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1 ECONOMIA INTERNACIONAL BRICS A ECONOMIA DOS PAÍSES FORMADORES DO BRICS 1 BRASIL Quando se relaciona a economia do Brasil com a de diversos países das Américas, é de se espantar pois, uma economia, para andar bem das pernas, como se diria no linguajar mais popular, satisfaz a uma determinada lógica de desenvolvimento e bem- estar, sendo o que se tem percebido, no Brasil, a única lógica que prevalece é a dos juros, que só mesmo os economistas conseguem apreender com facilidade. Em outros países mais desenvolvidos a taxa de juros normalmente ficam na faixa dos 2% (dois por cento) ao ano, enquanto que no Brasil ela consegue atingir 10% (dez por cento) ao ano. De acordo com Bresser-Pereira (2005), o motivo é a elevada taxa de crescimento entre as décadas de 1970 e 1990, que acabou culminando em inflação, condição para o desenvolvimento do país. ... Foram possivelmente as elevadas taxas de crescimento na década de 1970 e a alta inflação na década de 1980 até o ano de 1994, que levou quem vive de renda de capital, nomeadamente os credores externos e internos do Estado, a perceber que essa taxa lhes é devida. E foi com certeza a 1 Foram inseridos alguns dados da economia dos países do ano de 2013 em virtude de o ano de 2014 ainda estar sendo inventariado

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Economia InternacionalBRICSa economia dos pases formadores do brics[footnoteRef:1] [1: Foram inseridos alguns dados da economia dos pases do ano de 2013 em virtude de o ano de 2014 ainda estar sendo inventariado]

BrasilQuando se relaciona a economia do Brasil com a de diversos pases das Amricas, de se espantar pois, uma economia, para andar bem das pernas, como se diria no linguajar mais popular, satisfaz a uma determinada lgica de desenvolvimento e bem-estar, sendo o que se tem percebido, no Brasil, a nica lgica que prevalece a dos juros, que s mesmo os economistas conseguem apreender com facilidade. Em outros pases mais desenvolvidos a taxa de juros normalmente ficam na faixa dos 2% (dois por cento) ao ano, enquanto que no Brasil ela consegue atingir 10% (dez por cento) ao ano. De acordo com Bresser-Pereira (2005), o motivo a elevada taxa de crescimento entre as dcadas de 1970 e 1990, que acabou culminando em inflao, condio para o desenvolvimento do pas.... Foram possivelmente as elevadas taxas de crescimento na dcada de 1970 e a alta inflao na dcada de 1980 at o ano de 1994, que levou quem vive de renda de capital, nomeadamente os credores externos e internos do Estado, a perceber que essa taxa lhes devida. E foi com certeza a poltica fraca, subordinada, dos vrios governos, que corroborou essa pretenso... Bresser-Pereira (2005)

Atualmente a economia brasileira est um pouco mais solidificada e forte, apesar de estar passando por uma fase crtica. O Brasil produz e exporta produtos de diferentes tipos, sobretudo commodities agrcolas, minerais, alm de produtos manufaturados. A agricultura, bem como a indstria e setor de servios esto muito desenvolvidas e acham-se, hoje em dia, em um adequado perodo de ampliao.Avaliado como um pas emergente, o pas est em 7 posio no ranking das grandes economias mundiais, possuindo uma economia aberta e globalizada.Dados econmicos[footnoteRef:2] [2: Fonte: Ministrio de Minas e Energias, CIA The World Factbook, IBGE e Banco Mundial]

Moeda: Real (R$) PIB/2013 - R$ 4,84 trilhes ou US$ 2,07 trilhes[footnoteRef:3] [3: Taxa de cmbio utilizada US$ 1,00 = R$ 2,33 em 27/02/2014.]

Renda per Capita/2013 - R$ 24.065 ou US$ 10.328[footnoteRef:4] [4: Idem]

Coeficiente/Gini[footnoteRef:5] - 0,495 considerado alto [5: O coeficiente de Gini (ou ndice de Gini) um clculo usado para medir a desigualdade social, desenvolvido pelo estatstico italiano Corrado Gini, em 1912. Apresenta dados entre o nmero 0 e o nmero 1, onde zero corresponde a uma completa igualdade na renda (onde todos detm a mesma renda per capta) e um que corresponde a uma completa desigualdade entre as rendas (onde um indivduo, ou uma pequena parcela de uma populao, detm toda a renda e os demais nada tm). Fonte: http://desigualdade-social.info/indice-de-gini.html]

Evoluo PIB/ltimos 13 anos: 2002 2,7% 2003 - 1,1% 2004 - 5,7% 2005 - 3,2% 2006 - 4% 2007 - 6,1% 2008 - 5,2% 2009 - 0,3% 2010 - 7,5% 2011 - 2,7% 2012 - 0,9% 2013 - 2,3% Crescimento/PIB 2 trimestre/2014 - 0,6% - abril a junho - em relao 1 trimestre/2014[footnoteRef:6]. [6: http://data.worldbank.org/country/brazil/portuguese#cp_wdi ]

Taxa investimentos - 17,7% do PIB - 1 trimestre/2014 Taxa de poupana - 12,7% do PIB - 1 trimestre/2014 Fora de trabalho - 107,4 milhes - estimativa janeiro/2014 Inflao - 6,41% - IPCA/2014 Taxa desemprego - 7,1% da populao ativa economicamente - 1 trimestre/2014 7,1% - taxa mdia anual/2013 Taxa bsica Juros Banco Central (SELIC) - 12,25% ao ano - 22 de janeiro de 2015 Salrio Mnimo Nacional - R$ 724,00 - 1 de janeiro de 2014 Dvida Externa - US$ 318 bilhes, sendo US$ 83 bilhes do setor pblico e US$ 235 bilhes do setor privado - dados de maro de 2013. Comrcio Exterior: Exportaes - US$ 240,15 bilhes em 2013 com uma queda de 1% em relao ao ano de 2012 Importaes - US$ 237,64 bilhes em 2013 com um aumento de 6,5% em relao ao ano de 2012 Saldo da balana comercial em 2013 - US$ 2,51 bilhes como supervit, com uma queda em relao ao ano de 2012 de 87% Pases para os quais o Brasil mais importou em 2013 - Alemanha, Argentina, China e Estados Unidos Pases para os quais o Brasil mais exportou em 2013 - Argentina, China, Estados Unidos, Holanda e Japo Principais produtos exportados pelo Brasil em 2013 - acar de cana, automveis, avies, carne de boi, carne de frango, caf, minrio de ferro, ferro fundido e ao, leos brutos de petrleo, soja e derivados Principais produtos importados pelo Brasil em 2013: automveis, circuitos eletrnicos, equipamentos eltricos, gs natural, medicamentos, motores para aviao, leos combustveis, peas para veculos, petrleo bruto e transmissores e receptores Organizaes comerciais a que o Brasil faz parte: Mercosul, Unasul e OMC Tipos de energia consumidas no Brasil/2011: Petrleo e derivados - 37,7% Hidrulica - 14,1% Gs natural - 10,3% Carvo Mineral - 5,2% Biomassa - 21,2% Lenha - 9,5% Nuclear - 1,4% Elica - 0,5% Principais produtos agrcolas - cana-de-acar para a produo de acar e de lcool, laranja, mate, milho, soja, tabaco, milho Principais produtos pecurios - carne bovina, carne de frango, carne suna Principais minrios extrados - alumnio, estanho, magnesita, mangans, ferro Principais setores de servios alimentao, informtica, limpeza domiciliar e predial, tcnico-profissionais prestados s empresas, telecomunicaes, transporte de cargas, transporte areo e rodovirio Principais setores da indstria - alimentos e bebidas, combustveis, mquinas e equipamentos, produtos de plstico e borracha, produtos metalrgicos bsicos, produtos qumicos, veculos, eletrnicos e produtos de papel e celulose RUSSIAA economia russa fortemente caracterizada no to exclusivamente pelo esplio da Unio das Repblicas Socialistas Soviticas - URSS, no qual este pas transmitiu 62% (sessenta e dois por cento) do seu potencial de produo, como ainda pelas reformas neoliberais feitas nos anos de 1990.A sua principal caracterstica uma grande interdependncia e relao com os outros pases que integram a CEI, a Comunidade dos Estados Independentes[footnoteRef:7], formada pela grande maioria das velhas repblicas que formavam a Unio Sovitica. [7: Criada em 1991, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) constitui-se num bloco poltico-econmico que rene 12 das 15 repblicas que formavam a antiga Unio das Repblicas Socialistas Soviticas (URSS). Ficaram de fora apenas os trs pases blticos: Litunia, Letnia e Estnia, sendo que este ltimo est solicitando ingresso na Unio Europia.A CEI, com uma populao de 273,7 milhes de habitantes, est organizada em um confederao de Estados, que preserva a soberania de cada um. A Comunidade prev a centralizao de Foras Armadas e o uso de uma moeda comum: o Rublo. Seu PIB estimado em US$ 587,8 bilhes. So Pases-Membros da CEI: Armnia, Belarus, Cazaquisto, Federao Russa, Moldvia, Quirquisto, Tadjiquisto, Turcomenisto, Ucrnia, Uzbequesto, desde 1991, e Gergia e Azerbaidjo, a partir 1993. Fonte: http://www.camara.gov.br/mercosul/blocos/CEI.htm]

Este fato ocorre em virtude a que, na Guerra Fria, a Unio Sovitica buscou difundir e setorizar ao extremo a produo industrial, buscando oferecer maior democratizao da produo, promover a facilitao do escoamento, expandir a rede de infraestrutura em todo o territrio e, sobretudo, resguardar o setor produtivo da ameaa de uma guerra nuclear.Um exemplo bem corriqueiro para elucidar esta integrao a total dependncia das indstrias pesadas nos Montes Urais de minrio de ferro e carvo originrios do Cazaquisto.Alm de tudo isso, o elevado e tumultuado processo de privatizao industrial iniciado em 1991, ligado ao crescente aumento da corrupo, concretizou o processo de concepo de amplos monoplios privados. Este desenho ensejou a distino da produo da Rssia, caracterizada pela precria condio de trabalho e pela enorme explorao de recursos naturais.Desde 1960 a antiga Unio Sovitica observava uma grande dependncia em relao produo de alimentos, assim como grande parte da produo estava em regio no russa. Por disso, hoje em dia, o pas importa perto de um quinto do total de alimentos consumidos pela sua populao.O perodo aps a Guerra Fria foi muito difcil para a economia da Rssia, que teve uma retrao em 40% (quarenta por cento) de sua economia os anos de 1990. Esta conjuntura foi resultado, especialmente, da privatizao descontrolada realizada pelo presidente Boris Yeltsin e seu governo, como tambm do encerramento de diversas estatais avaliadas como improdutivas, o que provocou desempregos em massa e a diminuio do mercado consumidor. Piorando ainda essa conjuntura, no ano de 1998, sobreveio uma grave crise financeira, ocasionando uma grande fuga de capitais internacional e nacionais.No governo de Vladimir Putin, o PIB voltou a se elevar em altas taxas, com mdias de 6% (seis por cento) ao ano. Contudo, ainda atualmente, a economia do pas muito dependente da exportao de petrleo, que reponde por 80% (oitenta por cento) das exportaes totais.No pas, hoje em dia, observa-se duas vises a respeito das dificuldades econmicas: primeiro a dos neoliberais que dizem que os problemas econmicos transcorrem por causa da dificuldade na abertura total da economia capitalista de mercado e a segunda viso a de frentes da esquerda que culpam exatamente as reformas liberais como responsveis pelo esgotamento econmico e sua complicada recuperao.Dados econmicos[footnoteRef:8] [8: CIA The World Factbook, IBGE e Banco Mundial]

Principais setores econmicos agricultura, indstria, finanas, minerao/gs natural e petrleo Moeda rublo () PIB - US$ 2,50 trilhes - 2012 PIB per capita - US$ 17.700 - 2012 Taxa crescimento do PIB - 3,4% - 2012 Composio PIB por setor da economia/2012: Servios - 60,1% Indstria 36% Agricultura 3,9% - Fora de trabalho - 75,6 milhes de trabalhadores ativos em 2012 Taxa de desemprego - 5,7 % em 2012 Investimentos - 19,7% PIB em 2012 Populao abaixo da linha de pobreza - 12,7% em 2011 Dvida Pblica - 12,2% do PIB em 2012 Taxa de Inflao - 5,1% em 2012 Principais produtos agropecurios - gros de cereais, legumes, frutas, carne e leite, beterraba para a produo de acar principalmente e sementes de girassol Principais produtos industrializados - equipamentos eltricos, minrios, petrleo, gs, navios, produtos qumicos, mquinas, equipamentos para a construo civil, tecidos, alimentos industrializados, metais, automveis Principais produtos exportados gs natural, metais, petrleo bruto, produtos derivados de petrleo, produtos qumicos Principais produtos importados carnes, frutas, mquinas, automveis, produtos farmacuticos, plsticos Principais parceiros econmicos para exportao Alemanha, China, Itlia, Holanda, Turquia Principais parceiros econmicos na importao - Alemanha, China, Estados Unidos, Itlia, Ucrnia. Exportaes - US$ 530,7 bilhes/2012 Importaes - US$ 335,4 bilhes/2012 Saldo da balana comercial - supervit de US$ 195,3 bilhes/2012 Organizao comercial que participa: APEC[footnoteRef:9] [9: APEC o frum econmico sia-Pacfico, cujo objetivo principal apoiar o crescimento econmico sustentvel e a prosperidade na regio da sia-Pacfico. Fonte: http://www.apec.org/About-Us/About-APEC/Mission-Statement.aspx]

NDIA[footnoteRef:10] [10: CIA The World Factbook, IBGE e Banco Mundial]

A ndia tem hoje a segunda maior populao mundial com 1,1 bilho de habitantes, e est atrs apenas da China, que tem 1,3 bilho de habitantes. De maneira econmica, a ndia vem crescendo de forma expressiva, principalmente no mercado industrial, fato que passou a acorrer depois que aconteceu a sua descolonizao na segunda metade do sculo XX. Ultimamente, este pas aparece com uma economia emergente e de acordo com o Fundo Monetrio Internacional est em 12 lugar na economia mundial, porm o Banco Mundial sustenta que a 5 economia.Este pas vem crescendo anualmente em torno de 6,3% (seis vrgula trs por cento) e entre os principais fatores deste acelerado crescimento esto as multinacionais que se instalaram no pas. Os atrativos principais que fizeram com que estas empresas se instarem l foram o alto quantitativo de mo-de-obra com custo baixo, aliado a um elevado mercado consumidor. Nos dias de hoje, essa nao vem se destacando na produo industrial de tecnologia de ponta, sendo produtora de eletroeletrnicos, agroindustriais, informtica, com a maior produo de softwares mundial e biotecnologia. Estes produtos competem abertamente com as indstrias de pases mais desenvolvidos, alm de o pas possuir uma grande representatividade na produo industrial de base como os produtos txtis, siderrgicos e qumicos.Este rpido crescimento econmico foi barrado por causa de problemas geopolticos abrangendo o Paquisto. Ao mesmo tempo em que, em 1997 sobreveio a crise da sia, o que fez com que o seu desempenho econmico passasse por uma grande queda, com o desaquecimento no sendo maior em virtude ao seu bom mercado interno, que consome diversos de seus produtos.Um dos grandes problemas da economia indiana a uma grande concentrao de renda que provoca desigualdade social e econmica. Com a maior parte dos trabalhadores ganhando salrios baixos e trabalhando com extensivas cargas horrias. Dados econmicos: Principais setores econmicos - agricultura, indstria, tecnologia, finanas Principais regies industriais - regies metropolitanas de Bombaim e Calcut Moeda - Rpia Indiana () PIB - US$ 4,78 trilhes/2012 PIB per capita - US$ 3.900/2012 Composio do PIB/setor da economia/2011: Servios 65% Indstria - 18% Agricultura - 17% Fora de trabalho - 498,4 milhes de trabalhadores ativos/2012 Taxa de desemprego - 9,9% - 2012 Investimentos - 30% do PIB - 2012 Dvida Pblica - 51,9% do PIB - 2012 Taxa de Inflao: 9,2% - 2012 Reservas monetrias - US$ 342 bilhes em 31/12/2012 Principais produtos agropecurios - arroz, algodo, ch, juta, batata, trigo, sementes oleaginosas Principais produtos industrializados - ao, alimentos processados, equipamentos de transporte, txteis, produtos qumicos Principais produtos exportados - mquinas, ferro, ao, produtos qumicos, derivados de petrleo, pedras preciosas Principais parceiros econmicos na exportao China, Estados Unidos, Emirados rabes Principais parceiros econmicos na importao: Arbia Saudita, China, Estados Unidos Exportaes - US$ 309,1 bilhes/2012 Importaes - US$ 500,3 bilhes/2012 Saldo da balana comercial - dficit de US$ 191,2 bilhes em 2012

CHINA

A China apresenta, hoje em dia, uma das economias que mais se desenvolvem mundialmente. A sua mdia de crescimento ultimamente de cerca de 9% (nove por cento), representando uma taxa superior das grandes economias, at mesmo a do Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB) da China chegou a US$ 10,4 trilhes ou 63,35 trilhes de yuanes em 2014, representando um crescimento de 7,4% (sete vrgula quatro por cento), o que a faz ser a segunda maior economia do mundial, situando-se apenas atrs dos Estados Unidos.Estes altos valores assinalam que a economia da China hoje atualmente 15% (quinze por cento) do total da economia do mundo. Principais caractersticas de sua economia:

Moeda: Iene ou yuane ()

Entrou somente na dcada de 1960 na economia de mercado mas ajustou-se facilmente globalizao;

atualmente o maior pas produtor mundial de alimentos e possui 500 milhes de sunos e 450 milhes de toneladas de gros;

o maior pas produtor mundial de milho e arroz;

Possui uma agricultura bem mecanizada, originando timos resultados produtivos;

Aumentou consideravelmente os investimentos na educao, focando sobretudo na parte tcnica;

Fez investimentos em infraestrutura, construindo diversas rodovias, ferrovias, aeroportos e prdios pblicos, alm da construo da hidreltrica de Trs Gargantas, a maior do mundo, obtendo energia para as suas indstrias e seus habitantes;

Fez grandes investimentos em minerao, sobretudo em minrio de ferro, carvo mineral e petrleo;

O governo controla os salrios e as regras trabalhistas, o que proporciona s empresas uma mo-de-obra de custo baixo, o que tornam seus produtos mais baratos mundialmente, explicando os seus ndices altos de exportao.

Abriu sua economia para a entrada de capital externo, fazendo com que vrias empresas multinacionais instalassem filiais na busca de custos baixos de produo, alm da mo-de-obra farta e de um mercado consumidor dilatado.

Concedeu diversos incentivos governamentais e investimentos para a produo de tecnologia;

Participa da APEC;

um dos maiores importadores mundiais de matria-prima;

Em 2014, com o crescimento do PIB em 7,4%, sua economia evidenciou que padeceu um abalo em virtude da crise econmica mundial que se iniciou em 2008, contudo manteve o crescimento em um nvel alto, ao se comparar com as demais economias mundiais.

O agudo desenvolvimento econmico dos ltimos anos gerou empregos, renda e crescimento das empresas, entretanto proporciona um problema para a economia pois pode representar o aumento da inflao.

No ano de 2011 a sua balana comercial foi positiva em US$ 240 bilhes em exportaes de US$ 1,90 trilho, com importaes de US$ 1,66 trilho. Ainda que apresente estes dados de crescimento econmico, o pas apresenta diversos problemas, pois uma parte bem grande de sua populao permanece em situao de grande pobreza, notadamente os que vivem ainda no campo. Os usos em grande escala dos combustveis fsseis, como o petrleo e o carvo vegetal proporcionam um crescente aumento nos ndices de poluio. Os salrios, que so controlados pelo governo, pe os seus operrios entre os que recebem as menores remuneraes mundiais, mas ainda assim, o crescimento chins oferece um compasso incrvel, o que pode transformar o pas na maior economia do mundo.FRICA DO SULA frica do Sul a economia mais desenvolvida do continente africano e ela somente representa 25% (vinte e cinco por cento) do PIB africano. Sua economia de mercado nos ltimos anos vem recebendo uma grande quantidade de investimentos de capitais estrangeiros. A Copa do Mundo em 2010 nesse pas tambm colaborou para o seu crescimento econmico, especialmente nos setores de construo e infraestrutura. Dados econmicos: Principais setores econmicos turismo, finanas, indstria, minerao de ouro, platina, cromo, diamantes Moeda - Rand (R) PIB - US$ 578,6 bilhes/2012 PIB per capita - US$ 11.900/2012 Composio PIB por setor da economia - 2012 Servios - 64,9% Indstria - 32,1% Agricultura - 2,4% Fora de trabalho - 17,8 milhes de trabalhadores ativos em 2012 Taxa de desemprego - 22,7% em 2012 Investimentos - 20,9% do PIB/2012 Dvida Pblica - 43,3% do PIB/2012 Taxa de Inflao - 5,2%/2012 Reservas monetrias - US$ 117 bilhes em 31/12/2012 Principais produtos agropecurios - milho, trigo, acar, frutas, carne de carneiro, l, laticnios legumes, carne, aves Principais produtos industrializados - automveis, mquinas, produtos alimentcios, produtos qumicos Principais commodities - ouro, platina, cromo Principais parceiros econmicos na exportao - Japo, Alemanha, China, Holanda, Reino Unido, Principais parceiros econmicos na importao - Alemanha, China, Arbia Saudita, Japo, Estados Unidos Exportaes - US$ 101,2 bilhes em 2012 Importaes - US$ 106,8 bilhes em 2012 Saldo da balana comercial - dficit de US$ 5,6 bilhes em 2012 Organizaes comerciais que participa - SADC[footnoteRef:11] [11: Comunidade para o Desenvolvimento da frica Austral ]

A POLTICA TARIFRIA DOS BRICS[footnoteRef:12] [12: http://www.intracen.org/uploadedFiles/intracen.org/Content/About_ITC/Working_with_ITC/JAG/JAG_46th_Meeting/Annual-report-2012.pdf]

A figura acima apresenta as tarifas mdias, no ponderadas, por modalidades de produto praticadas no BRICS no ano de 2011.A linha inicial da figura revela que o coeficiente agregado das tarifas aplicadas anlogo na ndia e na China, sendo bem mais alta do que a dos demais pases, mesmo que a diferena delas com a do Brasil parea menor sendo mais acentuado nos produtos agrcolas. A ndia tem se destacado por suas tarifas serem cautelosas, com as tarifas correspondendo o dobro das demais tarifas. O que no chega a surpreender o Brasil e frica do Sul, pases altamente competitivos na questo agrcola, com tarifas mais baixas.Em relao aos produtos industriais a China que se acautela, muito embora seu patamar mdio de tarifa no esteja muito mais alto do que o da ndia, Rssia e Brasil, ficando a frica do Sul como o mais liberal nesses itens.A visualizao desse patamar agregado mostra somente uma viso geral do alcance mdio de indicao de cada pas no que diz respeito a um comrcio mais livre e como todo indicador agregado que se preze, mostra tanto quanto disfara.MERCADO DO BRICS COM PASES VIZINHOS

BRASIL - Argentina, Bolvia, Chile, Colmbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela que formam os pases-membros do Mercado Comum do Sul Mercosul e os pases da Comunidade Andina, e o Chile

Rssia - Armnia, Azerbaijo, Bielorrssia, Cazaquisto, Moldvia, Quirguisto, Tadjiquisto, Turcomenisto, Ucrnia e Uzbequisto, que formam os pases-membros da Comunidade dos Estados Independentes CEI

NDIA - Bangladesh, Buto, Maldivas, Paquisto e Sri Lanka, que so os pases do Sul da sia

China - Cingapura, Coreia do Sul, Filipinas, Hong-Kong, Indonsia, Japo, Malsia, Monglia, Taiwan, Tailndia e Vietn, que so os pases do Leste Asitico.

frica do Sul: Angola, Botsuana, Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Moambique, Ilhas Mauricio, Nambia, Ilhas Seychelles, Suazilndia, Tanznia, Zmbia e Zimbbue, que formam os pases-membros da South African Customs Union - SACU e da South African Development Community - SADCA importncia do comrcio com os pases vizinhos varivel, pois no ano de 2010 esses pases corresponderam com 19% (dezenove por cento) das exportaes e com 14% (catorze por cento) das importaes brasileiras. J a China foi de 34% (trinta e quatro por cento) e 35% (trinta e cinco por cento) respectivamente.Nos outros pases os percentuais so na ndia de 1,5% (um virgula cinco por cento) e 0,2% (zero vrgula dois por cento), na Rssia, de 0,5% (zero vrgula cinco por cento) e 13% (treze por cento) e na frica do Sul, de 10% (dez por cento) e de 2% (dois por cento).Portanto, em relao aos vizinhos Brasil e China so dos pases do BRICS os que possuem maior peso nas relaes comerciais.

Alquotas mdias simples PRATICADAS PELO BRICS EM RELAO A SEUS VIZINHOS[footnoteRef:13] [13: http://www.intracen.org/uploadedFiles/intracen.org/Content/About_ITC/Working_with_ITC/JAG/JAG_46th_Meeting/Annual-report-2012.pdf]

De acordo com a figura acima, o comrcio entre a Rssia e seus vizinhos o mais livre, com alquotas bem perto de zero sendo as praticadas com Turcomenisto a exceo. Logo aps vem o Brasil que adota alquotas nominais bem perto de zero em suas importaes na Amrica do Sul, mas se encontra com alquotas bem superiores nas vendas para pases da Comunidade Andina, apesar de um patamar pouco alto com a alquota mdia mais alta a de 5,34% (cinco, trinta e quatro por cento), do Equador.A ndia o caso mais limitativo, pois suas exportaes enfrentam tarifas altas, como de 20,58% (vinte, cinquenta e oito por cento) das Maldivas, ela confere obstculos nominais que sobrepujam os 13% (treze por cento) para produtos derivados do Paquisto. Esse resultado tem a ver com a resoluo que ela se impe de manter alta as suas barreiras comerciais. A China o segundo pas do BRIC mais fechado ao comrcio. Seus produtos confrontam-se com alquotas nominais acima de 13% (treze por cento) na Coreia do Sul como tambm encontra barreiras considerveis nos outros vizinhos, com e exceo de Hong-Kong e Cingapura, enquanto atribui alquotas na casa dos 10% (dez por cento) nos produtos que importa do Japo, Coreia do Sul e Monglia.A frica do Sul proporciona uma circunstncia intermediria, com comrcio livre com os seus parceiros da Unio Aduaneira ou com barreiras insignificantes com outros os parceiros da SACU, a Botsuana, o Lesoto, a Nambia, a Suazilndia, alm de Madagascar, Ilhas Mauricio, Moambique e Zmbia, ao mesmo tempo em que suas exportaes encaram barreiras significativas em Angola, Congo, Malaui, Seychelles, Tanznia e Zimbbue.MARGEM DE PREFERNCIA DE CADA UM DOS BRICSS EM RELAO AOS COMRCIO COM SEUS VIZINHOS[footnoteRef:14] [14: http://www.intracen.org/uploadedFiles/intracen.org/Content/About_ITC/Working_with_ITC/JAG/JAG_46th_Meeting/Annual-report-2012.pdf]

Em relao a Rssia e seu mercado em torno, as informaes disponveis do de 2010, na base em que foi feita esta pesquisa e no a buscamos em outro local para que consulta dos demais pases no apresentem discrepncias de dados. Como pode ser observado o nmero de setores favorecidos ainda menor do que o notado no Brasil e na China, contudo os artigos provenientes de todos os pases no entorno possuem desobrigao total de impostos.A frica do Sul tambm acresceu sua margem de primazia pelos produtos da regio. Assim como fez a Rssia, em 2010 os produtos de todos ao redor tiveram iseno ao entrarem no mercado deste pas. Isso se refletiu em um acrscimo ou salvaguarda da margem de primazia, conquanto o nmero de setores favorecidos se reduziu em alguns episdios, principalmente na Botsuana, em que a diminuio foi de 15 para um exclusivo setor.Esses efeitos ratificam a percepo de que existiu, entre os anos 2005 e de 2010, um acrscimo comum na simplificao de ingresso ao mercado do BRICS por parte dos artigos de seus pases circunvizinho, com evidncia pela a intensidade setorial, correspondendo ao Brasil e China.Margens de preferncias DE pases vizinhos AO BRICS[footnoteRef:15] [15: http://www.intracen.org/uploadedFiles/intracen.org/Content/About_ITC/Working_with_ITC/JAG/JAG_46th_Meeting/Annual-report-2012.pdf]

evidente a observao de que que a quantidade de setores favorecidos nas importaes realizadas pelos pases em torno , geralmente, bem maior do que a quantidade de setores favorecidos pelo BRICS nas suas importaes com os pases a sua volta. Isso nos d entender que talvez seja um reflexo do prprio diferencial de inclinao de oferta, possuindo o BRICS composies de produo bem mais diferenciada, logo tem empenho exportador mais extenso do que a maior parte de seus vizinhos.Olhando-se ento as duas ltimas figuras, pode-se assegurar, que na segunda parte da dcada anterior existiu um evidente processo de simplificao comercial, com grandes concesses de cada BRIC, como por parte dos pases ao seu redor. Isso concretiza uma rea de alcance e influncia comercial. Tarifas impostas pelos BRICS ao seus vizinhos e ao Brasil[footnoteRef:16] [16: http://www.intracen.org/uploadedFiles/intracen.org/Content/About_ITC/Working_with_ITC/JAG/JAG_46th_Meeting/Annual-report-2012.pdf]

Entre os parceiros da ndia no ano de 2010, em trs dos cinco pases a tarifa sobre os produtos do brasil ultrapassava a tarifa sobre os artigos indianos. O realce para as Ilhas Maldivas, com 1/3 dos setores. J a frica do Sul, seus produtos tm ingresso ano mercado de Madagascar com tarifas mais baixas do que pagam pelos produtos do Brasil na 50% (cinquenta por cento) dos setores.Permanecem, assim, barreiras distintas que favorecem os pases no entorno dos BRICS, e que conferem aos produtos dos outros pases condies desfavorveis de ingresso nos mercados das regies. Neste ponto pode-se ento fazer uma ponderao sobre as margens de preferncia dos pases satlites sobre os produtos originrios do BRICS. A figura POSTERIOR A QUE SE SEGUE apresenta os dados principais.De acordo com a figura POSTERIOR A QUE SE SEGUE, a ocorrncia de situaes em que os pases no entorno cobram dos produtos do Brasil tarifas mais altas do que as cobradas por produtos derivados do prprio BRIC em cada local ainda mais alta do que nas tarifas cobradas pelo BRICS aos pases em seu entorno. Isso realidade para cada um dos pases do BRIC. Em 2005, o ndice de setores em que isso aconteceu permaneceu aproximadamente entre 30% (trinta por cento) e quase 50% (cinquenta por cento) do total.Em 2010 existiu uma diminuio desses ndices, menos para a Rssia, que teve nesse quesito um grande aumento.

TARIFAS IMPOSTAS PELOS BRICS AO SEUS VIZINHOS E AO BRASIL[footnoteRef:17] [17: Http://www.intracen.org/uploadedFiles/intracen.org/Content/About_ITC/Working_with_ITC/JAG/JAG_46th_Meeting/Annual-report-2012.pdf]

Percentagem de setores em que as tarifas impostas ao Brasil so maiores do que as tarifas sobre os demais BRICS[footnoteRef:18] [18: http://www.intracen.org/uploadedFiles/intracen.org/Content/About_ITC/Working_with_ITC/JAG/JAG_46th_Meeting/Annual-report-2012.pdf]

ANLISE SOBRE AS TARIFAS

Ao se analisar as tarifas consolidadas existem disparidades entre os pases do BRICS em relao ao nvel de alcance e ao maior nvel dessas tarifas.

Entre os anos de 2005 e 2010, existiu um acrscimo de concesses preferenciais sobre as tarifas. Isso aconteceu abertamente entre cada um dos pases do BRIC e nos pases entorno de cada um deles, onde a China foi o mais ativo.

Existe discrepncias entre os pases do BRICS em relao s causas que induzem a essas primazias, pois enquanto a China e a frica do Sul privilegiam artigos de alta tecnologia, o Brasil e a ndia conferem concesses a parceiros comerciais mais importantes.

No diagnstico por setores, o Brasil se distingue por seguir tarifas mais altas do que outros pases cobram por produtos brasileiros, no se conseguindo visualizar qual a lgica para determinados setores serem escolhidos.

Como se imaginava existe uma quantidade importante de setores com predilees tarifrias de cada pas do BRIC para com os pases no seu entorno e isso recproco, e em relao ao Brasil, pem os produtos brasileiros em circunstncia desvantajosa, com barreiras tarifrias bem altas.

Cpulas[footnoteRef:19] [19: http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3672:brics&catid=159&lang=pt-br&=436]

Desde 2009, os Chefes de Estado e de Governo dos BRICS se encontram todos anos. Ao todo aconteceram 6 reunies, chamadas de Cpula, que contaram com a presena de todos os lderes dos pases participantes:

I Cpula realizada em Ecaterimburgo na Rssia em junho de 2009 II Cpula realizada em Braslia no Brasil em abril de 2010 III Cpula realizada em Sanya na China em abril de 2011 IV Cpula - realizada em Nova Delhi na ndia em maro de 2012 V Cpula realizada em Durban na frica do Sul em maro de 2013 VI Cpula realizada em Fortaleza no Brasil em julho de 2014

BRICS 2009 - I Cpula

A 1 Cpula do BRICS iniciou a colaborao dos Chefes de Estado e de Governo do BRIC, onde a frica do Sul ainda no fazia parte. Esta reunio foi marcada pelo impacto da crise econmica que se iniciou em 2008, e seus debates foram assinalados por temas econmico-financeiros, enfatizando o aperfeioamento das instituies financeiras internacionais e o desempenho do G-20 na recuperao da economia do mundo, com a aderncia de outros temas polticos, como a urgncia nas das Naes Unidas. A 1 Cpula expediu um documento de sequncia chamado de Expectativas para o Dilogo entre o Brasil, a Rssia, a ndia e a China, alm da Declarao propriamente dita.

BRICS 2010 - II Cpula

A II Cpula, foi realizada no Brasil, e em seu tema central fez aprofundamento da concentrao poltica entres os seus membros, caracterizando-se pelo desenvolvimento exponencial, no ano de 2010, das aes de colaborao entre os pases do BRIC:

Encontro dos chefes dos institutos estatsticos dos pases e a publicao de dois instrumentos estatsticos conjuntos dos pases membros; Reunio dos Ministros da Agricultura dos pases; Reunio de presidentes dos bancos de desenvolvimento; Seminrio de Think Tanks; Reunio das Cooperativas; Frum de empresrios; Encontro de altos funcionrios responsveis pelos temas de segurana.

Junto com a Declarao da II Cpula, expediu-se o Documento de Seguimento da Colaborao entre Brasil, Rssia, ndia e China.

BRICS 2011 - III Cpula Com a entrada da frica do Sul no mecanismo, a III Cpula materializou o seu arranjo e passou a se chamar BRICS. Perante da proeminncia econmica da frica do Sul na frica, seu construtivo desempenho poltico no cenrio internacional e sua importncia em seu continente, a sua entrada adicionou respeitvel reforo, pois muito alm do aprofundamento da colaborao setorial que j existia, na Cpula de Sanya lanou-se novos empreendimentos nas reas de e tecnologia, sade e cincia. Junto com a Cpula foi realizado o encontro dos Ministros do Comrcio dos pases que discutiram os rumos da Rodada de Doha.Na Declarao final, os pases confirmaram o imperativo de reforma das Naes Unidas, citando pela primeira vez o tema da expanso dos componentes do Conselho de Segurana. O documento ainda cita temas diferentes temas:

Censura ao terrorismo; Apoio na utilizao de energias renovveis e na utilizao pacfica da energia nuclear; A seriedade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio e da erradicao da fome e da pobreza.

Junto com a Declarao, foi confirmado o Plano de Ao, que aponta diretrizes para o incremento da colaborao e na explorao de novas regies. Este plano tambm instituiu o encontro de chanceleres juntamente com o Debate Geral da Assembleia Geral das Naes Unidas.

BRICS 2012 - IV Cpula

Alm dos eventos normais, que materializaram e arraigaram os pilares de ao do BRICS, que so a organizao em fruns multilaterais e a colaborao entre o grupo, esta Cpula alastrou os alicerces de um terceiro pilar, que a colaborao financeira com outros pases por meio da concepo do Banco BRICS, comandado pelos pases e voltado para financiamentos de projetos de infraestruturas e desenvolvimentos sustentveis em seus respectivos pases como ainda em outros pases emergentes, como tambm os pases em desenvolvimento. A Declarao esta Cpula instituiu uma equipe de trabalho para examinar a viabilidade do empreendimento. E, sequenciando os acordos antecedentes, assinaram-se dois convnios entre os bancos de desenvolvimento do BRICS, com vista a promover a liberao de crditos em moedas correntes.BRICS 2013 - V Cpula

Esta Cpula teve o tema O BRICS e a frica: Parceria para o Desenvolvimento, Integrao e Industrializao. O encontro deu-se em Durban e terminou o primeiro ciclo de Cpulas do BRICS, onde todos os pases sediaram um encontro dos Chefes de Estado ou de Governo. As principais consequncias da reunio foram: Comeo das negociaes para a instituio do Arranjo Contingente de Reservas, que teve estipulado o capital inicial de US$ 100 bilhes; Concordncia do documento de viabilidade e factibilidade do Banco de Desenvolvimento dos BRICS e a deliberao de continuao dos acordos para o lanamento da nova instituio; A assinatura de dois convnios entre os Bancos de Desenvolvimento do BRICS; Afirmao do Conselho de Empresrios do BRICS; Declarao do Conselho de Think Tanks do BRICS. Depois do encerramento, os Chefes do BRICS se encontraram com lderes africanos para discorrerem sobre o tema Liberando o potencial da frica: Cooperao entre BRICS e frica em Infraestrutura.

BRICS 2014 - VI Cpula

Esta Cpula realizou-se em Fortaleza, no ms de julho de 2014, e teve como tema " O Crescimento Inclusivo: Solues Sustentveis". Esta reunio iniciou a segundo ciclo de reunies, mas a Cpula teve, antecipadamente, em maro, encontros do Conselho de Think Tanks e do Foro Acadmico do BRICS, no Rio de Janeiro, que iniciaram as reunies da Cpula.J em Fortaleza, alguns acordos foram assinados, como o que constituiu o Novo Banco de Desenvolvimento e o do Arranjo Contingente de Reservas. Celebrou-se tambm o Memorando de Entendimento para Cooperao Tcnica entre Agncias de Crdito e Garantias s Exportaes do BRICS, assim como o convnio entre os bancos nacionais de desenvolvimento dos BRICS para a colaborao em inovao.

CONCLUSOA importncia dos pases emergentes no cenrio global cresceu muito a partir da crise de 2008. Como emergentes, entende-se os pases em desenvolvimento menos atingidos nesta crise, que fez estragos na economia dos pases ricos.Seus membros mais proeminentes uniram-se na criao de um mecanismo econmico e poltico que vm se evidenciando no cenrio mundial. Criaram o BRICS, sigla derivada do grupo de pases que o forma: Brasil, Rssia, ndia, China e frica do Sul, South Africa, la lngua inglesa.Este grupo rene-se anualmente em fruns e encontros para discutirem sobre temas que convergem entre estes pases, uma vez que possuem uma grande economia, mas no so ricos e j conseguiram em pouco tempo ampliar de modo considervel os laos que os unem.Talvez o mais importante desses passos tenha sido dado em Fortaleza, no Brasil, no encontro de 2014, onde fundaram o Novo Banco de Desenvolvimento, popularmente chamado de Banco do BRICS. Esta instituio pretende ser uma outra opo ao FMI e ao Banco Mundial como financiador de projetos que visam o desenvolvimento de pases e tambm como recurso de ajuda pocas de crises.Os pases emergentes vm, h muito tempo pressionando o FMI e o Banco Mundial para que modifiquem seu tipo de gesto, avaliadas como de pouca representatividade por eles.A criao deste banco fornece as condies de uma maior aproximao dos pases do grupo BRICS, que passam a usufruir de uma srie de benefcios e vantagens na cooperao econmica, porm encaram tambm muitos desafios de ordem poltica, sobretudo a China e a Rssia, que no cenrio mundial esto presentes no Conselho de Segurana de ONU e esto em constante atrito geopoltico de alto grau com os Estados Unidos.O BRICS tenciona ser uma fora no contexto globalizado do mundo, onde a economia integrada, a grande presso para a circulao livre de capitais e a abertura econmica dos pases uma realidade.Neste cenrio, as crises se difundem com celeridade e podem prejudicar e fazer grandes estragos na economia e no mercado dos pases, sendo vantajosa a possibilidade de se poder contar com o lastro de um banco e de um fundo de contingncia.REFERNCIAS:AMCHAM BRASIL. 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