ecos no porão – vol. ii

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Ecos no Porão – Vol. II Silveira de Souza Contos- Canário de Assobio (1985)

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Ecos no Porão – Vol. II. Silveira de Souza Contos- Canário de Assobio (1985). Advertência:. Para melhor absorver a história, ofereceu-se, aqui, uma sucinta recontagem da obra ‘Ecos no Porão, Vol. II’ de Silveira de Souza. Recomenda-se a leitura integral da obra. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Ecos no Porão – Vol. II

Ecos no Porão – Vol. IISilveira de Souza

Contos- Canário de Assobio (1985)

Page 2: Ecos no Porão – Vol. II

Advertência:

•Para melhor absorver a história, ofereceu-se, aqui, uma sucinta recontagem da obra ‘Ecos no Porão, Vol. II’ de Silveira de Souza.

•Recomenda-se a leitura integral da obra.•A análise foi feita sob os moldes

tradicionais.

Page 3: Ecos no Porão – Vol. II

Conto 1- O homem que corria: p. 9•Narração: 3ª pessoa•Personagens: Observador do

apartamento e Velho que corre.•Enredo: Três pensamentos sobre um

velhote que corria. Na primeira vez que o viu, ele observa da janela de seu apartamento o velhinho corredor e o acha ridículo.

Page 4: Ecos no Porão – Vol. II

O homem que corria•Na segunda vez, o observador o

acompanha de um abar e tem a sensação de ser reconhecido pelo velho.

•Na última vez, ele o vê em um pesadelo. O narrador é atropelado por uma caçamba e ao longe pressente vir o corredor.

•O velho parece sempre zombar dele.

Page 5: Ecos no Porão – Vol. II

O homem que corria•Espaço: Avenida Ivo Silveira, onde fica o

apartamento do narrador.•Bairro Itaguaçu

•Tempo: três momentos diferentes sem clareza entre os espaços temporais.

•Linguagem : Sem destaque.

Page 6: Ecos no Porão – Vol. II

Conto 2- O Meu Secretário: p.13• Narração: 1ª pessoa• Personagens: Narrador , secretário e

assessores;• Enredo: A vida do narrador vai perdendo

em essência e ganhando em superficialidade e popularidade.

• O secretário o alerta para o fato de que a aparência é a “chave do estilo”.

• O interessante é que o narrador sente que está perdendo sua personalidade, na proporção inversa que ganha popularidade.

Page 7: Ecos no Porão – Vol. II

O Meu Secretário•Espaço: Indefinido.•Tempo: Indefinido. •Linguagem : Sem destaque.

Page 8: Ecos no Porão – Vol. II

Conto 3- Românticas Neuroses: p. 17• Narração: 3ª pessoa• Personagens: Um homem que devaneia.• Enredo: Um homem devaneia, nos

momentos mais inesperados, sobre uma mulher que o ama.

• Ele a imagina sob as mais diversas formas e concebe inúmeros impedimentos para afastá-los, como se o universo conspirava contra o encontro dos dois : acontecimentos graves e inesperados, outros homens com quem ela se envolve sem amá-los...

Page 9: Ecos no Porão – Vol. II

Românticas Neuroses•Tudo para o seu prazer, pois ele se

alimenta dessa infelicidade.•Espaço: Indefinido.•Tempo: Indefinido. •Linguagem : sem destaque.

Page 10: Ecos no Porão – Vol. II

Conto 4- Uma Insólita Amizade: p. 21•Narração: 3ª pessoa•Personagens: Dois homens velhos.•Enredo: Uma amizade nascida do

encontro fortuito de duas almas solitárias. Há a troca de lembranças comum aos idosos e posterior morte de um deles.

Page 11: Ecos no Porão – Vol. II

Uma Insólita Amizade•Espaço: Praça XV de Novembro-

Florianópolis.•Tempo: Cinco ou seis semanas.•Linguagem : Reminiscência, saudosismo.

Page 12: Ecos no Porão – Vol. II

Conto 5- Porcelanas: p. 25•Narração: 3ª pessoa•Personagens: Mulher/moça(pernas

longas e elásticas), gatos: Marduk(persa), Erich(birmanês) e Kish (vira-latas).

•Enredo: A perda do primeiro bichano a deixa triste, inconsolável, a ponto de erguer um jazido no jardim e põe um gato de porcelana nacarada. Ela sente tristeza pela perda do companheiro.

Page 13: Ecos no Porão – Vol. II
Page 14: Ecos no Porão – Vol. II

Porcelanas•Enredo: Arruma outro gato (vira-

latas). Ela o acaricia, tal qual procurasse com os dedos o ponto frágil em que o transformaria em porcelana (deseja também matá-lo).

Page 15: Ecos no Porão – Vol. II
Page 16: Ecos no Porão – Vol. II

Porcelanas•Enredo: Deram-lhe outro gato

(birmanês). Este parece vigiá-la cauteloso, como se pressentisse os pensamentos da dona que se sente incomodada com ele. Quando esse também morre, ergue também para ele um jazido com um gato de porcelana azulada.

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Page 18: Ecos no Porão – Vol. II

Porcelanas•Espaço: Casarão clássico.•Tempo: Indefinido.•Linguagem : Simbólica.

Page 19: Ecos no Porão – Vol. II

Conto 6- Um Nome: Marina- p. 27• Narração: 1ª pessoa• Personagens: Marina e um rico homem

com quem se casa.• Enredo: É uma mulher que se descreve ,

desde a infância, como livre e indomável. Ela relata seu contato com os homens, mostrando-se sedutora e independente.

• Demonstra um apego aos símbolos, sobretudo seu nome, o qual ao ser pronunciado faz cumprir o destino, uma ligação cultural com as bruxas.

Page 20: Ecos no Porão – Vol. II

Um Nome: Marina•Espaço: Indefinido.•Tempo: A duração de uma vida.•Linguagem : Simbólica.•Intertextualidade: Autorretrato Cecília

Meireles.

Page 21: Ecos no Porão – Vol. II

Autorretrato• Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,nem estes olhos tão vazios,nem o lábio amargo.

• Eu não tinha estas mãos sem força,tão paradas e frias e mortas;eu não tinha este coraçãoque nem se mostra.

• Eu não dei por esta mudança,tão simples, tão certa, tão fácil:- Em que espelho ficou perdida a minha face?

Cecília Meireles

Page 22: Ecos no Porão – Vol. II

Conto 7- O Velhinho das Trovas: p. 31•Narração: 1ª pessoa•Personagens: Narrador(lembranças

de menino ) e velhinho.•Enredo: O narrador sonha com fatos

de sua infância marcadas pela presença de uma mesma personagem: um velhinho que colecionava e repetia trovas.

Page 23: Ecos no Porão – Vol. II

O Velhinho das Trovas•Tal personagem é descrito como ingênuo,

inofensivo,; viúvo, mora com a filha solteirona. Tem um filho alcoólatra internado na Colônia Santana.

•Ele visita a casa do narrador para escutar o noticiário da guerra. O pai do menino desconfia que seja secreto partidário da Alemanha. Nessas ocasiões ele declama trovas e ri-se sozinho mansamente delas.

Page 24: Ecos no Porão – Vol. II

O Velhinho das Trovas• O sonho muda e o narrador o vê em

comício (da ditadura ou nazista) e não conseguiu harmonizar a imagem do homem militante à imagem do velhinho declamador de trovas. Termina o conto com uma quadra que reflete a efemeridade do sonho.

Page 25: Ecos no Porão – Vol. II

O Velhinho das Trovas• Espaço: Praça Fagundes: (O primeiro nome

registrado da Rua Felipe Schmidt, conforme o historiador Oswaldo Rodrigues Cabral, foi

• “Rua da Fonte do Ramos”, numa referência à fonte de água que brotava no local, depois chamado de Fonte da Carioca e Largo Fagundes.

• Tempo: Indefinido (Década de 40 do séc. XX, anterior a II Guerra ).

• Linguagem: Anauê é um vocábulo de origem tupi, que servia como saudação entre os indígenas e de brado. É uma palavra com conteúdo afetivo que significa: “Você é”

Page 26: Ecos no Porão – Vol. II

Conto 8- Canário de Assobio: p. 35• Narração: 1ª pessoa• Personagens: Narrador(lembranças de

menino ) Negra e Canário.• Enredo: São lembranças da infância (8 ou 9

anos) do narrador: o alvo de todo seu afeto é um canário arisco. O ritual de limpeza da gaiola ordenado pelo menino e cumprido com complacência por Negra(Não há aí eivo de preconceito, mas uma descrição histórico –cultural assumida).

Page 27: Ecos no Porão – Vol. II

•Ela cumpre com displicência as ordens, como o fazemos quando brincando de levar a sério uma criança, para que se acredite importante.

•Certo dia o canário foge, eles esperam seu retorno quer não ocorre. Esse fato marca a infância do narrador.

Page 28: Ecos no Porão – Vol. II

Canário de Assobio•Espaço: Indefinido.•Tempo: Infância.•Linguagem : universo infantil..

•Esse conto dá nome a seção de contos de 1985.