veryclose. In every problem or every funnything we were together as a real family.By the end, there were two mixedfeelings: happiness, for all the greatthings that happened, and sadness, forthe fact that the best experience of mylife had finished.”Nathalia Quilelli, turma 92Nathalia Quilelli, turma 92Nathalia Quilelli, turma 92Nathalia Quilelli, turma 92Nathalia Quilelli, turma 92

“Despite the huge responsibility, taking mystudents to England was one of the mostexciting trips of my life. We could visit differentplaces, learn about different cultures andlifestyles, meet people, improve the language,taste new food, and so on. We became awareof the fact that we are just a tiny part of theworld... There is much more to see and learnabroad than we can imagine. Great experienceand knowledge for the rest of our lives!”

Teacher/Group Leader Rosane ThiebautTeacher/Group Leader Rosane ThiebautTeacher/Group Leader Rosane ThiebautTeacher/Group Leader Rosane ThiebautTeacher/Group Leader Rosane Thiebaut

“Travelling abroad with some of my students was a great opportunity toknow them better sharing and enjoying interesting and cultural sightseeings,parties and trips, activities that most of the times were done together.An Exchange program is a great opportunity to improve skills, suchas Maturity, Self-Confidence and Communicativeness and at the sametime, students have the chance to be in contact with the host countryculture, learning to appreciate different lifestyles, seeing the world from anew point of view.”Teacher Eneida Scherer – 92 & 93Teacher Eneida Scherer – 92 & 93Teacher Eneida Scherer – 92 & 93Teacher Eneida Scherer – 92 & 93Teacher Eneida Scherer – 92 & 93

8 . Bom Dia Cruzeiro Capa

O jogo de poder na ótica dos adolescentesPor Alain, Beatriz Matafora, Daniel Bastos,

Gabriela Braz e Hugo BuenoAs decisões políticas tomadas no futuro serão

responsabilidade das próximas gerações. Em ummundo globalizado, com constantes conflitos ecrises, é fundamental ter segurança na eleiçãodos nossos representantes políticos. As crianças,que hoje freqüentam escolas e creches, serão apopulação majoritária, os cidadãos com direitoao voto e até os representantes do povo nos TrêsPoderes, exercendo a democracia e trabalhando

o mais arduamente para o bem do país e dos queaqui residem.

Por isso é tão importante entender o que osfuturos eleitores pensam e o grau de interessedeles pela política. Na pesquisa feita com os

estudantes do Ensino Médio, foi possívelobservar a opinião dos adolescentes em relaçãoà política brasileira. Em breve, serão eles osresponsáveis por decidir o futuro do país. Confiraa posição dos 25 estudantes entrevistados sobreo quadro político atual.

A primeira questão da pesquisa se relacionaao nível de conhecimento da situação políticaem que o país se encontra hoje e o interesse doadolescente em manter-se atualizado sobre otema. Os resultados foram equilibrados: 52% dos

Por Edir MelloO que pensam os adolescentes, quais suas motivações, suas perspectivas e

projetos futuros? Essas foram algumas das questões que os alunos da 1ª série doEnsino Médio investigaram, ao longo do segundo trimestre de 2008. O resultadofoi apresentada na pesquisa “Perfil do Estudante do Colégio Cruzeiro”. Contudo,mais do que desvendar este universo que muitas vezes parece pouco inteligívele cheio de nuances, a maior importância do projeto foi propiciar aos nossosestudantes a iniciação científica, a partir de uma temática próxima à realidadedeles e, por isto mesmo, estimulante.

A pesquisa foi desenvolvida utilizando a técnica de entrevistas por ques-tionário semi-aberto. Os alunos foram divididos em grupos de trabalho ecada um deles ficou responsável por um tópico a ser analisado: adolescência,afetividade, drogas, família, política, projetos de vida, religiosidade e sexua-lidade. Foram aplicados mais de 300 questionários a entrevistados entre 14e 17 anos. Após a coleta de dados e tabulação do material, os grupos apresen-taram os resultados através de seminários, assistidos por colegas de turma eprofessores. Abaixo, alguns dados da pesquisa.

Auto-retratoAlunos do Ensino Médio fazem

pesquisa exclusiva sobre o perfil do

adolescente que freqüenta o Cruzeiro

Grupo da 1ª série do Ensino Médio na aula de Sociologia: apresentação dosresultados da pesquisa foi acompanhada de um debate sobre as respostasencontradas para os temas tratados

Para 72% dos adolescentes as CPIs nãotêm efeito sobre a postura dos políticoscorruptos. Os outros 28% ainda acre-ditam nesta prática como punição.

participantes dizem que acompanham o quadropolítico do Brasil. Os 48% restantes não seinteressam pelos acontecimentos políticos.

A segunda questão aborda o maior instrumentopara o exercício da democracia: o voto. Segundoa pesquisa, 84% dos entrevistados são a favor destaprática. Os demais - 16% - se dizem contra. Esteresultado revela que a maioria preza pela demo-cracia e acredita que ela corresponda a um sistemafuncional de organização política.

A pesquisa também abordou temas polêmicos,como o desempenho do atual presidente daRepública e os resultados de suas medidas, desdea primeira eleição. Apenas 12% dos estudantes sedizem satisfeitos com o mandato do presidenteLula, enquanto 88% se mostram descontentescom o rendimento do governo.

Por fim, a pesquisa ouviu a opinião dos adoles-centes em relação à corrupção no meio político eàs medidas tomadas quando ações ilícitas sãoexecutadas por representantes do governo, apartir das CPIs. O resultado foi o seguinte: 28%ainda acreditam nestas formas de punição e 72%dos adolescentes negam que as CPIs tenhamalgum efeito na postura dos políticos corruptos.

Bom Dia Cruzeiro . 9Capa

O que nos afeta?Jovens discutem

o peso das relações

interpessoais

Namoro, amizade, relações familiares, de-monstrações públicas de carinho e afeto. Um dostemas mais caros e mais difíceis de serem tratadoscom os adolescentes, sem dúvida, é afetividade.Uma breve análise dos gráficos revela os sinais demudança e os momentos de continuidade na for-ma como os jovens vivenciam suas relaçõesafetivas no mundo de hoje.

O primeiro dado a chamar a atenção é o focode atenção dos jovens, quando o assunto é afeto.A maioria, 44%, concentra o afeto na figura damãe, enquanto 4% concentram no pai. Para osjovens, este resultado representa o papel tradi-cional do pai, o de “saldo bancário” da família.Mas também se relaciona a novas configuraçõesfamiliares. Os filhos de pais separados, por exem-

plo, ficam, com maior freqüência, sob os cuida-dos das mães. A relação dos pais de final de sema-na colaboraria, assim, para enfraquecer os laçosde afeto com os filhos.

Também chama a atenção a relação entre aimportância atribuída à afetividade e a avaliaçãodos entrevistados sobre sua própria situação.Para 80% dos entrevistados é importante ser afe-tivo. Deste total, 56% consideram a afetividademuito importante. Já em relação à sua própriacondição, apenas 12% se disseram pouco afe-tuosos ou nada afetuosos. Ou seja, 88% dos jo-vens ouvidos se consideram afetuosos.

Uma pergunta aberta sobre a forma como osentrevistados demonstram o afeto no seu dia-a-dia revelou algumas dificuldades dos jovens emfalarem sobre o assunto. A maior parte respon-deu que demonstra o afeto através de palavras egestos de carinho. Alguns, porém, disseram quesimplesmente não demonstram.

O desejo de demonstrar afeto, no entanto, ficaexplícito quando o assunto é relações entre sexosopostos. O grupo perguntou aos entrevistados

O que é ser umO que é ser umO que é ser umO que é ser umO que é ser umadolescente?adolescente?adolescente?adolescente?adolescente?

Por Daniel Sá, Felipe Gouvêa,Kevin Guerra e Pedro Mello

“É ter a responsabilidade aumen-tada, é uma fase de descoberta,pois você deixa de ser criançapara se tornar um adulto”.

“É fazer o que quiser”.

“Ser adolescente é ter deveres,responsabilidades, pensamen-to de adulto e também ter lazere zuar muito, pois esta é a me-lhor fase da vida”.

“É estar em uma fase de transição,em que você tem que ser respon-sável por seus atos. É tambémdiversão, amigos, escola, etc”.

“Aprender a ter mais respon-sabilidade, apesar da idade, esaber lidar com pressão”.

“É ser responsável nas suastarefas, mas não agir como cri-ança nem como adulto. Apro-veitar esse meio termo das ida-des, aprender e experimentarcoisas novas”.

“É me tornar responsável e cur-tir muito bem a vida”.

“Viver em constante mutação esaber conviver com ela, tendoque, ao mesmo tempo, mostrar-se estável com as mudançasalheias e adquirir responsabili-dade suficiente para conviver nasociedade e se tornar um adulto‘correto’, o que depende da ba-gagem adquirida durante a vida”.

Por quem você tem mais afeto?Por quem você tem mais afeto?Por quem você tem mais afeto?Por quem você tem mais afeto?Por quem você tem mais afeto?

Você é afetuoso?Você é afetuoso?Você é afetuoso?Você é afetuoso?Você é afetuoso?

A maior parte dos entrevistadosrespondeu que demonstra afetoatravés de palavras e de carinho.Outros preferem não demonstrar.

como deveria ser demonstrada a afetividade entre estudantesde sexos distintos em ambiente escolar. Ninguém optou pelaresposta “Não demonstrar”,proposta entre as possibilidades.Para 56%, a afetividade deve ser de-monstrada livremente, enquanto44% disseram que deve ser de-monstrada com restrições.

Trabalho desenvolvido pelosalunos Carolina Leitão, Daniel

Merelender, Edgard Pires,Gustav Carl Skrader e

Renato Baroni

Qual o principal espaço de socialização do jovem hoje?Qual o principal espaço de socialização do jovem hoje?Qual o principal espaço de socialização do jovem hoje?Qual o principal espaço de socialização do jovem hoje?Qual o principal espaço de socialização do jovem hoje?

Você acha que é importanteVocê acha que é importanteVocê acha que é importanteVocê acha que é importanteVocê acha que é importanteser afetuoso?ser afetuoso?ser afetuoso?ser afetuoso?ser afetuoso?

Como a afetividade deveria serComo a afetividade deveria serComo a afetividade deveria serComo a afetividade deveria serComo a afetividade deveria serdemonstrada na escola?demonstrada na escola?demonstrada na escola?demonstrada na escola?demonstrada na escola?

10 . Bom Dia Cruzeiro Capa

Religião: a polêmica continuaReligião: a polêmica continuaReligião: a polêmica continuaReligião: a polêmica continuaReligião: a polêmica continuaA pesquisa dos alunos mostrou que o universo religioso ainda exerce uma influência

importante no comportamento e nas decisões dos adolescentes. Esta constataçãoaparece, por exemplo, nas respostas para perguntas sobre sexo e afetividade e maisdiretamente nas questões sobre religião. Os pesquisadores ouviram a opinião de 25jovens a respeito de suas práticas religiosas.

Os entrevistadores fizeram cinco perguntas abertas, para não restringir o leque derespostas ou intimidar os estudantes. A pesquisa mostrou que a maioria dos pais dosjovens ouvidos é católica – 60% do total – e que há uma tendência de os filhos seguirema religião dos pais.

Apesar disto, só 48% dos estudantes se disseram católicos, o que mostra um quadroreligioso mais diversificado em relação à geração mais velha.Religiões evangélicasapareceram com maior ênfase entre os jovens do que entre os mais velhos.

Outro dado importante revelado pela pesquisa é há quanto tempo os adolescentesseguem a religião escolhida. Religiões mais tradicionais, como a católica, geralmente sãoseguidas desde o nascimento, enquanto religiões novas e em expansão – por exemplo, aespírita – têm seguidores a menos tempo.

Quanto à negociação entre praticantes de religiões diferentes, a pesquisa mostrouum dado curioso: quem não respeita nenhuma religião quase sempre respondeu queteria uma reação violenta se alguém tentasse convertê-lo.

Trabalho desenvolvido pelos alunos Pedro Barros, Flávio,Júlia, Katherine e Paulo

Há quanto tempo você segue sua religião?Há quanto tempo você segue sua religião?Há quanto tempo você segue sua religião?Há quanto tempo você segue sua religião?Há quanto tempo você segue sua religião?

Qual a sua reação se alguém tenta convertê-lo?Qual a sua reação se alguém tenta convertê-lo?Qual a sua reação se alguém tenta convertê-lo?Qual a sua reação se alguém tenta convertê-lo?Qual a sua reação se alguém tenta convertê-lo?

Qual é a sua religião?Qual é a sua religião?Qual é a sua religião?Qual é a sua religião?Qual é a sua religião?

Qual a religião dos seus pais?Qual a religião dos seus pais?Qual a religião dos seus pais?Qual a religião dos seus pais?Qual a religião dos seus pais?

Você respeita todas as religiõesVocê respeita todas as religiõesVocê respeita todas as religiõesVocê respeita todas as religiõesVocê respeita todas as religiões?????

Na produção dosquestionários e na

interpretação dos resultados,os jovens imprimiram sua

visão de mundo

Bom Dia Cruzeiro . 11Capa

O futuro é logo aliO futuro é logo aliO futuro é logo aliO futuro é logo aliO futuro é logo aliTalvez a pesquisa que tenha apontado mais diferenças entre o passado e o presente

tenha sido a do futuro pensado pelos jovens estudantes. A pesquisa mostra que oideal de casar e ter filhos ainda está presente na sociedade. Para 60% dos entrevistados,esta possibilidade está nos planos. Mas, certamente, este já é um número que refleteuma mudança importante em relação às gerações passadas, quando o casamento ea constituição de uma família eram quase que obrigatórios. Para 20% dosentrevistados, ao menos hoje, este projeto está fora do projeto de futuro, enquanto20% ainda não se decidiram.

A forma de criar os filhos também mudou. A preocupação de outras geraçõescom o acúmulo de uma herança para a geração seguinte foi substituída pelodesejo de auto-realização. É o que apontam as repostas para a pergunta sobre oque pretendem fazer com o dinheiro que conseguirem acumular com seutrabalho. Enquanto 44% afirmam que vão guardar uma poupança para os filhos,48% dizem que vão economizar e comprar alguma coisa para si.

E o tipo de bem de consumo também mostra uma mudança de perspectiva. A casaprópria, símbolo de segurança em décadas passadas, já não é o sonho de consumodestes jovens. Para eles, o projeto de vida que merece investimento financeiro é o deviajar muito, com 56% das respostas. Em segundo lugar vem a compra da casa, com28% das opções, e, em último, a economia para os filhos. Mudaram os sonhos dasnovas gerações ou estes são sonhos típicos de uma geração que ainda não ingressouna maturidade?

Trabalho desenvolvido pelos alunos

OOOOO que pretende fazer com o dinheiro que guardar? que pretende fazer com o dinheiro que guardar? que pretende fazer com o dinheiro que guardar? que pretende fazer com o dinheiro que guardar? que pretende fazer com o dinheiro que guardar?

Você pretende casar e ter filhos?Você pretende casar e ter filhos?Você pretende casar e ter filhos?Você pretende casar e ter filhos?Você pretende casar e ter filhos?

Qual Qual Qual Qual Qual é o seu projeto de vida?é o seu projeto de vida?é o seu projeto de vida?é o seu projeto de vida?é o seu projeto de vida?

Os estudantes criaram gráficos para aproveitar os resultados daspesquisas: foram produzidos 48 gráficos, no total

O que mais impactou sua adolescência?O que mais impactou sua adolescência?O que mais impactou sua adolescência?O que mais impactou sua adolescência?O que mais impactou sua adolescência?

Qual a atividade que você mais gosta de fazer?Qual a atividade que você mais gosta de fazer?Qual a atividade que você mais gosta de fazer?Qual a atividade que você mais gosta de fazer?Qual a atividade que você mais gosta de fazer?

O projeto de vida que merece investimento fi-nanceiro é o de viajar muito, com 56% das res-postas. Em segundo lugar vem a compra da casa,com 28% das opções, e, em último, a economiapara os filhos.

12 . Bom Dia Cruzeiro

Drogas: problema de polícia?Capa

As novas famíliasPara entender o que os estudantes pensam a respeito das drogas, duas

perguntas da pesquisa são fundamentais. A primeira diz respeito ao que leva ojovem a experimentá-las. Houve um equilíbrio entre as respostas, todas bastantereveladoras: falta de orientação, desculpa para problemas pessoais e indicação.

Pode parecer que as alternativas refletem a maneira como o grupo enxergaa questão. Mas a última pergunta da pesquisa mostra que o caminhoapontado pelos entrevistadores estava correto. O grupo perguntou “Porque tantos jovens de classe média alta, que têm tantas oportunidades,acabam se viciando em drogas?”. Não havia respostas pré-definidas. Osjovens podiam expressar sua opinião sem nenhuma influência, mas foi ainfluência dos grupos sociais, os problemas pessoais e a falta de orientação,traduzida na ausência dos pais, que voltaram a aparecer.

Tanto os entrevistadores quanto os entrevistados apontaram, portanto,um roteiro para quem investiga ou trabalha o tema da dependência quí-mica entre os jovens. Mas, sem dúvida, a questão mais importante aparecena visão dos entrevistados sobre a melhor forma de lidar com o tráfico dedrogas, identificado como fonte da violência no Rio de Janeiro. Para osadeptos da política de confronto, aqui vai o recado: 53,80% acreditam quea melhor estratégia é o investimento em educação.

Trabalho realizado pelas alunas Clara Branco, Joana Moura,Julia do Valle, Juliana Passamani e Tatiana Pasqualette

Por que muitos jovens utilizam drogas hoje em dia?Por que muitos jovens utilizam drogas hoje em dia?Por que muitos jovens utilizam drogas hoje em dia?Por que muitos jovens utilizam drogas hoje em dia?Por que muitos jovens utilizam drogas hoje em dia?

Todas as mudanças sociais – as conquistas femininas, as novas rotinasde trabalho, a liberdade sexual – quem diria?, foram parar na mesa de jantar.Foi justamente lá que os adolescentes localizaram o novo retrato da famíliabrasileira. A dificuldade de reunir as famílias em torno das refeições, umavelha tradição, é, na leitura dos pesquisadores, um dos sintomas mais clarosdas mudanças nas relações familiares.

Não só as perguntas, mas também as repostas mostraram a importânciada mesa como ponto de encontro familiar. Os entrevistadores fizeram umapergunta aberta aos adolescentes: “O que a família faz para melhorar a interaçãoentre seus membros no dia-a-dia?”. Não havia alternativas pré-definidas paraa questão e as respostas mais comuns reforçam o resultado anterior: promoverchurrascos e festas, ir a restaurantes, procurar almoçar ou jantar em casa juntos.

Por que um hábito tão comum vem se perdendo? Uma outra pergunta dogrupo ajuda a entender: “Seus pais trabalham?”. Em 84% dos casos a resposta foisim, revelando um dos motivos pelos quais esta tradição vem desaparecendo.

Mas outros hábitos também se modificaram. Embora uma boa partedos entrevistados ainda diga que ajuda em pequenas tarefas domésticas,como arrumar a cama, lavar a roupa e a louça, uma parte importante – 40%- declarou que não colabora. Além de revelar a atitude dos jovens, o dadomostra uma outra mudança: a presença cada vez mais comum dasempregadas domésticas no ambiente familiar.

Trabalho realizado pelos alunos Matheus Laveglia, Igor Pireda,Gabriel Paixão, Victor Thiete e Mateus Gusmão

Qual seria a solução para o tráfico de drogas, queQual seria a solução para o tráfico de drogas, queQual seria a solução para o tráfico de drogas, queQual seria a solução para o tráfico de drogas, queQual seria a solução para o tráfico de drogas, quegera tanta violência no nosso país?gera tanta violência no nosso país?gera tanta violência no nosso país?gera tanta violência no nosso país?gera tanta violência no nosso país?

Para 53,8% dos jovens ouvidos, a solução para oproblema das drogas é investir em educação

Seus pais trabalham?Seus pais trabalham?Seus pais trabalham?Seus pais trabalham?Seus pais trabalham?

Sua família tem o hábito de ir a lugares de cultura junta?Sua família tem o hábito de ir a lugares de cultura junta?Sua família tem o hábito de ir a lugares de cultura junta?Sua família tem o hábito de ir a lugares de cultura junta?Sua família tem o hábito de ir a lugares de cultura junta?

Para retomar o convívio, pais e filhos investem emfestas, churrascos e encontros em restaurantes

Bom Dia Cruzeiro . 13

1

Capa

Se você estivesse grávida qual seria a sua atitude?Se você estivesse grávida qual seria a sua atitude?Se você estivesse grávida qual seria a sua atitude?Se você estivesse grávida qual seria a sua atitude?Se você estivesse grávida qual seria a sua atitude?

Por que você acha que deve iniciar sua vida sexual?Por que você acha que deve iniciar sua vida sexual?Por que você acha que deve iniciar sua vida sexual?Por que você acha que deve iniciar sua vida sexual?Por que você acha que deve iniciar sua vida sexual?

Com quem teria relações?Com quem teria relações?Com quem teria relações?Com quem teria relações?Com quem teria relações?

A sexualidade ainda é um tema delicado

para o adolescente. Mas, segundo a

pesquisa, o jovem está bem informado

sobre os cuidados e riscos envolvidos

Apesar de todo o apelo televisivo e da quantidade de informação a respeito dotema, sexo ainda é um tabu entre os adolescentes. Para abordar o assunto sem invadira intimidade alheia, o grupo de pesquisadores usou a sensibilidade para fazer asperguntas certas. Em vez de ir direto ao assunto, através de questões como “Você usacamisinha?”, que poderiam constranger e intimidar os entrevistados, preferiu umaabordagem mais sutil. Assim surgiram perguntas como “Para que serve a camisinha?”.

A intenção não era avaliar se os entrevistados tinham ou não vida sexual ativa,mas saber como o adolescente lida com as questões que envolvem a sexualidade: aprevenção de doenças, a gravidez precoce, a influências dos amigos, dos pais e dareligião na decisão sobre o momento para iniciar a vida sexual e a escolha do parceiro.

Dessa forma, avaliam os pesquisadores, as respostas não revelam apenas o graude conhecimento sobre o assunto, mas, como a educação, a religião e outrasdimensões do cotidiano influenciam sua maneira de ver o tema.

Trabalho desenvolvido por Thayane, Marina, Willians,Igor Franz, Anna Carolina e Julia Rocha

Sexo?

Para que serve a camisinha?Para que serve a camisinha?Para que serve a camisinha?Para que serve a camisinha?Para que serve a camisinha?

Quando você acha que deve começar sua vida sexual?Quando você acha que deve começar sua vida sexual?Quando você acha que deve começar sua vida sexual?Quando você acha que deve começar sua vida sexual?Quando você acha que deve começar sua vida sexual?

Os alunos puderamexercitar sua

capacidade deapresentação em

público

14 . Bom Dia Cruzeiro

Aprendendo a compartilharSolidariedade

Alunos do Ensino Médio iniciam

projeto de monitoria junto aos

alunos do Inpar

De um lado, gente bem preparada, com todos os recursos e muitadisposição para ensinar. Do outro, uma meninada inteligente embusca de uma oportunidade para aprender. Apostando nesta parceria,os alunos do Ensino Médio do Colégio Cruzeiro iniciaram o projetode monitoria junto aos alunos do Inpar, instituição beneficentelocalizada na Rua Edgard Werneck, em Jacarepaguá.

O projeto, que é coordenado pelo professor José Ricardo, já contacom a participação de um pequeno grupo de estudantes do Cruzeiro,mas espera a adesão de novos voluntários para ajudar no reforço escolardas crianças atendidas pelo instituto. Moradoras de Rio das Pedras,Cidade de Deus e Gardênia Azul, em sua maioria, elas dividem seutempo entre as aulas na rede regular de ensino municipal e asatividades do Inpar, entre elas, o reforço escolar.

Para atender a esse público especial, os alunos do Cruzeiro sepreparam em reuniões semanais de planejamento das atividades.Às segundas-feiras, eles visitam a instituição e desenvolvem o trabalho demonitoria junto às crianças atendidas pela instituição.

Na primeira visita, além de conhecerem o espaço e os alunos atendidospelo Inpar, os estudantes do Cruzeiro fizeram a entrega das latas de leite doadaspelas famílias na campanha de arrecadação desenvolvida pelo Colégio.

Estudantes do Ensino Médio na entrega das latas de leite arrecadadas na campanhadesenvolvida pelo Colégio no segundo trimestre

Para a monitoria, os estudantesindicaram as matérias que teriam maisinteresse em ensinar

Atualmente, as turmas datarde do Inpar, que serão

atendidas pelos alunosmonitores, são divididas porfaixa etária: até 5 anos, dos 5

aos 8 anos e a partir dos 8 anos

A Informática éuma das

atividadesextraclasse mais

concorridas entreas oferecidas pela

instituiçãoOs alunos do Inpar ainda recebem

aulas regulares de reforço emMatemática e Língua Portuguesa

Fotos Carla Baiense