edição nº 9 - 10/06/09

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MODALIDADES EM BALANÇO Verdade Objectividade Isenção Director: Carlos Borges | Sexta-feira | 19 Junho 2009 | Ano 1 | N.º 9 | Preço: 1 Euro | Bissemanal (Terça e sexta) | www.desportotal.pt “HERÓIS” DESCARTÁVEIS Página 6 Amanhã e Domingo Campeonato da Europa de Equipas SPAR 2009 Páginas 12, 13 e 14 Pool uma modalidade em crescimento no Distrito de Leiria Página 31 Páginas 4 e 5 Tripela Invenção que tarda em espalhar-se pela Europa Antes de ir para o Brasil Manuel Fernandes deixou indicações de que não prescindia de Tiago e Luís Carlos. Esses desejos não encontraram eco em quem dirige o futebol da União de Leiria... FUTSAL páginas 26 e 27 HÓQUEI EM PATINS páginas 22 e 23 ATLETISMO Tiago Marto um campeão páginas 16, 17 e 18

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Edição Nº 9 do Jornal Desportotal.

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Page 1: Edição Nº 9 - 10/06/09

MODALIDADES

EM BALANÇOVerdade Objectividade Isenção

Director: Carlos Borges | Sexta-feira | 19 Junho 2009 | Ano 1 | N.º 9 | Preço: 1 Euro | Bissemanal (Terça e sexta) | www.desportotal.pt

“HERÓIS”DESCARTÁVEIS

Página 6

Amanhã e DomingoCampeonato daEuropa de EquipasSPAR 2009

Páginas 12, 13 e 14

Pool uma modalidadeem crescimentono Distrito de LeiriaPágina 31

Páginas 4 e 5

TripelaInvenção que tardaem espalhar-sepela Europa

Antes de ir para o Brasil Manuel Fernandes deixouindicações de que não prescindia de Tiago e LuísCarlos. Esses desejos não encontraram eco emquem dirige o futebol da União de Leiria...

FUTSAL páginas 26 e 27

HÓQUEI EM PATINSpáginas 22 e 23

ATLETISMOTiago Marto um campeãopáginas 16, 17 e 18

Page 2: Edição Nº 9 - 10/06/09

0219 JUNHO 2009

EDITORIAL

O dever

de informar

e… o “direito

de o sonegar”!

“O importante é

que Leiria vai rece-

ber uma prova de

nível europeu e é

imprescindível que

a cidade, as suas

gentes, saibam

marcar presença,

encher o estádio e

gritar que SOMOS

GENTE!”

Costa Santos

Bastaria, se houvesse interesse

nisso, verificar qual o dia da saída

do nosso jornal, para se ter a

sensibilidade jornalística - se

alguém sabe o que é isso… - do

quanto teríamos de trabalhar no

"antes", muito mais "que no de-

pois", apenas e só para cumprir-

mos o nosso dever de INFORMAR.

Ligados a estilos antigos, presos a

"jornais oficiais", as fontes tinham

as torneiras "fechadas" e só deixa-

vam jorrar o que era óbvio e

sobejamente conhecido do co-

mum do cidadão.

Houve, até, quem ousasse prome-

ter "ofertas de bilhetes",

quando…as ofertas são públicas,

as entradas são gratuitas.

Neste emaranhado de caminhos,

muita coisa se cruza, desde o

desporto à política, dos bem

intencionados aos oportunistas. O

normal de uma sociedade que

continua a viver de expedientes, a

marcar a diferença entre o "caci-

Leiria vai receber neste fim-de-

-semana, um Campeonato da

Europa de Atletismo.

Um evento importante que, segu-

ramente, transportará a imagem

da cidade para muitos recantos da

nossa bela Europa.

Mandava a boa "gestão de ima-

gem" que, para além de uns

cartazes de grandes dimensões,

para além de, quase em segredo,

se ir falando do que "irá ser" esta

prova, a organização não se

cansasse de encher as redacções

dos órgãos de comunicação social

da cidade, do concelho ou do

Distrito, de notícias, informações,

sugestões, etc.etc, para que,

atempada e profusamente se

pudessem divulgar todos os

pormenores do evento. Mas não.

Pela parte que nos toca - e só dela

falamos! - estivemos até à última

para saber "coisas", pormenores

importantes, temas de uma repor-

tagem com estilo de antevisão.

que" e o "mendigo" mas sem que a

diferença marque a vontade de

alguém em lhe pôr ponto final.

O importante é que Leiria vai

receber uma prova de nível euro-

peu e é imprescindível que a

cidade, as suas gentes, saibam

marcar presença, encher o estádio

e gritar que SOMOS GENTE!

Independentemente das tais lutas

de bastidores dos que sonegam a

informação, dos que querem ser

importantes e ter o bolso cheios de

bilhetes para uma promoção

qualquer de um qualquer produto.

Todos sabemos como isso funcio-

na e porque funciona. Todos

sentimos que não pode continuar

a funcionar assim. Mas, infeliz-

mente, nesta terra de Camões,

ainda persiste a razão da força e

não a força da razão…

Por mais que do alto das tribunas,

os "boss's" digam o contrário.

Exactamente o contrário…

Page 3: Edição Nº 9 - 10/06/09

0319 JUNHO 2009

LIGA SAGRES

Estava escrito no livrinho dodestino que os dirigentes doBenfica, como homenseducados e obedientes,não hesitariam um segundoem abdicar dos cargos paraos quais foram eleitos, malLuís Filipe Vieira para issodesse ordem. Nem importouque a primeira figura daInstituição - Manuel Vilari-nho -, presidente da Assem-bleia Geral, tivesse de darmostras de que, afinal, nãoé ele, na prática, a primeirafigura, mas sim…o presi-dente da Direcção.Adiante.Mas toda esta encenação,porquê ? Acreditamos porreceio a uma figura que, emtempos, se assumiu como"dono do futebol" benfiquis-ta: José Veiga.Realmente, Veiga, sócio doBenfica mas sem o tempomínimo que os Estatutos

Ao

correr

da

Pena

Jorge Costa e Rui Jorge,deram "nega" à FederaçãoPortuguesa de Futebol. Poroutras palavras, responderamnegativamente ao convite quesupostamente lhes foi formula-do, para assumirem o lugaraté agora desempenhado porRui Caçador, caído emdesgraça pelo comportamentodos sub-21, no torneio deToulon.Independentemente de pareceruma injustiça o afastamentodo Prof. Rui Caçador de umlugar que desempenhou, anosa fio, com altíssimo profissio-nalismo, ter-se-à pensado queos jovens treinadores, naribalta por motivos diferentes -Jorge Costa subiu com oOlhanense e Rui Jorge,chamado a duas jornadas dofim da Liga Sagres, a tentartudo para safar a nau azul dadescida - deixariam que omediatismo do lugar lhessubisse à cabeça e…dessem osim sem mais aquelas.Não aconteceu nada disso.Um sinal de maturidade, deconsciência profissional, é oque se pode tirar de taisatitudes. E se Jorge Costa quercontinuar ao leme da "trainei-ra" que trouxe a bom porto, jáRui Jorge prefere continuar nosseus juniores, numa matura-ção inteligente, ganhando os"caboucos" para outros voos,lá mais para diante. Já o tinhadito, igualmente, aos novos

dirigentes do seu clube,quando estes o convidarampara continuar como treinadorprincipal…Em suma, há por aí já muitoboa gente que não corre atrásde foguetes. Honra lhes seja.Pena é que, noutros campos,noutras áreas e noutrasmissões, não lhes sigam oexemplo!

•A "bomba" esperada, rebentou:a transferência mais cara detodos os tempos, na históriado futebol, aconteceu e teveum português como protago-nista principal : CristianoRonaldo!Para o ego de muitos portu-gueses, ainda bem. Para osbolsos do melhor jogador doMundo, ainda melhor. Para oBES, a cereja em cima dobolo!Mas, na realidade do dia adia, no meio de uma crise quevai tirando cada vez mais opão da boca a muita genteque deixa toneladas de suorna tarefa diária, a troco de umsalário que nem sempre chegaa tempo e horas, tudo istocheira a escândalo!Porém, em tudo na vida, oóptimo para uns é o péssimopara outros. Nada de quererdizer que Cristiano Ronaldonão deveria aproveitar omomento de fulgor da suacarreira para reforçar as suaseconomias; nada de insinuar

Por

Costa Santos

determinam para ser candida-to, seria, potencialmente, emOutubro, um adversário depeso - pelo suposta populari-dade no seio da massaassociativa - de Luís FilipeVieira. E isso, obviamente, oactual presidente jamaisadmitiria. Mais a mais com orisco de poder vir a perder…No entanto, muitas daspessoas que "pensam" oBenfica, não conseguemesconder a sua admiraçãopela "importância", "medo", ouo que quer que seja, queFilipe Vieira tem do ex-empresário. À vista desarma-da, tão amigos que eleseram…, como poderão estar,assim, desavindos ? Vá lásaber-se porquê! Também,noutras eras, Filipe Vieira foiamicíssimo de outras figurasgradas, compadre, inclusive, eo tempo - sempre ele - encar-regou-se de os separar…O que andará longe dasabedoria popular ? Quemtem rabinhos de palha quenão os queira queimar naque-le período que se convencio-nou chamar de "campanhaeleitoral" e, por vezes, maisparece um enorme tanqueonde se lava muita roupasuja?Temos a certeza que o tempose encarregará, mais tarde oumais cedo, de nos calar acuriosidade…

que, dentro dos parâmetrosporque se rege o futebol, elenão mereça todas estasmordomias, mai-las outrasque, por certo, o contratocontempla; Nada de quererdeixar no ar que o seu"agente" não tenha justifica-do uns larguíssimos milhões,muito embora não saiba darum pontapé na bola mas,apesar de ter estatuto FIFAde "zelador de carreiras".Porèm, TUDO no que aoscontrastes da vida dizrespeito. Há gente que salvavidas e, apesar disso, contaos cêntimos para viver; hágente que forma personali-dades, enfrenta critérios deavaliação, manifesta-secontra a "mão cheia denada" e…nada têem!O futebol é diferente. É ummundo à parte. Uma bolsaà parte. Tem entusiastas; temfanáticos a segui-lo; temdinheiro a rodos para omovimentar. Ainda bem.Pena é que a saúde nãotenha o mesmo dinheiro;que a educação não vivacom esse orçamento; que osdesempregados não tenhamuma "migalha" de tantoesbanjamento.Seria uma maneira deencararmos o mundo deoutra forma. Melhor, semdúvida!

Realmente, por mais voltasque se dê aos regulamentos,por mais tentativas que se fa-çam ao funcionamento dasInstituições, por mais desejos

Quem acredita nesta “paz”?

A frase "caiu", su-miu-se no meio deumas quantas per-guntas que o solici-to jornalista fez, naAlbânia, ao Presi-dente da F.P.F., Dr.Gilberto Madaíl.E como ele temrazão, infelizmente!

“Anormal, em Portugal, é não haver casos depois de terminadas as competições”

que se expressem quanto ànormalidade das coisas, asépocas, em Portugal, no queao futebol diz respeito, nãoterminam no dia em que ocalendário encera portas.Antes…parecem começar.

Então, esta época, com"peixe" graúdo na rede dosincumpridores, estava na caraque o defeso não iria ser cal-mo e muito menos pacifico.

Depois do anúncio daqueda do Vizela à divisão se-cundária e consequente "recu-peração" do Boavista, logomuitas vozes, já ensaiadas eprontas para se fazerem ou-vir, saltaram a terreiro. Como

que marcando posição, dizen-do "estamos aqui", em suma,levantando o indicador à boamaneira da escola primária:"presente".

Nas suas declarações, Ma-dail também não escondeuque iria solicitar ao Conselhode Justiça "celeridade" na suaactuação. Toda a gente ficouconvencida que, embora ten-do de meter mãos nalgumasujidade, desta feita as "lava-gens" seriam muito mais rápi-das e menos contribuintespara um espectáculo de "ale-crim a manjerona".

Porém, como por encanto,as vozes calaram-se, os "ditos

e contraditos" não puseram acabeça de fora e assentou,para já, a poeira. Claro quenão sabemos se tudo e todosestão à espera que se aproxi-mem as horas do sorteio para,então, aproveitando todo omediatismo do acto, abriremas bocas para botar faladu-ra; claro que não sabemos seesta estratégia do silêncio re-presenta uma aceitação dasdecisões tomadas e sobre asquais não adianta fazer mui-to barulho ou se traz consigoa "táctica" de parecer "tudo adormir" e, depois, partir a lou-ça toda no momento julgadomais apropriado.

Sabemos, sim, que nãoacreditamos nesta paz queparece reinar. É mais do quepodre! E por conhecermos o"modus operandi" de muitoboa gente, garantimos que aborrasca está aí, instaladacom armas e bagagens, equem acreditar que vai pas-sar ao "largo da costa" está re-dondamente enganado .

Não faltará muito paraatingirmos as conclusões e,depois, veremos quem terá defazer o "meã culpa".

Costa Santos

Page 4: Edição Nº 9 - 10/06/09

0419 JUNHO 2009

ENTREVISTA

“Se a Tripela fosse inventada

a correr mundo através das tele

Que ideia terá "reben-tado" para o at i rar paraa descoberta de um novojogo?

"Há três coisas que, con-jugadas, serão capazes deestar na base desta invenção.Primeiro, sou professor de Edu-cação Física; segundo jogueifutebol e, terceiro sou treina-dor de andebol. Desta "mistu-ra" e do meu gosto por criar -também escrevo histórias ju-venis e gosto de me conside-rar um pouco um inventor -,pensei se não seria possível,nesta área, fazer algo denovo.

É um facto que os miúdosestão a praticar sempre asmesmas modalidades despor-tivas na escola. Assisto a au-las, enquanto avaliador depráticas pedagógicas, de es-tágios, etc., e começo a ver adesmotivação dos alunosnuma disciplina que, antiga-mente, lhes despertava todo ointeresse, todo o gosto. Istoporque é sempre a mesmacoisa: o andebol, o basque-tebol e o futebol! Não hámais. Então lembrei-me se erapossível ou não criar algo de

Por Costa Santos

Agora, num início decaminhada para umaampla divulgação dojogo, a conversa com oProf. Rui Matos impu-nha-se. Principalmentepara conhecermos os"quês" e "porquês"dasideias que presidiram àinvenção da novamodalidade e, depois,tudo o que se lhe se-guiu, em termos práti-cos, no terreno.

Tripela é uma nova modalidade desportiva, inventada pelo Prof. Rui Matos e já merecedora de destaque,nomeadamente num colóquio realizado no Auditório do Estádio Municipal de Leiria e onde esteve

presente, entre outras figuras da cidade e do desporto, o Professor Manuel Sérgio.

novo e…qual seria o critériopara criar essa "coisa" nova.

E surgiu a "Tripela". Nãolhe sei precisar como,mas surgiu. Pés no fute-bol, mãos no andebol ebasquetebol e... porquenão pés e mãos num sójogo? Porque é que nãose faz a junção dosmembros superiores einferiores num mesmojogo?"

Pés e mãos há orugby…

"Exactamente, mas há di-ferenças neste jogo. Enquan-

to no rugby posso fazer a jo-gada toda sozinho utilizandosó as mãos na bola e as per-

nas para a velocidade, aquihá a obrigatoriedade de utili-

zar em cada movimento quese faz, mãos e pés. Ou seja,receber com as mãos e pas-sar com os pés…"

Isso obriga a uma mo-v imentação permanentede todo o grupo…

"É verdade. Toda a gentetem que se movimentar paraestar em boa posição para re-ceber a bola. No fundo, é umfutebol com mãos. No futebolos jogadores também devemdesmarcar-se para poder re-ceber a bola em perfeitas con-dições… A "Tripela" terá, gros-so modo, a dinâmica do fut-

sal e as regras do andebol.Será essa mescla…"

Na pr imeira demons-tração, qual a reacção?

"Muito boa. Confesso quenão estava à espera que tudocorresse tão bem. É evidenteque, por um lado, tinha essaesperança mas…há sempre adúvida que as coisas, logo naprimeira apresentação, corres-sem assim tão bem. As regrasnem sempre são assimiladasrapidamente e, nesse aspec-to, tanto miúdos como adul-tos têm a tendência para fa-zer o mais simples, isto é, nes-te jogo, por exemplo, recebercom as mãos e passar com asmãos. É a tendência que existenos jogos colectivos: o seg-mento com que se recebe é osegmento com que se envia.Mas não aconteceu isso. A re-acção foi positiva, fundamen-talmente pela grande aceita-ção que teve, quer de rapa-zes como de raparigas!".

O entusiasmo aumen-tou de então para cá ou,devido às suas funções pe-dagógicas, a inda nãopode dar- lhe o acompa-nhamento devido?

"Exactamente devido àsminhas funções ainda nãopude dar o acompanhamentoque quero dar. O jogo foiapresentado há um ano, logona apresentação mudei trêsregras - e vai ter que ser sem-pre assim, porque é na obser-vação de jogos que consegui-mos ver o que pode, ainda,ficar melhor - e outras, segu-ramente, irão mudar no futu-ro. O futebol tem quase 150anos e ainda hoje está amudar…logo esta jogo aindairá mudar muito. Com as mu-danças feitas julgo que o jogoficou mais seguro, mais atrac-tivo."

O jogo foi apresentado há

um ano, logo na apresenta-

ção mudei três regras – e

vai ter que ser sempre

assim –, porque é na obser-

vação de jogos que conse-

guimos ver o que pode,

ainda, ficar melhor

Adélio A

maro

Page 5: Edição Nº 9 - 10/06/09

0519 JUNHO 2009

ENTREVISTA

por um inglês… já andava

evisões! Mas sou português…”Depois de receber a

bola, o que é que o jo-gador tem de fazer?

"Imediatamente baixar a bolae se quiser progredir terá que ofazer dando toques na bola coma coxa ou com o pé. Não é fá-cil e exige muita destreza. "

Há alguma ansiedadeem relação ao futuro ime-diato, para saber quan-tas equipas surgem, se sepode realizar um campe-onato…

"Não lhe sei qualificar bemo estado de espírito, mas háuma impaciência - se calhar- de tentar fazer chegar isto amais gente - para já - e, de-pois, acompanhar a naturalevolução. Até aqui fui só eu,agora tenho mais dois cole-gas que me ajudam nessecampo, enfim, aos poucos es-tamos a conseguir chegarmais longe. Tenho pena quenão consigamos chegar rapi-damente a todo o lado…"

O Objectivo?"Não direi isso… julgo que

há pessoas que estão a perder aoportunidade de experimentarum novo jogo, novas sensações!"

Em termos oficiais, cri-ando uma federação, porexemplo, ainda está tudoembrionário?

"Está tudo embrionário esem saber bem para onde ir,qual será o primeiro passo adar. Aliás, no recente colóquioque realizamos em Leiria, oProf. Manuel Sérgio aconse-lhou-me a criar uma Associa-ção de modo a poder mobili-zar as pessoas, criar torneios,em suma, dar um rosto ao

projecto. É isso que deseja-mos e teremos de fazer o maisrapidamente possível.

Por agora temos um "blo-gue" e tem sido esse o pontoaglutinador. Mas não desisti-mos e iremos avançar mais emais, logo que haja tempopara nos debruçarmos sobreesse passo."

As regras nem sem-

pre são assimiladas

rapidamente e, nesse

aspecto, tanto miúdos

como adultos têm a

tendência para fazer

o mais simples, isto é,

neste jogo, por exem-

plo, receber com

as mãos e passar

com as mãos.

Passos mais di f íceis emais morosos dos que osque deu até aqui?

"Não, julgo que não. Atéaqui é que as coisas foram di-fíceis porque as pessoas nãofaziam a mínima ideia do queisto era, talvez olhassem umpouco desconfiadas ainda porcima sendo um português ainventar uma coisa, mas háque saber lidar com isto tudoe seguir em frente.

Se a Tripela fosse inventa-da por um inglês, garantida-mente que a esta hora já teriao apoio de toda a gente e jácorria mundo através das te-levisões.

Já fui a Espanha, à Tur-quia e a receptividade que tivefoi muito positiva. Vamos con-tinuar na trabalhar e aguar-dar serenamente a evoluçãodas coisas."

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0619 JUNHO 2009

SUBIDA DA UNIÃO DE LEIRIA

Heróis descartáveisForam os protagonistas de uma época sensacional, levados em ombros num Estádio bem composto

de adeptos em delírio e hoje… colocados na “prateleira” dos dispensáveis, bem contra a vontadedo “mago” que os comandou!

Queremos - e lutamos por isso - que averdade venha à tona e a razão vença…

Não sabemos se todos aqueles queestiveram no Magalhães Pessoa, na tar-de daquele Domingo de festa, esperan-do ansiosamente o grupo que lhes en-cheu a alma de alegria, têm presente namemória tudo a que assistiram. Mas, senão tiverem, não importa. O que impor-ta, isso sim, é recordar as palavras dosresponsáveis que "até estou a tremer deemoção por ver tanta gente no Está-dio!"… "foram sensacionais, merecemesta recepção"…"a União regressou aolugar que lhe pertence!"… etc.…etc.

Por Costa Santos

Não iremos entrar em terre-nos movediços, muito aogosto de certa gente que

anda há muitos anos nofutebol e que, de quando emvez, se vitimiza para continu-ar na merecer a comiseração

dos que os cercam; Nãoiremos cair no fácil apontardo indicador a certos actos

de quem se arvora em "enci-clopédia futebolística" e usa a

gritaria - a arma dos semrazão…- para calar quemlhe faz frente e denuncia a

sua incompetência!

Hoje, menos de um mês passado,esses "heróis" não passam de meras fi-guras descartáveis, não por quebra doseu mérito, menos por vontade do "reali-zador", única e exclusivamente pelo que-rer de alguém que teima em comandar a"quinta" - entenda-se cenas - à sua ma-neira, indiferente aos resultados da "co-lheita", principalmente depois de um anode boa "safra".

Sejamos claros:

Antes de partir para o Brasil - parauma prospecção de mercado ou paraestar afastado do epicentro das decisões?- o realizador deixou bem definido o lotede "actores" que queria continuassem nogrupo, para que o próximo "filme" saíssea preceito. A espinha dorsal, seguramen-te; os homens da sua confiança, tam-bém e…aqueles que nos "bastidores", ti-nham a força do seu passado, a entregado presente e a fibra de continuar assim,no futuro.

O realizador, consciente das suas res-ponsabilidades, cumpridor da sua palavra,não sonhava que o "produtor" se prepara-va para descartar do elenco premiado,"actores" principais, figuras que honraramcom suor, empenho, capacidade e talento,o "Óscar" da última longa metragem.

Mas o "produtor", bem ao seu estilo,nem deu tempo para se sumirem nosouvidos dos espectadores os gritos devitória que acordaram uma cidade. E sempeias…mandou às malvas a vontade dorealizador e assumiu - como sempre - oseu papel de produtor mais o do realiza-dor e ainda juntou os do economista,chefe de orquestra e "ponto"!

Assim, tal e qual!Assim, ao seu perfeito estilo.

•Não valerá a pena abrir a boca de

espanto. Isso aconteceria de as "cenas"fossem ao contrário. Mas são…"mais domesmo" e está tudo dito.

Não podemos é entender, usandonomes e factos, que para já, dois dos ele-mentos desejados pelo "mago" Manuel Fer-nandes, tenham sido descartados do gru-po que apostava botar figura na elite dofutebol nacional: Luís Carlos e Tiago.

Pior: que haja sido oferecido a umdestes, menos de metade do vencimentoque estava a auferir na Liga Vitalis, na-turalmente uma maneira diplomática dese lhe apontar a porta de saída com oargumento de que "não aceitou a pro-posta feita", atirando às urtigas a "con-traproposta que inicialmente lhe foi pe-dida e depois, o "carteiro" se encarregoude informar como "inútil"!

O "filme" começou agora a ser roda-do sem o realizador, longe, muito longe,além Atlântico.

Quando regressar à "base", segura-mente que outras cenas irão merecer ahonra dos "câmara-man"!

Cá estaremos para as analisar.

D. R.

Page 7: Edição Nº 9 - 10/06/09

0719 JUNHO 2009

FUTEBOL

“A manutenção tem

um sabor muito especial”

PAULO SILVA

Cid Ramos

O Meirinhas conseguiu pela primeira vez a manutenção na divisão de Honra da AF.Leiria.No comando técnico, esteve Paulo Silva, que fez ao jornal Desportotal a análise à temporada

e confirmou a sua continuidade no comando técnico, por mais uma temporada. Considera justo,o primeiro lugar do Portomosense e salienta ainda que, o facto de jogar num pelado

na divisão de Honra, é uma tarefa complicada.

Qual o significado de ser o pri-meiro treinador a conseguir man-ter o Meirinhas na divisão de Hon-ra?

É uma honra e um orgulho, porqueo Meirinhas nunca tinha conseguido amanutenção neste campeonato. Foi a pri-meira vez que treinei uma equipa na di-visão de Honra como treinador principale consegui os objectivos propostos. A ma-nutenção tem um sabor muito especial eesta equipa fica na história do clube, porter sido conseguida pela primeira vez.

Apesar da maior competitivida-de esta época…e do domínio doPortomosense?

Sim é um facto que a divisão deHonra desta temporada que agora fin-dou, foi uma das mais fortes de sem-pre. A presença de equipas que habi-tualmente militam nos nacionais, veiodar mais notoriedade ao campeonatoe complicou ainda mais a nossa tare-fa.

A quem dedica a manutenção?À direcção do clube, que tudo fez,

para nos proporcionar as melhores con-

dições possíveis, aos atletas, que foraminexcedíveis ao longo de todo o cam-peonato e souberam responder da me-lhor forma, ao que era solicitado. Fi-nalmente também uma palavra para osadeptos que nunca deixaram de apoiara equipa.

Vai continuar no comando téc-nico do Meirinhas?

Sim. Fui convidado pela direcção doclube e aceitei continuar no comandotécnico do Meirinhas por mais uma épo-ca. Sabemos que não vai ser fácil, masvamos lutar arduamente, para conseguir-

mos, uma vez mais a manutenção nadivisão de Honra.

O facto de jogar num pelado,foi um obstáculo para o Meirinhasno campeonato?

Sim foi. Há que o reconhecer, semsombra de dúvidas. Neste campeonatoapenas nós e a Ilha tínhamos campo pe-lado, as outras dispunham de sintético ourelvado, o que desde logo, indica melho-res condições para a prática desportiva.

Rogério Gonçalves é o novo treinador da AcadémicaLIGA SAGRES

Está encontrado o sucessor de Do-mingos Paciência no comando técnicoda Académica de Coimbra. Depois devários dias de indefinição, a direcçãoacademista decidiu-se pela escolha deRogério Gonçalves. Aos 49 anos, e de-pois de uma temporada em que esteveno desemprego (segundo o próprio, umproblema de saúde com um familiar pró-ximo foi a causa), o técnico volta aoactivo para tentar dar continuidade aoexcelente trabalho realizado na últimaépoca por Domingos. A herança é pe-sada, sem dúvida, já que os estudantesconseguiram na temporada transacta amelhor classificação dos últimos 25 anos,ficando no sétimo lugar da tabela.

A decisão não foi pacífica, uma vezque, dentro da própria direcção, houvealgumas divergências na escolha do novotimoneiro, o que pode mesmo vir a darorigem a demissões no seio dos órgãossociais.

Rogério Gonçalves era um desejo an-tigo da Briosa, pois era o desejado parasubstituir Manuel Machado em Setembrode 2007, quando o agora técnico do Na-cional da Madeira foi despedido. Na altu-ra, o agora timoneiro dos estudantes esta-va vinculado ao Beira Mar, que não o li-bertou para orientar o clube de Coimbra.

Depois de já ter orientado, sem gran-de sucesso, o Sporting de Braga, RogérioGonçalves “abraça” agora um projectoque será dos mais importantes e interes-santes da sua carreira. Entre outros, o téc-nico já orientou o Beira-Mar, o Leixões ea Naval.

Natural de Lanheses, concelho de Vi-ana do Castelo, o técnico far-se-á acom-panhar pelo adjunto Manuel José, sendoque Pedro Roma, deverá terminar a suacarreira futebolística e integrar a equipatécnica. Também José Nando continuarácom um papel importante, já que, conti-nuará como treinador do Tourizense (equi-pa satélite da Académica), e será o res-ponsável pela passagem de jogadores deTouriz para Coimbra, o que, de resto, jásucedia com Domingos.

Pelo facto de estar no desemprego,o acordo terá sido mais facilmente al-cançado. Outros nomes foram tambémventilados para assumir o cargo, taiscomo Daúto Faquirá e Carlos Azenha,mas a escolha recaiu em Rogério Gon-çalves.

No que a jogadores diz respeito, asaliência vai para a renovação de con-trato com o cabo-verdiano Lito, que tinhaem mãos uma proposta de um clube daArábia Saudita, mas aos 34 anos, prefe-

riu ficar em Coimbra, onde, muito prova-velmente, terminará a carreira. Por outrolado, Nuno Piloto, carismático jogadordos estudantes, erminou o seu vínculo con-tratual, e rumou ao Iraklis da Grécia. Oantigo capitão da Briosa merece tambémnota de destaque pelo facto de ter apre-sentado recentemente a sua tese de mes-trado, onde obteve a nota “Muito Bom”,tornando-se assim o primeiro jogador pro-fissional de futebol em Portugal com ta-manho estatuto académico.

Relativamente a reforços, o único quepara já está confirmado é Jonathan Bru,médio francês de 24 anos, que foi forma-do no Rennes e que estava emprestadoao Istres. O jogador foi, inclusivamente,internacional pelas camadas mais jovens,sendo um dos elementos que faziam par-te da selecção francesa que esteve pre-sente no Torneio de Toulon, em 2005, quederrotou na final a selecção portuguesa.

Eduardo Marques

Page 8: Edição Nº 9 - 10/06/09

BALANÇO DA ÉPOCA 2008/09

Fátima: da indefinição à subida

08 19 JUNHO 2009

II DIVISÃO

Paulo Teixeira

A época desportiva do Grupo Desportivo de Fátima começou com uma indecisão e terminou com um domínio avassaladorque de vitória em vitória, demonstrou ter o melhor plantel da sua série na II Divisão B, e conquistou com todo o mérito,

o título de campeão da II Divisão nacional e respectiva subida à Liga Vitalis.

Depois de na época de 2007/08, oDesportivo de Fátima ter terminado naúltima posição na Liga Vitalis, com 25pontos, o clube preparava-se para dispu-tar esta temporada na II Divisão, Série C,mas os desenvolvimentos do caso ApitoDourado referentes a Gondomar e Vizela,fizeram com que a equipa de Rui Vitóriaainda tivesse esperanças em jogar estatemporada na Liga Vitalis. Esses atrasosfizeram com que a equipa demorasse aser montada para as exigências da IIDivisão B, pois apenas sete jogadorestinham transitado da temporada anterior.

Apesar de um plantelmontado à pressa e emcima da hora, os objecti-vos delineados por RuiVitória eram mais do queclaros: regressar à II Liga.Mas para isso, tinha queconseguir os pontos ne-cessários para chegar ao"playoff". O início da épo-ca foi forte, com uma vitó-ria fora com o Tourizense,outro dos candidatos àsubida. Na terceira jorna-da, outra vitória fora fren-

te ao seu vizinho, o Uniãoda Serra, motivaram os jo-gadores para os jogos queaí vinham, demonstrandoque tinham o plantel maisforte da sua série para oobjectivo de alcançar omais cedo possível os lu-gares do "playoff".

Mas em Dezembro,depois de uma fase irre-gular, com duas derrotasem casa frente a Tourizen-se e União da Serra pelamargem mínima, Rui Vi-

tória decidiu reforçar oplantel com alguns ele-mentos. Saíram cinco jo-gadores: Osvaldo, paraos angolanos do Recrea-tivo da Caala, André San-tos, para o União de Lei-ria, Adilson, para os es-panhóis do Lugo. Noplantel, entraram três re-

forços que valeram a di-ferença: o avançado Isma-el Gaúcho, que jogava noThrottur, da Islândia, e osdefesas Neto, do Mafra, eMarco Almeida, que joga-va no Portosantense. Nes-sa altura, no final de De-zembro, o Fátima tinhaperdido a liderança a fa-

vor do Pampilhosa e doUnião da Serra, e o seulugar nos "playoffs" aindanão estava assegurado.

A partir de então, oplantel assimilou bem osnovos reforços e partiupara uma ponta final ir-repreensível: até ao finalda época regular, a equi-pa consentiu mais umempate, frente ao Nelas.Assim sendo, os pupilosde Rui Vitória tinham, em20 jogos, 12 vitórias e 38golos marcados, e 12 so-fridos. A segunda fase iriaser mais complicada, poisiria jogar contra os adver-sários mais fortes da suasérie, como o Tourizense,e dois vizinhos incómo-dos: o União da Serra e oMonsanto, para além dosaçorianos do Operário eo Pampilhosa.

Mas se no papel, ascoisas iriam ser difíceis, naprática, os jogadorestransformaram-no emalgo mais fácil: oito vitó-rias em dez jogos, e emduas ocasiões, as vitóriasforam "gordas": 4-1 con-tra o Monsanto e 5-0 fren-te ao União da Serra,ambas em casa… do ad-

versário. No final destafase, a equipa tinha mar-cado 26 golos em apenasdez jogos, um "score" úni-co, que fez do Fátima nolegítimo candidato à su-bida. Mas tudo poderiaser deitado a perder, casoperdesse os jogos com oCarregado, o vencedor dasérie D. As coisas eramteoricamente difíceis, poisjogavam fora no primeirojogo, num campo sintéti-co e as dimensões do rel-vado eram mais pequenasdo que o normal. Mas oempate a uma bola, emCarregado, foi comemo-rado como se de uma vi-tória se tratasse, e o jogoda segunda mão, em Fá-tima, a coisa tornou-semais fácil: 4-1 e o regres-so à II Liga, um ano de-pois.

Depois, faltava o jogoda final, em Águeda, fren-te ao Desportivo de Cha-ves. Com o prestigio e otítulo da II Divisão emjogo, jogaram mais des-contraidamente e vence-ram por 2-1, conseguin-do pela primeira vez noseu historial, o título da IIDivisão.

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0919 JUNHO 2009

TAÇA AF LEIRIA

Fernando DesportoPequenos Jogos, Unipessoal lda.

Tel.: 236 098 035Tm.: 964 392 677Rua da Figueira da FozEdifício Fonte Nova, Lj. F3100-334 PombalEmail: [email protected]

RECORDANDO….

Bombarralense aguenta e vence

Paulo Teixeira

O vencedor foi encontrado nos pontapés da marca de grande penalidade. Nessa altura, os homens de Bombarral foram mais felizes.

A equipa de Porto deMós detinha o naturalfavorit ismo. Campeãodistrital, com a conse-quente ascenção à IIIDivisão Nacional queriajuntar a conquista daTaça para repetir osfeitos da época de1994/95: Taça e Cam-peonato.

Os comandados de Rui Ban-deira tinham o melhor plantel daDivisão de Honra, e no Munici-pal de Leiria, perante mil espec-tadores, metade dos quais vindosde Porto de Mós, estavam peran-te o Bombarralense, o clube maisantigo do distrito em actividade,comandados por outro Rui, Al-meida de apelido, que tinha feitouma época discreta na Divisãode Honra, e esperava que estafinal de Taça desse para compen-sar a época que passou.

Num dia em que se comemo-rava Luís de Camões e as Comu-nidades Portuguesas, era tambémum dia especial para três joga-dores do Portomosense: Quim-Quim, Morgado e Miranda, ve-teranos na equipa, iriam jogarnessa final a última partida das

suas carreiras, pois este jogo se-ria em teoria, a melhor forma dependurar as chuteiras. Sabendode antemão que o Portomosenseera a melhor equipa em campo,o Bombarralense decidiu entregaro jogo ao seu adversário, e re-metendo-se a um esquema de-fensivo, que tapasse os caminhosda baliza e adiar, senão evitar nos90 minutos regulamentares, ogolo do adversário.

Foi isso que aconteceu até aominuto 120.

Quando o momento dos "pe-nalties" chegou, a tensão estavano ar. Todos sabiam que era aquique tudo se iria decidir, e a con-centração e a frescura dos joga-dores que iriam rematar era cru-cial. E os três primeiros a rematar(Gigas e Hugo Almeida, no Por-tomosense; Ricardinho, do Bom-barralense), falharam os seus re-mates, lançando a incerteza noresultado. E Bessa é o primeiro amarcar, dando vantagem aoBombarralense. Depois disso, to-dos marcaram, até ao momentoem que Bessa falha o seu "penal-ty". Era a quarta série de penalti-es, e a incerteza voltava. O Por-tomosense tinha uma chancepara resolver o jogo, e foi RuiFrancisco o homem encarregadode marcar a quinta série. Estavatão decidido a resolver o jogo

que… rematou por cima. Grin-cho teve mais cabeça e deu aoBombarralense uma vitória sofri-da, depois de 120 minutos emque esteve mais a defender o re-sultado, e que teve a sorte nospenalties.

RUI BANDEIRA (TREINADOR PORTOMOSENSE)

RUI ALMEIDA (TREINADOR BOMBARRALENSE)

Tiveram a possibilidade de resolver o jogo e não conse-guiram…Normalmente uma equipa que tem as probabilidades que nós tive-mos de “matar” o jogo, quer no tempo regulamentar, quer no pro-longamento, e não faz, sujeita-se a este tipo de situação. Fomos aequipa que procurou ganhar o jogo, o Bombarral foi mais expec-tante, foi deixando passar o tempo, infelizmente não conseguimosmarcar. Desperdiçamos uma oportunidade soberana na segundaparte do prolongamento, não fomos felizes… e é assim o futebol.Parabéns aos vencedores.Chegaram a jogar com mais dois elementos em campo doque o adversário…Aconteceu no último minuto do prolongamento, e não creio queisso não tenha sido significativo, Aliás, é mais complicado parauma equipa que assume o jogo desde o início, chegar em condi-ções para o prolongamento, e estavam um pouco mais frescos doque nós, porque fizeram um jogo mais expectante, sempre em con-tra-ataque, com poucos jogadores a participar no ataque, o nossojogo foi muito mais desgastante, e sentimos isso no prolongamento.

Como foi este jogo para si?Foi um jogo emotivo, quando se vai aos penalties. É evidente quefoi um jogo muito intenso, bem disputado, entre duas excelentesequipas. Humildemente falando, penso que o Porto de Mós ésem dúvida a melhor equipa de Divisão de Honra, e por issomesmo, em nome desta equipa, dou-lhe os parabéns pela subidade divisão, mas também tenho que reconhecer que a equipamerecia, por tudo aquilo que passamos nesta época, merecíamosesta final e as finais não são para ser disputadas, são para serganhas. Agora, é um prémio mais do que justo para todos estesjogadores, direcção, massa associativa, que nos veio apoiar. É acereja em cima do bolo.Esta conquista foi o culminar da vossa época desportiva…Ganhamos uma Taça, é um facto. Não é todos os dias que seconquista tal coisa, mas calhou-nos este ano e tenho que daruma palavra de apreço e “fair play”, porque o Porto de Mós, semdúvida, tem uma belíssima equipa, melhor do que nós, e hoje,quando se vai aos penalties, é uma lotaria. Graças a Deus, ca-lhou-nos essa sorte, por tudo que passamos nesta época, com aslesões, os castigos, pois não tínhamos um plantel tão vasto comoisso. Tentar recuperar jogadores para a final, na primeira parte tive-mos um jogador lesionado e teve de sair… é o que digo: esta Taçaé a cereja em cima do bolo. Dedico-a aos jogadores, á direcçãodo futebol sénior, enfim, à nossa massa associativa, que hoje nosapoiou. Pena não acontecer isto mais vezes na nossa casa.

PORTOMOSENSE – Sérgio;Gigas, Órfão, Paulo (Dário, 49min) e Hugo; Morgado, Ferraz,Jackson (Bruno Francisco, 66min) e Elton; Quim Quim (Ro-das, 73 min) e Julinho.Treinador: Rui Bandeira

BOMBARRALENSE – LuisPaulo; Bruno Mimoso (Cordei-ro, 63 min), Paulo Rossis (Grin-cho, 37 min), Edgar Correia,Serginho; Ricardinho, Morga-do, Bessa, Fifi; David Dias (Pa-latino, 81 min) e Bruno AntunesTreinador: Rui Almeida

Árbitro: Rui Pedro FranciscoDisciplina: cartão amareloa Serginho (48 min.), Bruno An-tunes (54 min), Cordeiro (66mim), David Dias (70 min), Grin-cho (74 min), Ricardinho e Mor-gado (78 min), Dário (90 min),Juliano (91 min) Eldon (94 min),Bessa (100 min), Hugo Almeida(103 min), Luis Paulo (119 min)Cartão Vermelho a Serginho(108 min) e Rui Almeida (108min), Bruno Antunes (117 min)

• ciclismo

• t-shirts

• polos

• fatos de treino

• equipamentos

para clubes

• taças e troféus

• sweats

• bonés

• meias

• chuteiras

• sapatilhas

D. R.

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1019 JUNHO 2009

FUTEBOL

Iniciativa promovida pelo site ODerbie

Jogo das Estrelas

encerrou época desportivaPela terceira vez consecutiva, o site desportivo www.oderbie.com e a Zimex levaram a cabo o jogo

de Estrelas dos distritais de Leiria. O evento foi uma vez mais, uma grande festa e contoucom a presença de jogadores, treinadores e até jornalistas.

Todos imbuídos no espíritofestivo, que caracteriza o even-to. A festa começou com a rea-lização do encontro entreO'Derbie e os Amigos frente atreinadores de clubes daAF.Leiria. A formação deO'Derbie venceu por 4-2, numjogo disputado do princípio aofim, num clima de festa. Mar-caram para a formação do sitedesportivo ODerbie, Nuno Dias,Fábio Roxo (2) e Nuno Jesus.Pela equipa dos treinadores, RuiBandeira bisou no encontro. Aformação do Derbie e os Ami-gos alinhou com: Alexandre Sil-va, Filipe Ruivo, Licínio, David,Gonçalo Ramos, João Carrei-ra, Ricardo "Joaninha" e NunoOliveira, Fábio Roxo, PauloCésar e Nuno Dias.

Jogaram ainda: Adélio Ama-ro, Nuno Jesus, Tiago Leal, Di-ogo Padeiro, Fábio Roxo e Hél-der Ferreira.

Pela formação dos treinado-res de clubes da AF.Leiria alinha-ram: Marco Santos, Tito, João,Carlos Borges e Gameiro, Ar-lindo Martins e Rui Bandeira;

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1119 JUNHO 2009

FUTEBOL

Vítor Gato, Josélito Perei-ra e Paulo Jerónimo.

Jogou ainda Rui Bo-tas.

Seguiu-se o encontroentre Selecção Norte eSul, com o encontro a ter-minar empatado a duasbolas. Ao intervalo venciapor 2-0, com golos deFélix e Miguel. No segun-

do tempo, um bis de Ri-cardo Silva empatou o en-contro.

A Selecção Norte ali-nhou com: João Pedro(Fig.Vinhos); Poquinha(Ansião), Rui Macedo (Pi-lado), Diogo Padeiro (Ra-malhais) e Luís Silveiro(Fig. Vinhos); Pedro Ne-ves (Ansião), Dani (Pedro-

guense) e Pedro Almeida(Avelarense); Fábio Roxo(Ramalhais), Ricardo Silv(Pedroguense) e Rodrigo(Pilado).

Jogaram ainda: JoãoMatias (Alvaiázere), Nor-mando (Avelarense) eDadá (Arcuda) No co-mando técnico desta Se-lecção estiveram José Ri-cardo (Pilado) e RicardoSilva (Ansião).

Pela Selecção da ZonaSul alinharam: Sérgio (Por-tomosense); Bruno Vidi-nha (Nazarenos), Pedroórfão (Portomosense),Bula (Valcovense) e Mor-gado (Portomosense); Es-troga (Vidreiros), BrunoMatias (Valcovense) eNeto (Boavista); PedroRafael (Boavista), Miguel

Paulo Roque, a ser con-siderado o melhor naZona Sul.

Na categoria de me-lhor jogador, Morgado foieleito o melhor na divisãode Honra, Ricardo Silvana 1ª distrital-Zona Nortee Pedro Rafael na 1ª dis-trital-Zona Sul.

Relativamente aosguarda-redes, Sérgio (Por-tomosense) e João Matias(Alvaiázere), foram consi-derados os melhores, nadivisão de Honra e 1ª dis-trital-Zona Norte. Igor(Juncalense), foi o melhorna Zona Sul, mas nãocompareceu. Quanto aosmelhores marcadores, Ri-cardo Silva (Pedroguense)e Miguel (Grap/Pousos)receberam o prémio de

(Grap/Pousos) e Félix(Nazarenos).

No comando destaSelecção estiveram RuiBandeira (Portomosense) ePaulo Roque (Valcovense).

No intervalo do jogorealizou-se a entrega deprémios com Rui Bandei-ra a receber o prémio demelhor treinador da Di-visão de Honra, RicardoSilva, o de melhor trei-nador da Zona Norte e

melhor marcador da1ªdistrital-Zona Norte eZona Sul. Pimenta o me-lhor marcador da Divisãode Honra não esteve pre-sente. Sandro Soares foiconsiderado o melhor ár-bitro e apitou o jogo entrea Selecção Norte e Sul.

No final, ficou a pro-messa de para o ano, ha-ver mais uma edição doJogo das Estrelas dos dis-tritais de Leiria.

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1219 JUNHO 2009

ATLETISMO

“As novas regras tornam

a competição mais dramática!”

CAMPEONATO DA EUROPA DE EQUIPAS SPAR 2009

Afirma Jorge Salcedo, Presidente do Comité Organizador

Após os Campeonatos Nacio-nais, no passado fim-de-semana, chega agora a Leiriao Campeonato da Europa deEquipas SPAR. O Estádio Dr.Magalhães Pessoa vai receberas 12 melhores selecções daEuropa em Atletismo, inclusiva-mente a nossa própria Selec-ção, para uma competição quepromete ser muito... dramática!Com a implementação denovas regras, algumas bempolémicas, as opiniões divi-dem-se.

Por Tiago Cordeiro Ramalho

Quanto à competição em si, terá iní-cio amanhã, pelas 15:30h. A prova deabertura será o lançamento do Martelo,em Masculinos. Seguem-se depois todasas provas em agenda, nos escalões mas-culinos e femininos. O dia competitivotermina às 19:13, com a prova final de4x100m em Masculinos. No domingo, acompetição inicia-se pelas 15:15h, tam-bém com o lançamento do Martelo, noescalão de Femininos, e termina às19:11h, com a prova de 4x400m emMasculinos. Apesar de toda a controvér-sia relativamente às novas regras, aosmoldes da competição e também a ou-tras questões "extra-desportivas", espera-se um grande fim-de-semana de atletis-mo e... estádio cheio! As entradas sãogratuitas, as provas prometem muitaemoção e a oportunidade de ver os nos-sos atletas a representarem o País deve

"Não só dos atletas. Houve algumareação, relativamente a federações, emdesacordo para com as regras. Mas ape-sar de alguns atletas estarem contra, aComissão de Atletas foi a favor, o que écurioso. Já agora, e uma curiosidade,esta regra dos 4 ensaios nulos foi pro-posta por um desses atletas, pois a regraem discussão era diferente. E o presiden-te da Comissão dos Atletas, um excelen-te saltador, propôs esta regra como al-ternativa à discutida. Mas temos de as-sumir que não foram regras aprovadaspor unanimidade."

No entanto, acaba por tornaras provas mais competitivas...

"A ideia é realmente essa. Não sabe-mos se dará frutos ou não, mas a ideiafoi tornar mais atractiva a competição.Tornar as provas mais dramáticas e en-tusiasmantes, tanto para os atletas comopara o público. Mas esperemos que nãodê problemas!"

Que apoios possibilitaram arealização deste evento?

"Os habituais das outras organiza-ções: O governo e a Câmara Municipalde Leiria. Aliás, a razão pela organiza-ção desta edição deve-se a um convitefeito. A localização onde são realizadasestas competições é atribuida, geralmen-te, por candidatura. Mas neste caso nãoe na verdade, sabiamos que a Associa-ção Europeia de Atletismo não queriauma candidatura. Queria quem lhes dessegarantias de que a prova podesse serbem realizada e eventualmente, talvezagradados com o trabalho nos últimosanos, convidaram-nos para organizareste evento aqui, em Leiria. Mas é obvi-amente necessário apoio financeiro, queacabou por nos ser garantido e tornou-se mais fácil organizar a competição"

Como é a selecção dos atletasem si?

"A Selecção está encarregue, como éóbvio, ao seleccionador. Esta competi-ção (ndr. Campeonatos Nacionais deAtletismo em Leiria) serviu também paraum último olhar aos atletas que estãomais capacitados de competir pela Se-lecção. Relativamente ao número de atle-tas, há o limite de 25 atletas por equipae sendo 20 provas, estava estimada apresença de cerca de 23 atletas.

ser motivo mais que suficiente para en-cher as bancadas do Estádio Dr. Maga-lhães Pessoa.

Jorge Salcedo, Presidente doComité Organizador e SecretárioGeral da FPA, admite que as no-vas regras implementadas para acompetição possam gerar algumacontrovérsia, mas tudo por um"bom propósito": a competição.

Esta não é a primeira vez queLeiria organiza um campeonatosemelhante. Mas este tem algumasparticularidades que o tornam di-ferente dos outros Campeonatos daEuropa...

"Esta competição tem algumas modi-ficações. A primeira, e talvez menos po-lémica, é que em vez de haver uma clas-sificação separada para atletas masculi-

nos e femininos, há uma classificaçãoconjunta, global. Depois, há algumasregras que vão ser implementadas e sãodiferentes nas outras competições. Umadelas é das partidas falsas. Actualmenteé possível haver uma partida falsa e sóna segunda há desclassificação, nestanão. Basta uma falsa partida para que oatleta seja desclassificado. É possível atéque esta alteração, que está para dis-cussão no congresso, possa passar. Masnos congressos anteriores, não passou.A maioria das pessoas votou contra. Masnesta competição, foi decidido pela As-sociação Europeia de Atletismo e vai sermesmo implementada. Nas corridas, tal-vez a mais polémica regra é que nos 3000,com e sem obstáculos, e nos 5000 me-tros, três atletas vão ser eliminados antesde terminar a prova. Os que passarem ameta em último lugar, em determinadasvoltas, são eliminados, apesar de terempontos. Nos saltos verticais, vai haver li-mite de ensaios nulos, quatro. Actualmen-te não existe limite. Após o quarto ensaionulo, será desclassificado e ficará com amarca que fez até essa altura. Nos hori-zontais, comprimento, salto triplo, e afins,os 12 atletas terão 2 ensaios. Os 6 me-lhores terão direito a um terceiro ensaio.Os quatro melhores ao fim do terceiroensaio tem um ensaio final, em que a or-dem do ensaio é feita em função da suaclassificação. Estas são as novas regrasque serão implementadas."

Houve manifestações dos atle-tas relativamente às novas regras?

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1319 JUNHO 2009

ATLETISMO

Quantos atletas irão competir?"Há um limite de 25 atletas por cada

equipa. As provas são 20, portanto nomínimo, 23 atletas serão seleccionados,conjugando também com as provas deestafetas. Portanto, havendo o límite deatletas e avaliando o número de provas,estimamos cerca de 23 atletas."

O que é que podemos esperardeste evento?

"Do ponto de vista da organização,espero que corra bem! Estamos prepa-rados para tudo, portanto penso que tudovai correr pelo melhor, sem grandes so-

bressaltos. Do ponto de vista desportivo,é expectável grandes marcas de atletasde todo o mundo, inclusivé dos nossoatletas. Mas relativamente à selecçãonacional, temos as 12 melhores equipaseuropeias da época anterior. Por muitobom que seja sonhar, é complicado ficarno topo. Mas os atletas farão certamen-te boas marcas, pois também represen-

tar a Selecção dar-lhes-à mais motiva-ção."

Qual é a adesão Internacional?"A adesão é relativamente às equipas

que vem participar. Pelo que ouvimos,vêm trazer os seus melhores atletas, ape-sar de não termos indicação de que atle-tas vão participar. Mas está a ser umagrande adesão, grande interesse dosmedia, talvez também pelo desejo queas coisas corram mal! É sempre motivode notícia. Mas esperemos que corra beme sendo a primeira vez, pelo menos nes-tes moldes, estamos expectantes."

E relativamente ao futuro des-tas competições...

"O futuro vemos depois! É lógico quedepois do resultado, de como foram pro-cessadas estas alterações, pensaremos.Caso haja a possibilidade de alterar paraas próximas edições, só após uma avali-ação, que será feita, é que podemos fa-lar. Até porque estas regras serão, não sóaplicadas aqui, mas também nas outrasdivisões desta competição. Portanto, vaihaver discussão e depois veremos. Se ascoisas correrem bem, é possível que con-tinue. Se verificarmos que os moldes ac-tuais da competição precisam de ajusta-mentos, é normal que serão feitos."

O Campeonato da Europa deEquipas vai ser disputado em Lei-ria, mas para Carlos Carmino acidade será mais que a anfitreã.O

“Nas corridas, talvez a mais

polémica regra é que nos 3000,

com e sem obstáculos, e nos

5000 metros, três atletas vão ser

eliminados antes de terminar a

prova. Os que passarem a meta

em último lugar, em determina-

das voltas, são eliminados,

apesar de terem pontos.”

Director Técnico Regional de Atle-tismo assume a evolução do atle-tismo no distrito de Leiria e esperaver atletas leirienses a representarPortugal na próxima grande com-petição.

Como surgiu a parceria entre aAssociação Distrital de Atletismode Leiria e as restantes entidades,relativamente ao Campeonato daEuropa de Equipas?

"É evidente que o papel da CâmaraMunicipal de Leiria é fundamental, a re-lação entre a Federação Portuguesa deAtletismo e a Câmara Municipal de Lei-ria tem sido muito boa, desde há variosanos, e a Associação Distrital Atletismode Leiria como entidade responsável peloatletismo do distrito tem tido também o

seu papel, que tem sido parceira em tudoo que a FPA e a CML acham importan-tes, no que diz respeito ao atletismo, nãosó no campeonato de Europa de Equi-pas de 2009 mas também tudo o quetem haver com promoção, divulgação,calendário competitivo. É sempre o pa-pel da ADAL, aquele que a FPA acharque é o mais importante."

Tem sido uma parceria feliz?"Sim, tem sido positiva. Como é evi-

dente, a Federação tem ajudado muitono que diz respeito ao atletismo do dis-trito de Leiria. O papel do presidenteFernando Mota tem sido inexcedivel, epor isso é que podemos dizer com gran-de orgulho que o atletismo do distrito deLeiria tem muita qualidade, o atletismo

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1419 JUNHO 2009

ATLETISMO

jovem está na moda neste momento, emtermos de desporto. E é uma moda queé para continuar, para crecer quer noponto de vista qualitativo como no pon-to de vista quantitativo."

É o primeiro evento deste gé-nero em Leiria?

"Nós tivemos em 2005, em 2008 eeste ano é a primeira vez, com esta de-signação e novo regulamento. São equi-pas da selecções dos 12 melhores paí-ses da Europa, em masculinos e femini-nos. Portanto, como é evidente, foi commuito orgulho que aceitámos esta com-petição em Leiria e podemos dar o nossomodesto contributo, reconhecendo queesta é uma competiao da Associacao eu-ropeia de atletismo.

A primeira responsabilidade é daFPA, seguindo-se a CML e a ADAL tem opapel que lhe compete, procurando queseja grande sucesso, trabalhando na suadivulgação. Esperamos ter muito mais es-pectadores este ano, e esperemos queisso reverta em mais clubes, mais atletase mais pessoas que possam ficar sensi-bilizadas com a actividade."

Há atletas de Leiria a partici-par no Campeonato da Europa?

"Sim, vai haver. Temos a Vânia Silva,como recordista nacional do martelo ecomo melhor atleta nacional do marteloe atleta olímpica,. Temos também a EvaVital, no ano passado esteve também naprova de estafetas como suplente, que éuma candidata à prova de 100m barrei-ras este ano. Há grandes atletas leirien-

Programa do Campeonato da Europa de Equipas SPAR

15:30 - Martelo - Masculinos15:32 - 100m extra (série 1) -Femininos15:35 - Vara - Femininos15:39 - 100m extra (série 2) -Femininos15:40 - Triplo - Femininos15:46 - 100m extra (série 1) -Masculinos15:53 - 100m extra (série 2) -Masculinos16:00 - 400m Bar. (série 1) -Masculinos16:07 - 400m Bar. (série 2) -Masculinos16:10/15 - Martelo (4 ensaiosfinais) - Masculinos16:20 - Altura - Masculinos16:21 - 100m (série 1) - Femininos16:28 - 100m (série 2) - Femininos16:30 - Peso - Masculinos16:30/36 - Triplo (4 ensaios finais) -Femininos16:40 - 400m (série 1) - Masculinos16:45 - Disco - Femininos16:46 - 400m (série 1) - Masculinos

AMANHÃ

16:53 - 800m - Femininos17:01 - 100m (série 1) - Masculinos17:08 - 100m (série 2) - Masculinos17:10/15 - Peso (ensaios finais) -Masculinos17:19 - 3.000m - Femininos17:30/35 - Disco (ensaios finais) -Femininos17:37 - 400m Bar. (série 1) - Femini-nos17:43 - 400m Bar (série 2) - Femininos17:48 - 1.500m - Masculinos17:50 - Comprimento - Masculinos17:57 - 3.000 obstáculos - Femininos18:10 - Dardo - Femininos18:13 - 400m (série 1 ) - Femininos18:19 - 400m (série 2) - Femininos18:25 - 5.000m - Masculinos18:40/46 - Comprimento (ensaiosfinais) - Masculinos18:48 - 4x100m (série 1) - Femininos18:55 - 4x100 (série 2) - Femininos18:58/19:04 - Dardo (ensaios finais) -Femininos19:06 - 4x100m (série 1) - Masculinos19:13 - 4x100m (série 2) - Masculinos

15:15 - Martelo - Femininos15:20 - Vara- Masculinos15:24 - 4x100m (série 1) - Femininos15:27 - Triplo - Masculinos15:31 - 4x100m extra (série 2) -Femininos15:38 - 4x100m extra (série 1) -Masculinos15:45 - 4x100m extra (série 2) -Masculinos15:55/16:00 - Martelo (4 ensaiosfinais) - Femininos16:05 - Altura - Femininos16:13 - Peso - Femininos16:17/23 - Triplo (4 ensaios finais) -Masculinos16:25 - 110m Bar. (série 1) - Masculi-nos16:30 - Disco - Masculinos16:32 - 110m Bar. (série 2) - Masculi-nos16:40 - 200m (série 1) - Femininos16:47 - 200m (série 2) - Femininos16:53/58 - Peso (ensaios finais) -Femininos17:00 - 800m - Masculinos

DOMINGO, DIA 21

17:06 - 100m Bar. (série 1) -Femininos17:13 - 100m Bar. (série 2) -Femininos17:15/20 - Disco (ensaios finais) -Masculinos17:23 - 3.000m - Masculinos17:35 - Comprimento - Femininos17:37 - 1.500m - Femininos17:52 - 200m (série 1) - Masculinos17:55 - Dardo - Masculinos17:58 - 200m (série 2) - Masculinos18:04 - 5.000m - Femininos18:23/29 - Comprimento (ensaiosfinais) - Femininos18:31 - 3.000 obstáculos - Masculi-nos18:42 - 4x400m (série 1) - Femini-nos18:47/51 - Dardo (ensaios finais) -Masculinos18:53 - 4x400m (série 2) - Femini-nos19:02 - 4x400m (série 1) - Masculi-nos19:11 - 4x400m (série 2) - Masculinos

ses, com potencial para representar aSelecção. Mesmo não sendo nesta com-petição, eu diria que há medida que otempo vai passando vamos tendo maisleirienses neste tipo de eventos competi-tivos. E temos o Bruno, que no ano pas-sado por esta altura era Brasileiro masque se naturalizou Português há uns me-ses, fez em Portugal toda a sua forma-ção desportiva. Portanto não podemosdizer que fomos buscar um atleta ao Bra-sil, é filho de imigrantes, e foi bem aco-lhido aqui. Se fosse Português tinha sidoo melhor corredor de 400 planos na épo-ca de inverno, e neste momento é o me-lhor corredor de 400 barreiras portugu-ês e é também candidato à estafeta de4x400 metros. Alias, já representou a se-lecção nacional nesta estafeta de 4x400metros. Outros houve, e estou a lembrar-me do Paulo Bernando, que já orientei eé recordista nacional do disco. Tambémjá representou portugal nesta competi-ção. E eu diria que há medida que otempo vai passando vamos tendo maisleirienses nestas competições.

Quais são as suas expectativaspara o Campeonato da Europa?

"A minha expectativa, embora este re-gulamento seja realmente alguma incóg-nita, mas não estou muito optimista. Eupor natureza sou optimista, mas nós noano passado fomos a 12º Selecção, sendopara seleccionar em 12. Portanto se fos-se a 13º ou pior, participaria na mesmapor ser o País organizador. Estamos aquipor esse motivo, mas também por méritopróprio. Mas descem 3, nós para náo

descermos temos de ser 9º e esse lugar émuito complicado atingir. Não acreditoque Portugal se consiga manter nestegrupo para a próxima época. Mas espe-ro tar enganado, seria bom para Portu-gal."

Acha que a formação jovem deatletismo benificia destes eventos?

"Acho que os jovens tem aqui umasérie de referências. Temos o Nélson Évo-ra, que é campeão olímpico. Quero tam-bém realçar que portugal tem 4 campe-ões olímpicos e todos do atletismo, o quemostra a importância desta modalidade.O Nélson já esteve aqui anteriormente,poderá ganhar aqui o triplo salto e é umagrande referência para os jovens quepodem ver os treinos dele e estar comele e ter autógrafos. Portanto para além

de grande candidato a ganhar o triplosalto pode também ganhar o salto emcomprimento. A Naide Gomes, que nãofoi campeã Olímpica, mas foi a melhorsaltadora em comprimento da época pas-sada, poderá ser outra das referênciaspara os jovens, que andam muito entu-siasmados pela prática do atletismo. Es-tará cá também o Rui Silva, que é can-didato a ganhar os 3.000m, talvez tam-bém os 1.500m, apesar de ser algumasobrecarga. Ele é campeão da Europa eé uma grande referência para os jovens.Há depois outro conjunto de atletas por-tugueses, jovens e em crescimento, e têmmuito para dar ao atletismo nacional einternacional. Servem de modelo e refe-rência."

Há planos para futuros even-tos?

"Tenho consciência que este campe-onato de europa por equipas não podevir para Leiria tão cedo. Tivemos o anopassado, e em 2005 também esta com-petição, portanto duvido muito que nospróximos anos tenhamos cá esta com-petição. Há, no entanto, outras compe-tições. E este estádio é o que melhor con-dições reune em Portugal para a práticaem Atletismo. É uma questão da Federa-ção ter vontade em se candidatar a estetipo de competições e nós temos interes-se em apoiar estas iniciativas. Mas pes-soalmente, gostava de ter aqui o cam-peonato Ibero-Americano, acho que éuma competição muito interessante. Parajá a curto prazo as candidaturas estãoentregues. Vamos aguardar."

Page 15: Edição Nº 9 - 10/06/09

1519 JUNHO 2009

CICLISMO / BTT

Num circuito que,contrariando as iniciaisexpectativas do seu orga-nizador, se viria a revelarcomo extremamente durodevido à sua interminávelsucessão subidas e desci-das, pode assistir-se auma corrida intensa, commúltiplas tentativas defuga e consequentes res-postas do pelotão, masque ao longo da provaviriam a cobrar o seu pre-ço. Assim dos 85 ciclistasinicialmente presentes àpartida, um número subs-tancial viria a optar peloabandono ou a ser elimi-nados pela organizaçãodevido ao excessivo atra-so que foram registandonas sucessivas passagenspela Meta.

Só para os melhores!No passado dia 10 foi dada voz à tradição e mais uma vez, para a Vila da Batalha foi dia de ciclismo, Depois de longos anos

a assistir neste dia à clássica profissional Porto/Lisboa, o fim desta deu lugar a um evento localizado na própria Vila.

2º GRANDE PRÉMIO MUNICÍPIO DA BATALHA

Joaquim Trindade

2º PRÉMIO LAND’S HAUSE BUNGALOWS / ALBITUR

Depois da “tempestade”...Decorreu no passadodia 11 de Junho,quinta-feira, o 2ºPrémio Land’s HauseBungalows / Albitur, emBurinhosa, Pataias.Com partida e chegadajunto ao complexoturístico do mesmonome, esta provaconsistiu num circuitode 6,6 km a percorrerpor 12 vezes. Depoisdas dificuldades apre-sentadas na véspera aosciclistas na Batalha,nada melhor que umcircuito como este,quase todo ele plano epropício a grandesvelocidades, como alíásatesta a média final dequase 40 km/h. Omaior inimigo dosciclistas acabou por sero forte vento quesempre se faz sentirnesta zona e quecondenou ao fracassoas múltiplas tentativas

que fuga que se foramregistando ao longo daprova. Assim acaboupor ser um pelotão comcerca de 60 unidadesque se fez aos últimosmetros da corrida, ondemais uma vez JoãoPortela (CC Salvaterra)mostrou que numachegada ao sprint ésempre um fortecandidato a vencer. Noslugares seguintesacabariam por ficarVitor Lourenço (Viv. V.Lourenço/Sintra CC) eCélio Apolinário (CCLA/Crédito Agrícola), umhabitué nos lugares dafrente mas que tem, nosúltimos tempos, andadoum pouco arredado dosresultados. De realçar o4º lugar de JorgeValente, que a correr“em casa” (é natural dalocalidade de Alpedriz,ali bem próximo),demonstrou mais uma

vez toda a qualidadeque lhe é reconhecida.Quanto à classificaçãocolectiva, a vitóriaacabou por sorrir àequipa Viveiros V.Lourenço/Sintra C. C.,seguida pela Casa doBenfica em Almodôvare pelo C. C. Salvaterra.De registar ainda o bomnível organizativo daprova, sem incidentesde maior, e a excelenteafluência de público,muitos deles utentesdeste complexo turísti-co, que mais uma vezdeu provas do seugrande apoio às moda-lidades desportivas.Surpresa também nofinal, em que um altodignatário do governoSenegalês, de passa-gem por este complexoturístico, procedeu, aconvite da organização,à entrega dos prémiosaos concorrentes.

Dos sobreviventes viriaa destacar-se a cerca domeio da prova José Rodri-gues, ciclista do C R Ca-miliano/Famalicão, umex-profissional com passa-gens por equipas como aLiberty Seguros ou a ASC/Vitória e que agora correnesta categoria. Mostran-do um apuro de forma

que ainda não tinha sidopossível ver nesta época,este ciclista lançou um for-te ataque, apenas secun-dado por Carlos Gomes(CC Salvaterra) e VitorLourenço (V. V. Lourenço/Sintra CC). No entanto astentativas destes dois ci-clistas em se aproximaremdo seu adversário foram

infrutíferas, e embora adistância nunca tenhasido grande, nunca logra-ram alcançá-lo. Maisatrás acabou por surgirAmândio Jesus, tambémele numa tentativa a solode se aproximar da frente.No entanto, após algumasvoltas, este acabaria por vira ser alcançado por PauloOliveira (Xyâmi/Casema/Nova Vida).

Assim, no final, acaba-ram por ser estes cinco ci-clistas a cortar a meta des-tacados do pelotão e compequenas diferenças entre

si. Pese embora o forte eeficaz dispositivo de segu-rança destinado a esta pro-va, há a lamentar o graveacidente do ciclista JoãoPaulo Marques (CCLA/Cré-dito Agrícola), que num in-cidente de corrida acaboupor cair, tendo sido trans-portado ao Hospital de StºAndré, em Leiria e posteri-ormente ao Hospital dosCovões, em Coimbra. Fe-lizmente suspeitas de lesõesna cervical não se terãoconfirmado e o atleta já seencontra a recuperar na suaresidência.

Classificações:

1º José Rodrigues (C RCamiliano/Famalicão)2º Carlos Gomes (C CSalvaterra)3º Vitor Lourenço (V V Lou-renço/Sintra C C)4º Paulo Oliveira (Xyâmi/Casema/Nova Vida)5º Amândio Jesus (C.Benfica em Almodôvar)Equipas:1º C. C. Salvaterra2º Viveiros V. Lourenço/Sintra C. C3º Casa do Benfica emAlmodôvar

S.C.Leiria e Marrazes/

Fatibike brilha nas 24h

Btt de MonsantoNo passado fim de semana oS.C.Leiria e Marrazes/Fatibikeesteve presente nas 24h de btt emMonsanto onde alcançou a vitória nacategoria de equipas de 8 elemen-tos mistas, alcançou também avitória na categoria de 8 elementosmasculinos, o 2º lugar em equipasde 2 elementos mistas, e o 10ºlugar em equipas de 4 elementosmasculinos. De salientar ainda que aequipa de 8 elementos mista alcan-çou o 2ºlugar à geral, e a melhorvolta do circuito foi realizada peloatleta do S.C.L.M. André Filipe.

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“Jogos Olímpicos são objectivo!”

1619 JUNHO 2009

ENTREVISTA

Por Tiago CordeiroRamalho

Tiago Marto é sinónimo de sucesso, no vocabuláriodo Atletismo Nacional. Com apenas 23 anos é jáum dos atletlas mais consagrados do Decatlo eHeptatlo Nacional, reunindo inúmeros records emPortugal. Campeão Nacional de Pista Coberta, noHeptatlo em 2009, o mesmo título ganho anterior-mente em 2008, Campeão Nacional sub-23 nos 60metros barreiras, galardoado com a medalha deBronze nos campeonatos Ibero-Americanos... A listacontinua, mas não só de palmarés são feitos oscampeões. Tiago Marto, pela sua humildade ecapacidade de trabalho reconhece o longo caminhoque tem pela frente, mas não vira a cara à luta e osJogos Olímpicos são o objectivo.

ATLETISMO

Assume Tiago Marto, atleta do Grupo de Atletismo de Fátima

Em Ourém surgiu mesmouma campanha, intitulada de“Tiago Marto aos Olímpicos”levada a cabo pela Câmara,de promoção e divulgação dejovens atletas da região, combons resultados, para que oseu trabalho e esforço nãopasse ao lado dos olhos es-pectantes da Federação.

Pode dizer-se que TiagoMarto é neste momento maisque um atleta. É o “porta-es-tandarte”, representativo detodos os jovens talentosos doAtletismo Nacional que só pre-cisam da oportunidade de semostrar.

E a sua mais recente con-quista, na Guarda, foi emtudo épica. Para além das dezprovas que compõem o De-catlo, Tiago Marto debateu-setambém contra as adversida-des climatéricas. Numa enor-me prova resistência, conse-guiu arrancar o “ouro” e ba-teu o seu record pessoal.

Em conversa com o DES-PORTOTAL, Tiago fala-nos doatletismo na sua vida, e dasua vida pelo atletismo maspodia não ter sido assim de-vido ao... futebol, a sua ou-tra perdição.

Com que idade come-ças te a prat icar a t le t i s -mo?

“Comecei com 10 anos, no5º ano. Foi uma experiênciamuito superficial, nada direc-cionado para o que estou a

fazer agora. Depois comeceicom um contacto mais direc-to com 13, 14 anos. A minhaprimeira época de iniciado foià volta de essa idade.

E qual foi o teu clubede formação?

“Foi o Grupo de Atletismode Fátima, desde a formaçãoaté agora, sempre foi esse clu-be.”

Porquê o At le t i smo,quando a maior parte dosjovens prefere o futebol?

“Foi um pouco por acaso,porque eu só tinha contactopelo meu irmão, que tambémpraticou antes de mim. Nãotinha gosto, sequer. Nem re-ferências. Entrei no atletismoporque na minha escola nãohavia futebol. E eu, a conse-lho de uma amiga minha quetinha enverdado pelo atletis-mo, eu acabei por seguir esseconselho, sem intenção nemconhecimento.”

Não tinhas ídolos, por-tanto. . .

“Não tinha referência ne-nhuma. Era um desporto queeu não conhecia, mesmo.Gostava mais de Futebol. Por-que referências, tinha RosaMota, Carlos Lopes... Não ti-nha um conhecimento maisprofundo.”

E que análise fazes datemporada que passou?

“A temporada de 2007/2008 foi muito boa, em rela-ção a pista coberta. Conse-gui melhorar substancialmentea minha marca pessoal emheptatlo. E deu-me uma boaperspectiva de melhorias em

várias competições. Na pistaao ar livre, devido ao cansa-ço e a outras condicionantes,não consegui melhorar muitoa minha marca no decatlo,apenas melhorei 8 pontos.Não foi totalmente mau mas

também não foi aquilo que euconseguia fazer.”

Como descreves a pro-va na Guarda, que foi atua mais recente “con-quis ta”?

João M

atias

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agere

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ENTREVISTA

Os 8000 pontos é aquela

barreira conhecida por

separar os bons dos

muito bons. O meu trei-

nador, Mário Aníbal, foi

o único português a

passar os 8000 pontos

em Portugal.

“O decatlo na Guarda foiuma prova complicada, prin-cipalmente pelas condiçõesclimatéricas um poico adver-sas. Esteve sempre muito ven-to, muito frio e alguma chu-va, o que acabou por dificul-tar um pouco. O decatlo porsi, já é uma prova dificil, eainda por cima com mau tem-po, foi mais complicado. Masé um aspecto com o qual te-mos que saber lidar, e temosde tentar ultrapassar o melhorpossivel.”

Que anál i se fazes àtua prestação?

“A minha prova foi umaprova de persistência, deacreditar até ao fim. Não ini-ciei da melhor forma e a pri-meira jornada foi um poucoabaixo daquilo que eu espe-rava. Mas depois conseguiiniciar bem a segunda jorna-da com a corrida de barreirase, apesar de ter partido umabarreira, acabei por conseguiraguentar e fazer uma segun-da jornada mais equilibrada.Acho que o melhor foi não terdesanimado na primeira jor-nada e acabou por ser um re-sultado positivo.”

Como te sentes após te-res bat ido o teu própriorecord pessoal?

“Bem, após o primeiro dianão julguei que fosse possivelbater o meu record pessoal.Mas tentei não pensar muitonisso, e tentei atacar o segun-do dia da melhor forma. Ecom o passar das provas, vique era possivel bater o meurecord. Quando acabei, equando soube o meu resulta-do senti-me muito feliz por terconseguido, mas fiquei aindamais feliz por saber que, mes-mo com condições climatéri-cas adversas e com algunspontos menos positivos em al-gumas provas, consegui ba-ter o meu record, o que meabre perspectivas para fazerum bom resultado no próximodecatlo.”

Que metas tens, emtermos desportivos, a cur-to e médio prazo?

A prova mais importanteque se avizinha é a Taça daEuropa de provas Combina-das na Eslovénia, dia 27 e 28de Junho. Para esta provaquero conseguir treinar bematé lá, e depois conseguir daro meu melhor e tentar outra

vez o meu recorde pessoal.Mas até lá vou tendo umasprovas de preparação, o me-eting de Lisboa e de Abrantesem que vou tentar melhoraralguns aspectos técnicos emalgumas provas individuais.Outro objectivo que tenho étentar fazer os mínimos paraos Campeonatos do Mundode Berlim.”

Os 8000 pontos sãoobject ivo?

“Os 8000 pontos é aquelabarreira conhecida por sepa-rar os bons dos muito bons.O meu treinador, Mário Aní-bal, foi o único português apassar os 8000 pontos emPortugal. Claro que é umameta e mais de um sonho éum objectivo a tentar alcan-çar. E com a ajuda do MárioAníbal espero conseguir atin-gir essa meta preciosa.”

Em Heptatlo foste cam-peão nacional de p is tacoberta. Como vês a tuaevolução como atleta?

“Eu costumo dizer, e o meutreinador faz referência a isso,que estamos num projecto alongo prazo, e isso tem-se vin-do a verificar ao longo dosanos. Tenho vindo a conseguirconsolidar algumas provas

que estavam mais instáveis, emelhorar alguns records pes-soais que não estavam aindanos parâmetros que conside-ro aceitáveis. E consegui con-ciliar o conjunto das provas,porque eu não faço só umaprova, faço heptatlo e deca-tlo. São 7 e 10 provas, res-pectivamente, e não basta fa-zer uma bem, tenho de con-seguir conciliar todas e aítambém entra a experiência,de muitas provas em cima,para conseguir ganhar esse“savoir faire”, como se costu-ma dizer. Para conseguir fa-zer as 10 provas bem, porquese uma corre bem não pode-mos ficar contentes porque as

outras podem correr mal. Sepelo contrário, uma correr malnão podemos desanimar por-que as outras podem correrbem. E aí, apesar de ser umprojecto a longo prazo, tenhosentido melhorias. E aquiloque nós prevemos, em termosde evolução e treino, é queagora as coisas vão começara apertar.”

Tens alguma provaespecí f ica que pref i -ras em re lação àsout ras?

“Normalmente eucostumo dizer que as pre-ferências variam em fun-ção das prestações quetemos nas provas. Masaquelas que eu gostomesmo de fazer são asbarreiras, o lançamentodo dardo e o salto com a

vara. Este por causa da adre-nalina e por ser um desportofora do normal. Eu tenho umgosto por quase todas, menospelas provas de resistência,porque os 1500 e os 400 me-tros são, como se costuma di-zer, a morte do artista!”

Se não fosse o atletis-mo, far ias carre i ra nou-tro desporto?

“Eu acho que sim. Aquiloque sempre me disseram é queeu sempre fui muito eclético,sempre fiz muitos desportos, efi-los quase sempre bem, ti-rando talvez a ginástica e anatação, em que não eragrande coisa. Mas no volei-

bol, no andebol, jogava bem,porque tinha muitos movi-mentos do atletismo. Futebolentão é a minha perdição. Secalhar não teria os resultadosque tenho agora, porque saodesportos colectivos e nãodependem só de nós. Mas pa-rado não estava! Tinha de es-tar sempre a fazer qualqueractividade, porque se estoumais de uma semana paradojá me começa a custar!”

Como vês o teu futurono G.A.F?

“Bem, muitas vezes as pes-soas têm noções erradas doatletismo. No futebol, temos asgrandes equipas de referên-cia, mas noutros desportos eno atletismo não é bem assim.Podemos bater um record domundo e nem sequer sermosde um clube. Não está pro-priamente ligada, a evolução,a um clube. Claro que um clu-be maior dá-nos mais condi-ções. Mas o G.A.F sempre medeu as condições que preci-sei. É óbvio que é um clubecom dificuldades, tal comotodos os clubes de modalida-des amadoras, mas é um gru-po muito bom!”

E se recebesses pro-postas de outros clubes?

“Já recebi propostas de ou-tros clubes, mas ainda não vinenhuma proposta que me iriaajudar ao nível da evoluçãocomo atleta ou pessoa. Já tivecontactos de vários clubes,mas não sai, não por teimo-

sia, mas por não ter recebidoa proposta e achado “estavale a pena!”.

Relativamente à Selec-ção, o que representapara t i?

“A Selecção desde semprefoi um sonho, concretizado, ecada vez que represento a Se-lecção é uma emoção muitogrande. Antes de representara Selecção via na televisão,nos atletas que havia algo di-ferente, algo mais forte por re-presentar o país, diferente dequando representavam os clu-bes. Mas quando vestimos acamisola de Portugal, sentimosaquela sensação de responsa-bilidade por representar o paíse sentimo-nos muito bem!”

E a “Campanha do Ti-ago Marto aos Ol ímpi-cos” . . .

“Foi uma campanha lan-çada pela Câmara, ainda es-tou à espera de desenvolvimen-tos. Tem o meu nome, foi lan-çada com o meu nome, mas édirigida para todos os atletasque se destaquem ao nível doconcelho e consigam bons re-sultados. Sinto-me satisfeito porver o reconhecimento por par-te das entidades oficiais, porparte das pessoas que vieramao estádio quando foi apre-sentada a campanha, apesarde ainda não saber em que éque consiste.”

Quais os melhores epiores momentos ao lon-

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ENTREVISTA

Um dos piores mo-mentos foi quando

me lesionei na Taçada Europa, não con-segui acabar, na 8ªprova. Ia bem, com

boa pontuação, masno salto com a Varafiz só 3 saltos e tivede “arrumar à box”.

lhas para isso. É um passo difí-cil, é dificil de alcançar. Só al-guns têm o “direito” de lá ir. Édifícil, tem de se trabalhar mui-to, tem de se estar concentradoe ter a possibilidade de treinar.O meu treino, faço-o todos osdias, mas a possibilidade paratreinar e recuperar, muitas ve-zes não a temos, por causa demuitas razões. Mas dou o meumelhor, todos os dias, e as coi-sas virão como resultado.”

Também dás formaçãoao escalões jovens doG.A.F?

“Nem sempre, por questõesde horários, mas aos sábadosde manhã, temos as escolinhase muitas vezes venho cá dar aju-da, porque na minha iniciaçãotambém gostava de ter ajuda,por isso é que venho cá ajudarna orientação, nos exercícios enalgum tipo de treino. Deixa-memuito satisfeito ver os mais pe-quenos gostarem de fazer o queeu faço.”

És também estudante deFisioterapia. Ponderas

go da tua carreira de atle-ta?

“Melhores posso dizer, feliz-mente, que tenho vários. Rece-ber a convocatória da Selecçãoem casa foi um deles, foi umagrande alegria saber que ia re-presentar a Selecção. Este ano,na pista coberta, os 5682 pon-tos que fiz e deram-me uma boaposição no ranking mundial foitambém de grande alegria. Foisinal que o esforço feito no in-verno foi recompensado. Noano passado, nos campeona-tos ibero-americanos, a meda-lha de bronze também foi tam-bém muito bom, apesar de aprova não me ter corrido a 100porcento, também pelas varasque não chegaram, ainda de-vem estar no Chile! Quanto aosmomentos menos bons, associosempre a lesões, quando nãoestamos bem. Um dos pioresmomentos foi quando me lesio-nei na Taça da Europa, não con-segui acabar, na 8ª prova. Iabem, com boa pontuação, masno salto com a Vara fiz só 3 sal-tos e tive de “arrumar à box”.Se calhar foi um dos piores mo-mentos, mas foi bem ultrapas-sado pelo apoio do meu treina-dor, que é o director técnico dasprovas combinadas, pelo apoiodo G.A.F, por parte da Federa-ção, para que não fizesse dissoum drama, para puder ultrapas-sar rapidamente.”

Já falamos da Campa-nha para os Jogos Olímpi-cos. E agora que expecta-tivas tens para os Olímpi-cos?

“Se não achasse que erapossível, não tinha feitos esco-

prosseguir carreira no Atle-tismo, mesmo que não sejacomo atleta?

“Nunca se sabe. Agora es-tou a estagiar no departamentomédico da Federação Portugue-sa de Atletismo, que me temdado ainda mais gosto pela fi-sioterapia na parte desportiva.Tambem foi uma das razões pelaqual entrei para o curso. E achoque posso tirar algum conheci-mento, dos vários anos de com-petição, para conseguir fazeruma intervenção positiva em le-sões desportivas. É essa a mi-nha intenção, não exclusiva-mente direccionada para aí, maspor enquanto penso só em serAtleta. Poderá, eventualmente,haver a conciliação entre asduas vertentes, mas por agorapreocupo-me em ser atleta.”

Que característica achasser fundamental para tersucesso no Atletismo?

“Bem, preserverança. Esta-va para dizer teimosia, mas émuitas vezes mal conotada. Sen-do um desporto individual ondenão dependemos de uma equi-pa, e não é instantâneo, ou seja,muitas vezes os resultados de-moram anos e anos a atingir.Como vemos no Nelson Évora,o seu treinador disse que paraatingirem o ouro olímpico, pre-cisaram de 20 anos juntos. É pre-ciso não desanimar nos momen-tos maus e saber lidar bem comos momentos bons, para con-seguirmos ir construindo umacarreira sólida e que não fique-mos em cima dos pés só por ter-mos bons resultados. Portanto,preserverança e humildade, é omais importante.”

PALMARÉS

2008/2009

- Campeão do triatlo organizado pela FPA em Alpiarça(pista coberta)

- Vencedor da Taça FPA de Provas Combinadas, realiza-da em Espinho, com 5358 pontos no Heptatlo (pista cober-ta)

- Campeão Nacional do Heptatlo com 5632 pontos, emPombal (pista coberta)

- Campeão Nacional do Decatlo, realizado na Guarda,com 7156 pontos

2007/2008

- Vencedor da Taça FPA de Provas Combinadas com 5340pontos, tornando-se no 3º melhor Português de sempre;

- Vencedor dos 60m Barreiras e medalha de Bronze noSalto em Comprimento nos Campeonatos de sub-23 de Pis-ta Coberta;

- Vencedor do Heptatlo nos Campeonatos de Portugal dePista Coberta com 5504 pontos, tornando-se no 2º melhorPortuguês de sempre;

- Vencedor dos Campeonatos de Portugal de Provas Com-binadas em Decatlo com 7098 pontos;

- Medalha de Bronze nos Campeonatos Ibero-America-nos de Atletismo no Chile em Decatlo;

- Ida à Taça da Europa com obtenção do 13º lugar entre42 atletas;

2006/2007

- Vice-Campeão de Heptatlo em Pista coberta;- Campeão Nacional de Decatlo com 7090 pontos, re-

forçando o lugar de 3º melhor Português de sempre;- Medalha de Bronze no Lançamento do Dardo e nos

110 metros Barreiras nos Campeonatos Nacionais de Sub-23;

2005/2006

- Campeão Distrital dos 60m, 60m barreiras e Saltos emComprimento;

- Vencedor da Taça de Portugal de Provas Combinadas;- Campeão Nacional de Decatlo;- Ida à Taça da Europa de Provas Combinadas. Resulta-

do: 7056 pontos, tornando-se no 3º melhor Português desempre em Decatlo;

- Medalha de Bronze no Salto em Comprimento e nos110m barreiras nos Campeonatos Nacionais de Sub-23

Nome:

Tiago André

Santos Marto

Data de Nascimento:

1986/05/05

Nacionalidade:

Portuguesa

Modalidade:

Atletismo (Provas

Combinadas)

“É preciso não desa-nimar nos momentos

maus e saber lidarbem com os momen-

tos bons, para conse-guirmos ir construin-do uma carreira sóli-

da e que não fique-mos em cima dos pés

só por termos bonsresultados.”

“É preciso não desa-nimar nos momentos

maus e saber lidarbem com os momen-

tos bons, para conse-guirmos ir construin-do uma carreira sóli-

da e que não fique-mos em cima dos pés

só por termos bonsresultados.”

João M

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MODALIDADES

No caso da Associa-ção de Futebol de Leiria,o panorama é desolador.Organizador do Campe-onato Distrital do Futebolde Praia, desde há doisanos a esta parte que ocampeonato está paradopor falta de inscritos. Apóso encerramento das inscri-ções, no passado dia 26de Maio, só se inscreve-ram duas equipas para aesta época desportiva.

"Abrimos as inscriçõeshá dois meses atrás e sótivemos dois clubes inscri-tos, o Concha Azul e oFerrel. Só com isto, não éviável um campeonatodestes.", referiu um funci-onário da Associação deFutebol de Leiria.

Os critérios para asinscrições até nem sãocomplicados: as equipasfiliadas na Associação sópagariam uma taxa de dezeuros. Mas falta encontrarjogadores que queiram jo-gar, e vontade dos clube...

Distrito de claros

contrastesO futebol de praia no distrito de Leiria passa por contrastes: se a associação defutebol de Leiria não vai poder organizar o seu campeonato pelo segundo anoconsecutivo, as colectividades locais não deixam de organizar os seus próprios

torneios, convidando nomes grandes e atraindo imensa gente.

FUTEBOL DE PRAIA

Paulo Alexandre

Teixeira

Apesar da Associaçãonão organizar não inibeque outros clubes e colec-tividades façam os seuspróprios torneios. Um bomexemplo é a AssociaçãoRecreativa "O Sótão", daNazaré, que organiza to-dos os anos dois tornei-os: um próprio, na primei-ra semana de Julho, e umtorneio de 24 horas, nor-malmente a 14 de Agos-

to, véspera de feriado.Pedro Pisco, dirigente doclube, confirma a realiza-ção dos torneios este ano,só que está ainda a de-pender da receptividadedos clubes:

"O primeiro torneio, ode Julho, vai ser feito pornós e mais três equipas.Estamos dependentes dareceptividade dos clubesem relação aos convites,pois algumas das equipasque convidamos têm joga-dores que fazem parte daselecção nacional de fute-bol de praia", referiu. Noano passado, altura emque foi a primeira ediçãodeste torneio, participaramUnião de Leiria, Estoril e Vi-tória de Setúbal, então ocampeão nacional. Esteano, Pedro Pisco quer mais:"Convidamos o Benfica e oFutebol Clube do Porto, eestamos dependentes dassuas respostas para poder-mos organizar como devede ser este torneio. Daí ain-da não termos avançadocom datas", concluiu.

"Em Agosto, vamos teroutro torneio, que vai serde 24 horas sem parar.Vai ser a 12ª edição destetorneio, e esperamos quecontinue a ter o mesmosucesso dos outros anos,mas a calendarização dotorneio vai depender donúmero de inscrições querecebermos", concluiu.Este torneio, eminente-mente popular, inscrevegrupos de até dez elemen-tos, com o preço de ins-crição a rondar os 125euros.

Para além destes doistorneios, o clube da Na-zaré representa as coresdo União de Leiria noCampeonato Nacional defutebol de Praia, fruto deum protocolo feito há trêsanos com o clube. Esteano, vão voltar a partici-par, num campeonato, emprincípio com oito equipas."Iremos jogar contra equi-pas como o Benfica, o F.C.Porto, o Sporting, o Vitó-ria de Setúbal, entre ou-tros", concluiu.

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2019 JUNHO 2009

BASQUETEBOL

Ginásio venceu

Nacional de Sub-14

VENCEU TODOS OS JOGOS DA FASE FINAL

Depois de um percursoa todos os títulos bri-lhante ao longo daépoca, este triunfoapresenta o méritoacrescido de ter sidoconseguido em casa deum dos adversários(Seixal), muito próximoda casa de outro (Bar-reirense) e ainda danossa equipa ter supera-do o F. C. Porto, 1ºclassificado da zonanorte.

Ao vencer todos os jogos da fase final, a equipa de sub-14 (Iniciados) do Ginásio,sagrou-se Campeã de Portugal da categoria.

Estão de parabéns os jovensjogadores - Fernando Rolo, Pe-dro Mesquita, João Simões, Pe-dro Marques, Duarte Cardoso,André Carvalho, Gonçalo Migu-

éis, Alexandre Tiago, Pedro Cam-pos, João Terêncio, Miguel Le-mos, Miguel Augusto - o treina-dor Luís Dionísio, os Seccionis-tas António Carvalho e RamiroSimões, o Coordenador Técnico

da Formação, Mário Ramos, eos Pais dos atletas, cuja contri-buição foi fundamental para estegrande êxito. E também o Vice-Presidente Carlos Guedelha,com o pelouro da Formação,

MINIBASQUETE

SOLIDÁRIO

O 1º Torneio “Acreditar noMinibasquete”, iniciativa desolidariedade para com aAcreditar – Associação dePais e Amigos de Criançascom Cancro – realizou-seno dia 10 de Junho, no pa-vilhão de Montemor-o-Ve-lho, organizado pelo Clu-be Infante de Montemor.Participaram equipas de Mi-nis 12 do Ginásio, Acadé-mica e clube organizador,e se não divulgamos os re-sultados dos jogos é porquemantemos a orientação con-sensualmente aceite no mi-nibasquete distrital.Não obstante já terem sidopublicados na Imprensa re-gional…, a segunda vezque tal acontece esta épo-ca, em Convívios realizadosem Montemor-o-Velho.

cuja acção é de justiça salientar,neste momento de alegria.

Foi o oitavo titulo nacionalobtido pelo Ginásio na modali-dade, e primeiro nesta categoria,devendo ser ainda mais valoriza-do porque conseguido em con-fronto directo com as duas maio-res potências nacionais do Bas-quetebol de formação, Barreiren-se e F. C. Porto. Na hora da vitó-ria, não esquecemos os patroci-nadores que contribuíram paraeste sucesso: Casino Figueiracomo sponsor de todo o Basque-tebol ginasista e Padaria Dioní-sio, no caso da equipa campeã.

Os resultados:Ginásio, 44 - F. C. Porto, 37

Ginásio, 71 - U. Sp. Açores, 22

Ginásio, 40 - Barreirense, 37

Ginásio, 46 - Seixal F. C., 44

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2119 JUNHO 2009

MODALIDADES

Seis pódios souberam a pouco

nos nacionais de Verão

REMO

É difícil uma jorna-da correr pior do quenos aconteceu no pri-meiro dia (sábado) dosNacionais de Verão.

Uma lesão que nosobrigou a não compa-recer no oito feminino,uma tripulação (double-scull júnior) que teve umazar a meio da regata,quando vinha a discutiro 1º lugar, e até umbarco (shell de 8) aci-dentado após uma co-lisão, quando estavaemprestado ao ClubeNaval de Lisboa.

Mesmo assim conse-guimos quatro pódios

Masters com 11 medalhas de ouro

No “open” do norte de Portugal

NATAÇÃO

Maria GabrielaCardanho, Isabel Ma-ria Marques, JoãoPaulo Almeida, JoséCarlos Neto, comduas medalhas deouro cada, CláudiaPereira Reis, PaulaMargarida Almeida,com uma cada, e aestafeta feminina de4x50 metros estilos,foram campeões noOpen de Masters daAssociação de Nata-ção do Norte de Por-tugal, realizado nosábado na piscinamunicipal de Fafe.

Entre 110 nadadoresde 10 clubes de todo opaís, os representantes daClasse de Masters do Gi-násio estiveram em gran-

de destaque, para o quecontribuíram também asmedalhas de prata deCláudia Reis, Paula Almei-da e Carla Almeida Leite,esta nadadora conseguin-do ainda uma medalha debronze.

Um total de 15 meda-lhas (11 de ouro, 3 de pra-ta e 1 de bronze), que re-flecte bem o progressodesta Classe, cujo exem-plo e dedicação merecem

que a consideremos umadas jóias da coroa do Gi-násio.

Vai d’ Arrinca!...Regressa no sábado

O velho Boletim doGinásio Clube Figueiren-se (foi fundado em 1962)volta a publicar-se, ago-ra como Revista anual.

O nº 64 sai no próxi-mo sábado, 20, por oca-sião do Grande Encontrode Gerações Ginasistas.

Sob a direcção de Jo-aquim de Sousa, apresen-ta um aspecto gráfico to-talmente renovado, repor-tagens das modalidadesdesportivas praticadas noGinásio e vários artigosde opinião sobre a actu-alidade do clube.

nas regatas de double sé-nior ligeiro feminino (2º lu-gar), quadri júnior femini-no (idem), quadri sénior li-geiro masculino (3º) e qua-dri júnior masculino (idem).

No domingo, maisalgumas classificaçõesque há anos seriam con-sideradas muito boaspara o Ginásio, masque agora souberam apouco … porque nosdesabituámos de sair dapista sem títulos nacio-nais.

O shell de 4 sem ti-moneiro, sénior femini-no, classificou-se em 2ºe o masculino em 3º,neste caso após umaregata muito disputada.

O apuramento paraa final da tripulação deshell de 8 constituiuuma boa surpresa.

Remar e conviver em GrenobleREMO

A bandeira portugue-sa foi hasteada na Mai-rie de Grenoble, para arecepção à Classe deRemo de lazer do Giná-sio que durante a sema-na esteve naquela cida-de francesa, numa ac-ção de intercâmbio como Aviron Grenoblois.

Uma distinção quemuito sensibilizou a co-mitiva ginasista, porta-dora duma mensagemdo Presidente da Câma-ra da Figueira da Foz,Eng.º Duarte Silva, parao Maire de Grenoble.

A reportagem com-pleta da estadia destes“embaixadores” figuei-renses, que hoje regressarama casa, pode ser vista emwww.remodelazer.blogspot.com.

Três vitórias no Triangular

Na Piscina Rui Abreu,em Coimbra, realizou-seno dia 10, pelo sétimo

ano consecutivo, oTorneio triangular doFluvial Vilacondense,

Náutico Académico deCoimbra, que organizouesta edição, e Ginásio.Entre os nadadoresginasistas, estiveram emdestaque, obtendo 1ºslugares, Mário Pereira(400 metros estilos),Tatiana Santos (200costas) e a estafetafeminina de 4x200 livres,constituída por TâniaGarcia, Beatriz Nunes,Mariana Sebastião eTatiana Santos.

José Costa mais uma vez na SelecçãoNo próximo dia 21, 14jogadores escolhidospelo seleccionadornacional Moncho Lopes,vão iniciar no Luso a 1ª

fase de um estágio deobservação.Entre os convocadosencontram-se o capitãodo Casino Ginásio, José

Costa, e outro jogadorfigueirense, João Reve-les, que na última épocaalinhou no Vagos.

Campeonato

Regional

de Clubes

Por opção técnica,relacionada com adimensão da piscina (25metros) em que asprovas se realizaram, oGinásio não participouno Campeonato Regio-nal de clubes.

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2219 JUNHO 2009

HÓQUEI EM PATINS

HC TURQUEL:

A equipa mais representativa da re-gião centro ficou a escassos minutos dealcançar a subida à I Divisão. Com umplantel sem vedetas e só com atletas dassuas escolas de formação, a equipa doconcelho de Alcobaça foi-se afirmandocomo candidato aos lugares cimeiros,depois passou de promessa a certeza ealcançou a liguilha de subida, onde oPaço D’Arcos lhe retirou o passaportepara a I Divisão. Muitos ficaram desilu-didos, mas não há razão para tal.

Desportivamente a equipa alcançouo que poucos acreditavam ser possível eteve ainda o mérito de atrair em seu tor-no muitos milhares de adeptos, que fize-ram regressar ao seu pavilhão, e foradeste, as enchentes e a mística que só oTurquel possui.

Esta foi uma época muito intensa paraa formação da “Aldeia do hóquei em pa-tins”, com a presença na muito competi-tiva zona norte da II Divisão. O HC Tur-quel sentiu algumas dificuldades em seimpor fora de casa, mas no seu redutoprosseguiu uma longa caminhada inici-ada na temporada transacta, que levoua equipa a completar mais de 2 anossem conhecer o sabor da derrota no seupavilhão.

Um plantel muito jovem, mas comlarga experiência devido à sua presençaconstante nos campeonatos nacionais de

Época brilhante para hóquA temporada 2008/09 foi muito positiva para as equipas de seniores masculinos de hóquei em patins da região centro.Entre as equipas das associações de patinagem de Leiria e Coimbra, há a registar um título nacional (Biblioteca) e três

subidas (Biblioteca, Académica e Stella Maris), não havendo nenhuma despromoção.

Orlando Joia

camadas jovens. Todos os jogadores sãoformadas nas escolas do Turquel, peloque no seu pavilhão, não são apenasvisitados, jogam verdadeiramente emcasa. É aquela a sua casa, foi ali queviveram grande parte da sua vida.

Nas bancadas assistiu-se ao longoda época a um constante aumento donúmero de espectadores, o pavilhãopassou a ser pequeno para tantosadeptos do Turquel. Sinal dos temposmodernos, na página do clube na in-ternet, passaram a ser transmitidos osjogos, para algumas dezenas de espec-tadores espalhados um pouco por todoo mundo.

O Turquel terminou a 1ª fase do cam-peonato no 2º lugar, com o melhor ata-que da prova e o melhor marcador (Vas-co Luís), com a subida a sorrir à Acadé-mica de Espinho, mercê de uma derrotacaseira frente aos espinhenses a três jor-nadas do final do campeonato.

A equipa orientada pelo jovem téc-nico, João Simões, não baixou os bra-ços, foi em busca de garantir o 2º lugare a consequente disputa do play-off desubida com o 2º da zona sul. Para tal,precisava de vencer na penúltima ron-da no terreno do Sp. Tomar e goleoupor 10-5.

Na liguilha de subida, estiveram doisclássicos do hóquei nacional, com o Tur-quel a medir forças com o Paço D’Arcos.A equipa da linha venceu em casa, por5-3 e na visita a Turquel, a formaçãoleiriense comandou sempre o marcador,mas sem nunca se distanciar. Já no se-gundo tempo chegou a estar a ganharpor 3-1, com a I Divisão a poucos mi-nutos, mas o Paço D’Arcos soube reagir,

fez dois golos consecutivos e o sonhoturquelense parecia acabar. Ainda hou-ve forças para fazer o 4-3 e ir em buscado quinto golo, que igualaria o play-off,mas quem acabou por marcar foram osforasteiros, que assim festejaram o regres-so à I Divisão.

O sonho da I Divisão, que a jovemequipa do HC Turquel nos fez acreditarser possível, acabou por não se concre-tizar, mas “há mais marés que marinhei-ros” e este grupo de trabalho, este pú-blico apaixonado, este mítico pavilhão eeste clube único, por certo, irão voltar àI Divisão nacional. O hóquei em patinsprecisa do Turquel na primeira, porquede primeira já ele é.

JUVENTUDE OURIENSE:

A formação de Ourém (distrito deSantarém) foi uma das desilusões da épo-ca entre as equipas da região. Vinda daI Divisão, sentiu algumas dificuldades emgarantir a manutenção na II Divisão,acabando no 13º lugar da zona norte,precisamente um lugar acima da linhade água.

A equipa de Nuno Domingues aca-bou por alcançar o objectivo desta épo-ca, ao garantir a manutenção.

BIBLIOTECA:

O principal mérito das provas senio-res masculinas, de entre as equipas deLeiria e Coimbra, vai para a Bibliotecade Instrução e Recreio (BIR) de Valadodos Frades que não só conseguiu a su-bida à II Divisão, como ainda entrou para

Nota de destaque ainda paraTurquel e Marrazes que ape-sar de não terem conseguidosubir, ficaram muito perto,nas respectivas liguilhas.

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CaféAquário

Largo das Caldeirasnº 13

2450-000 Nazaré

Telefone:

262 186 769

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uei da região centro2319 JUNHO 2009

HÓQUEI EM PATINS

CAMP. NACIONAL JUNIORES

ValadorecebeFinal-Fourde JunioresO Pavilhão Gimnodesporti-vo de Valado dos Frades,no concelho da Nazaré,acolhe a Final-Four deJuniores Masculinos, estefim-de-semana. Benfica,Paço D'Arcos, Gulpilhares eBarcelos são os pretenden-tes ao título.

Depois de no ano passado otítulo nacional de juniores tersido entregue em Viana doCastelo, desta vez cabe àlocalidade de Valado dosFrades receber a Final-four docampeonato nacional de junio-res, com jogos a partir de hojee até Domingo.A Associação de Patinagem deLeiria premeia, assim, a Biblio-teca Instrução e Recreio, clubeque tem investido muito naformação de jovens valores eque ainda no fim-de-semanapassado arrecadou o troféu doTorneio de Encerramento dejuniores das Associações deLeiria e Ribatejo, ao ganhar nafinal, disputada em Santa Cita,ao Sp. Marinhense, por 3-1.De hoje a Domingo, serãoquatro, as equipas que irãolutar pela conquista da 56ªedição do Campeonato Nacio-nal de Juniores Masculinos. OGulpilhares é o actual detentordo troféu e vai estar no Valadopara defender o título tendocomo adversários Benfica, PaçoD'Arcos e Óquei de Barcelos.

Horário dos jogos:

Sexta-feira (19 Jun.)19H: OC Barcelos - Benfica21H: Paço D'Arcos - Gulpilhares

Sábado (20 Jun.)16H: Benfica - Paço D'Arcos18H: Gulpilhares - OC Barcelos

Domingo (21 Jun.)16H Benfica - Gulpilhares18H: OC Barcelos - Paço D'Arcos

Orlando Joia

a História da modalidade ao inscrever oseu nome na lista de campeões, com otítulo nacional da III Divisão.

A equipa de Pedro Almeida, commuita juventude formada na Biblioteca,fez uma época de trás para a frente, ouseja, teve muitas dificuldades em garan-tir a subida na 1ª fase da prova, onde seimpôs ao 2º classificado (Stella Maris),por apenas um ponto. Numa fase em quecedeu três empates e foi derrotada poroutras tantas vezes e quase que “passeou”na fase final, de atribuição do título naci-onal, onde Biblioteca apresentou um an-damento superior à concorrência. Nessafase, a BIR não só não perdeu, como im-pôs uma goleada (11-2) na derradeirajornada, frente à Académica, que aindaaspirava ao título nacional.

Brilhante a prestação da Biblioteca amostrar que vale a pena apostar na for-mação. É esse o caminho para o suces-so, com trabalho, dedicação e paciên-cia para os resultados aparecerem. Ofuturo é risonho para a BIR de Valado doFrades.

ACADÉMICA:A formação de Coimbra sagrou-se

vice-campeã nacional da III Divisão. Foiuma época de altíssimo nível, com odomínio da série B e consequente subi-da à II Divisão. Na 1ª fase da prova, aequipa de Miguel Vieira apenas foi der-rotada por uma vez e cedeu três empa-tes, de resto foram 14 triunfos, com abonita marca de 120 golos marcados eapenas 58 sofridos.

Na fase final, à procura do título na-cional, a Académica ainda lutou até áderradeira ronda, porém uma goleadasofrida em Valados dos Frades, resulta-va no 2º lugar final, até porque antes jáhavia perdido na recepção ao Galegosde Penafiel e empatado na recepção àBiblioteca. Ao longo da época, a Aca-démica apenas sofreu três derrotas. É umregresso à II Divisão que se saúda.

STELLA MARIS:Mais uma equipa do distrito de Leiria

a conseguir a subida à II Divisão. A for-mação de Peniche disputou a liguilha deapuramento de subida, entre os segun-dos das quatro séries da 1ª fase da pro-va. Aí, lutou com o Leiria e Marrazes eacabou por obter o segundo posto, atrásda Fundação Nortecoope, isto apesar deter terminado em igualdade pontual coma equipa maiata. Nesta fase, entrou aperder em casa, frente à Fundação, massoube dar a volta e acabou por ganharnos Marrazes e na Maia, com triunfosextramuros que garantiram a subida. Aequipa de Peniche foi uma equipa muitoforte a defender e o contra-ataque foi a

quase que em exclusivo para os senio-res. Agora que os resultados na forma-ção voltam a aparecer, é altura do esca-lão sénior atravessar o deserto, mas osescalões jovens, dão garantias que den-tro em breve os “Leões” da Embra volta-rão a rugir e levar o clube para um pa-tamar mais elevado.

OLIVEIRA HOSPITAL:O clube do interior do distrito de

Coimbra, alcançou o 8º lugar (antepe-núltimo) da série B da III Divisão. Umaprestação medíocre de uma clube queainda não conseguiu fazer reflectir noescalão sénior o excelente trabalho quetem sido feito nos escalões jovens. A provadesse bom trabalho, é que esta época asequipas de juvenis e iniciados do Oli-veira do Hospital disputam a 2ª fase dosrespectivos campeonatos nacionais.

Se as contrariedades da interioridadenão impedirem a permanência dos jovenshóquistas em Oliveira do Hospital, o clubepode, dentro em breve, lutar em patamaresbem mais elevados no hóquei sénior.

ARAZEDE:Equipa muito modesta que terminou

a série B da III Divisão no 9º lugar (pe-núltimo), onde apenas conseguiu três tri-unfos e um empate, de resto foi derrota-do por 14 vezes. Curiosamente, a únicaderrota do vencer da série B, Académi-ca, foi precisamente na deslocação aArazede, por 8-7. Foi o momento altode uma época muito pobre dos Amigosda Freguesia de Arazede.

forma que mais privilegiou paraatacar a baliza adversária.

Na 1ª fase do campeonato, oconjunto de Luís Simões acabou aum ponto da subida directa, quefoi alcançada pela Biblioteca.

MARRAZES:A equipa leiriense ficou

no terceiro lugar da fase deapuramento de subida à IIDivisão (liguilha), mas ape-nas os dois primeiros alcan-çaram esse objectivo. Foi pormuito pouco que a equipa deJosé Cardinhos não conse-guiu a tão ambicionadapromoção à II Divisão.

Na 1ª fase do cam-peonato, na série B, oMarrazes entrou mal,mas acabou por recu-perar e terminar emgrande momento deforma onde só não conseguiu al-cançar a Académica. Na liguilha,entrou bem, com uma vitória noSeixal, mas os jogos frente ao Ste-lla Maris ditaram o insucesso. Uma der-rota caseira, depois de dominar grandeparte do jogo e uma derrota em Peniche,quando esteve a ganhar por 2-0 e per-mitiu que o Stella Maris vencesse, de for-ma inteiramente merecida, por 3-2.

O hóquei no Marrazes pode passarpor momentos difíceis, pois os escalõesde formação não dão garantias de sus-tentar a equipa sénior.

SP. MARINHENSE:Os “Leões da Embra” foram a gran-

de decepção desta época no que se re-fere ao hóquei da região de Leiria, aca-bando no 4º lugar da série B, isto ape-sar de ter chegado a liderar durante vá-rias jornadas no início de época. Depoisde uma descida à III Divisão, num mo-mento negro da história rica deste clu-be, que na década de 90 obteve duassubidas à I Divisão, esta temporada aequipa ficou privada de jogadores expe-rientes, que rumaram a clubes vizinhose os jovens da formação não consegui-ram produzir o suficiente que levasse oSp. Marinhense de regresso à II Divisão.

O clube da Marinha Grande está apagar a factura de anos de política des-portiva errada. Depois de uma “forna-da” brilhante de atletas formados no clu-be, que os levou a finais de campeona-tos nacionais jovens e a sucessos nosseniores, com um fenómeno de mobili-zação popular ímpar a nível regional,com jogos a terem mais de 4000 espec-tadores, a aposta deixou de ser na for-mação e foi perigosamente canalizada

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PUB.

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2519 JUNHO 2009

OPINIÃO / PUB.

Adélio Amaro

[email protected]

Deixa jogar 6

A euforia da subida da equipaleiriense ao escalão máximo dofutebol português foi total, no diaem que venceu, em Aveiro, aequipa do Beira Mar, por 2-3.Foi um elogio total aos jogado-res e principalmente ao treinadorManuel Fernandes. Este conse-guiu e teve o mérito de pegarnuma equipa que parecia perdidae levá-la ao segundo lugar da IILiga, dando, assim, acesso à ILiga.Leiria viveu, principalmente ossócios e simpatizantes da UniãoDesportiva, alguns dias de forteentusiasmo.A equipa do Lis, nos dias seguin-tes, mereceu honras de algunsdestaques e suplementos emjornais locais e nacionais... e acidade de Leiria foi falada, de

Obrigado Tiago, até um dia destes...uma forma positiva, ao contráriodo que muitas vezes acontece.Tudo parecia andar bem.O treinador Manuel Fernandes éanunciado como "mister" para apróxima época, tendo em contaque tem mais um ano de contrato.Este afirma contar com algunsjogadores onde se destaca onome do capitão Tiago.Volto a repetir, tudo parecia bem.De repente, no meio das notíciasde tantas saídas e entradas nosclubes portugueses surge ainformação de que o Tiago nãoteria renovado contrato com aUnião de Leiria.Afinal, que se passa nesta equipade Leiria?Todos aqueles que começam aser jogadores de referência paraos sócios, acabam por sair deuma forma estranha, sem sesaber muito bem porquê, emborase digam algumas coisas...Como sócio e leiriense gostavade ver esta situação explicada, jáque não obtive explicaçõesoficiais sobre as saídas do Bilro,do Renato, do João Manuel, doAlhandra e até mesmo do Toñito.Afinal que se passa com umaequipa que necessita de referênci-as para se impor perante a

Agora, sinto, apenas sinto, quedeveria existir uma maioraproximação entre a União deLeiria SAD e a associação UniãoDesportiva de Leiria. Esta últimaestá a desenvolver um trabalhomuito interessante com os maisjovens na Academia de SantaEufémia.Os sócios pagam quotas paraesta última, mas a primeira é quegere o futebol profissional.É bom que todos entendam esaibam disto. Porque, quando sepagam quotas é para a Associa-ção e não para a SAD.Volto a sublinhar, a associaçãoUnião Desportiva de Leiria podeexistir se a SAD terminar. Contu-do, se a associação fechar assuas portas a SAD terá, obrigato-riamente de encerrar.E, por vezes, para não escreverquase sempre, parece o contrá-rio.A verdadeira união só podeexistir quando Associação, SAD,Autarquias locais, empresários epopulação entenderem que umaequipa de Futebol na I Liga é umamais valia para a promoção doconcelho.

Com tal, obrigado Tiago.

equipa exista, muito tem de serfeito e alterado.Não é desta forma que se podeter mais público no estádio.Já é tempo de ver que a culpa nãoé só do povo de Leiria...Lembro-me, muito bem, emborade mão dada ao meu pai, agoradou a mão ao meu filho, que oestádio, mesmo apenas com umabancada coberta, enchia quandoa equipa se encontrava, na então,II Divisão e depois Divisão deHonra.Ao sábado uma carrinha passea-va pela zona do mercado aanunciar o jogo do dia seguinte.

sociedade leiriense que algunsculpam de não apoiar o Clube?Como sócio tenho pena que oTiago não permaneça em Leiria.Foi ele, no dia da subida, queergueu mais alto a Bandeira doClube.Foi ele que mais acarinhou ascrianças que pediram autógrafose camisolas.Foi ele que dias antes pediu aosjornalistas para anotarem:"Podem escrever que nós vamossubir".É pena que a equipa de Leiriatenha, nos últimos anos, perdidotodas as suas referências. Esperoque outras surjam e que Leiriapossa ter uma equipa na I Ligapor muitos anos.Contudo, para que a aproxima-ção da população perante a

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FUTSAL

O “Sobe e desce” do Futsal distritalTerminada que está a época 2008/2009, chega a altura de a analisar, de fazer uma balanço final e de dizer

o “sobe e desce” de todas as divisões do nosso futsal. Foram 66 equipas divididas em 3 divisões que proporcionaramvários espectáculos de alto nível de futsal. Foi muito o suor dos jogadores, treinadores e dirigentes que ficou marcado

no piso dos pavilhões da nossa região. Para a história ficam os Campeões: Nadadouro (Div. Honra), Burinhosa(1.ª Distrital), Planalto (2.ª distrital) e Casal Velho (Taça Distrital).

DIVISÃO

DE HONRANa divisão deHonra, divisãomais alta donosso futsal, oNadadouro foiquem conquistouo título de cam-peão e garantiu asubida aosnacionais. A Mata dos Milagres foi um honrado 2.ºclassificado que desde da 1.ª até à última jornadaandou sempre a pisar os calcanhares do Nadadou-ro na luta pelo 1º lugar.Na outra face da moeda que é como quem diz nooutro lado da tabela, Gaeirense, Turquel e Chãsforam as equipas despromovidas à 1.ª divisão distrital.

1.ª DIVISÃO SÈRIE NORTEA série norte da 1.ª divisão distrital foi uma dasséries mais competitivas e equilibradas do ano.Com várias equipas a lutar pelo título a emoção eespectáculo foi uma constante. A equipa maisregular foi o Anços que acabou por se sagrarcampeão de série e subir à Honra. Charneca eBarrocal foram as equipas despromovidas à 2.ª.

1.ª DIVISÃO SÉRIE SULA série sul da 1.ª divisão teve um domínio completode duas equipas. As formações da Burinhosa eCaldas da Rainha foram, ao longo de todo ocampeonato, as equipas que mais se destacaram.No final a Burinhosa foi quem saiu à frente esagrou-se campeã de série com 6 pontos à maiorsobre o caldas, garantindo a subida à Honra. Fer-raria e Casa do Benfica das Caldas foram os elosmais fracos e desceram à 2.ª divisão.

Na final que decidia quem seria o campeão distritalda 1.ª divisão e que colocava frente a frente ovencedor da série norte e o vencedor da série sul, aBurinhosa foi mais forte e venceu o Anços por 3-1.Para além do Burinhosa (campeão) e do Anços,também o Núcleo Sportinguista de Pombal ascen-deu à Divisão de Honra após disputar um jogo anteo Caldas que decidiria que seria o melhor 3º. Ojogo terminou com o resultado de 2-1 a favor dosPombalinos.

2.ª DIVISÃO SÈRIE NORTENa 2.ª divisão série norte a União Pacense foi aequipa mais regular ao longo das 18 jornadas enão deu qualquer hipótese à concorrência, termi-nando no 1º lugar e garantindo a subida à 1.ªdivisão e um lugar no apuramento de campeão da2.ª distrital. As Figueiras, ao terminar no 2º postogarantiram presença no apuramento do melhor 2.ºlugar que também dava acesso à 1.ª divisão.

2.ª DIVISÃO SÉRIE CENTRO

2.ª DIVISÃO SÉRIE SULNa série sul o vencedor foi a formação do Bombar-ralense que se sagrou campeão de série e automa-ticamente garantiu a subida. Apesar de ter vencido,o Bombarralense contou com a forte oposição doSporting da Estrada que terminou em 2º apenas a2 pontos de distância. O Sp. Estrada, ao terminarem 2º garantiu também presença no Apuramentoda 4.ª equipa a subir à 1.ª divisão distrital.

De todas as séries da 2.ª divisão, a série centro foiaquela que contou com mais equilíbrio entre asequipas e com maior duração da incerteza quanto aovencedor final. Ao longo dos 18 jogos, Planalto,Portomosense e Mirense protagonizaram uma árdualuta pelo primeiro posto que acabou por cair para olado dos homens da Nazaré, que festejaram a con-quista do título de campeão de série. O Portomosenseterminou em 2º, garantindo um lugar no apuramentodo melhor 2º e da 4.ª equipa a subir à 1.ª divisão.

2.ª DIVISÃO– APURAMENTO DE CAMPEÃO

O apuramento de campeão da 2.ª divisão distritalcontou com a participação das três equipas quevenceram as suas séries. União Pacense (campeãosérie norte), Planalto (campeão série centro) eBombarralense (campeão série sul), foram asequipas que disputaram este mini campeonato emque cada equipa disputaria 4 jogos. A equipa daNazaré foi a mais forte tendo terminado emprimeiro e sagrado campeã.

2.ª DIVISÃO DISTRITAL– APURAMENTO 4º LUGAR

O apuramento do 4.º lugar contou com a presençados segundos classificados de cada série, forameles: Figueiras (Norte), Portomosense (Centro) e Sp.Estrada (Sul). O vencedor deste mini campeonatoassegurava a subida à 1.ª divisão. O Portomosensefez jus ao título de favorito e venceu, sendo a 4.ªequipa a subir de divisão.

Por Bruno Fernandes

Page 27: Edição Nº 9 - 10/06/09

2719 JUNHO 2009

FUTSAL

3.ª DIVISÃO NACIONAL

União de Leiria

apresenta equipaNa passada quar-ta-feira, a Uniãode Leiria apresen-tou oficialmente aequipa que dispu-tará a 3.ª divisãoNacional na próxi-ma época, apre-sentando algumasnovidades noplantel.

Da equipa que ter-minou na 6.ª posiçãoda série C da 3.ª divi-são Nacional em 2008/2009, continuam: PedroCabete, JP, Tico, Teco,China, Marc, Marcos eVeiga. Com a saída deum dos seus melhoresjogadores (Pimpolho vaipara o Instituto D. JoãoV), a direcção viu-se for-çada a reforçar o plan-tel com alguns jogado-res de qualidade comvista a lutar pela subi-da à 2.ª divisão nacio-nal. Sendo assim, os re-forços para a nova tem-porada são: Xana (exMata Milagres), Roger(ex Instituto D. João V),João Pedro e Nando(ambos ex NS Leiria).

O treinador João Pe-dro que substituiu MiguelFerreira ainda no decor-rer da época passada, irácontinuar no cargo de trei-nador principal, sendoque, Luís Silva, ex jogadore capitão de equipa seráo novo treinador Adjunto.Luís Silva ainda terá a seucargo a orientação daequipa de Juniores.

A festa de apresenta-ção da equipa teve iníciopelas 20 horas e contoucom dois jogos de futsal.No 1º jogo os directoresdo clube defrontaram umaequipa composta por ele-mentos da ComunicaçãoSocial. O outro jogo foientre jogadores do plan-tel Sénior.

Ao contrário da maiorparte das equipas, a di-recção do clube leiriensedecidiu apresentar a novaequipa no final da épocaao invés do início da novaépoca. Segundo CarlosSerra, responsável pelasecção de futsal do clube,a apresentação da equi-pa nesta altura vem como intuito de respeitar osórgãos de Comunicação

Social, bem como aler-tar as pessoas competen-tes para o facto do pla-neamento da épocaser necessário ser feitorapidamente e atempa-damente. “Entendemosfazer esta apresentaçãopor respeito à comuni-cação social. Ao invésde darmos informação aum orgão de cada vez,todos ficam a saber aomesmo tempo. Paraalém disso pretendemosalertar as pessoas quesomos a única equipa defreguesia nos nacionaise mesmo assim temosandado a jogar fora decasa. Com isto preten-demos mostrar às pesso-as que se falha algo noplaneamento de umaépoca não é por culpados clubes mas sim dasinstituições que não dãoapoios logísticos. Que-remos alertar para a ne-cessidade de planearema época no final e nãoquando a época já co-meçou”, concluiu Car-los Serra.

Bruno Fernandes

Contratações até ao momento:Jogador Anterior clube: DestinoNoite Coimbrão AmarenseXana Mata Milagres U.LeiriaNando NS Leiria U.LeiriaJoão Pedro NS Leiria U.LeiriaRoger IDJV U.LeiriaPimpolho U.Leiria IDJVNuno Maduro Coimbrão ArnalRuben Amarense ArnalPeixinho Amarense Arnal

TAÇA DISTRITAL

A final-four da taça do Distrito foi realizada nopavilhão “a Portuguesa”, na Pocariça e contou comBombarralense, Pocariça, Casal Velho e MataMilagres. A Pocariça venceu o Bombarralense por7-1 e o casal velho derrotou a Mata por 7-6. Nafinal, a equipa de Alfeizerão foi mais forte e venceua Pocariça através da marcação de Grandespenalidades.

FEMININOS

DIVISÃO DE HONRANa Divisão de Honra de futsal feminino a Golpi-lheira foi quem dominou do início ao fim daprova, tendo se sagrado campeã distrital.

TAÇA DISTRITALA Golpilheira foi a equipa vencedora da Taça AFLde futsal feminino tendo conquistado a dobradi-nha, ao vencer , na final, a formação o Vidaispor 2-1.

1.ª DIVISÃO DISTRITALNa primeira divisão distrital de futsal feminino, aformação do Abelha sagrou-se campeã da sérienorte enquanto os Parceiros venceu a série sul:Na final, as experientes jogadoras do Abelhavenceram por 5-3 as jovens jogadoras dosParceiros.

Jorn

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ilheira

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2819 JUNHO 2009

MOTORES Coordenação Adélio Amaro

[email protected]

PRIMEIRA PROVA DA COPA LEIRIA MINIMOTOS

Decorreu no passadoDomingo, dia 7 de Junho,no Kartódromo de Leiria,o Campeonato Atlânticode Velocidade e a 1.ª provada Copa Leiria Minimotos.De realçar a qualidadedos participantese o sucesso de todoo evento...

A caravana do motociclismo nacio-nal rumou a Leiria para demonstar gran-des dotes num circuito desconhecido pelamaioria dos 38 participantes. As corri-das foram de grande adrenalina e o pú-blico aplaudiu.

Pela Copa Leiria Minimotos apenaspresentes 7 participantes devido à au-sência em provas internacionais. Os trei-nos cronometrados foram imbatíveis paraHelio Ferraz que na moto número 7 fez avolta mais rápida no tempo de 59.523sg seguido de Eduardo Gregório e LuisSilva, com tempos acima de 1 minuto.

Participaram 3 categorias em conjun-to, Open, Sénior e Júnior. Esta últimaapenas com a presença de Igor Lean-

Rui M

eca

NDML recebe Campeonato

Atlântico de Velocidade

dro, estreante na modalidade.No Campeonato Atlântico e a outras

velocidades as emoções foram mais quemuitas. A grelha da categoria 50cc foicomposta por 12 motos. Romeu Leite le-vara a melhor a vencer, a uma diferençade 3 segundos, Helder Bessa da Gara-gem Mancelos.

Rui M

eca

Na categoria rainha, com 20 motosde 70 e 85cc, Ivo Lopes do Team 75 ecom voltas na casa dos 53 segundos,foi quem fez a festa ao vencer as 2 man-gas de qualificação e ao registar a me-lhor sobre o espanhol Angel Dominguezda Outerelo Team. Já a Moto BengaRacing Team, com o piloto Fábio Lopes

na moto numero 19 conquistou o 3ºposto. Em simultâneo, a BrandogasCompetições com David Ferreira em70cc fez o 8º lugar da geral e subiu aolugar mais cobiçado do pódio leiriense,na sua classe.

Está tudo a postos para a 1ª edição das 12horas NDML / Sagres que se realiza no próxi-mo fim de semana, de 19 para 20 de Junho.Participe e seja uma das equipas a ajustar nos

mínimos detalhes a corrida de seus “pupilos”.

19 DE JUNHOAté às 20H30 – Verificações administrativas (Entregade pulseiras, pesagens, etc.); 21H00 – Briefing comtodos os participantes e chefes de equipa;21H20 – Treinos Livres e cronometrados (45 minutos);22H30 – Início da corrida (12 horas nocturnas).

20 DE JUNHO10H30 – Final da corrida; 10H45 – Entrega de prémios.

19 E 20 DE JUNHO

NDML 12 horas Nocturnas

NDML / SagresDURANTE A NOITECaldo verde – surpresas – tenda musical –

festival DJ (DJ PauLO G e DJ Da Cruz) – carroanti stress – actividades diversas.

À grande resistência do Kartódromo de Leiriatem aderido novas e boas equipas. No entantoainda existem algumas vagas. Tome parte e entrevários prémios, habilite-se a participar gratuita-mente na primeira prova do Challenge Ibéricode 2009 a realizar a 26 de Setembro no circuitoKartpetania, em La Higuera, Espanha.

Para qualquer esclarecimento adicional con-tacte o Kartódromo de Leiria através do telefone244814214 e/ou telemóvel 962052222 (RuiPina).

Page 29: Edição Nº 9 - 10/06/09

Coordenação Adélio Amaro

[email protected]

MOTORES 2919 JUNHO 2009

LUXO AO SOM E SABOR DA SUAVIDADE

O Desportotalteve a oportunidadede conduzir o BMW 525dautomático, de 2004.Em poucos quilómetrosdeu para sentir a forçaque a beleza e o designque fez “explodir” o Série 5da BMW, há cinco anos.

A sabedoria a aprender pela experi-ência e a coragem para chegar aos limi-tes são a combinação que leva ao pro-longamento do sucesso, também nomundo da engenharia automóvel.

Design, conforto, segurança e per-formance são os pilares do sucesso emque o BMW Série 5 se apoia.

À primeira vista é realmente uma vi-atura impressionante: logo ao primeiroolhar poderá admirar a carroçaria des-portiva, elegante e potente do Série 5,um representante dinâmico do BMWBusiness Class, em 2004.

É possível experimentar todo este di-namismo em estrada, desfrutando de umconceito abrangente de tecnologias ino-vadoras, que incluem uma estrutura to-talmente nova de carroçaria mais leve.

Por isso, este Série 5 oferece espaço econforto – sendo mais leve, maior eco-nomia de combustível e ainda melhoresperformances, bem como uma distribui-ção ideal de carga por eixo.

Globalmente, o novo Série 5 combi-na o dinamismo desportivo do Série 3com a supremacia e presença do BMWSérie 7, desde 2003.

Este design singular da berlinda emcausa foi a base do centro da gama demodelos do porte folio BMW. Uma frentemusculosa com os inconfundíveis duplosfaróis, redondos e a área envidraçadasão testemunhos do seu carácter despor-tivo e dinâmico.

O Desportotal teve a oportunidade desaborear o BMW 525d auto, de 2004.

Assim, este modelo apresenta, naárea da segurança, airbags laterais àfrente e airbags de dois estágios paracondutor e acompanhante, airbags decabeça AHPS II à frente e atrás, cintosde segurança à frente com limitador deforça e sistema de 3 cintos do banco tra-seiro com três pontos de fixação.

No exterior o 525d apresenta pára--choques dianteiro em alumínio com ele-mentos de deformação, pára-choquestraseiro em aço, também com elementosde deformação, portas chapeadas a aço,sensor de chuva para controlo dos fa-róis e dos limpa vidros, controlo de trac-ção DSC 8,0 (inclui ABS, ASC, DBV, EBV).

O 525d que o Desportotal conduziuapresenta caixa automática havendo comcaixa manual sequencial, com 6 veloci-dades.

A nível de equipamento interior estemodelo da BMW tem apoio central debraços no banco traseiro, ar condicio-nado automático (inclui AUC), regula-ção manual da coluna da direcção, Car/Key memory, computador de bordo, in-cluindo Chek Control no visor informati-

vo, controlador das funções de confortona consola de túnel, bancos com regu-lação eléctrica em altura e costas dobanco do condutor, estofos em pele, ta-petes de veludo, kit de 1.º socorros, kitde fumadores, espelho retrovisor interioranti-encadeamento manual, indicadorda temperatura exterior, indicador de ser-viços no Visor Informativo, porta-luvasiluminado, rádio BMW Business com CD,vidros eléctricos à frente e atrás com pro-tecção de entalamento e volante em pelecom três braços e teclas multifunções.

Do equipamento exterior é de desta-car jantes BMW em liga leve, frisos ex-teriores cromados, roda sobresselentecompacta 135/80 R17, controlo auto-mático de aparcamento, puxadores dasportas na cor do automóvel, indicado-res de direcção em branco, retrovisoresesféricos, eléctricos e aquecidos, pára-choques e retrovisores exteriores na cordo automóvel.

Se o 525d de 2004 é assim... imagi-ne o de 2009... pode ser que numa pró-xima edição o Desportotal o apresenteaos seus leitores...

Por Adélio Amaro

Jorg

e H

enriques

BMW 525d cinco anos

depois ainda parece novo

Page 30: Edição Nº 9 - 10/06/09

3019 JUNHO 2009

ATLETISMO

Sporting foi o grande vencedor

Tiago C. Ramalho

As bancadas estive-ram pouco lotadas,somente com algu-mas centenas deapoiantes a puxarempelas suas equipas,mas a importânciada competição pediabancadas maisrepletas. Os atletasmais consagradosactualmente doatletismo nacionaltambém marcaramlugar e não deixa-ram os créditos pormãos alheias.

Nélson Évora, FrancisObikwelu e Naide Gomesconquistaram o primeirolugar nas respectivas mo-dalidades e os seus clubesganharam vantagem noCampeonato Nacional doAtletismo.

No entanto o SportingClube de Portugal foi ogrande vencedor da com-petição, superando o Ben-fica (2º classificado) e oJOMA (3º classificado), emMasculinos. Já em Femi-ninos, a equipa verde ebranca voltou a dar car-

NACIONAIS DE ATLETISMO 1ª E 2ª DIVISÕES

No passado fim-de-semana, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, disputaram-seos Campeonatos Nacionais de Atletismo, da 1ª e 2ª divisões.

CLASSIFICAÇÕES

1ª DIVISÃOFemininos1º 154,00 SCP Sporting Clube de Portugal2º 110,00 JOMA3º 105,00 SCB Sporting Clube de Braga4º 89,00 GDE Grupo Desportivo do Estreito5º 86,00 CSM Club Sport Maritimo6º 76,00 JV Juventude Vidigalense7º 67,00 GS-RC Gira Sol / Ramos Catarino8º 42,00 FCP Futebol Clube do PortoMasculinos1º 149,00 SCP Sporting Clube de Portugal2º 133,00 SLB Sport Lisboa e Benfica3º 90,00 JOMA4º 89,00 JV Juventude Vidigalense5º 86,00 CSM Club Sport Maritimo6º 85,00 CAS Centro de Atletismo de Seia7º 58,00 GS-RC Gira Sol / Ramos Catarino8º 50,00 FCP Futebol Clube do Porto

2ª DIVISÃOFemininos1º 114,00 ACDRA2º 114,00 GRECAS3º 104,00 CBF Casa do Benfica de Faro4º 82,00 BA Ass Desp Cult Rec do Bairro dos Anjos5º 79,00 CAMG6º 75,00 AJS7º 67,00 CFB Clube de Futebol "Os Belenenses"8º 50,00 GRQLMasculinos1º 117,00 GDE Grupo Desportivo do Estreito2º 110,00 CFB Clube de Futebol "Os Belenenses"3º 104,00 CCDR4º 97,00 CBF Casa do Benfica de Faro5º 95,00 BA Ass Desp Cult Rec do Bairro dos Anjos6º 87,00 AAC Associação Académica de Coimbra7º 82,00 CCSJM8º 56,00 NAC Núcleo de Atletismo de Cucujães

juventudevidigalense.pt

juventudevidigalense.pt

juventudevidigalense.pt

tas, ficando à frente doJOMA e do SC Braga. Agrande desilusão veio doNorte, tendo em conta queo FC Porto foi desclassifi-cado por não apresentaro número minimo de dezatletas.

Já o atletismo de Leiriamostrou que tem algumamargem de progressão.Bruno Gualberto assegurouo primeiro lugar no 400mBarreiras, elevando assim onome da Juventude Vidiga-lense, que conquistou o 6ºlugar da 1ª divisão, contragrandes equipas com mui-to mais apoios.

Page 31: Edição Nº 9 - 10/06/09

3119 JUNHO 2009

POOL

AMÂNDIO SANTO:

“O pool está a crescer a nível distrital”Desde há dois anos a esta parte que o Grupo Desportivo Nazarenos é o campeão distrital de "pool" e tem participado

regularmente no campeonato nacional, com bons resultados. A secção de bilhar dos Nazarenos é obra e graça deAmândio Santo, 42 anos, e dono do Café Aquário, no centro da Nazaré.

Vencedor por duas vezesdo Campeonato Distrital,e a Taça Distrital esteano, a equipa vai jogar ocampeonato nacional,confiante em alcançarmais um bom resultado.Nesta entrevista aoDESPORTOTAL, AmândioSanto fala do clube, damodalidade, e das dis-crepâncias existentesentre os vários distritos.

Paulo Alexandre Teixeira

orientar os restantes elemen-tos?

É fácil, porque temos um bomgrupo, somos sete amigos, fun-damentalmente. A esse nível, ascoisas correram muito bem, tal-vez até tivesse sido o aspecto fun-damental para termos consegui-do estes resultados desportivos. Oespírito de equipa é muito forte, eisso mesmo é evidenciado pelosnossos adversários.

Tem um irmão, o HélderSanto, que também jogapool, mas este ano…

… este ano abandonou-nos.Foi um traidor estilo "Cebola" (ri-sos), e está a jogar este ano noNúcleo Sportinguista de Leiria.Mas no próximo ano vai voltarao nosso convívio.

Deve ter sido estranho jo-gar contra ele.

Sim, foi...

Sei que pretende fazer umprojecto na área da forma-ção.

Bom… primeiro que tudo, vaihaver dentro de alguns dias aseleições no clube, e está tudo pen-dente das decisões da nova di-recção. O futuro da equipa e da

própria secção está dependentedeste período eleitoral, ou seja,temos um futuro incerto. Apósestas eleições, vamos conversare ver que tipo de projectos é quepoderão haver.

Como vai ser a vossaparticipação no campeona-to nacional?

Como já disse atrás, o cam-peão distrital vai participar noCampeonato Nacional. Pensamosque será em Vila Real, no fim-de-semana de 12 de Julho, estarãolá as 16 campeãs distritais que vãolugar pelo título nacional.

Não serão adversáriosfáceis…

Não, tudo menos isso. Vamosencontrar por lá as melhores equi-pas nacionais. Não vai ser fácil,mas vamos tentar o melhor pos-sível. No ano passado, consegui-mos o oitavo posto final, o quefoi um bom resultado. Passamosna primeira fase e fomos elimina-dos na segunda. Mas este ano,como estamos mais experientes,esperamos melhorar a classifica-ção, apesar de ainda estarmoslonge das equipas de topo, emtermos competitivos. Só para teruma ideia, no Norte, onde se

concentram a maior parte dasequipas nacionais, existem 241clubes e a competição é diária,enquanto que no distrito de Lei-ria, temos apenas nove equipas.É uma discrepância enorme.

Em relação a angariarnovos membros, como é?

O pool está a crescer a níveldistrital. Lembro-me de há cinco,seis anos atrás, sermos três ouquatro equipas, sermos seis ousete jogadores federados, e ago-ra, mesmo não pertencendo àequipa, tem aparecido jogadoresnovos, que tem gostado muito dojogo, e são federados individual-mente. As perspectivas são de umcrescimento sustentável. Não temhavido um "boom" enorme, masas pessoas que tem aparecido nãoo abandonam, tem ganho expe-riência, e aparecem todos os anosmais novos valores para a mo-dalidade. Logo, a competição estáa aumentar todos os anos, semqualquer dúvida.

E em relação a torneios?Os torneios fazem-se pelos

cafés, pois estes mantêm a nos-sa competitividade. A nível dis-trital, quer aqui, quer por exem-plo no Café Ramires, em Leiria,são essenciais para manter anossa forma.

Perspectivas para a pró-xima época?

É boa, vamos manter a mes-ma equipa, com o reforço doHélder Santo. Estou confiantepara o ano que vêm, não voudizer que é para ganhar, mas voulutar para isso.

Uma pergunta final: istoé só modalidade para ho-mens ou já se vêm mulheresa jogar?

Há mulheres. No distrito ain-da não existem, mas a nível na-cional, já há. E posso dizer quejogam muito bem. Posso dizer querecentemente, no Open Interna-cional da Nazaré veio jogar aquia campeã nacional por equipas,e garanto que jogava tão bemcomo os homens.

Há quanto tempo vocêtem o bichinho do pool?

O bichinho do pool já temmuitos anos. Já pratico isto há tal-vez, 25 anos. Não a nível fede-rado, obviamente, mas comeceicom uns torneios a nível local.Depois joguei noutros lados, por-que na altura não havia nenhumclube na Nazaré. Joguei em clu-bes como a Associação Recreati-va da Maceirinha, já joguei emPorto de Mós, até que um dia,chegou a altura de fazer a nossaprópria equipa.

Isto começou como CaféAquário, mas teve de mu-dar o nome…

A equipa já existe há uns anos,como federada, mas há dois anosatrás, a Federação Portuguesa deBilhar entendeu que os cafés nãopodiam inscrever-se com essenome, e tinham de pertencer aum clube. Tinham que ter estatu-

tos, entre outras coisas, para po-derem continuar a jogar. Assimsendo, decidi entrar em contactocom o Grupo Desportivo os Na-zarenos, a colectividade mais re-presentativa do concelho. A ideiafoi aceite e desde a época passa-da estamos a jogar sobre essa de-signação.

E vocês jogam com a du-pla designação Nazarenos/Café Aquário…

Os jogos são no Café Aquá-rio, por mera uma questão logís-tica. E também funcionamoscomo o patrocinador. O clubenão tem instalações ou logísticapara isso.

Como está a decorreresta parceira?

A nível desportivo, muito bem.Fomos campeões distritais pelosegundo ano consecutivo, e esteano ainda fizemos a dobradinha,pois vencemos também a TaçaDistrital, e passamos à fase finaldo Campeonato Nacional, quevai decorrer no fim de semana de12 de Julho, em principio em VilaReal, e que junta os 16 campe-ões distritais.

Quantos elementos estãoagora nesta equipa?

A equipa é formada nestemomento por sete elementos. Tí-nhamos um oitavo no início des-te ano, mas este abandonou porforça maior.

Você é o elemento maisvelho da equipa. Como é

“O futuro da equipa e da

própria secção está

dependente deste perío-

do eleitoral, ou seja,

temos um futuro incerto.

Após estas eleições,

vamos conversar e ver

que tipo de projectos é

que poderão haver.”

“O futuro da equipa e da

própria secção está

dependente deste perío-

do eleitoral, ou seja,

temos um futuro incerto.

Após estas eleições,

vamos conversar e ver

que tipo de projectos é

que poderão haver.”

João M

atias

/ Im

agere

port

er

João M

atias

/ Im

agere

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Page 32: Edição Nº 9 - 10/06/09

19 JUNHO 2009

ÚLÚLÚLÚLÚLTIMATIMATIMATIMATIMA

A FECHAR

Os olhos e os ouvidosde todos os leiriensesestão voltados, agora,para a próxima época epara tudo o que vaiacontecer até lá!Normal e natural.Depois de tudo o que seviveu, do regresso àLiga Sagres, há semprea curiosidade de sabercom que equipa se vaificar e, na teoria, quaisas possibilidades depoder fazer figura.

A triste sina

dos velhos

hábitosJorge Jesus vai treinar oBenfica, na sequência deum namoro que se vinhaarrastando há cerca de umano e que não deu certona última época porquealguns dos responsáveisdos encarnados considera-ram prematuro apostarnum técnico... português eque tinha no currículo umafinal da Taça de Portugal,um 5.º lugar no campeo-nato e mais umas tantas"menções honrosas". Seriapouco, pensaram, paraaterrar na Luz e enfrentar aatmosfera do colosso dasegunda circular, ávido detítulos e mais títulos e coma então novidade Rui Costaà frente do futebol.Quique Flores não vingou,os resultados foram media-nos e os espectáculos idem,idem. Jesus, entretanto,averbara mais um 5.º lugarna Liga e uma campanhanotável na UEFA, incluindoo triunfo na Intertoto. Éagora, ouviu-se à bocacheia. Afastados algunspreconceitos - porque Jesusé "mesmo" português e nãotem o dom da palavracomo têm outros letrados -tomou-se uma decisão que,embora ainda não sejatotalmente pacífica entre osmilhões de adeptos doBenfica, para lá caminha.Ou seja, o "mestre datáctica", afinal, será mesmoa melhor opção.As campanhas no Belenen-ses e no Sp. Braga, sobre-tudo nestes dois emblemas,confirmaram aquilo que há

O mestre

da tácticaHélio Nascimento

muito já era apontado comoas grandes virtudes de Jesus:organização, trabalho,disciplina e rigor. E pororganização, note-se,falamos também no que umaequipa deve fazer dentro docampo. Neste sector, dizquem sabe, há poucos comoJesus, um homem que respirafutebol, dorme futebol e comefutebol, passe o exagero dostermos.No Benfica, é claro, tudoserá diferente. A começarpelas exigências. Um empateaqui e outro ali não terão omesmo significado se alcan-çados, por exemplo, aoserviço dos onzes do Resteloe de Braga. Por outras

A festa da subida, já lá vai.Desconfio mesmo que já ninguém

se lembra dela.

As campanhas

no Belenenses e no

Sp. Braga, sobretudo

nestes dois emble-

mas, confirmaram

aquilo que há muito já

era apontado como as

grandes virtudes de

Jesus: organização,

trabalho, disciplina

e rigor.

palavras, o treinadorcomeçará imediatamente aser cobrado. Depois, paraazar seu, é português: oque tem desculpa numQuique, num Camacho ounum Koeman, não temigualmente de ter desculpacom um sujeito chamadoJorge...Inteligente na abordagemdos jogos, perito no esca-lonamento das pedras,

levando à exaustão, nostreinos, o que tem de serfeito nos encontros, JorgeJesus chega a um grandepela porta dita grande.Porque trabalhou, sempre emuito, porque apresentouresultados, e porque oBenfica, bem vistas ascoisas, tanto ganha comestrangeiros como comportugueses - tem ganhopouco, como se sabe. NaLuz, convenhamos, Jesustem uma vantagem: dispõede matéria prima emquantidade suficiente paraextrair a qualidade que eletanto gosta. Como Dady,Renteria e por aí fora...

Manter a espinha dorsal dos“leões” que fizeram a recupe-ração fantástica era o que man-daria o bom senso. Compa-nheirismo antigo, hábitos gan-hos, automatismos conhecidosque bem justificavam a mudan-ça de maneiras de agir…

Mas em Leiria, as coisasnão mudam. É a triste sina dosvelhos hábitos. Aqui, equipaque ganha desmancha-se. Háa necessidade imperiosa defazer entrar gente e, de prefe-rência, que fale outro idioma;há o costume de, em nome doscortes orçamentais, acabar porgastar mais dinheiro e menosproveito pontual; há o prazer

de impor mudanças, quase quenuma manifestação de afirma-ção para não dizer de… ”que-ro, posso e mando!”, há tudoo que se quiser menos… res-peito por quem muito fez!

Será desta maneira – de-senraizando valores – que setrabalha para manter no Ma-galhães Pessoa a moldura hu-mana dos últimos jogos daLiga Vitalis? Claro que não!

Será desta maneira que seajuda o técnico a manter ní-veis exibicionais e de resulta-dos, como os que permitirama subida? Obviamente, não!

Será desta maneira que secimenta a estrutura que tãobons resultados permitiram?

Naturalmente, não!Alguém sabe porque não

perde tão maus hábitos!Alguém sabe quais as van-

tagens de mudanças e logo empedras estratégicas!

Alguém sabe porque é im-portante os outros nada sabe-rem …

Ps – “despachar ”, emnome da diminuição de cus-tos, SEM O AVAL DO TREINA-DOR, um jogador que foi a“muleta” do êxito e que deuà equipa, em 29 jogos, 2483minutos, não pode passar pelacabeça de quem queira fazeruma época tranquila…

Por Costa Santos

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