ergonomia bibliotecas universitarias

80
 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS DA EDUCAÇÃO – CHE/FAED DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO ANDREA APARECIDA SILVA ABORDAGEM ERGONÔMICA DO AMBIENTE DE TRABALHO NA PERCEPÇÃO DOS TRABALHADORES: ESTUDO DE CASO EM BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA FLORIANÓPOLIS - SC 2007

Upload: thamires-adelino

Post on 18-Jul-2015

859 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 1/80

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS DA EDUCAÇÃO – CHE/FAED

DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO 

ANDREA APARECIDA SILVA

ABORDAGEM ERGONÔMICA DO AMBIENTE DE TRABALHO NA

PERCEPÇÃO DOS TRABALHADORES: ESTUDO DE CASO EM

BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA

FLORIANÓPOLIS - SC

2007

Page 2: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 2/80

 

ANDREA APARECIDA SILVA

ABORDAGEM ERGONÔMICA DO AMBIENTE DE TRABALHO NA

PERCEPÇÃO DOS TRABALHADORES: ESTUDO DE CASO EM

BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA

Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado ao Curso deBiblioteconomia – Habilitação emGestão da Informação da Universidadedo Estado de Santa Catarina, comorequisito parcial para a obtenção dotítulo de Bacharel em Biblioteconomia –Habilitação em Gestão, da Informaçãono semestre 2007.2.

Orientadora: Msc. Elaine R. de OliveiraLucas

FLORIANÓPOLIS - SC

2007

Page 3: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 3/80

 

620.82S58 Silva, Andrea Aparecida

 Abordagem ergonômica do ambiente de trabalho napercepção dos trabalhadores: estudo de caso em bibliotecauniversitária / Andrea Aparecida Silva. – 2007.

79 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) –

Universidade do Estado de Santa Catarina – Curso deGraduação em Biblioteconomia – Gestão daInformação, 2007.

Orientadora: Prof. Msc. Elaine de Oliveira Lucas

1. Ergonomia. 2. Percepção. 3. Fadiga. 4. Estresse. 5.Satisfação no Trabalho. 6. Qualidade de vida no trabalho.7. Ambiente de Bibliotecas. I. Título II. Lucas, Elaine deOliveira. III. Universidade do Estado de Santa Catarina.

Page 4: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 4/80

 

ANDREA APARECIDA SILVA

ABORDAGEM ERGONÔMICA DO AMBIENTE DE TRABALHO NA

PERCEPÇÃO DOS TRABALHADORES: ESTUDO DE CASO EM

BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA

Trabalho de Conclusão do Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do

grau de bacharel no curso de Biblioteconomia – Habilitação em Gestão da Informação,da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.

Banca Examinadora:

Orientadora: ___________________________________________ 

Msc. Elaine de Oliveira Lucas

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

Membro: ___________________________________________ 

Msc. Noêmia Schoffen Prado 

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

Florianópolis - SC, dezembro de 2007.

Page 5: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 5/80

 

AGRADECIMENTOS

 A Deus, chama infinita de sabedoria, luz que clareia meu caminho.

 Aos bons espíritos, que me servem de guias, a paciência pelos pedidos sinceros

 jamais negados, aos conselhos, a fé, fervor e confiança no desejo constante de evoluir.

 Aos meus pais, Antonio e Marilene pelo carinho e dedicação, por segurarem

minha mão nos momentos mais difíceis, a quem devo toda a minha gratidão, meus

estudos, minha índole e educação. A minha irmã Nani, pelas brincadeiras e palavras de estímulo nos momentos de

dúvida.

 Ao Loopy, meu anjo de quatro patas, sempre a me esperar com tanta alegria, ao

amor incondicional, lealdade e proteção sem pedir nada em troca.

 A minha orientadora Lani, que soube com competência, paciência e amizade

indicar o melhor caminho a seguir.

 Ao professor Fonseca pela relevante colaboração na pesquisa.

 Aos demais professores do curso de Biblioteconomia da UDESC, com os quais

tive a oportunidade de conviver e aprender.

 Aos meus colegas das diversas turmas de estudos, pelas relações de

companheirismo feitas no decorrer das disciplinas cursadas.

 Aos funcionários da Biblioteca da UNIVALI que, de forma gentil, disponível e

solícita, colaboraram e participaram em todas as etapas dessa pesquisa fazendo com

que ela pudesse existir.

Enfim, gostaria de compartilhar a alegria dessa conquista com todas as pessoasque de algum modo contribuíram para a conclusão dessa etapa de minha vida.

Page 6: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 6/80

 

“De tudo ficaram três coisas:a certeza de que estamos começando,

a certeza de que é preciso continuar,a certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar!

Fazer da interrupção um novo caminho.Fazer da queda um passo de dança.

Do medo uma escada.Do sonho uma ponte.

Da procura um encontro.E assim terá valido a pena existir!”

Fernando Sabino 

Page 7: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 7/80

 

RESUMO

 A ergonomia é uma área de estudos ampla, que utiliza conhecimentos de váriasciências para assim, construir uma análise e intervenção de forma a proporcionar melhores condições ao homem no ambiente de trabalho.  Assim, este estudo tem comoobjetivos analisar o grau de satisfação dos trabalhadores quanto ao ambiente físico,através da abordagem ergonômica, conhecer a percepção dos trabalhadoresrelacionados aos aspectos de saúde e sua relação na execução das tarefas, além desugestões dos trabalhadores para a melhoria da qualidade de vida no trabalho naBiblioteca da UNIVALI, Campus Biguaçu. Caracteriza-se como uma pesquisaexploratória, que utiliza o método descritivo com aplicação de estudo de caso. Utiliza-secomo coleta de dados o questionário com questões abertas e fechadas e entrevistasemi-estruturada. Os resultados apontam que mesmo insatisfeitos com o espaço físico,localização e ruídos existentes, os trabalhadores gostam do trabalho que realizam. Temrespeito e orgulho pela Instituição. Com tudo isto, conclui-se que mesmo a Bibliotecanão atendendo satisfatoriamente a alguns fatores de infra-estrutura, os mesmos sesentem realizados no trabalho.

PALAVRAS-CHAVES: Ergonomia; Percepção – Trabalhadores; Fadiga; Estresse;Satisfação no Trabalho; Qualidade de vida no trabalho; Ambiente de Bibliotecas.

Page 8: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 8/80

 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 - Faixa etária 44

Gráfico 2 - Função 45

Gráfico 3 - Tempo de serviço na Instituição 45

Gráfico 4 - Tempo de serviço na Biblioteca 46

Gráfico 5 - Espaço físico de trabalho 47

Gráfico 6 - Temperatura 48Gráfico 7 - Controle de temperatura 49

Gráfico 8 - Ruídos 50

Gráfico 9 - Luminosidade 51

Gráfico 10 - Ventilação natural 52

Gráfico 11 - Ventilação artificial 52

Gráfico 12 - Quantidade de equipamentos 53

Gráfico 13 - Qualidade dos equipamentos 54

Gráfico 14 - O que sentem com as tarefas que desenvolvem 55

Gráfico 15 - No final da jornada de trabalho como se sentem fisicamente 56

Gráfico 16 - No final da jornada de trabalho como se sentem mentalmente 57

Gráfico 17 - Afastamento das atividades habituais 59

Gráfico 18 - Tarefa que causa incômodo ou que menos gosta 60

Page 9: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 9/80

 

LISTA DE QUADRO

Quadro 1 - Locais de dores 58

 

Page 10: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 10/80

 

LISTA DE SIGLAS

 ABNT - Associação Brasileira de Normas TécnicasCAT - Comunicação de Acidente de Trabalho

CDU - Classificação Decimal Universal

DORT - Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho

LER - Lesão por Esforço Repetitivo

NR - Norma Regulamentadora

OMS - Organização Mundial de Saúde

QVT - Qualidade de Vida no TrabalhoUDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina

UI - Unidade de Informação

UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí

UR - Umidade Relativa

Page 11: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 11/80

 

SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 121.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................ 12

1.2 PROBLEMAS ........................................................................................................... 13

1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................. 13

1.3.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 13

1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 13

1.4 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 15

2.1 ERGONOMIA ........................................................................................................... 15

2.1.1 Origem e conceitos ............................................................................................... 15

2.1.2 Efeitos da ergonomia no ambiente de trabalho ..................................................... 16

2.1.3 Ergonomia e saúde do trabalhador ....................................................................... 17

2.2 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ................................................................... 19

2.3 CONCEITOS DE EMPREGO E TRABALHO ........................................................... 22

2.4 FATORES HUMANOS NO TRABALHO ................................................................... 23

2.4.1 Fadiga ................................................................................................................... 23

2.4.2 Estresse ................................................................................................................ 25

2.4.3 Satisfação no Trabalho.......................................................................................... 26

2.5 CONDIÇÕES DE TEMPO DE TRABALHO .............................................................. 28

2.5.1 Jornada de trabalho............................................................................................... 28

2.5.2 Pausa do trabalho ................................................................................................. 28

2.6 CONDIÇÕES AMBIENTAIS DA BIBLIOTECA ......................................................... 292.6.1 Acústica ................................................................................................................. 30

2.6.2 Temperatura .......................................................................................................... 31

2.6.3 Umidade ................................................................................................................ 32

2.6.4 Ventilação .............................................................................................................. 33

2.6.5 Iluminação ............................................................................................................. 33

Page 12: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 12/80

 

2.6.6 Pisos e revestimentos ........................................................................................... 34

2.6.7 Mobiliário ............................................................................................................... 36

3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 393.1 NATUREZA DO ESTUDO ........................................................................................ 39

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO .......................................................................... 40

3.3 POPULAÇÃO ........................................................................................................... 40

3.4 TÉCNICA DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS .................................................. 40

3.4.1 Questionário estruturado ....................................................................................... 40

3.4.2 Categoria de análise ............................................................................................. 41

3.4.3 Entrevista semi-estruturada ................................................................................... 41

4 ESTUDO DE CASO .................................................................................................... 43

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE INFORMAÇÃO .......................................... 43

4.2 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................. 44

4.2.1 Dados pessoais (Perfil do trabalhador) ................................................................. 45

4.2.2 Dados profissionais e características do trabalho ................................................. 45

4.2.3 Condições físicas de trabalho ............................................................................... 48

4.2.4 Condições de trabalho (saúde) ............................................................................. 55 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES .................................................. 63

REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 66

APÊNDICE..................................................................................................................... 72

ANEXO .......................................................................................................................... 77

Page 13: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 13/80

  12 1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Partindo do princípio que a maior parte do tempo da vida das pessoas se passa

no trabalho, seria ideal que pudesse transformar em algo prazeroso e saudável a

execução do mesmo, ou seja, um lugar onde se possa sentir motivado realizando-o

plenamente com alegria e satisfação.

 A literatura sinaliza, que a ergonomia é uma área de estudos ampla, que utiliza

conhecimentos de várias ciências para assim, construir uma análise e intervenção de

forma a proporcionar melhores condições ao homem no ambiente de trabalho.

O trabalho diário realizado em condições adversas, com o passar do tempo,

pode desencadear o aparecimento de diversos problemas, como de saúde física ou

mental e é por isso que as empresas e Unidades de Informação devem compreender o

relacionamento entre as condições de trabalho e seus possíveis reflexos no rendimento

dos funcionários.

É sabido que qualquer organização que vise ou não o lucro tem o potencial

humano como de suma importância. Assim, focalizando a atenção nos trabalhadores da

Biblioteca da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a ergonomia buscará o aspecto

da humanização do trabalho, tendo em vista propiciar condições satisfatórias para um

melhor desempenho destes.

Conhecer a percepção dos funcionários de uma Biblioteca Universitária com

base na ergonomia a partir do estudo in loco torna-se uma das vias que possibilita criar 

situações de um ambiente de trabalho melhor.O que se busca nesta pesquisa é analisar o grau de satisfação dos trabalhadores

quanto ao ambiente físico, através da abordagem ergonômica, conhecer a percepção

dos trabalhadores relacionados aos aspectos de saúde e sua relação na execução das

tarefas e as possíveis recomendações dos trabalhadores para a melhoria da qualidade

de vida no trabalho na Biblioteca da UNIVALI, Campus Biguaçu.

Page 14: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 14/80

  13 1.2 PROBLEMAS

Qual o grau de satisfação dos trabalhadores quanto ao ambiente físico para arealização do trabalho? Qual a percepção dos trabalhadores aos aspectos de saúde e

sua relação na execução das tarefas? Quais sugestões dos trabalhadores para a

melhoria da qualidade de vida no trabalho?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

 Analisar a percepção dos trabalhadores no ambiente de trabalho na Biblioteca da

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, Campus Biguaçu a partir de uma abordagem

ergonômica.

1.3.2 Objetivos Específicos

• Compreender a importância da ergonomia e sua relação com o trabalho;

• Identificar o grau de satisfação dos trabalhadores que compõem a população de

estudo em relação às condições físicas de trabalho;• Conhecer a percepção dos trabalhadores relacionados aos aspectos de saúde e

sua relação na execução das tarefas;

• Propor sugestões dos trabalhadores para a melhoria da qualidade de vida no

trabalho.

Page 15: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 15/80

  14 1.4 JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa busca analisar a percepção ergonômica do ambiente de trabalhodos trabalhadores da Biblioteca da UNIVALI, Campus Biguaçu.

O interesse sobre este tema surgiu no decorrer do curso de Biblioteconomia/

Habilitação Gestão da Informação da Universidade do Estado de Santa Catarina –

UDESC, através da vida profissional e acadêmica da pesquisadora, fruto de contato

com Bibliotecas e com os funcionários que nelas trabalham.

Quanto à justificativa teórica, este estudo também preenche uma lacuna na

literatura, visto existirem poucos trabalhos práticos aplicados a BibliotecasUniversitárias que abranjam a questão da percepção dos funcionários na abordagem

ergonômica.

 A escolha do campo de pesquisa se deu pelo fato da facilidade de acesso da

pesquisadora, abertura da Instituição para o desenvolvimento de pesquisas e por 

apresentar características necessárias na aplicação da pesquisa.

O trabalho ocupa um espaço muito importante na vida de todos, e uma grande

parte da vida das pessoas é passada dentro das organizações.

Torna-se necessário criar condições adequadas para que as pessoas possam

desempenhar a sua rotina evitando uma má qualidade de vida no trabalho. E isso

passa pelas contribuições da ergonomia.

Desta maneira, a ergonomia busca não apenas evitar aos funcionários trabalhos

cansativos, mas busca colocar de forma a melhorar o rendimento e produtividade.

Com o presente trabalho pretende-se acrescentar mais informações a respeito

de ergonomia, condições de trabalho, satisfação no trabalho e ambiente de bibliotecas.

É essencial enfatizar a necessidade de análise e principalmente a percepção dedesconforto dos funcionários, pois só através dos mesmos é possível diagnosticar 

possíveis problemas e melhorar as condições de trabalho.

Page 16: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 16/80

  15 2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ERGONOMIA

2.1.1 Origem e conceitos

O termo ergonomia significa, etimologicamente, o estudo das leis do trabalho. É

conveniente aprofundar esta definição e o objeto que ela designa, o trabalho. Isso énecessário para determinar o campo de estudo da ergonomia, as relações que ela

mantém com o conhecimento científico e com a realidade social. (FIALHO, 1995)  

Esse termo foi criado e utilizado pela primeira vez pelo inglês Murrel e passa a

ser adotado oficialmente em 1949, quando da criação da primeira sociedade de

ergonomia, a Ergonomics Research Society , que congregava psicólogos, fisiologistas e

engenheiros ingleses interessados nos problemas da adaptação do trabalho ao homem.

(LAVILLE, 1977)

 A Ergonomia é uma disciplina jovem em evolução e que vem reivindicando o

status de Ciência. Esta disciplina segundo Montmollin (1990), poderia ser definida como

uma “ciência do trabalho”. A construção do conhecimento em Ergonomia se dá a partir 

da ação, integrando os conhecimentos de áreas distintas. Para isto o ergonomista toma

como base: a visão dos trabalhadores sobre seu próprio trabalho, condições de

execução, dificuldades, queixas e problemas verbalizados.

 A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus meios,

métodos e espaços de trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de

diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que,

dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar em uma melhor adaptação ao

homem dos meios tecnológicos, dos ambientes de trabalho e de vida. ( International 

Ergonomics Association – IEA, 2000, tradução nossa)

Page 17: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 17/80

  16  A ergonomia se baseia essencialmente em conhecimentos do campo das

ciências do homem (Psicologia, Sociologia, Filosofia, Antropometria), mas constitui uma

parte da arte dos engenheiros à medida que sua resultante se configura no dispositivo

técnico. Não obstante sejam utilizados conhecimentos do campo da engenharia, seusresultados são avaliados através de critérios que pertencem às ciências humanas.

(MORAES, 2000)

De acordo com Leal (2002) existem duas correntes em ergonomia: a anglo-

saxônica e a francesa 

 A primeira corrente centra-se em aspectos físicos do trabalho e nascapacidades humanas tais como a força, a postura, a repetição ou o alcance.Com o objetivo de diminuir os constrangimentos provocados pelo posto detrabalho, redefinem-se as características do sistema para diminuir osproblemas provocados pela exposição do ser humano ao posto de trabalho emquestão. Esta corrente tem uma clara tendência anglo-saxônica. Uma segundacorrente é aquela que considera os fatores humanos e orienta-se aos aspectospsicológicos do trabalho, tais como a fadiga mental e a tomada de decisões.Originariamente esta corrente tem a sua origem em França.

Iida (1993) define “como objetivos práticos da ergonomia a segurança, a

satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com os sistemas

produtivos”. Para o autor a eficiência será o resultado, uma vez que, tida como objetivo

poderia significar o sofrimento dos trabalhadores ao invés de seu bem-estar.

2.1.2 Efeitos da ergonomia no ambiente de trabalho

O termo ambiente pode ser usado de forma a incluir ferramentas, equipamentos,

materiais e a própria organização do trabalho.É o envolvimento do ambiente físico e dos aspectos organizacionais em todas as

situações que ocorre o relacionamento entre o homem e seu trabalho.

Fernandes (1996) propõe os seguintes critérios para avaliar as condições de

trabalho:

Page 18: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 18/80

  17  jornada de trabalho - número de horas de trabalho e sua relação com astarefas realizadas; carga de trabalho - quantidade de trabalho realizada noturno de trabalho; ambiente físico - condições de bem-estar e organização dolocal de trabalho; material e equipamentos - quantidade e qualidade dosmateriais e equipamentos disponibilizados para a realização do trabalho;

ambiente saudável - condições de trabalho que não ofereçam riscos de lesãoou doenças aos trabalhadores; estresse - quantidade de estresse percebidopelos trabalhadores na jornada de trabalho.

 A abordagem ergonômica baseia-se no princípio básico de que o trabalho deve

adaptar-se ao homem. Através da mesma se pode produzir um ambiente de trabalho

mais humanizado. Ela procura aproveitar as habilidades mais refinadas dos

trabalhadores e proporcionar um ambiente que os encorajem a desenvolver suas

atividades.

Pode-se distinguir, no ambiente de trabalho, fatores atuantes na sua

constituição. Estes fatores podem ser denominados como fatores Principais e

Secundários. Verdussen (1978) relaciona como fatores Principais: “temperatura, ruídos,

vibrações, odores e cores. Como Secundários encontram-se: arquitetura, relações

humana, remuneração, estabilidade e apoio social”.

 A prática ergonômica pode se caracterizar por uma procura da remoção dos

aspectos negativos do trabalho, capazes de gerar danos ao trabalhador e quedas no

seu desempenho. Assim, focalizando a atenção no homem a ergonomia busca os aspectos da

humanização do trabalho, tendo em vista propiciar-lhe condições mais agradáveis e

satisfatórias para se poder alcançar um melhor rendimento. 

2.1.3 Ergonomia e saúde do trabalhador 

O Canadian Centre for Ocupational Health and Safety  (apud MARTINS, 2005)

pressupõe que as condições ergonômicas são inadequadas quando o trabalho

realizado é incompatível com o corpo dos trabalhadores e/ou sua capacidade de

continuar trabalhando, sendo que tais condições podem causar desconforto, fadiga,

lesões e doenças. No entanto, é possível prevenir lesões e doenças relacionadas com

Page 19: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 19/80

  18 condições ergonômicas adequadas, desde que tanto o local quanto à organização do

trabalho sejam ajustados às necessidades individuais (físicas e mentais) de cada um. 

Segundo Laurell (1985), as condições de trabalho e suas patologias estão

estreitamente relacionadas à organização do trabalho e ambas dependem das relaçõesde trabalho vigentes naquele espaço social definido, refletindo valores e regras da

sociedade.

 A ergonomia procura conhecer o trabalho concreto e sua adequação ao homem

no que se refere à saúde e desempenho. Pode-se definí-la como "conjunto de estudos

que visam à organização metódica do trabalho em função do fim proposto e das

relações entre o homem e a máquina." (RODRIGUES, 2000).

Numa definição mais operacional, a ergonomia analisa a atividade real, ou seja,o que, para que e como se faz. A partir dessa situação, descobrem pontos críticos,

inadequações e propõe mudanças na situação de trabalho.

Considerando a subjetividade da impressão e percepção do trabalhador e

demais fatores que permeiam o ambiente ocupacional, as seguintes atividades podem

contribuir para melhorar a saúde, bem-estar e, por conseguinte, a qualidade de vida dos

mesmos.

Segundo a European Agency for Safety at Work (apud MARTINS, 2005):

Diagnósticos médicos e exames de saúde; avaliação da capacidade funcionaldos trabalhadores e das exigências do trabalho; treinamento constante;desenvolvimento de políticas de reabilitação; manutenção segura e saudáveldo ambiente de trabalho; promoção da saúde (ex: modificação docomportamento de risco, educação sobre saúde, desenvolvimento de políticasalutar); design do posto/ambiente de trabalho.

Numa situação ideal a ergonomia deve ser aplicada desde etapas iniciais do

projeto de uma máquina, ambiente ou local de trabalho. Estas devem sempre incluir o

ser humano como um de seus componentes, prevenindo a ocorrência de futurascomplicações osteomioarticulares. (IIDA, 1993)

Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - DORT, como a

Lesão por Esforço Repetitivo – LER têm sido nos últimos anos, dentre as doenças

ocupacionais registradas, as mais prevalentes segundo estatísticas referentes à

população trabalhadora segurada. É a Segunda causa de afastamento do trabalho no

Page 20: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 20/80

  19 Brasil, somente nos últimos cinco anos foram abertas 532.434 Comunicação por 

 Acidente de Trabalho - CAT (INSS, 1997).

Para Bittencourt (2004) “a Organização Mundial de Saúde – OMS aponta que a

LER, o câncer e as patologias mentais (salientando-se a depressão) são os três gruposde doenças em curva ascendente neste início de milênio”.

 As categorias profissionais que encabeçam as estatísticas são: bancários,

digitadores, operadores de linha de montagem, operadores de telemarketing,

secretárias, jornalistas, entre outros.

O trabalho do bibliotecário e dos profissionais que atuam em bibliotecas não

fogem a regra desses profissionais já que suas funções exigem esforço físico, como o

atendimento ao usuário, onde o funcionário recebe o acadêmico e da seqüência ao atode busca ou auxílio na procura dos volumes necessários, assim como o processamento

técnico.

Todas estas etapas da tarefa deste profissional requer rapidez, atenção e

concentração dos mesmos, gerando neste ansiedade, desgaste e sobrecarga mental. O

desgaste físico ainda é mais alto, principalmente quanto à questão das exigências de

esforços posturais e gestuais dos membros superiores e inferiores. As posturas exigem

do sistema músculo-esquelético, uma permanência quanto ao tempo e carga elevadas

fazem com que provoque risco e são favoráveis ao aparecimento e desenvolvimento de

distúrbios musculoesqueléticos, gerando alta incidência de dor e desconforto das

estruturas da mão, punho e coluna vertebral. (TAUBE, 2002)

2.2 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Não são apenas as condições físicas de trabalho que importam. As condições

sociais e psicológicas também fazem parte do ambiente de trabalho, ou seja, para

alcançar qualidade e produtividade, as organizações precisam ser dotadas de pessoas

participantes e motivadas nos trabalhos que executam e recompensadas

adequadamente por sua contribuição. (CHIAVENATO, 2004)

Page 21: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 21/80

  20 Feigenbaum (1994) entende que Qualidade de Vida no Trabalho - QVT é

baseada no princípio de que o comprometimento com a qualidade ocorre de forma mais

natural nos ambientes em que os funcionários se encontram intrinsecamente envolvidos

nas decisões que influenciam diretamente suas atuações.Para Conte (2003) “a meta principal do programa de QVT é a conciliação dos

interesses dos indivíduos e das organizações, ou seja, ao melhorar a satisfação do

trabalhador, melhora-se a produtividade da empresa”.

Novos paradigmas de modos de vida dentro e fora da empresa, construindo

novos valores relativos às demandas de QVT, estão sendo estruturados por diversos

segmentos da sociedade e do conhecimento científico, entre os quais destacam-se a

saúde, psicologia, sociologia, administração, engenharia e ergonomia. (LIMONGI-FRANÇA et al., 2002)

Como já foi abordado, a ergonomia faz a ligação entre o homem e suas

condições de trabalho. É o que afirma Grandjean (1998) em seu conceito ciência da

configuração do trabalho ajustada para o homem e que o seu objetivo é o

desenvolvimento de bases científicas para a adequação das condições de trabalho às

capacidades e a realidade das pessoas que realizam o trabalho.

Fernandes (1996) entende a QVT como “a gestão dinâmica e contingencial de

fatores físicos, tecnológicos e sócio-psicológicos que afetam a cultura e renovam o

clima organizacional, refletindo-se no bem-estar do trabalhador e na produtividade”.

 Atualmente, os bibliotecários e profissionais que atuam em bibliotecas estão

cada vez mais expostos aos impactos de trabalho, sejam eles pelo avanço tecnológico,

pela nova postura que esse profissional deve possuir, além do alto grau de exigência

dos usuários.

Suaiden (1990) é enfático ao afirmar:

Racionalidade no trabalho, aumento de produção, melhor controle e maior facilidade para armazenar e disseminar a informação são as grandesvantagens que as novas tecnologias de informação oferecem para asociedade. No entanto, ainda não se sabe exatamente se as novas tecnologiasda informação poderão de fato democratizar a informação e se os profissionaisterão melhores condições de trabalho.

Page 22: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 22/80

  21 Os novos requisitos, exigidos no mercado da informação, denotam a

necessidade de um profissional com visão estratégica, receptivo a mudanças e flexível

às inovações. Quando consideramos que não é este o profissional que está sendo

qualificado pelas Instituições de Ensino, e que no exercício de sua profissão quer eprecisa de reconhecimento e respeito, entendemos porque, no caso do bibliotecário,

pouco ou nada se sabe de suas atividades e o a imagem social não são das mais

positivas. Talvez se parta da premissa de que se ninguém conhece, ninguém vai exigir.

Mas, o sistema de produção vigente inevitavelmente impõe cobranças, e o profissional

tem de buscar, por sua própria iniciativa, os meios e métodos de trabalho que lhe

proporcionem valorização pessoal. (CARVALHO, 1998)

Para Araripe (2005):

É indiscutível que, acoplado a esse universo de conhecimentos ecompetências, existem outros aspectos que devem permear o fazer profissional, dos quais depende o bom desempenho do profissional dainformação e, conseqüentemente, o seu reconhecimento pela comunidadeonde atua. Esses aspectos se configuram como requisitos essenciais, numasociedade onde a informação se caracteriza como elemento fundante para oseu desenvolvimento. Dessa forma, o profissional da informação deve, além dodesempenho intelectual, exercer: ações políticas; ações pedagógicas e depesquisa; ações proativas; atividades profissionais autônomas; parcerias comprofissionais de outras áreas do conhecimento; atuação interdisciplinar;

atividade de gerência, de liderança, de empreendedor, de forma ética,dinâmica e criativa, e apresentando um bom nível de auto-estima profissional.

Percebe-se, então, que para esses profissionais, é um pouco difícil exercer uma

atividade onde sempre se espera dele que corresponda ao modelo.

Direcionando essa realidade a aspectos ergonômicos de trabalho, implica em

ansiedade, desconforto, sentimento de inadequação, fazendo com que esse

profissional se sinta desmotivado e desvalorizado.

Page 23: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 23/80

  22 2.3 CONCEITOS DE EMPREGO E TRABALHO

É comum associar as palavras emprego e trabalho como se tivessem o mesmosignificado. O trabalho surgiu no momento em que o homem começou a transformar a

natureza e o ambiente ao redor com o auxílio do artesão. Após o advento da Revolução

Industrial, configura-se a relação capitalista com a necessidade de organizar grupos de

pessoas, processos, instrumentos criando-se a partir daí, a idéia do emprego, o qual

sempre sugeriu relação estável, e mais ou menos duradoura, entre a empresa e o

empregado. Desde então, as noções de trabalho e de emprego foram se confundindo.

(PUPO, 2007)Para Stein (2004):

a palavra na língua da cultura européia tem mais de uma significação. O gregotem uma palavra para fabricação e oura para esforço, oposto a ócio; por outrolado, também apresenta pena, que é próxima da fadiga. O latim distingue entrelaborare, a ação de labor, e operare, o verbo que corresponde a opus, obra. Noinglês há distinção entre labour e work , como no alemão, entre arbeit e werk ,como werk , contém a ativa criação da obra, que está também em schaffen,criar, enquanto labour  e arbeit  se acentuam os conteúdos de esforço ecansaço. Em português, apesar de haver labor e trabalho, é possível achar na

mesma palavra trabalho ambas as significações: a de realizar uma obra que teexpresse, que dê reconhecimento social e permaneça além da tua vida; a dereconhecimento social e permaneça além d tua vida; e a de esforço rotineiro erepetitivo, sem liberdade, de resultado consumível e incômodo inevitável.

De acordo com Fryer e Payne (apud MORIN, 2001) a definição de trabalho

refere-se à “uma atividade útil, determinada por um objetivo definido além do prazer 

gerado por sua execução” enquanto que emprego, conforme Morin (2001),

“corresponde ao conjunto de atividades remuneradas e possui a noção de salário e do

consentimento do indivíduo em permitir que uma outra pessoa dite suas condições de

trabalho”.

Pupo (2007) afirma que o emprego se configurou ao longo do tempo como

relação estável, porque existe um contrato com vínculo, carteira assinada e sendo

assim, instaura-se uma condição de conforto pelos benefícios do FGTS, 13º salário,

férias e outros tantos, mas por outro lado, também temos muitas outras obrigações,

Page 24: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 24/80

  23 pouco agradáveis como bater cartão, submeter-se à subordinação e muitas vezes

cumprir ordens e regras rígidas.

Com o passar dos tempos, o tão sonhado e confortável emprego veio sofrendo

fortes alterações, em que as condições de estabilidade até então oferecidas foramperdendo forças, resultado da globalização e dos próprios adventos tecnológicos, os

quais acirraram a competitividade, eliminando postos, níveis hierárquicos e deixando

milhões de pessoas desempregadas, em grande parte do nosso planeta.

Essas realidades vêm configurando um cenário de desemprego cada vez maior.

O Ministério do Trabalho registrou no mês de fevereiro de 2007 a queda de 16,2% de

novos empregos com carteira assinada em relação ao verificado no mesmo mês de

2006. (MTE, 2007)Com o passar dos tempos, é muito comum ver a substituição do emprego fixo,

de longa duração e em tempo integral por outras formas de prestação como o trabalho

temporário, trabalho autônomo, da terceirização dos serviços, etc.

Enquanto o emprego diminui, a possibilidade de trabalho aumenta

vertiginosamente. E é nesse contexto que surge a figura do empreendedor. Nesse

sentido, no mundo do trabalho o profissional terá que se tornar o administrador de sua

própria carreira, sendo responsável pelos seus ganhos e perdas fazendo do emprego

como sinônimo de conforto e de acomodação ou pela transformação de uma situação

de incerteza como prelúdio ao incentivo para buscar e enfrentar as diversas formas que

se apresentam de prestação de serviços. (PUPO, 2007)

2.4 FATORES HUMANOS NO TRABALHO

2.4.1 Fadiga

Segundo Couto (1996) a fadiga é classificada em três categorias básicas: fadiga

física, fadiga mental e fadiga psíquica. Na fadiga física, pode-se identificar uma ou mais

Page 25: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 25/80

  24 estruturas orgânicas sobrecarregadas durante o trabalho; na fadiga mental, ocorre à

sobrecarga dos mecanismos mentais relacionados ao trabalho; e na fadiga psíquica

ocorre uma inadaptação psíquica do indivíduo do seu comportamento afetivo em

relação a um ou alguns aspectos de sua realidade de vida. 

Iida (1993) afirma que a fadiga “é o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma redução reversível da capacidade do organismo e uma degradação

qualitativa desse trabalho”.

 Ainda para Iida (1993):

os sintomas de fadiga psicológica (psíquica) são mais dispersos e não semanifestam de forma localizada, mas de forma mais ampla, como sentimentode cansaço geral, aumento da irritabilidade, desinteresse e maior sensibilidade

a certos estímulos como fome, calor, frio ou má postura.

Ribeiro (apud BARBOSA, 2000) lista como sintomatologia da fadiga psíquica as

cefaléias, tonturas, anorexia, tremores das extremidades, dificuldades em concentrar-

se, crises de choro, alterações do sono, diminuição da libido e diminuição da eficiência

para o trabalho, seja físico ou mental.

Para efeito esclarecedor cumpre diferenciar entre fadiga e estresse profissional.

 A fadiga é um sinal, ou seja, um grande alerta do organismo psicofísico para avisar das

situações que encaminham o indivíduo à exaustão. Já, o estresse profissional é a

própria exaustão, é o sintoma incorporado, psicosomatizado. (SOUZA, 2005)

Enquanto a fadiga é, facilmente recuperada sob o aspecto fisiológico e mental,

através do descanso, o estresse profissional traz as conseqüências de uma exaustão

negativa, com a apresentação de sintomas depressivos, ansiosos e agressivos. Estes

últimos quando instalados como patologia, são de difícil tratamento, gerando

afastamentos prolongados dos trabalhadores e, conseqüentemente a necessidade de

readaptação ao retornarem ao trabalho. (SOUZA, 2005) 

Page 26: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 26/80

  25 2.4.2 Estresse

Foram identificadas diferentes origens etimológicas para a palavra stress, comono inglês antigo, stresse (dureza, desconforto); do francês estresse (estreiteza); do latim

strictia e strictus (apertado, estreito). (LIMONGI, 2002)

Para Brunner e Suddarth (1993), o estresse é o estado produzido por uma

alteração no meio ambiente que é percebido como desafiadora, ameaçadora ou lesiva

para o equilíbrio dinâmico da pessoa (...). A mudança ou estímulo que provoca esse

estado é o agressor. O estresse refere-se ao estado psicológico que é gerado pelo

 julgamento de uma pessoa às demandas (exigências) que lhe são impostas.Estresse é o conjunto de reações físicas, químicas e mentais do organismo

humano às circunstâncias que excitam, amedrontam, confundem, põem em perigo ou

irritam o indivíduo. Para Bauk (1985), estresse ocupacional é definido como um

conjunto de perturbações psicológicas ou sofrimentos associados às experiências de

trabalho e incluem:

• distúrbios emocionais – ansiedade, depressão, angústia,

hipersensibilidade e/ou irritabilidade aumentadas;

• sintomas psicopatológicos – sem qualquer doença mental,

desencadeados por um excesso de exigências mentais (cognitivas,

psíquicas) provenientes do trabalho e, especificamente, da organização

do trabalho.

Causa do estresse no trabalho:

• conteúdo do trabalho - sentimento de incapacidade;

• condições de trabalho inadequadas;

• fatores organizacionais;

• pressões econômico-sociais.

Dificuldades percebidas no trabalho:

a) dificuldades relacionadas com a tomada de decisões como:

• as informações disponíveis são insuficientes;

• as informações disponíveis não são confiáveis;

Page 27: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 27/80

  26 • as informações disponíveis são complicadas;

• minha ação pode prejudicar outras pessoas;

• minha ação pode prejudicar a empresa;

• as possíveis conseqüências da ação são desconhecidas.

b) dificuldades relativas ao relacionamento pessoal como:

• preciso convencer as pessoas para que não tenham opiniões diferentes

as pessoas não realizam aquilo que foi combinado;

• algumas pessoas não transmitem opiniões.

c) dificuldades relacionadas com o gasto de tempo e de energia, como:

• tempo disponível é muito curto.

• a tarefa é desgastante;• trabalho é muito interrompido por telefonemas.

De acordo com Limongi (apud BARBOSA, 2000) os principais fatores que

provocam o estresse são os seguintes: cadeiras desconfortáveis, iluminação

inadequada, ar condicionado, trabalhar sem interrupção, falta de confiança entre as

pessoas, rejeição, falta de capacitação, desqualificação do trabalho, guardar mágoas e

competição exagerada.

2.4.3 Satisfação no Trabalho

O termo satisfação no trabalho refere-se a atitude geral do empregado com seu

cargo/trabalho, ou seja, uma pessoa que está plenamente satisfeita com suas

atividades mantém atitudes positivas, em caso contrário pode se manifestar 

insatisfação.

Grabarschi (2001) afirma:

Uma definição funcional de envolvimento com o trabalho pode ser a afirmaçãode que o termo mede o grau em que uma pessoa se identificapsicologicamente com seu trabalho, e considera seu nível de desempenhocomo importante na valorização de si mesma. Os funcionários com alto nívelde envolvimento com o trabalho identificam-se muito com o tipo de atividadesque realizam e se preocupam realmente com elas.

Page 28: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 28/80

  27 

Segundo Iida (1993) os fatores que atuam na satisfação do ser humano no

trabalho, podem ser agrupados da seguinte forma:

a) ambiente físico: podem ser destacados a localização geográfica, o maquinário,as condições de higiene e saneamento básico;

b) ambiente psicossocial: diz respeito à percepção de segurança e estima,

oportunidade de crescimento profissional, relações interpessoais e benefícios;

c) remuneração: a questão salarial interfere em fatores do ambiente psicossocial

e físico;

d) jornada de trabalho: jornada de trabalho longa pode provocar insatisfação e

doenças;e) organização: a organização do trabalho gera satisfação ao funcionário a partir 

de sua participação nas decisões.

Lynk e Verdin (apud NAKAMURA, 1994) observam a relação entre a satisfação

no trabalho e a qualidade dos serviços desenvolvidos por bibliotecários. Wahba (apud

NAKAMURA, 1994) afirma que "a insatisfação conduz à disfunção do comportamento

organizacional causando, entre outros, baixa qualidade de vida e, principalmente,

conflitos entre patrões e empregados". 

Parmer e East (apud NAKAMURA, 1994), num estudo comparado, concluíram

que "as pessoas que lidam com o público desenvolvem suas atividades mais satisfeitas

que o pessoal do serviço técnico". Esta satisfação decorre da interação entre essas

pessoas e os usuários, ocasião em que se processa o feedback , resultando na

importância do trabalho realizado.

Page 29: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 29/80

  28 2.5 CONDIÇÕES DE TEMPO DE TRABALHO

2.5.1 Jornada de trabalho

No início da revolução industrial a jornada de trabalho (duração do trabalho

diário) chegou a ser 16 horas diárias, sem descanso semanal e sem férias. Atualmente,

com o progresso tecnológico e o aumento da produtividade reduziu-se a jornada de

trabalho. As indústrias adotaram o sistema de 5 dias semanais de trabalho, com

 jornadas diárias de 8 a 9 horas, totalizando 40 a 45 horas semanais. (BARBOSA, 2000) Tittoni e Iida (apud SANTANA, 1996) relatam que as jornadas de trabalho com

longas durações, ou seja, superior a 8 ou 9 horas são improdutivas. As pessoas que

são submetidas a longas jornadas reduzem seus ritmos de trabalho durante a jornada

normal, a fim de acumular reservas de energia para suportar as horas-extras. Assim, a

quantidade total de trabalho, incluindo as horas-extras, não será muito maior daquela

produzida no regime normal.

Iida (1993), afirma que na visão da ergonomia, as jornadas de trabalho

superiores a 8 a 9 horas diárias de trabalho não são produtivas. De acordo com

Grandjean (1998), estudos durante e após a Segunda Guerra Mundial mostraram que a

diminuição de 10 a 12 horas por dia para 8 horas diárias aumentava consideravelmente

a produtividade. 

2.5.2 Pausa do trabalho

 A pausa do trabalho é uma indispensável condição fisiológica no interesse de

manutenção da capacidade produtiva. A introdução das pausas de descanso não é só

uma necessidade vital do corpo, mas também, principalmente em trabalhos mentais,

Page 30: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 30/80

  29 onde a destreza dos dedos e a exigência dos órgãos dos sentidos é importante.

(BARBOSA, 2000)

Segundo Grandjean (1998), “a introdução de pausas adia o surgimento das

manifestações de fadiga e a queda da produção como conseqüência da fadiga, éreduzida”. O autor destaca ainda afirmando que “mesmo que nem todas as pesquisas

tenham sido feitas segundo o rigor científico, foi mostrada uma tendência a que as

pausas no trabalho aumentam o rendimento”. 

2.6 CONDIÇÕES AMBIENTAIS DA BIBLIOTECA

O ambiente da biblioteca necessita de boas condições para que o trabalhador e

conseqüentemente o usuário possam sentir-se dispostos a desenvolver suas

atividades.

É necessário que a biblioteca esteja estruturada de modo a permitir que sua

função seja exercida em plenitude. Assim, é preciso que ela esteja situada em local de

fácil acesso, tenha condições ambientais adequadas, estacionamentos amplos, acervo

diversificado e atualizado, e, principalmente, que seu edifício permita ampliações

futuras, garantindo a prestação dos serviços informacionais no seu ambiente físico de

maneira satisfatória para os usuários. (FORTES; SILVA; BEZERRA, 2002)

Para Mazzoni, Torres e Oliveira (2001):

Dentro da estrutura de uma biblioteca universitária, a acessibilidade envolvetantos aspectos urbanísticos (estacionamento, caminhos de acesso etc.), comoaspectos arquitetônicos (iluminação, ventilação, espaço para circulação entreambientes, banheiros, rampas adequadas etc.) e aspectos de informação e

comunicação (sinalização, sistemas de consulta e empréstimos, tecnologia deapoio para usuários portadores de deficiências, sistemas para acesso remotoetc.).

De acordo com Almeida (2000), a complexidade do planejamento do espaço

físico está relacionada às funções da unidade de informação, à existência ou não de

acervo e, em caso positivo, à sua diversidade; à natureza e à quantidade de serviços

Page 31: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 31/80

  30 prestados; ao tipo e à quantidade de usuários e funcionários, bem como às

perspectivas futuras, ou seja, às atividades e serviços previstos.

Trinkley (2001) assegura que o prédio “deve servir como um ‘envelope’ barreira

entre um ambiente interno controlado e um ambiente externo estável e como um ‘filtro’permitindo a entrada controlada de luz, calor, umidade e outros elementos do meio

ambiente”.

Já Amaral e Fortes (2002) dizem que: “os edifícios inteligentes usam a natureza

como meio de descanso para os usuários e se preocupam com a ergonomia do prédio

como um todo, dos móveis, a combinação das cores, dos hábitos dos usuários, entre

outros fatores”.

2.6.1 Acústica

 A acústica ocupa lugar de destaque nas bibliotecas, pois a maioria destas não

são planejadas de acordo com os padrões.

Dentro de uma biblioteca o nível de ruído, segundo a Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT, 1999) é de 35-45 decibels. Esta norma tem por objetivo

estabelecer os níveis de ruídos aceitáveis em ambientes internos onde se realizem

atividades de comércio, indústria, arte, ensino, esporte e outros. Para os efeitos desta

norma, o nível de ruído aceitável é o valor máximo do nível de som, sendo este medido

em decibels, que permite o mínimo de conforto à maioria dos ocupantes de um

determinado ambiente.

Mediante estas informações, o bibliotecário deve tomar medidas práticas para

corrigir as falhas existentes, tais como:• adaptar cabines de estudo individual;

• criar áreas de silêncio com devido isolamento acústico;

• uso de carpete e/ou pisos sintéticos para abafar o barulho dos passos;

• colocação de telefones e máquinas de escrever em cabines;

• posicionamento das mesas/balcões de trabalho distantes das áreas de silêncio;

Page 32: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 32/80

  31 • evitar a interferência de barulhos, como casas de máquinas, subestações

elétricas, elevadores, ar condicionado, etc;

• colocar cartazes convidando ao silêncio. (COSTA; ZIEGLER, ROLLO, 1999)

Figueiredo (1983), afirma que “deveria ser incluído na prática bibliotecária um

programa no sistema de ventilação com um fundo ambiental de sons suaves para

disfarçar ruídos de movimento, zumbidos provenientes das instalações e das

conversões baixas”.

2.6.2 Temperatura

Para que o funcionário e o usuário estejam dispostos e satisfeitos é necessário

de boas condições térmicas.

O ambiente da biblioteca, segundo Pereira, Berto e Barros (2001) “deve ser um

local quente no inverno e fresco no verão, a temperatura e a umidade do ar precisam

ser controladas, já que o ambiente da biblioteca está ligado à preservação do acervo.”

De acordo com a divisão de Arquitetura de Caracas, Venezuela (1998): 

Las aberturas o ventanas deben ubicarse de tal forma que se establezca laventilación cruzada en cada uno de los ambientes. Las ventanas y otroselementos de ventilación natural deben ser estudiados de manera de poder controlar la circulación del aire. Además de evitar la posible entrada de agua,sol, polvo u otros contaminantes atmosféricos, además de insectos y alimañas, por el deterioro que ocasionan a las colecciones.

Segundo Covacevice et al. (2007) “a temperatura da biblioteca deve estar entre

20ºC e 25ºC.” Já para Brown (1997) “os padrões europeus da temperatura e da

Umidade Relativa - RH, geralmente aceitáveis em uma biblioteca, são: 18.5° C a 21° C;

RH de 50% - de 60% (nunca para exceder o RH de 65%)”. 

Page 33: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 33/80

  32 2.6.3 Umidade

Um dos fatores que colocam em risco a grande maioria dos acervos é aumidade. É o que afirma Sauthier, Carvalho e Santos (2000) “a temperatura deve ser 

mantida em torno de 19º a 23º centígrados e a umidade relativa do ar entre 50% a 60%,

através de aparelhos específicos, como, ar condicionado, ventiladores, higrômetros e

desumidificadores”.

Estações ou climas muito úmidos provocam o surgimento de mofo e o ataque de

insetos enquanto as condições de regiões áridas e de prédios super aquecidos, sem

controle de umidade, produzem desidratação e tornam quebradiços os materiais.(OLDHAM; SCOTT, 2001)

É o que afirma Mello e Santos (2004): “o calor danifica os materiais, a umidade

facilita a proliferação de fungos e de insetos e a poeira suja e favorece o aparecimento

de fungos”.

 A higienização periódica do acervo é um ponto fundamental para a sua

preservação e para a segurança do usuário. De acordo com Beck (1985): “a

higienização dos documentos devem ser realizadas com um aspirador de pó ou trincha

de cerdas macias, uma vez ao ano. A limpeza sistemática do ambiente, com pano

úmido e aspirador, deve ser diária”.

Os meios de comunicação diariamente denunciam que agentes

biodeterioradores têm dizimado importantes acervos públicos ou privados. O

diagnóstico das condições do acervo e a adoção de medidas preventivas de dano

desses agentes são essenciais para a sua preservação. Além dos métodos de controle,

utilizados por empresas especializadas no extermínio de baratas, traça de livro, piolho

de livro, brocas e cupins, recomenda-se a utilização de estantes de metal. A estante demadeira tratada deverá ser usada para a parte do acervo que reúne filmes e fitas

magnéticas. (SAUTHIER; CARVALHO; SANTOS, 2000)

Page 34: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 34/80

  33 2.6.4 Ventilação

Uma boa ventilação é fundamental em uma U.I., pois geram bem-estar aosusuários, funcionários e a conservação do acervo.

De acordo com Oldham e Scott (2001):

O local da Biblioteca deve ser projetado para ter iluminação natural, sem quehaja uma incidência direta da luz solar no acervo, e ventilação adequada, quereduzirá bastante o aparecimento de pragas. É importante verificar que, apreservação do material bibliográfico e dos equipamentos existentes estãodiretamente relacionados com a escolha do local da Biblioteca. Portanto, deve-se verificar se o local não está sujeito a variações bruscas de temperatura,

umidade, inundações, incêndios, pragas, etc.

 A ventilação deve ser garantida, assim como a circulação do ar, por sistemas de

ventilação e através de filtros de alta qualidade. O ar deve ser constantemente

renovado, com janelas dimensionadas e posicionadas adequadamente, sem corrente

direta, mas proporcionando a devida movimentação do ar. Deve ser evitada a

conjunção temperatura elevada/umidade. (MELLO; SANTOS, 2004)

De acordo com Pereira, Berto e Santos (2000): “para haver ventilação suficiente,

por exemplo, numa sala para 30 leitores é preciso que o espaço tenha 10 metros deextensão, 5 metros de largura e 3 de altura”.

2.6.5 Iluminação

 A luz é utilizada em bibliotecas de duas maneiras, como iluminação ambiental e

como iluminação de serviço. A iluminação ambiental define a expectativa geral do

visitante, transmitindo uma atmosfera psicológica no espaço interno. A iluminação de

serviço é aquela utilizada por funcionários e usuários da biblioteca nos espaços de

estudo e serviço fixo, por isso deve ser melhor avaliado seu processo de escolha para

não prejudicar essas pessoas. (ANSELMO; CHIARELLO, 1999)

Page 35: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 35/80

  34 Rutherfor (1990) recomenda que o limite de radiação ultravioleta tanto para

acervos quanto para leitura seja de 75 Ultra Violeta - UV (mw/lumen).

Sarmento (2003) diz que: “a radiação ultravioleta (luz solar e lâmpadas

fluorescentes) são prejudiciais ao papel, a celulose oxida. E as reações de mudançasna cor e composição dos materiais continuam mesmo após removida a causa, os danos

são cumulativos”. 

 A luz solar (UV), não deve incidir diretamente sobre o acervo, bem como a luz

branca (lâmpadas fluorescentes), que devem ser mantidas numa boa distância da

coleção, pois são altamente prejudiciais ao papel, tornando-os escuros (amarelados),

devido a degradação da lignina presente na sua composição. Recomenda-se o uso de

filtros protetores nas janelas e nas lâmpadas. Persianas nas janelas amenizam a açãoda luz solar. (SILVA FILHO, 1994)

 A norma NBR 5413 estabelece uma iluminância média de 500 lux para sala de

leitura; para o recinto das estantes e fichários são 300 lux. Os locais para leitura podem

ficar próximos das janelas, mas as estantes contendo o acervo jamais deverão ficar em

local onde há incidência da luz natural. (ABNT,1992)

2.6.6 Pisos e revestimentos

 Ao escolher um piso ou revestimento deve se levar em conta à sobrecarga, pois

estantes e livros tem um peso superior a uma pessoa e permanece constante.

 A Divisão de Arquitetura (1998) afirma que: “um ambiente sem estantes a

sobrecarga estimada é de 500 Kg/m² enquanto com estantes é de 2.000 Kg/m²”.

Para Trinkley (2001): “o piso ideal deve ser silencioso, impermeável, resistente à

água, à prova de fogo, que não seja favorável à infestação de insetos, que não exale

nenhum poluente nocivo e que seja de fácil manutenção”.

O carpete é, por vários motivos, uma escolha a ser considerada. É um dos mais

usados pelo conforto e custo. Sob alguns aspectos, é inadequado (em termos de

preservação). A durabilidade varia de acordo com o material de que é feito, caso ele

deva ser colocado, um produto sintético é preferível a um produto de lã e servirá melhor 

Page 36: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 36/80

  35 ao controle de pragas. O carpete é oferecido no mercado em rolos ou em placas (o que

facilita sua colocação e substituição). Devido a sua natureza, não é possível lavá-lo

freqüentemente, porém deve-se aspirá-lo seguidamente. Uma de suas vantagens é a

ótima absorção de som, luz e ruídos. Hoje se encontram carpetes anti-alérgicos, anti-micróbios, anti-estáticos, auto-extinguíveis, e apresentam tipos diferentes para serem

aplicados em áreas de alto e médio tráfego. (TRINDADE; COMNADULLI; ZOTTIS,

2000)

Os pisos vinílicos tem a seu favor a maleabilidade, durabilidade, custo, colorido

resistente e a facilidade de manutenção. Sua limpeza é fácil. E ao considerarmos que

uma biblioteca é um local que necessita de o mínimo ruído possível, mas com intensa

atividade (pessoas caminhando de um lado para outro, carrinhos de livros, etc...),percebe-se a necessidade de um material resistente. Existem vários tipos destacando-

se: piso Paviflex: o mais conhecido e utilizado, com muitas cores, duradouro e

resistente ao fogo. Porém, mancha com facilidade e tem média absorção acústica; piso

Decorflex: mais macio que o Paviflex e com conforto térmico, porém mais caro e não

resistente ao fogo; piso Vulcapiso: semelhante ao Paviflex, mas resiste menos ao

cigarro (no entanto, em bibliotecas é proibido fumar). (TRINDADE; COMNADULLI;

ZOTTIS, 2000)

Os pisos de madeira (parquet, taboão, laminado de madeira ou fórmica), tem a

inconveniência de necessitarem um constante tratamento (cera, aspirador, vassoura),

além de não absorverem bem os ruídos e serem, algumas vezes, os próprios

produtores destes ruídos. Outro grande problema dos pisos de madeira é a sua

sensibilidade à umidade e a deterioração fácil, por fungos, bactérias ou insetos (cupins,

formigas e carunchos). É necessário que o local tenha boa ventilação, pouca umidade e

o piso deve ficar longe do contato com o solo. A água deve ser evitada na limpeza,

sendo necessário o uso de um impermeabilizante. O parquet, quando utilizadoconstantemente, tende a soltar-se, exigindo gastos e tempo com a manutenção. Tem

como vantagens à permanência de suas qualidades (não deforma), facilitando quando

necessária uma reorganização na biblioteca, além de bom isolamento térmico e baixa

sensibilidade às variações de temperatura. (TRINDADE; COMNADULLI; ZOTTIS, 2000)

Page 37: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 37/80

  36 Os elastômeros mais recomendados para interiores são os de borracha

Plurigoma e Gomaplac. O primeiro apresenta superfície pastilhada, estriada ou lisa e é

indicado para áreas de tráfego intenso. Tem bom custo, boa absorção acústica e fácil

manutenção. É de fácil reposição por vir em placas, mas dificulta a circulação doscarrinhos de livros e deixa o ambiente pouco aconchegante. O piso de borracha

Gomaplac é indicado para áreas com tráfego normal. Quando lavado com água sua

fixação fica comprometida nem pode ser usado em áreas úmidas e em rampas.

(TRINDADE; COMNADULLI; ZOTTIS, 2000)

Por último, os pisos frios (cerâmica, pedra e metal). A pedra e a cerâmica têm

boa resistência e apresentam versões anti-derrapantes e são esteticamente agradáveis.

São, porém de alto custo, baixa absorção acústica e reposição difícil das cerâmicas nãoresistem a grandes variações de temperatura e tendem a rachar. Além disso, tornam o

ambiente frio e úmido, não sendo indicados para locais onde o inverno é rigoroso.

(TRINDADE; COMNADULLI; ZOTTIS, 2000)

Outro ponto a considerar quando se escolhe o tipo de piso são as cores que

serão usadas. É o que afirma Leal (apud SANTORO, 2000) as estantes não precisam

ser necessariamente cinzas (o autor citado se refere ao concreto). Deve-se evitar o

visual pesado da concentração de cores “mortas”, adotando-se o uso de cores quentes

nos mais diferentes pontos em que possam provocar impactos positivos. Por exemplo,

a grande área de armazenagem de coleções merece um colorido no piso para

contrastar com a estanteria, que na maioria das vezes é cinza ou em outro tom neutro

como casca de ovo.

2.6.7 Mobiliário

O mobiliário da biblioteca deve ser simples, resistente e ergonômico, com bom

acabamento, visando o conforto de seu usuário. Não deve apresentar frestas, pois pode

acumular poeira e/ou insetos e as extremidades devem ser arredondadas, quando se

tratar de mesas e cadeiras. Móveis de aço são resistentes, tem maior durabilidade e

Page 38: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 38/80

  37 evitam a umidade e infestação de insetos. É imperativo que se empregue estantes de

metal na armazenagem do acervo. As cadeiras devem apresentar suporte lombar 

móvel, estofados nem duros e nem macios demais (em tecido poliéster), algumas com

braços reguláveis, e altura regulável. Os computadores não podem ser instalados pertode aparelhos de ar condicionado, em áreas que pegam sol o dia inteiro e junto a

 janelas. (MINUZZO, 2004)

 A Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde do Trabalhador – NR

17/Ergonomia (117.000-7) estabelece:

Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas,mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador 

condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aosseguintes requisitos mínimos: a) ter altura e características da superfície detrabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dosolhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b) ter área de trabalhode fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c) ter característicasdimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dossegmentos corporais.

 A ABNT (2004) esclarece de uma forma bastante evidente a altura necessária

para atender bem os portadores de deficiência física, como os cadeirantes. O balcão

deve possuir o mínimo de 0,73 m de altura em relação ao solo e uma profundidade livre

de 0,30 m para acomodação das pernas, por exemplo. 

Para Pozo Milani e Araújo (2000): “o tamanho dos balcões depende do porte da

biblioteca e sua forma pode ser em "L" ou "U", para que se tenha uma melhor visão do

ambiente e dos usuários”.

 Ainda para Pozo, Milani e Araújo (2000): “as mesas circulares (120cm x 73,5cm,

em madeira ou laminado) são usadas, geralmente por grupos de usuários (geralmente

4 pessoas)”.

 A altura das cadeiras devem ser de 42 a 45 cm, do tipo anatômico. (Hernández,2002, tradução nossa)

De acordo com Wehrplotz, Candido e Bono (2000) as estantes para os livros

devem ter as seguintes medidas: altura máxima: 1,80m; largura das secções: 1m;

profundidade: 0,20 a 0,25cm; número de prateleiras: de 5 a 6 (reguláveis e removíveis);

espaço entre uma estante e outra: 0,76 a 1 m para facilitar a circulação dos usuários;

Page 39: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 39/80

  38 quando necessário, os livros são mantidos na vertical, por meio de suportes de aço:

bibliocantos de aço em forma de "L" com 0,8 cm de altura e 0,10 cm de largura por 0,14

cm de comprimento.

Page 40: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 40/80

  39 3 METODOLOGIA

3.1 NATUREZA DO ESTUDO

Esta pesquisa se caracteriza como um estudo de caso de abordagem quali-

quantitativa.

 A pesquisa utiliza-se de procedimento qualitativo, para obtenção e análise de

dados, caracterizando-a como estudo de caso.

De acordo com Gil (1994), “a análise de uma unidade de determinado universo,viabiliza a compreensão da sua generalidade”.

Godoy (1995) afirma que “com a abordagem qualitativa é possível obter dados

predominantemente descritivos sobre pessoas, processos interativos, através do

contato direto do pesquisador com a situação a ser estudada”.

 Além da pesquisa qualitativa, será abordada a pesquisa quantitativa. Para

Greenhalgh e Taylor (apud PEREIRA, 2001) a pesquisa quantitativa, deve ser utilizada

como uma idéia (freqüentemente utilizada como uma hipótese) com a qual, através demedidas de dados e por dedução, chega-se a uma conclusão. Este tipo de abordagem

é utilizado para responder perguntas de pesquisa simples, precisas e confiáveis que

permitem uma análise estatística.

Thomas e Nelson (2002) esclarecem que a pesquisa quantitativa tende a

centralizar-se na análise (por exemplo, separa e examina os elementos de um

fenômeno), enfatizando a dedução, enquanto a pesquisa qualitativa almeja entender o

significado para os indivíduos de uma experiência em determinado ambiente, além de

quais maneiras os elementos se combinam a fim de compor o todo, enfatizando a

indução.

Page 41: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 41/80

  40 3.2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

 A pesquisa se caracteriza como exploratória, que utiliza o método descritivo comaplicação de estudo de caso.

Foi escolhido o estudo de caso para compreender a relação do homem com o

trabalho, a fim de confrontar uma ação sobre a realidade.

O estudo de caso permite o conhecimento amplo e detalhado de um ou de

poucos objetos, retratando a realidade e as complexas condições sócio-culturais da

situação estudada. (YIN, 1989)

3.3 POPULAÇÃO

 A população da pesquisa foi composta pelos 9 trabalhadores da Biblioteca da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Campus Biguaçu.

3.4 TÉCNICA DE COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

3.4.1 Questionário estruturado

Os dados primários foram coletados por meio de um questionário estruturado(apêndice A), com perguntas abertas e fechadas respondidas pelos trabalhadores da

Unidade de Informação.

O questionário foi aplicado nos dias 29 e 30 de agosto de 2007, nos períodos

matutino e vespertino. Em seguida foi explicado a relevância e os objetivos da

pesquisa, assim como solicitado o consentimento por escrito, conforme o Comitê de

Page 42: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 42/80

  41 Ética da UDESC (anexo A). A pesquisadora permaneceu na sala durante a aplicação

do questionário a fim de prestar esclarecimentos com respeito às questões, caso fosse

necessário.

Os dados foram analisados através de uma análise estatística simples levandoem consideração os percentuais das respostas, a entrevista semi-estruturada e o uso

da revisão de literatura.

3.4.2 Categoria de análise

Definiu-se como categoria para a análise dos dados os seguintes itens:

• Dados profissionais (Perfil do Trabalhador);

• Dados profissionais e características do trabalho;

• Condições físicas de trabalho;

• Condições de trabalho (saúde).

3.4.3 Entrevista semi-estruturada

 A análise da percepção dos diferentes funcionários sobre as condições do

ambiente de trabalho foi retirada das entrevistas baseadas nas respostas dos mesmos.

 A entrevista semi-estruturada baseia-se apenas em uma ou poucas questões

guia, quase sempre abertas, onde nem todas as questões elaboradas são utilizadas

durante a realização da entrevista, e onde podem ser introduzidas outras questões que

venham a surgir no processo. (TAKANA; MELO, 2001)

Segundo Kahn e Cannel (apud MINAYO, 1992) a entrevista é definida como

“uma conversa a dois, feita por iniciativa do entrevistador, destinada a fornecer 

informações pertinentes para um objeto de pesquisa, e entrada pelo entrevistador em

temas igualmente pertinentes com vistas a este objetivo”.

Page 43: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 43/80

  42  Ao concluir a aplicação do questionário, agradecia-se a participação e deixava-

se a pergunta em aberto para a entrevista: você tem alguma consideração a fazer 

relacionado ao seu ambiente de trabalho?

Foram realizadas em sala reservada, fora da área de trabalho do empregado. Osmesmos foram novamente orientados quanto aos objetivos e confiabilidade da

pesquisa. Foi solicitada e obtida a autorização para gravação das entrevistas.

Os trabalhadores demonstraram interesse em responder as perguntas, no

entanto, dois apresentaram inibição em responder algumas questões.

Page 44: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 44/80

  43 4 ESTUDO DE CASO

Este capítulo compreende a descrição, análise e interpretação dos resultados do

estudo realizado na Biblioteca da UNIVALI. Inicialmente, apresenta-se o histórico da

Unidade de Informação e suas características, focando o Campus Biguaçu.

 A seguir, apresenta-se a pesquisa junto aos trabalhadores sobre a abordagem

ergonômica no ambiente de trabalho e suas percepções. 

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE INFORMAÇÃO

 A UNIVALI tem como característica, possuir a estrutura do seu campi

descentralizada, tendo vários campus e núcleos de educação, distribuídos na região

litorânea de Santa Catarina. No município de Biguaçu, a Universidade ficou dividida em

dois campus (A e B). Isso aconteceu devido à necessidade de expansão do Centro de

Educação, que foi construído inicialmente num terreno de área limitada. Logo após a

Universidade conseguiu outro terreno de maior área, cuja distância em relação ao

primeiro campus é menor que dois quilômetros. Deu-se início a construção do segundo

campus, denominado “B”, onde está localizada a Biblioteca Setorial, objeto deste

projeto.

 A Biblioteca setorial da UNIVALI é participante do SIBIUN - Sistema Integrado de

Bibliotecas da UNIVALI que padroniza os serviços oferecidos pelas bibliotecas da rede.

Ela presta serviços diretos aos cursos de: Administração, Ciências Contábeis,

Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia, Psicologia, Segurança Pública, Tecnologia em

Gestão de Empreendimentos Rurais e Tecnologia em Gestão de Segurança Privada,

além de atender a rede SIBIUN. No ano de 2007, o curso de Direito foi transferido do

Campus A para o B, tornando seus acadêmicos, novos clientes desta Unidade de

Informação.

Page 45: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 45/80

  44 Seu acervo geral, disponibiliza mais de 8.372 títulos de obras, totalizando

aproximadamente 19.281 exemplares. O Setor de Periódicos oferece 263 títulos, dentre

assinaturas, permutas e doações e conta com um acervo crescente de

aproximadamente 6.760 exemplares, além de disponibilizar outros tipos de materiaiscomo CD-ROM, mapas e jornais. Com a chegada do curso de Direito, a biblioteca

dobrou esses números.

 A U.I. possui caráter universitário, porém, esta condição não interfere na

freqüência e utilização de seus recursos por outros usuários, como pessoas da

comunidade, estudantes de outros níveis e pesquisadores. Logicamente, esses

usuários possuem limitações quanto ao uso do material bibliográfico disponível, como

por exemplo, a retirada de material bibliográfico só é feita por funcionários, docentes ediscentes, ou seja, usuários que possuem vinculo direto com a instituição.

O corpo funcional da biblioteca é composto por duas bibliotecárias, quatro

auxiliares administrativos, três auxiliares de biblioteca e dois bolsistas. O horário de

atendimento ao público tem início às 7:30 e término às 22:30, sem intervalo.

 A biblioteca utiliza a Classificação Decimal Universal – CDU e o software 

Pergamum.

Dentre os serviços estão: ação cultural, capacitação de usuários, empréstimo

entre bibliotecas, serviço integrado de devolução, comutação bibliográfica, pesquisa

bibliográfica, sumários eletrônicos, consulta à base de dados, orientação bibliográfica,

visita orientada e serviço de referência.

4.2 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

 Apresenta-se, neste item, a tabulação e análise dos dados resultantes da pesquisa.

Num primeiro momento foram reunidos todos os questionários e as entrevistas, e em

seguida, foi feita a tabulação dos dados. A apresentação é disposta em forma de gráficos

e tabela para uma melhor visualização e facilidade de interpretação.

Page 46: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 46/80

  45 4.2.1 Dados pessoais (Perfil do trabalhador)

Esta seção apresenta informações gerais que revelam o perfil dos pesquisados. 

Como já mencionado anteriormente, a pesquisa é composta por nove

trabalhadores, sendo 7 (78%) do sexo feminino e 2 (22%) do sexo masculino.

 A faixa etária desses trabalhadores é de 25 a 45 anos. Conforme gráfico 1

observa-se que os mesmos encontram-se na faixa etária de 25 a 30 anos

correspondendo a 4 (45%) dos trabalhadores, 2 (22%) na faixa etária de 31 a 35 anos,

1 (11%) entre 36 e 40 anos e 2 (22%) entre 41 e 45 anos.

45%

22%

11%

22%

0%5%

10%15%20%25%30%35%40%45%

De 25 a 30anos

De 31 a 35anos

De 36 a 40anos

De 41 a 45anos

 GRÁFICO 1 - Faixa etáriaFonte: Dados da pesquisa

4.2.2 Dados profissionais e características do trabalho

Observa-se no gráfico 2, que 4 (45%) são auxiliares administrativos, 3 (33%)

auxiliares de biblioteca e 2 (22%) bibliotecárias.

Page 47: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 47/80

  46 

22%

45%

33%

Bibliotecária

Auxiliar administrativo

Auxiliar debiblioteca

 GRÁFICO 2 – Função

Fonte: Dados da pesquisa

Pode-se observar através do gráfico 3 que a maioria da população estudada tem

de 4 a 7 anos de tempo de serviço na Instituição , ou seja, 4 trabalhadores estão dentro

desta faixa (46%), 3 (33%) na faixa de 8 a 11 anos e 2 (22%) na faixa de 12 a 15 anos.

0%

45%

33%

22%

0%

5%10%15%20%25%30%35%40%45%

Menos de 3anos

De 4 a 7anos

De 8 a 11anos

De 12 a 15anos

 GRÁFICO 3 - Tempo de serviço na Instituição Fonte: Dados da pesquisa

Page 48: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 48/80

  47 Conforme o gráfico 4, 5 (56%) dos trabalhadores tem menos de 3 anos de tempo

de serviço na Biblioteca, 2 (22%) de 4 a 7 anos e 2 (22%) de 12 a 15 anos.

56%

22%

0%

22%

0%10%

20%

30%

40%

50%

60%

Menos de 3anos

De 4 a 7anos

De 8 a 11anos

De 12 a 15anos

 GRÁFICO 4 - Tempo de serviço na BibliotecaFonte: Dados da pesquisa

 Ao serem questionados sobre quais atividades exercem na Biblioteca, foram

apresentadas na seguinte ordem:

• atendimento ao usuário (com 7 citações);

• organização do acervo (com 4 citações);

• processamento técnico (com 3 citações);

• empréstimo entre bibliotecas (com 2 citações);

• serviços no setor de periódicos (com 2 citações);

• ação cultural (com 1 citação);

• leitura de estante (com 1 citação);

• busca da recuperação da informação (com 1 citação);

• trocar etiquetas (com 1 citação);

• capacitação de usuário (com 1 citação).

Page 49: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 49/80

  48 Para o item carga horária profissional, todos os participantes disseram exercer 

suas atividades diárias por 8 horas.

 Atendendo ao objetivo de identificar o grau de satisfação dos trabalhadores que

compõem a população de estudo em relação às condições físicas de trabalho,apresenta-se a seguir os resultados relacionados a este aspecto.

4.2.3 Condições físicas de trabalho

Como pode ser observado no gráfico 5, os trabalhadores foram questionadosquanto ao espaço físico. A maioria, 5 (56%) consideram pouco satisfatório, 3 (33%)

satisfatório, 1 (11%) muito insatisfatório.

0%

33%

56%

11%0% Muito satisfatório

Satisfatório

Pouco satisfatório

Insatisfatório

Muito insatisfatório

 

GRÁFICO 5 - Espaço físico de trabalho Fonte: Dados da pesquisa

No decorrer da entrevista, um dos trabalhadores afirmou:

Entrevistado 7: “a localização da biblioteca é o lado mais negativo, pois muitas

pessoas circulam na mesma sem utilizá-la e por educação temos que cumprimentar um

a um. Isso nos desgasta muito. Parece até uma feira”.

Page 50: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 50/80

  49 Entrevistado 2: “nos colocaram em um corredor”.

Entrevistado 8: “tem que mudar a biblioteca desse lugar”.

Faulkner-Brown (1999) recomenda que o prédio de uma biblioteca seja: flexível;

compacto; acessível; susceptível de ampliação; variado; organizado; confortável;dotado de meio ambiente constante; seguro e econômico.

Entrevistado 3: “o que mais está nos prejudicando é esse novo layout  da

biblioteca”.

Entrevistado 5: “olha, as vezes acho que a melhor solução é derrubar isto aqui e

fazer tudo de novo”.

Os edifícios inteligentes têm condições ideais de uso. Usam a natureza como

meio de descanso para os usuários e se preocupam com a ergonomia do prédio comoum todo, dos móveis, a combinação das cores, dos hábitos dos usuários, entre outros

fatores. Esses edifícios dispõem de um espaço mais agradável e descontraído para

seus usuários. (AMARAL; FORTES, 2002)

Em relação à temperatura dentro do setor (gráfico 6), 4 (45%) afirmam como

satisfatória, 3 (33%) pouco satisfatória e 2 (22%) muito satisfatória. Vale ressaltar que a

pesquisa foi feita durante o inverno.

22%

45%

33%

0%0%Satisfatória

Pouco satisfatória

Insatisfatória

Muito insatisfatória

Fatia 5

 GRÁFICO 6 – TemperaturaFonte: Dados da pesquisa

Page 51: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 51/80

  50 Obter um ambiente de trabalho com temperatura adequada é importante para

que se possa alcançar não apenas o melhor desempenho dos trabalhadores em suas

atividades, mas também contribuir para a saúde e bem estar dos mesmos. (SANTANA,

1996)Entrevistado 4: “responderei de acordo com hoje. A temperatura está fria,

portanto a biblioteca está quentinha. No verão o calor aqui é insuportável”.

Entrevistado 2: “o térreo possui climatização, mas o 1º andar que comporta os

periódicos e multimeios não é climatizado”.

Entrevistado 7: “no setor de circulação ficamos sentados. O piso não é ideal, ele

é gelado. Venho sempre com meia de lã e bota no inverno, porque sinto muito frio”.

Foi questionado se existe algum controle de temperatura. O gráfico 7 mostra que6 (67%) dos trabalhadores afirmam que sim e 3 (33%) não.

67%

33%

Sim

Não

 GRÁFICO 7 - Controle de temperatura Fonte: Dados da pesquisa 

Para Soares (2003):

Há provas de que a oscilação regular de temperatura, como por exemplo, ligar o ar condicionado durante o dia e desligá-lo durante a noite pode levar aoenfraquecimento do papel ou acervo, como resultado da contração e dilataçãode suas fibras. Mas já se concluiu que se a oscilação for mantida dentro doslimites de 5ºC os danos sofridos são mínimos.

Page 52: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 52/80

  51 

No que diz respeito aos ruídos, o gráfico 8 evidencia que 5 (56%) dos

trabalhadores afirmam ser bastante prejudiciais na realização das tarefas, 4 (22%)

muito e 4 (22%) muito pouco. 

0%22%

56%

22%Não

Muito pouco

Bastante

Muito

 GRÁFICO 8 – RuídosFonte: Dados da pesquisa

Entrevistado 9: “em função da falta de planejamento do espaço da U.I. existemvários pontos que possuem barulho. Um exemplo é a escada que serve de passagem

de alunos aos demais andares e que liga o piso térreo. Ocorre eco”.

Essa resposta parece indicar um possível problema na Biblioteca. Isso é

corroborado por Iida (1993) presença de ruídos elevados no ambiente de trabalho pode

gerar dificuldades na comunicação verbal, pois as pessoas precisam falar alto e prestar 

mais atenção para serem compreendidas. Isto provoca interferência nas comunicações

reduzindo a concentração e aumentando a tensão psicológica.

Entrevistado 3: “chega uma hora que fica insuportável, pois passa gente

lanchando, conversando alto e os alunos não conseguem estudar e muito menos se

concentrar”.

Santos et al (apud BARBOSA, 2000), afirma que “o ruído pode constituir-se tanto

numa fonte de informação como num incômodo e até num perigo para os

trabalhadores”. Acrescenta ainda o autor que num ambiente barulhento a reflexão é

Page 53: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 53/80

  52 bastante dificultada. A memorização é mais difícil e, às vezes, modificada. Numerosos

erros podem ser cometidos e as comunicações verbais tornam-se extremamente

complicadas, tanto entre duas pessoas como através de rádio. 

 Através do gráfico 9, constata-se que a iluminação no ambiente de trabalho éconsiderada para 7 (78%) satisfatória, enquanto para 2 (22%) é pouco satisfatória.

0%

78%

22% 0%0%Muito satisfatória

Satisfatória

Pouco satisfatória

Insatisfatória

Muito insatisfatória

 GRÁFICO 9 – LuminosidadeFonte: Dados da pesquisa

Iida (1993) afirma:

um bom sistema de iluminação, com o uso adequado de cores e a criação doscontrastes, pode produzir um ambiente de fábrica ou escritório agradável, ondeas pessoas trabalham confortavelmente, com pouca fadiga, monotonia eacidentes, e reproduzem com maior eficiência.

Existe uma série de fatores a serem considerados para que se tenha um local de

trabalho adequadamente iluminado, entre tais fatores destacam-se: tipo de lâmpada e

de luminária, quantidade de luminária, distribuição e localização das luminárias,

manutenção, cores adequadas, variação brusca do nível de iluminamento e idade do

trabalhador. (ASTETE; GIAMPAOLI; ZIDAN, 1993)

Como pode ser observado no gráfico 10, os trabalhadores foram questionados

quanto a ventilação natural no ambiente de trabalho. 6 (67%) afirmam como satisfatória,

2 (22%) pouco satisfatória e 1 (11%) muito insatisfatória.

Page 54: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 54/80

  53 

0%

67%

22%

0%11%

Muito satisfatóriaSatisfatória

Pouco satisfatória

Insatisfatória

Muito insatisfatória

 GRÁFICO 10 - Ventilação natural

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com Soares (2003): “arquivos e bibliotecas mal ventilados favorecem

a presença de bibliófagos e microorganismos (fungos, bactérias, algas). Na ventilação

natural devemos estar atentos às condições climáticas para abrir portas e janelas”.

O gráfico 11 mostra os percentuais quanto à ventilação artificial no ambiente de

trabalho. Verifica-se que 5 (56%) dos trabalhadores consideram como satisfatória, 4

(44%) pouco satisfatória

0%

44%

56%

Muito satisfatória

Satisfatória

Pouco satisfatória

Insatisfatória

Muito insatisfatória

 GRÁFICO 11 - Ventilação artificial Fonte: Dados da pesquisa 

Page 55: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 55/80

  54 É importante ressaltar que somente no térreo a Unidade de Informação possui tal

ventilação, sendo que no 1º andar possui somente ventilação natural.

Um dos entrevistados que exerce suas atividades no 1º andar diz:

Entrevistado 9: “não há controle, as janelas precisam ser mantidas abertas, oque deixa o pó em excesso entrar no ambiente e fixar-se no acervo. Isso pode inclusive

causar danos a saúde”.

O gráfico 12 explicita que 6 (67%) dos trabalhadores consideram a quantidade

de equipamento insuficientes enquanto 3 (33%) suficientes.

33%

67%

Sim

Não

 GRÁFICO 12 - Quantidade de equipamentosFonte: Dados da pesquisa

Os trabalhadores foram questionados sobre a qualidade desses equipamentos.

O gráfico 13 mostra que 5 (56%) consideram como pouco satisfatória, 3 (33%)

insatisfatória e 1 (11%) satisfatória.

Page 56: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 56/80

  55 

11%

56%

0%0%

33% Muito satisfatóriaSatisfatória

Pouco satisfatória

Insatisfatória

Muito insatisfatória

 GRÁFICO 13: Qualidade dos equipamentos 

Fonte: Dados da pesquisa

Entrevistado 9: “apenas 1/3 dos equipamentos estão adequados ao uso da

biblioteca no que tange a parte de informática, o restante, equipamentos como

condicionadores de ar estão danificados e não são ideais”.

 A seguir, apresenta-se a os resultados da percepção dos trabalhadores

relacionados aos aspectos de saúde e sua relação na execução das tarefas.

4.2.4 Condições de trabalho (saúde)

Observa-se no gráfico 14, que 6 (67%) dos trabalhadores se sentem satisfeitos

com as tarefas que desenvolvem, 2 (22%) sobrecarregados e 1 (11%) sob-pressão.

Page 57: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 57/80

  56 

22%

11%0%67%

0%

SobrecarregadoSob-pressão

Relaxado

Satisfeito

Insatisfeito

 

GRÁFICO 14 - O que sentem com as tarefas que desenvolvem  Fonte: Dados da pesquisa

Foi possível observar na grande maioria das falas dos entrevistados que

realizam suas atividades com prazer e satisfação.

Entrevistado 5: “gosto do que faço”.

Entrevistado 6: “jamais saio de casa pensando que meu trabalho é ruim”

Entrevistado 8: “gosto de trabalhar com o serviço de referência e principalmente

com o público”.

Segundo Allan (1992) “é no trabalho que se pode obter as recompensas mais

positivas e efetivas”.

 Apesar de se sentirem satisfeitos, alguns trabalhadores se queixaram a respeito

da sobrecarga de trabalho.

Entrevistado 7: “é difícil ter todos os funcionários em um dia de trabalho, pois

sempre tem um curso, outra pessoa está em outro setor, nos sobrecarregando. Sugiro a

contratação de auxiliares e bolsistas. As vezes me dá um desespero! Tenho tantas

coisas administrativas a fazer e tenho que trabalhar em dobro no balcão de

atendimento pela falta de pessoal”.

O excesso de trabalho quer em termos quantitativos como qualitativos, é uma

fonte freqüente de estresse. Por sobrecarga quantitativa entende-se o excesso de

atividades a realizar, num determinado período de tempo. A sobrecarga qualitativa

Page 58: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 58/80

  57 refere-se a excessivas exigências em relação com as competências, conhecimentos e

habilidades do trabalhador (PEIRÓ,1993, tradução nossa).

Observa-se através do gráfico 15 a distribuição percentual, de como se sentem

fisicamente no final da jornada de trabalho. A grande maioria, 8 (89%), sentem-secansados e 1 (11%) bem.

11%

89%

0%

BemCansado

Muito cansado

 GRÁFICO 15 - No final da jornada de trabalho como se sentem fisicamente  Fonte: Dados da pesquisa

Entrevistado 7: “fico dez horas em função do trabalho. Chego em casa e ainda

realizo as tarefas domésticas. Se tenho que trabalhar três horas em casa, dá a

impressão de ser o dia inteiro”.

Entrevistado 4: “o trabalho diário é prejudicial, pois é uma somatória de todas as

atividades exercidas”.

 As causas da fadiga são de natureza diversas, sendo ela decorrente da soma de

diversos fatores e solicitações. Os fatores ligados à organização do trabalho são:

repetitividade de movimentos, esforço físico, postura inadequada ou incômoda, trabalho

monótono, ausência de pausas, trabalho automatizado, onde o trabalhador não pode

impor o seu ritmo de trabalho, os conflitos com chefias e colegas. (SOUZA, 2005)

Foram questionados a respeito de como se sentem mentalmente no final da

 jornada de trabalho. O gráfico 16 mostra que 7 (78%) sentem-se cansados e 2 (22%)

bem.

Page 59: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 59/80

  58 

22%

78%

0%

Bem

Cansado

Muito cansado

 GRÁFICO 16 - No final da jornada de trabalho como se sentem mentalmenteFonte: Dados da pesquisa

Entrevistado 3: “único e maior problema tanto para os funcionários como para os

alunos é o barulho. Isto está nos acarretando problemas físicos e mentais”.

Os fatores psicológicos das organizações envolvem os aspectos relacionais

entre trabalhador e a organização e trabalhadores entre si, abrangendo a produção e

distribuição de serviços. A satisfação no trabalho depende de fatores, corroborando

com Feres (apud IIDA, 1995):

• Produzir bens e serviços que venham a satisfazer as necessidades das

pessoas e considerar o bem-estar e os valores das mesmas;

• Melhorar a capacidade humana quanto à eficácia na produção e

distribuição desses bens e serviços;

• Manter ou intensificar determinados valores humanos tais como os que se

referem à saúde, segurança, satisfação no trabalho, socialização,

realização;

• Praticar uma comunicação de influências de forma circular, em que as

pessoas participem do processo decisório e as pessoas estejam

comprometidas com o processo;

• Integrar os objetivos da organização com os dos trabalhadores.

Page 60: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 60/80

  59 Os trabalhadores foram questionados se sentem alguma dificuldade ou dor em

algum lugar do corpo decorrente da jornada de trabalho. Todos afirmaram que sim.

Entrevistado 7: “a maioria dos funcionários da biblioteca têm problemas de

saúde. É bem comum escutar reclamação que um tem dor na coluna, outro no braço,dor no pescoço e por aí vai...”

Para Lima (2007) algumas doenças ocupacionais podem atingir os profissionais

que atuam em bibliotecas como: “LER, DORT, doenças por agentes biológicos,

doenças psicológicas e estresse”.

Os trabalhadores foram questionados em quais locais sentem dores tais como:

cabeça, pescoço, coluna, braços, dedos, mãos, pernas, joelhos e pés. Os trabalhadores

conforme tabela 1 são mais incomodados por dor na coluna, braços, cabeça e pernas.

Ent. Cabeça Pescoço Costas(coluna)

Braços Dedos Mãos Pernas Pés Joelhos

1 X X2 X X3 X X X4 X X5 X X X6 X7 X X8 X X X9 X X X

QUADRO1 - Locais de dores Fonte: Dados da pesquisa

Para Browner (apud LIMA, 2007) a LER pode ser definida como doença

músculo-tendinosas dos membros superiores, ombro e pescoço causadas pela

sobrecarga de um grupo muscular particular, devido ao uso repetitivo ou pela

manutenção de posturas contraídas que resultam em dor, fadiga e declínio no

desempenho profissional.

Com o propósito de saber se algum problema citado anteriormente necessitou o

afastamento das atividades dos trabalhadores. O gráfico 17 mostra que 7 (78%) não

precisou e 2 (22%) ficaram afastados por 15 dias. 

Page 61: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 61/80

  60 

78%

0%

22%0%0% Não precisou

Trocou paraatividades mais leves

 Afastado por 15 dias

Licenciado por meses

Licenciado por anos

 GRÁFICO 17 - Afastamento das atividades habituaisFonte: Dados da pesquisa 

Entrevistado 5: “tenho tendinite, porém preferi continuar com o problema para

não me afastar, mas tomei remédio para melhorar”.

Entrevistado 8: “fiz cirurgia na coluna e o médico me deu 90 dias de licença, mas

tenho dedicação exclusiva ao meu trabalho e retornei bem antes”.

Com relação ao questionamento, que procurou saber se os trabalhadores

realizam atividades extra jornada de trabalho, obteve-se as seguintes respostas:

• Trabalho doméstico e vida social;

• Lazer (Internet, dançar, ler, festas, conversar com amigos e passear);

• Descansar;

• Faculdade;

• Atividades físicas;

• Tarefas profissionais na área de vendas e advocacia.

Conforme o gráfico 18, 5 (56%) afirmam sentir algum tipo de incômodo ou que

exerce alguma tarefa que menos gosta, enquanto 4 (44%) negam qualquer incômodo. 

Page 62: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 62/80

  61 

44%

56%

0%0%

Sim

Não

 GRÁFICO 18: Tarefa que causa incômodo ou que menos gosta Fonte: Dados da pesquisa

Na mesma foi questionada qual tarefa causa maior incômodo e os pesquisados

responderam em sua grande maioria carregar e guardar o acervo, principalmente nas

estantes altas, devido ao peso e por ser cansativo, além de restauração de livros pela

falta de material necessário para a realização desse trabalho.

Quando perguntado aos trabalhadores quais sugestões dariam para uma melhor 

qualidade de vida no seu trabalho, eles expressaram diversas recomendações, como

relatado a seguir:Entrevistado 9: “equipamentos adequados (mobiliário e informática), contratação

de pessoal, mudança no layout  ou transferência completa da seção para outras

dependências”.

Entrevistado 5 “no momento a permanência dos funcionários do setor para

melhor distribuição das tarefas”

Entrevistado 6: “trocar o piso”.

Entrevistado 8: “novo espaço físico”.

Entrevistado 1: “mais espaço no balcão de atendimento com condições

ergonômicas”.

Entrevistado 7: “luzes em determinados locais que mesmo acesos ficam escuro”.

Entrevistado 3: “diminuir o fluxo de alunos dentro da biblioteca, pois a mesma

fica na passagem dos alunos para a sala de aula”.

Page 63: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 63/80

  62 De acordo com as justificativas do grupo pesquisado, fica evidente a consciência

que possuem sobre a necessidade de melhorar as condições do ambiente de trabalho.

 A QVT pode produzir um ambiente de trabalho mais humanizado, seu objetivo é

servir tanto às aspirações mais altas dos trabalhadores quanto para suas necessidadesmais básicas. Ela procura aproveitar as habilidades mais refinadas dos trabalhadores e

proporcionar um ambiente que os encorajem a desenvolver suas atividades.

(GRABARSCHI, 2001)

Page 64: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 64/80

  63 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

O objetivo deste trabalho foi analisar a percepção dos trabalhadores a partir de

uma abordagem ergonômica, relacionados a condições físicas de trabalho, aos

aspectos de saúde e sua relação na execução das tarefas na Biblioteca da UNIVALI,

Campus Biguaçu.

 A análise dos resultados revela insatisfação pela maioria dos trabalhadores no

que tange ao espaço físico de trabalho. Isso ocorre pelo fato da biblioteca estar 

localizada em um corredor e o balcão de empréstimo em frente à escada que serve de

passagem dos usuários aos demais andares e que liga o piso térreo ao andar superior.Outro fator preocupante são os ruídos ocasionados devido ao problema citado

anteriormente. A presença de ruídos elevados tem gerado dificuldades por parte dos

trabalhadores assim como para os alunos que estão concentrados na sua leitura.

Em relação à iluminação, temperatura e ventilação natural são consideradas de

uma maneira geral como satisfatória. Talvez isso se deva ao fato da pesquisa ter sido

realizada no mês de agosto, ou seja, durante o inverno.

Verificou-se que mesmo insatisfeitos com o espaço físico, localização e ruídosexistentes, os trabalhadores gostam do trabalho que realizam. Têm respeito e orgulho

pela Instituição. Com tudo isto, conclui-se que mesmo a Biblioteca não atendendo

satisfatoriamente a alguns fatores de infra-estrutura, os mesmos se sentem realizados

no trabalho.

 A análise dos resultados revela ser patente o desgaste físico e mental dos

trabalhadores. A maioria sente-se cansado com suas tarefas, pois além do trabalho na

biblioteca, os mesmos exercem funções domésticas, ocasionando dupla jornada.

Por unanimidade os trabalhadores afirmaram sentir alguma dificuldade ou dor em

algum lugar do corpo. Comprovou-se que a maioria das queixas de saúde

apresentadas está relacionada com a jornada de trabalho, na opinião dos

trabalhadores, e possivelmente com as tarefas que desenvolvem. Assim, as queixas

mais freqüentes são dor na coluna, braços, cabeça e pernas. 

Page 65: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 65/80

  64 Mediante a análise dos resultados deste estudo, recomenda-se melhorar as

condições físicas de trabalho, de tal maneira a humanizar o ambiente, valorizando os

trabalhadores e ao mesmo tempo promovendo a qualidade de vida no trabalho levando-

os a prestar um serviço de qualidade aos usuários.Salienta-se que as recomendações referem-se aos pontos mais importantes

levantados, tendo prioridade para a melhoria desse setor em questão, mas

possivelmente podem servir a outras bibliotecas.

• Sistema de climatização que controle os níveis de temperatura e umidade

para a preservação do acervo e para a melhoria das condições de conforto dos

trabalhadores e usuários, já que no 1º andar inexiste ventilação artificial;

Elaboração de um novo layout  da Biblioteca com uma avaliação maisdetalhada juntamente com arquitetos, engenheiros e bibliotecários para que se

possa traçar melhoria nos fatores ambientais e físicos;

• Fazer um levantamento de todos equipamentos existentes no setor com a

finalidade de verificar a quantidade e qualidade, as condições de funcionamento

e a adequação às necessidades de trabalho;

• Piso ideal para os trabalhadores e para os cadeirantes que são usuários

da biblioteca;

• Planejar ou oferecer um atendimento à saúde do trabalhador que dê maior 

credibilidade as suas queixas;

• Ginástica laboral como ação preventiva no trabalho.

Enfim, os resultados apurados e apresentados permitem considerar que o

enfoque ergonômico trata além dos fatores físicos, os aspectos emocionais e

psicológicos do homem no ambiente de trabalho. Certamente não se pode transformar 

tudo de uma só vez, mas a partir de estudos como este, pode-se levantar possíveis

problemas e melhorar as condições de trabalho.

É oportuno mencionar a importância de iniciativas desta natureza, para

contribuição em níveis práticos e teóricos.

Esta pesquisa sobre abordagem ergonômica no ambiente de trabalho na

percepção dos trabalhadores numa biblioteca permitiu uma série de esclarecimentos

Page 66: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 66/80

  65 sobre os aspectos ergonômicos existentes em bibliotecas, mas não esgotou a

relevância do tema.

Cabe ainda ressaltar que mais estudos devem ser realizados no sentido de

analisar a satisfação do profissional no ambiente de trabalho a partir da ergonomia esua relação na qualidade dos serviços prestados aos usuários em uma Unidade de

Informação. 

Page 67: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 67/80

  66 REFERÊNCIAS

 ALMEIDA, Maria Cristina Barbosa de. Planejamento de bibliotecas e serviços deinformação. Brasília: Briquet de Lemos, 2000.

 AMARAL, Sueli Angélica do; FORTES, Lígia Sardinha. Adequação do espaço físicodas bibliotecas universitárias e uso dos recursos disponíveis: preocupaçãosupérflua ou necessária? : Observações.. In: 8º Congresso de Iniciação Científica daUniversidade de Brasília, 2002, Brasília. Anais do 8º Congresso de Iniciação Científicada Universidade de Brasília, 2002.

 ANSELMO, Marcos Paulo; CHIARELLO Luciano. Segurança de biblioteca. Disponívelem: <http://campus.fortunecity.com/mcat/102/acustica.htm>. Acesso em: 31 mar. 2007.

 ARARIPE, Fátima Maria Alencar. Bibliotecário profissional da informação (re)desenhando perfil a partir da realidade brasileira: proposta para os países doMercosul. Disponível em: <http://www.utem.cl/deptogestinfo/20.doc>. Acesso em: 20maio 2007.

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT (NBR 9050). Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaço,mobiliário e equipamento urbano. Rio de Janeiro, 2004.

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT (NBR 10.152). Acústica: avaliação do ruído ambiente em recintos de edificações visando o confortodos usuários. Rio de Janeiro, 1999.

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT (NBR 5413). Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1992.

 ASTETE, M. W.; GIAMPAOLI, E.; ZIDAN, L. N. Riscos físicos. São Paulo:Fundacentro, 1993. 

BARBOSA, Marcos Antônio Pinheiro. Análise dos serviços de manutenção demáquinas e equipamentos a partir de uma abordagem ergonômica. Florianópolis,

2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.

BAUK, Douglas Alberto. Stress. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. n. 50,v.13, abril -junho, 1985. 

BECK, I. Manual de conservação de documentos. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional,1985.

Page 68: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 68/80

  67 BITENCOURT, Claudia (Org.) Gestão contemporânea de pessoas: novas práticas,conceitos tradicionais. Porto Alegre: Bookman, 2004.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde do

Trabalhador - NR 17/Ergonomia (117.000-7). Portaria n.3751, de 23 de nov. de 1990.Disponível em: <http://www.ergonomia.com.br>. Acesso em: 21 abr. 2007.

BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO – MTE. Disponível em:<http://www.mte.gov.br> Acesso em: 09 maio 2007.

BROWN, Harry Faulkner. Some Thoughts on the design of major library buildings.Disponível em: <http://www.ifla.org/VII/s20/rep/intlib1.pdf> Acesso em: 21 abr 2007.

BRUNNER, Lilian S; SUDDARTH, Doris S. Tratado de enfermagem médicocirúrgica. Rio de Janeiro: Quanabara Koogan, 1993. 

CARVALHO, Wanja Santos Marques de. Reflexões ergonômicas sobre o trabalhodo bibliotecário em Bibliotecas/Unidades de Informação. Rev. ACB:Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 3, n.3, p. 7-21, 1998.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8.ed. São Paulo: Atlas, 2004.

CONTE, Antonio Lázaro. Qualidade de vida no trabalho. Revista Fae Business, SãoPaulo, n. 7, nov. 2003.

COSTA, André; ZIEGLER Andréia; ROLLO, Fernanda. Acústica. Disponível em:<http://campus.fortunecity.com/mcat/102/acustica.htm>. Acesso em: 31 mar. 2007.

COUTO, H. A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: Manual Técnico da MáquinaHumana. Belo Horizonte: Ergo, 1996. 

COVACEVICE, Aleksey Victor Trevelin et al. Estudo do ambiente das bibliotecas daUNICAMP. Disponível em:<http://sistemas.ib.unicamp.br/be310/include/getdoc.php?id=236&article=78&mode=pdf > Acesso em: 15 abr. 2007.

DIVISIÓN DE ARQUITECTURA. Proyectos arquitectonicos de Bibliotecas Publicas. 

Caracas: Biblioteca Nacional, 1998.

FAULKNER-BROWN, Harry. Design de grandes edifícios para bibliotecas. In: Ainformação: tendências para o novo milênio. Brasília: IBICT, 1999. p. 82-93.

FEIGENBAUM, Armand V. Controle de qualidade total. São Paulo: Makron Books,1994.

Page 69: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 69/80

  68 FERNANDES, Eda C. Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar.Salvador: Casa da Qualidade, 1996.

FIALHO, F. A. P.; SANTOS, N. Manual de análise ergonômica do trabalho. Curitiba:

Gênesis, 1995.FIGUEIREDO, Nice Menezes. Edifícios de bibliotecas: diretrizes e planejamento.Recife: Associação Brasileira do Ensino de Biblioteconomia e Documentação, 1983.

FORTES, Lìgia Sardinha Fortes; SILVA, Kelly Lemos da; BEZERRA, Fernanda MariaCosta. Adequação do espaço físico das bibliotecas universitárias e uso dosrecursos disponíveis: preocupação supérflua ou necessária? Brasília: UnB, 2002.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3. ed. São Paulo, Atlas,1994.

GODOY, Arilda Schimidt. Introdução à Pesquisa Qualitativa e suas Possibilidades. In: Revista de administração de empresas, São Paulo, v.35, n. 2, mar./abr. 1995.

GRABARSCHI, Idvani Valéria Sena de Souza. Qualidade de vida no trabalho e suainfluência na percepção da qualidade de serviços: estudo de caso em Instituição denível superior. Florianópolis, 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção)

 – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal deSanta Catarina.

GRANDJEAN, Etiene. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

HERNÁNDEZ, J. A. Gestión de las bibliotecas. Murcia: DM, 2002.

IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção.  São Paulo: Edgar Blucher Ltda, 1993.

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Boletim Estatístico de Acidentes doTrabalho: Brasília: 1997.

INTERNATINAL ERGONOMICS ASSOCIATION. What is ergonomics. Disponível em:<http://www.iea.cc/browse.php?contID=what_is_ergonomics>. Acesso em: 11 maio2007.

LAURELL, A. C. Processo de produção de saúde. São Paulo: Hucitec, 1985.

LAVILLE, A. Ergonomia. São Paulo: EPU, 1977.

LEAL, Juan. Ergonomia francesa ou ergonomia anglo-saxônica. Disponível em:<http://www.seisdeagosto.com/ErgoFranErgoAnglo.php>. Acesso em: 11 maio 2007.

Page 70: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 70/80

  69 LIMA, Nahara Carla Silva. Qualidade de vida no trabalho para profissionais daCiência da Informação. Niterói, 2007. Monografia (especialização) - UniversidadeCândido Mendes.

LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina et al. As pessoas na organização. 4. ed. São Paulo:Gente, 2002.

MARTINS, Caroline de Oliveira. Repercussão de um programa de ginástica laboralna qualidade de vida de trabalhadores de escritório. Florianópolis, 2005.Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação emEngenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.

MAZZONI, Alberto Angel, TORRES, Elisabeth Fátima, OLIVEIRA, Rubia de et al.Aspectos que interferem na construção da acessibilidade em bibliotecasuniversitárias. Ci. Inf., Maio/Ago. 2001, vol.30, no.2, p.29-34.

MELLO, Cotta de; SANTOS, Maria José Veloso da Costa. Manual de Conservação deAcervos Bibliográficos da UFRJ. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio deJaneiro: Sistema de Bibliotecas e Informação, 2004.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. SãoPaulo: Hucitec-Abrasco, 1992.

MINUZZO, Liziane Ungaretti. Programa de Necessidades para a Nova Sede daBiblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul. Em Questão, Porto Alegre, v.10, n. 2, p. 389-403, jul./dez. 2004.

MONTMOLLIN, Maurice de. A ergonomia. Lisboa: Instituto Piaget, 1990.

MORAES, Anamaria, Ergonomia: conceitos e aplicações.  Rio de Janeiro: AB, 2000.

MORIN, E. M. Os Sentidos do Trabalho. Revista de Administração de Empresas. SãoPaulo, v. 41, n.3, p. 8-19. Jul/Set. 2001.

NAKAMURA, Janete. Fatores motivacionais: estudo de casos dos recursos humanosem bibliotecas universitárias federais e em centros de documentação do sistemaSEBRAE. Dissertação (Mestrado em Biblioteconomia e Documentação), Brasília, DF,1994. Brasília, DF: Universidade de Brasília, Faculdade de Estudos Sociais Aplicados,Departamento de Ciência da Informação e Documentação, 1994.

NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR –NR 17. Disponível em:<http://www.mte.gov.br/seg_sau/pub_comissoes_cne_manualdeergonomia.pdf> . Acesso em: 10 maio 2007.

Page 71: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 71/80

  70 OLDHAM, Jan Merril; SCOTT, Jutta, Reed. Programa de Planejamento dePreservação: um manual para auto-instrução de bibliotecas. 2.ed. Rio de Janeiro:Conservação Preventiva de Bibliotecas e Arquivos; arquivo Nacional, 2001.

PEIRÓ, J.M.; SALVADOR, A. Estrés Laboral y su Control. Madrid: Endema, 1993.PEREIRA, Ana Guimarães; BERTO, Luciane; BARROS, Rosinaura. Ventilação,umidade e temperatura. Disponível em:<http://campus.fortunecity.com/mcat/102/acustica.htm>. Acesso em: 31 mar. 2007.

PEREIRA, Julio C R. Análise de dados qualitativos: estratégias metodológicas paraas ciências da saúde, humanas e sociais. 3 ed. São Paulo: Universidade de São Paulo,2001.

POZO, Grazieli; MILANI, Márcia; ARAÚJO, Sabrina. Mobiliário e equipamento de

uma biblioteca. Disponível em: <http://campus.fortunecity.com/mcat/102/mobilia.htm>. Acesso em: 05 maio 2007.

PUPO, Maria Bernadete. Trabalho e emprego: conceitos distintos. Disponível em:<http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=13604>. Acesso em: 10 maio2007.

RODRIGUES, M. V C. Qualidade de vida no trabalho. Petrópolis: Vozes, 2000.

RUTHERFORD, Christine. Disaster: planning, preparation, prevention. In: PublicLibraries, v.29, n.5, 271-276, sept./oct. 1990.

SANTANA, A.M.C. A abordagem ergonômica como proposta para melhoria dotrabalho e produtividade em serviços de alimentação. Florianópolis, 1996.Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação emEngenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.

SANTORO, Maria Isabel. A influência da arquitetura de interiores na organização euso de bibliotecas: o caso da UNICSUL. Disponível em:<http://snbu.bvs.br/snbu2000/docs/pt/doc/t029.doc>. Acesso em: 05 maio 2007.

SAUTHIER, J.; CARVALHO, M.T.C.de; SANTOS, N.M.P. Centro de documentação daEscola de Enfermagem Anna Nery (EEAN): uma contribuição à história daenfermagem. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 5, p. 81-84, out. 2000.

SARMENTO, Adriana Godoy da Silveira. Preservar para não restaurar. Disponívelem:<http://www.ciberetica.org.br/trabalhos/anais/1-20-c1-20.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2007.

SILVA FILHO, José Tavares. Conservação preventiva de acervos bibliográficos.Disponível em: <http://www.forum.ufrj.br/biblioteca/artigo.html>.  Acesso em: 15 abr.2007. 

Page 72: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 72/80

  71 SOARES, Talita de Almeida Telemberg. Manual de conservação de acervosdocumentais e noções de restauração de documentos: suporte papel. 4 ed. rev.ampl. e atual. Florianópolis: Arquivo Público do Estado de Santa Catarina, 2003.

SOUZA, Nádia Isabel de. Organização saudável: pressupostos ergonômicos.Florianópolis, UFSC 2002. Dissertação (Mestrado) em Engenharia de Produção,Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.

STEIN, Suzana Albornoz. O que é trabalho. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

SUAIDEN, Emir José. Novas tecnologias em bibliotecas. Revista de biblioteconomiade Brasília, v. 18, n. 2, p. 115-125, jul./dez. 1990.

TAKANA, O.; MELO, C. Avaliação de programas de saúde do adolescente: ummodo de fazer. São Paulo: EDUSP, 2001.

TAUBE, Oswaldo Luiz Stamato. Análise da incidência de distúrbiosmúsculoesqueléticos no trabalho do bibliotecário: considerações ergonômicas comenfoque preventivo de LER/DORT. Florianópolis, UFSC 2002. Dissertação (Mestrado)em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,2002.

THOMAS J. R.; NELSON, J. K. Métodos de pesquisa em atividade física. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

TRINDADE, Alexandre; COMNADULLI, Cleber; ZOTTIS, Luciana. Pisos e

revestimentos. Disponível em: <http://campus.fortunecity.com/mcat/102/pisos.htm>. Acesso em 05 maio 2007.

TRINKLEY, Michael. Considerações sobre preservação na construção e reforma debibliotecas: planejamento para preservação. 2.ed. Rio de Janeiro: ProjetoConservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos, 2001.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Disponível em:<http://www.bu.ufsc.br>. Acesso em: 10 abr. 2007.

VERDUSSEN, Roberto. Ergonomia: a racionalização humanizada do trabalho.Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978.

WEHRPLOTZ, Elizabeth; CANDIDO, Helena; BONO, Leonardo. Padrões de espaçosem bibliotecas: acervo, usuários, funcionários. Disponívelem:<http://campus.fortunecity.com/mcat/102/espaco.htm>. Acesso em: 05 maio 2007.

YIN, R. K.. Case study research: design and methods. London: Sage publications,1989.

Page 73: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 73/80

  72 

APÊNDICE

Page 74: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 74/80

  73 APÊNDICE A – Questionário

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS DA EDUCAÇÃO – CHE/FAED

DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DA INFORMAÇÃO

PESQUISA SOBRE ABORDAGEM ERGONÔMICA NO AMBIENTE DE TRABALHO

Trabalhadores da Univali - Campus Biguaçu

1 DADOS PESSOAIS (Perfil do Trabalhador)

1.1 Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

1.2 Idade _____ anos

2 DADOS PROFISSIONAIS E CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO

2.1 A sua função é:( ) Bibliotecário(a)( ) Auxiliar administrativo( ) Outro. Qual: ___________________ 

2.2 Tempo de serviço na Instituição: _____  anos e _____ meses 

2.3 Tempo de serviço na Biblioteca: _____ anos e _____ meses

2.4 Que atividades você exerce na Biblioteca? ______________________________________________________________________ 

 ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________ 

2.5 Qual sua carga horária de trabalho profissional?( ) 6 horas/dia( ) 8 horas/dia( ) Outro. Quantas? _____ 

Page 75: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 75/80

  74 3 CONDIÇÕES FÍSICAS DE TRABALHO 

3.1 Como você avalia o espaço físico de trabalho?( ) Muito satisfatório

( ) Satisfatório( ) Pouco satisfatório( ) Insatisfatório( ) Muito insatisfatório

3.2 Com relação à temperatura dentro do setor que você atua, como você avalia?( ) Muito satisfatória( ) Satisfatória( ) Pouco satisfatória( ) Insatisfatória( ) Muito insatisfatória

3.3 Existe algum controle de temperatura?( ) Sim ( ) Não

3.4 No que diz respeito aos ruídos no setor de trabalho, eles têm prejudicado arealização das tarefas?( ) Não( ) Muito pouco( ) Bastante( ) Muito

3.5 A luminosidade do ambiente de trabalho é:( ) Muito satisfatória( ) Satisfatória( ) Pouco satisfatória( ) Insatisfatória( ) Muito insatisfatória

3.6 Em relação à ventilação natural, você considera seu ambiente de trabalho:( ) Muito satisfatória( ) Satisfatória( ) Pouco satisfatória( ) Insatisfatória( ) Muito insatisfatória

3.7 Em relação à ventilação artificial, você considera seu ambiente de trabalho:( ) Muito satisfatória( ) Satisfatória( ) Pouco satisfatória( ) Insatisfatória( ) Muito insatisfatória

Page 76: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 76/80

  75 3.8 Você considera a quantidade de equipamentos (exemplo, computadores)suficientes no setor que atua?( ) Sim ( ) Não

3.9 E a qualidade desses equipamentos?( ) Muito satisfatória( ) Satisfatória( ) Pouco satisfatória( ) Insatisfatória( ) Muito insatisfatória

4 CONDIÇÕES DE TRABALHO (SAÚDE) 

4.1 Como você se sente com as tarefas que desenvolve?

( ) Sobrecarregado( ) Sob-pressão( ) Relaxado( ) Satisfeito( ) Insatisfeito

4.2 No final da jornada de trabalho você se sente fisicamente.( ) Bem( ) Cansado( ) Muito cansado

4.3 No final da jornada de trabalho você se sente mentalmente.( ) Bem( ) Cansado( ) Muito cansado

4.4 Sente alguma dificuldade ou dor em algum lugar do corpo que considera decorrenteda jornada de trabalho?( ) Sim ( ) Não

Em quais locais?( ) Cabeça( ) Pescoço( ) Costas (coluna)( ) Braços( ) Dedos( ) Mãos( ) Pernas( ) Joelhos( ) Pés

Page 77: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 77/80

  76 4.5 Precisou ficar afastado de suas atividades habituais devido algum problema citadoanteriormente?( ) Não precisou( ) Trocou para atividades mais leves

( ) Sim, ficou afastado por _____ dias( ) Sim, ficou licenciado por _____ meses( ) Sim, ficou licenciado por _____ anos

4.6 Que atividades você realiza extra jornada de trabalho (Ex.: hobbie, vida social,trabalho doméstico)? ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________ 

 ______________________________________________________________________ 4.7 Existe alguma tarefa profissional realizada que lhe causa incômodo ou que menosgosta?( ) Sim ( ) NãoQual?_________________________________________________________________ Por quê? ______________________________________________________________ 

4.8 Quais sugestões para uma melhor qualidade de vida no seu trabalho?

 ______________________________________________________________________ 

 ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________ 

Obrigada por sua colaboração!

Page 78: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 78/80

  77 

ANEXO

Page 79: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 79/80

  78 ANEXO A – Termo de Consentimento livre e esclarecido

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINACENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS DA EDUCAÇÃO – CHE/FAED

DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DA INFORMAÇÃOCOMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP 

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Trabalho de Conclusão de Curso: Abordagem ergonômica do ambiente de

trabalho na percepção dos trabalhadores: estudo de caso em Biblioteca

Universitária

Sou acadêmica do curso de Biblioteconomia Habilitação Gestão da Informação daUDESC e estou realizando uma pesquisa sobre a percepção dos trabalhadores noambiente de trabalho a partir de uma abordagem ergonômica na Biblioteca da UNIVALI.Tal pesquisa é parte integrante do meu Trabalho de Conclusão de Curso que estourealizando sobre o tema em questão, ao qual encontro-me matriculada. Assim, para que possa proceder à distribuição dos questionários e em seguida aentrevista, solicitamos a especial atenção de V. Sa., no sentido de nos auxiliar nestatarefa, pois a sua colaboração será extremamente valiosa para que alcance osresultados desejados em relação à pesquisa.

 Antecipando agradecimentos, subscrevo-me.

 Andrea Aparecida Silva

 A sua identidade será preservada, pois cada indivíduo será identificado por umnúmero.

O(a) senhor(a) poderá se retirar do estudo a qualquer momento.

Solicitamos a vossa autorização para o uso de seus dados para a produção de

artigos técnicos e científicos. A sua privacidade será mantida através da não-identificação do seu nome.

 Agradecemos a vossa participação e colaboração.

CONTATO: Andrea Aparecida SilvaFone: (48) 9915-9084

Page 80: Ergonomia bibliotecas universitarias

5/16/2018 Ergonomia bibliotecas universitarias - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/ergonomia-bibliotecas-universitarias 80/80

  79 

TERMO DE CONSENTIMENTO

Declaro que fui informado sobre todos os procedimentos da pesquisa e, que recebi de

forma clara e objetiva todas as explicações pertinentes à pesquisa e, que todos os dadosa meu respeito serão sigilosos. Eu compreendo que neste estudo, as medições dosexperimentos/procedimentos de tratamento serão feitas em mim.

Declaro que fui informado que posso me retirar do estudo a qualquer momento.

Nome por extenso:

 _________________________________________________________.

 Assinatura _____________________________________ Florianópolis, ___/____/____