enfermagem em terapia intensiva

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  • 7/27/2019 Enfermagem Em Terapia Intensiva

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    Parte 1

    Evoluo histrica da enfermagembrasileira no cuidado intensivo

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    As unidades de terapia intensiva (UTIs)surgiram como resposta ao problema dotratamento dos pacientes graves, tornando--se reas hospitalares destinadas quelesem estado crtico, que necessitavam decuidados altamente complexos e controlesestritos (embora haja uma grande varieda-de de doenas, o mecanismo de morte estlimitado, quase sempre, a um nmero rela-tivamente pequeno de fenmenos fisiol-gicos, passveis de serem influenciados se

    mantidas as funes bsicas da vida).As primeiras UTIs comearam a sur-

    gir na metade do sculo XX em hospitaisnorte-americanos as chamadas salas derecuperao, para onde eram encami-nhados os pacientes em ps-operatrio degrandes cirurgias. No Brasil, mais preci-samente na cidade de So Paulo, as UTIscomearam a ser organizadas e implan-tadas no final da dcada de 1960, com

    algumas caractersticas especiais, prin-cipalmente no Hospital das Clnicas daFaculdade de Medicina da Universidadede So Paulo. Em 1968, j existiam ali al-guns locais para o atendimento ao pacien-te grave e instvel. Podem ser lembradasa Enfermaria 4030 do Pronto Socorro,a UTI Cardiolgica da 2 Clnica Mdica(6 andar) e a enfermaria de recuperaops-operatria cardaca, onde os pacien-tes eram acompanhados diuturnamente,

    destacando-se o papel desempenhado pe-

    los residentes de medicina e pelo pessoalde enfermagem dedicado e atento.Em 1971, no Hospital Srio Libans

    (Sociedade Beneficente de Senhoras Hos-pital Srio Libans), em So Paulo, foiimplantada uma UTI com 12 leitos (a pri-meira em hospital particular), em rea f-sica planejada e funcional, caracterizadapredominantemente pela atitude particu-lar da equipe de trabalho: o aproveitamen-to das facilidades tcnicas em um contexto

    em que o relacionamento humano ofereciasegurana e um efetivo apoio emocional.

    J na organizao da referida unida-de, percebia-se que a equipe de trabalhobuscava as melhores condies possveis:centralizao de esforos e coordenaode atividades. Comearam a desaparecer,no trabalho da enfermagem, as operaestarefeiras, rotineiras e no programa-das. Sem dvida, a UTI do Hospital Srio

    Libans foi uma referncia e um marcoconceitual na organizao de outras, queconstituram um expressivo contingentena dcada de 1970. Por essa razo, no sepode escrever sobre a histria das UTIsno Brasil sem que se team consideraessobre ela.

    Essa UTI, adequadamente planeja-da, organizada e operada, gera:

    Seguranademelhorqualidadedecui-

    dado do paciente gravemente enfermo

    1DesenVolVimento Histrico

    DA prticA AssistenciAl em

    cuiDADos intensiVos no BrAsilAli martins Gos

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    Uso eficientedopessoaldeenferma-gem

    Usoeconmicodopessoaledoequipa-mento

    Garantiapara omdicode que seupaciente recebe a observao e o trata-mento requeridos

    Recursospara oensinoeapesquisa,aliados a uma boa qualidade de assis-tncia mdica e de enfermagem

    De modo geral, a UTI atendia aosquesitos bsicos para a estruturao darea de atendimento (foi planejada), ao

    lado de uma infraestrutura auxiliar bsi-ca, composta de banco de sangue, centrocirrgico, laboratrio clnico, servio denutrio e diettica e servio de radiolo-gia (ano base 1971).

    Durante os primeiros anos de fun-cionamento, com uma equipe estvel econtnua (enfermeiros, auxiliares e aten-dentes de enfermagem), foram estabe-lecidos critrios e normas para o serviode enfermagem, filosofia de trabalho, pri-

    meiros manuais e mtodos padronizadosde atendimento aos pacientes. Durantetodo o tempo, havia um enfermeiro coor-denando as atividades da equipe de cadaplanto ou turno de trabalho (prtica ain-da no usual em outras unidades).

    O treinamento do pessoal auxiliarfoi objetivo e sistemtico, visando a exe-cuo de tarefas especficas junto ao pa-ciente, sempre sob a superviso de um

    enfermeiro. Uma seleo cuidadosa depessoal foi necessria para que se obtives-se, na unidade, um grupo de profissionaisque no desse origem a um turnover rpi-do. interessante ressaltar que os critriosutilizados na escolha do pessoal para otrabalho de enfermagem eram variados einespecficos em cada instituio com UTI.Em algumas situaes, o fato de trabalharna unidade tinha um carter punitivo: co-locar o profissional problemtico em rea

    confinada.

    Formulrios e impressos especiaisforam planejados e testados, segundo ca-ractersticas da unidade, a fim de conter,de maneira regular, os registros de um pe-rodo de 24 horas. Em 1973, foi criado umimpresso para receber o planejamento decuidados de enfermagem e sua execuo(individualizado, escrito, passvel de ava-liao e adequado s necessidades da uni-dade). Em sua criao e perodo de teste,foi estabelecido que o plano ali propostofosse fiel aos propsitos do tratamento,razovel e de possvel realizao, objetivoo suficiente para ser avaliado e bastan-

    te flexvel para que se desenvolvesse deacordo com o pessoal disponvel. Foi colo-cado definitivamente em uso aps atenderaos objetivos propostos: planejamento decuidados individualizados, sistematizaoda assistncia de enfermagem e interaoentre os servios da unidade.

    Ainda na dcada de 1970, a UTI doHospital Srio Libans foi pioneira em al-guns eventos:

    Introduodofisioterapeutanaequipe,para prticas centradas na rea respira-tria

    Publicaodo livroTemas de terapiaintensiva, com carter multidisciplinar

    Publicao do livroEnfermagem naunidade de terapia intensiva

    CursosobreUTIparafisioterapeutas

    Ao final dos anos 1970, a referida

    UTI projetava-se nacionalmente, com evi-dente destaque nas aes de enfermageme nos papis assumidos pelos enfermeirosna assistncia aos pacientes crticos (osatendentes de enfermagem j no maisatuavam na UTI).

    Analisando a evoluo das aesdos profissionais na UTI, pode-se admitirque houve uma tendncia ao equilbrio medida que os papis foram definidose delimitados de acordo com as carac-

    tersticas da unidade e com a participa-

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    o harmnica nas prticas teraputicas.Incontestavelmente, a UTI do HospitalSrio Libans exerceu um papel primor-dial na histria das UTIs no Brasil, masestas se multiplicaram rapidamente edeterminaram vrios movimentos para asustentabilidade de novas atitudes no cui-dado intensivo.

    Podem ser mencionadas muitas uni-dades gerais e de especialidades que setornaram relevantes na busca das melho-res condies para o tratamento dos doen-tes considerados graves e de alto risco:

    Cear:HospitaldeMessejana Paran:HospitaldeClnicaseHospital

    Pequeno Prncipe de Curitiba, HospitalEvanglico e Universitrio de Londrina

    RiodeJaneiro:HospitalGeraldeIpa-nema, Hospital da Lagoa, HospitalSilvestre

    RioGrandedoNorte:HospitalUniver-sitrio Onofre Lopes

    Pernambuco:HospitalGetlioVargas,Hospital Baro de Lucena

    RioGrandedoSul:ComplexoHospita-lar Me de Deus, Hospital Moinhos deVento

    SantaCatarina:HospitalGovernadorCelso Ramos

    SoPaulo:Hospital Israelita AlbertEinstein, Hospital Oswaldo Cruz, Hos-pital 9 de Julho, Hospital das Clnicasda Faculdade de Medicina da USP (IN-COR), Hospital Helipolis, Hospital de

    Base de So Jos do Rio Preto, Hospitaldas Clnicas da Unicamp, Hospital Mu-nicipal Arthur Ribeiro de Saboya

    O desenvolvimento da assistncia deenfermagem e a complexidade das aesjunto aos pacientes crticos tornaram--se muito significativos, sendo desenca-deantes de iniciativas que marcaram ocompromisso dos enfermeiros com a ex-celncia da atuao em UTI. Em 1973, no

    XXV Congresso Brasileiro de Enfermagem

    (Joo Pessoa, PB), foi administrado o cur-so Enfermagem em Unidade de TerapiaIntensiva: Assistncia Respiratria, vi-sando o aprimoramento de enfermeiros.Foi uma primeira iniciativa de mobiliza-o dos profissionais para a rea de cui-dados intensivos.

    Em funo do crescimento numricodas UTIs, a Coordenadoria de AssistnciaHospitalar/SP constituiu um grupo detrabalho para estudo de normas, com oobjetivo de determinar as caractersticasmnimas de UTI (Portaria de 02.05.75/proc. n. 1369/75 CAH). Em 1978, foi

    criada a Sociedade Paulista de TerapiaIntensiva (Sopati), tendo mdicos e en-fermeiros de UTI como membros.

    Na primeira metade da dcada de1980, traados os fundamentos para aatuao em UTI, comearam a ser delinea-dos os planos para a criao de entida-des representativas dos profissionais darea. Em 1983, houve a criao do Grupode Interesse em Enfermagem de TerapiaIntensiva (GETI) pela ABEn-SP (precursorda Sociedade Paulista de Enfermeiros deTerapia Intensiva/Sopati, criada em 1995).

    Vrios grupos de profissionais se mo-bilizaram de norte a sul do Pas, buscandomeios para dinamizar o atendimento emUTI. Destacou-se, nesse intento, o eixoRio-So Paulo, tendo sido estabelecidas asbases para a assistncia em UTI, contem-plando as eventuais inovaes de prticamdica e processos operacionais.

    a enfermagem na

    histria das Uti

    O servio de enfermagem nas unidadesde tratamento intensivo foi marcado poresforos iniciais para promover eficincia,por meio de escolhas e seleo de algumasprticas seguras na assistncia ao pacien-te grave. Houve sempre a preocupao

    de expandir os papis da enfermagem, e

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    a busca de um corpo de conhecimentosespecficos tornou-se a meta principal dosenfermeiros de UTI.

    Alguns aspectos devem ser conside-rados quando se analisa e rememora atrajetria da enfermagem nas UTIs:

    1. Dotao de pessoal. Passou de umamera escolha de profissionais interes-sados em cuidar de pacientes gravespara a organizao de equipes queoperassem em funo das necessi-dades destes e inteiramente voltadaspara os objetivos da UTI. Os primeiros

    quesitos estabelecidos para o clculode pessoal foram enumerados: aplanta fsica da unidade, o nmero deleitos, as caractersticas do hospital, ograu de dependncia dos pacientes, acapacidade do pessoal, a quantidade ea qualidade do equipamento. Definiu--se, assim, j na dcada de 1970, quea dotao do pessoal de enfermagemseria uma consequncia do padro daunidade, visando alcanar os seguin-

    tes objetivos: a adequada ateno aopaciente e a harmnica dinmica degrupo.

    2. Treinamento do pessoal de enfermagem. Aliado seleo do pro fissionalque trabalharia junto ao pacientecrtico (capacidade de trabalho, dis-cernimento, responsabilidade e ini-ciativa), tornou-se imprescindvelum treinamento na prpria unidade,

    orientado para as suas caractersticase abrangendo as diversas reas deassistncia. O treinamento tornou-seobjetivo e sistematizado, visando aexecuo de prticas assistenciaisespecficas no rotineiras.

    3. Capacitao dos enfermeiros. Nodesenvolvimento das prticas assis-tenciais, os enfermeiros passarama ter um preparo especial: foramexigidos conhecimentos especficos,

    aprendizados constantes e atuali-zaes peridicas. Eles passaram a

    trabalhar com base em uma firmeestrutura terica no desempenho desuas atividades, bem como na capa-cidade de liderana, discernimento,iniciativa e responsabilidade. Houveuma progressiva capacitao dosenfermeiros de UTI para o exercciode atividades de maior envergadura.Com o passar do tempo, o resultadodesse processo foi o estabelecimentode funes, normas, tipos de condu-tas, padres de avaliao e execuodas diferentes atividades, com baseem uma filosofia delineada com o

    esprito de terapia intensiva. muito importante ressaltar que,em todo tempo da histria das UTIsno Brasil, a enfermagem foi direcio-nada para uma busca harmnica dasprticas assistenciais, que resultassemna recuperao dos pacientes crticose na preveno de danos. Para aten-der aos propsitos das assistnciasgerados nos campos de trabalho, fo-ram criados cursos de especializaoacadmicos, os quais contribuem hojepara a capacitao dos profissionais.A fora de trabalho nascida nos cam-pos assistenciais gerou a necessidadede preparar os enfermeiros paramudanas e inovaes em padrese processos operacionais, cercandoo paciente crtico de segurana e demelhor atendimento. O papel dasescolas nessa tendncia foi com-

    provadamente dinmico e eficaz,facilitando a assistncia a grupos depacientes segundo seu grau de enfer-midade e suas necessidades.

    4. Mudanas e inovaes nos padresoperacionais das instituies queabrigam UTIs. Ainda na dcadade 1970, a assistncia a pacientescrticos em UTI propiciou o apareci-mento de outras reas hospitalaresde atendimento, nas quais a vigi-

    lncia de enfermagem se reveste deum aspecto de preveno de danos,

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    recuperao e identificao precocede distrbios. Foram organizadas asunidades de cuidados semi-intensivospara pacientes que exigem vigilnciamoderada e que deixam as UTIs,fornecendo segurana e atendimentos suas necessidades especficas. Ovalor da UTI fica, ento, reforadopela disponibilidade de atendimentoao paciente em unidade de cuidadosintermedirios.

    5. O paciente como centro de atenoda equipe. O tratamento dos doentesconsiderados graves e de alto risco,

    com o advento das UTIs, obteve maiorprontido e eficcia, com base em umafilosofia de trabalho definida e emum objetivo comum: a recuperao.Buscou-se uma interao paciente--equipe para promover uma atmosfe-ra caracterizada por um mnimo demedo, ansiedade, desconfiana e ten-so. O processo foi progressivo, coma manuteno do entrosamento, dacoordenao e do equilbrio no atendi-mento e nos mtodos de tratamento.

    Por meio da habilidade da equipeque cuida do paciente crtico, umaluta travada contra seus estressespsicolgicos. Mdicos e equipes de en-fermagem, hoje mais sensveis a essesestresses, desenvolvem um comporta-mento favorvel em relao aos fato-res desencadeantes, reconhecendo-ose aliviando-os. O estabelecimento de

    um plano de visitas para suprir as ne-cessidades do paciente e da famlia apropriado e desejado ( importantedescobrir como a famlia pode ajudaro paciente!).

    Ao longo dos anos, a concepo arespeito das visitas aos pacientes daUTI foi sendo modificada, e as convic-es sofreram mudanas essenciais,considerando-se suas necessidadesbsicas. De uma ausncia total de

    familiares na unidade (dcadas de1960 e 1970), preconiza-se hoje at

    a presena de acompanhantes juntoao paciente, pois as respostas deste aotratamento tornam-se mais efetivas.

    6. Os papis expandidos dos enfermeiros. As mudanas e as profundastransformaes pelas quais passaramas prticas em UTI estimularam cla-ramente o desenvolvimento dos en-fermeiros. A responsabilidade sobreos complexos julgamentos clnicosrequer um corpo de conhecimentos,essencial prtica da assistncia deenfermagem. A natureza dos serviosoferecidos em UTI passou a ter o ca-

    rter de especialidade e exigiu, como passar do tempo, uma disposiodo enfermeiro para examinar e reverseus papis.

    Alguns elementos foram incorpora-dos na prtica da enfermagem a pacientescrticos, e um slido corpo de conhecimen-tos multidisciplinares passou a integrar osesforos no tratamento de afeces gravese suas consequncias. Os enfermeiros re-

    conheceram as complexas respostas e asrelaes entre as dimenses psicolgica,fisiolgica, social e espiritual do paciente,buscando a integrao e o domnio dessesaspectos no processo assistencial.

    Houve um despertar para a necessi-dade de se expandir os cuidados para afamlia do paciente, e uma tendncia foiobservada com o passar dos anos: o su-cesso no tratamento alia-se colaborao

    com outras disciplinas no planejamento,no desenvolvimento e na avaliao docuidado requerido. O estresse gerado pelapermanncia na UTI exige o estabeleci-mento de uma aproximao flexvel, deum compassivo e humanitrio cuidadopara atender aos anseios do paciente e deseus familiares.

    Os anos de esforos na busca dasmelhores condies para a assistncia deenfermagem na UTI evidenciaram que a

    colaborao o elemento-chave no cui-dado. O enfermeiro tem sido identifica-

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    do como o membro da equipe que podeinterferir precocemente nas situaes derisco, com competncia e conhecimento.Assumiu caractersticas que denotam umaforma desejvel de trabalho: atitude assis-tencial, honestidade, autenticidade, con-sistncia, credibilidade, profissionalismoe competncia.

    Todas as mudanas favoreceram apredominncia dos fatores conhecimentoe aparelhagem sobre o fator dedicao.A exploso de recursos na monitorao ena automao dos sistemas computado-rizados, providenciando dados e respos-

    tas fisiolgicas minuto a minuto, crioumudanas significativas na enfermagemdas reas crticas. A manuteno do nvelprofissional tem sido alcanada medianteleituras, estudos, observaes e investiga-es, que geram uma forma de trabalhodesejvel. Alguns fatores cooperam paraa boa assistncia de enfermagem:

    o emprego efetivo do pessoal, a obje-tividade e a eficcia nos procedimentos

    tcnicos, a adequada conservao e autilizao racional dos recursos, a criaode novos mtodos de tratamento, a edu-cao contnua de pacientes e familiares,a cooperao mtua e a integrao dasexperincias e dos conhecimentos ad-quiridos.1

    Alguns papis foram incorporados saes assistenciais praticadas pelos enfer-meiros junto aos pacientes. Provavelmen-

    te, o mais expressivo deles a prevalenteanlise das condies crticas e, conse-quentemente, a crescente participao emtomadas de deciso. Sua melhor atuaoemerge da acurada informao sobre osprocessos que asseguram aos pacientes aproteo desejada durante a assistnciana UTI.

    De forma conclusiva, hoje possveldimensionar as aes de enfermeiros e suas

    equipes de trabalho nas UTIs como aten-

    dimento com maior rigor s necessidadesdos pacientes, mais tempo para se dedica-rem a eles, oportunidade para utilizaremde modo mais eficiente suas capacidadese adquirirem maior satisfao no desem-penho de suas tarefas. O entrosamento, acoordenao e o equilbrio com os demaisprofissionais da rea promovero o deseja-do esprito de UTI, fator indispensvel narecuperao dos pacientes.

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