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www.empreendedor.com.br ISSN 1414-0152 FRANQUIAS: HORA DE PENSAR NO EXTERIOR TI: O USO DE TABLETS EM DIFERENTES RAMOS PEPE VARGAS FALA SOBRE A DEFESA DOS INTERESSES DAS MPES NO CONGRESSO NACIONAL A importância do planejamento e de seu constante acompanhamento para correções que levem os negócios rumo ao sucesso, com o mínimo de riscos e traumas Visão de futuro ANO 18 N o 205 NOVEMBRO 2011 R$ 9,90 Produtos da Ydreams, que não dispensa um estudo aprofundado antes de seus lançamentos

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Edição nº 205 da revista Empreendedor, de novembro de 2011

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ISSN

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FraNquIaS: hora de peNSar No exterIor tI: o uSo de tabletS em dIFereNteS ramoS

pepe VargaS Fala Sobre a deFeSa doS INtereSSeS daS mpeS No CoNgreSSo NaCIoNal

a importância do planejamento e de seu constante acompanhamento para correções que levem os negócios

rumo ao sucesso, com o mínimo de riscos e traumas

Visão de futuroaNo 18 No 205 NoVembro 2011 r$ 9,90

produtos da Ydreams, que não dispensa um estudo aprofundado

antes de seus lançamentos

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a revista empreendedor é uma publicação da editora empreendedor diretor-editor: Acari Amorim [[email protected]]diretor de Comercialização e marketing: Geraldo Nilson de Azevedo [[email protected]]redação editor-executivo: Alexsandro Vanin [[email protected]] – repórteres: Beatrice Gonçal-ves, Cléia Schmitz e Mônica Pupo – edição de arte: Gustavo Cabral Vaz – projeto gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo Empreendedor, Casa da Photo, Lio Simas e Thinkstock – Foto da capa: Divulgação/Ydreams – revisão: Lu CoelhoSedesSão paulo diretor: Fernando Sant’Anna Borba – execu-tivo de Contas: Gerson Cândido dos Santos e Osmar Escada Jr – rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – higienópolis – 01239-010 – São paulo – Sp – Fones: (11) 3214-1020/2649-1064/2649-1065 [[email protected]]Florianópolis executiva de atendimento: Joana Amorim [[email protected]] – rua padre lourenço rodrigues de andrade, 496 – Santo antônio de lisboa – 88050-400 – Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666Central de Comunicação – rua anita garibaldi, nº 79 – sala 601 – Centro – Florianópolis – SC – Fone (48) 3216-0600 [[email protected]]escritórios regionaisrio de Janeiro triunvirato empresarial – Milla de Souza [[email protected]] – rua São José, 40 – 4º andar – Centro – 20010-020 – rio de Janeiro – rJ – Fones: (21) 2611-7996/9607-7910brasília Ulysses Comunicação Ltda. [[email protected]] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – Condo-mínio Ville de montagne, q.01 – CS 81 – lago Sul – 71680-357 – brasília – distrito Federalparaná merconeti representação de Veículos de Comunicação ltda – Ricardo Takiguti [[email protected]] – rua dep. atílio almeida barbosa, 76 – conjunto 3 – boa Vista – 82560-460 – Curitiba – pr – Fone: (41) 3079-4666 rio grande do Sul Nenê Zimmermann [[email protected]] e Renato Zimmermann [[email protected]] – Floresta – 90440-051 – porto alegre – rS – Fone: (51) 3327-3700pernambuco hm Consultoria em Varejo ltda – Hamilton Marcondes [[email protected]] – rua ribeiro de brito, 1111 – conjunto 605 – boa Viagem – 51021-310 – recife – pe – Fone: (81) 3327-3384 minas gerais SbF representações – Sérgio Bernardes de Faria [[email protected]] – av. getúlio Var-gas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – belo horizonte – mg – Fones: (31) 2125-2900/2125-2927assinaturas Serviço de atendimento ao assinante – [[email protected]] – o valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de r$ 118,80. aproveite a promoção especial e receba um desconto de 10%, pagando somente r$ 106,92 à vista. estamos à sua disposição de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. produção gráfica Impressão e acabamento: Coan Gráfica Editora CTP – distribuição: Distribuidora Magazine Ex-press de Publicações Ltda – São Pauloempreendedor.com http://www.empreendedor.com.br editora: Carla Kempinski – repórter: Raquel Rezende

Saber aonde se quer chegar. E, mais importante, como ir até lá. Antes de uma viagem, ou até mesmo para se deslocar dentro de uma cidade, sempre se pensa nisso.

No mundo dos negócios, traçar a melhor rota, com previsão do que for necessário para chegar ao destino desejado, também é essencial. Somente o planejamento é ca-paz de prevenir uma empresa dos riscos inerentes a uma jornada pelo mercado.

Para chegar lá, em segurança, o em-presário precisa conhecer bem os pontos fortes e fracos de sua empresa, e saber como trabalhá-los para aproveitar as oportunidades e se defender dos riscos identificados no mercado. Isso exige visão de mercado, e de futuro. É preciso deci-dir antecipadamente o que fazer, quando e com quais recursos. Mas colocar o pla-no em prática não é tudo – é obrigatório acompanhar atentamente os resultados e os movimentos da economia e do seg-mento em que atua, para fazer os ajustes necessários no direcionamento.

O planejamento estratégico deve ser feito sempre antes de lançar um negócio, seja uma empresa ou apenas um produto ou serviço dela, e ao longo de toda a sua vida. É uma questão de cultura empresa-rial, deve envolver toda a corporação. Con-fira na matéria de capa desta edição dicas de como elaborar o planejamento estra-tégico e exemplos de quem não dispensa esta importante ferramenta para chegar aonde quer: ao sucesso.

Micro e pequenos empreendedores não são exceção. Muito pelo contrário, para eles é ainda mais importante, pois por menor que seja o investimento em geral ele é significativo. O planejamento evita desperdício de recursos, ao quanti-ficá-los e direcioná-los corretamente. Se não há verba para contratar uma consul-toria especializada, deve-se procurar man-ter atualizado e participar de associações setoriais, além de atrair toda a equipe na sua elaboração e monitoramento.

alexsandro Vanin

e d i t o r i a l

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NÃO DURMA NO PONTO

PRODUTOS E SERVIÇOS

EMPREENDEDORISMOJá.COM

PENSE GRANDE

LEITURA

ANáLISE ECONÔMICA

AGENDA

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l e i a ta M B É M

rota seguraNada de aventuras, muito menos de lou-curas. Nem mesmo aventureiros como amyr Klink e a família Schürmann lan-çam-se ao mar sem antes estudar muito a rota, nem deixam de acompanhar cada interferência no planejado para fazer as correções necessárias. No oceano revol-to dos negócios, o planejamento também é segredo de sucesso, pois diminui os riscos e reduz as chances da empresa afundar. a matéria de capa desta edição apresenta as vantagens e a importância do planejamento, formas de executá-lo e diferentes sistemas, além de exemplos de empresas que não deixam de buscar uma rota segura para seus negócios.

20n e s ta e d i ç ã o

30 | triButaçãoainda mais Simples

No fim de setembro o Congresso apro-vou alterações no Simples Nacional, entre elas o reajuste na tabela de enquadramento e o parcelamento de débito, mas mudan-ças importantes, como a inclusão de novas categorias e o fim da substituição tributária, ficaram de fora. Saiba quais são as vantagens para as empresas e o impacto na economia.

34 | titablets corporativos

A penetração dos tabletes na sociedade brasileira cresce dia a dia, e a produção nacional desses equipamentos – e consequente baratea-mento – deve se intensificar. Nas empresas, os tabletes podem ter diversos usos, principalmente na área gerencial e de vendas. Vamos conhecer alguns aplicativos e utilizações dos tabletes nas empresas, e suas vantagens, com exemplos de empresas que já adotam a tecnologia.

42 | Franquiasexportação de franquias

O segmento de franquias cresce sem parar no Brasil, e a força do novo mercado interno ainda dá espaço para uma expansão ainda maior. Isso não impede, no entanto, que se olhe para fora em busca de oportunidades. Fique a par dos instrumentos públicos e institucionais de apoio à internacionalização de franquias brasileiras, e das histórias de quem já se aventurou no exterior.

38 | PerFilmaria alice Carneiro

A história da mulher que despertou tarde o interesse pelo negócio da família, mas a tempo de aumentar a rentabilidade da água Mineral Timbu e consolidar o produto como marca nobre.

16 | entreVistapepe Vargas

O presidente da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas fala sobre as bandeiras do grupo de deputados federais e senadores, além das conquistas já obtidas e do impacto na economia.

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Pedro Casarin e Gabrielle Neto, do Grupo Tripular

TODOS A BORDOPedro Casarin, 26 anos, começou sua

carreira com apenas 15 anos de idade na empresa do pai e, mesmo muito jovem, não desperdiçou a oportunidade. Foi lá que descobriu seu talento para a área comercial, imprescindível para a deci-são que tomou há um ano: tornar-se um empreendedor e entrar para o mundo dos sites de compras coletivas, criando o Portal Tripular. Para concretizar seu projeto chamou para a sociedade o ami-go de infância Gabrielle Neto, 27 anos, formado em webdesign e marketing.

Com foco em ofertas relacionadas a turismo, o Tripular ocupa a segunda posição no ranking dos sites deste seg-mento e o 10º lugar na lista geral de sites de compras coletivas. “Quero entrar no grupo dos cinco portais mais acessados do Brasil e para isso vou investir ain-da mais em estratégias de marketing”, afi rma Casarin, que ocupa o cargo de

diretor de negócios da empresa. Entre as parcerias fi rmadas pelo Tripular des-tacam-se empresas renomadas como a Costa Cruzeiros, MSC, Ibero Cruzeiros e Royal Caribbean.

Empolgados com o sucesso do Tripular, em maio passado os sócios decidiram criar o Alertados, um novo portal de compras coletivas com ofer-tas de gastronomia, bares, estética, te-atro e lazer. O site ocupa a 15ª posição (saltou 30 posições em um mês) e a expectativa é de que represente 20% do faturamento do grupo em 2011. Re-centemente, Casarin investiu cerca de R$ 1,5 milhão em ações de marketing como links patrocinados no Google, agregadores de ofertas, banners em sites e blogs e inserções em mídias so-ciais como Facebook e Twitter.

“Pensamos em expandir para outros países, mas primeiro vamos nos consoli-

dar no Brasil como um portal completo de viagens. Queremos ter um volume grande de ofertas, além de oferecer novos serviços que agreguem à compra dos nossos clientes”, diz Casarin. Para o empresário, a tendência é que o merca-do de compras coletivas continue em crescimento acelerado no próximo ano. “Cada dia surgem novos anunciantes e também novos players como grandes magazines, operadoras de celular e ou-tras marcas reconhecidas”, destaca.

Numa das mais bem-sucedidas promoções oferecidas pelo Tripular, o site vendeu, em menos de 12 horas, 336 cupons de um cruzeiro para Sal-vador. Outro destaque foi uma viagem para Orlando – incluindo sete diárias de hotel, voo de helicóptero, passa-gem aérea e carro com quilometra-gem livre – com 783 cupons vendidos. www.tripular.com.br

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thea Schünemann, do baukurs Cultural

Volta às origens Descendente de poloneses e

alemães, a empresária brasileira Thea Schünemann de Miranda não tem nada do estilo sisudo e formal geralmente associado a tais origens. Ainda adolescente, quando soube do holocausto e do horror do nazismo, bloqueou a língua alemã em sua mente e “de-saprendeu” o idioma. Mas a sobre-vivência e a necessidade de ganhar algum dinheiro fizeram com que ela fosse lecionar alemão. Com o sucesso das aulas, abriu o curso Baukurs, atualmente com três unidades no Rio de Janeiro ( Jar-dim Botânico, Botafogo e Barra).

Com o sucesso da escola, nas-ceu em 2010 o Baukurs Cultural, onde Thea começou a promover cultura e arte. Localizado em Botafogo, por coincidência na Rua Goethe – que leva o nome de um dos maiores escritores da Alemanha –, o espaço traz cursos de artes e teatro, cineclu-be para adultos e crianças, coro, salas de exposição e audição musical, além de uma biblioteca e uma ampla área de convivên-cia. O local integra pessoas de diferentes classes sociais, já que algumas atividades são gratuitas.

A inauguração do espaço con-tou com a exposição do trabalho de Hundertwasser, arquiteto e artista plástico austríaco. Para torná-la viável, Thea conseguiu autorização do diretor do museu Kunsthaus Wien, de Viena, que detém os direitos do acervo do artista e o apoio da Embaixada Brasileira na áustria para ajudar no transporte do material para o Brasil. Hoje, Thea se orgulha de ter criado um espaço que serve de elo entre a cultura brasileira e ale-mã. www.baukurscultural.com.br

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leonardo Cavalcante e alexandre bonatto, da black bull business

BoM Para todosCom um investimento inicial de apenas

R$ 15 mil, os amigos Leonardo Cavalcante e Alexandre Bonatto querem faturar R$ 600 mil já no primeiro ano da recém-criada Black Bull Business (3B). Focada especial-mente em pequenas e médias empresas, a 3B conecta compradores interessados em um mesmo produto ou serviço, criando uma compra em escala. O objetivo, claro, é a sensível redução de custos para os clien-tes. A empresa compradora pode também ser a vendedora. Tudo por meio da web, que conecta e cruza os interesses.

“Nossa empresa é do tamanho da in-ternet. Conectamos as necessidades via

web, mas a base do nosso sistema são as pessoas”, destacam os jovens empreen-dedores, ambos com 26 anos. A primeira transação comercial da 3B aconteceu em junho e, três meses depois, a empresa já contava com 15 clientes ativos e um volu-me administrativo de R$ 35 milhões. Entre os itens negociados estão planos de saúde, benefício alimentação, materiais de limpe-za e de escritório, serviços de telefonia, transporte e agência de viagem.

Para ser cliente da 3B, compradores e vendedores se cadastram no site da empresa. Após checagem de idoneidade, o sistema identifica empresas e itens a

serem comprados ou vendidos. Além de elaborar a estratégia, a 3B é responsável pela negociação com os vendedores e pela elaboração do contrato entre as partes. Negociadas as condições de fornecimen-to, tanto compradores quanto vendedores utilizam o sistema da 3B para inserir e re-ceber os pedidos. Para manter a integrida-de na transação, a comissão da 3B sai da ponta compradora, que já está se benefi-ciando pela aquisição mais barata. A ponta vendedora tem custo zero.

Filho de um empresário e uma ad-ministradora, o administrador Leonardo nunca teve dúvidas de que um dia teria

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seu próprio negócio. Formado em en-genharia ambiental, Alexandre também sonhava em criar algo novo. Ambos se conheceram ao trabalhar na área de suprimentos de uma multinacional brasileira e logo veio a vontade de con-cretizar seus sonhos. A filosofia que car-regam na 3B é: “Vender bem é vender barato a um custo baixo. Assim criamos volume e rentabilidade. Além de ganhar dinheiro, claro, nosso propósito é aju-dar as empresas a serem mais eficientes em suas operações e, com isso, cons-truir um Brasil mais competitivo e pro-dutivo”. www.blackbullbusiness.com.br

Vicente Sevilha Júnior, da Sevilha Contabilidade

ProFessor contadorO contador Vicente Sevilha Júnior não é apenas um empreendedor nato,

mas também um apaixonado pelo empreendedorismo. Há dois anos ele de-cidiu montar em seu próprio escritório, em São Paulo, um miniestúdio para

produzir diariamente videoaulas sobre contabilidade com o objetivo de aju-dar empreendedores do Brasil inteiro a administrar melhor suas empresas. “Sempre tive cuidado em profissiona-lizar minhas ideias. E a melhor maneira de ensinar é mostrando exemplos pró-prios de sucesso”, diz Vicente.

O que nem ele esperava é que em tão pouco tempo se tornaria um cam-peão de audiência no YouTube, com mais de meio milhão de visualizações. Pelo canal é possível ver os mais de 650 vídeos postados por Vicente até o momento. “Muitas pessoas não têm a possibilidade de contratar um conta-dor. Eu acabo conseguindo ajudá-las”, destaca. A prova de que Vicente ajuda mesmo seus colegas empreendedo-res está nos comentários deixados pe-los espectadores. “Estou aprendendo ca da dia mais sobre a contabilidade. Sou contador e assisto sempre aos ví-deos para tirar dúvidas ou até mesmo aprender mais um pouco. Parabéns”, disse um dos usuários.

Tamanha notoriedade também chamou a atenção do próprio canal

YouTube, que frequentemente parabeniza Vicente por seus vídeos e o atualiza sobre os números conquistados. Mais de 520 pessoas já se ins-creveram no canal para receber as atualizações do contador. Além disso, sabe-se que mais de 20 mil pessoas chegaram aos vídeos por recomen-dação do próprio canal, 8 mil por meio de pesquisas e 3 mil por sites externos. www.youtube.com/sevilhacontabilidade

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Ricardo Althoff e Gabriel Costa, do Seu Professor

REFORÇO NAS AULASCom experiência de mais de 14 anos

na área de educação, os empresários Ri-cardo Althoff e Gabriel Costa decidiram unir ensino a distância e franquia – dois segmentos com forte crescimento no Brasil – para dar forma a um novo e re-volucionário negócio: Seu Professor, uma rede de franchising com serviço de su-porte e reforço educacional on-line para alunos do ensino fundamental (a partir do 6º ano) e médio. Entre as ferramentas disponíveis, o destaque é o “tira dúvidas”, que promete enviar a resposta ao ques-tionamento feito pelo usuário em até 24 horas. Para isso, a rede conta com 150 professores de Ciências, Biologia Histó-ria, Geografi a, Matemática, Física, Quími-ca e Língua Portuguesa. Detalhe: a dupla garante que não existe resposta automá-

tica, todas são personalizadas.“Nossa proposta é suprir duas lacu-

nas: a dos pais que não têm tempo de auxiliar os filhos nas lições de casa e a de escolas que têm dificuldade em contra-tar professores para as aulas de reforço”, explica Althoff. Os clientes potenciais da franquia são escolas privadas e públicas, estas últimas por meio de parcerias com prefeituras. Mas o serviço também pode ser comprado pelo site por qualquer pessoa, com plano mensal de R$ 29,90 e anual de R$ 99,90. De 1º de setembro, quando o portal entrou no ar, até mea-dos de outubro, 30 mil usuários já ha-viam comprado o serviço. A divulgação nesse período se restringiu às redes so-ciais e ao Google AdSense. Muitas pre-feituras também já entraram em contato

com a franquia interessadas no serviço.No momento, o foco dos empresários

é prospectar franqueados em todo o Bra-sil. Não faltam interessados, mas Althoff e Costa preferem estudar bem o perfi l do candidato para garantir bons negócios no futuro. A procura é por profi ssionais com habilidade em vendas. A área de abran-gência de cada franquia será municipal. A expectativa é fechar cinco contratos até o fi nal de 2011 e chegar a dezembro de 2012 com 60 franqueados. A rede é considerada uma microfranquia, já que o investimento inicial é de R$ 15 mil, in-cluindo taxa de franquia e capital de giro. Segundo Althoff e Costa, o faturamento mensal de um franqueado de uma cidade de médio porte chega facilmente a R$ 40 mil. www.seuprofessor.com.br

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autoridade é uma palavra controversa. al-guns a apreciam, outros a abominam. os que a abominam enxergam nela o ranço do autoritarismo e dos muitos males causa-dos à humanidade. mas, cá entre nós, não é possível que uma empresa prospere e evolua sem autoridade.

Na acepção, autoridade é o direito ou o poder de ordenar, de se fazer obede-cer. Obediência. Está aí outra palavra que nem sempre goza de bom conceito. Para alguns, remete à subserviência. Mas, se ajustarmos nossa compreensão, veremos que, como autoridade, obediência tam-bém é uma palavra importante, válida e necessária no ambiente organizacional.

Para começo de conversa, existe a au-toridade de fora e a autoridade de dentro. A autoridade de fora é imposta. É exercida desconsiderando a inteligência das pesso-as, na tentativa de obter o que se deseja delas por meio do medo. Algo que, por sua vez, exige obediência das pessoas amedrontadas. Esse é o modelo autoritá-rio de administração.

Você pode se perguntar: existe isso ainda? Resposta: mais do que você ima-gina. Muitas empresas funcionam como ditaduras, regidas por um ou mais dés-potas. A desconfiança é que dá o tom do modelo de administração, com revistas na saída, câmeras instaladas nos corre-dores, gravações telefônicas, controles e mais controles. São como prisões, onde os líderes se travestem de carcereiros, paradoxalmente também presos, por-que não param de vigiar os prisioneiros, certos de que qualquer desatenção pode descambar em desfalques.

Nessas empresas, quem possui a au-toridade não a esconde. Faz questão de ostentá-la na forma de se vestir, de falar, de localizar e arrumar sua sala de trabalho, de concentrar e segurar informações, na reserva da vaga onde estaciona o carro, no lugar à mesa ou mesmo no cardápio dife-renciado, no refeitório. Tudo é feito para dar lastro (e lustro) à sua autoridade.

Muitas vezes a autoridade vai além

dos aspectos personalísticos e avança para as questões mais burocráticas. Nor-mas, procedimentos e outros artifícios administrativos existem, na maior parte das vezes, como forma de exercer a au-toridade, ainda que o discurso venha revestido de método e organização que “evitem” os entraves organizacionais.

O problema da autoridade que vem de fora é que ela sufoca a autoridade que vem de dentro. A autoridade que vem de fora se sustenta na lei e no decreto. Ela não depende do caráter das pessoas, nem de suas vontades, nem faz uso das suas inte-ligências. Ou seja, não são as virtudes das pessoas que lhes dão autoridade. A auto-ridade não está na pessoa, mas no cargo, na função, no sobrenome, nos aparatos de que ela se cerca.

o maior dos desperdíciosA autoridade que vem de fora causa

o maior desperdício que existe nas em-presas: o de talento humano. Empresas investem pesado na mensuração dos desperdícios de matérias-primas, ener-gia, horas máquina e horas homem, mas tudo isso não chega nem perto do des-perdício de talento humano.

A autoridade que vem de dentro é aquela que faz aflorar o melhor de cada um. E é importante que o melhor de cada um seja investido no trabalho e não fique retido na guarita da empresa, esperando o retorno do seu dono ao fi-nal do expediente.

A autoridade interior é a maior con-

use a autoridade coM saBedoria

empresas investem pesado na mensuração dos desperdícios de matérias-primas, energia, horas

máquina e horas homem, mas tudo isso não chega nem perto do desperdício de talento humano

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quista que um líder pode obter de seus colaboradores. Mas isso só vai aconte-cer se o líder subtrair ao máximo a au-toridade que vem de fora. Distender os controles é o primeiro passo para que a autoridade que vem de dentro aflore. E, por trás desse gesto, não deve haver uma providência administrativa, mas sim uma decisão moral e psicológica, ou seja, uma prova de confiança nas pessoas.

Muitos líderes costumam dizer que a confiança deve ser conquistada. Justifi-cam a manutenção dos controles rígidos, com o discurso de que esses devem ser relaxados quando houver gestos heroi-cos, dignos de confiança. Não é assim que funciona. Na verdade, o movimento é justamente oposto. O líder é que tem de conquistar a confiança dos seus co-laboradores. Essa é a primeira condição para dar espaço a que aflore a autoridade que vem de dentro.

O passo seguinte é criar condições para que os colaboradores participem das decisões. Somente dessa maneira eles conseguirão praticar a autoridade que vem de dentro. É um exercício feito de altos e baixos, mas que, no transcor-rer da prática, faz com que as pessoas se apropriem da sua autoridade e saibam expressar seu poder no trabalho.

Evoluindo no processo de trocar a autoridade de fora pela autoridade de dentro, vem o sublime momento de so-nhar juntos. É quando o líder é capaz de despertar em cada um o sonho essencial, para viver o melhor presente e criar o

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melhor futuro. Esse fenômeno onírico de um conjunto de seres humanos so-nhar juntos a autoridade de fora jamais será capaz de conquistar.

Finalmente a obediência Se exigida por lei ou decreto, ou seja,

pela autoridade de fora, a obediência é sub-serviência, submissão e tantos outros subs que só fazem subtrair o tamanho das pesso-as. Mas, voltada para a autoridade que vem de dentro, a obediência é um valor sublime, superior, espiritual. Nesse sentido, a obedi-ência tem relação direta com outra palavra que pode sofrer interpretações diversas dependendo do sentido da autoridade: disciplina. Existe a disciplina obrigatória, seguida a contragosto para evitar punição ou retaliação, e a disciplina verdadeira, a de ser “discípulo de si mesmo”, da autoridade que vem de dentro, portanto.

Assim como autoridade, obediência é uma palavra imprescindível no ambiente de trabalho. Ser obediente a si mesmo, aos seus valores, a suas virtudes e tam-bém (por que não?) ao líder. Desde que ele seja, de fato, digno de confiança e merecedor de todo o crédito, por seu pa-pel de educador, pelo incentivo que ofe-rece ao trabalho que recupera o humano e pelo espaço que oferece para que cada um viva o que verdadeiramente é. Esta é a sua missão. Sagrada. Vivenciá-la é um privilégio. Então, comece agora mesmo a fazer uso da boa autoridade!

por roberto adami tranjanEducador da Cempre

Conhecimento & Educação Empresarial(11) 3873-1953/www.cempre.net

[email protected]

www.dirigentelojista.com.br

lojistad i r i g e n t e

A REVISTADO VAREJO BRASILEIRO

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está em tramitação no Congresso um projeto de lei para criar a Secretaria Nacio-nal da micro e pequena empresa. mais de 250 deputados e 26 senadores, que fazem parte da Frente parlamentar mista da micro e pe-quena empresa, estão trabalhando para que a proposta seja aprovada ainda este ano e que no primeiro semestre de 2012 a secretaria já esteja funcionando com status de ministério. o novo órgão de governo ficará vinculado à presidência da república e terá como uma de suas principais funções a elaboração de políticas públicas voltadas para o segmento de micro e pequenos negócios.

o deputado federal pepe Vargas é o presi-dente da Frente parlamentar mista da micro e pequena empresa e um dos responsáveis por mobilizar os parlamentares sobre a importância da aprovação desse projeto. “o setor das micro e pequenas empresas é um dos que mais mo-vimenta a economia brasileira. É o responsável por 60% dos empregos formais gerados no país, representa 98% das empresas constituídas e responde por 20% do pIb. os números são muito expressivos, mas é possível fazer mais. É por isso que nós estamos trabalhando para criar mais políticas públicas para esse setor.”

entre as conquistas já alcançadas pela Frente parlamentar estão a aprovação da lei geral das micro e pequenas empresas, a cria-ção da lei do microempreendedor Individual e a correção da tabela de enquadramento das empresas no Simples Nacional.

rePresentação Política

pepe Vargas

e n t r e V i s ta

Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa defende os interesses do setor no Congresso Nacional

por beatrice gonç[email protected]

Como se dá a atuação da Frente parlamen-tar mista da micro e pequena empresa no Congresso?

Pepe Vargas – A Frente Parlamentar é um tipo de articulação política institu-ída pelo regimento interno da Câmara dos Deputados para discutir temas es-pecíficos. No caso da Frente Parlamen-tar Mista da Micro e Pequena Empresa, ela é chamada de mista porque tem uma comissão na Câmara e uma no Senado, o que faz com que tenha em sua composi-ção tanto deputados quanto senadores. Atualmente participam desse grupo 259 deputados e 26 senadores. A Frente atua nos temas que envolvem a micro e pe-quena empresa no Congresso Nacional. O nosso trabalho é negociar com o go-verno e com os órgãos do governo para que possamos avançar na legislação para esse segmento da economia.

Como é feita a articulação desses 259 deputa-dos e 26 senadores que participam da Frente?

Pepe Vargas – Esta frente é pluripar-tidária e é coordenada por sete parlamen-tares. Eu sou o presidente e há um vice no Senado e outro na Câmara. Em cada estado há um deputado que é responsá-vel pela coordenação estadual da Frente naquela região. Esses parlamentares ficam encarregados de trabalhar para que sejam criadas frentes estaduais das micro e pe-

quenas empresas nas assembleias legislati-vas e por dialogar com representantes des-se segmento em cada estado da federação. As reuniões da Frente Parlamentar não têm uma periodicidade definida, a gente se organiza conforme a necessidade.

quais conquistas já foram alcançadas através dessa Frente parlamentar?

Pepe Vargas – A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas é o resultado da ar-ticulação da Frente Parlamentar. O proje-to foi adiante por conta da sensibilização dos deputados e senadores e pelo apoio dado pelo governo federal. As alterações que foram feitas agora no sistema Simples Nacional, como o reajuste de 50% das ta-belas de enquadramento das empresas e a mudança na lei que permite que o empre-endedor faça o parcelamento da sua dívi-da tributária em até 60 meses, são também conquistas do trabalho que vem sendo realizado nesta Frente Parlamentar.

que propostas a Frente parlamentar está tra-balhando para serem implementadas?

Pepe Vargas – Estamos trabalhando para que seja criada no governo federal a Secretaria Nacional da Micro e Pequena Empresa. A proposta é que o órgão fun-cione com o status de ministério e que te-nha como uma de suas principais funções elaborar políticas públicas de incentivo

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temos que propiciar que mais pessoas empreendam por oportunidade, não só por necessidade. antes de abrir o negócio o empreendedor tem que estudar o mercado onde vai atuar

à micro e pequena empresa e dar apoio a esse segmento. Nós acreditamos que, com a criação desse novo órgão, haverá um avanço significativo para o setor, assim como aconteceu com a agricultura fami-liar com a criação do Ministério do Desen-volvimento Agrário.

No caso das micro e pequenas empresas, quais fatores o senhor considera que ainda precisam ser melhor trabalhados para que se aumente a sobrevivência desses negócios?

Pepe Vargas – O que eu vejo como principal fator de fechamento para as em-presas de pequeno porte hoje no Brasil é a falta de formação e capacitação técnica para o empreendedorismo. Muitas vezes a pessoa abre o negócio sem ter se prepara-do para isso, entra no mercado sem saber acompanhar os custos, fazer a formação de preço, ou seja, não consegue fazer a gestão adequada do negócio.

e como se pode mudar isso?Pepe Vargas – Eu considero que são

necessárias mais políticas públicas que promovam a melhor capacitação desses empreendedores. Temos que ter cada vez mais órgãos que deem apoio aos micro e pequenos empresários. Eles pre-cisam de informação e de treinamento. Temos que propiciar que mais pessoas empreendam por oportunidade, não só

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ples Nacional, um dos pontos mais criticados é que empresas pequenas de setores como o de serviços ainda não podem ser enquadradas nesse sistema. a Frente parlamentar está tra-balhando para a inclusão de novos segmentos na categoria Simples Nacional?

Pepe Vargas – Estamos debatendo esse tema com a Receita Federal e pro-curando formas de ampliar os segmentos de mercado que possam optar pelo Sim-ples Nacional. Hoje não podem participar desse sistema, por exemplo, as micro e pequenas empresas do ramo de bebidas alcoólicas, como vinícolas e cervejarias, e muitas empresas prestadoras de serviços.

No caso da lei do microempreendedor Individu-al há algum movimento dentro da Frente para que se altere a lei e se permita, por exemplo, nesse sistema, a contratação de dois funcio-nários ao invés de um?

Pepe Vargas – Isso não acontecerá. O empreendedor individual é um traba-lhador por conta própria. Pela lei que está em vigor ele já pode contratar um ajudante ou empregado. Na última alte-ração realizada na lei foi colocado que se o empregado contratado pelo empreen-dedor tiver que se afastar do emprego, por exemplo, para a licença-maternida-de, enquanto durar esse afastamento o empresário poderá contratar outra pes-soa. Mas se a lei permitir que ele contrate dois funcionários, isso caracteriza que ele não é mais um empreendedor individual e sim uma microempresa.

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pepe Vargas: www.pepevargas.com.br

por necessidade. Antes de abrir o negó-cio o empreendedor tem que estudar o mercado onde vai atuar.

Na crise econômica de 2008 e 2009 falou-se muito sobre a importância do mercado inter-no e das micro e pequenas empresas para a economia brasileira. Como o senhor avalia a participação desse segmento de mercado e a influência dele no crescimento do país?

Pepe Vargas – O setor das micro e pequenas empresas é um dos que mais movimenta a economia brasileira. É o res-ponsável por 60% dos empregos formais gerados no País, representa 98% das em-presas constituídas e responde por 20% do PIB. Os números são muito expressi-vos, mas é possível fazer mais. É por isso que estamos trabalhando para criar mais políticas públicas para esse setor.

as micro e pequenas empresas são maioria no brasil, porém quando se avalia a participação delas na formação do pIb nota-se que a po-tencialidade econômica desse setor não está sendo completamente aproveitada. Como fazer para melhorar isso?

Pepe Vargas – Se for considerar a arre-cadação tributária, esses micro e pequenos negócios representam 76% das empresas que contribuem para o fisco federal. O seg-mento já é bastante representativo. A par-ticipação no PIB poderia ser maior, mas o que eu percebo é que ainda faltam políticas públicas que permitam que essas empresas tenham mais acesso, por exemplo, a cré-dito. Órgãos de financiamento – como o BNDES – precisam ampliar suas linhas de crédito para esse segmento.

apesar das recentes alterações feitas no Sim-

Frente é pluripartidária e é coordenada por sete parlamentares, e em cada estado há um deputado responsável pela região

o setor das mpes é um dos que mais movimenta a economia brasileira, mas é possível fazer mais. por isso estamos trabalhando para criar mais políticas públicas para esse setor

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Visão defuturoc a Pa

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Visão defuturoplanejamento estratégico e constante acompanhamento para correções no direcionamento dos negócios são essenciais para diminuir riscos e elevar os ganhospor beatrice gonç[email protected]

Começar um negócio sem saber aonde se quer chegar, comprar

equipamentos por impulso e lançar produtos sem fazer uma análise de mercado são sinais de falta de plane-jamento estratégico. Quem não coloca as metas da empresa no papel e não se programa para os altos e baixos da eco-nomia gasta mais e assume riscos que podem comprometer a sobrevivência do negócio. Para não perder tempo e dinheiro, antes de abrir uma empresa é importante elaborar um planejamento estratégico com metas claras e objeti-vas que indiquem a direção a ser segui-da, e quando a organização já estiver

funcionando é preciso rever, constan-temente, esse planejamento.

Traçar estratégias não é um processo fácil porque requer do empreendedor vi-são de mercado e de futuro para decidir antecipadamente o que fazer, quando e com quais recursos. Para não se perder em meio a uma infinidade de decisões a serem tomadas, a orientação do analista do Sebrae, Rodrigo Estrela, é que o plane-jamento estratégico esteja alinhado à mis-são da empresa. Dessa forma, o primeiro passo que o empreendedor deve fazer ao traçar esse plano é verificar se a visão do negócio está realmente adequada, se é clara e objetiva ou se precisa de ajustes.

lançamento de novos produtos também exige planejamento

estratégico, como faz a Ydreams

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erros Mais coMuns

Passos Para uM BoM PlanejaMento

rresistência a mudanças;

rNão definir claramente o propósito da empresa;

rter expectativas pouco realistas;

relaborar cronogramas com marcos muito exigentes e pouco viáveis;

ratraso no início das operações;

rFinanciamento mal estruturado.

Fonte: Sebrae

adefinir a missão e visão de negócio;

aFazer a análise do ambiente interno (forças e fraquezas) e ambiente externo (oportunidades e ameaças);

aestipular metas e objetivos;

atraçar estratégias;

aCriar mecanismos para a implementação do que foi planejado;

ater controle dos processos e dar e receber feedback.

Segundo o consultor, depois de refle-tir sobre a missão da empresa, é preciso fazer uma análise do ambiente interno, verificar os pontos fortes e fracos do ne-gócio e fazer uma análise de mercado para identificar oportunidades e riscos. Com essas informações em mãos, o em-preendedor deve formular metas e obje-tivos e criar uma série de estratégias para que essas propostas sejam colocadas em prática. A dica é que o empreendedor faça um cronograma e estipule prazos para que as ações planejadas sejam executadas. Na medida em que essas atividades forem realizadas é preciso avaliar o que se está fazendo e observar o retorno dessas ações no dia a dia da empresa.

O analista do Sebrae avalia que os principais erros cometidos pelas empre-sas nesse processo estão associados à falta de clareza em definir os propósitos do negócio, à resistência a mudanças, a expectativas pouco realistas e a crono-gramas com marcos muito exigentes e pouco viáveis. Somam-se a isso o atraso na execução de operações e a falta de planejamento financeiro para realizar as ações previstas. “Hoje, sem planejamen-to, a empresa não sobrevive no mercado porque não sabe aonde quer chegar. Um bom plano estratégico aumenta a proba-bilidade de que no futuro a organização esteja no local e na hora certa.”

Para auxiliar as empresas na elabora-ção e execução do planejamento estraté-gico, o Sebrae oferece aos empreendedo-res cursos de capacitação e consultorias técnicas. No site Negócio Certo há uma ferramenta de autoatendimento em que é possível elaborar um plano de negócios e ter o planejamento estratégico avaliado por técnicos da instituição, e no portal Educação Sebrae há um curso a distância de gestão da qualidade e visão estratégi-ca. Para os empreendedores individuais a instituição oferece o curso presencial SEI Planejar, e para as empresas que são con-sideradas avançadas – aquelas que têm mais de dois anos de funcionamento – há um curso de estratégias empresariais ofe-recido no programa Sebrae Mais.

A contínua capacitação do empreen-dedor é considerada fundamental para que ele elabore e execute um bom plano

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estratégico. Ao participar de cursos de gestão de qualidade e visão estratégica, por exemplo, o empreendedor consegue perceber melhor as dificuldades do negó-cio e passa a entender mais as necessida-des do mercado, e isso permite que ele se planeje melhor. Mas mesmo estando mais preparado para elaborar esse plano estratégico, um alerta dos consultores é que o empreendedor não concentre ape-nas em si mesmo as funções de análise do negócio e execução desse planejamento. Como já coordena uma série de ações na empresa, pode ficar muito pesado para um micro e pequeno empreendedor ficar encarregado de desempenhar essa função sozinho. Uma das dicas é que ele chame seus colaboradores para que o ajudem a fazer, por exemplo, a análise interna dos pontos fracos e fortes do negócio.

Marcos Morita, consultor em planeja-mento estratégico e professor da Univer-sidade Mackenzie, explica que é preciso haver na empresa uma cultura de plane-jamento que ajude a organizar os proces-sos produtivos do negócio e que envolva todos os colaboradores. Ele observa que não é fácil para uma empresa fazer isso so-zinha e que, em muitos casos, é necessário contar com o auxílio de especialistas. “O que eu percebo é que muitas empresas or-ganizam seu planejamento estratégico no começo do ano, fazem uma projeção de quanto esperam vender, mas não fazem o acompanhamento disso ao longo do ano. Quando se cria uma cultura de planeja-mento, a empresa monitora melhor seus resultados”, observa Morita.

Ele cita que as consultorias podem auxiliar o empresário a ter também mais informações sobre o mercado em que atua e sobre os seus concorrentes – um diferencial que pode trazer bons resulta-dos para o negócio. “Se uma empresa não monitora o mercado, ela pode ser pega de surpresa e ter que se adaptar muito rápido a instabilidades. Quando consegue prever as mudanças, ela se organiza melhor e até pode tirar proveito disso. Uma empresa que depende de equipamentos ou de insumos importados tem que estar prepa-rada para, por exemplo, adquirir mais des-ses utensílios quando o dólar estiver baixo e depender menos deles quando a moeda

americana estiver em alta.”No caso das micro e pequenas empre-

sas que não podem, por exemplo, pagar para que uma consultoria faça a análise do negócio e do mercado, a orientação de Morita é que o empreendedor tente se manter atualizado. Uma das formas de se fazer isso é participar de associações que representem o setor em que ele atua. “Esse empresário se planeja melhor quan-do consegue ter uma noção maior do seg-mento econômico que ele faz parte.”

Morita explica que, além do planeja-mento estratégico anual, as organizações devem utilizar esses mesmos processos para sistematizar outras ações da empre-sa. Antes de lançar um novo produto no mercado, por exemplo, o empreendedor

precisa fazer primeiro o planejamento estratégico de como vai vender essa mer-cadoria e de como pretende atingir seu público-alvo – o que, segundo o consul-tor, aumenta as chances de que a empresa alcance os resultados almejados.

A compra de equipamentos também precisa ser planejada para que a empresa não desperdice seus recursos. Sergei Silva, diretor da Essence, empresa especializada em tecnologia e informação para negócios, explica que é muito comum os empreen-dedores adquirirem novos equipamentos ou aplicativos sem antes fazer uma análise se aquelas soluções realmente vão atender suas necessidades. “Há o caso de empresas que compram produtos levando mais em consideração o preço do que a funciona-lidade. Isso é um erro; é preciso compre-ender o cenário em que essa empresa está inserida e verificar se aquele investimento trará de fato resultados a longo prazo. Sem considerar isso, ela pode comprar algo que talvez nem esteja precisando.”

Um dos serviços oferecidos pela Es-sence é o de consultoria na compra de equipamentos e aplicativos. Sergei expli-ca que antes de indicar uma solução para uma empresa é realizado um estudo das estratégias, dos objetivos e dos pontos fortes e fracos do negócio. “O que nós observamos é que muitas corporações acham que precisam de novos equipa-mentos quando, na verdade, o que elas realmente necessitam é integrar seus sis-temas. Esse achismo pode fazer com que elas tomem atitudes erradas. Isso faz com que elas gastem dinheiro sem obter o re-sultado esperado.”

Outro problema que o diretor da Essen-ce aponta – e que é muito comum observar nas empresas – é que muitas delas têm as soluções adequadas para seu perfil, mas não sabem aproveitar todas as ferramentas disponíveis. “Nosso trabalho na Essence não é só indicar soluções para a empresa, mas é também fazer o treinamento do pes-soal para que eles consigam usar de fato todas as funcionalidades daquele sistema e, com isso, melhorar sua produtividade e seus resultados.” Pensar e agir estrategi-camente, com as ferramentas adequadas e equipes treinadas, é o melhor caminho para se chegar ao lugar desejado.

morita, da mackenzie: cultura do planejamento deve envolver todos os colaboradores

Sem planejamento, a empresa nãosobrevive no mercado porque não sabeaonde quer chegar

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Conjugar as demandas atuais de mercado e suas tendências é essencial para lançar novos produtos

A Control Service, especializada em projetos e soluções em radiocomuni-cação, conseguiu organizar melhor seu planejamento estratégico quando pas-sou a avaliar seus processos a partir de indicadores de qualidade. Hoje, todos os procedimentos da empresa precisam es-tar de acordo com 40 itens de qualidade. “Quando começamos não tinha pesquisa sobre esse segmento de mercado, o que ficava muito difícil fazer uma análise ex-terna e avaliar a empresa em comparação com a concorrência. Por isso resolvemos, a partir do nosso trabalho, criar um sis-tema de avaliação de desempenho capaz

de verificar se estamos atingindo o nosso objetivo”, afirma Eduardo Antão, diretor da Control Service.

Ele explica que os 40 itens de qua-lidade fazem parte do planejamento estratégico da empresa e que, para ava-liar se a organização está conseguindo cumprir essas metas, são realizadas reu-niões mensais com os coordenadores dos departamentos da Control Service. A cada seis meses é feita ainda uma análise crítica dos resultados e, caso seja neces-sário, são propostas correções no plane-jamento estratégico previsto para o ano. A empresa tabela todos os seus resulta-

dos anuais e a partir desses dados traça também planos estratégicos para períodos mais longos, projetando metas a serem alcançadas daqui a cinco e dez anos.

O diretor da empresa explica que a Control Service já lançou no mercado produtos sem fazer um planejamento estratégico e que os resultados não fo-ram bons. Para mudar isso, a organização contratou um consultor que os auxilia a planejar o lançamento de produtos com até um ano de antecedência. “Quem sai vendendo seus produtos sem fazer uma análise detalhada do mercado corre mui-

Horizonte rastreado

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tos riscos porque não sabe direito como vai apresentar sua solução nem mes-mo como vai atingir seu público-alvo.”

O planejamento estratégico tam-bém norteia os trabalhos da Ydreams. A empresa, especializada em desenvolver soluções que permitam experiências interativas combinando tecnologia e de-sign, organiza todos os seus processos pensando nas demandas que o mercado tem hoje e daquelas que ele deve ter no futuro, o que exige da corporação um in-

planejamento estratégico permite à Ydreams desenvolver soluções que permitam experiências

interativas combinando tecnologia e design

Karina, da Ydreams: “muitas empresas nos procuram porque estão envelhecendo, sem opções de oferecer novas experiências aos clientes”

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tenso planejamento. Criada em 2000 em Portugal por uma equipe de professores universitários, a empresa tem hoje filiais no Brasil, na Espanha e nos Estados Uni-dos, e mais de 150 colaboradores envol-vidos em projetos de pesquisa baseados no conceito de realidade aumentada.

ponto de venda

A empresa trabalha a partir de pes-quisas de mercado para entender, por exemplo, quais tecnologias podem apro-ximar as marcas dos clientes nos pontos de venda. Depois de identificadas as oportunidades, a equipe de técnicos da empresa trabalha para desenvolver sis-temas de biometria que identifiquem os usuários, robôs ou mesmo painéis inteli-gentes que permitam novas experiências para os consumidores. O processo de concepção da ideia até o desenvolvimen-to da solução pode demorar anos. Antes

de chegar ao mercado, um equipamento tecnológico desenvolvido pela Ydreams pode levar até dois anos para ficar pron-to e para ter sua patente reconhecida.

No Brasil, a empresa ainda não tem um laboratório de pesquisa para desen-volver novos equipamentos tecnológicos. A filial brasileira tem trabalhado principal-mente para criar aplicativos para o setor da publicidade. A diretora da Ydreams no País, Karina Israel, explica que já foram feitos no Brasil anúncios interativos para serem exibidos nos cinemas, em que o

público podia interagir com o vídeo, sis-temas para o Museu da Energia no Rio de Janeiro e mesas educacionais que foram utilizadas em escolas do Grupo Positivo.

Karina explica que um dos focos de trabalho da empresa no Brasil tem sido oferecer novas soluções para bancos e su-permercados – projetos como o de prate-leiras interativas e o de um sistema de bus-cas que permite que o cliente, ao chegar a um supermercado, digite em uma tela to-dos os ingredientes que precisa para uma receita e o sistema mostra onde estão os produtos no supermercado, separando-os para o consumidor. “Preocupadas, muitas empresas têm nos procurado porque es-tão envelhecendo e parando no tempo sem ter opções de oferecer novas expe-riências para seus clientes. Esse é o caso dos supermercados e dos bancos. Se você olhar um supermercado da década de 1970 verá que ele não é muito diferente dos supermercados de hoje.”

“quando se cria uma cultura de planejamento,a empresa monitora melhor seusresultados”, diz morita

lançamentos de produtos são planejados com até um ano de antecedência pela Control Service

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lição de Vidarumo com metas e objetivos bem definidos ajuda a perseverar na busca do que foi planejado

A família Schürmann, que já deu duas voltas ao mundo a bordo de um veleiro, sabe muito bem a importância de se elaborar um planejamento estra-tégico. Antes de sair navegando pelo mundo, eles levaram 10 anos para orga-nizar a primeira viagem e três anos para planejar a segunda. Vilfredo Schürmann não considera que essa longa espera te-nha sido uma perda de tempo – para o capitão, o sucesso das duas expedições é resultado do que ele, a esposa e os filhos planejaram.

A experiência bem-sucedida da famí-lia motivou Vilfredo Schürmann, que é economista, a aliar seus conhecimentos sobre planejamento de viagens, motiva-ção de equipe e liderança aos concei-tos do mundo empresarial. Ele criou a Schürmann Corporate e tem organizado uma série de palestras, treinamentos e eventos para empresas. “Eu percebo que sem planejamento as coisas não funcionam. É importante ter um rumo com metas e objetivos bem definidos, e cada um dos colaboradores deve saber o que se pretende alcançar. O plane-jamento não é só importante em uma empresa, mas também na vida. Muitas tempestades passam e se as pessoas não tiverem perseverança dificilmente alcançarão o que foi planejado.”

Além de palestras, Schürmann de-senvolveu, em parceria com o consul-tor Alberto Moraes Barros Neto, um programa de outdoor training em que ele leva gestores de empresas para par-ticipar de uma regata. O detalhe é que nessa competição quem comanda o ve-leiro são os próprios gestores que estão

Schürmann: “É importante ter um rumo

com metas e objetivos bem definidos, e cada um dos colaboradores

deve saber o que se pretende alcançar”

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cícios mais bem-sucedidos já realizados pela empresa”, avalia Souza.

As regatas organizadas pela Schür-mann Corporate podem ser feitas com uma equipe de no mínimo seis e de no máximo 400 pessoas. As provas costumam ser realizadas em Ilha Bela (SP), Angra dos Reis (RJ) e Florianópolis e há equipes mé-dicas e de velejadores profissionais que acompanham a regata.

lINha dIreta

Control Service:www.controlservice.com.bressence: www.essencebr.com.brmarcos morita:www.marcosmorita.com.brSebrae: www.sebrae.com.brSchürmann Corporate:www.schurmann.com.brdreams: www.ydreams.com

sendo treinados. O capitão explica que, antes de entrar no barco, todos os par-ticipantes passam por um treinamento em que recebem informações sobre o funcionamento do veleiro e sobre as funções que precisam ser desempe-nhadas em equipe para que se possa navegar. “Muitas vezes nós colocamos no mesmo barco pessoas de diferentes níveis hierárquicos, como o presidente, diretores, gerentes e até vendedores. A proposta é fazer com que eles se plane-jem e saibam trabalhar em equipe. No barco, eles conseguem vivenciar isso. A

ideia é que eles levem essas lições para a empresa e para a vida toda.”

Depois de velejar, os participantes analisam junto com Vilfredo Schürmann e o consultor Alberto Moraes Barros Neto a performance da equipe e quais ações poderiam ser realizadas para melhorar seus resultados. “Em muitos casos nós observamos que há diretores que não escutam seus colaboradores e na regata nós conseguimos perceber isso. Se quem estiver comandando o barco não escutar sua equipe, ele toma-rá as decisões erradas.”

O diretor administrativo da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), Pau-lo César Nunes de Souza, conta que conseguiu mudar seus processos na empresa a partir desse treinamento. “Nosso objetivo foi fazer um exercício que reforçasse na Comgás o espírito de equipe. Além de atingir os objetivos, participar da regata causou uma ótima impressão na equipe. Foi um dos exer-

muitas tempestades passam e se as pessoas não tiverem perseverança dificilmente alcançarão o planejado

treinamento em veleiros ensina a importância do planejamento e trabalho em equipe

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t r i B u t o s

aditivadoampliação do teto e parcelamento dos débitos beneficiam mais de meio milhão de micro e pequenos empreendedores

super

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Comicro) e tem como base infor-mações da Receita Federal. O cálculo leva em conta as empresas que deixariam de se enquadrar no Supersimples por esta-rem inadimplentes com o Fisco ou por ultrapassarem o teto de faturamento es-tabelecido pela lei.

O Projeto de Lei 77/11, de autoria da Presidência da República e aprova-do por unanimidade pelos senadores, aumentou em 50% o valor máximo da receita bruta anual das empresas inscri-tas no sistema. A partir de 2012, o teto da microempresa passa de R$ 240 mil para R$ 360 mil e o da pequena de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. O pro-jeto também estabelece novo teto para o microempreendedor individual, de R$ 36 mil para R$ 60 mil. Outra mudança importante é a criação do parcelamento automático dos débitos dos participan-tes do Supersimples em até 60 meses.

A partir de 2012, os inscritos também poderão exportar até o limite máximo do seu faturamento.

Criado em julho de 2007 em substi-tuição ao Simples, o Supersimples é um regime diferenciado de tributação que permite o pagamento de tributos fede-rais, estaduais e municipais por meio de uma alíquota única. Esta alíquota varia de 4% a 17,4%. É difícil quantificar os bene-ficiados, mas com o reajuste da tabela do Supersimples muitos empreendimentos que se enquadravam como pequenos passarão a ser considerados microem-presas, assim como médios negócios, antes excluídos do regime, poderão se inscrever como pequenos, recolhendo menos tributos. Hoje existem cerca de 5,5 milhões de empresas participando do Su-persimples, entre as quais 1,6 milhão são empreendedores individuais.

As faixas de faturamento e o teto da receita bruta anual estavam congelados

por Cléia [email protected]

Pelo menos 600 mil micro e peque-nos empreendedores deixarão de ser ex-cluídos do Supersimples em 2012 após a aprovação pelo Senado Federal, no dia 5 de outubro, do projeto de lei que reajusta o teto da receita bruta e permite o parce-lamento dos débitos fiscais das empresas inscritas neste regime tributário. A esti-mativa é da Confederação Nacional das

Senadores aprovaram por unanimidade o projeto, mas ficaram de fora a inclusão de novas categorias e a substituição tributária

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desde que o Supersimples entrou em vigor. O percentual de 50% aprovado pelo Senado corrige a inflação no perí-odo de 2007 a 2011 – em torno de 25% – e já projeta a inflação até 2014. Para o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, a correção é um estímulo ao crescimento dos pequenos negócios no Brasil. “Completamos quatro anos do Supersimples e temos o que comemo-rar. Tínhamos 1,3 milhão de empresas no antigo Simples e passamos a ter 5,5 milhões. Isso já é a expressão forte de como ele foi positivo. Aquele temor dos estados e municípios de perda de arre-

suPersiMPles

regime diferenciado de tributação que permite o pagamento de tributos federais, estaduais e municipais por meio de uma alíquota única.

5,5 milhões de empresas inscritas – 93,2% dos micro e pequenos empreendimentos formais brasileiros e 91,6% do total de empresas do país.

Novo teto da receita bruta a partir de 2012:empreendedor individual – r$ 60 milmicroempresas – r$ 360 milpequenas empresas – r$ 3,6 milhões

luiz barretto, do Sebrae: correção é um estímulo ao crescimento dos pequenos

negócios no brasil

cadação não se confirmou. Os princi-pais impostos cresceram acima de 300% nesses quatro anos”, afirma Barretto.

oxigênio

Na avaliação do presidente da Comi-cro, José Tarcísio da Silva, as mudanças trazem um novo fôlego para o segmen-to. “O aumento do teto do faturamento oxigena os micro e pequenos negócios, principalmente quem estava na faixa de estrangulamento. É uma maneira de incentivar o segmento em vez de penalizá-lo por crescer”, afirma Silva. O dirigente ressalta a participação das mi-cro e pequenas empresas na geração de empregos no Brasil. “Elas respondem por 20% do PIB, ou seja, em termos de impostos não representam muito para o País. No entanto, empregam mais de 70% da mão de obra”, argumenta.

A Associação Brasileira de Franchising

“É uma maneira de incentivar o segmento em vez de penalizá-lo por crescer”, diz tarcísio

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abF: www.portaldofranchising.com.brComicro: www.comicro.org.brConfirp: www.confirp.comSebrae: www.sebrae.com.br

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PlanejaMentotriButário

Nem sempre o Supersimples é a melhor opção de regime tributário para as micro e pequenas empresas. o alerta é do diretor-executivo da Confirp Contabilidade, richard domingos. “Não estou questionando o be-nefício, mas a receita bruta não é a única questão que deverá ser avaliada na hora do enquadramento”, ressalta o executivo. Se-gundo ele, é preciso fazer uma “simulação” para saber em qual regime a empresa terá maiores benefícios – Supersimples, lucro presumido ou lucro real. “há fatores que precisam ser levados em conta, como núme-ro de funcionários e perfil dos fornecedores. muitos empresários só descobrem isso de-pois de optar e acabam tendo que ficar um ano engolindo o erro.” para domingos, num país onde a carga tributária pode chegar a 37% do valor do produto, o planejamento tri-butário bem-feito é uma obrigação.

(ABF) também comemorou o reajuste do teto do Supersimples. “Acompanha-mos de perto esse processo e entende-mos sua aprovação como uma redução de tributos que vai beneficiar muito o franchising brasileiro, dando condições a muitos franqueados de se manterem no Supersimples”, afirma Ricardo Bomeny, presidente da entidade. Segundo ele, o franchising brasileiro tem um total de 95 mil pontos de venda espalhados pelo País, dos quais pelo menos 85% estão inscritos neste regime tributário. “Para 2012, podemos esperar uma atuação ainda mais forte do segmento com essa mudança”, diz Bomeny.

Impacto significativo

De acordo com o Sebrae, os ne-gócios enquadrados no Supersimples representam 93,2% dos 5,9 milhões de micro e pequenos empreendimentos formais brasileiros, e 91,6% do total de empresas existentes no País. Para a entidade, esses números dão conta do impacto que o reajuste na tabela do Supersimples pode trazer para a cultura empreendedora do Brasil. Se-gundo Barretto, o ambiente legal é um dos fatores que ajudam a aumentar o índice de sobrevivência dos pequenos negócios. Pesquisa divulgada recen-temente pelo Sebrae mostrou que de cada 100 micro e pequenas empresas abertas no Brasil, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência.

As reivindicações das micro e peque-nas empresas não se encerram com o rea-juste da tabela do Supersimples. O ano de

2012 promete novos debates no Congres-so Nacional para discutir itens que ficaram de fora da votação do dia 5 de outubro. Entre eles, a polêmica substituição tribu-tária, recolhimento de tributos feito na origem pelos fiscos estaduais, que acabam anulando os benefícios concedidos pelo Supersimples. “Não somos contra a subs-tituição tributária, ela deve existir, mas não para as empresas beneficiadas pelo Super-simples. Tenho certeza que os estados te-riam um retorno muito maior se eliminas-sem a cobrança aos pequenos negócios, que não significam muito em arrecadação, mas sim em geração de emprego”, diz o presidente da Comicro.

ambiente legal ajuda a aumentar asobrevivência dos pequenos negócios

richard domingos, diretor-executivoda Confirp Contabilidade

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uso de tablets nas empresas aumenta com a disseminação de aplicativos corporativos

na mãoPraticidade

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por mônica [email protected]

Um dos objetos de desejo mais co-biçados pelos amantes de tecnologia, os tablets cada vez mais invadem o seg-mento corporativo. Seja para demonstrar produtos, substituir notebooks, facilitar a interação de equipes ou até mesmo apresentar o cardápio de um restauran-te ou o catálogo de roupas de uma loja, equipamentos como iPad – só para citar o mais famoso – estão ganhando espaço no planejamento estratégico de empresas que prezam por mobilidade e interação. Segundo estudo internacional realizado pela ChangeWave Research, o número de empresas que adotaram tablets pratica-mente dobrou só no primeiro trimestre de 2011. De acordo com o relatório, 14% das cerca de 1,6 mil companhias entre-vistadas planejavam comprar os equipa-mentos, sendo que 7% já os forneciam para alguns colaboradores.

Os dados apontam ainda que a Apple permanece dominante no fornecimen-to de tablets para o mercado corporati-vo. Entre as instituições que planejavam comprar um aparelho, 78% mencionaram que o dispositivo escolhido seria o iPad. Em segundo lugar ficaram empatados o Streak, da Dell, e o PlayBook, da Research in Motion (RIM), com 9% dos votos. Em terceiro lugar ficou o Slate, da Hewlett-Packard (HP) com 8%.

Por aqui não tem sido diferente. No início do ano, por exemplo, o laboratório Eurofarma adquiriu 600 iPads. Estima-se que foi a maior compra do gênero reali-zada por uma companhia brasileira, com custo total aproximado de R$ 1,5 milhão. Os equipamentos destinam-se a facilitar a rotina de trabalho dos propagandistas da marca, agilizar treinamentos e con-trole do trabalho. Com a adoção do ta-blet, a empresa espera ainda reduzir as impressões em pelo menos 55 toneladas de papel ao ano.

Mas, afinal, para quais tipos de negó-cios o uso de tablet é mais indicado? Na opinião de Fred Alecrim, consultor em-presarial da Ponto de Referência, equipes de vendas, agências de publicidade, pres-tadores de serviço e o varejo em geral são os principais beneficiados com a tecnolo-gia, embora as possibilidades de aplicação sejam ilimitadas. “Os dispositivos podem se adequar a qualquer área ou segmento, já que é possível desenvolver aplicativos específicos para quaisquer necessidades.”

O varejo foi um dos primeiros a apos-tar nos tablets com o objetivo de aprimo-rar a experiência de compra. “Entre os pioneiros estão restaurantes internacio-nais – como o australiano Mundo Global Tapas e o South Gate, de Nova York – que inovaram apresentando cardápio e carta de vinhos no iPad”, conta Alecrim. No Bra-sil também começam a surgir iniciativas semelhantes, como no Bar Brahma, em São Paulo e no restaurante Sushi Yuzu, de Blumenau (SC), que estão entre os pionei-ros no País a adotar o iPad em substituição ao cardápio. Através do equipamento, os clientes podem visualizar o menu com-pleto, ver fotos dos pratos, ler comentá-rios e só depois fazer o pedido – que vai diretamente para a cozinha – através de um aplicativo próprio. “Além de propi-ciar interatividade aos clientes, o uso do iPad em restaurantes oferece informações mais completas sobre os pratos e deixa os garçons livres para realizar outras ativida-des. Sem falar que facilita a atualização e economiza a reimpressão de cardápios”, aponta Alecrim.

Outro exemplo de uso de tablets no varejo é o caso da Billabong, grife de rou-pas de praia que instalou os dispositivos na loja do Shopping Iguatemi Alphaville, em Barueri (SP). A unidade é considera-da a primeira loja inteligente da América Latina graças às modernas aplicações de RFID que abrangem do provador aos ex-positores, incluindo processos logísticos,

na mão Varejo foi um dos primeiros a usar tablets para aprimorar a experiência de compra

Na loja inteligente da billabong, tablets são utilizados para fornecer mais informações sobre as mercadorias para os clientes

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Inclusive, já é possível utilizar os gadgets para melhorar a segurança. “Os disposi-tivos servem como centrais de monito-ramento móveis para as empresas que adquirem nossos softwares e hardwares para monitoramento de imagens”, expli-ca Paulo Schwochow, diretor da Seventh, companhia especializada em automação inteligente e segurança eletrônica.

Através dos sistemas desenvolvidos pela empresa, é possível visualizar todas as imagens das câmeras instaladas no esta-belecimento em tablets ou smartphones, com a possibilidade de acessá-las a qual-quer momento e de qualquer local que disponha de conexão wi-fi. “Além disso, os clientes que optarem por nossos sistemas de automação (acendimento de luzes, abertura de portas, etc.) também podem realizar ações via tablets a distância. Um exemplo é quando uma pessoa viaja e, além de observar sua casa ou empresa de onde estiver, também pode enviar coman-dos de automação para equipamentos co-nectados, tornando a segurança mais ágil e efetiva”, explica Schwochow. Uma das empresas que já adotou a tecnologia é a Carmen Steffens, grife de calçados femini-nos com sede em Franca (SP).

Não é só o varejo que tem se bene-ficiado da mobilidade oferecida pelos

inventários e prevenção de perdas, entre outros. Os tablets, nesse caso, são utili-zados para fornecer mais informações sobre as mercadorias para os clientes. Através de um sistema chamado “expo-sitor inteligente”, os consumidores po-dem simplesmente remover um item da prateleira e segurar a etiqueta próxima a uma antena RFID. Com base no núme-ro de identificação da tag, os dados são transmitidos para um iPad que, na sequ-ência, fornece informações sobre o item em questão e outros complementares. “A ideia aqui é inovar e proporcionar uma experiência diferente para os clientes”, explica Alecrim.

Vantagens múltiplas

Mas a utilidade dos tablets no seg-mento corporativo vai muito além do apelo ao consumidor. Agilidade, descen-tralização das informações, ganho de tempo e diminuição de custos com liga-ções e impressões são outras vantagens.

dispositivos servem como

centrais de monitoramento

móveis

alecrim, da ponto de referência, equipes de vendas, agências de publicidade, prestadoresde serviço e varejo em geral são os principais beneficiados com a tecnologia

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billabong: www.billabong.com.brFred alecrim: www.pdr.com.brmotorola: www.motorolasolu-tions.comSeventh: www.seventh.com.brSoftplan/poligraph: www.softplan.com.br

lINha dIreta

tablets, caso da construção civil. Devido a características intrínsecas ao segmento, construtoras e incorporadoras sempre encontraram problemas em aplicar os recursos de tecnologia da informação na prática. Por meio de aplicativos e softwa-res desenvolvidos sob medida, agora as empresas do ramo já podem, com baixo investimento, usufruir de modernos sof-twares de controle, gestão e processos nos canteiros de obra e estandes.

“Os tablets podem e devem ser usa-dos por quaisquer profissionais da área, de mestre de obras aos diretores de construtoras e incorporadoras”, afirma Marcus Anselmo, especialista em TI e gerente comercial da Softplan/Poligraph, empresa responsável pelo desenvolvi-mento do Sienge, software de gestão em-presarial voltado para a construção civil. Para o executivo, a grande vantagem é a

agilidade na tomada de decisões. “Saiu uma decisão agora que diz que as cons-trutoras serão multadas se atrasarem a entrega dos edifícios. Usar um sistema de gestão no tablet ajuda exatamente nisso, a verificar todo o negócio e evitar contra-tempos”, exemplifica.

Para Fred Alecrim, embora os tablets corporativos sejam uma inegável ten-dência, não basta apenas adotá-los por mero “modismo”. “É preciso incorporar a questão da mobilidade à cultura e às estratégias da empresa, para que o in-vestimento realmente retorne em bene-fícios como melhora da experiência de compra, redução de custos e facilidade de comunicação.”

Produzido pela Apple, o iPad é co-nhecido por ser leve, prático, intuitivo e sensível ao toque. Embora seja a prin-cipal referência quando o assunto é ta-blet, está longe de ser a única opção do mercado. O Galaxy, da Samsung, é um dos maiores concorrentes do iPad. Sem falar que grandes marcas como Dell, HP, Lenovo e Microsoft também se preparam para lançar seus gadgets.

Há ainda tablets desenvolvidos es-pecificamente para o mercado corpo-rativo, caso do ET1, desenvolvido pela Motorola Solutions. Ideal para o varejo,

ipad (apple): a partir de r$ 2 mil

galaxy (Samsung): a partir de r$ 1 mil

Ideapad (lenovo): r$ 1,5 mil

Iconia tab (acer): r$ 1,1 mil

motorola xoom (motorola): r$ 1,4 mil

Preço MÉdio

“É preciso incorporar a questão da mobilidade à cultura e às estratégias da empresa”, diz alecrim

o equipamento agrega maior durabilida-de, opção de leitor de código de barras e de etiquetas magnéticas, conjunto de baterias e software para segurança do sistema. Acessórios como estações de carregamento múltiplo e bluetooth, por exemplo, também estão disponíveis. “O ET1 permite que os funcionários da loja tirem proveito do design elegante e da experiência do usuário de um tablet com as aplicações, segurança, gerencia-mento de dispositivos e suporte de ciclo de vida do produto exigido pelos vare-jistas. A robustez do tablet, que resiste a colisões e quedas, também atende às necessidades dos trabalhadores de se-tores como manufatura e logística”, de-clara Girish Rishi, vice-presidente cor-porativo e gerente-geral de computação móvel da Motorola Solutions.

aplicativos facilitam o monitoramento das equipes de venda e seus resultados

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preciosoFormação: direito com mestrado em Sociologiaempresa: Água mineral timbuano de fundação: 1962Cidade-sede: almirante tamandaré (pr)Funcionários: 90

Maria alice silveira carneiro

aprimoramentos na gestão e inovação nos produtos fazem da Água mineral timbu uma marca modelo

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por mônica [email protected]

Capacidade de se adaptar a diferentes funções é uma das características que mais chamam a atenção na trajetória profissio-nal de Maria Alice Silveira Carneiro, sócia-diretora da indústria água Mineral Timbu, instalada nas imediações de Curitiba. Ad-vogada por formação, ela era professora de sociologia na Universidade de Vancou-

ver, no Canadá, quando aceitou a proposta de voltar ao Brasil para se dedicar à gestão da companhia fundada há cinco décadas por seu pai, Samuel Silveira. “Caí aqui meio que de paraquedas, uma coisa que contradiz todos os manuais de gestão”, reconhece a empresária, há sete anos no comando da empresa.

Contrariando todas as regras, a su-cessão na água Mineral Timbu ocorreu sem nenhum planejamento. E deu certo.

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Apaixonado pelo negócio – tanto que tra-balhou até o fim da vida – Samuel Silveira, que veio a falecer no fim de 2010 aos 90 anos, só resolveu “passar o bastão” quan-do chegou aos 84 anos e sentiu que estava na hora de diminuir o ritmo de trabalho. Decidiu então oferecer a direção a uma das três filhas: uma médica morando nos Estados Unidos há mais de 30 anos, uma empresária e outra – Maria Alice – advoga-da, que à época morava no Canadá. “Meu pai nunca quis nenhuma filha trabalhan-do com ele e a vida foi nos levando para caminhos diferentes, cada uma com uma profissão distinta”, conta.

“A mais atirada das três”, como ela mes-ma se define, Maria Alice aceitou o desafio: estava na hora de voltar ao Brasil e assumir a empresa da família. Empreendedora, ela já havia sido proprietária de uma editora de revistas em São Paulo no início da déca-da de 1990. Também havia sido professora

universitária, além de advogada, mas nun-ca tinha trabalhado numa indústria antes.

Talvez seja por isso que, quando assu-miu a diretoria da água Mineral Timbu, em 2004, Maria Alice tenha enfrentado a des-confiança do próprio pai. “Por mais que estivesse consciente da necessidade da sucessão, ele questionava algumas estraté-gias, tinha receio que eu inovasse demais”, relembra a empresária, que em pouco tempo não só provou que tinha afinidade com o negócio como também elevou a rentabilidade e conquistou feitos inéditos, como a certificação ISO 9001 e a entrada em novos mercados.

Durante os primeiros seis meses à frente da companhia, Maria Alice fez uma espécie de “treinamento intensivo”, com direito a uma mesa colocada ao lado da mesa do pai, para que tivesse acesso a to-dos os detalhes do negócio. Por um ano ficou observando e conhecendo todos os

processos da empresa e depois, por mais dois anos, o pai ainda participava ativa-mente da direção. Ao todo, o processo de sucessão levou três anos.

“Aos poucos fui trazendo coisas novas e assumindo o controle, contratei uma consultoria empresarial, dei entrada na IS0 9001 e aumentei a rentabilidade a partir de novas frentes de negócio”, enumera a em-presária. Entre as estratégias implantadas está o contrato com o Walmart para for-necer a água de marca própria da rede va-rejista no Paraná. “Quando conquistamos a ISO, vi um sorriso imenso no rosto do meu pai. Foi uma renovação na empresa”, orgulha-se Maria Alice.

Sem desperdícios

Outra inovação implantada pela em-presária é a logística reversa, que abran-ge praticamente 100% dos materiais uti-

Novos produtos e embalagens são ações capitaneadas por maria alice que ajudaram

a elevar a rentabilidade da empresa

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lizados. “Não jogamos nada fora. Ou é reutilizado, ou devolvido para os forne-cedores ou encaminhado para recicla-gem”, afirma. A companhia investe em parcerias com seus fornecedores para devolver o material usado em embala-gens e receber um desconto na próxima compra. Um exemplo são os plásticos que envolvem os protótipos das garra-finhas pet, que são devolvidos para o fornecedor para embalar novamente. As caixas de papelão também são usadas como divisórias para armazenar o es-toque. No momento, os colaboradores vão testar outra receita: construir um aquecedor de água com garrafas pet. “Quando ficar pronto, a ideia é testar na própria empresa e, se der certo, pode-mos ampliar para a residência dos fun-cionários”, explica a diretora.”

Novos produtos e embalagens – como a inédita garrafa de 650 mililitros – são ou-tras ações capitaneadas por Maria Alice. “São necessidades que surgem com a mo-dificação da empresa e do mercado como um todo ao longo dos anos, incluindo a qualificação, cuidados com a qualidade e segurança alimentícia que não existiam antes, quando meu pai fundou a compa-nhia”, reflete.

Fundada em 1962, a água Mineral Timbu surgiu no tempo em que água mi-

Água mineral timbu: www.aguatimbu.com.br

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a água produzida em Curitiba segue pa-drões internacionais, concorrendo com as mais famosas marcas do mundo”, comen-ta a empreendedora.

As iniciativas inéditas ajudam a rever-ter os desafios impostos por um mercado cada vez mais concorrido. Se antes a Tim-bu tinha apenas um grande concorrente na região, hoje em dia a marca compete com diversas outras marcas recém-lança-das. “Assim como ocorreu em São Paulo e outras regiões do País, o número de fon-tes de água mineral praticamente triplicou na última década”, informa Maria Alice.

A receita da longevidade, na opinião da empresária, consiste em investir na exce-lência dos produtos e serviços oferecidos. “Somos uma indústria, mas também atua-mos no varejo, então é preciso ter canais de venda eficientes, incluindo pós-venda, um ótimo atendimento e contato perma-nente com clientes e fornecedores”, reco-menda a empresária, que pretende seguir investindo em novos produtos e tecnolo-gias. “Em 2012 a ideia é lançarmos mais algum item complementar ao mix.”

lINha

do

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1962

2001

2004

2009

2010

2011

Samuel Silveira funda a Água mineral timbu, com sede no município de almirante tamandaré (pr)

ampliação do espaço para engarrafamento de galões de 20 litros, totalizando 800 metros quadrados de área de descarga, lavagem e higienização, envase e carregamento de galões

maria alice Silveira Carneiro retorna do Canadá para assumir a direção da empresa ao lado do pai

torna-se a primeira empresa de água mineral do paraná a conquistar o ISo 9001

após a morte do pai, aos 90 anos, maria alice assume completamente a direção da empresa

Inauguração da boutique timbu, localizada no bairro batel, área nobre de Curitiba

Maria alice silveira carneiroÁgua mineral timbu

neral era considerada remédio e comer-cializada exclusivamente em farmácias. “Hoje em dia não se pensa mais na vida sem água mineral, trata-se de um produ-to de uso comum. Já nas décadas de 1960 e 1970, o mercado era restrito às farmá-cias”, rememora Maria Alice. Reflexo do crescimento do mercado, atualmente o mix de produtos da empresa inclui ga-lões de 10 litros, garrafas pet de 5 litros, 1,5 litro, 500 e 250 ml, copos de 200 e 300 ml e água com gás. Ao todo, são envasa-dos 600 mil galões de 20 litros ao ano, distribuídos na região metropolitana de Curitiba e litoral do Paraná.

loja conceito

A mais nova aposta da empresa é a Boutique Timbu, inaugurada no Bairro Batel, área nobre de Curitiba. Trata-se de uma loja conceito, com ambiente e aten-dimento diferenciados, incluindo serviço de entrega feito com bicicletas estilizadas. A decoração inclui um painel com fotos da indústria e apresentação da fonte. Além de todo o mix de águas de marca própria, o ponto de venda oferece as principais marcas de água do mundo, como Perrier, San Pellegrino e Panna. “O objetivo da bu-tique é institucional, queremos trabalhar a marca num espaço a altura e mostrar que

Na loja conceito, mix de produtos timbu fica lado a lado com as marcas de água mais famosas do mundo

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As publicações da editora Empreendedor têm sempre artigos, notícias e dados atualizados sobre o mundo dos negócios.Com 18 anos de história, a Empreendedor é a maior editora brasileira voltada ao empreendedorismo e às inovações do mundo dos negócios.Publica as revistas Empreendedor e Dirigente Lojista, além de manter o mais acessado site sobre empreendedorismo: www.empreendedor.com.br.Na hora de buscar informações ou falar com empreendedores de todos os portes, conte com as nossas publicações.

O mundo dos negócios é muito grande para você se aventurar sozinho.

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Marca

por Cléia [email protected]

O Brasil tem 79 redes de franquias presentes em 49 países dos cinco con-tinentes. O número é considerado pe-queno para um universo de mais de 1,6 mil marcas nacionais que fazem parte do segmento no País. Não é por falta de potencial. Existem muitas franquias bra-sileiras em condições de conquistar con-sumidores em outros países. Na opinião do presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Ricardo Bomeny, a decisão de franqueadores em adiar pro-jetos de internacionalização é resultado da combinação de dois fatores: o forte crescimento do mercado brasileiro e o câmbio desfavorável para exportações.

“Vivemos um momento no Brasil

quase 80 redes brasileiras atuam em outros países, número muito baixo considerando o potencial das empresas nacionais

globalPortugal

com muitas oportunidades de expansão, sobretudo no interior do País. Há vários municípios novos recebendo franquias, seja por iniciativas isoladas ou por meio da construção de shoppings, que têm média de 70% de franquias em seu mix de lojas. Essa questão, associada ao dó-lar ruim para a exportação, tem levado muitos empresários brasileiros a investir no País em detrimento de uma expansão internacional”, explica Bomeny. Segundo o executivo, isso não significa que não houve avanços nos últimos anos. Há dois anos, havia apenas 50 marcas brasileiras atuando no exterior – 29 a menos.

A meta da ABF é elevar esse núme-ro para 120 marcas internacionalizadas em quatro anos. “É um aumento lento porque nem todas as empresas estão preparadas para exportar. É uma questão

que demanda tempo”, observa Ricardo Camargo, diretor-executivo da entidade. A ABF, por meio de sua diretoria interna-cional, tem investido em missões empre-sariais para países de todo o mundo. O objetivo é ajudar o franqueador a planejar sua entrada no mercado internacional. A entidade também produz relatórios com informações sobre a economia e infraes-trutura disponível em vários países que são foco das franquias brasileiras.

A próxima feira de negócios ABF Franchising Expo, marcada para junho de 2012, deve contar com a presença de 20 delegações estrangeiras. “Precisa-mos trazer empresários de outros paí-ses para conhecer nossas redes”, afirma Camargo. Para o executivo, o País ainda não tem uma marca “Brasil” consolida-da, apesar de algumas redes já contarem

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globalcom grande projeção internacional. É o caso da rede de lojas de calçados Via Uno, que já superou a marca de 100 pontos de venda no exterior, e a marca O Boticário, com mais de 70 lojas exclu-sivas e cerca de 600 pontos de venda distribuídos pelos cinco continentes.

riscos

Portugal é o país com maior número de franquias brasileiras (33 marcas), se-guido de Estados Unidos, Argentina, Pa-raguai e Uruguai. Recentemente Angola, na áfrica, tem se destacado como novo destino, mas o alvo da ABF são a América Latina e a América Central. Segundo Ca-margo, barreiras comerciais são comuns e não podem ser impeditivas. A Via Uno, por exemplo, teve que montar uma fábri-

ca de calçados na Argentina para abaste-cer sua loja naquele país. No México, os problemas para desembaraço dos produ-tos exportados são imensos. Nos Estados Unidos, é preciso adaptar os contratos às diferentes legislações de cada estado.

Por outro lado, alguns especialistas acreditam que a atual hesitação das fran-quias brasileiras pode representar pro-blemas de competitividade num cenário mais adiante. “A sociedade brasileira está

israel

argentina

padula: apesar de já contar com seis lojas em operação no exterior, internacionalização ainda é projeto secundário para a hope

mercado interno forte e câmbio desfavorável desestimulam internacionalização

Camargo, da abF: o país ainda não tem uma marca “brasil” consolidada, apesar de algumas redes já terem projeção internacional

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bomeny, da abF: brasil é um destino cada vez mais procurado

por franquias estrangeiras

refinando seu padrão de consumo e a tendência é o Brasil se tornar atração para investidores externos”, alertou Maurício do Val, diretor do Departamento de Políti-cas de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior (MDIC), durante convenção realizada pela ABF no mês passado. O executivo apresentou o Proex Franquias, programa do governo federal que financia franquias brasileiras no exterior.

Segundo Val, o MDIC considera o franchising como estratégico dentro das políticas para o setor de comércio e serviços devido ao seu forte cresci-mento nos últimos anos. Enquanto o varejo cresceu 7% em 2010, o franchi-sing apresentou evolução de 20%. “Se considerarmos a pujança do segmento, o número de franquias com atuação internacional é muito pequeno, sobre-tudo na América do Sul, onde o Brasil representa 70% do PIB”, destacou Val. Para ele, as franquias brasileiras preci-sam globalizar suas marcas se quiserem garantir que a posição consolidada de hoje se mantenha no futuro.

De fato, o Brasil é um destino cada vez mais procurado por franquias estran-geiras. A ABF tem recebido um número

maurício, do mdIC: franquias brasileiras precisam se globalizar para garantir posição no futuro

meta da abF é elevar número de marcas internacionalizadas para 120 em quatro anos

crescente de consultas de redes interna-cionais sobre o mercado brasileiro. Con-forme Bomeny, o interesse é reflexo da crise nos Estados Unidos e Europa. “Es-ses países estão crescendo de lado, mas suas redes precisam continuar se expan-dindo porque muitas têm capital aberto e são pressionadas pelos acionistas. Por isso, estão se expandindo para o Oriente Médio, ásia e, mais recentemente, para a América Latina.” O executivo destaca as marcas espanholas, que já superam as americanas na América Latina.

Cautela

Com mais de 100 restaurantes no Brasil, a água Doce espera fazer sua es-treia no mercado internacional em 2012. Mas aposta na cautela para ter sucesso. “Primeiro queremos chegar a 120 unida-des no Brasil no ano que vem. Depois disso vou focar na exportação da marca”, afirma Delfino Golfeto, presidente e fun-dador da rede, especializada em culinária brasileira e cachaça. Porém, o empresário admite: se recebesse uma boa proposta para levar a marca para Angola, Colômbia ou Chile, não hesitaria em fechar negó-cio. “São países com situação econômica

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hesitação dos brasileiros pode trazer problemas de competitividade mais adiante

mário, da Chilli beans: “Chega um momento em que o mundo começa a pedir e não tem mais como dizer não”

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muito parecida com o Brasil e sem resis-tência aos sabores brasileiros”, justifica.

Golfeto conta que, recentemente, esteve na Argentina para dizer “não” à proposta de um investidor local que queria abrir uma franquia água Doce em Buenos Aires. “Amo a Argentina, mas sinto que eles ainda estão sofrendo com a economia do País e acho que o paladar do argentino não tem a ver com nosso tempero. Os hábitos deles ainda estão muito associados a massa, carne e vinho”, observa. “Por isso, eu convenci o investidor de que ainda é cedo, e ele disse que sua admiração pela marca au-mentou porque foi a primeira vez que um franqueador não olhou só para o dinheiro”, relata o executivo.

Em contrapartida, a Hope Lingerie chega ao mercado argentino com um

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Sociedade brasileira refina padrão de consumo e atrai investidores externos

golfeto: Água doce primeiro quer

chegar a 120 lojas no brasil – faltam

menos de 20 – para então focar na

internacionalização

lINha dIreta

abF: www.portaldofranchising.com.br Água doce: www.aguadoce.com.brapex: www.mdic.gov.brCasa do pão de queijo:www.casadopaodequeijo.com.brChilli beans: www.chillibeans.com.brhope: www.hopelingerie.com.br

plano de expansão bastante agressivo. A rede quer abrir 10 unidades no país até o final de 2012. A primeira loja foi inau-gurada no último dia 18 de outubro, em Buenos Aires, no badalado bairro de Palermo Soho. “Queremos aprender com a Argentina para, em 2012, dese-nharmos nosso projeto de expansão internacional e, em 2013, partirmos para o mercado externo com mais de-cisão de nossa parte. Até agora, fomos muito mais receptivos do que ativos. Na Argentina, foi o investidor que nos pro-curou”, afirma Carlos Eduardo Padula, diretor comercial da marca.

A loja em Buenos Aires é a sexta operação da Hope no exterior. A mar-ca, que aderiu ao franchising em 2005, tem duas franquias em Israel e três em Portugal. Padula explica que a proposta de internacionalização não implica em adaptação dos produtos da marca aos mercados locais. A ideia é levar a lin-gerie brasileira para o exterior. O exe-cutivo ressalta que a prioridade ainda é 100% o mercado brasileiro. “Estamos num momento ímpar, não dá para dei-xar espaços para os concorrentes na-cionais e também para os estrangeiros

que estão chegando.” A meta da Hope é dobrar o número de unidades neste ano, alcançando 115 lojas.

Com fortes planos de expansão para o exterior no passado, hoje a Casa do Pão de Queijo só quer saber do merca-do brasileiro. “A empresa que precisa ir para outro país para mudar hábito de consumo tem que ter muito dinheiro para isso. E hoje nós temos que nos vi-rar com os recursos que temos, não dá para fazer tudo. Entre investir numa ter-ceira marca no Brasil e internacionali-zar, eu prefiro a primeira opção”, afirma Alberto Carneiro Neto, presidente da rede, que conta com 450 lojas no Brasil. Em 2010, a marca comprou a marca O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo, rede portuguesa que abriu sua primeira loja no Brasil em 2007.

Para a marca Chilli Beans, a interna-cionalização é um caminho sem volta. A rede, especializada em óculos e acessó-rios, abriu sua primeira loja no exterior em 2005, em Portugal. Hoje, são seis pon-tos de venda naquele país, além de um quiosque em Angola, três unidades em Los Angeles e três na Colômbia. A meta, segundo Mário Ponci Neto, diretor de ex-pansão, é chegar a 2016 com 60 pontos de venda no exterior, sem abandonar o mercado brasileiro, que até lá deve al-cançar um total de 940 lojas. “Temos que construir a marca mundial, replicar nos-so sucesso aqui no Brasil. Chega um mo-mento em que o mundo começa a pedir e não tem mais como dizer não.”

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seu Pet com sobrenome Estima-se que só no Brasil existam algo em torno de 98 milhões de animais de estimação, segundo dados da Anfalpet (Associação Nacional dos Fabricantes de

Produtos para Animais de Estimação. De olho nesse mercado, a Seu Pet com Sobrenome chega ao mercado de franchising para atender às necessida-des deste que é um dos segmentos que mais crescem no País.

Lançada em 2011, a franquia, que oferece um serviço inédito – o registro oficial de animais de estimação com o sobrenome dos donos –, está em busca de franqueados em todo o Brasil. Podem ser feitos os

registros do nascimento (em qualquer idade), do batismo, do casa-mento e do óbito, além de testamento. A solicitação do registro do nascimento, por exemplo, custa R$ 150, e o cliente recebe o do-cumento oficial, uma versão em cor de sua escolha e uma versão reduzida em carteira de couro que são enviadas pelo correio.

No formato de microfranquias, os quiosques fixos podem ser instalados em shopping centers ou em outros pontos comer-ciais já existentes. Há ainda a opção de quiosque móvel, que pos-

sibilita atender em diversos lugares de acordo com a demanda. O custo inicial é de R$ 13 mil, com retorno estimado em seis meses. Além do atendimento nos quiosques, os registros também podem

ser adquiridos pelos clientes através da internet. Jefferson Ramirez, responsável pela expansão da rede, explica que este fator é mais um benefício aos franqueados.

“Os pedidos via site são direcionados à franquia que atende aquela região, garantindo a rentabilidade do negócio”, explica. www.seupetcomsobrenome.com.br

Plena expansãoAprovada pela Associação Brasileira de Fran-

chising (ABF) na categoria “Oportunidade de Negócios”, a Outlet Lingerie segue em expansão por todo o País. Com oito lojas em operação, até o final de 2011 serão inauguradas mais cinco unidades – em Fortaleza, Campo Grande, Santo André (SP), Jundiaí (SP) e Campinas (SP). “Nossa meta é chegar a 100 franquias em 2015”, explica Maurício Michelotto proprietário da rede.

O início do projeto foi marcado pela aber-tura da loja conceito, que servirá de padrão para toda a rede. Com um investimento inicial de R$ 150 mil, incluindo capital de giro e es-toque, o franqueado terá um faturamento mé-dio mensal em torno de R$ 60 mil e retorno do investimento no prazo estimado de 18 a 24 meses. www.outletlingerie.com.br

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doutor resolveCom 350 unidades em operação em todo o País, a Doutor Resolve

oferece serviços de pintura, elétrica, alvenaria, hidráulica e jardina-gem em residências e espaços comerciais, com atendimento exclu-sivo a lojistas e clientes de shoppings. A mais nova aposta da rede é um modelo de licenciamento de marca, com o objetivo de atender o número crescente de pessoas que atuam como autônomas e querem se profissionalizar.

Segundo o presidente da marca, David Pinto, o novo formato tem como foco cidades de até 15 mil habitantes. A taxa de adesão custa R$ 15 mil e o prestador de serviço trabalha em casa, dispensando custos com aluguéis. “Com o licenciamento da marca, pretendemos atingir cerca de 1,5 mil municípios até 2014”, diz.

Os profissionais que aderirem receberão um curso completo na Universidade Corporativa da rede e serão treinados para a realização das mais diversas atividades na área de reparos e reformas prediais, além de receberem uniforme, folhetos de divulgação, cartão de visitas e um kit de ferramentas completo. www.doutorresolve.com.br

cafés gourmetEstima-se que o mercado brasileiro de

cafés gourmet cresceu aproximadamente 17% em 2010. Apostando nesse filão, a rede de cafeterias Vanilla Caffè lança um novo formato de negócio que demanda menor investimento e atende as vendas em grandes centros comerciais. Além do modelo tradicional, que tem como padrão ambientes de 100 metros quadrados, ago-ra a marca disponibiliza lojas com espaço em torno de 40 metros quadrados e foco no atendimento express.

“Entre os diferenciais deste novo mo-delo estão a apresentação de um cardápio mais enxuto, mas que mantém toda a nossa linha de bebidas, salgados e doces, além do sistema de atendimento ao clien-te que é realizado no balcão”, explica Edu-ardo Pires, gerente de expansão da rede. A expectativa é que o franqueado recupere o investimento dentro de 24 a 36 meses. “Nosso cálculo é feito em cima do investi-mento mínimo de R$ 184 mil, mais capital de giro”, complementa o executivo.

Com 20 unidades em operação, a rede deve fechar 2011 com faturamento de R$ 12 milhões, estimando crescer de 20% a 30% com a implantação das novas lojas. “A franquia de modelo compacto vai viabilizar nossa operação em espaços menores, como shoppings, centros comerciais e hospitais”, avalia Pires. www.vanillacaffe.com.br

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Formação profissional

Com 72 escolas de formação profissional em 17 estados brasileiros, o Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos) dá sequência ao plano de expansão com a meta de crescer 50% até o final de 2012. A expectativa é abrir pelo menos 32 novas unidades até o final do período. Das novas franquias, três devem ser inauguradas ainda em 2011. Fundada em 1995, a rede aderiu ao sistema de franchising em 2003.

As escolas oferecem aproximadamente 40 opções de cursos profissionalizantes nas áreas administrativa, comercial, desenvolvimento pessoal, industrial, saúde e tecnologia. O investimento para abrir uma unidade varia de R$ 120 mil (municípios com até 100 mil habitantes) a R$ 250 mil (indicado para cidades com mais de 100 mil moradores). O retorno está previsto para ocorrer entre 18 e 24 meses.

Um dos diferenciais da rede é oferecer em todas as unidades um programa de RH que encaminha para o mercado de trabalho os alunos recém-formados. “O encaminhamento dos profissionais acontece de forma gratuita, tanto para o aluno quanto para as empresas”, explica o presi-dente do Cebrac, Wilson Roberto Giustino. Em 2011, pelo quarto ano consecutivo, a marca conquistou o Selo de Excelência da ABF no seg-mento de Treinamento e Cursos. www.cebrac.com.br

ginástica de luxoEstima-se que, nos últimos cinco anos, o mercado

de luxo cresceu 60% no Brasil, impulsionado pelo au-mento da massa economicamente ativa no mercado doméstico e por um novo olhar que empresas estran-geiras lançaram sobre o País. Só em 2010, o faturamen-to do setor, em reais, subiu 28% comparado a 2009, e alcançou R$ 15,7 bilhões. Até o fim do ano a previsão é que chegue a R$ 20 bilhões, totalizando um cresci-mento de 33%, segundo dados da consultoria GFK.

De olho nesse filão, o mercado de franchising apresenta um número crescente de redes dispostas a servir o chamado público AAA. É o caso da rede norte-americana de academias de ginástica Fitness Together, focada no treino funcional em estúdios individuais, com instrutores particulares, atendendo exatamente aos desejos dos clientes de luxo, que prezam por serviços personalizados e exclusivos.

Para viabilizar esse tipo de aula, cada unidade con-ta com dois ou três estúdios, que possuem estrutura completa para a prática de diversos tipos de exercí-cios, seguindo a filosofia de treinamento funcional. No estúdio ficam apenas o treinador e o aluno, para que haja dedicação integral e sucesso de ambos. Os resultados são medidos sistematicamente em sessões de avaliação física do aluno e os dados são utilizados para a definição de uma próxima etapa de treinos. www.fitnesstogether.com.br

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Novo formato

Especializada em beleza e bem-estar, a OligoFlora acaba de lançar sua microfranquia, cha-mada H1. Com mais de 60 unidades presentes em 13 estados brasileiros, a rede pretende iniciar a ope-ração do novo forma-to no interior de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. “Pretendemos abrir 30 microfranquias por mês”, afi rma Iram Tor-quato, franqueador e diretor da OligoFlora.

O modelo dispensa ponto comercial e permite que o franqueado invista R$ 17,5 mil na franquia, incluindo taxa de franquia, assessoria co-mercial, treinamentos e um estoque inicial de produtos de marca própria no valor de R$ 5 mil. “A grande vantagem da microfranquia é que você pode manter seu emprego e ainda se dedicar ao novo negócio, montando uma equipe de vendas”, destaca Torquato. O franqueador ressalta que, para desenvolver o negócio, é preciso disciplina e experiência na área comercial.

A partir do treinamento, no qual é abordada toda a linha de estudo e de tratamentos da rede, o franqueado passa a comercializar os produtos (como maquiagens, pro-dutos naturais, dermocosméticos, entre outros) e também tratamentos, que serão realizados em um dos Studios Oli-goFlora, nas unidades Store e H2 da empresa, pelos quais será comissionado. “O franqueado propagará a marca e o conceito da OligoFlora, ensinará como aplicar e utilizar os produtos, divulgando também os tratamentos em reuniões, que podem ser realizadas nas casas de poten-ciais clientes ou até mesmo em visitas ao ambiente de empresas”, explica Torquato. www.oligoflora.com.br

LaserStarCom o objetivo de inovar no mercado

de beleza e bem-estar, a LaserStar Brasil oferece a oportunidade de ter os serviços da empresa dentro de um estabelecimen-to já em operação, como salões de beleza, spas e centros estéticos. A rede trabalha com uma inovadora tecnologia de fotode-pilação e garante resultados efi cientes e duradouros aos seus clientes.

Em setembro, a marca inaugurou suas primeiras unidades franqueadas em São Luís, Novo Hamburgo (RS), São Leopoldo (RS), Varginha (MG), São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro, Teresópolis (RJ), Salvador e Ron-donópolis (MT). Para abrir uma franquia é preciso investir R$ 79 mil, com retorno esti-mado entre seis e dez meses. O lucro líquido gira em torno de R$ 15 mil, dependendo da área de atuação. www.laserstarbrasil.com.br

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tablet para networksO tablet OptiView XG da FlukeNetworks foi projetado

para ser utilizado por engenheiros de rede. O equipamen-to auxilia os técnicos a resolverem problemas de redes e de aplicações com maior rapidez. Com a ferramenta, o profissional pode levar o tablet até o Centro de Processa-mento de Dados (data center) e ao clicar em uma única janela pode visualizar toda a infraestrutura de rede e identificar eventuais falhas. A interface do sistema é amigável e apresenta painéis (dashboards) que podem ser personalizados pelos usuários. Com o sistema é possível descobrir automaticamente a trajetória entre dois pontos da rede e monitorar o desempenho ao longo deste link a fim de identificar problemas da rede que podem prejudicar o desempenho do sistema.

O tablet tem tela de 10,25 polegadas e duas baterias que permitem aproximadamente três horas de operação. www.flukenetworks.com/br

consulta cadastral

gPs para motosA Unicoba traz para o mercado bra-

sileiro o GPS Apontador Moto Rider. O aparelho é resistente à chuva e à poeira e foi desenvolvido especialmente para ser utilizado em motos. O Moto Rider tem tela de 3,5 polegadas sensível ao toque e vem com prote-tor antirreflexo. O equipa-mento tem alerta sonoro de radares fixos, funções multimídia (fotos, vídeos e músicas) e um processa-dor de 500 Mhz. Agregado a diversos outros serviços, o

GPS dispõe ainda de mais de 1,9 mil cida-des mapeadas e 2,5 milhões de pontos de interesse. O aparelho vem com suporte antivibração para uso em motos e outro

com ventosa, tem receptor Bluetooth com controle de volume e fone

para fixação no capacete. www.unicoba.com.br

O Buonny Credit é um serviço de con-sulta de informações cadastrais de clientes e futuros parceiros. Com essa ferramenta, as empresas podem analisar o comporta-mento econômico e financeiro do cliente antes de efetuar qualquer negócio com ele. Além de apontar casos de negativação e inadimplência, o serviço também for-nece o perfil do cliente no mercado. Para utilizar o Buonny Credit, basta informar os números de CPF ou CNPJ para acessar

informações precisas e seguras que po-dem nortear o fechamento de negócios. No caso das consultas no Credit CNPJ, o serviço oferece histórico de pagamento, principais fornecedores e relacionamento com os mesmos, pendências financeiras, protestos, ações judiciais e pendência de cheques de empresas de todos os segmen-tos de mercado. Além do comportamento financeiro do cliente, o serviço de consulta ao Credit CPF também disponibiliza infor-

mações cadastrais como estado civil, pro-fissão, renda, participação societária em empresas e referências bancárias. Outro serviço disponibilizado pela empresa é o Credit Cheque, que oferece um relatório atualizado sobre o documento pesquisado e dados básicos do cadastro do consu-midor, seja ele pessoa física ou jurídica, permitindo o acesso a informações sobre cheques roubados, sustados, cancelados ou extraviados. www.buonny.com.br

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Olho vivoA Sascar oferece soluções em teleme-

tria, como o SasTM, sistema que permite aos frotistas monitorarem o desempenho de veículos e o comportamento dos mo-toristas ao dirigir; e o SasMoto, rastreador desenvolvido especialmente para moto-cicletas. O SasTM interpreta parâmetros de dirigibilidade, como freadas bruscas, direção perigosa e uso do pedal da embre-agem, além de verifi car o cumprimento da rota previamente estabelecida e o tempo gasto nos trajetos. O sistema também permite monitorar aquecimento do motor, velocidade, necessidade de manutenção de peças, consumo de combustíveis, óleos lubrifi cantes e pneus. Esses parâmetros

podem ser defi nidos conforme as neces-sidades de cada cliente para diferentes tipos de equipamentos automotores e

industriais. Já o SasMoto é um rastreador por sinal GPS, com comunicação em tempo real via rede GSM, que opera nacionalmente. O sistema foi pensado e desenhado especialmente para moto-cicletas, uma vez que consome pouca

energia e não sobrecarrega a bateria, além de apresentar alta autonomia e ser resis-tente à água, poeira, vibração e variação de temperatura. www.sascar.com.br

Computador médicoO computador móvel MC55AO-HC foi desenvolvido

para ser utilizado em hospitais e clínicas. O equipamento permite acesso rápido a informações como administra-ção de medicamentos, controle de sinais vitais, pedidos realizados à farmácia e ao laboratório, coleta e acompa-nhamento de amostras. A superfície do equipamen-to é resistente ao uso de desinfetantes, uma característica fundamental para a utilização em ambientes como hospitais. O computador tem tela VGA de cores nítidas e câmera digital colorida com foco automático para captura de imagens em alta defi nição, documentos e assi-naturas, bem como códigos de barras em 1D e 2D. “Os novos computadores móveis auxiliam na tomada de decisões mais rapidamente, o que é fundamental na área de saúde, na qual muitas ve-zes a vida dos pacientes está em risco”, avalia Die-ter Avella, gerente regional de soluções móveis da Motorola Solutions. www.motorolasolutions.com

Fibras ópticasA Delta Cable passa a comercializar

no mercado brasileiro os produtos da fabricante sul-coreana de máquinas de emendas de fi bras ópticas Ilsintech. Um dos equipamentos da marca já dis-poníveis no País é a Swift F1, uma má-quina portátil que foi projetada para executar cinco diferentes funções: de-capar, limpar, clivar, emendar e prote-ger as fi bras. A máquina alinha as fi bras com precisão e possibilita a montagem de conectores pré-polidos, o que oti-miza o tempo e elimina os principais problemas da instalação e conexão das fi bras. Outro modelo que está sendo comercializado no Brasil é o Swift S3. O equipamento também é por-tátil e executa a fusão das fi bras rapidamente, com alinhamento pelo núcleo (Tecnologia Ipas). Ela serve a diferentes tipos de fi bras – monomodo, DSF, NZDSF e multimodo – e executa programações de 100 tipos de emendas e 50 de aquecimento. “A

Swift S3 tem ainda outro diferencial importante: seu desempenho estável mesmo em ambientes hostis. Ela re-siste a impactos, à poeira e à chuva e executa automaticamente a calibração de arcos através da detecção de condi-ções do ambiente, como temperatura, umidade e pressão”, conclui Fabiano Morato, gerente de produtos da Delta Cable. www.deltacable.com.br

gasto nos trajetos. O sistema também permite monitorar aquecimento do motor, velocidade, necessidade de manutenção de peças, consumo de combustíveis, óleos lubrifi cantes e pneus. Esses parâmetros

industriais. Já o SasMoto é um rastreador por sinal GPS, com comunicação em tempo real via rede GSM, que opera nacionalmente. O sistema foi pensado e desenhado especialmente para moto-cicletas, uma vez que consome pouca

energia e não sobrecarrega a bateria, além de apresentar alta autonomia e ser resis-tente à água, poeira, vibração e variação de temperatura.

com precisão e possibilita a montagem de conectores pré-polidos, o que oti-miza o tempo e elimina os principais problemas da instalação e conexão das fi bras. Outro modelo que está sendo comercializado no Brasil é o Swift S3. O equipamento também é por-tátil e executa a fusão das fi bras rapidamente, com alinhamento pelo núcleo (Tecnologia Ipas). Ela serve a diferentes tipos de fi bras – monomodo, DSF, NZDSF e multimodo – e executa programações de 100 tipos de emendas e

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cabeamento simplesO Grupo Legrand apresenta a linha

LCS² Legrand Cabling System, um conjun-to de soluções para o cabeamento de in-fraestruturas prediais. A marca oferece ao mercado tomadas LCS² RJ45², patch panels, cabos, patch cords, gabinetes e a linha de fibra óptica LCS², com DIOs, acopladores, conectores, patch cords e pigtails. Todos os produtos são projetados para otimizar

a instalação, garantir a performance do sistema e facilitar a manutenção. Com um sistema intuitivo de conexão, os RJ45 LCS ² atendem aos critérios das normas EIA/TIA e respeitam o destrançamento mínimo do cabo. O sistema de travamento confere se-gurança de conexão e impede a descone-xão acidental nos lances de cabos. Os pa-tch panels vêm com o sistema quick fixing

de engate rápido, o que dispensa o uso de parafusos de fixação nos gabinetes e também permite a manutenção individual das tomadas pela parte dianteira, reduzin-do o tempo de certificação e manutenção dos pontos. Os patch panels são forneci-dos com rótulos em diferentes cores para a organização e identificação de pontos. www.legrand.com.br

Pneus resistentesOs pneus Marshal KRS03 e KRD03

são fabricados com sistema integrado de otimização de componentes, o que proporciona maior durabilidade e me-nor desgaste ao produto. Os utensílios têm baixa resistência ao rolamento e isso faz com que se reduza o consu-mo de combustível. O Marshal KRS03 tem sulcos em ângulos especiais, que evitam o aprisionamento de pedras, e tem banda de rodagem larga, per-mitindo o contato uniforme com o solo, prevenindo o desgaste irregu-lar. O modelo está disponível na me-dida 11.00R22. O Marshal KRD03 tem também banda de rodagem larga e três linhas de desenhos com ângulos diferen-ciados para evitar o desgaste do pneu. www.cantupneus.com.br

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controle central A Fóton Informática apresenta o Enforce, solução de monito-

ramento de transações financeiras em tempo real, o que permite maior controle da gestão de risco operacional dos bancos ou insti-tuições financeiras. O dispositivo é acoplado ao tradicional sistema autorizador do banco e acompanha todas as transações com base em um modelo de regras de conformidade e registro de justifica-tivas. Estruturado de forma a permitir a adição gradual e persona-lizada de todos os canais de atendimento bancário e transações monitoradas, o Enforce possibilita à instituição unificar e centra-lizar a sua base de dados operacionais e suas regras de conformi-dade em um único repositório, por meio do módulo Compliance, acoplado à ferramenta. Com um subsistema validador integrado, o módulo processa as transações monitoradas, valida as regras de conformidade das mesmas, notifica e acompanha as que não estão de acordo com os parâmetros.

O Enforce aprimora também os sistemas de controle interno do banco, permite uma gestão de risco mais eficiente, além de propiciar uma coordenação que poderá contribuir na redução dos custos resultantes das ações não conformes. O sistema Bank Link da Fóton que permite a autorização e processamento de transa-ções já integra o aplicativo Enforce. www.fotoninformatica.com

reutilização de água

A Ecoracional lança a Etac 1000, solução para tratamento de águas cinzas. O equipamento é feito de polipropileno de grande resistência química e mecânica e é indicado para ser utilizado em empreendimentos que produzem águas cinzas e querem fazer a reutilização do material. O sistema pode ser instalado em lugares pequenos e pode ser utilizado em residências, shoppings, hotéis e indústrias. O equipamento tem 1,6 m de largura, 4 m de comprimento e 1,5 m de altura, tem capacidade de vazão de 1 mil litros/hora e tem alimentação trifásica de 220V ou 380V. www.ecoracional.com.br

radar ligadoO TIM Radar é uma solução de localização (LBS ou

Location Based Service) que permite que empresas de pequeno e médio portes monitorem funcionários que estejam executando trabalho em campo. O aplicativo é instalado no celular e as informações são captadas no raio de cobertura das antenas da TIM e enviadas para a empresa. A facilidade de uso é um dos destaques do novo serviço, que pode ser monitorado por um painel de controle disponível na internet, permitindo que o administrador de uma empresa de pequeno ou de médio porte possa verificar localizações de frotas e históricos de trajetos no mapa. A assinatura do TIM Radar tem o custo de R$ 9,90 por linha, incluindo uso ilimitado e o tráfego de dados gerado pelo aplicativo. O sistema pode ser instalado no smartphone Nokia X2-01, modelo de baixo custo, o que torna a solução mais acessível. www.tim.com.br

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e M P r e e n d e d o r i s M o j á . c o M

Certa vez, fui questionado sobre qual seria a principal alavanca do ver-dadeiro empreendedor. Sem pestanejar, respondi: a “coragem”.

Em seguida, meu interlocutor voltou à carga com uma nova pergunta:

– Mas, Marcelo, é natural que tenha-mos receios e inseguranças diante de uma situação nova e desafiadora. Como um empreendedor pode desenvolver essa coragem?

Novamente, sem precisar refletir mui-to, disparei a resposta:

– Ele terá coragem se for capaz de amar, pois o tamanho da coragem corres-ponde ao tamanho do amor que habita seu coração.

Você, leitor, deve estar ruminando a dúvida. Correto? Pois, então, recorro a uma situação dramática para ilustrar meu pensamento.

Imagine as pessoas que você mais ama neste mundo. É bem provável que pense em seus pais ou em seus filhos. Então, numa noite sombria, sua casa é invadida. Você ouve ruídos e desce até a sala. Lá, encontra um psicopata prestes a disparar contra seus entes queridos.

Ora, nessa situação, muitos de nós agi-mos de modo automático, sem pensar. Pu-lamos sobre o meliante ou, se necessário, usamos nosso corpo como escudo para proteger nossos familiares.

Esse salto rumo ao perigo não tem qualquer relação com planejamento, es-

por marcelo ponzoniPublicitário e diretor-executivo da

agência Rae,MP, que atua há 23 anos no mercado; e autor do livro Eu só queria

uma mesa, da Editora Saraiva. (11) 5070-1294 – [email protected]

www.raemp.com.br

tudo, estratégia ou conhecimento. Tem a ver exclusivamente com coragem. E o que pode motivá-la senão o amor que existe em seu coração? Para o empreendedor, a coragem está intimamente associada ao amor que desenvolve por sua criação.

Às vezes perguntamo-nos se fulano estava fora do juízo ao vender carro, casa e sítio para tentar salvar uma empresa fa-dada ao fracasso. E, muitas vezes, essa in-terrogação embute uma teoria correta. As pessoas podem realmente enlouquecer e praticar os atos mais insanos para prote-ger e manter aquilo que amam.

Coragem, ousadia e amor marcaram grandes empreendimentos, como o de Santos Dumont, inventor do avião; o de Henry Ford, na produção em série de automóveis; ou o de Steve Jobs, na construção de um novo paradigma de inovação tecnológica.

Em minha história de empreendedor, que dura mais de 23 anos, já enfrentei inú-meros desafios. Diante dos olhos alheios, minha obstinação foi classificada como in-sanidade, atrevimento ou irracionalidade.

– Ah, nunca será! – proclamou um, convicto.

– Jamais conseguirá – anunciou ou-tro, tão cético quanto ciumento.

E confesso que a descrença me fez ain-da mais determinado. Lançou mais adre-nalina na corrente sanguínea.

Hoje compreendo que esse amor pela “cria” não se limita ao brand, à sede

existem muitos empreendedores de verdade, que pensam, planejam, transformam, criam, modificam,

ajustam, aprimoram e buscam fazer um mundo melhor

requintada, ao negócio em si. Esse amor está centrado principalmente nas pessoas que fazem esse sonho acontecer, dia após dia. Se existe uma companhia viva, existe um compartilhamento, uma junção de in-teresses humanos combinados que gera as ideias, os produtos e, como resultado disso tudo, o lucro.

Quando falamos de amor no ambiente corporativo, há sempre quem nos aponte um dedo invisível e lance a condenação: “Mas que demagogo, hipócrita, falso, mar-queteiro; ele só quer é ganhar dinheiro”. E é natural, pois parte da cultura do empre-endimento foi, de fato, contaminada pela mentira, pela ganância e pela fraude. Basta ver a ciranda da crise financeira interna-cional, movida por gente sem ética, que negocia ativos sem lastro.

No entanto, ainda existem muitos em-preendedores de verdade, que pensam, planejam, transformam, criam, modificam, ajustam, aprimoram e buscam fazer um mundo melhor. Estes “malucos” são apai-xonados pelo que fazem e também pelas pessoas que participam de suas aventuras. Estes amam até o fim.

Pois o amor protege, o amor constrói, o amor enraíza, o amor mantém, o amor per-petua, o amor auxilia, o amor apoia, o amor entrega sem cobrar, o amor une, o amor satisfaz, o amor acolhe, o amor vence!

empreendedorismo, amor e coragemSentimento está centrado principalmente nas pessoasque fazem esse sonho acontecer, dia após dia

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P e n s e g r a n d e

por Joel FernandesAutor dos livros Eu quero ser empresário rico!, Empresário rico também vai para

o céu e Sua pequena empresa: muito além da sobrevivência! e do site

www.euqueroserempresariorico.com.br

O que as palavras “buraco”, “agulha” e “camelo” têm a ver com riqueza? So-zinhas, muito pouco. Mas ao juntá-las para formar uma imagem tornam-se po-derosas: “’É mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha que um rico en-trar no reino do céu”. Esta imagem pro-duz uma extraordinária potência contra a riqueza. Ela induz a uma escolha: ir para o céu, mas abrir mão de tornar-se rico, ou tornar-se rico, mas abrir mão de ir para o céu.

a culturaPode parecer que a fé no buraco da

agulha seja a maior barreira ao impulso que temos rumo à contínua prosperida-de. Mas não é. Ela é (somente) uma par-te importante de toda uma cultura que induz os brasileiros a pensar pequeno.

as novelas Por exemplo, nas novelas das televi-

sões brasileiras a lavagem cerebral em favor da fé na pobreza é absolutamente colossal. Não tem comparação com a mais fervorosa das religiões que apregoa o inferno para os ricos. Entra novela, sai novela e o enredo é monotonamente martelado na cabeça de milhões de bra-sileiros que as assistem. É sempre as-sim, invariavelmente: as pessoas pobres são calorosas, solidárias, de bom caráter e totalmente felizes. Os ricos são ricos, mas infelizes. Também são ricos não por virtudes empreendedoras, mas devido, claro, às falcatruas. E o incrível, e que dá mais poder à lavagem cerebral em favor da fé na pobreza, é que isso é colocado não na forma de um discurso explícito, o qual carece de convencimento, mas é apresentado de maneira implícita, ingê-nua, como se aquilo já fizesse parte da natureza humana, desde que existiu o primeiro homem. O senso comum, ao

Ficar rico é necessário. Não por uma questão de aquisição de objetos mundanos, mas por algo profundamente espiritual: melhorar o mundo

Ficar rico é necessário!ler isto, deve estar se perguntando: mas não é assim?

O encantamento pela pobreza e a repugnância da riqueza são praticamen-te uma imposição cultural. Como o em-presário pode superar este conflito?

o presidente O presidente de uma grande empre-

sa não tem escolha. Ele tem uma única função (a partir da qual todas as outras derivam): rodar o empreendimento com lucro para que o dinheiro retorne aos investidores. Ele precisa necessaria-mente fazer a empresa crescer continu-amente rumo à riqueza. Caso contrário ele é demitido. Aqui, pois, ficar rico é necessário.

o dono A empresa por conta própria tem

como característica determinante o fato do proprietário ser dono absoluto de sua empresa e como tal não precisa prestar contas a ninguém. Ele não tem nenhuma força externa pressionando para tornar rica e grande sua empresa. O esforço para crescer mais ou menos depende da força de sua ambição pes-soal. Aqui ele fica à mercê da cultura contra a riqueza.

Nesse caso para prosperar continua-mente ele também não tem escolha: preci-sa plantar na sua mente a semente de uma ideia poderosa: ficar rico é necessário.

Não por uma questão de aquisição de objetos mundanos, mas por algo profundamente espiritual: melhorar o

e M P r e s á r i o r i c o e F e l i z

mundo. Precisa perceber que seu em-preendimento possibilita a adrenalina de correr o risco de expressar seus dons, de mostrar ao mundo o que ele é no fundo, de correr o risco de se der er-rado ser rejeitado, mas se der certo ter ajudado milhares ou quem sabe milhões de pessoas a viver com amor e paz, a co-luna reta e a mente quieta, como queria o poeta. Em outras palavras: ter a ambi-ção de uma causa nobre.

Por isso ficar rico é necessário tam-bém para o dono da empresa por conta própria.

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Quando se fala em inovação, Steve Jobs, fundador da Apple, é lendário. O slogan que escolheu para sua empresa – “Pense dife-rente” – vai muito além de uma mera jogada de marketing. Trata-se de uma abordagem poderosa, positiva e transforma-dora que Jobs aplicou durante toda sua vida.

Autor de Faça como Steve Jobs, Carmine Gallo é palestrante, especialista em técnicas de comunica-ção e colunista da revista Bloomberg BusinessWeek, entre outros. Em sua mais recente obra, o autor dá dicas para repensar o negócio, reinventar produtos e processos e revitalizar a gestão de acordo com os princípios de Jobs.

A ideia é que, ao seguir estas dicas, o leitor entre em contato com novos modos de liberar o potencial criativo e criar um ambiente de estímulo à inovação, permitindo que ela floresça em todos os níveis. Co-nheça o cerne da filosofia inovadora de Jobs e apren-da a superar concorrentes, a desenvolver produtos mais revolucionários e prosperar em tempos cada vez mais desafiadores.

Pense diferente inovação – a arte de steve jobsCarmine gallo – lua de papel – r$ 29,90

Siga os princípios de Steve Jobs e revitalize a gestão de sua empresa, criando um ambiente propício à inovação

os sete princípios de Steve Jobs:1 - Faça o que você gosta. pense diferente sobre sua carreira.2 - Cause impacto no universo. pense diferente sobre sua visão.

3 - ponha seu cérebro para funcionar. pense diferente de como você pensa.4 - Venda sonhos em vez de produtos. pense diferente sobre seus clientes.5 - diga não a mil coisas. pense diferente sobre o design.6 - Crie experiências incríveis. pense diferente sobre sua marca.7 - defina bem sua comunicação. pense diferente sobre seu produto.

consiga um aumento e seja promovido com rapidez: 21 dicas para progredir na carreirabrian tracy – editora Sextante – r$ 19,90

Empresário e palestrante com experiência em aprimora-mento profissional, o autor revela as estratégias usadas pelos profissionais mais requisitados do mercado para maximizar

suas qualidades, se destacar, ga-nhar mais e se tornarem indis-pensáveis em suas funções. O ob-jetivo é ajudar o leitor a se tornar o mais bem-sucedido possível no seu campo de atuação, seguindo o princípio de que o leitor é o único responsável por sua carrei-ra e seu futuro e não pode ficar esperando que coisas boas lhe aconteçam. É preciso criar as cir-cunstâncias, em vez de simples-mente se submeter a elas.

l e i t u r a

introdução à contabilidade gerencialJosé Carlos marion e osni moura ribeiroeditora Saraiva – r$ 59

O principal objetivo da obra é possibilitar aos profissionais e estudantes da área o domínio dos mecanismos que envol-vem a contabilidade gerencial, facilitando a compreensão dos

procedimentos necessários ao bom gerenciamento de qual-quer tipo de organização, seja do setor público ou privado. Além disso, o livro pretende auxiliar o leitor a entender o papel da contabilidade geren-cial, bem como conhecer as funções do contador e apre-sentar a importância da infor-mação contábil para a tomada de decisão por parte dos líde-res corporativos.

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A N Á L I S E E C O N Ô M I C A

Nos últimos meses, o prin-cipal assunto nos noticiários econômicos tem sido o elevado endividamento de alguns países da Zona do Euro, como Itália, Portu-gal e principalmente a Grécia. Atualmente, o caso mais noticiado é o grego, por com-binar uma dívida suntuosa, que atualmen-te corresponde a aproximadamente 140% do PIB (em termos absolutos, um débito de aproximadamente 325 bilhões de eu-ros), com vencimentos de curto prazo.

O governo do país já obteve ajuda internacional em duas oportunidades, sendo resgatado por pacotes que juntos somarão 155 bilhões de dólares. O de-sembolso destes recursos tem sido de forma gradual, e vem ocorrendo sob a condição de um aumento signifi cativo na austeridade fi scal do país. Periodicamen-te, membros do FMI, da União Europeia e do Banco Central Europeu se reúnem para verifi car se foram aplicadas as me-

por Rodrigo Costa LaurindoLeme Investimentos

didas defi nidas e qual o verdadeiro resul-tado delas. Se o comitê julgar que a ação do governo grego foi adequada, uma nova parcela de recursos é liberada.

Diante de um cenário turbulento, o primeiro ministro grego George Papan-dreou surpreendeu todos anunciando que seria realizado um referendo, bus-cando respaldo popular para pôr em prática novos cortes de gastos. A decisão foi contestada pela oposição grega, e foi muito mal recebida pelo mercado fi nan-ceiro por trazer ainda mais incerteza em um ambiente de estresse.

Além de atrasar ainda mais a resolução do problema, há um grande temor que a opinião popular seja contrária a novas me-didas de austeridade, como as manifesta-ções populares têm mostrado. A retirada do auxílio internacional poderá culminar no default (calote) da dívida grega.

Atualmente, as autoridades europeias têm frisado que a prioridade no momento é salvar o euro, e não a Grécia. Ainda que seja uma saída possível, afastar a Grécia do bloco seria uma solução bastante traumá-tica. A inadimplência tornará diversos cre-dores insolventes: a França, por exemplo, possui o equivalente a 46 bilhões de euros em títulos da dívida grega; a Alemanha, 18 bilhões de euros. Logo, a moratória

Enquanto a Grécia não determinar uma postura

definitiva quanto ao controle de gastos, a

volatilidade continuará a ditar o tom dos mercados

de Atenas afetaria diretamente os cofres públicos dos principais países da Europa, injetando altas doses de risco sistêmico.

A situação tem sido abordada como prioridade por todos os integrantes do Bloco do Euro. Novas medidas têm sido estudadas e apresentadas no intuito de evitar uma reação em cadeia no curto prazo. Contudo, o problema do endivi-damento não será resolvido em breve: estima-se que, caso a Grécia siga as me-didas recomendadas, a relação dívida/PIB atingirá 120% até o ano de 2020. Para efeitos de comparação, atualmente este indicador é 75% na Alemanha e 82% na França. Outros países bastante endivi-dados, como Portugal e Itália, assinalam 91% e 120%, respectivamente.

A Grécia atualmente aguarda a libe-ração de mais uma parcela do auxílio no valor de 8 bilhões de euros, que só será paga se o país mantiver as medidas de controle de gastos. Enquanto o país não determinar uma postura defi nitiva para a resolução deste problema, a volatilidade continuará a ditar o tom dos mercados.

Muito débito, pouca certezaEventual retirada do auxílio internacional poderá culminar no default (calote) da dívida grega

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Carteira Teórica Ibovespa

All Amer Lat ON 1,104 AçãoAmbev PN 0,979 AçãoB2W Varejo ON 0,701 AçãoBMF Bovespa ON 3,902 AçãoBradesco PN 3,130 AçãoBradespar PN 0,993 AçãoBrasil Telec PN 0,390 AçãoBrasil ON 2,726 AçãoBraskem PNA 0,596 AçãoBRF Foods ON 1,341 AçãoBrookfi eld ON 0,622 AçãoCCR Rodovias ON 0,802 AçãoCemig PN 1,134 AçãoCesp PNB 0,685 AçãoCielo ON 1,539 AçãoCopel PNB 0,598 AçãoCosan ON 0,784 AçãoCPFL Energia ON 0,441 AçãoCyrela Realty ON 1,866 AçãoDuratex ON 0,589 AçãoEcodiesel ON 1,311 AçãoEletrobras ON 0,890 AçãoEletrobras PNB 0,743 AçãoEletropaulo PNB 0,530 AçãoEmbraer ON 0,755 AçãoFibria ON 1,498 AçãoGafi sa ON 1,648 AçãoGerdau Met PN 0,660 AçãoGerdau PN 2,574 AçãoGol PN 1,211 AçãoIbovespa 100,000 AçãoItausa PN 2,315 AçãoItauUnibanco PN 4,015 AçãoJBS ON 0,934 AçãoKlabin S/A PN 0,404 AçãoLight S/A ON 0,541 AçãoLlx Log ON 0,914 AçãoLojas Americ PN 1,207 AçãoLojas Renner ON 1,098 AçãoMarfrig ON 0,546 AçãoMMX Miner ON 1,440 AçãoMRV ON 1,233 AçãoNatura ON 0,845 AçãoOGX Petróleo ON 3,773 AçãoP.Açúcar-CBD PNA 0,808 AçãoPDG Realt ON 2,745 AçãoPetrobras ON 2,206 AçãoPetrobras PN 8,517 AçãoRedecard ON 1,283 AçãoRossi Resid ON 1,163 AçãoSabesp ON 0,352 AçãoSantander BR UNT N2 1,097 AçãoSid Nacional ON 2,359 AçãoSouza Cruz ON 0,443 AçãoTam S/A PN 1,041 AçãoTelemar N L PNA 0,225 AçãoTelemar ON 0,268 AçãoTelemar PN 0,923 AçãoTelesp PN 0,155 AçãoTim Part S/A ON 0,125 AçãoTim Part S/A ON 0,170 9Tim Part S/A PN 0,840 AçãoTran Paulist PN 0,229 AçãoUltrapar PN 0,486 AçãoUsiminas ON 0,592 AçãoUsiminas PNA 2,462 AçãoVale ON 2,925 AçãoVale PNA 11,956 AçãoVivo PN 0,793 Ação

Infl ação (%)

Índice Outubro Ano

IGP-M 0,47 4,69IGP-DI 0,75 5,92IPCA 0,44 5,21IPC - Fipe 0,25 4,29

Juros/Aplicação (%)

Outubro Ano

CDI 0,88 9,64Selic 0,77 9,66Poupança 0,56 6,19Ouro BM&F -4,45 14,14

Indicadores Imobiliários (%)

Outubro Ano

Juros/Crédito (%)

31/Outubro 28/Outubro

Desconto 1,93 1,93Factoring 3,92 3,93Hot Money 3,43 3,43Giro Pré (taxa mês) 2,13 2,13

Câmbio

Mercados Futuros

Cotação

Dólar Comercial Ptax R$ 1,7499 Euro US$ 1,3668 Iene (US$ 1,00) $ 78,2800

Dólar R$ 1,758 R$ 1,775Juros DI 11,40% 11,09%

Contratos mais líquidos 31/10Ibovespa Futuro 59.120

Nome Classe Participação Tipo deAção Bovespa Ativo

Até 31/10

Até 31/10

CUB SP 0,05 5,82TR 0,04 0,96

Dezembro Janeiro//11

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de 29/11 a 1º/12/2011exposystems – congresso e exposição internacional de soluções integradas para Feiras e eventostransamérica expo Center – Spwww.exposystems.com.br

Empresas do Brasil e do exterior apre-sentam novidades em projetos de estande e equipamentos para feiras e eventos cor-porativos. O evento é exclusivo para agên-cias e profissionais do setor.

de 14 a 18/01/2012Fiep – congresso internacional de educação FísicaFaculdade udC – Foz do Iguaçu – prwww.congressofiep.com.br

Oferece aos profissionais de educa-ção física do Brasil e do exterior diversos cursos de capacitação e aprimoramento em esportes de aventura, ginástica labo-ral, treinamento e recreação. É realizado pela Federação Internacional de Educa-ção Física e são esperados mais de 50 mil visitantes.

de 15 a 18/01/2012são Paulo Prêt à Porterexpo Center Norte – São paulo – Spwww.saopaulopretaporter.com.br

Feira internacional de negócios para a indústria da moda, confecções e acessó-rios. Tem como público-alvo varejistas do Brasil e do exterior. É realizado simultane-amente à feira de calçados Couromoda.

de 12 a 16/03/2012semana internacional de Máquinas e equipamentos para embalagem e impressãoanhembi – São paulo – Spwww.semanainternacional.com.br

Novidades em impressão digital, seri-grafia e off-set. Durante o evento são rea-lizadas a 8ª Brasilpack, a 21ª Fiepag e a 4ª Flexo Latino América. Os eventos reúnem expositores de 25 países e são esperados mais de 30 mil visitantes.

de 20 a 22/03/2012super rio expofoodriocentro – rio de Janeiro – rJwww.superrio.com.br

O tema central é “Varejo: conhe-cimento, tecnologia e modernidade”. Reúne empresários e profissionais do segmento de panificação, supermerca-do, franchising, hotelaria, restaurante e conveniência. Também são realizados o Seminário Nacional de Panificação e Con-feitaria e a Convenção Supermercadista.

de 24 a 27/03/2012Hair Brasil – Feira internacional de Beleza, cabelos e estética expo Center Norte – São paulo – Spwww.hairbrasil.com

Mais de 800 marcas do segmento de be-leza expõem novidades em produtos e servi-ços para salões e clínicas de estética. Também são realizados o 10º Congresso Brasileiro de Manicures e o 4º Congresso de Podologia.

de 14 a 16/04/2012expo aseac – unicedae – exposição de tecnologia e equipamentos para saneamentoCentro de Convenções Sulamérica – rJwww.unicedae.com.br

Lugar ideal para estreitar relaciona-mentos com empresas, instituições e ór-gãos públicos do setor de saneamento. Fornecedores de produtos, serviços e equipamentos apresentam as principais novidades em técnicas e soluções para sa-neamento básico e ambiental.

de 24 a 27/04/2012Fiema – Feira internacional de tecnologia para o Meio ambienteparque de eventos – bento gonçalves – rSwww.fiema.com.br

A quinta edição reúne empresas e or-ganizações especializadas em soluções e serviços focados no meio ambiente e no de-senvolvimento sustentável. São realizados o Seminário de Legislação Ambiental e o Se-minário de Segurança do Trabalho.

de 13 a 16/06/2012aBF Franchising expoexpo Center Norte – São paulo – Spwww.portaldofranchising.com.br

A ABF Franchising Expo é conside-rada uma das maiores feiras de franquia do mundo. Reúne consultores, redes de franquia e investidores interessados em se tornar franqueados. Para expor na feira é preciso ser associado da ABF.

a g e n d a

gol de Placa

de 6 a 7/12/2011Footecon – Fórum internacional de FutebolCopacabana palace – rio de Janeiro – rJ – www.footecon.com.br

O Footecon é um dos principais eventos esportivos do País e re-úne dirigentes de clubes de futebol, mídia especializada e empresas investidoras em esporte. Durante o evento são realizadas palestras sobre arbitragem, marketing esportivo e sobre novos tratamentos médicos para atletas. O Footecon é realizado desde 2004 e tem a coordenação de Carlos Alberto Parreira.

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